106630-Texto Do Artigo-188281-1-10-20151026
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PARTE GEOGRAFICÁ .
Divisas .
(1) — Foi primeiro Juiz Ordinário da Vila, Diogo Castanho Tôrres e foram primeiros ve-
readores: Francisco Pinheiro, Nuno Cavalheiro e Francisco de Escobar Ortiz,
como consta do respectivo auto de eleição.
1.80
— 182
Filhas de Maria 60
S. S. Sacramento 35
C. de São Vicente 50
Data da criação canônica da Paróquia: ano de 1700.
Padroeiro: São Sebastião.
Demografia.
Os últimos dados estatísticos conhecidos são os seguintes :
1929
nascidos vivos 153
Nascimentos
nascidos mortos 7
Casamentos 43
óbitos 65
Crescimento vegetativo 88
1931
Casamentos 20
Nascimentos 48
óbitos 118
1938
População 7.340
Nascimentos 97
óbitos 66
Patrimônio.
De acôrdo com os dados que conseguimos obter, referentes
ao ano de 1932, foi o seguinte:
Valor do patrimônio municipal 54:000$000
renda 19:000$000
Arrecadação municipal
despêsa 19 :000$000
renda 102 :000$000
Arrecadação estadual
despêsa 180 :000$000
1938
Receita municipal 39:802$000
despêsa 39:633$000
Número de prédios do município 307
Agricultura .
As terras do município são excelentes e produzem cana de
açúcar, café, fumo, algodão e cereais. ,
— 183 —
Nas ilhas:
Ilha dos Búzios 426 metros
Ilha do Monte de Trigo 289 "
Pico dos Alcatrazes 266 "
Ilha da Vitória 220 "
Distâncias.
A cidade de São Sebastião encontra-se a 230 quilômetros da
Capital, via São José dos Campos e Paraibuna, estando a 8 horas
de Santos, por via marítima.
Navegação.
Quem recorrer à História, verá que desde os tempos coloniais
clamavam as populações do litoral da antiga capitania de São Pau-
lo, pela abertura de estradas de penetração, fato êsse que ainda
há pouco se repetia com .insistência.
Para o Sul, eram as vilas de Iguape e Cananéia, desejosas de
uma vereda que as pusesse em comunicação com o Planalto; a pri-
meira reclamando o caminho para Apiaí e Itapetininga, por ser
aquela vila o empório das mercadorias e produtos do vale da Ri-
beira, o que levava a Câmara a afirmar: .
vapor", uma das, quais, durante o ano de 1835 havia feito algu-
,
doze milhas horárias, os quais, por sua vez, eram mais tarde subs-
tituídos pelo Planeta, Iris e Satélite.
Êsse estado de coisas continuou até 1900, mais ou menos, quan-
do a navegação pelo litoral passou então para uma fase de dúvidas
e incertezas.
Ainda em 1905 por ali apareciam alguns navios da antiga frota
do Loide Brasileiro, de permeio com embarcações menores, como
os paquetes Aimoré e Vitória, substituídos depois pelo Mayrinck,
Oyapock e Mercedes, — êstes últimos confortáveis e de boa velo-
cidade, — serviço êsse de pouca duração pela concorrência que lhe
moveram embarcações de outras companhias e até rnesmô parti-
culares.
Em agôsto de 1914 vinham sulcando as águas das nossas cida-
des marítimas, em viagens regulares, quatro vapores de Navegação
Costeira, dois do Loide Espírito-Santense, dois do Loide Brasileiro
e dois da Companhia Rio-São Paulo, todos êles mais ou menos rá-
pidos e dispondo de acomodações para passageiros.
Desde os tempos coloniais até essa data, tôdas as linhas abran-
giam os portos de Santa Catarina e do Rio Grande, não só como traço
de união entre o Estado de São Paulo e os estados do Sul, como no
interêsse das próprias emprêsas.
De 1919 em diante, nova crise de transportes se faz sentir em
todo o litoral paulista e desta vez mais grave, porque com o naufrá-
gio do "Com.te Manuel Lourenço", antigo "Mercedes" e a retirada
do serviço do velhíssimo Garcia, que por longos anos navegara en-
tre os portos de Santos e Rio de Janeiro, ficaram as cidades da ma-
rinha inteiramente abandonadas, sômente mais tarde conseguindo
novos meios de transportes.
Do exposto, o que se evidencia é que o motivo da decadência
da decantada região, outro não é senão que as dificuldades dos seus
meios de transportes, único embaraço para o seu ressurgimento.
INTRODUÇÃO HISTÓRICA.
A história das nossas cidades litorâneas constitui um dos mais
sérios problemas, para aquêles que se dedicam a semelhantes inves-
tigações, no intuito, aliás louvável, de salvar do olvido e das traças,
os raros documentos que ainda por acaso possam existir em nossos
arquivos referentes ao assunto e como elementos comprobatórios não
só da pujança de tão legendárias vilas, como também, do importan-
te papel que por elas foi representado na aurora da vida da antiga
Capitania de São Paulo.
— 197 --
CONFUSÃO INTERESSANTE.
No estudo da história de uma localidade qualquer, um dos
pontos essenciais, é, sem dúvida alguma, o conhecimento que de-
vemos ter da origem de sua denominação .
Quantas vêzes, entretanto, não é a mesma solução indecifrá-
vel, motivando a mudança ou troca de um nome, por outro mais
expressivo, mais claro, que realmente exprima a razão de sua pro-
cedência .
No caso de São Sebastião, por exemplo, não resta a menor dú-
vida, que o município e a cidade, receberam o nome de que são
portadores, da — Ilha de São Sebastião, — que lhes fica defronte,
separada apenas pelo magnífico canal do Toque-Toque.
Foi a Ilha de São Sebastião que recebeu tal denominação,
quando a parte do continente era ainda habitada sàmente pelos
gentios da terra.
Êsse fato deu lugar à grande confusão até hoje reinante por
parte dos que pouco se preocupam principalmente com os estudos
--- 200 ---
— 201 —
ORIGEM DO VOCÁBULO.
DATA DA FUNDAÇÃO.
quanto que Saint-Hilaire, Brasílio Machado e outros escritores afirmam ter sido
a povoação elevada à vila no dia 16 de março. Preferimos seguir a opinião
dâstes últimos, mesmo porque nas informações prestadas pela própria Câmara,
é esta a data assinalada como a verdadeira.
— 216 —
. — Doe. Int. Vol. 31, pág. 160, traz uma declaração do Secretário do Govêrno
Luís Antônio dp. Carvalho que diz ter sido fundado por Fr. Maçêo, nessa data,
nota essa (diz êle) "extraída fielmente das relações que os mesmos Regulares
enviaram ao Govêmo".
. — Novo Orbe Seraphico, Capítulo XIV, vol. II, pág. 589.
— 219 —
(21) . — O documento acima encontra-se reunido ao Maço 158, sob o título — "Mappas
de População de São Sebastião" — 1827. Junto ao mesmo vêm ainda outras
memórias sôbre a Santa Casa e Convento de Nossa Senhora do Carmo, da ci-
dade de Santos e um mapa estatístico da produção de fumo na vila de São
Sebastião.