As micoses sistêmicas são infecções causadas por fungos que têm como porta de entrada o trato respiratório e podem disseminar para todo o organismo. As principais micoses sistêmicas no Brasil são a paracoccidioidomicose, histoplasmose, coccidioidomicose e criptococose, que são adquiridas por inalação dos fungos presentes no solo ou em dejetos animais e causam diversas manifestações clínicas.
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As micoses sistêmicas são infecções causadas por fungos que têm como porta de entrada o trato respiratório e podem disseminar para todo o organismo. As principais micoses sistêmicas no Brasil são a paracoccidioidomicose, histoplasmose, coccidioidomicose e criptococose, que são adquiridas por inalação dos fungos presentes no solo ou em dejetos animais e causam diversas manifestações clínicas.
As micoses sistêmicas são infecções causadas por fungos que têm como porta de entrada o trato respiratório e podem disseminar para todo o organismo. As principais micoses sistêmicas no Brasil são a paracoccidioidomicose, histoplasmose, coccidioidomicose e criptococose, que são adquiridas por inalação dos fungos presentes no solo ou em dejetos animais e causam diversas manifestações clínicas.
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As micoses sistêmicas são infecções causadas por fungos que têm como porta de entrada o trato respiratório e podem disseminar para todo o organismo. As principais micoses sistêmicas no Brasil são a paracoccidioidomicose, histoplasmose, coccidioidomicose e criptococose, que são adquiridas por inalação dos fungos presentes no solo ou em dejetos animais e causam diversas manifestações clínicas.
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INTRODUO
As micoses sistmicas apresentam diversas caractersticas em comum, entre
elas: Distribuio geogrfica limitada; os agentes etiolgicos esto presentes no solo ou em dejetos animais; a principal porta de entrada so as vias areas superiores. As micoses sistmicas podem ser causadas por fungos leveduriformes ou dimrficos. As micoses sistmicas so: paracoccidioidomicose; histoplasmose; coccidioidomicose, blastomicose e criptococose. O objetivo deste trabalho relatar sobre as doenas causadas por fungos essencialmente patognicos, que so conhecidas como micoses pulmonares ou sistmicas, assim como, formado o frmaco e como ele age quimicamente.
Micoses Sistmicas
Micoses Sistmicas so infeces causadas por fungos patognicos primrios e que tm como porta de entrada o trato respiratrio, donde podem disseminar para todo o organismo. As micoses sistmicas endmicas no Brasil so: Paracoccidioidomicose, Histoplasmose, Coccidioidomicose e Criptococose. As micoses sistmicas (MS) apresentam diversas caractersticas em comum, entre elas: Distribuio geogrfica limitada, com principal ocorrncia nas Amricas (exceto a criptococose); os agentes etiolgicos esto presentes no solo ou em dejetos animais; a principal porta de entrada so as vias areas superiores. As MS no so transmitidas homem a homem, nem de animal a homem. Os agentes etiolgicos apresentam-se como dimrficos (exceto C. neoformans), isto , em meio de cultura, entre 24-28C, e na natureza apresentam colnias micelianas com hifas e condeos. J nos tecidos e em meios de cultivos especiais a 35-37 C aparece a fase leveduriforme ou parasitria. A patogenicidade destes fungos no essencial para sua sobrevivncia e disseminao; sendo mais de 90% das infeces assintomticas ou de rpida evoluo. A Resposta Celular a esses agentes consiste, em geral, em um processo granulomatoso.
PARACOCCIDIOIDOMICOSE:
Figura1: Indivduo infectado pela Paracoccidioidomicose.
Possui como agente etiolgico o Paracoccidioides brasiliensis. Um indivduo pode adquirir a doena atravs da inalao de estruturas do fungo ou reativao de algum foco existente. O pulmo o rgo mais freqentemente atingido, seguido pela mucosa oral. Histologicamente as leses na pele so abscessos ou leses granulomatosas com necrose central. A paracoccidioidomicose do tipo juvenil uma das manifestaes mais graves. O perodo de inbubao tem sido de 10 a 20 anos. O fungo vive no solo, em lugares midos e ricos em protenas. No conhecida a presena de vetores. Afeta principalmente indivduos adultos, do sexo masculino e dedicados a atividades agrcolas. O diagnstico baseado no exame microscpico direto da amostra com pus, escarro etc., onde podem ser visualizados: clulas leveduriformes, fungos esfricos ou ovais com dupla membrana e paredes espessas e refringentes, com trs ou mais brotamentos. J nos tecidos, a estrutura em roda de leme considerada patognomnica para P. brasiliensis. Em cultura h verificao de formas micelianas e leveduriformes dependendo da temperatura. Este um fungo de crescimento lento (25-28 C, em gar Sabouraud glicose - aps 2 a 3 semanas: colnias brancas e lisas), produzindo miclio areo curto. Microscopicamente observam-se hifas septadas, com poucos condios. A fase leveduriforme obtida a 35 C. Alm do exame microscpico do material coletado da leso, tambm h testes sorolgicos aos quais se pode recorrer na ausncia desse material, com a reao de fixao do complemento e a precipitao em gel de gar. O tratamento feito de acordo com a forma clnica e estado imunolgico do paciente, com: sulfamidas com ou sem trimetoprima; anfotericina B; miconazol e itraconazol.
COCCIDIOIDOMICOSE:
Figura 2: Indivduo infectado pela Coccidioidomicose.
O agente etiolgico dessa doena o Coccidioides immitis, um fungo saprfita do solo, que sobrevive em reas desrticas e semidesrticas. A infeco se d pela inalao de artrocondios, os quais so facilmente transportados pelo ar e altamente resistentes s condies ambientais. Esses antrocondeos so viveis por muitos anos e altamente infecciosos. Em cortes de pulmo ou escarro so encontradas esfrulas de parede espessa e birrefringente com numerosos endsporos. A ruptura das esfrulas libra os endsporos, que desenvolvem novas esfrulas, continuando o ciclo parasitrio. Das pessoas infectadas, 40% desenvolvem uma pneumonia aguda com pleurisia, e em no mais de 5%, a doena evolui para quadro pulmonar crnico cavitrio, semelhante tuberculose. A infeco freqentemente assintomtica. A coccidiodomicose endmica em reas desrticas da Amrica do Norte, Amrica Central e Amrica do Sul, com casos espordicos no Brasil. A maior incidncia em trabalhadores rurais, horticultores e vaqueiros. O diagnstico presuntivo depende de dados epidemiolgicos, sintomas clnicos e geralmente se faz com avaliao da resposta coccidioidina, da deteco de anticorpos, e da inoculao da forma micelial em camundongos. Em meios enriquecidos a 37C h encontro de esfrulas e hifas; em cultivos a 24-28C surgem colnias brancas algodonosas a castanho-amareladas, ricas em artrocondios. Esfrulas so encontradas em cortes teciduais. A droga de escolha para o tratamento a anfotericina B; miconazol, cetoconazol, itraconazol e outros derivados imidazlicos apresentam resultados limitados.
BLASTOMICOSE:
Figura 3: Indivduo infectado pela Blastomicose:
Tambm conhecida como blastomicose norte-americana (por ser endmica em certas regies dos Estados Unidos), esta micose tem como agente etiolgico o Blastomyces dermatitidis, fungo dimrfico, que nos tecidos apresenta-se como leveduriforme unibrotante e nos cultivos, temperatura ambiente, aparece a forma miceliana. Trata-se principalmente de uma afeco pulmonar, mas pode tambm se estender a outras zonas. A inalao de propgulos ou esporos a forma de infeco. Uma vez dentro do organismo hospedeiro, o fungo pode se disseminar pela via hematognica, e estabelecer-se em outros locais, com predileo pelos ossos e pele. Esta micose possui sintomatologia compatvel com tuberculose, gripe, entre outras afeces respiratrias. Gera leso tecidual aps a inflamao granulomatosa, com microabcessos, onde se podem encontrar clulas leveduriformes tpicas. Ocorre mais freqentemente em adultos que praticam atividade rural. O diagnstico feito pela observao direta dos fungos em material clnico, onde possvel visualizar estruturas tpicas: clulas leveduriformes, parede espessa, brotamentos que se ligam clula me por base larga. Em cultivo, a temperatura ambiente, esses fungos so filamentosos, brancos, e no caractersticos. J, aos 36C, ocorre reverso para formas leveduriformes, com elementos arredondados unibrotantes. As avaliaes sorolgicas at o presente no tem valor diagnstico. O tratamento se faz atravs de anfotericina B endovenosa ou itraconazol oral.
HISTOPLASMOSE:
Figura 4: Indivduo infectado pela Histoplasmose:
Possui como agente etiolgico o Histoplasma capsulatum var. capsulatum, o qual um fungo dimrfico, apresentando via parasitria como levedura e a vida livre como bolor. A contaminao ocorre a partir da inalao do fungo atingindo primariamente o pulmo. Na maioria dos casos benigna, mas em casos raros pode levar at a seqelas, podendo causar calcificaes nodulares no pulmo. Possui como principal caracterstica ser um parasita quase que exclusivamente do citoplasma das clulas do sistema reticulo endotelial. O Histoplasma capsulatum possui distribuio cosmopolita, ocorre em solos com vegetais em decomposio e principalmente em solos ricos em dejetos de aves e morcegos. O diagnstico do Histoplasma capsulatum de difcil visualizao no exame microscpico direto do material clnico. O isolamento em cultura tambm pode ser feito, mas com um prejuzo devido ao tempo por ser demorado. Podem ser realizados testes imunolgicos como o de fixao de complemento; Imunodifuso em gel e contra imunoeletroforese. O tratamento feito com antifngicos como Anfotericina e algumas drogas alternativascomo Cetoconazol e Itraconazol. CRITOCOCOSE:
Figura 5: Indivduo infectado pela Critococose: A critococose uma infeco subaguda ou crnica causada por Cryptococcus neoformans. Posui ter variantes: Cryptococcus neoformans var. neoformans, Cryptococcus neoformans var. gatii e Cryptococcus neoformans var. grubbi; que podem diferir em: aspetos bioqumicos, ecolgicos, antignicos e genticos. Possui vida parasitria nos tecidos, o microorganismo aparece como clula leveduriforme, capsulada e em algumas vezes com brotamento. uma micose oportunista, mas j existi relados de casos clnicos em indivduos no imunocomprometidos. Possui distribuio universal, seu isolamento comum no solo, principalmente contendo fezes de pombos, ocos de rvores e nas folhas de eucalipto. Mas seu isolamento j foi relatado em leite e em sucos de frutas. encontrado no ambiente capsulado e de pequeno dimetro o q facilita sua entrada nos alvolos pulmonares. Possui 5 sorotipos: A, B, C, D e AD, e dois sorogrupos: A/D e B/C. A contaminao se d por inalao do fungo, o primeiro rgo atingido o pulmo, tendo tropismo pelo SNC, podendo levar a meningite criptoccica. A criptococose e a candidase so umas das principais infeces que acometem paciente com AIDS. Como principais fatores de virulncia podemos citar a cpsula e as enzimas como proteinases, fosfolipases, urases e fenol-oxidase. O diagnstico feito pelo exame microscpico dos matrias clnicos como escarro, pus e liquor, utilizando-se a tcnica de contraste pela tinta da china o Nankim. Pode tambm ser feito cultura onde as leveduras tem forma esfrica, reproduzindo-se por brotamento, geralmente unipolar. Testes imunolgicos tambm podem ser feitos como aglutinao em ltex para antgeno criptoccico. O xito do tratamento est na dependncia do diagnstico precoce e do estado geral do individuo. Anfotericina B tem sido empregada isoladamente ou em associao com 5-fluorcotisina. O fluconazol tem sido atualmente empregado tambm.
CONCLUSO As micoses sistmicas manifestam-se na pele como infeco cutnea primria ou por disseminao hematognica. Essas micoses se originam primariamente nos pulmes e podem se espalhar a muitos rgos infectando pacientes com deficincias no sistema imunolgico como os com AIDS, ou como por exemplo, alteraes na flora normal causada por antibiticos, o diagnstico baseado no exame microscpico direto da amostra com pus, escarro, testes sorolgicos. O tratamento contra micose pode ser feito com medicao antifgica. Dependendo na natureza da infeco, agentes tpicos ou sistmicos podem ser utilizados. Geralmente so usados Anfotericina B, que um antibitico antifngico polinico derivado do Streptomyces nodosus; o Miconazol, que tem como mecanismo de ao a inibio da biossntese de ergosterol ou outros esteris dos fungos; o Itraconazol, onde, seu mecanismo de ao similar ao de outros antifngicos triazlicos, entre outros frmacos.