Histórico e Dados - Cachoeiras de Macacu

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Histrico e Dados

Municpio: Cachoeiras de Macacu



Informaes gerais

Fundao: 15 de maio de 1679.
Gentlico: Cachoeirense ou Macacuano.
Prefeito Atual: Rafael Muzzi de Miranda.

Caracterizao

Coordenadas Geogrficas: 22 27' 46" S 42 39' 10" W.
Fuso Horrio: UTC-3.
Unidade Federativa: Rio de Janeiro.
rea: 955.806,00 km.
Populao: 56.529 Habitantes.
Densidade: 55,49 hab/km
2
.
Mesorregio: Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
Microrregio: Macacu-Caceribu.
Altitude: 57 metros.
Clima: Tropical (Aw).
Municpios Limtrofes: Nova Friburgo, Rio Bonito, Itabora, Guapimirim, Silva Jardim e Terespolis.
Distncia at a Capital: 97 Quilmetros.

Indicadores

ndice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,752 (54 em relao ao Estado do Rio de Janeiro).
Produto Interno Bruto (PIB): R$ 533.915 mil.
PIB per capita: R$ 9.931,00.

Histrico de ocupao

Povoamento e Construo do Territrio de Cachoeiras de Macacu no Brasil Colnia
A Histria de ocupao e construo do Municpio de Cachoeiras de Macacu tem incio ainda no sculo
XVI, portanto nos primeiros momentos de ocupao do territrio Brasileiro pelos Portugueses. O carter
precoce da ocupao da regio do atual Municpio se deu pelo fato deste se localizar prximo a cidade
do Rio de Janeiro, mais precisamente no recncavo Leste da Baa de Guanabara. Por possuir o rio mais
caudaloso da regio, exploradores aventureiros facilmente adentraram nestes sertes e, em seguida,
promoveram sua insero na economia da Capital.

Vale lembrar que a Histria de ocupao e construo do territrio Brasileiro e da regio onde hoje se
encontra Cachoeiras de Macacu tem como pano de fundo o Sistema Colonial Escravista, a forte presena
da Igreja Catlica, a intensa explorao dos recursos naturais como floresta e solo, e a
desterritorializao da Populao Indgena local. Oficialmente, os primeiros registros histricos da
ocupao e construo do territrio onde hoje se encontra Cachoeiras de Macacu datam de 1567.

Aps a expulso dos Franceses da Cidade do Rio de Janeiro a Coroa Portuguesa iniciou uma poltica de
distribuio de terras no entorno da Baa de Guanabara com objetivo de povoar as mesmas e controlar
as rotas para o interior.

Sendo assim, as terras foram doadas por ele aos Padres da Companhia de Jesus em 1571. Esta doao
foi confirmada em Lisboa em documento de 17 de Dezembro de 1571 e endossada atravs de registro
no Rio de Janeiro pelo Governador Cristvo de Barros em 27 de Outubro de 1573, dia em que Gonalo
de Oliveira, procurador do Colgio de Jesutas tomou posse das mesmas.

Em 1579, aps o fim da guerra com os ndios, teve incio a medio das terras, tarefa que durou at
1599. Nesse mesmo perodo outras Sesmarias foram doadas na regio, ampliando a ocupao do
entorno da Baa de Guanabara.
A ocupao dos baixos leitos tinha tanto objetivo econmico, como a produo agrcola para exportao
e abastecimento interno, quanto objetivo geopoltico, pois restringia o acesso s regies das minas no
interior. Ocupar era preciso. Esta gleba estava situada entre os Rios Macacu e Cacerebu. Manoel
Fernando Ozouro e sua esposa construram em 1612 uma Capela para devoo familiar que tinham a
Santo Antnio.

Em 1644, o Monsenhor Antnio de Marins Loureiro elevou o Curato de Santo Antnio do Cacerebu
provisoriamente categoria de Parquia ou Freguesia, que atravs de Alvar Rgio de 1647 foi
confirmada como Freguesia de Santo Antnio do Cacerebu, popularmente, segundo Cardoso, conhecida
como Freguesia de Santo Antnio do Macacu. Por volta de 1649, em terreno doado pelo Capito Joo
Gomes Sardinha e sua esposa, se instalam tambm entre os Rios Macacu e o Cacerebu, em carter
provisrio, os Frades Franciscanos.

A partir de 1693, atravs de expedio de vrias Cartas Rgias o Governador da Capitania do Rio de
Janeiro passa a recomendar a instalao de Cmaras Municipais, nomear os Juzes Ordinrios, constituir
Foras Militares, enfim, estabelecer polticas de controle e acesso, cujo objetivo principal foi alcanado
em 05 de Agosto de 1697 com a fundao da Vila de Santo Antnio de S, pelo ento Governador
General Arthur de S Menezes.

Durante o Sculo XVIII, o ento Municpio de Santo Antonio de S passou a ser mais intensamente
ocupado e o povoamento avanou em direo s cabeceiras dos rios. Foram criadas vrias Freguesias
como: 1) da Santssima Trindade, 2) de So Joo de Itaborahy, 3) de Nossa Senhora do Desterro de
Itamby e 4) de Nossa Senhora da Conceio do Rio Bonito que somavam com a Freguesia Sede Santo
Antonio do Cacerebu ou Macacu um total de cinco Freguesias. Nota-se aqui um grande avano
territorial. O Municpio de Santo Antnio de S ocupava naquela poca terras dos atuais Municpios
de So Gonalo, Itabora, Guapimirim, Tangu e Cachoeiras de Macacu. O relatrio do Marqus do
Lavradio diz que em 1778 o territrio de Santo Antnio de S alcanou mais de 1.500 quilmetros
quadrados, com grande produo e intensa navegao.

Em linhas gerais, o Brasil Colnia e a construo e povoamento do atual Municpio de Cachoeiras de
Macacu foram marcados pela forma de distribuio de terras, estando a Igreja Catlica presente em
todas as etapas, inclusive como dona de terras. O territrio comeou a ser construdo em funo do Rio
Macacu, principal via de acesso e a Vila de Santo Antnio de S sediada na Freguesia de Santo Antonio
do Cacerebu ou Macacu passou a organizar jurdica e politicamente toda regio do Municpio de Santo
Antnio de Sa. Estabelecidas as cinco Freguesias, o Municpio teve aumentado seu povoamento,
extenso de terras e produo. Sua prosperidade alcanou o apogeu por volta de 1820, quando j
findava o perodo do Brasil Colnia.

O (Des) povoamento e a (Des) construo do Territrio de Santo Antnio de S no Brasil Imprio.
Ainda no Sculo XVIII, mais precisamente em 1779, foi fundada a Vila de Mag e a Freguesia de Nossa
Senhora do Guapimirim foi desmembrada do Municpio de Santo Antnio de S. Este evento marca o
inicio da fragmentao do mesmo que ser mais acentuada j no Brasil Imprio, aps ser assolada pela
Febre Palustre, conhecida como Febre do Macacu, na dcada de 1820.

No auge da epidemia, mais precisamente em 15 de Janeiro de 1833, foi criado o Municpio de Itabora.
O Municpio de Santo Antnio de S perdia assim mais uma de suas Freguesias, a de So Joo de
Itaborahy. A Vila de Itaborahy ficava numa elevao do terreno (atual Centro de Itabora), portanto
isento da febre que assolava as regies prximas s margens dos rios. Nessa poca a Vila de Itaborahy j
era bastante promissora, com grande produo e grande populao. Logo em seguida o 'Municpio de
Santo Antnio de Sa teve desagregadas tambm as Freguesias de Nossa Senhora da Conceio do Rio
Bonito e a de Nossa Senhora do Desterro de Itambi, ficando apenas com Freguesia Sede Santo Antonio
do Cacerebu ou Macacu e a Freguesia da Santssima Trindade.

O Municpio de Santo Antnio de S compreendia ento naquele momento, alm da Vila do mesmo
nome na Freguesia de Santo Antonio do Cacerebu ou Macacu, a atual regio de So Jos da Boa Morte,
as localidades do Vale do Rio Guapiau at a Capela Carmelita. Corresponde hoje a maior parte do atual
3 Distrito de Cachoeiras de Macacu. J a Freguesia da Santssima Trindade tinha sede na Igreja Matriz
da Santssima Trindade, atual Papucaia e somava-se a ela a Igreja de Santa Ana na atual Japuba e a
Igreja de Nossa Senhora da Conceio na atual Cachoeiras de Macacu. A Freguesia da Santssima
Trindade abrangia os atuais 1 e 2 Distritos de Cachoeiras de Macacu.

Ainda em 1834, foi criada com sede na Capela de So Jos da Boa Morte, a Freguesia de mesmo nome.
Em 1950, a Freguesia da Santssima Trindade foi dividida em duas Freguesias: uma sediada na Igreja da
Santssima Trindade, atual Papucaia e a outra com sede na Igreja de Santa Ana na atual Japuiba. Esta
diviso durou at 1954 quando houve a reunificao destas Freguesias e a partir desse momento a sede
passou para Freguesia de Santa Ana e sua nova denominao passou a ser Freguesia da Santssima
Trindade de Santa Ana do Macacu. Isso levou ao abandono da antiga Igreja Matriz da Santssima
Trindade, na atual Papucaia.

Embora debilitada, a Vila Santo Antnio de S foi se mantendo. Por ela passava toda a produo local e ainda os
produtos de Nova Friburgo e Cantagalo, principalmente o caf, em direo Cidade do Rio de Janeiro. Mas a
partir de 1860, com a inaugurao do trecho da Estrada de Ferro Cantagalo que ia de Porto das Caixas ao Arraial
da Cachoeira, estava a Vila de Santo Antnio de S fadada ao abandono e, conseqentemente, ao
desaparecimento. O eixo de circulao de mercadorias e de pessoas se deslocou para a recm criada Estrada de
Ferro.

No incio do Sculo XIX, com a chegada da Famlia Real e com o conseqente aumento do contingente
populacional da Cidade do Rio de Janeiro, houve maior demanda por combustvel (lenha), madeira
nobre para construo e produo de alimentos. O uso dos recursos naturais do Recncavo da Baa de
Guanabara foram intensificados. reas cada vez maiores foram desmatadas e a vegetao original foi
cedendo lugar pecuria e produo agrcola. Tal processo avanou em direo s regies serranas.
Posteriormente houve a transferncia da sede de Santo Antonio de S para Santa Ana de Japuba em 06
de Novembro de 1868.

Ainda no Sculo XIX, a introduo da lavoura cafeeira alterou o carter produtivo inicial marcado por uma
agricultura diversificada para abastecimento interno para uma produo caracterizada pela monocultura
exportadora. O centro econmico agrcola da antiga Colnia se deslocou do Nordeste (cana-de-acar) para o
Sudeste (caf), com o Brasil j independente. Sendo assim, aquelas reas que at ento tinham sofrido pouca
interveno, seriam, a partir dai, drasticamente domadas para produo cafeeira. Nessa nova empreitada, as
florestas de encostas foram derrubadas e no seu lugar surgiram grandes plantaes de caf, como ocorreu
praticamente em todo entorno da Cidade do Rio de Janeiro. Isso levou ocupao das reas mais altas do
Municpio de Santo Antnio de S, alm de elevar a importncia da Vila como entreposto de circulao de
pessoas e mercadorias que iam e vinham das reas alm da Serra.

Na dcada de 1850, o territrio de Santo Antnio de S j experimentava um novo rearranjo; a subdiviso e
renomeao da Freguesia Sede, de Santo Antonio do Cacerebu ou Macacu para Freguesia de Santo Antonio de
S e Freguesia de So Jose da Boa Morte. E tambm a mudana da sede da Freguesia da Santssima Trindade da
Igreja da Santssima Trindade (Papucaia) para Igreja de Santa Ana de Macacu (Japuba). Com essas mudanas, a
localidade de Santa Ana de Macacu ganhou importncia, no apenas religiosa, mas tambm econmica e
geogrfica.

O golpe de misericrdia sobre a Vila Santo Antonio de S assinalado em 6 de Novembro de 1868 com a
transferncia da Sede Municipal para Santa Ana de Macacu. Santa Ana de Macacu, atual Japuiba, era mais
salubre, j servia de sede da Freguesia da Santssima Trindade e daquele momento em diante foi elevada
categoria de Vila e passou tambm a sediar o Municpio. No ano de 1875, parte da Freguesia de Santo
Antnio de S mais sua Vila foram anexadas ao Municpio de Itabora.

A Estrada de Ferro Cantagalo foi estendida de Porto das Caixas at o Arraial da Cachoeira situada no
sop da Serra. Neste local ocorria a transferncia da produo transportada sobre lombos de mulas de
Cantagalo e Nova Friburgo situados no alto da Serra, para os vages dos trens na base da Serra. Os trens
tambm traziam mantimentos que eram levados pelas mulas Serra acima. Sendo assim, o Arraial da
Cachoeira servia de entreposto comercial e teve vrios armazns construdos, alm de hotis, cafs,
restaurantes.

Logo em seguida foi construdo e inaugurado em 1873 o trecho da Estrada de Ferro que ligava o Arraial
da Cachoeira Nova Friburgo, fato que elevou ainda mais a importncia do at ento Arraial da
Cachoeira. Em 1923 o Arraial da Cachoeira foi elevado categoria de Vila e passou denominar-se
Cachoeiras de Macacu. Portanto, a partir desse momento que surge o nome Cachoeiras de Macacu,
que mais tarde vai nomear todo o Municpio.

Localizao

O Municpio de Cachoeiras de Macacu esta classificado junto Regio das Baixadas Litorneas.
Localizado entre as coordenadas 22 27' 46" S 42 39' 10" W, encontra-se a cerca de 97 Km da cidade do Rio
de Janeiro.






Aspectos fsicos

Relevo
Os trechos do Centro-Sul do Municpio apresentam as caractersticas de Baixada, e a parte Norte inclui
elevaes da Serra do Mar. Sem espao de transio, tocam-se os dois extremos topogrficos: Serra e
Baixada. Nas Serras encontra-se as rochas antigas do Complexo Cristalino, expostas ou cobertas por seus
produtos de decomposio; na Baixada as formaes aluviais recentes, Tercirias e Quaternrias. Estas
ltimas estendendo-se em superfcies regulares com altitudes inferiores a 50m, at o Litoral sendo,
entretanto, circundadas por morros e montes cristalinos, chamados de Meias Laranjas.

Clima
De acordo com a classificao de Kppen (1949), o clima de Niteri do tipo Aw (Tropical Quente e
mido). A Temperatura Mdia Anual de 21 C, com ndice Pluviomtrico variando de 1.700 a 2.600
mm/ano. As condies do relevo influenciam na temperatura, sendo que nas partes mais elevadas, do
Norte e do Leste, as temperaturas so mais amenas e nas partes mais baixas, no Centro-Sul, so
geralmente mais elevadas.

Vegetao
Apresenta em cerca de 50% de seu territrio caractersticas serranas recobertas por Mata Atlntica de
carter Primrio e Secundrio. O municpio de Cachoeiras de Macacu apresentava 65% da superfcie
coberta por remanescentes florestais. A vertente da Serra do Mar pertencente ao municpio encontra-se
coberta quase na sua totalidade por um fragmento contnuo de floresta, enquanto que fragmentos
menores distribuem-se em grande nmero pelos topos de morros da superfcie de colinas entre os rios
Macacu e Guapia.

Em 2007, Cachoeiras de Macacu possua 27,4% de seu territrio constitudo por Unidades de
Conservao de proteo integral, representadas pelo Parque Estadual dos Trs Picos e a Estao
Ecolgica do Paraso. Especificamente, no ano de 2007, no houve a criao de nenhuma nova unidade
de conservao de proteo integral.

Em suas densas matas foram detectados os mais elevados ndices de biodiversidade de todo o Estado, isto , a
maior variedade de espcies animais e vegetais em uma dada unidade de rea, sendo por isso considerada uma
regio da mais elevada prioridade, em termos de conservao, pelos especialistas.

Hidrografia
A Bacia Hidrogrfica do Rio Macacu composta por dois rios principais: o Rio Macacu que corta trs
reas urbanizadas e por isso recebe grande quantidade de esgotos in natura. O Rio Guapiau nasce e
corre por uma regio rural, com poucos habitantes, por isso menos poludo por esgotos domsticos.
Entretanto, os dois rios recebem grande quantidade de resduos de Agrotxicos. Alm disso, existe uma
prtica antiga de retirada de areia de seus leitos. Os rios desta Bacia j no tm mais Mata Ciliar e
sofrem ocupao irregular de suas margens principalmente na rea urbana.

Aspectos socioeconmicos

Demografia
De acordo com o ltimo Censo do IBGE (CNM,2009), Cachoeiras de Macacu tem uma Populao de
56.529 habitantes, com 84,7% da mesma na zona urbana, com uma proporo de 101,4 homens para
cada 100 mulheres. A Densidade Demogrfica de 53 habitantes por km
2
. A populao Municipal
experimenta uma taxa de crescimento maior que a mdia Estadual. Isso ocorre principalmente por dois
motivos: migrao e alta taxa de natalidade

Durante o perodo de 1991-2000, a populao de Cachoeiras de Macacu teve uma Taxa de Crescimento
Anual de 2,12% enquanto a Taxa de Crescimento da Populao do Estado foi de 1,30% e da Regiao das
Baixadas Litorneas foi de 4,13%. A Taxa de Urbanizao cresceu 6,31%, passando de 79,68% em 1991
para 84,70% em 2000.

Economia
Com relao ao ndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M 2000), no Estado do Rio de
Janeiro, Cachoeiras de Macacu o 55 dentre 92 Municpios. A Esperana de Vida ao Nascer de 70,33
anos, 86,03% de Taxa de Alfabetizao de Adultos, 82,64% de Taxa Bruta de Freqncia Escolar e Renda
per capta de R$ 219,20 (duzentos e dezenove reais e vinte centavos). Na classificao Federal O IDH de
Cachoeiras de Macau ocupa a posio 1.828 dentre os 5.564 Municpios Brasileiros.

A contribuio da economia do Municpio de Cachoeiras de Macacu para o Produto Interno Bruto do
Estado do Rio de Janeiro de 0,19% (Fundao CIDE 2003). Dentre os PIB`s dos Municpios que
compem a Regio das Baixadas Litorneas o PIB de Cachoeiras de Macacu teve a maior taxa de
crescimento entre os anos de 2002 e 2003. A taxa de 37% de crescimento se deveu ao desenvolvimento
da Industria da Transformao em especial o Setor de Bebidas o qual compe 55% do PIB Municipal e
o 16 produtor do Estado (Fundao CIDE 2003).

A maioria da populao ativa trabalha no Comrcio e Servios que, de certa forma, s atende a
populao local. Outro grande empregador a Prefeitura Municipal. Hoje a mdia de renda da cidade
gira em torno e 1,5 Salrios Mnimos.
O Setor dos Servios o maior empregador formal do Municpio com 36% dos postos formais de
trabalho, seguido pela Administrao Publica com 18% das ocupaes formais, o Comercio com 16,3%
das ocupaes formais, a Indstria com 15,7% e a Agropecuria com 10,2% das ocupaes formais.

Educao
Com base nos dados do Censo Escolar do ano de 2005 (INEP/MEC) o Municpio teve um total de 14.309
matrculas distribudas entre o Pr-Escolar, Ensino Fundamental e Ensino Mdio. Do total destas
matrculas a Rede Municipal foi responsvel por 45,78%, a Rede Estadual por 43,60% e a Rede Privada
por 10.62%. Segundo os Seguimentos de Ensino, para o mesmo perodo o Municpio recebeu 10.083
matrculas no Ensino Fundamental, 2.439 no Ensino Mdio e 1.787 no Pr-Escolar.

Em termos porcentuais teremos 70,47% das matriculas no Ensino Fundamental, 17.04% no Ensino
Mdio e 12,49% no Pr-Escolar. Existem no Municpio 67 Escolas, das quais 29 pertencem Rede
Estadual, 29 Rede Municipal e 9 Rede Privada. Entretanto, importante lembrar que desde 2005 o
Municpio passa por um processo de Municipalizao de algumas Escolas da Rede Estadual de Ensino.

De acordo com o IBGE, a distribuio dos estudantes de 18 24 anos de idade pelos diversos Nveis do
Ensino evidencia o atraso no Fluxo Escolar. Em 2003, no Brasil 20,4% dos estudantes na faixa etria
citada ainda cursavam o Ensino Fundamental e quase 42% ainda estavam no Ensino Mdio. Mesmo no
Ensino Fundamental a Taxa de Defasagem srie/idade chega a atingir 64% dos estudantes de 14 anos de
idade.

No Estado do Rio de Janeiro, esse nmero alcana 65,8% dos estudantes. Entretanto, a anlise deste
indicador para os ltimos anos revela uma reduo para crianas na faixa de 7 a 14 anos. As causas
desta reduo podem ser resultado de programas especficos de Reforo Escolar, da expanso do Pr-
Escolar, ou mesmo, fruto da Progresso Continuada no Ensino Fundamental.

Sade
Cachoeiras de Macacu tem Gesto Plena da Ateno Bsica e Gesto Estadual Plena, dispondo de um
Hospital, do prprio Municpio, conveniado ao SUS. Oferece um total de 97 leitos hospitalares, em uma
proporo de 1,9 leitos por 1.000 habitantes, enquanto a mdia do Estado de 2,9 leitos por 1.000
habitantes. As Unidades Ambulatoriais so distribudas da seguinte forma:

Dados levantados para o Diagnstico do Plano Diretor Estratgico de Cachoeiras de Macacu apontaram
fortalecimento da ao pblica na rea da Sade com adoo de Programas de Ateno Bsica como o
Programa de Sade em Casa e o Programa de Agentes Comunitrios de Sade, iniciados em 2001,
assistindo s comunidades nas prprias localidades. Exemplos destas aes so as Unidades de Sade da
Famlia instaladas em Guapiau, So Jos da Boa Morte, Vecchi, Agrobrasil, Marapor e Castlia. No ano
de 2005 o Programa de Sade da Famlia (PSF) registrou 124 consultas no Municpio, com uma
cobertura estimada pelo Ministrio da Sade de 24,57% da populao.

Saneamento e Habitao
No tocante ao Abastecimento de gua, Cachoeiras de Macacu tem 69,4% dos domiclios com acesso
Rede de Abastecimento, 28,0% com acesso gua atravs de poo ou nascente e 2,6% tm outra forma
de acesso mesma. O total de gua distribudo alcana 64.542 metros cbicos por dia, dos quais a
totalidade passa por simples desinfeco ou clorao.

A Rede de Coleta de Esgoto Sanitrio chega a 46,8% dos domiclios do Municpio; outros 18,3% tm fossa
sptica, 19,8% utilizam fossa rudimentar, 7,4% esto ligados a uma vala, e 7,2% so lanados diretamente em
um corpo receptor como rio ou lagoa. O Esgoto Sanitrio coletado no teve seu tratamento ou destinos
reportados.

Cachoeiras de Macacu tem 71,4% dos domiclios com Coleta Regular de Lixo, outros 1,9% tm seu lixo jogado
em terreno baldio ou logradouro, e 23,9% o queimam. O total de resduos slidos coletados somava 45
toneladas por dia, cujo destino so 3 vazadouros a cu aberto, comumente chamados de Lixes.

Com relao habitao, percebe-se que, de certo tempo para c, houve um aumento nos loteamentos
clandestinos, atraindo pessoas de baixa renda tanto da zona rural do prprio Municpio, quanto dos municpios
vizinhos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) realizou os seguintes levantamentos,
relacionados ao desenvolvimento de programas ou aes na rea da habitao:

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