Brasões e Pedras de Arma Do Porto 3
Brasões e Pedras de Arma Do Porto 3
Brasões e Pedras de Arma Do Porto 3
ARMAS
da CIDADE do PORTO
HERLDICA DE FAMLIA
Manuel Cunha
201
Braso:
Meneses
Material:
Granito
poca:
Estilo/Escola:
Barroco / desconhecido
Famlia:
Construo:
Desconhecida
Localizao:
Desconhecida
Freguesia:
Desconhecida
Descrio:
Histria:
Conservao:
Bom
202
Classificao:
Herldica de Famlia
Escudo:
Escudo
Formato:
Leitura:
Coronel:
de Nobreza
Obs.:
Obs.:
Desenho invulgar.
203
Histria - Para surpresa geral, somos confrontados com mais brases no descanso final das suas vidas humanas, e que
para memria futura entenderam perdurar a sua marca, incrustada na sua sepultura ou em capela, isto , no seu
lugar de repouso definitivo.
A perspetivao do fenmeno da morte, enquanto manifestao do destino, com reflexos no agir e no pensar do
Homem, alcana foros de ostentao e devoo social no deambular acidentado do sculo de oitocentos, na cidade
do Porto. A fase da guerra civil, que assola particularmente a cidade (1832-1833), traz por consequncia a
preocupao de enterrar os mortos. A nova orientao politico-filosfica reguladora dos destinos da nao faz com
que logo em 1833 o Imperador D. Pedro, regente em nome de sua filha menor, D. Maria da Glria, determine a
necessidade urgente de criao de um Cemitrio Pblico na urbe portuense.
Os mortos encontravam a sua derradeira morada, at a, na proximidade de Deus e do Altar dentro dos Templos ou
no exterior, nos adros. Do mesmo modo, assistiu-se a um erguer de vozes plenamente discordantes face aos
enterramentos dentro ou junto s Igrejas.
Assim foram criados os cemitrios do Prado de Repouso, com bno, em 1 de dezembro de 1839. A sua construo
teve forte impulso por parte do municpio da cidade, atravs da transferncia dos restos mortais de Francisco de
Almada e Mendona e, mais tarde, com a bno e inaugurao do cemitrio de Agramonte, em 2 de setembro de
1855.
Esta interao com a Igreja serviu de fonte de equilbrio com a cidade, que impediu um total afastamento em todo
este processo, fazendo com que outras instituies pretendessem espaos prprios nos seus interiores, tais como a
Ordem de Terceira, a da Santa Casa da Misericrdia do Porto, a da Irmandade do Tero, a da Caridade e da
Confraria do S. S. de Santo Ildefonso, bem como pretenderam construir templos nas suas seces privativas.
204
Do mesmo modo, seja ainda em vida seja aps a morte, mediante a ao dos herdeiros, o portuense de posses, do
sc. XIX, preocupa-se com a sua ltima morada. O modelo preferido revela-se por uma iconografia cemiterial de
realce, ora com capela ora com obelisco ou arca sepulcral.
A ostentao, da morada terrena para a morada final, tem especial traduo no sc. XIX na colocao de pedras de
armas, esculpidas em mrmore, em granito ou em brases feitos de metal, que apesar de abundarem na capital,
Lisboa, no acontece na cidade do Porto, pela pouca existncia de nobres, impostas pela cidade.
medida que a cidade avana, para dentro do sc. XX, vai ocasionar o abandono progressivo dos tmulos
armoriados. Tambm no ser alheia a alterao do regime poltico, em 1910, e o subsequente fim de concesses de
cartas de braso de armas.
Por razes do foro ntimo familiar dos seus donos, neste trabalho no so aprofundados os nomes prprios e outros
pormenores sobre os brases, que se expem e que foram descobertos nos mais variados cemitrios existentes na
cidade, fazendo-se apenas uma simples descrio de cada pea, sempre que possvel.
Sero descritos os locais onde se encontram, com eventuais referncias afetao do nome de famlia, ao
jazigo/seco e sob qual administrao/instituio se regem bem como, e sempre que possvel, de uma descrio do
braso e de alguns dizeres considerados como convenientes.
Na obra de D. Gonalo de Vasconcelos e Sousa, Ser e estar perante a morte no Porto dos sculos XIX e XX:
reflexos no patrimnio cemiterial faz referncia existncia de 15 brases no cemitrio de Agramonte, de 7 no do
Prado de Repouso, de 5 no cemitrio dos Ingleses, de 1 no da Foz do Douro e de 14 no cemitrio da Lapa.
J na obra de Armando de Mattos, em pedras de armas do Porto, faz uma aluso e descrio de alguns dos muitos
que descreve, sem que no seja comparado como inventrio, pois simplesmente so abordados numa nfima
quantidade.
205
Na revista O Tripeiro, foram abordados pequenos artigos com referncia aos smbolos armoriados existentes nos
cemitrios do Porto, por Vaz-Osrio da Nbrega, intitulados de a Herldica de Famlia nos Lugares Santos do
Porto.
Tomando como ponto de partida as referncias obtidas, tornou-se impossvel detet-los na sua totalidade pese o
esforo em alcanar a informao da sua maioria, contudo so apresentados os que foram possveis de serem
descobertos, pelos seus cemitrios municipais e particulares.
Numa parte final sero mencionados todos os outros brases que pelo seu desaparecimento, se incluiro breves
comentrios dentro do conhecimento recolhido.
206
3.6.1
3.6.1 Cemitrio do Prado de Repouso (6 brases)
Nos finais do sculo XVI, o Bispo Dom Frei Marcos de Lisboa mandou construir uma brvia na Quinta do Prado,
outrora no Couto de Campanh. A quinta foi remodelada em meados do sculo XVIII, pelo Bispo Dom Toms de
Almeida.
Pelo 2 quartel do sculo XIX, Dom Joo de Magalhes e Avelar cedeu parte dos seus terrenos para a construo da
cerca do Seminrio Episcopal.
A 13 de Dezembro de 1838, o mesmo Prelado doou o que restava da Quinta para a construo do Cemitrio
Oriental da Cidade, hoje Cemitrio do Prado do Repouso.
O Cemitrio do Prado do Repouso integra uma das melhores colees em Arquitetura e Escultura existentes na
Cidade do Porto, reunindo obras da autoria de Soares dos Reis e Teixeira Lopes.
Dos brases encontrados, apenas dois j no se encontram implantados neste cemitrio, fazendo-se a referncia a
eles num captulo especfico.
207
208
Seco Municipal:
Municipal:
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XX
Escudo:
Escudo
de fantasia
Material:
Bronze
Formato:
Esquartelado
Leitura:
I Vasconcelos
II Pacheco
III Andrade
IV Carneiro
Timbre:
de Vasconcelos
Elmo:
Comentrios:
209
Classificao:
Herldica de Domnio
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Clssico ou Ogival
Material:
Mrmore
Formato:
Esquartelado, com um
sobre-todo
Leitura:
Espanha/Frana
I Castela
II Leo
III Arago
IV Navarra, e emendado na base com Granada
Sobre-todo de Anjou (Frana)
Coroa:
Coroa:
Real
Suportes:
Comentrios:
210
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Suo
Material:
Mrmore
Formato:
Esquartelado
Leitura:
I Ponte
II Cabreira (com uma bordadura carregada de
24 besantes)
III Faria
IV Alvellos
Elmo:
Timbre:
Comentrios:
211
Histria:
212
Jazigo n 5,
5 da famlia Silva Brito, 1 Baro da Ermida (4/10/1871), cavaleiro da Casa-Real e Comendador da Ordem
Militar de N. Sr. Jesus Cristo e N. Sr. de Vila Viosa (1809-1872), e posteriormente de 1 Visconde da Ermida
(9/10/1872).
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Ingls
Material:
Mrmore
Formato:
Esquartelado
Leitura:
I Brito
II Silva
III Pinto
IV Ferreira
Elmo:
Timbre:
de Brito, mutilado
213
Diferena:
Comentrios:
Histria:
27/12/1856,
tendo
vrios
filhos.
seu
214
Jazigo n 14,
14 de famlia de Moura e Vasconcelos
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Mrmore
Formato:
Esquartelado
Leitura:
I Moura
II Vasconcelos
III Soutomaior
IV Brito
Timbre:
de Moura
Elmo:
sem paquife
Comentrios:
sob o escudo as insgnias das Ordens da Torre e Espada, cujo colar acompanha o escudo pelos
flancos e de N. Sr. da Conceio de Vila Viosa.
215
Jazigo n 3,
3 de Jernimo Cerqueira Vilaa Bacelar
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Oval
Material:
Calcrio
Formato:
Simples ou pleno
Leitura:
Bacelar
Timbre:
de Bacelar
Elmo:
Comentrios:
Inscrio:
Ao Repouso os restos mortais de JERNIMO DE CERQUEIRA VILLAA DE BACELLAR Egresso que foi da Ordem de S. DOMINGOS
nascido a 28 de Junho de 1761 fallecido a 6 de Junho de 1836 exumado e trasladado para este mausoleo a 21 de Fevereiro de 1845
216
3.6.2
3.6.2 Cemitrio de Agramonte (15 brases)
A 2 de Agosto de 1832, por motivos de ordem estratgica D. Pedro deu ordem de queimar e arrasar a importante
casa de campo, muros e rvores da bela quinta de Agramonte. Uma das mais formosas e produtivas dos subrbios
do Porto.
Pertencia tripeira famlia Pinho e Sousa. O seu proprietrio, capito Joaquim de Pinho e Sousa, heri da Guerra
Peninsular, liberal convicto e sincero, tinha falecido em 1831, quando emigrado em Paris. A viva morrer em
Agosto de 1833, um ano depois da destruio da quinta. Era filha de um italiano de Gnova, notvel ceramista e
fundador da Fbrica de Loia do Santo Antnio da Piedade. D. Pedro foi pessoalmente levar-lhe a notcia e
apresentar-lhe as suas desculpas, e assegurar-lhe que seria a primeira a ser indemnizada pelo seu justo valor logo
que as circunstncias o permitissem. Afinal parece que tal nunca sucedeu, apesar de repetidos requerimentos do
tutor dos menores. Quatro anos depois do Cerco ainda o governo local dava ordens para l ir buscar pedra sem
conta, nem avaliao e menos pagamento. Continuou um monte inculto at ser expropriado, em 1855, por uma
quantia miservel para ser aproveitado para cemitrio.
Esta famlia Pinho e Sousa um caso da guerra civil. A famlia desapareceu em meados do sculo XIX por falta de
representao varonil.
O irmo Jos Leandro, tambm militar, foi morto por uma bala legitimista; as mais importantes propriedades da
famlia foram sequestradas em 1828 pelos miguelistas: o grande prdio no Descampado de Miragaia, junto Fonte
da Colher, sua residncia citadina e onde Joaquim nascera, foi arruinado pelos rebeldes por estar exposto ao mais
terrvel fogo do inimigo; a sua casa solarenga em Carcavelos, S. Tiago de Riba dUl, foi mandada arrasar
completamente em 1828 por ordem de D. Miguel. Tambm tinha propriedades em Lavra e Perafita. Joaquim
assentou praa aos 14 anos.
217
Fez a guerra peninsular e em 5 de Maro de 1820 pediu a reforma porque no lhe concederam a mudana para o
Porto quando o seu pai morreu. A 24 de Agosto do mesmo ano apresentou-se a Fernandes Toms para defender a
revolta liberal. Em 1826 foi nomeado comandante da guarnio de Vila da Feira. Em 1828 foi ao Porto e foi do
pequeno nmero de oficiais que acompanhou o exrcito fiel por terra at Corunha onde embarcou para Frana
onde morreu.
218
Seco Municipal:
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Ingls
Material:
Granito
Formato:
Pleno ou simples
Leitura:
Allen
Timbre:
de Allen
Elmo:
Coronel:
de Visconde
Comentrios:
Joo Allen assentou a sua vida em Portugal, numa sua quinta em Campanh dedicando-se aos seus
conhecimentos de paisagista e botnico. Seu filho Alfredo, agraciado a 13/1/1866, seguiu-lhe o
mesmo percurso, ambos com projetos de relevo na cidade do Porto, atravs da conceo de
jardins e arranjos urbansticos.
Poder acrescentar mais informao em pginas anteriores, sobre seu braso que se encontra
inserido sobre o porto de sua quinta Quinta de Vilar de Allen.
219
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Suo
Material:
Mrmore
Formato:
Pleno ou simples
Leitura:
I Zeller
Elmo:
aberto, gradeado,
perfilado direita, sem
paquife
Comentrios:
Comentrios:
220
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Ingls
Material:
Granito
Formato:
Esquartelado
Leitura:
I Teixeira
II Coelho, de
Joo Vasques
III Pinto
IV Pereira
Timbre:
de Teixeira
Elmo:
Comentrios:
221
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XX
Escudo:
Escudo
de fantasia
Material:
Granito
Formato:
Simples ou pleno
Leitura:
Timbre:
no tem
Elmo:
no tem
Comentrios:
Obs.:
222
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XX
Escudo:
Escudo
Material:
Granito
Formato:
Simples ou pleno
Leitura:
Coronel:
Coronel:
Comentrios:
223
Jazigo n 125 (3
(3 seco),
seco) famlia do Coronel-Mdico Mrio de Castro
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Granito
Formato:
Partido
Leitura:
Timbre:
Elmo:
Comentrios:
Este jazigo pertena de Jos Lus Fernandes de Castro, dos 6s condes e do 7 conde de Resende,
de Jos Maria Ea de Queiroz, e outros.
224
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Ingls
Material:
Mrmore
Formato:
Pleno ou simples
Leitura:
Barbosa
Diferena:
Timbre:
de Barbosa
Elmo:
Comentrios:
225
Jazigo n 933,
933 famlia do capito Eduardo Joo Maria Jos de Romero
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XX
Escudo:
Escudo
Portugus
Material:
Granito
Formato:
Pleno ou simples
Leitura:
Romero, Dusmet
Timbre:
de Barbosa
Elmo:
aberto,
gradeado,
perfilado direita,
com virol e sem
paquife
Comentrios:
226
Classificao:
Herldica de
Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs
Material:
Mrmore
Formato:
Pleno ou simples
Leitura:
Jcome
Timbre:
de Jcome
Elmo:
Comentrios:
227
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Mrmore
Formato:
Pleno ou simples
Leitura:
Coronel:
Coronel:
de Conde
Timbre:
de Sousa
Diferena:
Suporte:
um drago e um unicrnio
Comentrios:
228
Histria:
agraciado
Conde
da
Trindade
em
22/12/1881, foi guarda-roupa honorrio da Real Cmara, grcruz de Isabel, a Catlica, a grande oficial de nmero da coroa
de Itlia, Comendador de Vila Viosa, de Carlos III, de
Gregrio Magno, oficial da Ordem de Roza, cavaleiro da
Ordem Torres e Espada e fidalgo da casa real.
Foi Presidente da Cmara do Porto entre os anos de 1852 e
1855.
229
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
de fantasia
Material:
Mrmore
Formato:
Esquartelado
Leitura:
I Peixoto
II Pinto
III Sousa (de Arronches)
IV Vilas-Boas, de Diogo Fernandes
Timbre:
de Peixoto
Elmo:
Elmo:
Comentrio:
Decorao exterior de ramos de roseira, floridos. Escudo de imitao inglesa e com motivos
vegetais
230
Histria:
231
Com o seu falecimento, o ttulo passou para o seu filho mais velho, Jos Rui Vieira Coelho Pinto de Sousa Peixoto,
o 2 e ltimo Visconde de Guilhomil, que se consorciaria em 1914 com Maria Jos de Menezes Pitta e Castro,
casamento celebrado no oratrio particular da Casa dos Pittas, na Rua da Corredoura, do qual resultaria uma nica
filha, razo da extino do ttulo.
Alfredo Vieira Coelho Peixoto Pinto de Vilas-Boas nasceu em Braga, a 6 de Setembro de 1860, filho de Margarida
Pinto do Vale Peixoto de Sousa de Vilas Boas e de Jos Joaquim de Sousa Barreiros Coelho Vieira, 1. baro de Pa
Vieira, juiz do Supremo Tribunal de Justia, deputado s Cortes e governador civil do Distrito de Braga. A famlia
pertencia melhor aristocracia de Entre Douro e Minho, j que era neto paterno do senhor das casas de Pa Vieira
e de Guilhomil e materno do ltimo capito-mor de Lousada. Faleceu em Nevogilde (Porto) a 26 de Fevereiro de
1926.
232
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
de fantasia
Material:
Granito
Formato:
Leitura:
I Pacheco
II Peixoto(?) ou S (?)
III Pereira
IV Carvalho
Sobre-todo Sousa (de Arronches)
Timbre:
de Pacheco
Elmo:
Elmo:
Comentrio:
233
Histria:
234
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Mrmore
Formato:
Partido
Leitura:
I Ferreira
II Martins
Coronel:
de Conde (mutilado)
Comentrio:
Histria:
236
A rainha D. Maria II de Portugal agraciou Joaquim Ferreira dos Santos com vrios ttulos ao longo da sua vida, isto
, o ttulo de 1. Baro de Ferreira a 7 de Outubro de 1842, por decreto de 7 de Outubro de 1842, de 1. Visconde
de Ferreira, a22 de Junho de 1843, e de 1, Conde de Ferreira, em 6 de Agosto de 1850, pelos seus servios
prestados ao Pas e ao Partido Constitucional.
Com o que sobrou da sua herana foi fundado no Porto um hospital para doentes mentais, que ainda ostenta o seu
nome. Foi Par do Reino, fidalgo cavaleiro da Casa Real, do Conselho de Sua Majestade Fidelssima, comendador da
Ordem de Cristo e gr-cruz da Ordem de Isabel a Catlica.
Ingressou na poltica ativa durante o cabralismo, sendo feito par do Reino por carta rgia de 3 de Maio de 1842.
Foi tambm feito fidalgo cavaleiro da Casa Real, membro do conselho da rainha D. Maria II, comendador da
Ordem de Cristo e recebeu a gr-cruz da Ordem de Isabel a Catlica de Espanha.
Faleceu na cidade do Porto em 24 de Maro de 1866, com 84 anos de idade, data que aparece inscrita sobre a
porta das escolas financiadas pelo seu legado. Est sepultado num mausolu no Cemitrio de Agramonte, concludo
em 1876, dez anos aps o seu falecimento, obra do escultor Antnio Soares dos Reis.
237
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Bronze
Formato:
Pleno ou simples
Leitura:
Frias
Elmo:
aberto,
perfilado
gradeado,
direita,
de Frias
Comentrio:
238
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Mrmore
Formato:
Pleno ou simples
Leitura:
(insgnias do nome)
Obs.:
sem
qualquer
valor
herldico
Comentrio:
239
3.6.3
3.6.3 Cemitrio da Foz do Douro (1 brases)
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XX
Escudo:
Escudo
Portugus
Material:
Granito
Formato:
Partido
Leitura:
I Tavares
II Tvora com bordura
Diferena:
Comentrio:
240
3.6.4
3.6.4 Cemitrio da Lapa (14 brases)
241
Contudo, como situao de transio, foi necessrio estabelecer um cemitrio interino, por detrs da capela-mor da
respetiva igreja. O Cemitrio da Lapa propriamente dito s foi oficialmente benzido no Vero de 1838, tendo os
primeiros monumentos surgido em 1839.
No entanto, s foi consagrado em 1838 e os primeiros mausolus surgiram no ano seguinte. A seco lateral digna
de meno especial, pelas suas caractersticas nicas, em termos artsticos e de grandiosidade.
Muitas figuras importantes do sculo XIX tm aqui os seus tmulos e mausolus, como Jos Ferreira Borges, bispo D.
Manuel de Santa Ins, Coronel Pacheco, Soares de Passos, Arnaldo Gama, Felicidade Browne e Camilo Castelo
Branco, etc
242
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Mrmore
Formato:
Pleno
Leitura:
Coronel:
de Conde (danificado)
Histria:
Comentrio:
pois
no
apresenta
qualquer
caracteristica
244
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Granito
Formato:
Esquartelado
Leitura:
I Costa
II Lima
III Silva
IV Cunha
Diferena:
Timbre:
de Costa
Elmo:
Comentrio:
245
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo
Escudo:
do
de fantasia
Material:
Granito
Formato:
Partido
Leitura:
I Oliveira
II Maia
Timbre:
de Oliveira
Elmo:
Comentrio:
246
Classificao:
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XX
Escudo:
Escudo
Portugus
Material:
Granito
Formato:
Esquartelado
Leitura:
I e IV Moreira
II Correia
III - Ribeiro
Timbre:
de Moreira
Elmo:
Diferena:
Comentrio:
famlia de D. Mariana Isabel Correia de Lima Barreto, casada com Joo Correia Moreira Ribeiro Pinto Coelho
Brando.
Filha de Manuel Urbano de Lima Barreto e de Isabel Jlia Correia Moreira Ribeiro.
247
248
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Bronze
Formato:
Partido
Leitura:
I Ferreira
II Pinto
Timbre:
de Pinto
Comentrio:
249
Jazigo n 23 (1
(1 Diviso, 11 seco)
seco), da famlia de Joo Antnio Freitas Jnior e Camilo Castelo Branco
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Ingls
Material:
Mrmore
Formato:
Partido
Leitura:
I Freitas
II Fortuna
Elmo:
Elmo:
viseira
aberta,
de
250
Jazigo n 20,
20 da famlia Antnio Gonalves Braga
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Granito
Formato:
Partido
Leitura:
I Gonalves, de Anto
Gonalves
II Lopes, de Joo Lopes
Elmo:
Elmo:
Timbre:
Diferena:
Comentrio:
Suspenso ao escudo com as fitas das insgnias da Ordem Militar de Cristo e da Ordem Militar da
Conceio de Vila Viosa.
251
Jazigo n 19(1
19(1 diviso, seco lateral), famlia de Jos Antnio de Castro-Pereira
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Material:
Granito
Formato:
Partido
Leitura:
I Pereira
II Castro (com treze
arruelas)
Elmo:
Elmo:
Timbre:
de Pereira
Diferena:
Comentrio:
Histria:
Na casa desta famlia, da rua de Santa Catarina, n 264, existiu uma pedra de armas idntica,
tendo sido picada posteriormente.
Obs.:
252
Jazigo n 27 (2
(2 Diviso, 11 seco)
seco), da famlia dos Viscondes de Casteles
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
de fantasia
Material:
Mrmore
Formato:
Esquartelado
Leitura:
Coronel:
Coronel:
de Visconde
Comentrio:
No
se
encontrou
antecedentes
sobre
contedo do braso..
253
Histria:
254
Jazigo n 3 (2
(2 Diviso, 4 seco)
seco), de famlia no identificada
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs
Material:
Mrmore
Formato:
Partido
Leitura:
sem qualquer
identificao (ter sido
picado?)
Coronel:
Coronel:
de Conde (danificado)
Timbre:
desconhecido
Diferena:
uma brica de
Comentrio:
255
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Granito
Formato:
Partido
Leitura:
Coronel:
Coronel:
Timbre:
Diferena:
Comentrio:
do braso..
Inferiormente ao escudo apresentamfitas com as insignias das Ordens de N. Sr. da Conceio de Vila Viosa, e da
Ordem de S. Mauricio e S. Lzaro (Itlia) e gr-cruz da Ordem de N. Sr. de Guadalupe (Mxico).
256
Histria:
257
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Suo (desproporcionado)
Material:
Granito
Formato:
Partido
Leitura:
Elmo:
Timbre:
Diferena:
Comentrio:
Histria:
Titulo criado por D. Maria II, em 7/10/1842 de 1 Baro de Ancede, a Jos Henriques Soares.
258
259
Jazigo n 31,
31 da famlia do Visconde Pereira Machado
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Mrmore
Formato:
Partido
Leitura:
I Pereira
II Machado, moderno
Elmo:
Diferena:
Comentrio:
Comentrio:
260
Obs.:
261
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Francs ou quadrado
Material:
Bronze
Formato:
Esquartelado
Leitura:
Elmo:
com paquife
Timbre:
de Oliveira
Comentrio:
contedo do braso..
O braso apresenta um variado leque de nomes e que derivado sua dificuldade de leitura e intrepretao no ser
possivel descrever com a correta exactido.
262
Histria:
263
Cemitrio
Protestantes
Ingls
est
ou
Cemitrio
situado
no
Largo
dos
da
desde
que
os
preconceitos
se
da
colnia
inglesa,
num
terreno
A planta redonda de Balck (1813) mostra-nos o local do cemitrio ingls, junto da rua da Boa Nova. Por isso se
chamava ento, ao largo fronteiro, o Largo dos Ingleses, tambm denominado de Campo Pequeno.
264
Todos estes terrenos - incluindo a Rua do Campo Pequeno, eram do senhorio direto da Coligada de S. Martinho de
Cedofeita, que em 1839 litigava sobre foros o negociante Ingls Joo Wije.
As famlias britnicas tinham pois, a a sua capela e o seu cemitrio. A possua tambm, poca de 1835, uma
belssima propriedade, de outro negociante Ingls, o biblifilo Gubian.
Um sculo depois, 1936,edificou-se nela, por notvel ao perseverante do Dr. Alfredo de Magalhes, e sob o risco
do arquiteto francs George pitaux, a Maternidade de Jlio Dinis, o que levou a Cmara a eliminar o topnimo
Campo Pequeno, substituindo-o por Largo da Maternidade Jlio Dinis ("Toponmia Portuense" de Eugnio Andrea
da Cunha e Freitas).
265
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
desconhecido
Material:
Mrmore
Formato:
Simples ou pleno
Leitura:
Coronel:
Coronel:
Timbre:
Comentrio:
Eduardo de Moser, nasceu em Lisboa a 26/6/1816 e faleceu a 18/10/1893, recebendo as suas pelo
rei D. Carlos I, em 9/3/1882 como 1 Visconde e mais tarde, a 23/1/1890, como 1 Conde de Moser.
266
267
Jazigo n 1102,no
1102 no plot
plot n 2,
2 de Frederick Jebb
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
Ingls
Material:
Mrmore
Formato:
Esquartelado
Leitura:
I Jebb
II no identificado
III no identificado
IV no identificado
Coronel:
Coronel:
de nobreza
Timbre:
de Jebb
Comentrio:
268
Jazigo no
noplot
plot n 2,
2 de Henry Jebb
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XIX
Escudo:
Escudo
no tem
Material:
Mrmore
Timbre:
de Jebb
Comentrio:
se
encontrou
antecedentes
sobre
269
Jazigo no
noplot
plot n 4, da famlia de George James Lind, sua esposa Ada Louisa Lind e filha Elsie Ada Beatrice Lind
Classificao:
Herldica de Famlia
poca:
Sc. XX
Escudo:
Escudo
fantasia
Material:
Granito
Formato:
Esquartelado
Leitura:
Lind
Elmo:
Elmo:
com paquife
Timbre:
de Lind
Comentrio:
(http://search.sscommons.org)
Histria: Oriundos de Inglaterra, George James Lind nasceu em Peckam (1869-1930) e sua esposa Ada Louisa em
Grennwich (1875-1917), tendo casado em Lewisham, no ano de 1900, vindo para Portugal donde tero tido uma
filha Elsie a qual ter vivido uma curta vida de 18 meses (1902-1904).
Nada mais se descobriu sobre esta famlia de raiz protestante.
270
Timbre: Lind
(Jazigo de George James Lind)
Escudos de Lind
271