Correcao Teste 1

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I

Maria Serafina Roque


Teste de Avaliao n. 1 - Correo

12. CT / CSE
setembro/2012
GRUPO I

A.
1 d); 2 c); 3 c); 4 c); 5 d); 6 a); 7 b); 8 c); 9 a); 10 d).

B.
Caractersticas da poesia de Cesrio Verde em Provincianas:
- Poesia deambulatria o poeta descreve um ambiente campestre, os campos e os
seus habitantes, medida que se movimenta por esse mesmo espao, registando o
que observa.
- Ideia do campo associado sade, ao trabalho rduo e honesto; felicidade e
vida no poema mostra-se o devir temporal e as modificaes que os campos
sofrem, associadas ao milagre da criao e do nascimento, seja das plantas, seja dos
animais.
- Rigor formal, percebido pelas rimas sempre idnticas, pelo metro e pelo ritmo.

Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos
5 Salienta, com pertinncia e rigor, 3 caractersticas da poesia de
Cesrio Verde, presentes no poema ouvido.
25

4
Salienta, com alguma falta de rigor, 3 caractersticas da poesia de
Cesrio Verde, presentes no poema ouvido.
OU
Salienta, com pertinncia e rigor, 2 caractersticas da poesia de
Cesrio Verde, presentes no poema ouvido.

18
3 Salienta, com, alguma falta de rigor, 2 caractersticas da poesia
de Cesrio Verde, presentes no poema ouvido.
12
2 Salienta, com pertinncia e rigor, 1 caracterstica da poesia de
Cesrio Verde, presente no poema ouvido.
9
1 Tece comentrios gerais sobre a poesia de Cesrio Verde. 5


II

Maria Serafina Roque
GRUPO II

1.1. Nos dois primeiros versos, o demonstrativo Naquele e a forma verbal no
pretrito perfeito Houve remetem para o passado, instaurando a memria
como meio de representao potica. Para alm deste, outros dois motivos
percorrem o texto: a simplicidade, uma coisa simplesmente bela (v. 2) / E
que, sem ter histria nem grandezas (v. 3), e o carter plstico da cena
descrita como bela, que dava uma aguarela (v. 4). A simplicidade e o
prazer esttico aliam-se para justificar a descrio desta experincia vivida
pelo sujeito potico.


Aspetos de contedo 9 pontos

Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos
3 Explicita coerentemente a afirmao, indicando trs motivos que
percorrem o texto.
9
2 Explicita coerentemente a afirmao, indicando dois motivos
que percorrem o texto.
6
1 Explicita coerentemente a afirmao, indicando um motivo que
percorre o texto.
3

Aspetos de organizao e correo lingustica 6 pontos
Estruturao do discurso 3 pontos
Correo lingustica 3 pontos

2.1. O poema esboa uma narrativa, da qual constam elementos como o
espao, um granzoal (v. 7), em cima de uns penhascos (v. 8); o
tempo, De tarde (ttulo), Pouco depois / inda o sol se via
(vs. 9 e 10); as personagens, tu, ns; a ao, um pic-nic (v.1),
descendo do burrico, / Foste colher () / Um ramalhete rubro de
papoulas (vs. 5, 6 e 8), Ns acampmos (v. v. 10).

III

Maria Serafina Roque
Aspetos de contedo 6 pontos

Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos
3 Apresenta todas as categorias prprias do discurso narrativo,
presentes no poema, com recurso a ilustraes textuais.
6
2 Apresenta 3/4 categorias prprias do discurso narrativo,
presentes no poema, com recurso a ilustraes textuais.
4
1 Apresenta 2 categorias prprias do discurso narrativo, presentes
no poema, com recurso a ilustraes textuais.
2

Aspetos de organizao e correo lingustica 4 pontos
Estruturao do discurso 2 pontos
Correo lingustica 2 pontos
2.2. No poema podem destacar-se dois quadros distintos: a companheira
do sujeito desce do burrico e colhe papoulas (segunda estrofe); o pic-
nic em cima dos penhascos, no qual se destaca a imagem do
ramalhete rubro de papoulas saindo do decote da mulher. As
sugestes pictricas surgem associadas s linhas horizontais (o
granzoal) e verticais (os penhascos); aos volumes (o ramalhete, os
alimentos, os seios da companheira) e cor (azul, rubro, amarelos do
melo e dos damascos, branco, dos seios como rolas).

Aspetos de contedo 6 pontos

Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos
3 Refere a existncia de dois quadros e das linhas, volumes e cores
que os constituem.
6
2 Refere a existncia de linhas, volumes e cores, evidenciando a
aproximao entre o poema e uma aguarela.
4
1 Parafraseia o texto, associando-o de forma pouco eficaz a uma
aguarela.
2

Aspetos de organizao e correo lingustica 4 pontos
Estruturao do discurso 2 pontos
Correo lingustica 2 pontos
IV

Maria Serafina Roque
2.3. O poema evidencia traos do impressionismo, j que retrata a
realidade observada atravs das linhas e cores que a constituem,
filtradas pelas impresses do poeta. Evidencia, ainda, traos do
parnasianismo, sobretudo pelo rigor formal que o enforma.

Aspetos de contedo 6 pontos

Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos
3 Destaca duas correntes literrias, justificando o que afirma de
forma objetiva e coerente.
6
2 Destaca duas correntes literrias, justificando apenas uma delas
de forma objetiva e coerente.
4
1 Destaca duas correntes literrias, no justificando o que afirma,
ou justificando sem rigor nem objetividade.
2

Aspetos de organizao e correo lingustica 4 pontos
Estruturao do discurso 2 pontos
Correo lingustica 2 pontos

3.1. Os intervenientes dessa relao dialgica so o sujeito potico, que
surge de forma implcita na primeira e na terceira estrofes, e o tu,
uma mulher que colhe um ramo de papoulas e que surge evidenciada
na segunda e quarta estrofes.

Aspetos de contedo 6 pontos

Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos
3 Salienta os dois intervenientes da relao dialgica, evidenciando
a apario de cada um nas estrofes onde aparecem.
6
2 Nomeia os dois intervenientes da relao dialgica, evidenciando
a apario de cada um nas estrofes onde aparecem.
4
1 Nomeia os dois intervenientes da relao dialgica. 2

Aspetos de organizao e correo lingustica 4 pontos
V

Maria Serafina Roque
Estruturao do discurso 2 pontos
Correo lingustica 2 pontos


4. A sensualidade comea a adivinhar-se na profuso de cores associadas ao
quadro natural, bem como aos alimentos que fazem parte do pic-nic e culminar
na descrio final do motivo central do poema, isto , do ramalhete rubro de
papoulas, que conduz o olhar do sujeito, mas tambm o dos leitores, para a
alvura e o volume dos seios da mulher, quando comparados a duas rolas.
Aspetos de contedo 9 pontos

Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos
3 Identifica e analisa, com pertinncia e rigor, os elementos que
remetem para a sensualidade ao longo do poema.
9
2 Identifica e analisa, com ligeiras e espordicas imprecises, os
elementos que remetem para a sensualidade ao longo do
poema.
6
1 Tece comentrios gerais sobre os elementos que remetem para
a sensualidade ao longo do poema.
3

Aspetos de organizao e correo lingustica 6 pontos
Estruturao do discurso 3 pontos
Correo lingustica 3 pontos


B.
1.
a) O pai do poeta contava / que s se ouvia o dobrar dos sinos.
b) Perante a situao difcil, os homens do campo migravam para a cidade /
que ainda eram jovens.
c) Os citadinos pediam abrigo no campo / que ainda estava livre da peste.
d) Todos percebiam / que a peste se espalhava pela cidade.
VI

Maria Serafina Roque
e) Alguns camponeses consideravam / que a vida rural oferecia vantagens
significativas / que outrora parecera dura.

2.
a) que s se ouvia o dobrar dos sinos subordinada completiva.
b) que ainda eram jovens subordinada relativa explicativa.
c) que ainda estava livre da peste subordinada relativa explicativa.
d) que a peste se espalhava pela cidade subordinada completiva.
e) que a vida rural oferecia vantagens significativas subordinada
completiva; que outrora parecera dura subordinada relativa explicativa.

3.
a) Conjuno completiva.
b) Pronome relativo.
c) Pronome relativo.
d) Conjuno completiva.
e) Conjuno completiva; Pronome relativo.


GRUPO III

TESE: A figura feminina adquire feies ambivalentes nos poemas de Cesrio Verde.
Argumento 1: A mulher surge, ora associada ao campo, ora associada cidade,
assumindo, consoante uma ou outra situao, a funo de algum capaz de suscitar
alegria ou, por outro lado, algum frio e distante, incapaz de amar e, portanto,
geradora de tristeza.
Exemplos: Poema Num bairro moderno a vendedeira de legumes alegre, vive
do seu trabalho e instiga, no sujeito potico, a alegria e a boa disposio. Pelo
contrrio, no poema Deslumbramentos, uma Milady vista a passar, fria,
distante, altiva e frgida, o que, no obstante a atrao que suscita no sujeito, o leva
VII

Maria Serafina Roque
a sentir raiva e um desejo olimpico de vingana, no final do poema, quando refere
que at as rainhas acabam, por vezes em farrapos.
Argumento 2: A mulher habitualmente associada ao campo e ao trabalho
frequentemente desprovida de beleza, podendo mesmo apresentar sinais de
doena, mas suscita no sujeito uma aproximao solidria frequente. Pelo contrrio,
a tpica mulher citadina surge quase sempre associada a uma certa depravao,
nomeadamente dos costumes.
Exemplos: Em Contrariedades, o sujeito condi-se de uma tsica que passa roupa
para fora e mal ganha para comer e para pagar os remdios que tem de consumir.
J em Cristalizaes, a atrizita , uma vez mais, vista a passar, furtiva, como se se
tratasse de um animal que, noite, sai da sua toca.

Concluso: A mulher plasmada na poesia de Cesrio Verde assume diferentes
atitudes e posturas consoante surge associada aos ambientes onde se move. Deste
modo, tal como o campo tem um poder revigorador e vivificante, tambm a mulher
a ele associada detm, apesar da sua pobreza ou mesmo da doena, uma alegria
inata, capaz de provocar uma grande empatia no sujeito. Pelo contrrio, a mulher
citadina deixa transparecer toda a negatividade associada ao ambiente de onde
oriunda, sendo, por isso, instigadora de sentimentos verdadeiramente negativos no
sujeito.












VIII

Maria Serafina Roque

Estruturao temtica e discursiva 30 pontos

Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfico da disciplina Pontos

6
Explicita, com pertinncia e rigor, o modo como a figura feminina adquire
feies ambivalentes na poesia de CV, usando pelo menos dois argumentos e
fazendo referncias que refletem um muito bom conhecimento da poesia deste
autor.

30

5
Explicita, com pertinncia e rigor, o modo como a figura feminina adquire
feies ambivalentes na poesia de CV, usando pelo menos dois argumentos e
fazendo referncias que refletem um bom conhecimento da poesia deste autor.

24

4
Explicita, com ligeiras e espordicas imprecises, o modo como a figura feminina
adquire feies ambivalentes na poesia de CV, usando pelo menos dois
argumentos e fazendo referncias que refletem um conhecimento suficiente da
poesia deste autor.

18

3
Explicita, com muitas imprecises, o modo como a figura feminina adquire
feies ambivalentes na poesia de CV, usando um s argumento e fazendo
referncias que refletem um conhecimento suficiente da poesia deste autor.

12

2
Refere, de forma incompleta, o modo como a figura feminina adquire feies
ambivalentes na poesia de CV, usando um argumento e fazendo referncias que
refletem conhecimento insuficiente da poesia deste autor.

9

1
Tece comentrios gerais sobre o modo como a figura feminina adquire feies
ambivalentes na poesia de CV, fazendo referncias que refletem um
conhecimento incipiente da poesia deste autor.

6

Correo lingustica 20 pontos

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