História de Arquitectura Portuguesa I (Trabalho) PDF
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ndice
Introduo ........................................................................................................................ 3
1. Enquadramento Histrico ............................................................................................ 4
2. Mosteiro dos Jernimos ............................................................................................... 8
2.1. O Restelo e Belm antes do Mosteiro ................................................................... 8
2.2. As fases de construo do Mosteiro ................................................................... 10
2.3. Organizao funcional ......................................................................................... 14
2.4. O Portal principal ................................................................................................. 18
2.5. O Portal Sul .......................................................................................................... 19
3. Concepo geomtrica e formal das abbadas nervuradas ...................................... 21
Concluso........................................................................................................................ 22
Bibliografia ...................................................................................................................... 23
Introduo
O presente trabalho sobre o Mosteiro dos Jernimos, primeiramente fala-se sobre o
estilo arquitectnico em que o mesmo se enquadra, fazendo um enquadramento geral
deste estilo na Europa e o surgimento em Portugal, posteriormente desenvolve-se a
histria do mosteiro, abordando sobre os motivos que levaram a sua construo e vida
aps sua concepo, arquitectos participantes nas diferentes fases de construo,
datas marcantes para o mosteiro, e no final do trabalho falar-se- das principais
caractersticas e detalhes que o mosteiro possui representadas em imagens e ou
desenhos.
O trabalho composto por textos tendo como fontes livros e pginas virtuais (sites)
assim como algumas imagens, as imagens cujas referncias do autor no forem
citadas, so elas de minha autoria. Composto por dois principais captulos, ser feita
uma pequena introduo e concluso de cada para uma melhor interpretao do
trabalho.
1. Enquadramento Histrico
Ser abordado neste captulo o surgimento do Estilo
Manuelino na Europa e em Portugal enquanto o
reinado de D. Manuel I (1469-1521). Falar-se-
ainda dos diferentes construtores (portugueses e
estrangeiros) que chegaram a estender este estilo
de arquitectura, retratando as transformaes que
o mesmo trouxe, e o exemplo de cidades que
conservaram esta arquitectura at os dias de hoje.
O estilo Manuelino ou Gtico tardio surge e
desenvolve-se em Portugal finais do sculo XV e
inicio do XVI, principalmente enquanto o reinado de
Fig. 1 D. Manuel I no seu reinado.
(DIAMOND, 2013)
tornaram-se a melhor representao de um poder que vai perdurar anos e anos. (Dias,
2002, pp. 22-23)
A poca de D. Afonso V (1432-1481) e D. Joo II (1455-1495) no foram to produtivas
no ramo da arquitectura civil e religiosa, isto no territrio europeu, ao contrrio
destes, D. Manuel I mesmo antes do seu reinado j mostrava interesse nas empresas
de arte. Aps ter tomado o poder, Manuel I comeou uma data de obras quer de
reconstruo e acrescentamento, quer de raiz para marcar a sua majestade, e pelos
motivos ditos no pargrafo anterior. Portugal carecia de mo-de-obra especializada,
Manuel contratou construtores estrangeiros da Flandres, de Frana, de Castela e da
Alemanha que se incorporaram nas campanhas, estas dirigidas por espanhis e
portugueses. Dos participantes portugueses podemos destacar Francisco Arruda (14??1547) e Diogo Arruda (14??-1531), autores da Torre de Belm e da Casa do Ttulo
Captulo do Convento de Cristo; Destaca-se ainda Mateus Fernandes, pai e filho,
responsveis pelo Estaleiro Batalhino; Dos construtores estrangeiros, destacam-se o
francs Boytac (1460-1527), fez parte na Batalha em Jernimos e em Coimbra; de
forma particular destaca-se o espanhol Juan del Castillo (1470-1552), que concluiu as
obras de Belm e Tomar, por introduzir o modelo moderno de arquitectura adoptando
tcnicas da renascena e a p-la nas obras mais importantes de D. Joo III. (Dias, 2002,
pp. 25-27)
Com esta juno de diferentes construtores e outros preceitos j citados, pode dizer-se
que nasce este(a) estilo/arquitectura conhecido como Manuelino, que foi transportada
muito para alm da Europa. Regies como madeira e as Vilas das Ilhas dos Aores
foram construdas vrias Capelas, Igrejas, Cmaras, Hospitais, Fortalezas, Palcios e
Misericrdias maneira deste Portugal Continental. (Dias, 2002, p. 27)
Actualmente o Manuelino conserva-se em Aores na Matriz da Praia da Vitria, na
Matriz de Ponta Delgada, na Matriz de So Sebastio de Terceira e muito mais. A
Arquitectura Manuelina chegou a espalhar-se tambm por frica, em Marrocos, por
exemplo, os construtores manuelinos deixaram fortalezas que em nada diferem das do
reino portugus, tal como em Ceuta, Tnger, Azamor, Arzila, Safi, etc. Em cidades dos
portugueses na ndia foi onde o manuelino mais evoluiu, em Goa visvel o grandioso
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Este captulo importante, pois nele consta as razes que levaram o surgimento do
Manuelino, seus impulsionadores, os elementos de inspirao para a concretizao
desta arte, sua expanso, e as cidades que ainda conservam este estilo.
Fig.4 Fachada longitudinal da Igreja e Mosteiro de Santa Maria de Belm. (Haupt, 1903)
Fig.5 Mosteiro dos Jernimos, construo correspondente ao sculo XVI. (DECCN@utas, s.d.)
Jernimo Ruo (1530-1601), fixa residncia no ano de 1563 como mestre de obras do
mosteiro, onde viveu at seus ltimos dias. Das obras feitas por Ruo citam-se: a
actual capela-mor, inaugurada em 1572; o arranjo interno dos extremos do transepto,
concludos posteriormente segundo seu desenho; O jardim do claustro; a varanda com
fonte, na extremidade poente das arcadas do dormitrio; o ptio esquerda da
portaria; e as galerias do pequeno claustro jnico. Finais do sculo XVI foram feitas
ainda pequenas obras e arranjos para o enriquecimento artstico no mosteiro. Em
1755 o mosteiro sobrevive ao terramoto, posteriormente em 1756 chega a cair uma
coluna do corpo da igreja [Fig.7] que apoiava abbada das naves com outro tremor
de terra; sofre um incndio na parte dos armazns em 1684. O mosteiro passa por
vrias situaes ao longo dos anos deixando-o em estado de degradao. Em 1833
passa a ser usado por alunos da casa pia, data em que deixa de existir oficialmente o
Mosteiro dos Jernimos, mas este devido a um decreto lei que extinguiu todas as
ordens religiosas, passando o mosteiro a pertencer aos prprios da Fazenda Nacional.
(Alves, 1989, pp. 29-36)
Fig.6 Mosteiro dos Jernimos, construo correspondente ao sculo XIX. (DECCN@utas, s.d.)
Entre 1903 e 1906 so feitas obras de renovao no antigo Museu e passa a ser a nova
instalao do Museu Etnolgico portugus. O Mosteiro dos Jernimos em 1907
baptizado com o ttulo Monumento Nacional, so realizadas mais obras no mosteiro.
Em 1940 o mosteiro marcado pala Exposio do Mundo Portugus. Em 1962 so
criados anexos no corpo do edifcio destinados ao Calouste Gulbenkian. Em 1983 o
mosteiro classificado pela UNESCO como patrimnio mundial. O mosteiro vai
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Fig. 7 Imagem do Mosteiro dos Jernimos durante as obras de construo efectuadas no sculo XIX. (Ambiente2008,
2011)
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A Igreja salo apresenta uma planta longitudinal em cruz latina [Fig.9], composta por
trs naves, todas elas a mesma altura e reunidas numa nica abbada assente em seis
pilares com bases circulares [Fig.10], encontram-se na igreja os tmulos de Vasco da
Gama (1468 - 1524) [Fig.11], Luis de Cames (1524-1580) [Fig.12], obras do escultor
Costa Mota (1862-1930). A Capela-mor coberta de uma abbada de bero de caixotes
de mrmore, na lateral se encontram os tmulos de D. Manuel I, sua esposa D. Maria,
D. Joo III e D. Catarina, apoiados por elefantes de mrmore [Fig.13]. O Claustro
destinava-se ao isolamento dos monges e local de meditao/orao [Fig.14]; entre a
parede sul do claustro e o muro norte da igreja corre uma escadaria abobadada, que
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Fig. 9 Planta funcional do Mosteiro dos Jernimos, construo correspondente ao sculo XVI. (DECCN@utas, s.d.)
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representando
nascimento
de
Cristo,
o
a
sua
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so
abbadas
unificados
inglesas
maneira
seguindo
das
sua
2009)
Este captulo ajudou-nos a compreender os factores que levaram o surgimento do
Mosteiro dos Jernimos, tambm conhecido como Mosteiro de Santa Maria de Belm,
desde o tempo do surgimento da cidade de Restelo at os motivos que levaram a sua
construo, passamos a conhecer a diferentes pocas em que o museu foi construdo,
tal como os mestres participantes na sua concepo, etc.
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Concluso
O Mosteiro dos Jernimos afirma-se no panorama nacional e mundial como o
expoente mximo do estilo manuelino e da arquitectura monumental portuguesa, no
s pela sua dimenso e estrutura, mas tambm pelo o seu acabamento e
ornamentao, sendo o marco de um perodo da histria da arquitectura, das artes e
da prpria sociedade portuguesa. Contribui para a vida Lisboeta e portuguesa em
geral, no s como objecto histrico e artstico, mas tambm como uma importante
fonte de receitas financeiras, e chamariz para o sector turstico do pas. No que tange a
sua localizao, e devido a sua dimenso, o principal objecto de ordenamento do
territrio que o circunda, definindo as linhas mestras do espao ao redor, tendo
inclusive sido o objecto por onde os arquitectos que projectaram o Centro Cultural
Belm, tiveram o seu ponto de partida, e definio da materialidade.
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