Como Implementar Um Plano de Gestão de Resíduos
Como Implementar Um Plano de Gestão de Resíduos
Como Implementar Um Plano de Gestão de Resíduos
um plano de gesto
de resduos
Coleo eco-cidado
ndice
Introduo 3
O plano de gesto de resduos 4
Organizao interna 7
Diagnstico
8
Plano de Ao 10
Monitorizao e Avaliao 11
Preveno e gesto de resduos 13
Problemas e prioridades na gesto dos resduos urbanos
15
Preveno de resduos urbanos 20
Como se faz? 22
Vantagens 24
Quem pode fazer Preveno de Resduos?
25
Sustentabilidade e Consumo Sustentvel 27
Boas prticas
32
36
Como o tratamento de RU em Portugal?
A Gesto de Resduos os Sistemas
39
Cdigo da Reciclagem 43
Resduos Orgnicos 45
leo Alimentar 46
Medicamentos e Embalagens 47
48
Pilhas e acumuladores
Lmpadas 49
Resduos Eltricos e Eletrnicos 50
51
Consumveis Informticos
Boas Prticas de Gesto de Resduos Indiferenciados
53
Anexos 54
Enquadramento Europeu 55
Enquadramento Nacional 57
introduo
A coleo Eco-cidado pretende apresentar
a um pblico no tcnico um enquadramento
inicial e guias teis sobre temas relacionados
com os resduos urbanos (RU).
Esta primeira edio surge na sequncia do
Programa Menos Lixo, Mais Futuro, uma
iniciativa da Valorsul que sensibilizou e deu apoio
a dezenas de tcnicos de empresas e instituies
nos seus propsitos de melhorar a preveno
e o tratamento de resduos nestas entidades.
Como implementar um plano de gesto de
resduos um guia breve sobre a preveno
e gesto de resduos e a forma como as empresas
se podem organizar para dar incio a um processo
3
1
Envolver a organizao interna
2
Fazer o diagnstico da situao atual,
para referncia
3
Elaborar um plano de ao para
implementao de melhorias
4
Monitorizar e avaliar o realizado
Grupos alvo;
Aes;
Suportes pedaggicos;
6. Previso de custos e anlise de custo/benefcio;
7. Cronograma.
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15
Alguns dados:
Dados reais (2005/07) e objectivos
do PERSU II referentes reduo
de resduos produzidos
(relatrio de acompanhamento
do PERSU II, 2008)
Ano
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2015
2016
4766
4851
4929
4993
5043
5073
5083
5078
4987
4937
17
4766
4965
5007
-
matria orgnica;
papel/carto;
plstico;
vidro;
pequenas quantidades de resduos perigosos.
18
outros 8%
orgnicos 37%
Relatrio Valorsul
REA 2012 Relatrio do Estado do Ambiente, APA - http://sniamb.apambiente.pt/docs/REA/rea2012.pdf
EEA Publicaes sobre o Estado do Ambiente na Europa - http://www.eea.europa.eu/publications#c14=&c12=&c7=en&c9=all&c11=5&b_start=0
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Alguns exemplos:
Diminuir a quantidade de resduos produzidos:
Compostagem domstica;
Desmaterializao da informao;
Embalagens de vidro retornveis.
Diminuir a sua perigosidade;
Substituio de produtos txicos por produtos
biodegradveis (tintas, detergentes);
Utilizao de pilhas e baterias recarregveis.
Como se faz?
A preveno de resduos urbanos faz-se ao longo
do ciclo de vida do produto, nomeadamente:
Consumo consciente
O Consumidor tem o poder de escolher o que
quer comprar, e com esse gesto influenciar
esses produtos existentes no mercado.
Uma compra consciente que tenha em
considerao a qualidade o preo e as questes
ambientais, se for multiplicada por muitas pessoas,
cria um movimento transformador.
Ecodesign - http://trendalert.me/eco-design/
Ecodesign - http://www.roca.com.es/ww/index.html?es | Projecto Ecocasa - http://ecocasaportuguesa.blogspot.pt/
Reutilizao garrafa solar - http://www.youtube.com/watch?v=j1nG2peE4SQ
Como se faz?
2. Reutilizao
Nota
Dissemos, anteriormente,
que preveno evitar produzir
lixo. Assim, e embora sejam muito
importantes para a gesto dos
resduos, no se podem considerar
preveno as seguintes operaes:
Reciclagem de materiais,
pois esta feita depois dos
materiais terem sido deitados
no lixo (ecopontos);
Compostagem centralizada,
pois esta feita depois de os
restos de comida terem sido
deitados no lixo;
Valorizao energtica, pois
esta feita apenas a partir
dos resduos indiferenciados.
23
Vantagens
Fazer preveno de resduos tem inmeras
vantagens, a diversos nveis:
Economia
A preveno permite diminuir os custos
operacionais e de fabrico dos produtos,
assim como os custos do tratamento
e eliminao dos resduos.
Consumo
A preveno permite diminuir o consumo
dos recursos naturais e de energia, com
os consequentes ganhos econmicos
e ambientais associados.
24
Emisses
A preveno permite diminuir a emisso
dos gases com efeito de estufa, com
o consequente ganho ambiental associado.
25
O Retalhista
A sua colaborao imprescindvel na medida
em que, ao definir as suas polticas de transporte
e distribuio dos produtos, pode permitir ganhos
ambientais nas reas do consumo de energia
e consequentes emisses de gases de estufa.
O retalhista tambm o centro de influncia sobre
o produtor/ fornecedor e sobre o consumidor de
modo a pressionar ambos no sentido da preveno
de resduos (e.g. Programa End-to-End
da Walmart Brasil);
As autoridades locais e nacionais
A sua interveno imprescindvel quer pela
definio do enquadramento legal e superviso
das polticas de preveno, quer pela
responsabilidade na sensibilizao e mobilizao
dos participantes anteriormente referidos.
Consumidor
procura
oferta
design
Retalhista
Produto
Produtor - http://www.deq.state.or.us/lq/sw/packaging/index.htm
Retalhista - Walmart Brasil Nestle - http://www.youtube.com/watch?v=P98WnlowQ4Q
Consumidor http://www.youtube.com/watch?v=PWsRQ3lqHkU
Autoridades locais Plano de Preveno EGF - http://www.egf.pt/files/400.pdf
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Boas prticas
A preocupao com a preveno de resduos
obedece a alguns princpios base, orientadores
para a ao dos cidados:
Poupana de recursos, onde se incluem os
recursos materiais, energticos e econmicos;
Consumo responsvel, que significa adquirir
apenas os produtos estritamente necessrios;
Prolongamento da vida dos produtos, atravs da
sua reparao, troca, doao e venda de usados;
Partilha de interesses, que significa a utilizao
coletiva de produtos e servios por grupos
de cidados com os mesmos objetivos
(e.g. partilha do automvel).
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Boas prticas
Matria orgnica:
33
Papel e carto:
Desmaterializao da informao,
atravs da utilizao das tecnologias digitais:
e-mail / intranet / fatura eletrnica
/ publicaes eletrnicas;
Vidro:
Uso de embalagens de vidro reutilizveis
ou com depsito / taxa.
Boas prticas
Embalagens de plstico
e de metal:
Boas prticas
Medidas abrangentes:
Lista de compras;
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Recolha
Tratamento
e/ou
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Valorizao
Cdigo da Reciclagem
Separar os resduos em casa, na escola ou
na empresa, e deposit-los nos locais corretos
so condies essenciais para que estes sejam
reciclados. E reciclar transformar um material
velho, o resduo, num produto novo.
A separao na fonte vem facilitar muito o
aproveitamento destes resduos como matria
prima pelas indstrias recicladoras, pois
estes tm uma menor probabilidade de se
contaminarem mutuamente, melhorando
a qualidade desta matria-prima.
Hoje em dia, a maioria dos resduos produzidos
j podem ser reciclados, mas, para tal, a sua
separao obedece a algumas regras muito
simples. A seguir, recordar-se- o que fazer com
os principais resduos reciclveis produzidos
no dia a dia.
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Cdigo da Reciclagem
Papel e carto
Vidro
Plstico e metal
Obrigatrio:
Caixas de carto
Revistas e Jornais
Papel de escrita
e impresso
Obrigatrio:
Garrafas
Frasco
Boies
Obrigatrio:
Embalagens
de plstico
Pacotes de bebida
Sacos de plstico
Latas
Proibido:
Esferovite
Sacos de plstico
Papel: sujo, vegetal,
c/plstico, encerado,
colante
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Proibido:
Loias e Cermicas
Cristais e Espelhos
Lmpadas
Vidro plano e Vidraa
Proibido:
Papel e Carto
Eletrodomsticos
Resduos orgnicos
Na rea do Sistema Valorsul, os restos de comida
so recolhidos porta-a-porta, todos os dias,
atravs do Programa +Valor, nos seguintes grandes
produtores:
Super / hipermercados;
Mercados;
Restaurao;
Cantinas.
Para tal, estes restos de comida so colocados
em contentores prprios e seguindo as seguintes
regras.
Coloque sempre:
Restos de legumes;
Fruta;
Carne;
Peixe;
leo alimentar
O leo alimentar usado nunca deve ser despejado
no lava loia ou na sanita, pois no s pode entupir
a canalizao como dificulta muito o tratamento
das guas residuais nas ETAR.
Hoje em dia, j existem, em todo o pas, sistemas
de recolha de leos alimentares para reciclagem.
Para tal, os leos alimentares devem ser
depositados nos chamados olees.
Separar:
Sem restos comida;
Sem gua.
Armazenar:
Garrafa plstico.
46
Depositar:
Oleo;
Ecocentro;
Campanhas AMI;
Operadores licenciados.
Os leos alimentares usados so depois reciclados,
dando origem a sabonetes, velas e combustvel
biodiesel.
Pontos de entrega, consultveis em:
http://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&sub
ref=84&sub2ref=197&sub3ref=282
Medicamentos e embalagens
A especificidade dos medicamentos e substncias
perigosas quando usadas indevidamente,
aconselha a que exista um processo seguro de
recolha destes resduos, evitando-se, por razes
de sade pblica, que fiquem acessveis nas
ruas e que venham a contaminar qualquer outro
resduo urbano.
Assim, existe atualmente um sistema prprio
para recolha, tratamento e reciclagem dos
medicamentos e suas embalagens, denominado
Valormed.
Para tal, os resduos, descritos abaixo, devem
ser entregues nas farmcias, dentro de saco:
Medicamentos;
Medicamentos homeopticos;
Produtos dietticos;
Produtos veterinrios de animais domsticos;
Produtos de puericultura;
Dermo-cosmticos.
Aps a entrega destes resduos nas farmcias,
a embalagens dos medicamentos so recicladas
e os medicamentos so incinerados.
Pontos de entrega:
Farmcias.
Pilhas e acumuladores
As pilhas e outras baterias so resduos perigosos
que devem ser geridos de forma segura, de modo
a prevenir a contaminao de solos e da gua com
cidos e metais pesados.
esta a razo pela qual no devem ser
abandonados na rua nem colocados nos
contentores de resduos urbanos. Para que estes
resduos possam ser devidamente tratados e
reciclados, as pilhas e acumuladores devem ser
depositados em local prprio e com os cuidados
que se descrevem de seguida.
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Armazenar:
Local seguro e seco.
Pontos de entrega:
Super/ hipermercados;
Ecocentro;
Pilho do ecoponto.
Reciclar as pilhas e acumuladores significa
tambm recapturar materiais (no caso das pilhas,
Mangans, Zinco, Ao e Carbono), que voltam a
ser usados em processos produtivos, sem que seja
necessrio retir-los da natureza (diminuindo, por
exemplo, a necessidade de recorrer explorao
mineira para a obteno dos mesmos).
Lmpadas
Quase todas as lmpadas tm recolha prpria,
e so encaminhadas para reciclagem.
Em Portugal, existem dois sistemas que fazem esta
recolha e tratamento, as empresas ERP Portugal
e a Amb3e.
Pontos de entrega:
Ponto eletro;
Depositro;
Ecocentro;
Locais de venda;
Pontos e centros de recolha .
Tipo de lmpadas
Fluorescentes;
Tubular;
Circular;
Compacta;
Ecopilhas - http://www.ecopilhas.pt/portal/
Amb3e http://www.amb3e.pt/
ERP Portugal - http://www.erp-recycling.pt/ERPPortugal.aspx
50
Consumveis informticos
Os tinteiros e os toners so j uma preocupao
antiga, devido perigosidade das tintas.
Existem diversas solues, desde a sua recarga
at entrega no local de venda para reciclagem.
Periodicamente, fazem-se campanhas de
solidariedade, como por exemplo a da AMI,
sendo a recolha feita em algumas Juntas
de Freguesia e Estaes de Correio.
Valorsul - http://www.valorsul.pt/pt/valorizacao-energetica.aspx
anexos
54
Enquadramento europeu
A chamada diretiva quadro Resduos (Diretiva
2008/98/CE) estabelece a hierarquia de opes
da poltica de preveno e gesto de resduos,
segundo o esquema que se apresenta a seguir.
Prioridades da estratgia de atuao:
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Enquadramento europeu
Quando a preveno, atravs de reduo e a
reutilizao, no possvel, ser dada prioridade
reciclagem o que significa que o resduo
produzido ser tratado e utilizado como matria
prima para a produo de novos bens.
Por seu lado, a valorizao energtica consiste
na produo de energia atravs da queima de
resduos no reciclveis, permitindo recuperar
a energia gasta na produo do bem.
Finalmente, a deposio de resduos em aterro
deve ser reduzida ao mnimo indispensvel e
considerada como ltima opo de tratamento
de resduos.
Enquadramento nacional
Programa de preveno
de resduos urbanos (PPRU)
2007-2016
O PERSU II (Plano estratgico para a gesto de
RSU 2007-2016), dando resposta ao quadro de
estratgia de preveno e reciclagem de mbito
comunitrio, vem dar nfase necessidade de
um plano nacional para a preveno de resduos
urbanos (Eixo I preveno: programa nacional).
Daqui nasce o PPRU, que estabelece
para a preveno de RU:
Objetivos nacionais (2007-2016);
Prioridades de ao;
Fluxos de resduos onde agir;
Atores-chaves na preveno.
57
Enquadramento Nacional
Meta PPRU 2016
Em 2007, ano de referncia do PPRU 20072016, Portugal tinha uma produo de 470 kg/
habitante por ano. Com base neste valor, o PPRU
estabelece quatro cenrios possveis para reduo
de RU em 2016, optando pelo cenrio moderado
de preveno, assumindo ser o cenrio de mais
provvel sucesso, dado o equilbrio entre ambio,
esforo e realidade nacional.
Quatro cenrios de preveno para 2016
Cenrio optimista: reduo 21%;
Cenrio moderado: reduo de 10%;
Cenrio PERSU II: reduo 1,4%;
Cenrio BaU (business as usual):
aumento de 1,9%.
Cenrio Moderado
O cenrio moderado pretende que, no ano
58
Enquadramento nacional
O PPRU estabelece, igualmente, as metas
de reduo a atingir em 2016, com referncia
aos valores de 2007, por tipo de RU e por tipo
de produtor de RU, tal como se pode consultar
no quadro abaixo.
PERSU II - http://www.maotdr.gov.pt/Admin/Files/Documents/PERSU.pdf
Despacho n 3227/2010 PPRU - http://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subref=84&sub2ref=106&sub3ref=268
Valorsul, S.A.
Plataforma Ribeirinha da CP, Estao de Mercadorias
da Bobadela, 2696-801 So Joo da Talha
www.valorsul.pt
Coleo eco-cidado