Especificação de Lubrificantes

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CINCIAS TECNOLGICAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECNICA

ESPECIFICAO DE LEOS LUBRIFICANTES

Aluno: Alan Gomes


Prof.
Mquinas trmicas 2 - Optatica

JOINVILLE
JUNHO/2014

1. LEOS LUBRIFICANTES
Os leos lubrificantes, leos de motor, ou leos para motor, so substncias utilizadas para
reduzir o atrito, lubrificando e aumentando a vida til dos componentes mveis dos motores
Os leos lubrificantes podem ser de origem animal ou vegetal (leos graxas), derivados de
petrleo (leos minerais) ou produzidos em laboratrio (leos sintticos), podendo ainda ser
constitudo pela mistura de dois ou mais tipos (leos compostos).
O leo Lubrificante um produto que evita contato direto entre duas superfcies e tem como
funes lubrificar, resfriar, limpar, informar, diminuir o atrito, reduzir o desgaste e aumentar a
vida til dos componentes de um motor.
Durabilidade, performance, economia e emisso de poluentes de um veculo (carros,
caminhes, motos) tem relao direta com o leo lubrificante utilizado.
2. CARACTERSTICAS DOS LEOS LUBRIFICANTES
As principais caractersticas dos leos lubrificantes so a viscosidade, o ndice de viscosidade
e a densidade.
A viscosidade mede a dificuldade com que o leo escorre (escoa); quanto mais viscoso for um
lubrificante (mais grosso), mais difcil de escorrer, portanto ser maior a sua capacidade de
manter-se entre duas peas mveis fazendo a lubrificao das mesmas.
A viscosidade dos lubrificantes no constante, ela varia com a temperatura. Quando esta
aumenta a viscosidade diminui e o leo escoa com mais facilidade. O ndice de Viscosidade mede
a variao da viscosidade com a temperatura. Quanto maior a viscosidade, menor ser a variao
de viscosidade do leo lubrificante, quando submetido a diferentes valores de temperatura
Densidade indica a massa de um certo volume de leo a uma certa temperatura, importante
para indicar se houve contaminao ou deteriorao de um lubrificante.
Portanto

definido,

em

resumo,

viscosidade

os

aditivos

como:

Viscosidade - medida atravs da dificuldade de fluir, (escorrer). Quanto mais grosso, mais
difcil de fluir, temos como exemplo um leo 20W50 dentro de um motor 1.0 ano 2009;
Aditivos - substncias adicionadas para melhorar o rendimento: anticorrosivo, antiespumante,
detergente-dispersante, melhoradores de viscosidade, agente de extrema presso entre outros.
Tipos de leos lubrificantes:

origem animal ou vegetal - leos graxos, no utilizados em motores;

derivados de petrleo - leos minerais, utilizados em motores e desempenha uma

lubrificao bsica;
produzidos em laboratrios - leos semi-sintticos e sintticos, utilizados em motores e
desempenham uma lubrificao especial.

3. CLASSIFICAO DOS LEOS MOTORES COMBUSTO


Para facilitar a escolha do lubrificante correto para veculos automotivos vrias so as
classificaes, sendo as principais SAE e API.
Classificao SAE: estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos dos Estados
Unidos, classifica os leos lubrificantes pela sua viscosidade, que indicada por um nmero.
Quanto maior este nmero, mais viscoso o lubrificante e so divididos em trs categorias:

leos de vero: SAE 20, 30, 40, 50, 60;


leos de inverno: SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W;
leos multiviscosos (inverno e vero): SAE 20W-40, 20W-50, 15W-50.[1]

Observao: a letra "W" vem do ingls "winter", que significa inverno, os leos de vero e ela
faz parte do primeiro nmero, como complemento para identificao. Quanto maior o nmero,
maior a viscosidade, para o leo suportar maiores temperaturas. Graus menores suportam baixas
temperaturas sem se solidificar ou prejudicar a bombeabilidade.
Um leo do tipo monograu s pode ser classificado em um tipo escala. J um leo com um
ndice de viscosidade maior pode ser enquadrado nas duas faixas de temperatura, por apresentar
menor variao de viscosidade em virtude da alterao da temperatura.1
Desta forma, um leo multigrau SAE 20W40 se comporta a baixa temperatura como um leo
20W reduzindo o desgaste na partida do motor ainda frio e em alta temperatura se comporta
como um leo SAE 40, tendo uma ampla faixa de utilizao.
Classificao API: desenvolvida pelo Instituto Americano do Petrleo, tambm dos Estados
Unidos, baseia-se em nveis de desempenho dos leos lubrificantes, isto , no tipo de servio do
qual a mquina estar sujeita. So classificados por duas letras, a primeira indica o tipo de
combustvel do motor e a segunda o tipo de servio.
Os leos lubrificantes para motores a gasolina e lcool e GNV (Gs natural veicular) de 4
tempos atualmente no mercado so apresentados na tabela abaixo. O leo SJ superior ao SH,
isto , o SJ passa em todos os testes que o leo SH passa, e em outros que o SH no passa. O
leo SH por sua vez superior ao SG, assim sucessivamente. Atualmente (2013), a ltima

classificao dos lubrificantes estabelecidas pela API, est na sigla "SN", para lubrificantes
direcionados a veculos lcool, gasolina e flex. No que diz respeito aos lubrificantes
direcionados a motores diesel, a ltima classificao est na sigla "CJ".
Os leos lubrificantes para motores a gasolina 2 tempos, como os usados em motoserras,
abrangem 3 nveis de desempenho: API TA, TB e TC.
A classificao API, para motores diesel, mais complexa que para motores a gasolina, lcool
e GNV, pois devido s evolues que sofreu, foram acrescentados nmeros, para indicar o tipo de
motor (2 ou 4 tempos) a que se destina o lubrificante.1 2

4. ESPECIFICAO DE LUBRIFICANTES.
4.1.
NORMAS

A especificao descreve as exigncias mnimas e mtodos de teste para produtos que foram
determinados pelo fabricante de maquinas.
A especificao mais conhecida para fabricantes de graxas e leos por exemplo a
especificao MIL do exrcito dos Estados Unido. Um outro exemplo so as especificaes
AGMA American-Gear-Manufactures-Assotiation que incluem recomendaes para leos de
cmbios em 9 faixas de viscosidade.
A principal ferramenta para determinar estes exigncias e mtOdos de teste so as normas de
ensaios, como por exemplo normas DIN, ASTM, ISO VG etc.
Estes normas facilitam a escolha mais correto possvel do lubrificante a ser usado e assim
pode ser obtida um bom funcionamento do elemento de maquina durante a sua vida til esperada.
DIN a norma Alem de Industrias: Deutsche Industrie Norm.
ASTM ( American Society for Testing Materials ) a associao de profissionais nos Estados
Unidos para a normatizao de mtodos de testes e determinaes para especificaes de
lubrificantes.
Para determinar a consistncia de graxas usa-se na maioria dos casos a especificao NLGI =
National Lubrication Grease Institute (USA). Exemplo: Molykote BR-2 plus, aonde o numero 2
indica a consistncia da graxa. Na pgina consistncia de graxas voc pode encontrar uma tabela
da NLGI sobre este assunto.
4.2.

Especificaes

Especificao API: API um instituto que define padres de desempenho para leos.
Novos padres so lanados de tempos em tempos, com melhorias em durabilidade, detergncia
(para limpeza do motor) e etc. No nosso exemplo, o SJ um padro lanado em 1996. Voc pode
usar um leo SJ num motor que pede leo SH, mas no pode fazer o contrrio. Isso porque um
leo de especificao inferior no oferecer a lubrificao e aditivao necessria, podendo
causar problemas irreversveis. A mais recente a SM, de 2004.
Viscosidade SAE: Viscosidade um conceito meio chatinho de entender, mas tentarei ser
simples: Viscosidade a resistncia que o leo tem sobre si mesmo para movimentar. Um leo
mais viscoso tem mais resistncia para movimentar entre as peas do motor, ou seja, mais
difcil de escorrer, mas tem maior capacidade de se manter entre duas peas mveis, formando
uma pelcula protetora. Porm, um leo grosso em demasia pode atrapalhar o funcionamento

do motor, fazendo com que ele fique pesado para girar e em casos extremos, a bomba de leo
no consegue manter o fluxo e presso adequados, fazendo com que algumas partes do motor
tenham uma lubrificao deficiente, causando barulhos e desgastes. O mais comum acontecer o
descarregamento de tuchos sob altas rotaes, quando os tuchos ficam com pouco leo e ficam
batendo. Um exemplo de leo fino o 5W30, j o 20W50 um leo grosso.
O W, de winter (inverno) a viscosidade do leo quando frio. Quanto menor esse valor,
mais fcil ele percorrer o motor na partida a frio, diminuindo o tempo que o motor bate ao
ligar, quando o leo ainda no chegou a todas as peas.
A escolha da viscosidade relacionada tambm com a temperatura ambiente a que o carro
est sujeito. Na imagem abaixo vemos as faixas de temperatura externa em que cada tipo de leo
indicado.

Muitos pensam que quanto maior o nmero do leo, melhor . Nem sempre, depende do
motor e o seu uso. Os motores de hoje trabalham sob presso e temperatura muito maiores que os
de 10, 20 anos atrs. Um leo grosso mais difcil de circular, fica mais tempo escoando pelas
peas, retendo mais temperatura, o que pode causar superaquecimento do mesmo e formao de
borra. Uma espcie de pasta que vai retendo a passagem do leo e assim abreviando a vida til
do motor, por lubrificao inadequada.

4.3.

leos minerais, sintticos e semi-sintticos

leos minerais so obtidos a partir do petrleo em combinao com diversos minerais, tem
como vantagem o custo mas em compensao no mantm suas propriedades em situaes
extremas, como alta presso e temperatura.
J os leos sintticos so obtidos a partir de reaes qumicas e possuem uma curva de
estabilidade praticamente plana, que gera desempenho garantido nas mais variadas faixas de
temperatura, alm disso em alguns casos pode-se esticar os intervalos de troca, trazendo
economia no custo de manuteno. Alis, falando em custos, h nem muito tempo atrs um leo
sinttico custava coisa de R$40, R$50 o litro. Hoje podemos encontrar bons leos sintticos por
volta de R$20 o litro.
Os leos semi-sintticos so o meio termo. Mistura-se elementos do leo sinttico ao mineral
para form-lo. Pode-se retirar os elementos ruins do leo mineral e substitu-los por elementos
sintticos. tambm o meio termo no preo, muitas vezes j o suficiente pra evitar a borra. Mas
no se recomenda estender o perodo de troca.
Trocas de leo mineral muito espaadas (mais de 5000Km) deixam resqucios, como pedaos
de leo queimados, borras pequenas que podem no crescer nem afetar o funcionamento do
motor por agora.
leos sintticos em geral so mais viscosos que os minerais, o que faz com que ele seja
bombeado com uma presso maior e assim passar com mais velocidade em lugares com borra.
Junto aos aditivos e detergentes nele empregados, as borras podem ser dissolvidas. Em casos de
muita borra no motor, ela pode ser dissolvida em pequenos blocos e a sim, podem causar
problemas, ficando retidas no filtro. Mas em alguns poucos casos isso pode causar entupimento
de galerias, dutos e em casos extremos, do pescador (coleta leo no crter). E isso pode gerar
problemas, como o fundimento do motor em casos graves.
4.4.

Uso de leo mineral. passvel a mudana direto para o uso sinttico?

Em casos assim, como tambm em que se usar leo mais fino do que o atual, recomendado
passar gradualmente para um leo mais fino e de categoria superior. Usa um mineral 20W50?
Tente usar um 15W40 semi-sinttico, pra depois um 5W-30 sinttico ( apenas um exemplo. Siga

o manual do seu veculo). No deve-se exigir muito do motor nos primeiros 300Km, pelo menos.
preciso ficar atento quanto a temperatura ou alguma alterao no comportamento do motor.
4.5.

Quantidade de leo no motor

Se for trocar leo + filtro, so 3,5L a se colocar, certo? Errado. Numa troca onde se coloca,
por exemplo, 3,5L com mais ou menos 1 dedo acima da marcao mxima da vareta, no h
reduo no volume, o filtro puxa 250ml e o carro passa a ficar pesado, e bebendo muito.
Muito leo causa excesso de presso dentro do motor, dificultando a movimentao dele, por isso
o peso de andar. Em casos extremos chega a cuspir a vareta de leo, tamanha a presso.

REFERNCIA BIBLIOGRFICA
http://br.sae.org/
http://queoleousar.com.br/index.php?pagina=especifica&titulo=Entenda%20definitivamente
%20sobre%20a%20especifica%E7%E3o%20do%20%F3leo%20lubrificante
http://www.lubrificantes.net/esp-001.htm
http://autozine.com.br/editorial/um-guia-completo-sobre-oleos

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