Princípios Budistas
Princípios Budistas
Princípios Budistas
A vida de Sakiamuni................................................................................................
Os dez estados de vida...........................................................................................
O gohonzon..............................................................................................................
Lei de Causa e efeito...............................................................................................
Sobre o Nam Myoho Rengue Kyo..........................................................................
Trs poderosos Inimigos........................................................................................
F, prtica e estudo.................................................................................................
Felicidade relativa e Absoluta................................................................................
Gongyo......................................................................................................................
Viso do Budismo Sobre a Doena......................................................................
Por que praticar o Budismo do Ponto de vista da
fsica......................................
Os trs domnios da individualizao da Vida......................................................
Esho Funi inseparabilidade da vida e seu ambiente.........................................
Relacionamento o Amor libera no encarcera...................................................
Sutra de Ltus: Hoben e Joryu...............................................................................
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A vida de Sakyamuni
(Brasil Seikyo, edio n 1674, 19/11/2002, pgina A6.)
Sakyamuni viveu na antiga ndia h cerca de trs mil anos e desenvolveu uma
profunda e eterna filosofia de vida, freqentemente conhecida como a biblioteca de oitenta
mil sutras. Assim, refutou a filosofia do bramanismo que dominava a ndia daquela poca.
Nasceu como prncipe do cl Sakya, que mantinha o domnio de um pequeno reino
ao norte da ndia, prximo ao Himalaia, e seu nome de infncia era Siddharta Gautama.
Diz-se que sua me, a rainha Maya, veio a falecer uma semana aps seu nascimento, e
em conseqncia, Sakyamuni foi criado por uma tia materna. Por ser um prncipe, ele
sempre desfrutou de muito conforto, possuindo vrios palcios sua disposio, alm de
vrios criados para servi-lo. Foi educado tambm em diversas artes visando sua
formao como um prncipe que herdaria o trono no futuro.
Sakyamuni casou-se com a bela Yashodhara, com quem teve um filho que mais
tarde tornou-se um dos seus dez principais discpulos, chamado Rahula.
Quando todos achavam que ele seguiria a vida de prncipe e herdaria o trono,
Sakyamuni resolveu abandonar tudo e seguir a vida religiosa. Em seu pensamento havia
questes como Os homens lutam e matam para dominar os outros com a fora militar.
Contudo, a conquista da glria, do poder e da supremacia ser da mesma forma destruda
um dia por uma outra fora militar. Alm disso, ningum pode escapar dos sofrimentos da
velhice, da doena e da morte. O mais importante no seria buscar uma forma de superar
esses sofrimentos? (Nova Revoluo Humana, vol. 3, pg. 100.) Assim, aos dezenove
anos, renunciou vida no palcio e decidiu buscar o caminho do esprito humano, ciente
de que no seria possvel conquistar a felicidade enquanto os seres humanos no
conseguissem solucionar essas questes bsicas da vida.
Partindo em direo capital da poca, Sakyamuni resolveu procurar um mestre que
pudesse gui-lo na busca da soluo das questes que trazia consigo. Nessa busca
encontrou um brmane que havia atingido um estgio chamado lugar onde nada existe;
em pouco tempo Sakyamuni atingiu esse estgio, porm no conseguiu encontrar suas
respostas. Procurou ento uma segunda pessoa, um brmane que havia atingido um
estgio denominado lugar onde no h pensamento nem ausncia de pensamento;
novamente Sakyamuni atingiu esse estgio com rapidez, porm concluiu que no era esse
tipo de percepo que procurava. Ele queria atingir uma percepo que libertasse as
pessoas dos sofrimentos da velhice, da doena e da morte.
Sakyamuni tentou tambm as prticas de austeridades para purificar o corpo,
atingindo um grau de mortificao que nenhum asceta ousava chegar, porm percebeu
que essa prtica tambm no o conduziria ao caminho correto.
Aps praticar e conhecer vrias austeridades e ensinos, decidiu que se sentaria em
baixo de uma rvore de Bodhi (figueira) e meditaria at que atingisse a iluminao. A partir
de ento passou a travar uma intensa luta no mago de sua vida, com seu prprio eu,
seus sofrimentos, medos, desejos mundanos, iluses etc. Assim, alcanou o domnio
sobre a natureza mstica da vida, por meio da qual obteve tambm a convico de que
poderia desenvolver ilimitadamente sua condio de vida. Todas as adversidades,
obstculos e perseguies j eram para ele como partculas de p diante do vento.
Fonte: Nova Revoluo Humana, vol. 3, pgs. 100-127.
Aps atingir a iluminao sob a rvore Bodhi aos trinta anos de idade, Sakyamuni
levantou-se como um grande leo em prol da felicidade das pessoas e comeou a
caminhar vividamente para propagar seus ensinos.
Os Dez Estados da Vida, tambm conhecidos como Dez Mundos, compem a base
da filosofia de vida do Budismo de Nitiren Daishonin. uma teoria profunda e prtica que
esclarece, com simplicidade, as complicadas questes da vida.
Os diversos estados de vida, ou reaes da vida que se manifestam em resposta s
aes externas, foram escalonados em dez categorias bsicas: Inferno, Fome,
Animalidade, Ira, Tranqilidade, Alegria, Erudio, Absoro, Bodhisattva e Buda. Esses
estados no so condies fixas em que uma pessoa ter de viver por toda sua
existncia, mas condies fundamentais que existem de forma latente na vida de todos,
sejam budistas ou no.
Os Dez Estados da Vida no se manifestam numa seqncia do mais baixo ao mais
elevado, como se subssemos uma escada. Em funo dos fatores externos e de sua
intensidade, subitamente, podemos sair do estado de Alegria para o estado de Inferno, por
exemplo, ou vice-versa. Portanto, esses estados no so sentimentos meramente
emocionais, espirituais ou fsicos. Eles esto latentes na vida e manifestam-se no interior
de uma pessoa como uma reao imediata e diretamente proporcional s influncias
externas, negativas ou positivas.
Costuma-se tambm classificar os Dez Estados da Vida agrupando-os em funo de
suas caractersticas, conforme breve descrio a seguir:
Trs e Quatro Maus Caminhos: Os trs estados inferiores Inferno, Fome e
Animalidade so conhecidos como Trs Maus Caminhos; e, juntamente com o estado
de Ira, constituem os Quatro Maus Caminhos. So estados de vida que se caracterizam
pelo sofrimento em conseqncia do mau carma acumulado pelas pessoas.
Ciclo dos Seis Caminhos: Os seis estados constitudos pelos Quatro Maus
Caminhos e acrescidos dos estados de Tranqilidade e de Alegria formam o Ciclo dos
Seis Caminhos. Na vida diria, as pessoas manifestam esses seis estados em funo de
influncias externas e so arrastadas por elas, no conseguindo manter autocontrole
sobre as circunstncias de sua vida.
Dois Veculos: So os estados de Erudio e de Absoro, nos quais as pessoas
conquistam uma certa independncia na vida por meio da percepo obtida da verdade
parcial. Entretanto, as pessoas nos Dois Veculos ficam apegadas percepo apenas
para o bem de si mesma e no se dedicam felicidade dos outros.
Quatro Nobres Caminhos: Os Dois Veculos Erudio e Absoro acrescidos
pelos estados de Bodhisattva e Buda, formam os Quatro Nobre Caminhos, que so os
quatro estados de vida superiores. So condies de vida alcanadas pelos esforos
desenvolvidos pelas prprias pessoas quando conseguem se libertar do domnio negativo
Os quatro mais baixos estados da vida, conhecidos como Quatro Maus Caminhos,
so:
Inferno: a condio de vida mais baixa dentre os dez estados. Nele, a pessoa
vive em um sofrimento constante em que no tem foras para influenciar suas
circunstncias de vida, nem esperanas com relao ao futuro; no pode fazer nada do
que gostaria, nem mesmo desabafar suas angstias.
Fome: caracterizado pela obsesso de realizar os desejos e pela incapacidade
de satisfaz-los. Nesse estado, as pessoas so completamente dominadas e controladas
por desejos insaciveis e terrveis insatisfaes. So infelizes e impedidas de se
desenvolverem e prosperarem.
Animalidade: um estado de vida em que as pessoas so conduzidas unicamente
pelos instintos, agem compulsivamente com irracionalidade e sem moralidade. O
fundamental de suas aes aproveitar-se dos mais fracos e bajular os mais fortes. As
pessoas nesse estado perdem o sentido da razo e suas emoes so facilmente
dominadas pelo medo e pela covardia. Alm disso, no conseguem encontrar solues
nem esperanas e resignam-se diante do destino.
Estes trs estados formam os Trs Maus Caminhos.
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Ira: o quarto estado de vida que, associado aos Trs Maus Caminhos, formam os
Quatro Maus Caminhos. Nesse estado, as pessoas possuem conscincia de seus atos,
embora embasadas em pontos de vista distorcidos do certo e do errado, enquanto nos
Trs Maus Caminhos elas no tm controle sobre a vida, pois so completamente
dominadas pelos desejos. No estado de Ira, as pessoas preocupam-se nica e
exclusivamente consigo mesmas, com seus prprios benefcios, pouco se importando com
os demais ou com seus pontos de vista. So conduzidas pelo egosmo e pela ambio de
ser superior, derrubando outras pessoas.
As pessoas nesses quatro estados carecem de energia vital e no respeitam outros
pontos de vista, procurando sempre satisfazer seus prprios desejos vorazes. So
completamente destitudas de uma viso mais elevada, por isso, resolvem as questes
sua prpria maneira, invariavelmente gerando mais causas negativas na vida que, por sua
vez, resultam em efeitos negativos na forma de sofrimentos. Esse ciclo se repete
constantemente, aprisionando a pessoa no seu mau carma. As pessoas que vivem nos
Quatro Maus Caminhos no possuem uma viso de vida melhor. So conformistas por
natureza e acham que a vida somente da forma como vivem. Por isso, mergulhadas no
egosmo, so destitudas de qualquer sentimento altrusta de contribuir de alguma forma
para a felicidade de outros.
Os Quatro Maus Caminhos acrescidos dos estados de Tranqilidade e Alegria
constituem os Seis Caminhos, que se caracterizam basicamente pela busca da satisfao
dos desejos pessoais.
Tranqilidade: uma condio em que a pessoa pode controlar temporariamente
seus impulsos e desejos com a razo. Assim, passa a ter a vida tranqila e em harmonia
com o ambiente em que vive. No considera os problemas como ameaa a sua aparente
estabilidade. As energias da vida esto sob considervel controle, imbudas do desejo de
viver em meio afeio de parentes e amigos e em paz com seus prprios conceitos de
moral e tica. Porm, pode cair instantaneamente nos Trs ou Quatro Maus Caminhos
pelo mais leve desvio ocorrido em suas circunstncias de vida. De toda forma,
Tranqilidade o estado normal dos seres humanos e conhecido tambm como o
estado de Humanidade.
Alegria: uma condio de vida de contentamento que se origina da concretizao
dos desejos e da soluo dos problemas. Portanto, um estado comumente almejado
pelas pessoas como sendo de plena felicidade. As situaes da vida, tais como: aquisio
de nova casa, ingresso em universidade, casamento, jantar em um restaurante de primeira
categoria, aprovao em bom emprego, soluo de um problema de sade, e muitas
outras, representam naturalmente um momento de muita felicidade. Porm, como este
estado est diretamente associado a uma determinada realizao, como por exemplo a
conquista de um bem material ou posio social, a felicidade apenas relativa. Em outras
palavras, a alegria desse estado efmera e desaparece com o passar do tempo ou com
a mudana das circunstncias.
A maioria das pessoas encontra-se nos Seis Caminhos, vivendo de acordo com suas
prprias vises de vida. No conseguem cultivar a benevolncia de lutar pelo bem de
outras e no possuem conscincia da misso essencial como ser humano.
Como cada um desses seis estados manifesta-se de acordo com as causas
externas, as pessoas vivem aprisionadas e em completa dependncia das circunstncias.
Essa a caracterstica principal dos Seis Caminhos. So estados em que as pessoas so
arrastadas exclusivamente pelas influncias externas, ficando privadas da liberdade de
manter autocontrole sobre as circunstncias de sua vida. Por esta razo, costuma-se dizer
que as pessoas vivem diariamente nos Seis Caminhos
Os quatro estados de vida mais elevados Erudio, Absoro, Bodhisattva e Buda
formam os Quatro Nobres Caminhos.
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Erudio: a condio experimentada por uma pessoa que luta por um estado
duradouro de contentamento e de estabilidade por meio da auto-reforma e do
desenvolvimento prprio. Nesse estado, a pessoa dedica-se criao de uma vida
melhor, buscando idias, conhecimentos e experincias de seus predecessores. A
condio vivida por um cientista ao desenvolver pesquisas em busca de novas
descobertas exemplifica esse estado.
Absoro: semelhante ao estado de Erudio, pois trata-se de uma condio em
que a pessoa tambm busca a auto-reforma. Porm, no busca experincias com seus
predecessores, consegue perceber os fenmenos da natureza sozinha. Os artistas e os
filsofos vivem comumente nesse estado.
Os estados de Erudio e Absoro so conhecidos como Dois Veculos, pois
conduzem as pessoas para uma certa independncia na vida por meio da percepo
obtida da verdade parcial. Contudo, nos Dois Veculos, as pessoas ficam apegadas
percepo para o bem de si mesmas e no lutam para beneficiar os outros.
Bodhisattva: A pessoa nesse estado manifesta uma vida plena de benevolncia e
sua caracterstica dedicar-se felicidade de outras pessoas. Essa benevolncia difere
essencialmente do conceito de caridade ou compaixo, e sua definio exata retirar o
sofrimento e dar felicidade. A caridade e a compaixo podem aliviar o sofrimento, mas
no conseguem retir-lo e nem dar a felicidade. A principal caracterstica das pessoas
nesse estado a busca constante do estado de Buda, ao mesmo tempo em que procuram
ensinar esse caminho para que outras tornem-se capazes de manifestar a fora inerente
da vida para conquistarem a felicidade absoluta.
Estado de Buda: Constitui-se de uma condio de vida em que a pessoa adquire
sabedoria que lhe permite compreender a verdadeira essncia da vida, manifestar a
profunda benevolncia para com todas as pessoas e ter a percepo sobre as trs
existncias da vida e sobre a Lei bsica do universo. uma condio de felicidade
absoluta que nada pode corromper. Da mesma forma que nenhum estado de vida
esttico, o estado de Buda experimentado no decurso das contnuas atividades
altrusticas dirias. Portanto, no se deve considerar o estado de Buda como objetivo
mximo a ser alcanado somente no final da vida.
Cabe ressaltar que os Dez Estados de Vida, inclusive os Quatro Nobre Caminhos,
esto todos inerentes na vida de todas as pessoas. Na escritura O Verdadeiro Objeto de
Devoo, Nitiren Daishonin afirma: A transio de tudo est clara para ns, porque o
estado dos Dois Veculos (Erudio e Absoro) est presente nos seres humanos.
Mesmo um frio vilo ama sua esposa e filhos. Ele, tambm, tem o Bodhisattva dentro da
sua vida. O Estado de Buda o mais difcil de demonstrar, mas desde que os outros nove
mundos na realidade existem como estados da vida humana, o senhor deve ter f de que
o Estado de Buda tambm existe dentro da sua vida. (As Escrituras de Nitiren Daishonin,
vol. 1, pg. 56.
Na escritura Carta de Ano Novo, Nitiren Daishonin afirma: Considerando a questo
de onde esto o inferno e o Buda, um sutra diz que o inferno est debaixo da terra,
enquanto um outro diz que o Buda est no Oeste. Entretanto, uma anlise mais cuidadosa
revela que ambos existem em nosso prprio corpo. De fato, o inferno est no corao da
pessoa que insulta seu pai ou desrespeita sua me. como a semente de ltus que
contm tanto a flor como o fruto. Da mesma forma, o Buda habita nosso corao. Por
exemplo, a pederneira contm o potencial para produzir fogo e as jias possuem um valor
intrnseco. Ns, seres humanos, no enxergamos nem nossos prprios clios, que esto
to prximos, nem o cu distante. Da mesma maneira, no conseguimos compreender
que o Buda existe em nosso corao. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 1, pg.
413.)
est escrito no Gohonzon no traz nenhum benefcio, tampouco significa que a pessoa
realmente o compreende.
Na escritura Resposta Dama Nitinyo, Nitiren Daishonin observa: neste sentido
que o Gohonzon chamado de mandala, em snscrito, e indicativo de perfeitamente
dotado e total concentrao de benefcios. Este Gohonzon existe unicamente na palavra
f, tal como o sutra ensina: Pode-se penetrar atravs da f. (As Escrituras de Nitiren
Daishonin, vol. 1, pg. 326.)
Em nossa prtica diria do Gongyo, no captulo Hoben, lemos a frase i-shu-nangue, que significa ainda que seja difcil compreender sua inteno. Na Preleo dos
Captulos Hoben e Juryo consta: Sobre o significado do trecho ainda que seja difcil de
compreender sua inteo, o presidente Toda esclareceu: Enquanto o Buda v o que est
para acontecer, para ns o futuro totalmente obscuro e s podemos ver o que j passou.
Por essa razo, difcil para ns despertarmos para a essncia do Gohonzon. suficiente
acreditarmos sinceramente no Gohonzon, no importando o qu. Se assim procedermos,
ento infalivelmente receberemos benefcios. De nada adiantar se duvidarmos no meio
do caminho.(...)
A inteno de Nitiren Daishonin possibilitar todas as pessoas a tornarem-se
budas. Portanto, impossvel que aqueles que abraam o budismo por toda a vida no
atinjam a verdadeira felicidade.
Contudo, no curso de nossa prtica, vrios acontecimentos ocorrem devido a
causas negativas e tendncias de nossa prpria vida. Pode haver ocasies em que
pensamos: O que fiz para merecer isso? No entanto, no devemos ser influenciados a
cada vez que essas situaes ocorrerem, pois so uma certeza de que seremos felizes no
final. Devemos considerar tudo o que nos ocorre como parte de nossa prtica para atingir
a felicidade, como nosso treinamento. Se assim fizermos, ento, mais tarde,
compreenderemos o profundo significado e a inteno de cada um desses
acontecimentos. (Preleo dos Captulos Hoben e Juryo, pg. 78.)
Em outro trecho tambm consta: Nossa vida passa a ser o Gohonzon quando
realizamos a prtica da Lei Mstica para ns mesmos e para os outros. Ns podemos
realmente fazer com que nossa vida brilhe como a entidade da Lei Mstica.
O presidente Toda disse: O Gohonzon penetra totalmente em nossa vida quando
adoramos e recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo. Quando abrimos os olhos e observamos
o Universo, ali encontramos o Gohonzon. E quando fechamos os olhos e contemplamos o
interior de nosso ser, o Gohonzon tambm aparece ali claramente, com uma fora cada
vez mais poderosa e um brilho cada vez mais resplandecente. (Ibidem, pg. 126.)
Dessa forma, o que torna possvel estabelecer o Nam-myoho-rengue-kyo no centro
de nossa vida, iluminando nossas condies inferiores, exatamente o poder da f e a
prtica para si e para os outros. Por isso, devemos desafiar a dar continuidade em nossa
prtica ao Gohonzon com a firme convico de que todos esto plenamente dotados com
o mais supremo tesouro que o estado de Buda.
Vejamos agora como, em termos concretos, o Gohonzon age para salvar as pessoas
da infelicidade.
Quando uma pessoa recita o Nam-myoho-rengue-kyo ao Gohonzon, ela faz
manifestar o estado de Buda e capaz de vencer quaisquer obstculos e dificuldades por
meio da fora vital e da sabedoria que surgem. Por exemplo, no alpinismo, para uma
pessoa sem habilidade e resistncia fsica, o empreendimento pode lhe custar a vida. Mas
para um alpinista com habilidade, uma aventura emocionante, cheia de desafios e
satisfaes. As dificuldades da vida so como os perigos ao escalar uma montanha
traioeira. Quando elas so enfrentadas por uma pessoa repleta de fora vital e sabedoria
adquiridas com a recitao do Daimoku ao Gohonzon, transformam-se em tijolos que
edificaro um carter verdadeiramente humano. O Gohonzon no livra as pessoas de
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seus problemas. Porm, faz com que elas despertem para a sabedoria e para a energia
vital inerentes em sua vida para enfrentarem as barreiras que surgem em seu caminho
com mais tranqilidade.
O budismo no leva o ser humano a buscar uma existncia utpica e livre de
sofrimentos. Pelo contrrio, a viso budista da vida muito mais realista, pois ensina que
as pessoas, por serem as criadoras do prprio carma, devem permanecer firmes e
desafiar a recitao do Daimoku para superar o mau carma criado. Assim, o Gohonzon
possibilita s pessoas estabelecerem uma atitude forte e positiva perante a vida, fazendo
com que os obstculos e os sofrimentos se tornem desafios e no influncias negativas
que as conduzem para a infelicidade.
Nesse sentido, o Gohonzon pode ser comparado a um mapa que indica a
localizao do supremo tesouro da vida e do universo a Lei Mstica de Nam-myohorengue-kyo. Esse mapa nos revela que o tesouro pode ser encontrado dentro de ns
mesmos. Para aqueles que conseguem compreender este significado, o Gohonzon no
apenas um pedao de papel, mas sim um objeto inestimvel, um tesouro representado
pela condio suprema e pelo infinito potencial da prpria vida. Entretanto, para aqueles
que no conseguem captar essa mensagem, o valor do mapa se reduz a um mero
pergaminho.
Na escritura Resposta Dama Nitinyo, Nitiren Daishonin afirma: Nunca procure o
Gohonzon em outros lugares. Ele somente pode habitar no corao das pessoas comuns
como ns que abraam o Sutra de Ltus e recitam o Nam-myoho-rengue-kyo. (As
Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 1, pg. 325.)
Na Preleo dos Captulos Hoben e Juryo, consta a seguinte passagem: O
Gohonzon que adoramos a vida de benevolncia e sabedoria de Nitiren Daishonin. Em
uma explanao, o presidente Toda observou: Quando recitamos respeitosamente o
Daimoku ao Gohonzon e despertamos a vida do Gohonzon em ns mesmos, o poder do
Gohonzon evidencia-se profusamente em nossa vida, porque a nossa vida o Nammyoho-rengue-kyo. Quando isso ocorre, livramo-nos dos grandes erros em nossos
julgamentos com relao s questes da sociedade ou quaisquer outras. Por meio da f,
evidenciamos o poder do Gohonzon em nossa vida, e isso nos possibilita trilhar sem erro
nosso caminho pelo mundo. isso o que viemos enfatizando. Vamos conduzir uma vida
livre de erros com nossa crena no Gohonzon. (Preleo dos Captulos Hoben e Juryo,
pg. 201.)
Assim, cientes de que a vida o maior tesouro do universo e possui um valor
inestimvel, vamos nos dedicar em nossas oraes ao Gohonzon para manifestarmos um
aspecto de realizaes e de vitrias, superando todos os tipos de dificuldades e trilhando o
mais correto caminho em nosso dia-a-dia.
Lei de Causa e Efeito
(Brasil Seikyo, edio n 1593, 24/02/2001, pgina 6.)
A vida, repleta de incertezas, muitas vezes nos parece injusta. Alguns sofrem por
questes financeiras, outros por doenas ou desarmonia familiar. Almejamos a felicidade,
porm, somos surpreendidos por adversidades (desemprego, acidentes, desavenas,
entre outros) ou simplesmente nos acostumamos com nossa condio de vida precria. E
a tal felicidade parece ser um sonho distante.
Sobre este ponto, o presidente Ikeda orienta: As pessoas da sociedade atual podem
ser comparadas a um navio que perdeu a bssola no meio do oceano. Sem um guia
correto para dirigi-las, elas navegam sem rumo para o futuro. Ter uma vida feliz este o
desejo acalentado por toda a humanidade. Esta a razo pela qual, desde a Antiguidade,
as pessoas tm procurado religies, e vrias teorias tm sido expostas como fontes da
felicidade. Quantos podem dizer que j se sentem bem-sucedidos em obter uma resposta
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viveremos uma vida infeliz, arraigada nos numerosos sofrimentos decorrentes dessas
causas.
Naturalmente, a vida no pode ser equacionada to simplesmente assim. A
dinmica da vida avana num complexo emaranhado de fatores interdependentes que
estabelece o destino ou carma da pessoa. No entanto, o exemplo da balana ilustra a
essncia do processo pelo qual age a Lei de Causa e Efeito.
Portanto, independentemente de nossa atual condio de vida, imprescindvel que
a cada dia acumulemos mais e mais causas positivas a fim de construir a verdadeira
felicidade.
Uma vez que temos conscincia de que tudo que vivemos no presente resultados
de nossas aes do passado, o que devemos fazer? No podemos ficar numa posio
passiva, pois isso no nos levar a lugar algum. Devemos comear a fazer causas
positivas que superem as negativas para colhermos resultados positivos no futuro.
Na obra Nova Revoluo Humana, o presidente Ikeda enfatiza: O budismo expe
que se uma pessoa comete algum mal contra seu semelhante ter de trilhar o curso da
infelicidade como resultado dos atos negativos do passado. Entretanto, este apenas um
aspecto dos ensinos budistas. Se a vida se restringisse apenas a isso, as pessoas teriam
de viver em constante insegurana justamente por no conseguirem saber as causas
negativas de existncias passadas, tendo de carregar inclusive um grande complexo de
culpa. Alm disso, o destino seria algo previamente delineado e provocaria nas pessoas o
desinteresse pela prpria vida, tornando-se adeptas de um modo de vida passivo no qual
a nica preocupao seria a de no cometer nenhum mal. O Budismo de Nitiren Daishonin
transcende o limite da concepo superficial de causa e efeito, de castigo e recompensa,
e revela a natureza real da causalidade e a forma como recuperar o estado de pureza da
vida existente desde o infinito passado. Isso significa que uma pessoa deve viver em prol
do Kossen-rufu consciente de sua misso como Bodhissattva da Terra. (NRH, vol. 1, pg.
197.)
O presidente Ikeda tambm escreveu: O presidente Toda disse o seguinte: Se
nessa fria lei de causa e efeito estivesse encerrado todo o budismo, ento teramos de
considerar nosso destino fixo e imutvel. Seramos impelidos a viver passiva e
timidamente para no cometermos algum outro ato errneo. Uma lei superficial no tem
nada a ver conosco que vivemos nos ltimos Dias da Lei. Ns necessitamos de uma lei
suprema que nos habilite ultrapassar as barreiras das causas e efeitos para evidenciar a
natureza de Buda inata em nossa vida. Foi Nitiren Daishonin quem, respondendo a essa
necessidade, estabeleceu a Lei para demolir o destino que continua desde existncias
passadas e assim reconstru-lo melhor. Isto , a recitao do Nam-myoho-rengue-kyo a
frmula da mudana da vida para um destino melhor.
Nitiren Daishonin reformulou a limitada viso da lei de causa e efeito e elucidou a lei
da causalidade mais fundamental que permeia as profundezas da vida humana.(...)
Mesmo que no tenhamos acumulado boa sorte alguma no passado, a partir do
momento em que tomamos f no Gohonzon estaremos dotados da causa e efeito para o
estado de Buda. Nesse instante seremos capazes de abrir a porta para um futuro de
ilimitada boa sorte. A chave para essa porta a singular palavra f.
Numa escritura consta: A lei de causa e efeito como flores e sementes.
Suponhamos que algum lance fogo em uma rea de mil milhas de campo de capim seco.
Ainda que a chama seja dbil como a luz de um pirilampo, ela instantaneamente
consumir uma poro de capim, duas, dez, cem, mil e dez mil pores mais. Todas as
plantas de uma rea de dez ou vinte acres sero queimadas em questo de segundos.
Conforme essa frase, ainda que uma fraca chama seja jogada em um campo de capim
seco, o fogo rapidamente se espalhar por toda a rea. Da mesma forma, a lei budista da
causalidade promete-nos que se a nossa f brilhar vigorosamente, nunca falharemos em
obter o caminho para um grandioso futuro. como a flor de ltus que floresce
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apresentando simultaneamente suas sementes. por essa razo que a lei da flor de ltus
chamada de lei da simultaneidade de causa e efeito. Aqui se assenta a razo pela qual o
budismo de Nitiren Daishonin a mais grandiosa e suprema religio do mundo. (Guia
Prtico do Budismo, pgs. 4-5.)
Com a prtica diria do Budismo de Nitiren Daishonin adquirimos fora, coragem e
sabedoria para vencer os sofrimentos e abrimos caminhos para viver de forma prazerosa
sem as amarras do destino e, ao mesmo tempo, criamos imensurveis causas que traro
benefcios para a existncia presente e para as prximas.
A partir do momento em que mudamos a nossa maneira de visualizar a realidade, os
obstculos e os sofrimentos da nossa vida deixam de ser empecilhos e passam a ser
oportunidades para o nosso desenvolvimento. Quando nos conscientizamos
verdadeiramente disso, administramos nossa vida de forma diferente e o passado deixa
de ser o foco de nossas atenes, pois no temos como apagar as causas realizadas, e
passamos a fazer causas positivas para superar as negativas. O presente torna-se nosso
palco principal, pois, de acordo com o budismo, o que realizamos agora, neste exato
momento, definir todo nosso futuro. Ou seja, quanto mais estivermos conscientes desta
rigorosa Lei de Causa e Efeito, nossas atitudes sero mais responsveis, benevolentes e
agiremos com o mximo respeito com a nossa vida e a dos demais. Conseqentemente,
nossas aes criaro causas para um futuro glorioso, livre do medo e da insegurana e
poderemos desfrutar uma felicidade indestrutvel.
Nossa vida, apesar de parecer longa, muito curta. Se permanecermos indolentes,
ela passar instantaneamente como um sonho. Ns podemos viv-la prazerosa e
significativamente ou nos lamentando. No importa que tipo de vida levemos, a rigorosa
Lei de Causa e Efeito se manifestar infalivelmente. Portanto, seja qual for a situao
atual, podemos tanto dar uma direo de felicidade como de infelicidade ao curso de
nossa vida.
O presidente Ikeda escreveu: A lei da causalidade no reside em algum outro lugar
seno em nossa prpria vida. nossa crena no Gohonzon que faz tudo no Universo
funcionar como desejamos. Devem estar firmemente convencidos dos ensinos de
Daishonin aqueles que acreditam no Sutra de Ltus reuniro a fortuna de mil milhas
distantes.(...)
Ns abraamos o Dai-Gohonzon, o supremo objeto de adorao. Nada mais do que
um infinito sentimento de gratido me envolve toda vez que leio a passagem do Sutra de
Ltus que diz: Se o senhor deseja arrepender-se, sente-se ereto e visualize a verdadeira
entidade da vida. Todos os pecados so como gelo e como as gotas de orvalho que
rapidamente se evaporam sob os raios do sol da sabedoria. A escritura adverte: No
desperdice sua vida com futilidades, pois se arrepender por dez mil anos. Nitikan Shonin
declarou na Explanao sobre o Verdadeiro Objeto de Adorao: Uma vez que voc
perder seu corpo humano, ser incapaz de recuper-lo, mesmo que tente por dez mil
eternidades. No desperdice sua vida com futilidades ou se arrepender por toda a
eternidade. (Guia Prtico do Budismo, pgs. 6-8.)
Dessa forma, vamos utilizar esta Lei a nosso favor em todos os momentos da vida.
Vamos elevar nossa condio de vida por meio da sincera prtica da f, vivendo cada dia
com infinita esperana.
Sobre o Nam-myoho-rengue-kyo
(Brasil Seikyo, edio n 1588, 20/01/2001, pgina 6.)
O primeiro passo para aqueles que iniciam a prtica budista aprender a recitar a
frase Nam-myoho-rengue-kyo. Mesmo no compreendendo seu significado, munidas de
sinceridade e convico, essas pessoas dedicam-se prtica budista e, com o passar do
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tempo, vm a adqirir mudanas positivas na vida. Essas mudanas, muito mais do que
explicaes tericas, so o que validam e comprovam a fora do Nam-myoho-rengue-kyo.
Praticantes do mundo inteiro recitam essa mesma frase seguindo o mesmo ritmo e
pronncia. No h uma traduo dos caracteres snscritos e chineses que formam o
Nam-myoho-rengue-kyo para cada um dos idiomas existentes no mundo. Essa tarefa
impraticvel devido ao profundo e diversificado significado de cada um dos caracteres.
Myoho-rengue-kyo o ttulo em japons do Sutra de Ltus, o ensinamento do
primeiro Buda registrado historicamente, Sakyamuni, que viveu na ndia h mais de trs
mil anos. Muitas eras decorreram at que no sculo XII, no Japo, Nitiren Daishonin, aps
ter estudado profundamente as principais doutrinas, chegou concluso de que o Sutra
de Ltus continha o ensinamento mais profundo de Sakyamuni e que o ttulo Myohorengue-kyo era sua essncia. Ao antepor a palavra Nam, que derivada do snscrito
Namas e significa devotar a prpria vida, aos cinco caracteres Myoho-rengue-kyo, ele
transformou o que seria um simples ttulo em um ato de devoo para atingir a suprema
condio de vida do estado de Buda, ou iluminao. Dessa forma, Nitiren Daishonin
deixou como legado para toda a humanidade a chave da felicidade absoluta e revelou o
caminho para a conquista da revoluo humana. Isso ele fez ao estabelecer seu budismo
em 28 de abril de 1253, recitando pela primeira vez o Nam-myoho-rengue-kyo.
Na escritura O Daimoku do Sutra de Ltus, Nitiren Daishonin nos mostra quo
extraordinrio conhecer e recitar o Nam-myoho-rengue-kyo por meio da seguinte
passagem: Suponha que algum arremesse uma linha do topo do Monte Sumeru de um
outro mundo tentando pass-la pelo furo de uma agulha colocada no topo do Monte
Sumeru deste mundo em um dia de forte ventania. mais fcil passar a linha pela agulha
nessas condies do que encontrar o Daimoku do Sutra de Ltus. Assim, ao recitar o
Daimoku, esteja certo de que uma alegria maior do que um cego tornar-se capaz de ver
seus pais pela primeira vez, e mais raro do que um prisioneiro de um forte inimigo ser
libertado e reunido com sua esposa e filhos. (The Writings of Nichiren Daishonin, pg.
143.)
Vamos analisar agora o significado literal da palavra Nam-myoho-rengue-kyo:
Nam - derivado do sncrito Namas, significa "devotar a prpria vida",
Myoho-rengue-kyo - ttulo do Sutra de Ltus, em japons, o principal ensino do Buda
Sakyamuni;
Myo - significa mstico, no no sentido de milagre, mas indicando que o mistrio da
vida de inimaginvel profundidade e, portanto, alm da compreenso do homem;
Ho - significa lei. A natureza da vida to mstica e profunda que transcende o
mbito do conhecimento humano. Uma lei familiar encontrada no desenvolvimento do
ser humano. Ele nasce, cresce, torna-se jovem e depois idoso e falece. Isso ,
obviamente, uma inquebrvel lei que regula cada espcie da vida. Ningum pode nascer
como adulto nem escapar desse ciclo.
Em suma, Myoho significa Lei Mstica, que a realidade imutvel e essencial de
todos os fenmenos.
Rengue - significa flor de ltus, que simboliza a simultaneidade de causa e efeito,
pois a flor e a semente germinam ao mesmo tempo. O budismo esclarece que todos os
fenmenos do universo so regidos por essa lei. Portanto, a condio da vida presente o
efeito das causas acumuladas no passado e as aes do presente criam causas para o
futuro.
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Kyo - significa sutra ou ensino do Buda, que eterno. Propaga-se pelas trs
existncias da vida - passado, presente e futuro - transcendendo as condies mutveis
do mundo fsico e do ciclo de nascimento e morte.
Assim, sob o ponto de vista do significado literal, o Nam-myoho-rengue-kyo abrange
todas as leis, toda a matria e todas as formas de vida existentes no universo. Se o
expandirmos ao espao ilimitado, o mesmo que a vida do universo, e se o
condensarmos ao espao ilimitado, igual vida individual dos seres humanos. No
entanto, esta idia superficial, pois a mera traduo dos caracteres no expe a
profundidade da Lei Mstica em sua totalidade.
No se compreende o budismo apenas racionalmente, mas com a prpria vida. Por
isso que se torna impraticvel a traduo do Nam-myoho-rengue-kyo para cada idioma.
Apenas a ttulo de ilustrao, tomemos como exemplo o significado da palavra "Brasil".
Com certeza, "Brasil" representa muito mais do que mero significado literal da palavra.
Alm do samba, da praia e do futebol, "Brasil" contm seu povo, seus costumes, suas
tradies, sua lngua, a exuberncia de sua natureza, seus sertes, seus mares, histria,
folclore, diversidade de raas e muito mais.
Nam-myoho-rengue-kyo o Brasil, a Europa, os Estados Unidos, o Japo, o planeta
Terra, os seres humanos, os animais, as plantas, as pedras, os rios, mares, os outros
planetas, as estrelas e tudo mais no universo. Ao mesmo tempo, Nam-myoho-rengue-kyo
a nossa prpria vida
As seguintes passagens de uma orientao do presidente Ikeda nos conduzem a
uma melhor compreenso sobre a abrangncia do Nam-myoho-rengue-kyo em termos do
Universo como um todo e da nossa prpria vida:
O Budismo de Nitiren Daishonin ensina que nossa existncia idntica ao Universo
como um todo, e o Universo como um todo idntico a nossa existncia. Cada vida
humana individual um microcosmo.
A correspondncia de cada parte de nosso corpo com as partes do Universo a
prova de que nossa existncia um microcosmo. Nossas cabeas so redondas assim
como o cu acima de ns redondo. Nossos olhos so como o dia e a noite. Nossos
cabelos brilham como as mais brilhantes estrelas e nossas sobrancelhas so como as
sete estrelas da Ursa Maior. Nossa respirao como o vento, e a silenciosa respirao
de nossas narinas como o tranqilo ar dos vales. H cerca de trezentas e sessenta
junes no corpo humano, quase tantas quanto os dias do ano. As doze junes principais
representam os doze meses do ano. O calor dos rgos dianteiros de nosso corpo
nosso abdmen e o nosso estmago so como o outono e o inverno. Nossos vasos
sanguneos e nossas artrias so como as correntes e os rios. Quando sofremos uma
hemorragia cerebral, como se um dique fosse rompido. Nossos ossos so como as
pedras, e nossa pele e msculos so como a terra. Nosso couro cabeludo como uma
floresta. As escrituras budistas discutem em detalhes essas correspondncias, incluindo
cada rgo interno, ensinando que nosso corpo realmente um Universo em miniatura.
Nitiren Daishonin descobriu e inovou a grande Lei de toda a existncia que se
manifesta em todas as leis parciais que governam todos os fenmenos fsicos e
espirituais, e foi ele quem revelou essa lei para a humanidade na forma de Nam-myohorengue-kyo. Essa Lei Mstica aplica-se igualmente ao Universo como um todo e a todos os
seres humanos. O Universo e o indivduo so apenas um dentro dessa Lei Mstica.
Tanto o Universo como nossa existncia individual so como uma concreta
manifestao do Nam-yoho-rengue-kyo, como tambm do Gohonzon. Eis porque quando
recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo com f no Gohonzon, nossa existncia e o Universo
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Assim como o Buda est dotado dos dez ttulos honorficos, ns tambm seremos
coroados com imensa boa sorte e benefcio. Ns praticamos o Budismo de Daishonin para
construirmos um brilhante palcio de felicidade nas profundezas de nossa vida. (Brasil
Seikyo, edio especial, 1o de janeiro de 2001, pg. 4.)
O budismo tambm nos ensina que o caminho correto da prtica da f constitudo
de prtica individual e prtica altrustica. Por isso, o objetivo de nossa organizao o
Kossen-rufu o movimento para transformar o Universo, a Terra e a sociedade humana
em um mundo de paz, conforto e harmonia de acordo com o ritmo da Lei Mstica.
O presidente Ikeda nos orienta: O Gohonzon a concreta manifestao da exata
existncia de Nitiren Daishonin, que ensinou o Kossen-rufu. Devido a isso, se os senhores
apenas praticarem o Gongyo e recitarem o Daimoku e no tomarem qualquer ao em
prol do Kossen-rufu, ou desenvolverem sua prpria vida, o Gohonzon no manifestar seu
verdadeiro e completo efeito. Se, contudo, os senhores empreenderem aes para atingir
o Kossen-rufu, elas serviro como impulso extra para sua prpria vida e lhes auxiliaro a
alcanar estados cada vez mais elevados de mente tanto no Gongyo quanto na recitao
do Daimoku. O fato que sua prtica de Gongyo e suas aes em prol do Kossen-rufu se
tornaro unas, e juntas libertaro o infinito poder da Lei Mstica em sua vida. (Guia Prtico
do Budismo, pg. 22.)
Trs poderosos inimigos
(Brasil Seikyo, edio n 1750, 05/06/2004, pgina A5.)
(B): Estudando a vida de Nitiren Daishonin, observamos uma sucesso de
perseguies por parte de diversos setores da sociedade japonesa da poca: autoridades
governamentais, sacerdotes ou mesmo pessoas comuns. Situaes semelhantes podem
ser verificadas tambm ao longo da histria da Soka Gakkai. Como o budismo explica tais
perseguies?
(A): Em vrias de suas escrituras, Nitiren Daishonin enfatiza que enfrentar
obstculos e perseguies em prol do budismo deve ser motivo de alegria, uma vez que
eles oferecem uma oportunidade para desenvolver nosso estado de Buda. Por exemplo,
em O ensino, a capacidade, o tempo e o pas, Daishonin declara: E conforme eu, Nitiren,
pondero sobre a verdade dessas palavras do Buda, compreendo que essas trs espcies
de inimigos so de fato uma realidade. Se eu no os fizer aparecer, no serei um
verdadeiro devoto do Sutra de Ltus. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, Editora Brasil
Seikyo, vol. III, pg. 124.)
(B): O que so essas trs espcies de inimigos citadas nessa escritura?
(C): No dcimo terceiro captulo do Sutra de Ltus, Devoo Encorajadora, consta
que os praticantes que propagarem o verdadeiro ensino budista (Sutra de Ltus) na era
dos ltimos Dias da Lei enfrentaro diversos insultos provocados por trs tipos de
perseguidores chamados de Trs Poderosos Inimigos ou Trs Tipos de Inimigos. O ponto
em comum nos trs a arrogncia de pensarem que atingiram a iluminao e agirem
com prepotncia achando-se superiores s outras pessoas.
(A): De acordo com a classificao definida pelo Grande Mestre Miao-lo, da China,
os Trs Poderosos Inimigos so: 1) Leigos arrogantes: pessoas leigas que, sem conhecer
o budismo, caluniam e atacam os devotos do Sutra de Ltus com espadas e bastes; 2)
Bonzos arrogantes: bonzos ardilosos e arrogantes que pensam terem alcanado uma
percepo que, na verdade, no atingiram e por isso caluniam e perseguem os devotos do
Sutra de Ltus; e 3) Sacerdotes arrogantes: bonzos respeitados pelo povo em geral que,
temendo a perda da fama e fortuna, induzem as autoridades a perseguirem os devotos do
Sutra de Ltus.
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(C): Isso explica que mesmo homens e mulheres leigos que desconhecem o
budismo podem difamar e atacar os devotos do Sutra de Ltus, isto , os seguidores do
Budismo de Nitiren Daishonin na poca atual.
(B): Ser uma ou duas vezes insultado ou amaldioado e difamado fcil de
suportar. Porm, ser amaldioado e difamado constantemente por vrias pessoas algo
muito difcil de suportar. O filsofo francs Alain (pseudnimo de Emile-Auguste Chartier)
afirma: No h dvida de que no existe sequer uma nica pessoa que pudesse suportar,
por um longo tempo, uma avalanche de insultos e maldies de pessoas do mundo todo.
A pessoa que amaldioada caminha para sua prpria runa.
(A): Concordo plenamente. A menos que tenham passado por tais abusos, no
podero compreender essa afirmao. Mas um verdadeiro bodhisattva aquele que, no
obstante os maus tratos e as perseguies, continua avanando tranqilamente enquanto
protege os outros. Este foi exatamente o comportamento do Buda Original Nitiren
Daishonin durante a sua vida. E tambm o prprio esprito de nossa organizao, vivido
diretamente pelos seus trs sucessivos presidentes.
Fontes de consulta: 1. Apostila de Exame de Budismo de Segundo Grau e Grau
Mdio, Editora Brasil Seikyo, 2002. 2. Brasil Seikyo, edio no 1.440, de 6 de dezembro
de 1997, pg. 3. 3. Ibidem, edio no 1.441, de 13 de dezembro de 1997, pg. 3. 4.
Terceira Civilizao, edio no 424, dezembro de 2003, pgs. 2029.
C): Em relao ao primeiro dos Trs poderosos inimigos, isto , os leigos
arrogantes, refere-se s pessoas que no sabem distinguir entre o superior e o inferior, e
profundo e superficial, no que diz respeito aos ensinos budistas. Comumente, essas
pessoas perseguem insistentemente os seguidores do Verdadeiro Budismo, sob a
influncia do segundo e do terceiro dos trs poderosos inimigos, ou seja, os bonzos
arrogantes clrigos astutos que traem os devotos e os sacerdotes arrogantes
clrigos reverenciados por todos e que, temendo perder fama ou lucro, induzem as
autoridades a perseguirem os devotos do Sutra de Ltus.
(B): Ento, pode-se dizer que a caracterstica mais marcante dos leigos arrogantes
a de se tornarem hostis ao Verdadeiro Ensino, confiando cegamente em determinadas
autoridades e lderes religiosos. Tais pessoas nunca se preocupam em buscar a verdade
por si prprias e se tornam incapazes de distinguir o certo do errado.
(A): J em relao ao segundo e ao terceiro grupo dos Trs poderosos inimigos,
observa-se que ambos se referem aos bonzos. O captulo Devoo Encorajadora do
Sutra de Ltus considera os maus bonzos como os piores inimigos dos ensinos budistas.
(C): As principais caractersticas dos bonzos que fazem parte do segundo grupo de
perseguidores dos devotos do Sutra de Ltus, os bonzos arrogantes, so: (1) Sabedoria
perversa (no possuem a sinceridade de admitir o ensino correto); (2) Adulao (em
relao s autoridades e s pessoas de poder); (3) Orgulho e Presuno, afirmando terem
alcanado a percepo que no atingiram (atitude de menosprezar os outros, baseandose unicamente nos seus prprios conhecimentos).
(A): O terceiro grupo de poderosos inimigos, os sacerdotes arrogantes, no se
refere a bonzos em geral, mas queles que desfrutam de um elevado respeito perante o
pblico como se fossem altos sacerdotes. Entretanto, so eles que se aproveitam desse
prestgio para satisfazerem suas ambies de fama e fortuna, caluniando os devotos do
Sutra de Ltus. Alm disso, compactuam com as autoridades e usam o poder para
perseguir os devotos. O Sutra de Ltus mostra que, dentre as foras que impedem a
propagao do ensino correto, a dos bonzos arrogantes pior que a dos leigos
arrogantes, e a dos sacerdotes arrogantes, pior que a dos bonzos arrogantes.
B): De acordo com as escrituras budistas, em qual poca surgiriam os Trs
poderosos inimigos?
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(C): Os Trs poderosos inimigos surgiriam nos ltimos Dias da Lei. O Sutra de
Ltus descreve os ltimos Dias da Lei como uma era de conflitos em que a Lei pura se
perder e ser obscurecida. Em outras palavras, seria uma poca em que os ensinos
provisrios que Sakyamuni exps como simples meios se dividem em diversas escolas
distintas, que entram em conflito umas com as outras. tambm uma era em que as
pessoas no reconhecem o Sutra de Ltus como o ensino correto que prega o bem
supremo para se atingir o estado de Buda.
(A): Quando as pessoas propagam o Sutra de Ltus nesta era, os diversos ensinos
expostos por Sakyamuni dificultam a prtica do Sutra de Ltus e provocam a ao da
natureza malfica inerente na vida que bloqueia o caminho para atingir o estado de Buda.
O Sutra de Ltus esclarece que essas perseguies que surgiram depois da morte de
Sakyamuni assumem a forma de ataques perpetrados pelos Trs poderosos inimigos.
(C): Nitiren Daishonin empreendeu uma luta para propagar o Sutra de Ltus nos
ltimos Dias da Lei, estabelecendo a lei do Nam-myoho-rengue-kyo e o Gohonzon como o
supremo objeto de devoo para a felicidade de todas as pessoas. Daishonin tinha a
plena conscincia de que, ao faz-lo, teria de suportar ataques ferozes das funes do
mal. Quanto mais tenazmente lutarmos, mais as funes malvolas tentaro nos impedir.
Em sntese, Nitiren Daishonin provocou o ataque dos trs poderosos inimigos, que
surgiram exatamente como o Sutra de Ltus havia predito, e perseverou com toda a
firmeza e coragem.
(B): Na escritura Abertura dos Olhos, Daishonin cita um comentrio do Grande
Mestre Miao-lo: Desses trs tipos de arrogncia, o primeiro (leigos arrogantes) pode ser
superado. O segundo (bonzos arrogantes) mais significativo que o primeiro, e o terceiro
(sacerdotes arrogantes) o maior de todos. Isso acontece porque o segundo mais difcil
de ser reconhecido na sua forma real, e o terceiro ainda mais difcil de ser reconhecido.
(As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. II, pg. 148.)
(A): H tambm a seguinte passagem nesta mesma escritura Abertura dos Olhos:
Aqueles que no tm olhos, aqueles que tm um s olho e aqueles que tm viso
perversa no podem ver estes trs tipos de inimigos do Sutra de Ltus que apareceram no
comeo dos ltimos Dias da Lei. Mas aqueles que alcanaram uma parte do olho do Buda
podem ver quem so eles. (Ibidem. pg. 160.)
(C): Esta frase de Daishonin nos mostra que somente as pessoas de ao, isto , as
pessoas que lutam, podem reconhecer a verdadeira natureza da maldade. Certa vez, um
jovem perguntou a Tsunessaburo Makiguti, primeiro presidente da Soka Gakkai, como
algum poderia desenvolver a habilidade para distinguir o bem do mal. O presidente
Makiguti respondeu: Se voc possui tenacidade e coragem para praticar a maior religio
do mundo, vir a compreender.
B): Analisando o segundo e o terceiro grupo dos Trs Poderosos Inimigos, que se
referem arrogncia dos reverendos, verificamos que os falsos religiosos se convencem
de que so melhores do que qualquer pessoa e, assim, desprezam-nas. Alm disso, para
se fazerem parecer superiores, os falsos religiosos necessitam de uma certa distncia
para se isolarem das pessoas comuns.
(A): Exatamente por essa razo, eles no suportam o pensamento de igualdade do
Sutra de Ltus, que ensina que todas as pessoas so budas. Para os propsitos desses
falsos religiosos, a iluminao deve ser um estado que no pode ser facilmente alcanado.
Quanto mais o Buda for visto como algum fora do alcance dos seres humanos, maior
ser a prpria autoridade deles como intermedirios entre as pessoas e o Buda.
Poderamos dizer que os falsos religiosos tentam estabelecer um monoplio sobre o
Buda.
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(C): Eles agem tentando aumentar a distncia entre as pessoas e Nitiren Daishonin,
dizendo que elas no podem atingir a iluminao a menos que tenham um intermedirio
especial.
(B): Podemos fazer uma analogia com um corretor inescrupuloso que aumenta os
preos arbitrariamente a fim de aumentar seus lucros. Fundamentalmente, o Budismo de
Nitiren Daishonin ensina a direta fuso entre a pessoa e o Gohonzon, de acordo com o
princpio de que abraar o Gohonzon observar a prpria mente (e perceber os Dez
Mundos inerentes), e alcanar imediatamente a verdadeira percepo (isto , atingir o
estado de Buda na presente forma).
(C): O importante ter f, e estar ligado a uma pessoa que ensina o correto caminho
da prtica. No mundo do Budismo de Nitiren Daishonin, no h necessidade nem agora
nem nunca de reverendos sem f e que no praticam o budismo, mas que meramente
impem a autoridade religiosa.
(A): A nossa batalha diria contra os obstculos e maldades e os Trs Poderosos
Inimigos do budismo uma prova de que decididamente nos tornaremos felizes e
atingiremos o estado de Buda. Somente perseverando com tenacidade em nossa prtica
budista que podemos consolidar um estado de eterna felicidade nas profundezas de
nossa vida. crucial, portanto, no retrocedermos.
(C): Praticar a f com o comprometimento de combater os Trs Poderosos Inimigos
o caminho mais curto para se atingir o estado de Buda. Conseqentemente, quando
uma tempestade devastadora de obstculos cair sobre ns, isso representa uma chance
para transformar o nosso destino, uma oportunidade para assegurar a eterna felicidade da
concretizao do estado de Buda. Na escritura Carta de Sado, Nitiren Daishonin declara:
Quando um mau imperador profana o Verdadeiro Budismo e os bonzos herticos ficam
ao lado dele, banindo um bonzo sbio, aqueles com o corao de leo certamente
atingiro o estado de Buda, tal como Nitiren fez. (END, vol. I, pg. 196.)
(B): Assim, vamos avanar sem jamais sermos influenciados e derrotados pelos
Trs Poderosos Inimigos. Vamos vencer infalivelmente.
F, prtica e estudo - definio
(Brasil Seikyo, edio n 1608, 16/06/2001, pgina A6.)
O princpio de f, prtica e estudo fundamental para a prtica correta do Budismo
de Nitiren Daishonin.
A f corresponde ao ato de acreditar nos ensinos de Daishonin como a mais
elevada religio dos ltimos Dias da Lei (Mappo). A prtica consiste em praticar o
budismo em exata conformidade com seus ensinamentos. O estudo refere-se ao ato de
buscar o aprendizado dos ensinamentos budistas. Quando se falha em qualquer um
desses trs itens, no possvel desenvolver uma correta prtica do Verdadeiro Budismo.
Nitiren Daishonin definiu o princpio de f, prtica e estudo da seguinte forma:
Creia no Gohonzon, o maior Objeto de Devoo do mundo. Esforce-se destemidamente
para forjar uma f suficientemente forte, para receber a proteo de Sakyamuni, Taho e
todos os outros budas. Exera-se nos dois caminhos da prtica e do estudo. Sem estes
dois, no pode haver budismo. No somente o senhor deve perseverar, mas tambm deve
ensinar os outros. Tanto a prtica como o estudo surgem da f. Deve contar aos outros
com o melhor da sua habilidade, mesmo que seja somente a respeito de uma nica
sentena ou frase. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 1, pg. 369.)
Essa frase ensina que o Gohonzon o Supremo Objeto de Devoo da prtica
budista e que nossa f nele deve ser suficientemente forte para gerar a proteo das
funes protetoras do universo. Daishonin enfatiza tambm a importncia do empenho
concreto na prtica e no estudo tendo a f como base.
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O budismo bastante rigoroso nesse princpio. Mesmo que uma pessoa acredite no
Gohonzon, mas no se empenha na prtica, sua crena no vai alm de f meramente
terica. uma f que no se enquadra no padro da crena budista.
Para aprofundar a f e fortalecer a prtica, necessrio buscar o correto
aprendizado nos ensinamentos de Nitiren Daishonin. Isso corresponde ao estudo.
Numa analogia simples, o princpio de f, prtica e estudo pode ser comparado s
partes de um automvel. A f pode ser comparada ao motor, que a fora motriz que
libera a energia para que ele possa se movimentar. A prtica corresponde s rodas, que o
possibilitam movimentar-se. Sem a prtica no h progresso dentro do budismo. O estudo
direciona a prtica budista, tal como o volante do carro que faz com que ele se movimente
na direo desejada.
Assim, da mesma forma que um automvel, no possvel a algum cumprir sua
misso com a falta de uma das partes.
A f manifesta-se na vida diria
Na escritura Resposta Dama Nitinyo, Nitiren Daishonin definiu a f da seguinte
forma: O mais importante recitar o Nam-myoho-rengue-kyo de tal modo que possa
alcanar o estado de Buda. Tudo depende da fora de sua f. O budismo toma a f como
a fonte fundamental da iluminao. (As Escrituras de Nitiren Daishonin [END], vol. 1, pg.
326.)
Por outro lado, em Carta a Niike, ele escreveu: Conhecimento sem f uma
descrio daqueles que podem ser versados no Sutra de Ltus, mas no crem nele.
Essas pessoas jamais atingiro o estado de Buda. Aqueles que tem f sem conhecimento
podem estar privados do conhecimento, mas eles crem, e podem atingir o estado de
Buda. (END, vol. 4, pg. 286.)
Sobre isso, o presidente Ikeda orienta: A f, nos ltimos Dias da Lei, se d no reino
da realidade, ao invs de no da teoria. Portanto, ns no praticamos a f pela f em si.
Esta deve ser enraizada profundamente na vida diria, na sociedade e no curso da
existncia humana. Deve possibilitar que as pessoas levem uma vida diria correta,
prolonguem a vida e renovem-se continuamente, ao mesmo tempo em que conduzem
uma vida ativa, como parte integrante da sociedade. A fonte que torna tudo isso possvel
a Lei suprema do Nam-myoho-rengue-kyo...
A atitude importante para o que quer que se faa. Isso vale especialmente para a
f. No existe f sem a prtica consistente de Gongyo e Daimoku. Mesmo que uma
pessoa tenha o Gohonzon, sem uma atitude sincera na f e a ao prtica, grandes
benefcios no surgiro.
Acima de tudo, no mundo da f, que assegura a nossa felicidade eterna, uma
sincera atitude e um esprito de procura so importantes. (Seleo de Orientaes, pgs.
97-98.)
Os dois tipos de prtica
A prtica do Budismo de Nitiren Daishonin pode ser dividida em dois tipos: prtica
individual (jigyo) e prtica altrustica (keta). A prtica individual consiste na recitao diria
do Gongyo e do Daimoku ao Gohonzon para beneficiar a si prprio. A prtica altrustica
consiste em dedicar-se na propagao do budismo e nas atividades para o
desenvolvimento do Kossen-rufu a fim de beneficiar outras pessoas, ou seja, a
realizao do Chakubuku.
A prtica individual pode ser comparada ao movimento de rotao da Terra em torno
do seu prprio eixo e a prtica altrustica, ao movimento de translao em torno do Sol.
Na escritura Perguntas e Respostas Sobre Abraar o Sutra de Ltus, Nitiren
Daishonin solicita: Recite determinadamente o Nam-myoho-rengue-kyo e recomende aos
outros a fazerem o mesmo, isto permanecer como a nica lembrana de sua presente
vida no mundo humano. (END, vol. 5, pg. 18.
22
passado, presente e futuro. (Brasil Seikyo, edio no 1.475, 5 de setembro de 1998, pg.
3.)
Em todo caso, o mais importante realizar o Gongyo com a determinao de unir a
natureza de Buda inerente em nossa vida com a do Gohonzon. A natureza de Buda
oculta aos nossos olhos. Porm, quando oramos ao Gohonzon manifestamos essa
condio inerente na nossa vida.
Entre as pessoas que realizam o Gongyo, algumas alcanam imediatamente os
benefcios, enquanto outras parecem receber poucos. Qual a diferena entre elas? A
diferena est na determinao da orao. A real convico e a alegria na orao,
independentemente da circunstncia em que se encontre, o que faz a diferena. Quando
uma pessoa ora com alegria e fora, o estado de Buda inerente se manifesta e ela ser
capaz de conquistar um grande benefcio. Por outro lado, enquanto orar relutantemente
no poder receber os benefcios que almeja.
Vamos, em primeiro lugar, nos habituar a realizar o Gongyo da manh e da noite
diariamente cada vez mais cheio de alegria, tal como o galopar de um corcel branco.
Vamos superar as foras negativas existentes em nosso corao que impedem nossa
prtica. Enfim, vamos nos esforar na prtica vitoriosa do Gongyo e do Daimoku!
A leitura dos captulos Hoben e Juryo do Sutra considerada prtica complementar
e a recitao do Nam-myoho-rengue-kyo, a prtica principal. O 26o sumo prelado Nitikan
Shonin explicou a relao entre essas duas prticas fazendo uma analogia com o alimento
e o tempero. O arroz ou as massas, que so a fonte principal dos nutrientes, ao serem
cozidos so complementados pelo sal e pelo vinagre, que do melhor sabor ao alimento.
Da mesma forma, embora o benefcio da prtica principal da recitao do Daimoku seja
imenso, a prtica complementar da recitao dos captulos Hoben e Juryo aumenta e
acelera este poder benfico da prtica principal.
O Buda Original Nitiren Daishonin definiu como prtica complementar a recitao
de trechos do Sutra de Ltus por representar o propsito do advento do Buda Sakyamuni.
E, dos 28 captulos do Sutra de Ltus, o captulo Hoben representa a essncia do ensino
terico e o captulo Juryo, a essncia do ensino fundamental.
Na escritura A Recitao dos Captulos Hoben e Juryo, em resposta a uma
pergunta formulada por uma senhora quanto aos captulos do Sutra de Ltus que deveria
ler diariamente, Nitiren Daishonin a orienta com as seguintes palavras: Conforme eu disse
antes, embora nenhum captulo do Sutra de Ltus seja desprezvel, entre todos os 28
captulos, o Captulo Hoben e o Captulo Juryo so particularmente importantes. Os
captulos restantes so todos, de certo modo, os ramos e as folhas desses dois captulos.
Portanto, para a sua recitao regular, eu recomendo que pratique a leitura das partes em
prosa dos captulos Hoben e Juryo. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 6, pg. 69.)
Quanto atual forma da prtica do Gongyo, cinco oraes pela manh e trs noite,
um aspecto formal que foi criado posteriormente. De acordo com os estudiosos da
histria do Budismo de Nitiren Daishonin, uma forma mais prxima da atual prtica do
Gongyo constitudo de cinco oraes pela manh e trs noite foi estabelecida na poca
do 26o sumo prelado Nitikan Shonin, no incio do sculo XVIII. Entretanto, at a poca
anterior ao surgimento da Soka Gakkai, a prtica do Gongyo era considerada uma
cerimnia fechada e restrita ao mundo dos clrigos. Foi a prpria organizao leiga Soka
Gakkai que, em torno do segundo presidente Jossei Toda, definiu a realizao da prtica
diria do Gongyo, de cinco oraes pela manh e trs noite, por todos os seus
membros. E, assim, criou-se nos dias de hoje esta situao indita na histria do budismo,
em que mais de dez milhes de pessoas em todo o mundo praticam convictamente o
Gongyo, recitando diariamente os captulos Hoben e Juryo, seguindo fielmente os
ensinamentos do Buda Original Nitiren Daishonin.
28
Uma das razes pelas quais as pessoas evitam enfrentar esta realidade porque as
coloca frente a frente com a impermanncia da vida. Aqueles que no do valor vida, no
fundo, tm medo da morte. Os que no do importncia sua juventude temem
envelhecer. Os que negligenciam a sade ficam aturdidos quando adoecem.
As pessoas tendem a encarar a doena com medo e angstia s de pensar na
possibilidade da morte. Mas a doena no necessariamente conduz morte. No escrito O
Remdio Benfico para todas as Doenas, Nitiren Daishonin afirma: Da doena surge a
mente que busca o Caminho. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. VI, pg. 179.)
Em um trecho do Dilogo sobre a Religio Humanstica, o presidente da SGI,
Daisaku Ikeda, comenta: O Sutra de Ltus afirma que o Buda tem poucas enfermidades
e poucas preocupaes (The Lotus Sutra [LS], cap. 15, pg. 214). Essa frase quer dizer
que mesmo aqueles que se tornam budas continuam tendo algumas causas de
sofrimentos e de preocupaes e, naturalmente, esto sujeitos doena. justamente
pelo fato de se dedicarem verdade e justia que, infalivelmente, enfrentam todos os
tipos de obstculos e funes malficas. (Terceira Civilizao, edio no 444, agosto de
2005, pg. 18.)
O fato de praticarmos o budismo no significa que nunca iremos adoecer. Nesse
mesmo dilogo, o presidente Ikeda comenta uma afirmao do segundo presidente da
Soka Gakkai, Jossei Toda: A doena uma funo da natureza. Mas os seres humanos
tambm possuem em seu interior o poder de curar seus prprios males. Isso seria como
subir uma ladeira ngreme e voltar novamente ao cho. (Ibidem.)
Assim, a doena, em si, apenas um aspecto da vida humana. Acreditar que a
iluminao implica em atingir um estado eternamente livre de obstculos e de funes
negativas no budismo. Ao contrrio, o vasto estado de vida do Buda nos brinda com a
fora e o poder interior para enfrentar sem medo esses ataques, e nos possibilita extrair a
sabedoria necessria e a agir para triunfar sobre eles. Em nossa vida, munimo-nos de
forte f para lutar contra os obstculos, como por exemplo, a maldade da doena, sem
tem-los ou sermos subestimados por eles. Isso corresponde a manifestar o estado de
Buda.
Pergunta: Qual a relao entre a f e a doena de uma pessoa?
Resposta: Em primeiro lugar, jamais podemos concluir que uma pessoa derrotada
pelo fato de ter adoecido. O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, observa: Chegar
concluso de que ela no tem f s porque adoeceu seria uma postura completamente
desprovida de benevolncia. Oferecer um caloroso alento queles que travam uma
batalha contra a doena uma expresso de verdadeiro afeto. Quando algum de seus
seguidores adoecia, Daishonin imediatamente o encorajava. (Terceira Civilizao, edio
no 444, agosto de 2005, pg. 22.)
No escrito A Transformao do Carma Determinado, Nitiren Daishonin incentiva
uma sincera seguidora que estava doente: A vida o mais precioso de todos os tesouros.
(...) Um dia de vida mais valioso que todos os tesouros do sistema de grandes mundos.
(...) Alm disso, voc encontrou o Sutra de Ltus. Mesmo que viva mais um dia, pode
acumular muito mais benefcio. Como sua vida realmente preciosa! (As Escrituras de
Nitiren Daishonin, vol. I, pgs. 218219). A vida o mais precioso de todos os tesouros.
Portanto, cada dia insubstituvel e deve ser vivido com toda plenitude e criando infinito e
imensurvel valor.
Em uma outra carta escrita no incio de um novo ano, Daishonin enviou estas
palavras de incentivo a Nitiguen-nyo, esposa de Shijo Kingo: A senhora ficar mais jovem
e sua boa sorte ser acumulada. (Ibidem, vol. V, pg. 191.) A Lei Mstica nos capacita a
rejuvenescer e nos tornar mais felizes tanto de corpo como de esprito a cada ano que
passa.
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ilusrios, tais como os trs venenos (avareza, ira e estupidez). Essas funes negativas
penetram profundamente na vida da pessoa, destruindo seu equilbrio espiritual e o
funcionamento apropriado do corpo e da mente.
6. Efeitos do carma: Referem-se doenas ou indisposies resultantes do carma
negativo criado tanto nesta como em existncias passadas.
O presidente Ikeda comenta ainda: Apesar de as seis causas da doena terem sido
apresentadas aqui em separado, em muitos casos a doena , na verdade, causada pelas
diferentes combinaes das seis. As quatro primeiras causas podem ser evitadas com
alguma considerao e cuidado de nossa parte. Temos de utilizar a sabedoria para
encontrar um equilbrio na vida, dormindo o suficiente e evitando o acmulo de fadiga.
A base da sade a forte f que nos capacita a extrair uma forte energia vital,
triunfar sobre as foras negativas e prejudiciais e transformar o carma. Daishonin deixou
esta famosa declarao no escrito Resposta a Kyoo: O Nam-myoho-rengue-kyo como
o rugido do leo. Que doena pode portanto ser um obstculo? (As Escrituras de Nitiren
Daishonin, vol. I, pg. 275.) A f expande e fortalece nossa energia vital, desenvolve nosso
carter e nos faz crescer e amadurecer. Tambm importante trabalhar em prol do
Kossen-rufu na Soka Gakkai, nossa grandiosa organizao transbordante de enorme
energia vital.
Discurso do SI. Akio Nakano, vice responsvel da diviso educadores da prefeitura
de Chiba.
MOTIVOS PELOS QUAIS PRATICAR BUDISMO
do ponto de vista da fisica.
O premio Nobel japons prof Tonegawa, falando do corao humano perguntou-se:
"Em qual parte do nosso corpo trabalha o corao?" Dito assim e quase espontneo
colocar a mo no peito. Mas deveramos coloca-Ia no crebro.Ate agora o corao
humano foi tratado no campo da filosofia. Bem, quanto mais a cincia progride, mais se
descobre que nosso corao funciona no nosso crebro. O prof explicou este conceito
atravs de um exemplo do recm nascido.Supondo que a sua famlia seja composta de
um japons, um americano, um frances, um chins,um alemo e um coreano. Todo dia
escuta seis lnguas diferentes. que lngua vai falar quando crescer? a resposta e: vai falar
as seis Hnguas.j foram feitas experincias deste gnero. Isto significa que um recm
nascido humano possui um crebro extraordinrio. Como pode ser possvel? O
Sr.Tonegawa diz que depende do fato da atividade cerebral de um recm nascido ser
diferente de um adulto. Qual e a diferena? Parece que as ondas cerebrais so diferentes.
Como sabem, nosso corpo e composto de clulas,e mais precisamente por volta de 70
bilhes de clulas. Todas as partes do corpo so compostas por clulas - dos cabelos ate
as unhas dos ps. Estas por sua vez so compostas por tomos e os tomos so
constitldospor partculas elementares, estas so compostas por quantum. A cincia
moderna chegou ate este ponto. Como so estes quantum? Oscilam como ondas.
OSCILAM. O nosso corpo e ento composto de oscilaes. Em teoria a tese das
oscilaes j havia sido demonstrada, mas no se sabia como medi-Ias. O cientista
americano Wanestock criou um aparelho especialmente que se usa agora no campo da
medicina. Atravs deste instrumento podemos comprovar que somos constitudos de
oscilaes.
Todas as coisas- seja plantas ou animais,tudo emite ondas,tudo emite a sua
freqncia.De todas as freqncias emitidas pelos seres humanos, as do crebro so as
mais fortes, mais intensas.O Universo tambm oscila. As oscilaes emitidas pelo
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Universo so as mais ordenadas, mais regulares. Parece que se encontram entre a onda
alfa e a Omega. Para falar em termos de estado vital dos seres humanos, as ondas
Omega, a um estado muito prazeroso, como um soninho. O estado das ondas alfa, e um
estado maravilhoso, como se ganhssemos todas as loterias- um estado de perfeita
forma. A freqncia do Universo se encontra exatamente no meio destas duas
freqncias, corresponde ao estado que se encontra entre o prazeroso soninho das ondas
Omega e o estado de xtase das ondas alfa. Medindo esta freqncia com o aparelho
mencionado acima, se chega a freqncia de 7.5 HZ. Esta e a freqncia do Universo. Por
este motivo a freqncia de 7.5 Hz e o melhor estado para os seres humanos. Mas pode
existir uma pessoa deste tipo? Sim, os recm nascidos por exemplo, se encontram num
estado de total correspondncia com as oscilaes do Universo.Este e o estado favorvel,
no qual o crebro assimila tudo de maneira purssima. Um recm nascido no e
amargurado, chora quando tem fome, mas isso e uma outra coisa. a sua freqncia e
constantemente de 7.5Hz. Tem lindos olhos, pele luminosa e cresce rapidamente. Sua
existncia se encontra no melhor estado possvel, aquele das oscilaes do Universo. Por
isso um recm nascido assimila tudo num breve tempo, mesmo quando cresce com seis
lnguas diferentes. Podemos, nos adultos, que mantemos rancor por outras pessoas, que
nos lamentamos de tantas coisas,que sofremos, que provamos sentimento de ira e
podemos trair,atingir um estado assim sereno e ideal como o recm nascido? O estado do
Universo com a freqncia de 7.5HZ? Parece ser muito dificil, mas o prof Tonegawa
sustenta que ate mesmo os adultos podem conseguir.
Ele sustenta que e necessrio usar dois mtodos conscientemente.
1- Devemos nos esforar para lembrar frequentemente de eventos felizes e
prazerosos do passado. Neste modo atrairemos outros eventos alegres e positivos.
Observando o nosso passado perceberemos que vivemos de todo modo coisas boas.
Quem busca pensar nestas coisas boas se aproxima da freqncia de 7.5 HZ. Vamos
supor que temos um casal de velhos chatos como vizinhos, que odiamos. Talvez no seja
o exemplo mais gentil, mas e somente um exemplo. Supomos que os dois nos critiquem e
nos chateiem continuamente.Se pensarmos: " Quem sabe consegui me desenvolver
humanamente atravs das criticas deles.
Na realidade tive uma grande vantagem." Estamos assim nos movendo para a
freqncia de 75Hz do universo. Se ao contrario pensamos:" Tomara que morram logo!"
Nos afastamos deste estado. Cada evento que nos acontece para uma direo melhor,
mais alegre. Este comportamento e essencial.
2- O segundo mtodo. Devemos ter as idias claras a respeito do nosso futuro.
Devemos imaginar o nosso futuro de maneira clara e concreta. Damos a ordem ao nosso
crebro que ser assim. Desta maneira as celebres gmeas japonesas,Kin e Gin, (prata e
ouro) com a idade de trinta anos decidiram viver ate cem anos. Mesmo quando ficavam
doentes, no duvidavam que viveriam a longo e este comportamento teve efeito no
crebro delas. De fato viveram mais de cem anos, felizmente. No faz bem pensar que
mais cedo ou mais tarde todos vamos morrer, assim morremos cedo. Se ficarem doentes
e pensarem que mais cedo ou mais tarde ficaram bons, ficaram doentes por mais tempo.
Devem decidir concretamente entre quantos dias ficaram curados.
Ate aquele dia devem imaginar estar sarados. Devem realizar que a cura ainda no
se manifestou no seu crebro. Por exemplo comecem a pensar que recebem os parabns
dos outros pela cura ou as flores que recebero ao deixarem o hospital. Deste modo seu
desejo se realiza muito mais facilmente. Muitas lojas que vendem bem seu produto, usam
este mtodo, criam primeiro a imagem do sucesso. As empresas em que os responsveis
do somente ordens e pronto so mais suscetveis a falncia. Nas grandes empresas os
responsveis de vrios departamentos se encontram e discutem de modo vivo,
descontrado e livre o futuro da sua empresa, desenvolvendo assim boas idias em
relao aos novos produtos. Entram todos juntos no mundo de 75HZ. Algum far o
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resumo das novas idias e criara uma imagem dos produtos do futuro,desenvolvendo
assim um novo produto de maneira clara e concreta.O produto que nasce deste modo
ser um trend do momento. A imaginao do futuro e portanto muito importante. Agora na
seqncia vou contar alguns exemplos de empresas japonesas muito conhecidas.
( Os fundadores destas empresas so membros da Soka Gakai)
Um pintor da prefeitura de Kanagawa decidiu se tomar o melhor e o maior pintor de
parede do Japo em 20 anos. Desta deciso nasceu a famosa empresa Painthouse.
Um outro homem vendia frango assado. Isto tambm aconteceu 20 anos atrs.
Decidiu que seu quiosque seria o maior ponto de vendas do mundo. Nasceu a rede" Yoro
-No- taki". Agora existem dez mil espalhadas no mundo todo. Somente em 20 anos.
Nos anos 50 teve um homem que vendia uma sopa na sua banquinha em Kyoto.
Estudou sem parar o melhor sabor para sua sopa.Todo dia experimentava novos
sabores para a mistura da sopa. Pedia a opinio dos estudantes que comiam na sua
barraquinha, observava a reao deles ao comerem. Inventou depois uma sopa que no
era somente muito gostosa, mas tambm para tima sade. Do dia em que abriu a
primeira loja o numero de lojas aumentou rapidamente em Kansai ( zona de Osaka) e
Kanto (Tkio). Fazia uma sopa inconfundivelmente nica. Havia decidido de cozinhar a
melhor sopa do Japo colocando este objetivo para o sculo 21. Em vinte anos sua sopa
se transformou na sopa mais amada do Japo.
Estas pessoas usaram somente 20 anos. Tem uma grande diferena em viver com
um objetivo e uma imaginao clara do futuro ou viver sem idia alguma de nada. A
entidade desta diferena se manifesta claramente entre 20 anos. Tem uma diferena
enorme entre aqueles que viveram com uma idia clara do futuro, como por exemplo o
tanto que querem viver, e aqueles no fizeram.
Concluindo, o prof Tonegawa sustenta que para entrar no mundo dos 7.5HZdeve-se
aplicar estes dois mtodos. 1- Lembrar-se de eventos agradveis e 2- Imaginar o futuro
desejado. Este comportamento e como praticar uma f, por que se trata de olhar o prprio
corao para pintar o desenho do prprio futuro.
Porm uma f assim seria intil se pedisse a um Deus que concedesse ajuda. Por
que isso no tem nada haver com a freqncia 7.5HZ. O prof Tonegawa disse que o
melhor comportamento na f e refletir para lembrar eventos felizes e alegres e imaginar
um futuro desejvel. Os membros da Gakai praticam esta f. Todos os dias praticam isto
na frente do Gohonzon.
O Gohonzon no e para eles um deus ou Buda para adorar. Se trata deles mesmos.
A orao dos membros da Soka Gakai significa observar a prpria mente. Neste ponto a
Soka Gakai se distingue muito de outras comunidades religiosas. Algumas dizem que se
orar com toda concentrao os caracteres se moveram, ou poder ouvir a voz do
Buda...Estas afirmaes vo contra o bom senso e a cincia. No sero os caracteres que
se movem mas os olhos dos fieis.
Nenhuma estatua do Buda de madeira ou metal comeou a falar. Se algum ouviu
uma voz, deve ter imaginado. Enfim conta somente como voc esta trabalhando o seu
crebro. Como sintoniza-Io com a freqncia do Universo.
No adianta praticar religies ocultas, aonde se movem caracteres ou estatuas
falam. Tambm no adianta mudar o aspecto do prprio corpo atravs de mtodos
supersticiosos para superar o karma negativo e se transformar em pessoas felizes. O que
serve para ser feliz e preocupar-se atvamente e concretamente em mover as ondas
cerebrais para um estado tima. Os membros da Soka Gakai fazem isso todo dia. A
pratica da sua f corresponde ao pensamento do prof Tonegawa. Os seus pensamentos
baseiam-se sob o ponto de vista de um cientista, um fisico.
Agora gostaria de colocar como o corao pode ser visto do ponto de vista da
psicologia.Do ponto de vista da psicologia.A psicologia e a cincia que estuda a
profundidade do corao humano. Discerne o plano do consciente e inconsciente. A
34
psicologia estuda o mundo inconsciente. Mesmo a religio estuda este campo por se
preocupar com a profundidade do corao. Sobre a psicologia existem vrios discursos
acadmicos. As religies no so muito bem vistas na sociedade por que existem muitas e
algumas delas so duvidosas e desonestas. Por isso convm abraar religies que sejam
reconhecidas pela cincia, pela psicologia. No mundo todo uma religio que e reconhecida
publicamente pela psicologia moderna e o budismo praticado na Soka Gakai.Vou explicar
o por que.
" A sociedade de psicologia dos Estados Unidos" e uma comunidade cientfica que
goza de grande prestigio e autoridade no mundo todo. composta por selecionados
Premio Nobel,profuniversitrios e psiclogos. a primeira associao cientfica do mundo,
cujos membros so somente 300 selecionados entre os melhores cientistas e estudiosos.
Por ocasio da assemblia geral de So Francisco (12 de agosto 1996) o presidente da
comunidade o prof. Seligmann explicou:" O sc. 21 e a era do corao. O corao e um
objeto que vem sendo tratado pela religio e por nos, mas tem uma comunidade religiosa
que e a nica a tratar-Io como nos. E nos queremos colaborar com esta comunidade. A
sua sede e no Japo e chama-se Soka Gakai. Por isso queremos fazer do sc. 21 uma
era em que a Soka Gakai e nos, a sociedade de psicologia dos EUA, possam ser uma
nica coisa, isto e o sc. da unio destas duas realidades."
Depois disso, no ano seguinte, ocorreu a assemblia geral de Chicago, na qual
foram convidados alguns profs. da Universidade Soka. Juntos comearam a estudar sobre
o Gohonzon, objeto da f da Soka Gakai. Ento" The Association ofPsychologie off all
Unite States" e a Soka Gakai esto examinando juntos os Gohonzon. Existem bons
motivos pelos quais esta associao reconhece somente a Soka Gakai.
Seja a psicologia que a religio estudam o corao, mas o pensamento de base no
e o mesmo. A psicologia, que se ocupa da profundidade do corao humano, parte da
convico de que o homem e forte originalmente. O fisico, prof. Tonegawa, divide da
mesma opinio, por que parte do pressuposto que os seres humanos possuem a
freqncia de 7.5 HZ e podem ento obter o estado vital mais alto. as pessoas tem fora e
capacidade extraordinria,mas por vrios motivos estas dificilmente emergem. Quando se
eliminam as causas destes impedimentos, se atinge o estado mais elevado, a vibrao de
75HZ. O mtodo e: lembrar de situaes felizes e projetar o futuro com alegria. o ponto de
vista da religio e diferente. Existem varias religies como o cristianismo, islamismo, por
exemplo, que tem uma idia muito clara dos seres humanos. Ensinam que os homens so
fracos ,seres minsculos e impotentes. Por este motivo a sua fraqueza necessitaria de
uma existncia potente. o deus e considerado uma entidade grandiosa e absoluta. Assim o
objeto de culto de quase todas as religies e fora dos seres humanos. Deus e objeto de
culto e e perfeito. os homens podem aproximar~sede Deus, mas no se transformar em
Deus. Podem rezar pedindo a sua misericrdia e perdo, esperar a salvao e o conforto.
As vezes no budismo se encontra este mesmo comportamento. O Buda Nara no
Japo e a maior estatua de Buda do mundo, se trata de Shakyamuni. Quanto mais
aproximam-se as pessoas da estatua maior ela fica, mais colossal e menor fica o ser
humano. Como se quisesse dizer: Os homens so pequenos e Buda e grande. Parece to
grande e solene que poderamos pedir ajuda. O objeto de culto das escolas Nembutsu,
Jodo e verdadeira Jodo, e o Buda Amida. um Buda estranho que no vive neste mundo,
mas numa terra pura. Os padres da escola Nembutsu, Shinran e Honen, dizem que nos
humanos podemos ser felizes somente quando renascemos na terra em que vive o Buda
Amida. A terra que vivemos agora seria impura, por isso no serve a nada esforar-se.
Nos aconselham recitar Nam-Amida-Butsu para renascer no paraso da terra pura Jodo. O
Buda Amida viaja sentado numa nuvem. Vamos raciocinar: As nuvens so compostas de
vapores aquosos, ento esta historia e obviamente inventada. No existem provas que
exista um paraso numa terra pura. Ningum nunca encontrou o Buda Amida. Mesmo a
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escola do budismo Shingon e uma religio estranha. O objeto de culto deles e o Buda
Dainishi.
Ele e forte por que e transparente. Se diz que ele protege as pessoas quando as
pessoas se movem atravs do tempo e do espao, dirigem carros, etc. O monte Narita na
prefeitura de Chiba e a Meca da escola Shingon. Por este motivo em muitos carros no
Japo, o amuleto e o Monte Narita pata proteo contra acidentes em carros. a estatstica
mostra que a maior parte dos acidentes de carro acontece na prefeitura de Chiba. Esta e
mesmo uma historia estranha. A segunda cidade que mais possui acidentes rodovirios e
Kawasaki, prefeitura de Kanagawa. Ali se encontra o templo da escola Shingon. a f da
comunidade religiosa da Soka Gakai e muito diferente. No se busca objeto de culto fora
de si mesmos. O objetivo da pratica esta na observao e fortificao de si mesmos. Nos
esforamos para abrir o prprio potencial. Procuramos extrair a fora do Buda e das
funes protetoras de dentro de nos mesmos. Sob este ponto a Soka Gakai concorda
totalmente com a Sociedade de Psicologia dos Estados Unidos. O ensinamento da
psicologia e claro e facilmente compreensvel. Segundo a psicologia podemos comparar o
corao com uma casa que tem seis andares acima da terra e trs subterrneos. Nove
andares no total. Os seis andares acima da terra fazem parte dos extratos conscientes e
os trs subterrneos do inconsciente. O mundo invisvel do inconsciente tem um papel
determinante na nossa vida. Visto que a nossa sorte ou azar vem determinados pelo modo
como construmos estes extratos na profundidade da nossa vida, a psicologia e a religio
se ocupam de estudar estes extratos do inconsciente. A psicologia j explicou
precisamente esta parte do nosso corao. Mesmo que a gente fale sempre de corao,
na realidade trata-se do funcionamento do nosso crebro, como explica o prof Tonegawa.
Os estados do corao sobre os quais a psicologia focou so os seguintes: O Primeiro
andar subterrneo e o lugar mais prximo aos extratos da Conscincia. Na psicologia esta
parte e chamada Inconsciente individual. O segundo andar tem um espao maior e
chamado de inconsciente coletivo. O terceiro andar e o mais longe da Conscincia, isto e
no fundo dos extratos do inconsciente. Na psicologia usa-se" EU".
O inconsciente individual delineia as caractersticas particulares de uma pessoa, ele
e sustentado pelo extrato do inconsciente coletivo. este segundo extrato e muito
importante. Nele se encontra o deposito de todos nossos pensamentos e convices.
Nesta grande sala, que esta no nosso crebro, esto memorizados todos os
acontecimentos passados da nossa vida, tudo o que nos vimos, ouvimos e esquecido sem
nenhuma exceo. Por exemplo: Ningum se lembra hoje o que fez quinze aos atrs, a
menos que este dia no fosse o aniversario ou o dia do casamento. A nossa memria
perde um evento atrs do outro, mas o inconsciente coletivo, no segundo andar
subterrneo memoriza tudo, mesmo os eventos esquecidos por nos. E no s nossa
memrias, mas as idias e convices dos nossos pais,avos, antepassados longnquos,
ate mesmo os que viveram milhares de anos atrs. a palavra moderna para este
fenmeno e fator gentico. So heranas dos nossos descendentes. Ento a psicologia
sustenta que a v ida de uma pessoa depende do estado do segundo extrato do
subterrneo - o Inconsciente coletivo- Com este extrato, Deus ou Buda no tem nada
haver. Este extrato decide a vida de uma pessoa.
O psiquiatra suo Jung, explorou o inconsciente coletivo e graas a esta descoberta
ele faz parte dos 3 maiores descobridores do mundo. Os outros dois so Newton, que
descobriu a lei da gravidade universal e Galileu que descobriu os movimentos da terra
atravs da sua teoria heliocntrica. O prof. Jung por sua vez, descobriu que as mudanas
na vida de uma pessoa so influenciados fortemente pelo inconsciente coletivo. Dividiu as
mudanas da vida nas seguintes categorias:
I.simpatia e antipatia em relao as pessoas que se encontra.
2- que tipos de acidentes, doenas, se passara e quando se morre
3. valor e sentido para a prpria vida.
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copo de gua com a tinta vermelha. a cor no importa, o karma de cada um tem uma cor
diferente. Bem a cor desaparece quando se joga a gua do copo na piscina. a cor existe
anda, mas no se v, e insignificante, quase inexistente. a inconsciente coletivo que faz
sofrer tanto uma pessoa foi destrudo.
Por que as coisas acontecem quando se ora desta maneira? a motivo e o Eu que faz
parte da vibrao 7.5Hz que pode influenciar com suas ondas ate o Eu de uma outra
pessoa. A onda e a vibrao da nossa vida e transmitida aos outros. Isso vale para tudo,
para os animais, para todas as relaes humanas, sua vibrao atinge a vibrao do
outro.
Se orarem para o outro a vida dele vai vibrar com a sua, todos os problemas de
relao que fazem sofrer podem ser superados com este principio. No tenham duvida.
As pessoas mencionadas no comeo deste estudo, oraram desta maneira, so
membros da Soka Gakai. suficiente que um membro da famlia comece a praticar. Suas
vibraes chegara aos outros membros da famlia e tudo comear a mudar cada vez
mais,podemos ver e sentir. O sucesso destas pessoas e que no oravam pedindo a um
Deus ou ao Buda. A f destas pessoas no tinha nada haver com suplicas, pedido de
ajuda ou lamentao. Isso faz parte do hemisfrio esquerdo. Quando recitamos temos que
usar o hemisfrio direito do crebro, para aproximar-nos da vibrao de 7.5HZ. que e
nossa vibrao inicial. Vamos fazer emergir simplesmente a vibrao da nossa vida na
origem.
O Gohonzon existe com este objetivo e nos usamos nossos olhos e ouvidos para
observar nos mesmos. Deste modo no haver orao sem resposta.
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televiso, e assim por diante, parece que nossas vidas sempre esto sendo influenciadas pelas
circunstncias que nos cercam.
Ser que temos que viver sempre a merc das coisas que acontecem ao nosso redor?
Por outro lado, verificamos que as mesmas circunstncias nem sempre produzem os mesmos
efeitos. Por exemplo, uma feijoada gostosa que deveria causar satisfao e prazer, se voc no
tiver o estmago e o fgado preparados, poderia ser origem de um grande mal estar e at uma
desinteria.
Do mesmo modo, a cidade do Rio de Janeiro com as belas praias que causam deslumbre e
admirao para os turistas, para ns que somos moradores desta cidade, nem sempre, ficamos
impressionados do mesmo modo.
Da mesma feijoada, e da mesma cidade, das mesmas paisagens, as mesmas circunstncias
provocam reaes diferentes, tudo depende do estado de vida de cada pessoa.
Em geral, parece que, quando uma pessoa tem uma energia vital fortalecida no seu interior,
ela pode at minimizar as influencias negativas mesmo quando tiver cercado de circunstncias
prejudiciais a ela. Enquanto que uma pessoa fraca, poderia extrair as tristezas e infelicidades
mesmo com as circunstncias favorveis, no mesmo?
Ento, podemos chegar a uma concluso, ainda que seja parcial, que voce deve ser forte
para viver esta vida feliz, independente de que as circunstncias sejam favorveis ou no.
Extendendo a esta inha de pensamentos e obsevaes, chegamos ao que o Budismo chama
de Unicidade de sujeito e ambiente.
Mesmo tempo que o ambiente influencia o estado de vida do sujeito, o sujeito pode influenciar o
ambiente. Portanto, atravez de mudana interior, o ser humano, aparentemente frgil e
dependente, possue a capacidade de transformar o seu ambiente ao seu favor.
Em outras palavras, meu ambiente, minhas circunstncias, esto intimamente ligados com a
minha vida. Eu tenho na minha circunstncia, exatamente o que sou, porque eu sou quem criou
setas circunstncias para mim, quer eu goste ou no. Pois ! Cada um tem exatamente o que
merece!
Em algums casos, esta observao pode parecer injusta, mas, na verdade, um fator muito
animador. Porque, desde que as circunstncias no foram impostos por algum ou alguma fora
externa, mas, sim criadas por mim prprio, eu mesmo posso mudar atravez da minha
transformao interior !!! No maravilhoso?
E o nico caminho que proporciona esta transformao a prtica correta do Budimo de
Nitiren Daishonin.
Portanto, vamos exercitar as oraes dirias, com uma grande alegria no corao ! e
lanamos os desafios para transformar at as piores circunstncias. Voc pode !!!
distrai do que tenho que fazer? Sua presena me estimula a redobrar a dedicao a
minhas atividades, a ser uma pessoa melhor? Ou esta pessoa se converteu no centro de
minha vida e tende a obscurecer todo o resto?"
Se esto descuidando de sua misso na vida, se devido a uma relao sentimental
esquecem o propsito de sua existncia como sujeitos autnomos, temo que tenham
tomado um caminho equivocado. Em uma relao saudvel, cada membro do casal anima
o outro a alcanar suas metas pessoais e ao mesmo tempo compartilham os mesmos
sonhos e aspiraes. Uma relao de amor deve ser motivo de inspirao, vitalidade e
esperana. Em vez construir um relacionamento fechado, um mundo onde s h um lugar
para dois, muito mais saudvel que cada um aprenda com as virtudes e qualidades do
outro e mantenha o esforo de aprimorar-se e desenvolver-se a si mesmo.
Antoine de Saint-Exupry, autor de O Pequeno Prncipe, escreveu:" O amor no
consiste em duas pessoas que olham uma para outra, mas sim em duas pessoas que
olham juntas para a mesma direo." Mesmo que algum use o amor como fuga, a euforia
no durar por muito tempo. O choque com a realidade trar dores e tristezas. Dito de
outra forma, no h como fugir de si mesmo. Quando uma mulher persiste em sua prpria
fragilidade interior, o sofrimento a perseguir por onde quer que ela v. duro reconhecer,
mas nenhum ser humano pode encontrar a felicidade se no comear por transformar o
seu interior.
Alm disso, a felicidade no algo que algum possa dar aos outros; no algo que
o ser querido venha a nos outorgar. Cada um tem que constru-la por seus prprios meios.
E a nica maneira de faz-lo desenvolvendo nossa personalidade e nossos valores
como seres humanos, desdobrando-nos ao mximo em nosso potencial interior. Muitas
vezes, em nome do amor, sacrificamos nosso prprio crescimento e nossas capacidades,
porm, dessa forma, jamais haver uma felicidade que resulte convincente e satisfatria.
Ainda que minhas palavras paream estritamente paternais, gostaria de dizer algo
sobre as mulheres jovens que tm a tendncia a ser vulnerveis seduo de seu
parceiro. Quando isso acontece, a mulher exibe um aturdimento, uma percepo
distorcida das coisas, que a leva a se comportar como se houvesse perdido a faculdade
de tomar decises equilibradas e serenas. Como geralmente so as mulheres que saem
mais feridas, creio que tm todo o direito do mundo de valorizar ainda mais sua dignidade
e a buscar seu bem-estar de forma irrenuncivel.
Por essa razo, penso ser fundamental s mulheres jovens fortalecerem o respeito
em direo a si mesmas e adquirirem uma slida fora interior. Quando uma mulher busca
aprovao, constantemente, no faz nada mais do que degradar-se frente a si mesma e
s demais pessoas. Se num contexto amoroso, no se sentem tratadas como pede seu
corao, espero que atuem com coragem e dignidade: melhor correr o risco de estar s
por um tempo, antes de aceitar uma relao que as faam infelizes.
O amor verdadeiro no nos torna dependentes das pessoas. Ele s pode ter lugar
entre dois seres humanos fortes e seguros de sua individualidade. Quem possui uma
viso egosta e uma viso superficial da vida s poder construir relaes superficiais. Se
querem experimentar o amor verdadeiro, no tm por que submeter-se ao que o outro
deseja que faam ou fingir ser quem no so. O amor ideal s possvel entre duas
pessoas sinceras, maduras e independentes.
Gratido e objetivos comuns: os ingredientes para uma convivncia feliz.
Como deve comportar-se marido e mulher? No uma pergunta fcil de responder.
s vezes, as circunstncias conspiram de um modo estranho. V-se casais que
terminaram se divorciando por causa da riqueza ou de uma vida fcil. Ou ocorre tambm
que um perodo assinalado por todo tipo de problemas- ao mesmo para quem v de foraresulta ser a poca de maior felicidade para um casal e motivo do fortalecimento de sua
unio.
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Mas a diferena da atrao, que muda com o vaivm das situaes, do verdadeiro
amor, concebido como um vnculo mais profundo que pode unir dois seres humanos,
algo que desenvolve a fora de enfrentar tormentas. claro que isto no significa que uma
das partes deva ceder sempre s exigncias do outro, ou que a felicidade de um possa
construir-se s custas do companheiro.
Nem o marido deve ser o centro da relao nem tampouco deva ser a mulher. Em
um matrimnio slido no interessa se algum ocupa o lugar de liderana, nem quem se
sacrifica para que o outro logre o xito ou a felicidade. Assim como uma bela cano a
fuso harmoniosa entre msica e poesia, do mesmo modo a vida em comum requer
igualdade entre marido e mulher para que ambos, juntos, possam interpretar a magnfica
melodia da vida.
Qual a linda melodia que resulta na unio entre dois companheiros de vida?
Essa a pergunta... Perguntam-me quais so os principais ingredientes de uma
convivncia profunda e harmoniosa. Pois bem, remeto-me a minha experincia de vida: as
coisas mais importantes so o agradecimento e a existncia de um objetivo em comum.
Se me permitem uma comparao, as famlias de hoje em dia so como um avio
em vo, chacoalhando por causa dos ventos que mudam constantemente: os co-pilotos
tm a responsabilidade de levar o avio ao destino, sem acidentes, para deixar a salvo
sua perigosa carga. A estabilidade de um avio em vo exige uma firme direo, uma
propulso potente e um esforo constante. E, como evidente, para que um avio aterrize
a salvo indispensvel que ambos co-pilotos mantenham a vista na mesma direo.
Este um bom momento para contar uma histria. Havia uma mulher que levava
muito tempo prostrada na cama, com uma profunda depresso. Um mdico conhecido da
famlia, bom conhecedor da situao, aviou uma receita e entregou-a ao marido. Quando
o homem leu as indicaes, surpreendeu-se muitssimo pois o doutor havia escrito:
"Quando seu esposo lhe der o remdio, beba-o depois de dizer-lhe 'Obrigada', trs vezes".
Pareceu-lhe uma prescrio meio estranha, mas como estava sublinhada, antes de tomar
o remdio agradeceu o marido, de forma especial, trs vezes. Ento ela se deu conta de
que h muito tempo no usava essa palavra para seu companheiro. medida que
comeou a pr em prtica esta "terapia do agradecimento", sua sade e felicidade foram
retornando pouco a pouco. Uma humilde expresso de gratido torna uma pessoa bela,
no s de corao mas tambm o seu aspecto fsico.
Nem h necessidade de esclarecer que esta lio tambm se aplica aos esposos!
Os ingleses tm um provrbio que encerra uma certa cota de sabedoria: "Abrir os
olhos antes do matrimnio e semi cerr-los depois de casar-se." Tanto o marido como a
mulher devem esforar-se para serem tolerantes, e para terem um corao magnnimo na
hora de perdoar as faltas e erros menores que comete o companheiro. Quando algum
julgado e criticado o tempo todo, custa muito ter desejos de mudana, mesmo sabendo
que a crtica pertinente.
H uma outra histria que diz muito sobre o amor entre marido e mulher.
Recomendo que leiam o conto "O Presente de Natal", de O. Henry. Nele o autor conta a
histria de Della e Jim, um casa jovem e pobre, que vivia em um quarto alugado, quase
sem mveis. Era vspera de Natal, e ambos estavam pensando que presentes iam dar um
ao outro, como mostra de seu amor. Ela queria presentear seu marido com uma corrente
para prender ao relgio de ouro que herdou de seu av e que lhe causava tanto orgulho. A
corrente custava vinte e um dlares mas ela s tinha oitenta e sete centavos. A nica coisa
que podia vender eram seus cabelos castanhos, de brilho intenso e to compridos que
chegavam at os joelhos. Para Della, como para quase toda mulher, os cabelos so um
atributo feminino muito apreciado. Mas fez o sacrifcio de vend-los a um fabricante de
perucas e com o dinheiro comprou uma magnfica corrente de prata.
Chegou em casa com o corao na boca e aguardou, ansiosamente, o regresso do
marido. Quando ele a viu, com uma expresso muito sria, lhe entregou o presente que
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lhe havia comprado: um par de lindos enfeites de tartarugas marinhas para adornar seus
cabelos. Della, ento, tratou de consol-lo assegurando-lhe que eles cresceriam depressa
enquanto lhe dava a corrente de prateada. Jim desmanchou-se no sof e lhe disse, com
uma risada: "Della, guardemos nossos presentes de Natal por um tempo. So belos
demais para que o usemos agora. Vendi meu relgio para comprar-lhe os enfeites".
Nesta histria, cmica e pattica, os presentes so um smbolo do amor profundo
que existe entre os dois. Cada um sacrificou algo muito querido para comprar para seu
companheiro um presente apropriado. Mas ao trocar os pacotes, vem que no h mais
relgio ao qual pendurar a corrente, nem h mais cabelos castanhos para adorn-los com
os enfeites. Ambos os presente tornaram-se inteis para eles. Um casal jovem e moderno
diria que se houvessem tomado a precauo de conversar de antemo sobre os
presentes, haveriam se prevenido de um gasto intil. Mas a histria pe em relevo algo
que transcende esse tipo de lgica calculista: ilustra a beleza do amor profundo entre dois
seres que compartilham a vida.
O amor indestrutvel irradia a beleza de um destino compartilhado.
O amor pode adotar um milho de formas distintas. s vezes, para quem olha de
fora, o marido parece ser insuportavelmente autoritrio e, no entanto, o casal se mantm
unido com um grau de harmonia surpreendente. Em outros casamentos, a mulher sempre
parece impor sua vontade, e no obstante, a convivncia transcorre fluindo em clima de
paz. Na realidade, as aparncias externas no so importantes. Tenho sentido, sempre,
que quando um casal compartilha durante um longo tempo as alegrias e os dissabores da
vida, entre ambos se forma um vnculo muito profundo, que no pode ser cortado por
foras externas. No estou falando do amor direto e aberto que circula num casal jovem,
mas de um sentimento muito vasto e profundo, arraigado em um destino compartilhado e
construdo a dois.
Tenho visto este tipo de amor em uns vinte ou trinta casais mais velhos, e tenho
sentido a atmosfera de indescritvel plenitude e maturidade que estas pessoas irradiam ao
seu redor. Nestes casais, no encontraremos as lamentaes de certas pessoas idosas. E
ainda que tenham tido uma vida difcil, em seu rosto no h indcio, nem um tom de
tristeza. O que transmitem uma poderosa sensao de segurana de si mesmas e
independncia: a que colheram duas pessoas que conseguem atravessar juntas as horas
mais difceis da vida, agradecidas e conscientes do tempo lhes resta para seguir
caminhando juntas.
Em uma boa convivncia, o apoio do companheiro se baseia na valorizao, na
confiana e no agradecimento ao invs dos inimigos maiores que atentam contra o
desenvolvimento do ser querido: a queixa, o capricho, a crtica e o menosprezo. Qualquer
mulher que se baseie numa f firme e comprometida poder desenvolver sua sabedoria
inata e a manifestar com palavras positivas e calorosas. Se me permitem uma
observao, os benefcios de um corao caloroso e encorajador s se tm a longo prazo,
mas as conseqncias de uma atitude fria, ingrata ou queixosa sente-se imediatamente.
Nitiren Daishonin disse que quando somos encorajados e elogiados, desejamos nos
sacrificar ilimitadamente e no economizamos esforos para isso. Mas quando somos
censurados, o ressentimento nos leva a causar a nossa prpria runa. Tal, disse Buda, o
valor das palavras de encorajamento.
A f se traduz em um corao profundo e sbio, propenso a valorizar o esforo
alheio e gerar boa vontade no ambiente ao seu redor. Esta sabedoria encontra expresso
de maneiras concretas, e a que nos conduz a mudar nosso enfoque quando estamos
equivocados. Em suma, o que determina uma diferena crucial para a convivncia: a
que h entre oferecer solues e acrescentar problemas. Isso, falo como homem: quando
o marido chega em casa extenuado e carregado de tenses, ao fim desta "guerra" que
luta pelo sustento, lhe asseguro que o que mais necessita ateno, dilogo e
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encorajamento: estas so as coisas que permitem, no dia seguinte, seguir desdobrandose em seu esforo e sua capacidade.
Ao mesmo tempo, quando os filhos retornam da escola, o que desejam receber a
ternura e a harmonia de sua me. Ao escut-los e abra-los com pacincia, ela consegue
fazer com que sintam que "est tudo bem", ainda que o dia de aula tenha sido povoado de
maus momentos e das dores de crescimento. `As vezes no saber detectar estas duas
funes leva as mulheres a descuidos, assoberbadas que esto pelos atropelos da vida
cotidiana.
Eu entendo bem a situao: chegam extenuadas pelo dia de trabalho e apenas tm
foras para lutar contra o seu prprio cansao. No lhes parece justo ter que atender, em
primeiro lugar, os outros. O corao de esposa e de me se fecha, e isso produz um dano
para toda a famlia, como uma instalao que fica sem um fio ligado terra. Mas o amor
uma fora muito poderosa que a mulher leva consigo. Quando as mulheres saem em
busca desse corao e superam as tendncias negativas, so elas mesmas as primeiras a
se sentirem melhor e, quase de forma instantnea, a famlia parece voltar a resplandecer
e a crescer em equilbrio.
A mulher , por natureza, protetora da vida e criadora de valores. Por isso protege e
defende a paz e a harmonia, consciente do muito que est em jogo. Essa funo
harmonizadora um fator primordial para edificar uma convivncia frutfera e duradoura.
a chave do casamento e do lar.
A harmonia felicidade em si mesma.
Se a felicidade o sentimento a que todos aspiramos em nossa vida individual,
ento a harmonia a forma que as pessoas tm de serem felizes quando esto juntas,
sejam apenas duas ou uma grande multido. a capacidade de harmonizar os quatro
estados baixos: Inferno, Fome, Animalidade e Ira. Quando nossa vida joga ncoras em
qualquer uma dessas condies subjetivas, no s impossvel harmonizar, como
tambm encontramos um certo gozo perverso no conflito e na desarmonia. Nossa
conscincia moral nos diz que deveramos harmonizar, nosso corao nos adverte que
estamos sofrendo, mas assim como em todo resto, nos estados baixos sentimos apego
pela confrontao e pela discrdia.
Quando vivemos sem quebrar os limites que nos impe nossa debilidade, atuamos e
reproduzimos padres de desarmonia., que no s se referem conduta, como tambm
s palavras que saem de nossa boca e aos pensamentos que povoam nossa mente.
Para criar harmonia no basta fazer uma declarao de vontade nem empreender
um esforo intelectual. O desejo espontneo e genuno de harmonizar, de ser feliz com os
outros, s possvel quando elevamos o estado de Vida. Neste desafio permanente, cada
mulher faz emergir os recursos da Budicidade que leva consigo.
Na realidade, a harmonia entre os seres humanos no um estado exterior nem
uma funo das circunstncias, seno o esforo que nasce em cada um de ns. Por isso,
mais que a harmonia, o que conta a capacidade de sua conquista que exige um trabalho
permanente de autodisciplina e de estrita observao interior. A ausncia de harmonia
produz angstia e incerteza no corao da mulher. E sua causa fundamental a ruptura
entre o "eu" e o resto do mundo. Quando estes laos se quebram, o esprito cai at os
estados mais baixos. As situaes cotidianas se enchem de sofrimento e as relaes se
contaminam de inimizade. A harmonia, pelo contrrio, produz uma alegria indescritvel. O
Sutra de Ltus elege uma imagem perfeita para descrever a harmonia, quando
mencionamos a sincronia entre a dana e a msica. Nenhum de ns existe s; todas as
pessoas que nos rodeiam so parte de ns mesmos. J que somos ns mesmos quem
geramos e definimos nosso meio ambiente circundante, nosso corao "salta de jbilo",
"nos colocamos de p e nos lanamos a danar", e assim "brincamos de felicidade".
A verdadeira harmonia jaz dentro da mulher. No algo que devemos esperar dos
outros nem que possa mandar que os outros a tenham. Por isso, o presidente Josei Toda
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dizia: "A chave da unio harmoniosa jaz no esprito de levantar-se por deciso prpria,
sem depender de nada e nem de ningum."
Captulo Hoben
Meios
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Captulo Juryo
Sho-zen-nan-shi.o-ze-tyu-guen.
Ga-setsu-nen-to-bu-to. U-bugon-go. Nyu-o-ne-han. Nyo-zekai-i. Ho-bem-fun-betsu. Shozen-nan-shi. Nyaku-u-shu-jo.
Rai-shi-ga-sho. Ga-i-butsuguen. Kan-go-shin-to. Sho-konri-don. Zui-sho-o-do. Sho-sho-jisetsu. Myo-ji-fu.do. Nen-ki-daisho. Yaku-bu-guen-gon. To-nyune-han. Ui-shu-ju-ho-bem.
Setsu-mi-myo-ho. No-ryo-shujo. Ho-kan-gui-shin.
Go-sho-shi-tyu. Fu-shi-shin-ja.
Ken-shi-ro-yaku. Shiki-ko-guko. Soku-bem-buku-shi. Byojin-jo-yu. Yo-shi-shin-ja. Kengo-bu-rai. Sui-ya-kan-gui-monjin. Gu-shaku-ji-byo. Nen-yo-goyaku. Ni-fu-ko-buku. Sho-i-shaga. Do-ke-jin-nyu.Shi-pon-shinko. O shi-ko-shiki-ko-yaku. Ni-ifu-mi.
zai-shi. Nyo-ka-shu-buku.
Motsu-fu-sai.
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Jigague
Parte em verso do Captulo Juryo
revelao da vida eterna do buda
o jigague um canto de louvor ao "eu superior"
qual o significado de jigague? o gue, no final da palavra jigague quer dizer
"verso". em outras palavras, chama-se gue o texto que relata os ensinos do
buda ou que enaltece as virtudes do buda e dos bodhisattvas por meio de
versos poticos. gue so escrituras budistas que devido ao ritmo potico, so
fceis de recitar e de memorizar. pelo fato de esses versos comearem com as
palavras ji ga toku burai, so chamados "jigague".
Desde que atingi o estado de
Buda, infindveis asamkhya de
kalpas transcorreram.
Ji-ga-toku-bu-rai. Sho-kyo-shoConstantemente venho
ko-shu. Mu-ryo-hyaku-sen-man.
pregando, ensinando e
Oku-sai-a-so-gui.Jo-se-po-kyopropagando a Lei a milhares de
ke. Mu-shu-oku-shu-jo.Ryo-nyuseres vivos. Fazendo com que
o-butsu-do. Ni-rai-mu-ryo-ko.
entrem no Caminho do Buda, e
tudo isso durante interminveis
kalpas.
Do ponto de vista literal, a passagem "Desde que atingi o estado o estado
de Buda" ( Ji ga toku bu rai ) significa: desde que Sakyamuni tornou-se um
Buda. Porm, o texto apresenta um significado mais profundo quando
interpretado do ponto de vista de seu significado implcito.
Com relao frase "atingi o estado de Buda", meu mestre dizia: "O
estado de Buda no algo que nos chega de fora. Ao contrrio, essa
passagem descreve com clareza a funo do estado de Buda que surge
das profundezas da nossa vida."
I-do-shu-jo-ko. Ho-ben-guenComo um meio hbil aparento
ne-han. Ni-jitsu-fu-metsu-do.
entrar no nirvana para salvar
Jo-ju-shi-se-po. Ga-jo-ju-o-shi. I- todas as pessoas. Mas, na
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realidade, no entro em
extino. Sempre estou aqui
ensinando a Lei.
Sempre estou aqui. Porm,
devido ao meu poder mstico as
pessoas de mentes distorcidas
no conseguem me ver mesmo
quando estou bem perto delas.
Ga-jo-do-fu-ki. Ni-shu-ken-sho-jin.
U-fu-sho-ku-no. Nyo-ze-shitsu-juman Ze-sho-zai-shu-jo.I-aku-go-innen.Ka-a so-gui-ko.Fu-mon-san-bomyo.
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