Este documento apresenta uma análise detalhada de um poema de Cesário Verde. Contém quatro partes principais: 1) Uma introdução com características da poesia de Cesário Verde; 2) Análises de diferentes aspectos do poema, incluindo temas, estrutura narrativa e sugestões pictóricas; 3) Referências aos movimentos literários impressionismo e parnasianismo presentes no poema; 4) Uma discussão sobre a sensualidade sugerida através da descrição da natureza e dos personagens.
Este documento apresenta uma análise detalhada de um poema de Cesário Verde. Contém quatro partes principais: 1) Uma introdução com características da poesia de Cesário Verde; 2) Análises de diferentes aspectos do poema, incluindo temas, estrutura narrativa e sugestões pictóricas; 3) Referências aos movimentos literários impressionismo e parnasianismo presentes no poema; 4) Uma discussão sobre a sensualidade sugerida através da descrição da natureza e dos personagens.
Este documento apresenta uma análise detalhada de um poema de Cesário Verde. Contém quatro partes principais: 1) Uma introdução com características da poesia de Cesário Verde; 2) Análises de diferentes aspectos do poema, incluindo temas, estrutura narrativa e sugestões pictóricas; 3) Referências aos movimentos literários impressionismo e parnasianismo presentes no poema; 4) Uma discussão sobre a sensualidade sugerida através da descrição da natureza e dos personagens.
Este documento apresenta uma análise detalhada de um poema de Cesário Verde. Contém quatro partes principais: 1) Uma introdução com características da poesia de Cesário Verde; 2) Análises de diferentes aspectos do poema, incluindo temas, estrutura narrativa e sugestões pictóricas; 3) Referências aos movimentos literários impressionismo e parnasianismo presentes no poema; 4) Uma discussão sobre a sensualidade sugerida através da descrição da natureza e dos personagens.
B. Caractersticas da poesia de Cesrio Verde em Provincianas: - Poesia deambulatria o poeta descreve um ambiente campestre, os campos e os seus habitantes, medida que se movimenta por esse mesmo espao, registando o que observa. - Ideia do campo associado sade, ao trabalho rduo e honesto; felicidade e vida no poema mostra-se o devir temporal e as modificaes que os campos sofrem, associadas ao milagre da criao e do nascimento, seja das plantas, seja dos animais. - Rigor formal, percebido pelas rimas sempre idnticas, pelo metro e pelo ritmo.
Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos 5 Salienta, com pertinncia e rigor, 3 caractersticas da poesia de Cesrio Verde, presentes no poema ouvido. 25
4 Salienta, com alguma falta de rigor, 3 caractersticas da poesia de Cesrio Verde, presentes no poema ouvido. OU Salienta, com pertinncia e rigor, 2 caractersticas da poesia de Cesrio Verde, presentes no poema ouvido.
18 3 Salienta, com, alguma falta de rigor, 2 caractersticas da poesia de Cesrio Verde, presentes no poema ouvido. 12 2 Salienta, com pertinncia e rigor, 1 caracterstica da poesia de Cesrio Verde, presente no poema ouvido. 9 1 Tece comentrios gerais sobre a poesia de Cesrio Verde. 5
II
Maria Serafina Roque GRUPO II
1.1. Nos dois primeiros versos, o demonstrativo Naquele e a forma verbal no pretrito perfeito Houve remetem para o passado, instaurando a memria como meio de representao potica. Para alm deste, outros dois motivos percorrem o texto: a simplicidade, uma coisa simplesmente bela (v. 2) / E que, sem ter histria nem grandezas (v. 3), e o carter plstico da cena descrita como bela, que dava uma aguarela (v. 4). A simplicidade e o prazer esttico aliam-se para justificar a descrio desta experincia vivida pelo sujeito potico.
Aspetos de contedo 9 pontos
Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos 3 Explicita coerentemente a afirmao, indicando trs motivos que percorrem o texto. 9 2 Explicita coerentemente a afirmao, indicando dois motivos que percorrem o texto. 6 1 Explicita coerentemente a afirmao, indicando um motivo que percorre o texto. 3
Aspetos de organizao e correo lingustica 6 pontos Estruturao do discurso 3 pontos Correo lingustica 3 pontos
2.1. O poema esboa uma narrativa, da qual constam elementos como o espao, um granzoal (v. 7), em cima de uns penhascos (v. 8); o tempo, De tarde (ttulo), Pouco depois / inda o sol se via (vs. 9 e 10); as personagens, tu, ns; a ao, um pic-nic (v.1), descendo do burrico, / Foste colher () / Um ramalhete rubro de papoulas (vs. 5, 6 e 8), Ns acampmos (v. v. 10).
III
Maria Serafina Roque Aspetos de contedo 6 pontos
Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos 3 Apresenta todas as categorias prprias do discurso narrativo, presentes no poema, com recurso a ilustraes textuais. 6 2 Apresenta 3/4 categorias prprias do discurso narrativo, presentes no poema, com recurso a ilustraes textuais. 4 1 Apresenta 2 categorias prprias do discurso narrativo, presentes no poema, com recurso a ilustraes textuais. 2
Aspetos de organizao e correo lingustica 4 pontos Estruturao do discurso 2 pontos Correo lingustica 2 pontos 2.2. No poema podem destacar-se dois quadros distintos: a companheira do sujeito desce do burrico e colhe papoulas (segunda estrofe); o pic- nic em cima dos penhascos, no qual se destaca a imagem do ramalhete rubro de papoulas saindo do decote da mulher. As sugestes pictricas surgem associadas s linhas horizontais (o granzoal) e verticais (os penhascos); aos volumes (o ramalhete, os alimentos, os seios da companheira) e cor (azul, rubro, amarelos do melo e dos damascos, branco, dos seios como rolas).
Aspetos de contedo 6 pontos
Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos 3 Refere a existncia de dois quadros e das linhas, volumes e cores que os constituem. 6 2 Refere a existncia de linhas, volumes e cores, evidenciando a aproximao entre o poema e uma aguarela. 4 1 Parafraseia o texto, associando-o de forma pouco eficaz a uma aguarela. 2
Aspetos de organizao e correo lingustica 4 pontos Estruturao do discurso 2 pontos Correo lingustica 2 pontos IV
Maria Serafina Roque 2.3. O poema evidencia traos do impressionismo, j que retrata a realidade observada atravs das linhas e cores que a constituem, filtradas pelas impresses do poeta. Evidencia, ainda, traos do parnasianismo, sobretudo pelo rigor formal que o enforma.
Aspetos de contedo 6 pontos
Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos 3 Destaca duas correntes literrias, justificando o que afirma de forma objetiva e coerente. 6 2 Destaca duas correntes literrias, justificando apenas uma delas de forma objetiva e coerente. 4 1 Destaca duas correntes literrias, no justificando o que afirma, ou justificando sem rigor nem objetividade. 2
Aspetos de organizao e correo lingustica 4 pontos Estruturao do discurso 2 pontos Correo lingustica 2 pontos
3.1. Os intervenientes dessa relao dialgica so o sujeito potico, que surge de forma implcita na primeira e na terceira estrofes, e o tu, uma mulher que colhe um ramo de papoulas e que surge evidenciada na segunda e quarta estrofes.
Aspetos de contedo 6 pontos
Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos 3 Salienta os dois intervenientes da relao dialgica, evidenciando a apario de cada um nas estrofes onde aparecem. 6 2 Nomeia os dois intervenientes da relao dialgica, evidenciando a apario de cada um nas estrofes onde aparecem. 4 1 Nomeia os dois intervenientes da relao dialgica. 2
Aspetos de organizao e correo lingustica 4 pontos V
Maria Serafina Roque Estruturao do discurso 2 pontos Correo lingustica 2 pontos
4. A sensualidade comea a adivinhar-se na profuso de cores associadas ao quadro natural, bem como aos alimentos que fazem parte do pic-nic e culminar na descrio final do motivo central do poema, isto , do ramalhete rubro de papoulas, que conduz o olhar do sujeito, mas tambm o dos leitores, para a alvura e o volume dos seios da mulher, quando comparados a duas rolas. Aspetos de contedo 9 pontos
Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos 3 Identifica e analisa, com pertinncia e rigor, os elementos que remetem para a sensualidade ao longo do poema. 9 2 Identifica e analisa, com ligeiras e espordicas imprecises, os elementos que remetem para a sensualidade ao longo do poema. 6 1 Tece comentrios gerais sobre os elementos que remetem para a sensualidade ao longo do poema. 3
Aspetos de organizao e correo lingustica 6 pontos Estruturao do discurso 3 pontos Correo lingustica 3 pontos
B. 1. a) O pai do poeta contava / que s se ouvia o dobrar dos sinos. b) Perante a situao difcil, os homens do campo migravam para a cidade / que ainda eram jovens. c) Os citadinos pediam abrigo no campo / que ainda estava livre da peste. d) Todos percebiam / que a peste se espalhava pela cidade. VI
Maria Serafina Roque e) Alguns camponeses consideravam / que a vida rural oferecia vantagens significativas / que outrora parecera dura.
2. a) que s se ouvia o dobrar dos sinos subordinada completiva. b) que ainda eram jovens subordinada relativa explicativa. c) que ainda estava livre da peste subordinada relativa explicativa. d) que a peste se espalhava pela cidade subordinada completiva. e) que a vida rural oferecia vantagens significativas subordinada completiva; que outrora parecera dura subordinada relativa explicativa.
3. a) Conjuno completiva. b) Pronome relativo. c) Pronome relativo. d) Conjuno completiva. e) Conjuno completiva; Pronome relativo.
GRUPO III
TESE: A figura feminina adquire feies ambivalentes nos poemas de Cesrio Verde. Argumento 1: A mulher surge, ora associada ao campo, ora associada cidade, assumindo, consoante uma ou outra situao, a funo de algum capaz de suscitar alegria ou, por outro lado, algum frio e distante, incapaz de amar e, portanto, geradora de tristeza. Exemplos: Poema Num bairro moderno a vendedeira de legumes alegre, vive do seu trabalho e instiga, no sujeito potico, a alegria e a boa disposio. Pelo contrrio, no poema Deslumbramentos, uma Milady vista a passar, fria, distante, altiva e frgida, o que, no obstante a atrao que suscita no sujeito, o leva VII
Maria Serafina Roque a sentir raiva e um desejo olimpico de vingana, no final do poema, quando refere que at as rainhas acabam, por vezes em farrapos. Argumento 2: A mulher habitualmente associada ao campo e ao trabalho frequentemente desprovida de beleza, podendo mesmo apresentar sinais de doena, mas suscita no sujeito uma aproximao solidria frequente. Pelo contrrio, a tpica mulher citadina surge quase sempre associada a uma certa depravao, nomeadamente dos costumes. Exemplos: Em Contrariedades, o sujeito condi-se de uma tsica que passa roupa para fora e mal ganha para comer e para pagar os remdios que tem de consumir. J em Cristalizaes, a atrizita , uma vez mais, vista a passar, furtiva, como se se tratasse de um animal que, noite, sai da sua toca.
Concluso: A mulher plasmada na poesia de Cesrio Verde assume diferentes atitudes e posturas consoante surge associada aos ambientes onde se move. Deste modo, tal como o campo tem um poder revigorador e vivificante, tambm a mulher a ele associada detm, apesar da sua pobreza ou mesmo da doena, uma alegria inata, capaz de provocar uma grande empatia no sujeito. Pelo contrrio, a mulher citadina deixa transparecer toda a negatividade associada ao ambiente de onde oriunda, sendo, por isso, instigadora de sentimentos verdadeiramente negativos no sujeito.
VIII
Maria Serafina Roque
Estruturao temtica e discursiva 30 pontos
Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos
6 Explicita, com pertinncia e rigor, o modo como a figura feminina adquire feies ambivalentes na poesia de CV, usando pelo menos dois argumentos e fazendo referncias que refletem um muito bom conhecimento da poesia deste autor.
30
5 Explicita, com pertinncia e rigor, o modo como a figura feminina adquire feies ambivalentes na poesia de CV, usando pelo menos dois argumentos e fazendo referncias que refletem um bom conhecimento da poesia deste autor.
24
4 Explicita, com ligeiras e espordicas imprecises, o modo como a figura feminina adquire feies ambivalentes na poesia de CV, usando pelo menos dois argumentos e fazendo referncias que refletem um conhecimento suficiente da poesia deste autor.
18
3 Explicita, com muitas imprecises, o modo como a figura feminina adquire feies ambivalentes na poesia de CV, usando um s argumento e fazendo referncias que refletem um conhecimento suficiente da poesia deste autor.
12
2 Refere, de forma incompleta, o modo como a figura feminina adquire feies ambivalentes na poesia de CV, usando um argumento e fazendo referncias que refletem conhecimento insuficiente da poesia deste autor.
9
1 Tece comentrios gerais sobre o modo como a figura feminina adquire feies ambivalentes na poesia de CV, fazendo referncias que refletem um conhecimento incipiente da poesia deste autor.