Diretrizes Dengue
Diretrizes Dengue
Diretrizes Dengue
MINISTRIO DA SADE
9 78 8 5 3 3
Disque Sade
0800.61.1997
416024
ANOS
Braslia / DF 2009
MINISTRIO DA SADE
Secretaria de Vigiliancia em Sade
Departamento de Vigilncia Epidemiolgica
Braslia / DF 2009
Colaboradores
Secretaria de Vigilncia em Sade (SVS/MS): Beth Almeida, Ruth Glatt,
Joo Bosco Siqueira Jnior.
Secretaria de Ateno Sade (SAS/MS): Antonio Garcia Reis Junior,
Mauricio Viana.
Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos (SCTIE/MS):
Joaquim Lucas Junior, Marlon Goto.
Secretaria Executiva (SE/MS): Mariana Nogueira de Resende.
Secretaria de Gesto Estratgica e Participativa (SGEP/MS):
Nara Fagundes Correia, Jos Ivo Barbosa da Silva.
Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade (SGTES/MS):
Regina Lcia Nogueira
Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa/MS): Luiz Armando Erthal
Organizao Panamericana da Sade (Opas): Haroldo Srgio da Silva Bezerra
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Sade (Conasems):
Rodrigo Lacerda
Secretaria de Sade do Estado de Minas Gerais: Francisco Leopoldo Lemos
Equipe de Elaborao
Coordenao-Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue
(CGPNCD/Devep/SVS/MS): Ana Cristina da Rocha Simplcio, Ana Paula
Silva, Cristiana Ferreira Jardim de Miranda, Cristiane Vieira de Assis Pujol
Luz, Fbio Gaiger, Giovanini Evelim Coelho, Ima Aparecida Braga, Julianna
Miwa Takarabe, Juliano Hoffmann, Lvia Carla Vinhal, Lcia Alves da
Rocha, Nlio Batista de Morais, Paulo Csar da Silva, Roberta Gomes de
Carvalho, Rodrigo Lins Frutuoso, Suely Nilsa Guedes de Sousa Esashika,
Sulamita Brando Barbirato, Vaneide Daciane Pedi.
Ficha Catalogrfica
Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Departamento de Vigilncia Epidemiolgica.
Diretrizes nacionais para preveno e controle de epidemias de dengue / Ministrio da Sade, Secretaria de Vigilncia em Sade, Departamento
de Vigilncia Epidemiolgica. Braslia : Ministrio da Sade, 2009.
160 p. (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos)
ISBN 978-85-334-1602-4
Sumrio
Apresentao
Prefcio
1. Aspectos epidemiolgicos
11
2. Justificativa
12
3. Cenrios
13
4. Objetivos
13
4.1 Geral
13
4.2 Especficos
13
5. Componentes
5.1 Assistncia
17
17
17
34
40
45
45
45
45
47
47
50
53
53
54
54
59
64
69
83
86
87
89
90
93
97
103
107
Glossrio
108
Bibliografia consultada
109
Anexos
111
Apresentao
O quadro epidemiolgico atual da dengue no pas caracteriza-se pela ampla distribuio do Aedes
aegypti em todas as regies, com uma complexa dinmica de disperso do seu vrus, circulao
simultnea de trs sorotipos virais (DENV1, DENV2 e DENV3) e vulnerabilidade para a introduo
do sorotipo DENV4.
Essa situao epidemiolgica tem, ao longo dos anos, apesar dos esforos do Ministrio da Sade,
dos estados e dos municpios, provocado a ocorrncia de epidemias nos principais centros urbanos do
pas, infligindo um importante aumento na procura pelos servios de sade, com ocorrncia de bitos.
Mais recentemente, com a maior intensidade de circulao do sorotipo DENV2, tem-se observado um
agravamento dos casos, com aumento do registro em crianas.
As intervenes sobre o problema so, em alguns aspectos, reconhecidas como de difcil implantao, por seu carter de atuao global, que transcende o setor sade. Algumas outras aes, entretanto,
so de responsabilidade imediata dos gestores de sade locais e potencialmente capazes de produzir
mudanas efetivas no quadro atual, com destaque para a reduo da letalidade dos casos de dengue
com complicao e de febre hemorrgica da dengue.
Nessa direo, o SUS vem desenvolvendo uma srie de esforos solidrios, buscando propiciar aos
estados e municpios melhores condies para o adequado enfrentamento do problema. Dentre as
aes destacam-se o aumento de R$ 130 milhes no Teto Financeiro de Vigilncia em Sade, a intensificao das campanhas de informao e mobilizao da populao, a publicao e distribuio de
manuais de manejo clnico de adultos e crianas, de enfermagem, do caderno de ateno bsica, entre
outros. Foi criado, ainda, um grupo interministerial com representantes dos Ministrios da Educao e
das Cidades, dentre outros. Alm disso, foi criado o Grupo Executivo da Dengue, constitudo pelas diversas reas do Ministrio da Sade, cuja finalidade principal apoiar estados e municpios em respostas coordenadas e articuladas. Esse grupo coordenou e apoiou a elaborao de planos de contingncia
em 13 aglomerados urbanos dos 12 estados de maior risco epidemiolgico.
Os resultados desses esforos comearam a surtir efeito em 2009, com uma importante reduo no
nmero de casos de dengue, inclusive em suas formas graves, e principalmente no nmero de bitos.
Nosso atual desafio dar sustentabilidade e continuidade a esses resultados, tendo sempre como meta
uma taxa de letalidade por dengue menor que 1%, mesmo que ainda se imponha a suscetibilidade de
determinadas reas ainda no expostas circulao de determinados sorotipos virais.
Com esse propsito, o Ministrio da Sade, em estreita cooperao com o Conass e o Conasems,
apresenta as Diretrizes Nacionais para a Preveno e Controle de Epidemias de Dengue, que possibilitaro aos gestores adequar seus planos estaduais, regionais, metropolitanos ou locais, tornando-se
imperioso que o conjunto das atividades que vm sendo realizadas e outras a serem implantadas sejam
intensificadas, permitindo um melhor enfrentamento do problema e a reduo do impacto da dengue
sobre a sade da populao brasileira.
Ministro da Sade
Prefcio
Senhores (as) Gestores (as),
As Diretrizes Nacionais para Preveno e Controle da Dengue, aqui apresentadas, resultam de trabalho coletivo e cooperativo das trs esferas de governo que constituem o SUS Sistema nico de
Sade. Sabedores do grande desafio que o enfrentamento da dengue e da complexidade dos fatores
que ocasionam a expanso da doena no pas, gestores e tcnicos do Ministrio da Sade, do Conass e
Conasems analisaram e discutiram o tema em profundidade.
A Sade Pblica no Brasil, ainda que tenha fundamentos definidos, est continuamente sendo reconstruda e reelaborada. A Secretaria de Vigilncia em Sade ao compartilhar a construo destas
diretrizes com Conass e Conasems buscou olhares complementares que fizeram surgir um documento
novo e atualizado, tendo em vista as recentes experincias com a expanso da doena.
O setor sade, por si s, no tem como resolver a complexidade dos fatores que favorecem a proliferao do vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti. A rpida urbanizao do pas gerou dficits
nas estruturas de saneamento bsico, o que, por sua vez, favoreceu aumento de criadouros do vetor.
O trnsito de pessoas e veculos terrestres, areos e aquticos, cada dia mais intenso e rpido. Promover aes articuladas, tanto no mbito governamental quanto junto sociedade organizada ou no,
caminho a ser trilhado na busca de solues.
As diretrizes expostas visam orientar a reviso dos planos estaduais e municipais de controle da dengue. O documento incorpora aprendizados resultantes da vigilncia, acompanhamento e assistncia a
pacientes de dengue, das aes de controle de vetores e da comunicao social.
Uma novidade aqui o estadiamento clnico associado classificao de risco, mtodo que mostra
passo-a-passo quais condutas e procedimentos devero ser utilizados para o tratamento do paciente
com dengue. Pretende-se ao mximo evitar que o paciente seja negligenciado em qualquer momento.
O empenho do Ministrio da Sade responde necessidade de diminuir as distncias entre a teoria e
a prtica da sade. Definiram-se os papis, trabalhos e responsabilidades de todas as reas envolvidas,
desde ateno bsica at a assessoria de comunicao. O esforo foi recompensado.
Eugnio Pacceli de Freitas Coelho
Conselho Nacional de Secretrios de
Sade (Conass)
Secretrio deVigilncia em
Sade do Ministrio da Sade
1. Aspectos
epidemiolgicos
2. Justificativa
3. Cenrios
4. Objetivos
1. Aspectos epidemiolgicos
A dengue um dos principais problemas de sade pblica no mundo. A Organizao Mundial
da Sade (OMS) estima que 2,5 bilhes de pessoas 2/5 da populao mundial esto sob risco de
contrair dengue e que ocorram anualmente cerca de 50 milhes de casos. Desse total, cerca de 550 mil
necessitam de hospitalizao e pelo menos 20 mil morrem em consequncia da doena.
Nas ltimas duas dcadas, a incidncia de dengue nas Amricas tem apresentado uma tendncia
ascendente, com mais de 30 pases informando casos da doena, a despeito dos numerosos programas
de erradicao ou controle que foram implementados. Os picos epidmicos tm sido cada vez maiores,
em perodos que se repetem a cada 3-5 anos, quase de maneira regular. Entre 2001 e 2005, foram notificados 2.879.926 casos de dengue na regio, sendo 65.235 de dengue hemorrgica, com 789 bitos.
As maiores incidncias nesse perodo foram reportadas pelo Brasil, Colmbia, Venezuela, Costa Rica
e Honduras (82% do total).
No Brasil, a primeira epidemia documentada clnica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982,
em Boa Vista (RR), causada pelos sorotipos 1 e 4. Em 1986, ocorreram epidemias atingindo o Rio
de Janeiro e algumas capitais da regio Nordeste. Desde ento, a dengue vem ocorrendo no Brasil de
forma continuada, intercalando-se com a ocorrncia de epidemias, geralmente associadas com a introduo de novos sorotipos em reas anteriormente indenes e/ou alterao do sorotipo predominante.
Na epidemia de 1986, identificou-se a ocorrncia da circulao do sorotipo DENV1, inicialmente no
Estado do Rio de Janeiro, disseminando-se, a seguir, para outros seis estados at 1990. Nesse ano, foi
identificada a circulao de um novo sorotipo, o DENV2, tambm no Estado do Rio de Janeiro. Durante a dcada de 90, ocorreu um aumento significativo da incidncia, reflexo da ampla disperso do
Aedes aegypti no territrio nacional. A presena do vetor, associada mobilidade da populao, levou
disseminao dos sorotipos DENV1 e DENV2 para 20 dos 27 estados do pas. Entre os anos de 1990
e 2000, vrias epidemias foram registradas, sobretudo nos grandes centros urbanos das regies Sudeste
e Nordeste do Brasil, responsveis pela maior parte dos casos notificados. As regies Centro-Oeste e
Norte foram acometidas mais tardiamente, com epidemias registradas a partir da segunda metade da
dcada de 90.
A circulao do sorotipo DENV3 do vrus foi identificada, pela primeira vez, em dezembro de 2000,
tambm no Estado do Rio de Janeiro e, posteriormente, no Estado de Roraima, em novembro de 2001.
Em 2002, foi observada a maior incidncia da doena, quando foram confirmados cerca de 697.000
casos, refletindo a introduo do sorotipo DENV3. Essa epidemia levou a uma rpida disperso do
sorotipo DENV3 para outros estados, sendo que, em 2004, 23 dos 27 estados do pas j apresentavam a
circulao simultnea dos sorotipos DENV1, DENV2 e DENV3 do vrus da dengue.
No Brasil, os adultos jovens foram os mais atingidos pela doena desde a introduo do vrus. No
entanto, a partir de 2006, alguns estados apresentaram a recirculao do sorotipo DENV2 aps alguns
anos de predomnio do sorotipo DENV3. Esse cenrio levou a um aumento no nmero de casos, de
formas graves e de hospitalizaes em crianas, principalmente no Nordeste do pas. Em 2008, foram
notificados 585.769 casos e novas epidemias causadas pelo sorotipo DENV2 ocorreram em diversos
estados do pas, marcando o pior cenrio da doena no Brasil, em relao ao total de internaes e
bitos at o momento. Essas epidemias foram caracterizadas por um padro de migrao de gravidade
para as crianas, que representaram mais de 50% dos pacientes internados nos municpios de maior
contingente populacional. Mesmo em municpios com menor populao, mais de 25% dos pacientes
internados por dengue eram crianas, o que ressalta que todo o pas vem sofrendo, de maneira seme-
11
lhante, essas alteraes no perfil da doena. No ano de 2009, at a semana epidemiolgica 17, foram
notificados 266.285 casos de dengue, o que representa um declnio de 52%, em relao ao mesmo
perodo de 2008.
O cenrio atual de diminuio de casos demonstra a capacidade da sociedade brasileira e do setor
sade no enfrentamento das epidemias de dengue. A sustentabilidade desse quadro exige a continuidade dos esforos pelas trs esferas de governo, alm do comprometimento de outros setores
externos ao setor sade. Com a conjuno desses esforos, ser possvel responder adequadamente
s epidemias de dengue.
2. Justificativa
Os condicionantes da expanso da dengue nas Amricas e no Brasil so similares e referem-se,
em grande parte, ao modelo de crescimento econmico implementado na regio, caracterizado pelo
crescimento desordenado dos centros urbanos. O Brasil concentra mais de 80% da populao na rea
urbana, com importantes lacunas no setor de infraestrutura, tais como dificuldades para garantir o
abastecimento regular e contnuo de gua, a coleta e o destino adequado dos resduos slidos. Outros
fatores, como a acelerada expanso da indstria de materiais no biodegradveis, alm de condies
climticas favorveis, agravadas pelo aquecimento global, conduzem a um cenrio que impede, em
curto prazo, a proposio de aes visando a erradicao do vetor transmissor.
As epidemias de dengue determinam uma importante carga aos servios de sade e economia dos
pases. Apesar de poucos estudos existentes sobre o tema, um recente trabalho realizado em oito pases
do continente americano e asitico, incluindo o Brasil, demonstrou que o custo das epidemias ocorridas nesses pases foi de cerca de U$ 1,8 bilho, somente com despesas ambulatoriais e hospitalares, sem
incluir os custos com as atividades de vigilncia, controle de vetores e mobilizao da populao.
O quadro epidemiolgico do pas aponta para a vulnerabilidade de ocorrncias de epidemias, bem
como para um aumento das formas graves, possibilitando o risco de aumento de bitos e da letalidade.
Outro fator de preocupao o aumento de casos na faixa etria mais jovem, inclusive crianas, cenrio j observado em outros pases.
As Diretrizes Nacionais para a Preveno e Controle de Epidemias de Dengue auxiliar estados e
municpios na organizao de suas atividades de preveno e controle, em perodos de baixa transmisso ou em situaes epidmicas, contribuindo, dessa forma, para evitar a ocorrncia de bitos
e para reduzir o impacto das epidemias de dengue.
um documento desenvolvido com o intuito de organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar
as aes necessrias a uma resposta solidria, coordenada e articulada entre os integrantes do Sistema
nico de Sade.
12
3. Cenrios
Perodo no epidmico: as diretrizes devero ser utilizadas na elaborao e/ou adequao das estratgias estaduais e municipais, orientando a organizao e o desenvolvimento da rotina das atividades
de preveno e controle da dengue no mbito do sistema de sade.
Perodo epidmico: as diretrizes devero ser utilizadas para a confeco de estratgias estaduais,
regionais e municipais de contingenciamento, que devem ser acionadas nas seguintes situaes:
Municpio em epidemia com nmero de casos acima do esperado, de acordo com o diagrama de
controle. Nos municpios de maior porte, deve-se levar em considerao o nmero de casos por
regio administrativa local.
4. Objetivos
4.1. Geral
Evitar a ocorrncia de bitos por dengue, prevenir e controlar processos epidmicos.
4.2. Especficos
Organizar as aes de preveno e controle da dengue.
Classificar riscos nos servios de sade.
Promover assistncia adequada ao paciente, garantindo acesso, diagnstico e manejo clnico adequado por profissionais de sade habilitados.
Aprimorar a vigilncia epidemiolgica, garantindo notificao, investigao dos casos e monitoramento dos sorotipos virais, sempre de forma oportuna.
Fortalecer a articulao das diferentes reas e servios, visando a integralidade das aes para
enfrentamento da dengue.
13
5. Componentes
Assistncia
Vigilncia epidemiolgica
Controle vetorial
Comunicao e mobilizao
5. Componentes
5.1. Assistncia
A quase totalidade dos bitos por dengue evitvel e depende, na maioria das vezes, da qualidade
da assistncia prestada e da organizao da rede de servios de sade.
A realizao de triagem, utilizando-se a classificao de risco baseada na gravidade da doena,
uma ferramenta fundamental para melhorar a qualidade da assistncia. A classificao de risco tem
por objetivo reduzir o tempo de espera do paciente por atendimento mdico, visando acelerao do
diagnstico, tratamento e internao, quando for o caso, e contribuindo para a organizao do fluxo de
pacientes na unidade de sade e a priorizao do atendimento dos casos de acordo com a gravidade.
A organizao da rede de servios de sade condio para o enfrentamento de uma epidemia de
dengue. O estabelecimento de protocolos clnicos, sistema de referncia e contrarreferncia, com base
na classificao de risco, torna possvel o atendimento oportuno e de qualidade ao doente e condio
para evitar a ocorrncia de bitos. A porta de entrada preferencial para atendimento da pessoa com
suspeita de dengue a Ateno Primria. Porm, todos os servios de sade devem acolher os casos,
classificar o risco, atender, e, se necessrio, encaminhar para o servio compatvel com a complexidade/necessidade do paciente, responsabilizando-se por sua transferncia.
Face ao cenrio epidemiolgico apresentado todos os anos em nosso pas, com um crescente nmero de casos graves em adultos e especialmente em menores de 15 anos, torna-se necessrio qualificar
e organizar os servios em todos os nveis. Para tal, recomendamos utilizar as diretrizes para
classificao de risco, organizao dos servios e as estratgias para enfrentamento de uma
epidemia de dengue.
5.1.1. Classificao de risco para prioridade de atendimento
A classificao de risco tem por objetivo reduzir o tempo de espera do paciente por atendimento
mdico, visando acelerao do diagnstico, tratamento e internao, quando for o caso, contribuindo
para organizao do fluxo de pacientes na unidade de sade e priorizao do atendimento dos casos de
acordo com a gravidade. Portanto, o atendimento do paciente baseia-se na classificao de risco e no
na ordem de chegada ao servio de sade.
Para a classificao de risco do paciente com suspeita de dengue, utilizaram-se os critrios da Poltica Nacional de Humanizao e o estadiamento da doena. Com base nessas informaes, a classificao de risco poder ser realizada por enfermeiro ou mdico, que, de posse do protocolo tcnico,
ir identificar os pacientes que necessitam de tratamento imediato, considerando o potencial de risco,
o grau de sofrimento e o agravo sade. O profissional dever avaliar, orientar, encaminhar, coletar e
registrar dados da forma mais detalhada possvel no protocolo tcnico. Esse dado subsidiar o mdico
quanto ao diagnstico, estadiamento e tratamento do paciente com suspeita de dengue.
Alguns estados e municpios utilizam outros critrios para classificao de risco, que podem ser
mantidos e respeitados, desde que tenham fundamentao tcnica. Ressaltamos aqui a importncia da
implantao da classificao de risco como forma de auxiliar a organizao dos servios, agilizando o
atendimento e evitando mortes.
17
ATENO
Quando houver suspeita de dengue identificada em visita domiciliar, as pessoas j devem ser
orientadas quanto hidratao oral pelo Agente Comunitrio de Sade ou pela equipe de sade da
famlia e encaminhadas unidade de sade mais prxima.
Toda pessoa com suspeita de dengue deve receber soro de hidratao oral, de imediato, em sua
chegada na unidade de sade, mesmo enquanto espera por atendimento.
Considera-se Grupo Especial todo paciente com suspeita de dengue que se enquadre nas seguintes situaes: crianas menores de 15 anos, gestantes, adultos maiores de 60 anos e pacientes com
comorbidade. Para esse grupo, mandatria a realizao do hemograma completo com contagem
de plaquetas, mesmo sem sangramentos e sinais de alarme. Para os demais pacientes, a realizao
do exame recomendvel.
18
Suspeito de Dengue
Unidades
de Ateno
Terciria em
Sade com
leitos de
internao
Unidades
de Ateno
Secundria em
Sade com
suporte* para
observao
Unidades de
Ateno
Primria em
Sade
Unidades
de Ateno
Terciria em
Sade com
leitos de UTI
Grupo D
*Suporte para observao disponibilizao de leitos (macas ou/e poltronas), possibilitando o mnimo de conforto possvel ao paciente durante sua observao.
Grupo C
Grupo B
Grupo A
Com sangramento
Sem sangramento
Sem sinais de alarme
Paciente com febre com durao mxima de 7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sinais/sintomas:
cefaleia, dor retroorbitria, mialgia, artralgia, prostrao, exantema e que tenha estado em reas de transmisso de dengue
ou com presena de Aedes aegypti nos ltimos 15 dias.
19
20
Conduta
Sinais e sintomas clssicos
(sem sangramento e sem sinais de alarme)
no primeiro dia do desaparecimento da febre, e orientar sobre o que fazer frente ao surgimento dos mesmos.
Aps consulta e avaliao clnica, informar ao paciente que ele poder realizar o tratamento no
domiclio, porm orientado a retornar unidade de sade identificada no Carto de Acompanhamento do Paciente com Suspeita de Dengue (Anexo I), se possvel diariamente ou ao menos
no primeiro dia do desaparecimento da febre ou em caso de surgimento de sinais de alarme
e/ou sangramento.
21
60 a 80 ml/kg/dia (1/3 do volume em soro oral e, para os 2/3 restantes, complementar com gua, suco de
frutas, leite, ch, gua de coco, sopa)
Criana
Oferecer soro oral de forma precoce e abundante (1/3 das necessidades basais, complementando-se o
restante com gua, suco de frutas, leite, ch, gua de coco, sopa, leite materno).
Sintomticos
Paracetamol
Criana: 10 a 15mg/kg/dose de 6/6h.
Adulto: 500mg/dose de 6/6h ou at o mximo 750mg de 6/6h.
Dipirona
Criana: 10 a 15 mg/kg/dose de 6/6h.
Adulto: 500mg/dose de 6/6h.
22
Grupo A Azul
Sem alterao
Avaliao clnica
e laboratorial*
Tratamento em domiclio
Hidratao oral
Orientao dos sinais de alarme
Retorno Unidade de
Ateno Primria de Sade,
se possvel dirio ou ao
menos no 1 dia do desaparecimento da febre
Com alterao
Tratar como
Grupo B
Com alterao
*Grupo Especial
Considera-se Grupo Especial todo paciente com suspeita de dengue que se enquadre nas seguintes situaes:
crianas menores de 15 anos, gestantes, adultos maiores de 60 anos e pacientes com comorbidade.
Para esse grupo, mandatria a realizao do hemograma completo com contagem de plaquetas, mesmo
sem sangramentos e sinais de alarme. Para os demais pacientes, a realizao do exame recomendvel.
ATENO
Comunicar ao agente comunitrio de sade responsvel pela microrea a necessidade de acompanhamento dos casos e auxlio, com orientaes de sade, famlia e comunidade.
23
Verde Grupo B
De acordo com a classificao de risco, o paciente com manifestaes hemorrgicas espontneas ou
prova do lao positiva classificado como Grupo B Verde. Esse paciente necessita de atendimento em
unidade com suporte para observao.
OBSERVAO
Dependendo da estruturao da rede de servios, unidades de Ateno Primria ou Secundria
(pronto atendimento ou hospitais de pequeno porte) podem ser adequados como unidades com
suporte de observao.
24
Conduta
Conduta para os pacientes com manifestaes hemorrgicas espontneas
ou induzidas (prova do lao positiva)
Providenciar visita domiciliar do ACS, para acompanhamento dos pacientes e seus familiares, em
sua microrea de abrangncia.
25
Grupo B Verde
Com melhora
Avaliao clnica
e laboratorial
Sem melhora
Com melhora
Manter HV
e observao
Sem melhora
Tratar como
Grupo C
OBSERVAO
Dependendo da estruturao da rede de servios, unidades de Ateno Primria ou Secundria
(pronto atendimento ou hospitais de pequeno porte) podem ser adequados como unidades com
suporte de observao.
26
Amarelo Grupo C
De acordo com a classificao de risco, o paciente com sinais de alarme classificado como
Grupo C Amarelo. Esse paciente necessita de atendimento de urgncia e deve ser encaminhado
para um hospital de referncia com maior suporte tcnico.
Sinais de alarme
Dor abdominal intensa e contnua
Vmitos persistentes
Hipotenso postural e/ou lipotmia
Sonolncia e/ou irritabilidade
Hepatomegalia dolorosa
Hemorragias importantes (hematmese e/ou melena)
Diminuio da diurese
Diminuio repentina da temperatura corprea ou hipotermia
Desconforto respiratrio
Aumento repentino do hematcrito
Queda abrupta das plaquetas
27
Conduta
Pacientes com sinais de alarme
C
Fase de expanso com soro fisiolgico ou Ringer Lactato: 20ml/kg/h (adulto/ criana), podendo
ser repetida at 3 vezes.
Reavaliao clnica de hora em hora e hematcrito aps 2h.
Melhora clnica e laboratorial: iniciar a fase de hidratao venosa de manuteno:
Adulto 25ml/kg, de 6h em 6h (de acordo com a melhora, pode-se estabelecer frequncia de 8h
em 8h e at de 12h em 12h).
Criana necessidade de hidratao diria (NHD) + perdas (regra de Holliday-Segar).
Avaliar aps cada etapa de hidratao.
Paciente sem melhora clnica/laboratorial, tratar como Grupo D Vermelho.
ATENO
De acordo com as condies clnicas do paciente e caso a unidade de sade no apresente o padro
necessrio para atendimento, transferir o paciente com hidratao venosa vigorosa, de imediato,
para uma unidade de sade com leito de internao e capacidade de monitoramento e superviso
mdica contnua.
28
Grupo C Amarelo
Hidratao Venosa
vigorosa imediata
Com melhora
Avaliao clnica e
laboratorial
Sem melhora
Hidratao
de Manuteno
Com melhora
Expanso at 3 vezes
Sem melhora
Tratar como
Grupo D
ATENO
Aps alta hospitalar, encaminhar Unidade de Ateno Primria em Sade para acompanhamento.
29
Vermelho Grupo D
De acordo com a classificao de risco, o paciente com sinais de choque classificado como
Grupo D Vermelho. Esse paciente necessita de atendimento imediato, receber HIDRATAO
venosa vigorosa (fase de expanso) em qualquer unidade de sade e ser transferido, em ambulncia
com suporte avanado, para um hospital de referncia com leitos de UTI.
Sinais de choque
Presso arterial convergente (PA diferencial<20mmHg)
Hipotenso arterial
Extremidades frias
Cianose
Pulso rpido e fino
Enchimento capilar lento >2 segundos
30
Conduta
Pacientes com sinais de choque
ATENO
Crianas do grupo C e D podem apresentar edema subcutneo generalizado e derrames cavitrios
pela perda capilar, o que no significa, em princpio, hiper-hidratao e que pode aumentar aps
hidratao satisfatria.
31
Monitoramento laboratorial
Hematcrito a cada duas horas, durante o perodo de instabilidade hemodinmica, e a cada
quatro a seis horas, nas primeiras 12 horas aps estabilizao do quadro.
Albumina a cada 12 horas.
Plaquetas a cada 8, 12 ou 24 horas.
Exames laboratoriais e de imagem necessrios para atendimento do paciente do Grupo D
Vermelho
Hemograma.
Dosagem de albumina.
Coagulograma (TP/AP, TTPA).
Dosagem de eletrlitos.
Funo heptica.
Funo renal.
US abdominal.
Raio-X de trax.
32
Grupo D Vermelho
Com melhora
Avaliao clnica
e laboratorial
Sem melhora
Tratar como
Grupo C
Com melhora
Cuidados em UTI
ATENO
Aps alta hospitalar, encaminhar Unidade de Ateno Primria em Sade para acompanhamento.
33
34
Garantir atendimento oportuno dos pacientes com suspeita de dengue por profissionais capacitados para o Diagnstico, Manejo Clnico e Assistncia ao Paciente com Dengue.
Utilizar os critrios de classificao de risco, para que, de forma dinmica e qualificada, o paciente com o potencial de risco, tipo de agravo sade ou grau de sofrimento possa receber
atendimento imediato.
Garantir a coleta oportuna de exames especficos e inespecficos, conforme descrito nas orientaes bsicas para o atendimento do caso suspeito de dengue e no Anexo II.
Garantir a agilidade na execuo e liberao do resultado do hemograma completo, de acordo
com prazo estabelecido no protocolo de conduta do paciente com suspeita de dengue, pois esse
exame orienta o diagnstico e o manejo clnico do paciente.
No municpio que no dispe de laboratrio prprio e onde esse servio terceirizado, recomenda-se estabelecer em edital de aquisio do servio, especificaes referentes logstica para coleta
do material e prazos oportunos para entrega dos resultados.
Prover a unidade de sade de equipamentos bsicos, em condies de uso e aferidos periodicamente (bebedouros, esfigmomanmetros adulto e infantil, estetoscpio, termmetro, balana,
suporte para hidratao venosa, leitos ou poltronas para hidratao).
Prover a unidade de sade de jelco adulto e infantil, agulhas de vrios calibres, seringas, algodo,
lcool, fita hipoalrgica, luvas, mscaras, toucas e outros materiais adequados ao elenco de aes
propostas para funcionamento da unidade, de forma a garantir a qualidade do atendimento e resolutividade da Ateno Primria.
Prover as unidades de sade de medicamentos bsicos para atendimento do paciente com suspeita
de dengue, tais como: sais para reidratao oral, dipirona, paracetamol, soro fisiolgico a 0,9%,
Ringer Lactato e soro glicosado a 5%.
Adquirir medicamentos e materiais de consumo de acordo com a demanda e garantir reserva
estratgica para atendimento de situaes inusitadas.
Implantar e/ou implementar Protocolo de Diagnstico, Manejo Clnico e Assistncia ao Paciente com
DC e FHD/SCD, de acordo com orientao do Ministrio da Sade (publicao disponvel no endereo eletrnico http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manejo_clinico_dengue_3ed.pdf).
Estabelecer o fluxo de encaminhamento do paciente na rede municipal e estadual de sade, garantindo, junto rede leitos de observao, internao, semi-intensivos e de terapia intensiva.
Disponibilizar roteiro para classificao de risco do paciente com suspeita de dengue.
Disponibilizar Carto de Acompanhamento do Paciente com Suspeita de Dengue e prestar orientaes sobre a doena, seu tratamento e sinais de alarme, para o paciente e seus familiares.
Promover capacitao dos profissionais de sade para classificao de risco, diagnstico, manejo
clnico e assistncia ao paciente com dengue, assim como para os agentes comunitrios de sade,
para a realizao de aes de preveno e controle junto comunidade.
35
Ateno Secundria
As unidades de Ateno Secundria em Sade (unidades de pronto atendimento, unidades de urgncia e emergncia, pronto-socorro, ambulatrios especializados ou hospitais de pequeno porte) devem estar preparadas (ou seja, organizadas) para atendimento dos pacientes classificados no Grupo B
e no Grupo Especial do estadiamento clnico da dengue.
Esses grupos de pacientes, preferencialmente referenciados pelas APS, so aqueles que apresentam
algum tipo de manifestao hemorrgica, seja ela espontnea ou induzida (prova do lao positiva),
ou paciente classificado no Grupo Especial (crianas, gestantes, idosos, pacientes com comorbidade),
necessitando de hidratao oral ou venosa, em unidade com leito de observao, supervisionada pela
equipe de enfermagem e com avaliao mdica contnua. Esses pacientes devem permanecer na unidade por um perodo mnimo de 12 horas e, somente aps avaliao clnica e laboratorial, podero ser
liberados ou, em caso de agravamento, referenciados para unidade hospitalar com leito de internao.
Condies bsicas que devem ser asseguradas para o atendimento do
paciente com suspeita de dengue na Ateno Secundria em Sade
36
Dispor de laboratrio para realizao de exames inespecficos e garantir a coleta e envio do material biolgico para realizao dos exames especficos (sorologia e isolamento viral), observando
os critrios tcnicos necessrios, conforme orientaes descritas nas orientaes bsicas para o
atendimento do paciente suspeito de dengue e no Anexo II.
Garantir a agilidade na execuo e liberao do resultado do hemograma completo e da dosagem
de albumina, em tempo hbil para avaliao e manejo clnico adequado.
Na impossibilidade de realizar o hemograma na unidade de sade, as amostras coletadas nessas
unidades devem ser enviadas para unidade que disponha desse servio, com prioridade de realizao do exame ou estratgia que garanta sua realizao e retorno dos resultados para a unidade
de origem no mesmo dia.
Garantir a realizao de exames de ultrassom e Raios-X na unidade hospitalar, para pesquisa de
derrames cavitrios, atentando para as limitaes de alguns pacientes do Grupo Especial.
Prover a unidade de sade de equipamentos bsicos, em condies de uso e aferidos periodicamente
(esfigmomanmetros adulto e infantil, estetoscpio, termmetro, balana, entre outros), de acordo
com a complexidade de servios estabelecidos na Unidade de Ateno Secundria em Sade.
A Unidade de Ateno Secundria em Sade deve estar provida de jelco adulto e infantil, agulhas
de vrios calibres, seringas, algodo, lcool, fita hipoalrgica, luvas, mscaras, toucas, suporte para
hidratao, maca e outros materiais adequados ao elenco e complexidade das aes propostas para
funcionamento da unidade, de forma a garantir a qualidade do atendimento e resolutividade na
Ateno Secundria em Sade.
A Unidade de Ateno Secundria em Sade deve estar provida, no mnimo, dos medicamentos
bsicos para atendimento do paciente com suspeita de dengue, tais como sais para reidratao oral,
dipirona, paracetamol, soro fisiolgico a 0,9%, Ringer Lactato e soro glicosado a 5% (de acordo com
o guia Dengue Diagnstico e Manejo Clnico Adulto e Criana, do Ministrio da Sade).
Adquirir medicamentos e materiais de consumo de acordo com a demanda e garantir reserva
estratgica para atendimento de situaes inusitadas.
Implantar e/ou implementar Protocolo de Diagnstico, Manejo Clnico e de Assistncia ao Paciente
com DC e FHD/SCD, de acordo com orientao do Ministrio da Sade.
Atender s demandas do fluxo de encaminhamento do paciente na rede de sade e garantir, junto
rede hospitalar, leitos de internao, semi-intensivos e de terapia intensiva, garantindo que aps
alta retorne Unidade de Ateno Primria em Sade de sua referncia, para acompanhamento.
Disponibilizar aos profissionais de sade roteiro para classificao de risco.
Disponibilizar Carto de Acompanhamento do Paciente com Suspeita de Dengue e prestar orientaes sobre o tratamento e sinais de alarme para o paciente e seus familiares.
Implantar ou implementar na unidade de sade, servio de notificaes de casos suspeitos de
dengue e estabelecer fluxo de informao diria para a vigilncia epidemiolgica, lembrando que
as formas graves so de notificao imediata.
Promover capacitao dos profissionais de sade para o diagnstico, manejo clnico e assistncia
ao paciente com dengue.
Garantir a resolutividade do atendimento do paciente do Grupo B e do Grupo Especial, de modo
a reduzir a demanda para as unidades hospitalares com leito de internao, referenciando para
essas unidades apenas os pacientes que necessitem deste tipo de atendimento (Grupos C e D).
37
Ateno Terciria
Pacientes dos Grupos C e D ou que apresentem fatores de risco para FHD/SCD (histria de dengue
anterior, virulncia da cepa, doenas crnicas, caractersticas individuais desconhecidas ou pertencentes ao Grupo Especial), com presena de sinais de alarme clnicos e laboratoriais, necessitam de
atendimento imediato em unidade terciria/hospitalar.
Condies bsicas que devem ser asseguradas ao paciente com dengue
na Ateno Terciria em Sade
38
Disponibilizar Carto de Acompanhamento do Paciente com Suspeita de Dengue e prestar orientaes sobre o tratamento e sinais de alarme ao paciente e a seus familiares.
Implantar ou implementar, na unidade de sade, o servio de notificaes de casos suspeitos de
dengue e estabelecer fluxo de informao diria para a vigilncia epidemiolgica, lembrando que
as formas graves so de notificao imediata.
Promover capacitao para o diagnstico, manejo clnico e assistncia ao paciente com dengue
para as equipes de profissionais do estabelecimento de sade.
Garantir a resolutividade do atendimento dos pacientes dos Grupos C e D, de modo a promover
o pronto restabelecimento dos mesmos, contribuindo para a reduo da taxa de letalidade por
dengue no Brasil.
39
Perodo Epidmico
40
Ateno Primria
Unidade de Sade
da Famlia
Unidade Bsica
de Sade
Centros de Sade
Postos de Sade
Competncia
Ateno Secundria
Unidade de Sade
com suporte para
observao ou
pronto atendimento
(UPA) ou hospital
de pequeno porte
Ateno Terciria
Hospital de
referncia com
leitos de internao
Ateno Terciria
Hospital de referncia com leitos de
unidade de terapia
intensiva
41
Suspeito de Dengue
Paciente com febre com durao mxima de 7 dias, acompanhada
de pelo menos dois dos seguintes sinais/sintomas:
cefalia, dor retroorbitria, mialgia, artralgia, prostrao, exantema e que tenha estado em reas
de transmisso de dengue ou com presena de Aedes aegypti nos ltimos 15 dias.
Sala de triagem
Sem sangramento
Sem sinais de alarme
Grupo A Especial
Grupo A
Hidratao oral;
analgsico / antitrmico
Grupo B
Realizao obrigatria
do hemograma
Com sangramento
Grupo C
Grupo D
42
Obs: As atribuies por nvel de ateno esto colocadas em separado no Anexo XXII.
Encaminhar pacientes
do grupo B se no tiver
suporte de observao
Classificao de risco
Tratamento dos Grupos C e D: hidratao venosa
imediata
Realizao de hemograma com contagem de plaquetas
Realizao de outros exames que se fizerem
necessrios
Providenciar leitos de UTI, se necessrio
Encaminhamento de pacientes dos Grupos A e
B aps atendimento
Verificao e preenchimento do carto de
acompanhamento
Notificao
Encaminhamento Ateno Primria aps alta hospitalar
Classificao de risco
Tratamento do Grupo B: hidratao oral ou venosa,
se necessrio
Encaminhamento de pacientes dos Grupos C
e D aps atendimento
Verificao e preenchimento do carto de
acompanhamento
Notificao
Orientao aos familiares
Solicitao ou agendamento dos exames especficos
Realizao de hemograma com contagem de
plaquetas
Encaminhamento Ateno Primria ou Terciria aps
atendimento
Classificao de risco
Tratamento do Grupo A: hidratao oral, antitrmico
e analgsico
Encaminhamento
Acompanhamento
Notificao
Investigao
Preenchimento do carto de acompanhamento
Orientao aos familiares quanto aos sinais de
alarme
Ateno Terciria
Ateno Secundria
Ateno Primria
43
45
Unidades de
Sade
Notificao
imediata dos
casos suspeitos
Vigilncia
Municipal
Vigilncia
Estadual
Controle
de Vetores
Assistncia
Ministrio
da Sade
ATENO
O fluxo e a periodicidade de envio de dados das notificaes e das investigaes seguem as normas
operacionais do Sinan, conforme constam no manual de normas e rotinas e no documento Periodicidade de envio de dados do Sinan NET, disponveis no stio www.saude.gov.br/sinanweb.
46
47
48
49
Perodo Epidmico
50
Encerrar TODOS os casos de FHD por critrio laboratorial (exame especfico), preenchendo tambm os critrios clnico-laboratoriais estabelecidos na definio de caso de FHD.
Encerrar o caso oportunamente (at 60 dias aps a data de notificao).
Inserir o acompanhamento da situao epidemiolgica de dengue nas atribuies do Cievs, onde
o centro estiver implantado. Nos demais municpios, as reas envolvidas devem se reunir semanalmente, para avaliar em conjunto os dados que esto sob sua responsabilidade e elaborar estratgias
de ao e medidas de controle em tempo oportuno. No Anexo X, encontram-se sugestes de indicadores para monitoramento da dengue em locais que apresentam vulnerabilidade para a doena.
Perodo Epidmico
Realizar sorologia:
a) suspeita de dengue clssica recomenda-se coleta de forma amostral (um a cada 10 pacientes).
b) casos graves (DCC/FHD/SCD) coleta obrigatria em 100% dos casos.
Manter a rotina de monitoramento viral estabelecida pela vigilncia epidemiolgica estadual/Lacen, no h necessidade de aumentar o nmero de amostras coletadas em perodos epidmicos.
Atuar de forma integrada com outras reas da SMS, antecipando informaes para a adoo de
medidas oportunas (preparao da rede pelas equipes de assistncia, elaborao de materiais de
comunicao e mobilizao pelas assessorias de comunicao social, controle de vetores etc).
Avaliar a consistncia dos casos de FHD/SCD e DCC registrados no Sinan quanto aos critrios de
classificao final e encerramento.
Confeccionar informe epidemiolgico municipal semanalmente.
Vigilncia epidemiolgica estadual
Verificar se os dados do municpio esto sendo enviados oportunamente.
Acompanhar a curva dos casos, a tendncia e o perfil da doena, em todos os municpios do
estado, consolidando os dados do seu estado e produzindo boletins peridicos, que devem ser
disponibilizados s SMS.
Apoiar os municpios, quando necessrio, na investigao de casos graves e bitos.
Avaliar a consistncia dos casos de FHD/SCD e DCC registrados no Sinan quanto aos critrios de
classificao final e encerramento.
Reorganizar o fluxo de informao, para garantir o acompanhamento da curva epidmica; analisar
a distribuio espacial dos casos para orientar as medidas de controle; acompanhar os indicadores
epidemiolgicos (incidncia, ndices de mortalidade e letalidade) para conhecer a magnitude da
epidemia e a qualidade da assistncia mdica.
Inserir o acompanhamento da situao epidemiolgica de dengue nas atribuies do Cievs, onde
o centro estiver implantado. Nos demais estados, as reas envolvidas devem se reunir semanalmente, para avaliar em conjunto os dados que esto sob sua responsabilidade e elaborar estratgias de ao e medidas de controle em tempo oportuno (Anexo X).
Confeccionar informe epidemiolgico estadual semanalmente.
51
Perodo Epidmico
ATENO
Durante uma epidemia, a digitao de todas as fichas de notificao do Sinan dever ser mantida.
Na digitao das fichas de investigao devero ser priorizados os casos graves e bitos em relao
aos casos de dengue clssica.
Ministrio da Sade
Verificar se os dados do Sinan esto chegando oportunamente.
Elaborar e divulgar as diretrizes tcnicas de orientao aos municpios sobre notificao e investigao de casos, investigao de bitos, coleta de amostras para sorologia e isolamento viral.
Acompanhar o funcionamento das Unidades Sentinela para isolamento viral que utilizam kit NS1
como triagem.
Fornecer, de forma sustentvel, os insumos para a rede laboratorial (sorologia e isolamento viral).
Consolidar os dados de isolamento viral por estado.
Prestar assessoria tcnica s Secretarias Municipais e Estaduais de Sade.
Consolidar os dados nacionais e produzir boletins semanais ou notas tcnicas especficas para as reas
em epidemia no pas e disponibilizar estes contedos na pgina eletrnica do Ministrio da Sade.
Avaliar a consistncia dos casos de FHD/SCD e DCC registrados no Sinan quanto aos critrios de
classificao final e encerramento.
Apoiar a estruturao do Cievs nas UF e municpios das capitais, para monitoramento da situao
epidemiolgica da dengue no pas.
Desenvolver e Disponibilizar o aplicativo Sinan-web para digitao das informaes on-line.
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53
54
350
300
250
200
150
100
50
0
2004
2005
2006
2007
2008
Fonte: ANIP
55
Fonte:: ANIP
Fonte: ANIP
56
Fonte: CGPNCD/SVS/MS
Controle biolgico
O rpido aumento da resistncia do mosquito a vrios inseticidas qumicos e os danos causados por
estes ao meio ambiente tem resultado na busca de novas alternativas de controle, tais como o uso de
agentes biolgicos.
Dentre as alternativas disponveis, o Ministrio da Sade vem adotando o uso do Bacillus thuringiensis
israelensis (Bti). A deciso para utilizao desse larvicida biolgico foi baseada na existncia de estudos,
ensaios de laboratrio e aplicao no campo, que revelou sua eficcia no controle do Aedes aegypti.
O Bti tem elevada propriedade larvicida e seu mecanismo de atuao baseia-se na produo de endotoxinas proteicas que, quando ingeridas pelas larvas, provoca sua morte.
O Ministrio da Sade possui uma rede de monitoramento que avalia o estgio de resistncia do
Aedes aegypti ao uso de inseticidas. Ao ser detectada a resistncia ao uso de organofosforados no municpio, desencadeia-se o processo de substituio pelo Bti.
Controle legal
Consiste na aplicao de normas de conduta regulamentadas por instrumentos legais de apoio s
aes de controle da dengue. As medidas de carter legal podem ser institudas no mbito dos municpios, pelos cdigos de postura, visando principalmente a responsabilizar o proprietrio pela manuteno e limpeza de terrenos baldios, assegurar a visita domiciliar do ACE aos imveis fechados,
abandonados e onde exista recusa inspeo, alm de regulamentar algumas atividades comerciais
consideradas crticas, do ponto de vista sanitrio. O Ministrio da Sade elaborou a publicao Programa Nacional de Controle da Dengue: Amparo Legal Execuo das Aes de Campo Imveis
Fechados, Abandonados ou com Acesso no Permitido pelo Morador, para orientar o trabalho dos
agentes de sade em situaes especficas, quando o imvel encontra-se fechado ou quando a visita
MS Secretaria de Vigilncia em Sade
57
recusada pelo morador. Essa publicao encontra-se disponvel no endereo eletrnico http://portal.
saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/dengue_amparo_legal_web.pdf
Outra legislao do Ministrio da Sade a Portaria MS/GM n 2.142, de 09 de outubro de 2008, que
trata de normas especficas para direcionar atividades da vigilncia sanitria (Visa) em aes de preveno e controle da dengue, em particular na gesto de atividades como ferros-velhos e similares.
Controle qumico
O controle qumico consiste no uso de substncias qumicas inseticidas para o controle do vetor
nas fases larvria e adulta.
A utilizao de inseticidas em sade pblica tem por base normas tcnicas e operacionais oriundas de
um grupo de especialistas em praguicidas da Organizao Mundial de Sade (OMS), que preconiza os
princpios ativos desses produtos e recomenda as doses para os vrios tipos de tratamento disponveis.
fundamental o uso racional e seguro dos inseticidas nas atividades de controle vetorial, tendo em
vista que o seu uso indiscriminado determina impactos ambientais, alm da possibilidade de desenvolvimento da resistncia dos vetores aos produtos (Figura 13 e 14).
Os inseticidas indicados para uso em gua de consumo humano passam por avaliao adicional
do Programa Internacional de Segurana Qumica (IPCS), rgo vinculado OMS, Organizao
das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao (FAO) e Organizao Internacional do Trabalho
(OIT), disponvel nos seguintes endereos eletrnicos:
http://www.who.int/water_sanitation_health/dwq/chemicals/en/index.html
http://www.who.int/water_sanitation_health/dwq/chemicals/temephos/en/index.html
A aquisio de inseticidas para uso em sade pblica de responsabilidade do Ministrio da Sade e est sustentada em uma poltica de gesto de insumos estratgicos, conforme determinao da
Portaria MS/GM n 1.172, de 15 de junho de 2004, sendo vedada aos municpios a sua aquisio.
Figura 13. Aplicao de larvicida qumico
Fonte: CGPNCD/SVS/MS
58
Fonte: CGPNCD/SVS/MS
59
Figura 15. Sugesto de desenho esquemtico da estrutura hierrquica da rea de controle de vetores
em um municpio hipottico
Secretrio Municipal
Coordenador de
Ateno Primria em Sade
Supervisor geral
Responsvel tcnico
pela ESF ou supervisor
dos ACS
Agentes Comunitrios
de Sade (ACS)
60
61
62
63
realizar visitas domiciliares aos pacientes com dengue (ver quadro no componente Assistncia); e
registrar, sistematicamente, as aes realizadas nos formulrios apropriados, com o objetivo de
alimentar os sistemas de informaes.
Territorializao
fundamental que o sistema de informaes vetoriais, a vigilncia epidemiolgica e as ESF utilizem
a mesma base geogrfica, para permitir que as aes de controle da dengue sejam executadas de forma
articulada e as anlises geradas tenham a mesma referncia.
Caso a vigilncia epidemiolgica e a Ateno Primria em Sade no trabalhem ainda com a mesma
base territorial, deve-se estabelecer mecanismos de compatibilizao, para que as anlises geradas no
sofram prejuzo.
Fonte: CGPNCD/SVS/MS
64
Fonte: CGPNCD/SVS/MS
65
Fonte: CGPNCD/SVS/MS
66
Equipamento
Modelo
1. Mscara semi-facial
Indicada durante a preparao da calda e durante as aplicaes de
inseticidas residuais. Deve tambm ser utilizada durante o manuseio de caixas de temephs e a colocao do produto em frasco.
No necessrio o uso do equipamento durante a aplicao do
larvicida.
3. Luva nitrlica
Esse tipo de luva deve ser utilizado durante qualquer atividade
que envolva o manuseio de inseticidas (preparao de caldas,
abastecimento de equipamentos e aplicao residual/espacial).
No necessrio o uso de luvas durante a aplicao de larvicidas.
5. Protetor auricular
O protetor auricular indicado para uso durante o manuseio de
equipamentos motorizados, no momento de regulagens ou na
aplicao de produtos.
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6. culos de Segurana
Esse equipamento deve ser utilizado durante o manuseio de
inseticidas, durante a preparao de caldas, abastecimento de
equipamentos e aplicao de inseticidas (residual/espacial).
7. Avental impermevel
O avental impermevel deve ser utilizado apenas durante a preparao de caldas e o abastecimento de equipamentos.
8. Calas de brim
Devem ser utilizadas em qualquer atividade que envolva aes
de controle vetorial. Devem ser fornecidas em quantidade
suficiente para permitir que o trabalhador use sempre uma pea
limpa diariamente.
9. Camisas de brim
Devem ser utilizadas em qualquer atividade que envolva aes
de controle vetorial. Devem ser fornecidas em quantidade
suficiente para permitir que o trabalhador use sempre uma pea
limpa diariamente.
68
Rendimentos Mdio
Levantamento de ndice
20 a 25 imveis/agente/dia
Tratamento focal
20 a 25 imveis/agente/dia
Delimitao de foco
15 imveis/agente/dia
15 pontos estratgicos/agente/dia
Pesquisa em armadilhas
30 armadilhas/agente/dia
25 quarteires/dupla de agentes/dia
***
70 imveis/agente/dia
* Extradomiciliar: atividade realizada em via pblica, sem adentrar nos imveis. Geralmente utilizada para complementar s atividades de UBV utilizando
equipamento acoplado a veculo, nas localidades de difcil acesso.
** Intradomiciliar: atividade realizada com nebulizador costal, onde o jato de asperso direcionado para o interior do imvel.
*** Peridomiciliar: atividade realizada com nebulizador costal no quintal ou lado externo do imvel.
69
Parmetros utilizados
1 por municpio
Laboratorista**
Caminhonete pick-up
Microscpio
Nebulizador pesado
Nebulizador porttil
Pulverizador costal
**
*Rendimento de 20 a 25 imveis/agenda/dia.
**Municpios de 10.000 a 50.000 habitantes podem optar por possuir microscpios e laboratoristas ou executar as atividades laboratoriais com apoio do estado.
***Nmero estimado de PE igual a 0,4% do nmero de imveis existentes no municpio.
Reconhecimento geogrfico
O reconhecimento geogrfico (RG) o primeiro passo para o planejamento das atividades de controle vetorial e consiste na identificao e numerao de quarteires, bem como na localizao e especificao do tipo de imvel dentro de cada quarteiro. Sua atualizao deve ser realizada aps o
encerramento das atividades de cada ciclo.
Atualmente, os sistemas de geoprocessamento (GPS) permitem uma localizao precisa de imveis
e quarteires, podendo representar importante ferramenta de apoio ao trabalho de controle vetorial.
Visita domiciliar
Na vigilncia entomolgica e controle de vetores, a visita domiciliar, realizada pelo agente e pelo
supervisor, uma atividade fundamental para verificar a presena de criadouros, orientar os residentes
sobre a eliminao dos mesmos e sobre medidas preventivas, identificao de foco e tratamento (biolgico, qumico, mecnico etc.). utilizada tambm para realizar levantamento de ndices de infestao.
O Anexo XI apresenta os principais materiais utilizados na visita domiciliar.
Registro da visita
Os dados sobre a visita domiciliar devem ser anotados em formulrio prprio, no qual ficam registrados a data, o endereo completo e os procedimentos adotados durante a inspeo do imvel.
A ficha de visita domiciliar utilizada para comprovao da atividade do agente no imvel, devendo
ser afixada no interior do imvel, preferencialmente atrs da porta de um banheiro ou da cozinha, no
caso de residncia, por ocasio da primeira visita, devendo ser trocada quando totalmente preenchida
ou afixando-se uma nova quando esta no for localizada. O Anexo XII apresenta o material para identificao do agente e registro da visita.
70
71
rados da localidade (quarteires, por exemplo). Uma vez identificados esses conglomerados,
aplicam-se procedimentos de amostragem para identificar as casas especficas a serem visitadas
dentro de cada quarteiro. Esse o caso da metodologia do Levantamento de ndice Rpido
para Aedes aegypti (LIRAa).
Levantamento de ndice Amostral (LIA)
A metodologia de levantamento de ndice amostral realizada por intermdio de pesquisa larvria,
sendo que a unidade bsica de amostragem o imvel. O LIA deve ser realizado em uma amostra de
imveis do municpio de modo a apresentar significncia estatstica, conforme o quadro 4.
Quadro 4. Amostra de imveis para levantamento de ndice amostral
Nmero de imveis da localidade
At 400
401 a 1.500
1501 a 5.000
Mais de 5.000
73
A inspeo de cada quarteiro sorteado deve ser iniciada pelo primeiro imvel, com deslocamento
no sentido horrio, contando-se quatro imveis aps o primeiro para, a seguir, inspecionar o sexto
imvel (segundo da amostra) e assim sucessivamente, inspecionando-se um imvel a cada cinco, o que
corresponde a 20% dos imveis existentes no quarteiro sorteado.
Tal estratificao possibilita uma melhor representatividade do ndice de Breteau (IB), pois esse
indicador relaciona-se a uma rea geogrfica menor quando comparado ao mtodo tradicional, que
utiliza o municpio como base geogrfica. Essa estratgia permite priorizar e selecionar aes de controle para reas de maior risco dentro do municpio.
Em municpios pequenos, com nmero de edificaes inferior a 8.100 imveis, utiliza-se uma amostra por conglomerado em estgio nico, mediante sorteio de quarteires, cujo tamanho obtido pela
diviso do nmero dos imveis da amostra pela mdia do nmero de imveis dos quarteires, sendo
pesquisados 100% dos mesmos.
A verificao da preciso do plano de amostragem foi baseada no estudo dos intervalos de confiana
estimados para o IB, considerando-se sua amplitude e eficcia. A medida utilizada no estudo da amplitude dos intervalos de confiana foi o coeficiente de variao do IB, para o qual se adotou 30% como
limite tolervel para que as estimativas fossem consideradas confiveis. Para esses valores, foram aceitos erros relativos de amostragem, desde que indicassem com segurana que o limiar de risco (IB=5)
no fosse atingido.
A operacionalizao do LIRAa exige um minucioso levantamento de informaes. Dentre os procedimentos necessrios, destaca-se a elaborao prvia do reconhecimento geogrfico da rea a ser trabalhada (qualquer aglomerado de imveis), que propiciar registros atualizados do nmero de quarteires e imveis existentes, com possibilidade de elaborao de mapas e, consequentemente, melhor
visualizao dos estratos.
Outra informao fundamental diz respeito aos tipos e definio de recipientes com potencial de se
tornarem criadouros do Aedes aegypti, que foram classificados em cinco grupos:
Grupo A depsitos para armazenamento de gua;
Grupo B depsitos mveis;
Grupo C depsitos fixos;
Grupo D depsitos passveis de remoo;
Grupo E depsitos naturais.
Essa classificao permite, de certa forma, conhecer a importncia entomolgica e as consequentes
repercusses epidemiolgicas desses recipientes, sem, no entanto, fornecer informaes sobre a sua
produtividade e a estratgia de direcionamento das aes de controle vetorial.
A inspeo dos imveis da rea urbana do municpio realizada nas casas e nos terrenos baldios.
Nos prdios verticais, dever ser inspecionado somente o trreo de toda rea comum do edifcio. Os
pontos estratgicos (cemitrios, borracharias, depsitos de sucata, depsitos de materiais de construo etc.) no so includos na amostra.
Os limiares de risco de transmisso de dengue propostos pelo Programa Nacional de Controle da
Dengue para os indicadores obtidos mediante o LIRAa so os seguintes:
74
Classificao
<1
Satisfatrio
1 3,9
Alerta
> 3,9
Risco
Fonte: CGPNCD/SVS/MS
A SVS/MS editou material instrucional especfico sobre esse assunto: Diagnstico rpido nos municpios para vigilncia entomolgica do Aedes aegypti no Brasil LIRAa Metodologia para avaliao dos ndices de Breteau e Predial, que se encontra disponvel no endereo eletrnico:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_dengue_liraa2.pdf
OBSERVAO
Os municpios que utilizam o larvicida diflubenzuron devem iniciar as pesquisas larvrias (LIA ou
LIRAa) no mnimo uma semana aps a aplicao do produto, pois os reguladores de crescimento
agem durante um perodo de 2 a 10 dias.
75
Subgrupo
Aes Intersetoriais
Ao Imediata
D2
D1
A2
Grupo A
Armazenamento de gua
Grupo B
Pequenos depsitos mveis
Grupo C
Depsitos fixos
Grupo D
Depsitos passveis
de remoo
Grupo E
Depsitos naturais
76
ndice de Densidade de Ovo (IDO) indica o nmero mdio de ovos por armadilha positiva
IDO=
nmero de ovos
nmero de armadilhas positivas
77
Armadilha larvitrampa
A larvitrampa um depsito geralmente feito de seces transversais de pneus. Sua finalidade bsica
a deteco precoce da introduo do vetor em locais como portos fluviais ou martimos, aeroportos,
terminais rodovirios, ferrovirios, de passageiros e de carga. No devem ser instaladas onde existem
outras opes de desova para a fmea, como o caso dos pontos estratgicos. A inspeo das larvitrampas deve ser realizada semanalmente e a deteco de larvas deve desencadear aes especficas e
imediatas para a eliminao do vetor nestes locais.
Armadilhas para captura de adultos
O desenvolvimento de armadilhas, utilizando-se atraentes sintticos ou no, tem-se constitudo em
uma nova alternativa para a captura de mosquitos com hbitos diurnos.
A utilidade dos ndices relativos a adultos ainda limitada, pois ainda se desconhece a relao entre
o nmero de adultos coletados e o nmero de adultos existentes no meio ambiente. Esta limitao significa, na prtica, que a quantidade de adultos coletados refere-se somente a uma estimativa do total de
adultos existentes, impossibilitando, desta maneira, a utilizao de um ndice que reflita fielmente uma
situao de risco para a ocorrncia da transmisso de dengue.
Diversas armadilhas para captura de adultos tm sido testadas e seus resultados preliminares demonstram a possibilidade de utilizao futura como ferramenta complementar, para aprimorar as atividades
de vigilncia entomolgica nos municpios. No entanto, deve-se destacar que no existem evidncias
de que estas armadilhas atuem como supressoras de mosquitos do meio ambiente; portanto, sua
presena no tem impacto na reduo de mosquitos e, por consequncia, na transmisso de dengue.
Tendo em vista que o uso desse tipo de armadilha ainda exige estudos para avaliar seu verdadeiro
potencial, no existe recomendao tcnica para sua utilizao pelos municpios na rotina das atividades de vigilncia e controle do Aedes aegypti.
Controle de focos
Conforme j referido, o controle ao Aedes aegypti pode ser feito tambm pela aplicao de produtos
qumicos ou biolgicos com ao sobre as fases imaturas (larvas).
A fase de ovo de difcil controle, no existindo indicao nem disponibilidade de produtos com
ao ovicida para utilizao em sade pblica.
Atividades de controle focal das formas imaturas (larvria)
Consiste na aplicao de um produto larvicida para a eliminao das larvas de mosquitos. Atualmente, so recomendados pela Organizao Mundial de Sade e indicados pelo Ministrio da Sade
os seguintes produtos:
Temephs: organofosforado de baixa toxicidade, formulao granulada, sendo o larvicida de primeira escolha;
Bacillus thuringiensis israelensis (Bti): formulaes G e WDG e lquidas; e
Reguladores de crescimento:
inibidores da sntese de quitina dos insetos (Diflubenzuron e Novaluron), com formulaes
78
Nos Anexos XV, XVI e XVII, so apresentadas as dosagens de campo dos larvicidas atualmente em uso.
Nas reas infestadas pelo Aedes aegypti, devem ser tratados todos os depsitos com gua que ofeream
condies favorveis oviposio do vetor, caso no sejam passveis de controle mecnico (destruio,
vedao ou destinao adequada). No devem ser aplicados inseticidas em latas, plsticos e outros depsitos descartveis que possam ser eliminados; em garrafas, que devem ser viradas e colocadas ao abrigo da
chuva; em utenslios de cozinha que sirvam para acondicionar e cozer alimentos; em aqurios ou tanques
que contenham peixes; em pratos de vasos de plantas; em vasos sanitrios, caixas dgua de descarga e
ralos de banheiro, exceto quando a casa estiver desabitada; e em bebedouros de animais.
Cabe ressaltar que fundamental a aplicao dos larvicidas nos depsitos obedecendo-se a dosagem de princpio ativo, conforme recomendado no Anexo XVIII. A forma de aplicar adequadamente os larvicidas implica o conhecimento da capacidade total do depsito e, no caso do diflubenzuron, do volume de gua existente no momento da aplicao. imperativo que os ACE realizem a
cubagem dos depsitos que recebero o larvicida em cada visita domiciliar, conforme orientaes
contidas no Anexo XIX.
Controle do mosquito adulto (aplicao espacial a ultra baixo volume UBV e aplicao residual)
Aplicao espacial a Ultra Baixo Volume (UBV)
A aplicao espacial a UBV tem como funo especfica a eliminao das fmeas de Aedes aegypti
e deve ser utilizada somente para bloqueio de transmisso e para controle de surtos ou epidemias.
Essa ao integra o conjunto de atividades emergenciais adotadas nessas situaes e seu uso deve ser
concomitante com todas as demais aes de controle, principalmente a diminuio de fontes de mosquito. necessria uma avaliao das atividades de rotina para correo de falhas, devendo as aes de
controle focal serem priorizadas.
O princpio do mtodo de controle vetorial a UBV consiste na fragmentao de uma pequena quantidade de inseticida pelo equipamento, formando pequenas partculas denominadas aerossis. Esta
nebulizao, ao ser colocada no ambiente, eliminar por ao de contato todos os mosquitos que estiverem voando no local. Idealmente, o nvel de controle seria maior se houvesse a coincidncia da
aplicao com o horrio de maior atividade vetorial.
Cada gotcula dever ter quantidade de inseticida suficiente para eliminar um mosquito adulto e
ser suficientemente pequena para impactar sobre cada mosquito. Recomenda-se que cerca de 80% das
gotas deva estar entre 10 e 25 para uma melhor qualidade da atividade.
Para que as aplicaes a UBV tenham a eficcia pretendida, devem ser realizadas no perodo em que
existam condies de inverso de temperatura, condio para manter a nuvem do inseticida movendose prximo ao solo, no atingindo mais de 6 metros de elevao, pois o mosquito Aedes aegypti geralmente encontra-se em baixas alturas. A inverso trmica produzida geralmente na manh, depois
do nascer do sol, e tarde, pouco antes do pr do sol, sendo esses os perodos timos para a aplicao
a UBV (Figura 20).
A explicao para o fenmeno que durante todo o dia os raios de sol incidem e aquecem a superfcie terrestre, e, quando o sol comea a se pr, inicia-se o esfriamento da superfcie da terra. Nesse
momento, ocorre a inverso trmica e as ondas de calor elevam-se da superfcie chocando-se, a determinada altura, com as ondas de ar frio da atmosfera. A neblina eleva-se pelo ar quente, mas acaba se
detendo na camada de ar frio. Portanto, o aerossol de inseticida desloca-se horizontalmente, de acordo
a direo do vento, quando, ento, ter maior probabilidade de entrar em contato com os mosquitos
por isso imprescindvel que as gotculas estejam, na sua maioria, dentro da faixa de tamanho ideal.
79
Um efeito parecido observa-se logo aps o nascer do sol. importante salientar que os mosquitos permanecem voando geralmente em altura inferior a 2 m, preferencialmente prximos ao solo, e que os
horrios de atividade de alimentao sangunea de Aedes aegypti esto sincronizados com os perodos
de inverso trmica aqui relatados.
A aplicao espacial a UBV no tem efeito residual e fortemente influenciada pelas correntes de
ar. Obtm-se melhores resultados quando a nuvem compacta de inseticida encontra-se at 100m de
distncia do equipamento aplicador. medida que essa distncia ultrapassada, a eficcia diminui,
em virtude da deriva (deslocamento lateral) das gotculas influenciadas por fatores fsico-qumicos do
ambiente, como temperatura, eletricidade e presso baromtrica.
Figura 20. Disperso da neblina em aplicaes espaciais a Ultra Baixo Volume
Frequncia e ciclo das aplicaes espaciais a UBV com equipamentos acoplados a veculos
Existem muitas crticas sobre a eficincia das aplicaes espaciais a UBV. O ponto mais discutido o
seu curto perodo de persistncia no ambiente e, tambm, a rapidez com que a populao de Aedes se
recupera - poucas semanas depois da aplicao espacial.
Portanto, a pergunta chave como impactar a populao de mosquitos adultos utilizando-se as aplicaes a UBV e, consequentemente, interromper de forma rpida a transmisso de dengue.
Em busca de soluo para esse problema, recomenda-se utilizar ciclos de aplicao espacial na mesma rea, com uma periodicidade especfica e com o objetivo de impactar as sucessivas geraes de
Aedes. Os esquemas propostos para um esquema de ciclos so:
Aplicao diria por 4 ciclos consecutivos, de acordo com o ciclo gonotrfico de Aedes aegypti,
que geralmente dura quatro dias, ou seja, perodo que vai desde a picada da fmea at a maturao
dos ovos, postura e nova alimentao. Portanto, aplicar inseticida durante 4 dias consecutivos
eliminaria as novas geraes que esto chegando rea aps o quarto dia do ciclo gonotrfico;
Aplicao a cada 7 dias, por 4 a 5 semanas, sequncia que leva em considerao o perodo
extrnseco de incubao do vrus nos mosquitos, que vai desde sua ingesto at a multiplicao
e localizao nas glndulas salivares, e que, em mdia, de 7 dias. Portanto, a eliminao das
fmeas a cada 7 dias ir, eventualmente, eliminar aquelas que estejam infectadas.
80
A metodologia recomendada pelo Ministrio da Sade uma mistura dos dois esquemas acima e
preconiza a realizao de cinco aplicaes a UBV em ciclos de trs a cinco dias, conforme a Figura 21.
Aps o quinto ciclo, deve-se avaliar o impacto dessa aplicao sobre a transmisso de dengue e, caso
necessrio, pode-se realizar a aplicao por mais dois ciclos. Essa metodologia assim indicada porque
as condies atuais de urbanizao requerem um maior esforo, tendo em vista o fato de somente uma
parte da populao de mosquitos ser atingida. Atualmente, so frequentes as barreiras fsicas, como
muros altos, alm do fato da populao muitas vezes no colaborar com a abertura de portas e janelas
durante as aplicaes a UBV. necessrio, ento, realizar previamente um trabalho de conscientizao
pela mdia local ou associaes de moradores.
Figura 21. Ciclos para aplicao de UBV
Ciclos de 3 dias
Nveis de
infestao
Ciclos curtos so
recomendados, por
limitar a recuperao
populacional do vetor
Tratamento
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Quarteiro 2
Quarteiro 1
Quarteiro 3
Quarteiro 4
Nebulizador ligado
Nebulizador desligado
importante ressaltar que a efetividade das aplicaes espaciais afetada por diversos fatores atmosfricos e operacionais, como velocidade do veculo, diluio do inseticida e a regulagem adequada
do equipamento. Outro fator importante a qualificao dos operadores e a superviso da atividade.
As normas para utilizao de equipamentos acoplados a veculos so discriminadas no Anexo XX.
Aplicao espacial com equipamento costal motorizado
Os equipamentos costais motorizados so utilizados em locais onde o acesso com equipamento
pesado no seja possvel e tambm para bloqueio de transmisso, quando os primeiros casos so detectados em uma localidade.
A utilizao de equipamento costal motorizado apresenta uma eficcia maior que o equipamento
pesado; porm, dependendo da modalidade da sua aplicao, o rendimento bastante baixo. A utilizao desses equipamentos em aplicaes intra e peridomiciliares tem um rendimento de, no mximo, 6
quarteires/equipamento/dia, o que um impeditivo para uso em grandes reas, devido ao nmero de
operadores e equipamentos necessrios para conter rapidamente a transmisso.
Aplicao residual
Consiste em deixar, nas superfcies dos recipientes e ao seu redor, uma camada de cristais do princpio
ativo. A permanncia do inseticida na proximidade do criadouro aumenta a possibilidade de eliminao
do mosquito. A aplicao residual intradomiciliar no indicada, em razo da biologia e dos hbitos do
Aedes aegypti. Para essa atividade, devero ser utilizados os materiais relacionados no Anexo XI.
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Bloqueio de transmisso
O bloqueio de transmisso baseia-se na aplicao de inseticida por meio da nebulizao espacial a frio
tratamento a UBV , utilizando equipamentos portteis ou pesados em, pelo menos, uma aplicao,
iniciando no quarteiro de ocorrncia e continuando nos adjacentes, considerando um raio de 150m.
As atividades de bloqueio de transmisso devem, preferencialmente, ser adotadas aps anlise atualizada de indicadores epidemiolgicos (nmero e localizao dos casos por rea, ndice de infestao,
sorotipo circulante) e operacionais (cobertura de visitas, nmero de quarteires, ndice de pendncia
etc.) da rea onde ser feita a interveno, permitindo, assim, avaliar o impacto das medidas adotadas.
Dessa forma, imprescindvel a estreita integrao e articulao dos servios de vigilncia epidemiolgica e entomolgica, de controle de vetores e da rea de assistncia. Uma estratgia que facilita o
processo de trabalho a implantao da sala de situao de dengue no municpio ou no estado, que tem
como objetivo principal o monitoramento de indicadores epidemiolgicos e operacionais.
Essas aplicaes tm carter transitrio, devendo ser suspensas quando as informaes epidemiolgicas indicarem que houve progresso no controle da transmisso. As aplicaes de UBV pesada
devero ser feitas no turno da manh, entre 5 h e 8 h, e noite, entre 18h e 22h.
A eficincia do bloqueio de transmisso aumenta consideravelmente quando se realiza a remoo prvia dos focos larvrios, com a intensificao das visitas domiciliares e mutires de limpeza
e com a colaborao da populao, abrindo portas e janelas, de maneira a facilitar a entrada das
gotculas no domiclio.
O bloqueio de transmisso a estratgia de escolha para uma ao imediata, quando se faz necessrio o combate ao vetor na forma adulta. So exemplos dessas situaes:
municpio infestado, mas sem transmisso confirmada, sendo importante buscar a confirmao
laboratorial de caso suspeito;
municpio com transmisso confirmada, em que a notificao de casos suspeitos suficiente
para desencadear o bloqueio, desde que o nmero de casos seja baixo, ou seja, quando o perodo
no epidmico;
quando da confirmao de caso importado em municpio infestado, mas sem ocorrncia de notificao de dengue;
quando da notificao de caso suspeito procedente de regio ou pas onde esteja ocorrendo a
transmisso por um sorotipo no circulante naquele municpio/rea.
5.3.7. Roteiro da vigilncia entomolgica e controle vetorial
Atribuies da esfera municipal
Incluir a vigilncia sanitria municipal como suporte s aes de vigilncia e controle vetorial, que
exigem o cumprimento da legislao sanitria.
Integrar as equipes de sade da famlia nas atividades de controle vetorial, unificando os territrios de atuao de ACS e ACE.
Realizar o levantamento de indicadores entomolgicos.
Executar as aes de controle mecnico, qumico e biolgico do mosquito.
Enviar os dados entomolgicos ao nvel estadual, dentro dos prazos estabelecidos.
Gerenciar os estoques municipais de inseticidas e biolarvicidas.
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84
Executar as aes de controle da dengue de forma complementar aos estados ou em carter excepcional, quando constatada a insuficincia da ao estadual.
Apoiar os estados com insumos e equipamentos da reserva estratgica, em situaes de emergncia.
Manter e controlar estoque estratgico de insumos e equipamentos.
Monitorar a resistncia do Aedes aegypti ao uso de inseticidas, com a definio dos laboratrios de
referncia, seleo de municpios, divulgao dos resultados e manejo da resistncia, o que pode
incluir a troca de inseticidas.
Convocar Grupo Executivo Interministerial (Portaria n 2.144/2008), definindo responsabilidades e indicadores de acompanhamento de cada rea de atuao.
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Perodo Epidmico
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Perodo Epidmico
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Perodo Epidmico
A fiscalizao sanitria uma das atribuies da Visa junto ao setor regulado, por intermdio da
inspeo sanitria, com a qual possvel:
identificar situaes propcias ao criadouro de Aedes aegypti;
adotar medidas educativas e/ou legais, a partir das irregularidades constatadas;
comunicar as situaes de risco coordenao estadual e municipal de controle da dengue;
apoiar as aes do controle de dengue que necessitem de medidas legais; e
identificar e prevenir a existncia de criadouros do mosquito em portos, aeroportos e fronteiras.
O manejo ambiental um conjunto de medidas e intervenes nos fatores de risco ambientais que
impeam ou minimizem a propagao do vetor, evitando ou destruindo os criadouros potenciais de
Aedes aegypti, por meio de:
boas prticas na gesto dos resduos slidos;
instalao de ecopontos (Resoluo Conama n 307/2003); e
regulao de indstrias, comrcios, escolas, hospitais, igrejas, dentre outros, no sentido de eliminar os riscos de criadouros.
88
89
primria sade.
Assessoria de imprensa
A assessoria de imprensa, que pode ter vrias estruturas organizacionais, dependendo da dimenso
da gesto em que est inserida, atua no acesso, sistematizao e divulgao de informaes produzidas
pelas demais reas, alimentando as mdias espontneas (tradicionais e populares) e tendo como uma
de suas principais atividades a articulao e o dilogo com veculos de comunicao.
Atribuies comuns da assessoria de imprensa do Ministrio da Sade, SES e SMS
Definir, em conjunto com o gestor e com a participao da rea tcnica, o porta-voz que ser
evidncia.
Convocar coletiva de imprensa para anunciar ou divulgar aes preventivas que evitem surtos.
Divulgar periodicamente a situao da infestao do mosquito e de casos da doena. Essa di-
vulgao deve ser articulada entre os gestores da esfera federal com a estadual e da estadual com
a municipal, de acordo com os fluxos pactuados. Ressalta-se que a divulgao deve especificar a
distribuio dos casos e o ndice de infestao, de acordo com o territrio de abrangncia.
Monitorar, por meio do clipping, o noticirio sobre dengue, assim como rumores de surtos.
Atender oportunamente s demandas de imprensa e realizar busca ativa de meios de divul-
Promover troca de experincias entre as assessorias de imprensa das trs esferas do SUS.
Divulgar as medidas de preveno previstas para o cenrio no epidmico dos planos esta-
90
Publicidade
publicidade compete executar as campanhas publicitrias de utilidade pblica sobre dengue com
os seguintes objetivos:
informar a sociedade sobre a doena, por meio de material publicitrio;
alertar a sociedade sobre as principais atitudes que devem ser tomadas; e
alertar, a partir dos boletins epidemiolgicos, para a mudana de cenrio da doena.
comunicao a ser utilizada na parceria com as secretarias estaduais e municipais de Educao, tais como programas educativos pela internet, cartilhas interativas, entre outras aes.
Buscar parcerias com empresas pblicas e privadas, com o objetivo de conferir maior abran-
gncia/reforo comunicao.
O Ministrio da Sade deve avaliar, por meio de pesquisa qualitativa e quantitativa, o impac-
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Colaborar na articulao com as secretarias municipais e estaduais de Educao, para prover parcerias que objetivem o desenvolvimento das aes de educao em sade nas escolas pblicas
e privadas, especialmente com vistas a eliminar ou evitar criadouros de mosquito e disseminar
informaes sobre sinais e sintomas da doena. Essas iniciativas devero mobilizar toda a comunidade escolar e fortalecer o tema dengue na estratgia do Programa Sade nas Escolas.
Desenvolver localmente acervo porttil de materiais, com estratgias de comunicao a serem utilizadas na mobilizao em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Educao, como
programas educativos pela internet, cartilhas interativas, entre outros.
Articular parcerias com o setor privado (empresas, indstrias, rgos de comunicao, construtoras, comrcio etc.) e com segmentos sociais, religiosos, sindicais e outros, para que essas instituies contribuam na disseminao de informaes sobre a doena.
Recomenda-se que os Comits de Mobilizao:
a) orientem a sua organizao com base nas diretrizes da Poltica Nacional de Gesto Estratgica
e Participativa, aprovada pela Portaria n 3.027, de 26 de novembro de 2007;
b) elaborem uma proposta de trabalho para a mobilizao, a partir dos dados entomolgicos e
epidemiolgicos;
c) articulem com a gesto do SUS um fluxo de trabalho para assessoramento, acompanhamento e
monitoramento das aes de mobilizao;
d) definam cronograma de trabalho, tarefas e responsabilidades de cada parceiro do comit nas
aes de mobilizao;
e) promovam materiais informativos de preveno e controle da dengue, com linguagens da comunidade a ser mobilizada, coerentes com a cultura local e apoiando manifestaes artsticas e
culturais que possam atuar na comunicao e na mobilizao; e
f) desenvolvam parcerias e articulao com os conselhos de sade.
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Perodo Epidmico
Realizar coletiva de imprensa para anunciar aes do governo que objetivem controlar a
epidemia.
ter a articulao com as demais reas tcnicas e, assim, obter melhor desempenho. Essa integrao possibilita a divulgao de respostas oportunas e de qualidade junto mdia e populao.
Divulgar sinais de alerta e sintomas da doena, a fim de evitar bitos, bem como a organiza-
Publicidade
Atribuies comuns da rea de publicidade do Ministrio da Sade, SES e SMS
- Veicular campanha publicitria, conforme plano de mdia estabelecido pelas trs esferas de
gesto, nas regies onde h maior incidncia de casos confirmados de dengue.
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Perodo Epidmico
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6. Gesto
7. Financiamento
97
necessrio compreender que o sucesso no controle da dengue se dar apenas quando a gesto assumir o pleno comando da integrao das aes setoriais e intersetoriais. No caso da dengue, os eixos
prioritrios da gesto so:
organizao da assistncia;
vigilncias epidemiolgica e sanitria e controle de vetores;
apoio administrativo e logstico;
constituio de comit tcnico e de comit de mobilizao;
capacitao e educao permanente;
gesto de pessoas;
comunicao;
planejamento estratgico e programao (elaborao dos planos estaduais e municipais) e
monitoramento.
Cada um destes eixos foi abordado separadamente ou perpassam os itens elucidados nestas diretrizes, o que facilita ao gestor compreender e planejar estas aes no seu espao de atuao.
Cabe ainda observar que o planejamento estratgico destas aes ser potencializado com a participao de todos os protagonistas. A gesto no pode desconsiderar o papel importante que tem o trabalhador, os diversos setores de governo e a sociedade organizada na formulao dos planos estaduais e
municipais. A experincia do SUS demonstra que a participao de todos na construo das propostas
subsidiadas nas diretrizes assegura o vigor necessrio para o sucesso deste enfrentamento.
A seguir esto listadas as principais aes de gesto das trs esferas do SUS para a adequada implantao das Diretrizes Nacionais para a Preveno e Controle de Epidemias de Dengue.
98
Integrar as aes da ateno primria (especialmente ACS e ESF e Agentes de Controle de Endemias) com as atividades de vigilncia direcionadas preveno e controle da dengue no municpio.
Mobilizar e instrumentalizar entidades da sociedade organizada, de mbito municipal, para atuarem no enfrentamento da dengue.
99
100
Grupo D
vermelho
Grupo C
amarelo
Grupo B
verde
Anlise
de dados
Investigao
de casos
Vigilncia
Retroalimentao
da APS
Confeco de informes
epidemiolgicos
Repasse das
notificaes
Notificao
de casos
Atendimento na APS
Coleta de
amostras para
exame
laboratorial
Assistncia
Hospital
UTI
Hospital
Geral
Unidade de
sade com
suporte de
observaco
Grupo A
azul
Triagem
Verificao de sinais vitais
Classificao de risco
Ateno
Primria
Registro
de informaes
Visita
domiciliar
Controle
de vetor
Distribuio de
material informativo
Atendimento oportuno e
coordenado da imprensa
Incentivo produo de
materiais adaptados
realidade local
Formao de comits
de mobilizao
Divulgao de boletins
para a imprensa
Construo civil
Saneamento
Abastecimento
de gua
Coleta de
resduos slidos
Aes intersetoriais*
101
103
Lista de abreviaturas
e siglas
Glossrio
Bibliografia consultada
107
Glossrio
CARGA DE INSETICIDA quantidade de inseticida formulado, calculado conforme o volume do
equipamento aplicador, no caso de tratamentos residuais; no caso de aplicaes espaciais, refere-se ao
volume de formulado para aplicao em um hectare.
CICLO DE TRABALHO perodo necessrio para cobertura pelo ACE de todos imveis de determinada rea.
CUBAGEM clculo do volume total ou parcial do depsito de gua.
LONGITUDINALIDADE a essncia da longitudinalidade uma relao pessoal que se estabelece ao
longo do tempo, independente do tipo de problemas de sade ou mesmo da presena de um problema
de sade, entre indivduos e um profissional de uma equipe de sade (Coleo Conass Progestores
para entender a Gesto do SUS, 1a ed., Volume 8).
PONTOS DE APOIO local destinado guarda temporria de insumos e para preenchimento de documentos por parte dos supervisores e ACE. Esse local pode ser uma sala cedida em unidade de sade,
escola etc.
TRATAMENTO FOCAL aplicao de larvicida (qumico ou biolgico) nos criadouros.
108
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110
Anexos
Anexo I
Carto de Acompanhamento
do Paciente com Suspeita de Dengue
113
Anexo II
Ateno ao paciente com suspeita
de dengue em situaes de epidemia
1. Definio de caso suspeito de dengue
Paciente com febre de durao mxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes
sinais/sintomas: cefaleia, dor retroorbitria, mialgia, artralgia, prostrao e exantema, e que tenha estado em reas de transmisso de dengue ou com presena de Aedes aegypti nos ltimos 15 dias.
xo III).
Verificar pulso, enchimento capilar, frequncia respiratria e temperatura.
Pesquisar sinais de alarme.
Pesquisar sinais de desidratao, edema subcutneo palpebral, hemorragia conjuntival, petquias
(palato), epistaxe e gengivorragia, exantema, hematomas, cianose, sufuses, hiperestesia, escoriaes e outros.
Realizar prova do lao na ausncia de manifestaes hemorrgicas.
Observar os aspectos neurolgicos: nvel de conscincia e sinais de irritao menngea.
Pesquisar comorbidades e uso de medicamentos.
Realizar o diagnstico diferencial com outras doenas.
3. Prova do lao
Dever ser realizada obrigatoriamente em todos os pacientes com suspeita de dengue que no apresentem sangramento. A prova do lao deve ser precedida de um minucioso exame de pele e mucosa e
seguir os seguintes passos:
verificar a presso arterial;
determinar o valor da presso arterial mdia (somar os valores de PA sistlica e diastlica, dividir
por dois (PAS+PAD)/2);
insuflar o manguito at o valor mdio, mantendo-o inflado durante 5 minutos em adulto e 3 minutos em criana;
interromper o processo quando houver aparecimento precoce de petquias e equimoses;
soltar o ar do manguito e desenhar um quadrado de 2,5cm de lado no local de maior concentrao
de petquias; e
contar o nmero de petquias no quadrado.
A prova ser positiva se houver 20 ou mais petquias em adultos e 10 ou mais em crianas. Essa
prova no pode ser realizada com garrote ou torniquete.
114
Sndrome hemorrgica febril: hantavirose, febre amarela, leptospirose, malria grave, septicemia, riquetsioses, prpuras.
Sndrome dolorosa abdominal: apendicite, obstruo intestinal, abscesso heptico, abdome agudo, colecistite aguda, pneumonia, infeco urinria etc.
115
Anexo III
Referncia de valores de normalidade
Referncia de normalidade para presso arterial em crianas
RN at 92 horas
Lactentes
< de 1 ano
sistlica = 60 a 90 mmHg
diastlica = 20 a 60 mmHg
Presso sistlica
sistlica = 87 a 105 mmHg diastlica = 53 a 66 mmHg (percentil 50) para
crianas > de 1 ano
idade em anos
x 2 + 90
Sangue do cordo
1 dia
3 dia
15 dias
Eritrcitos
5,1 1,0
5,61,0
5,51,0
5,20,8
Hemoglobina
16,83,5
18,83,5
17,53,5
17,03,0
Hematcrito
5410
5810
5610
528
VCM
1065
1036
1026
986
3 meses
6 meses
1-2 anos
5 anos
Eritrcitos
4,50,5
4,60,5
4,60,5
4,60,5
Hemoglobina
11,51,5
11,31,5
11,81,2
12,31,2
Hematcrito
374
354
364
374
VCM
826
766
786
806
10 anos
Adultos**
Adultos**
>70anos** e
Eritrcitos
4,60,5
5,30,8
4,70,7
4,60,7
Hemoglobina
13,21,5
15,32,5
13,62,0
13,52,5
Hematcrito
404
467
426
416
VCM
877
899
899
899
Idade
Idade
*VCM: entre 1 e 15 anos pode ser estimado pela formula 76 + (0,8 x idade)
**Adultos caucasides; 5% abaixo em negros
Fonte: Fallace, Renato. Hemograma: manual de interpretao. 4a edio. Porto Alegre, 2003.
116
Anexo IV
Hidratao de Manuteno Frmula de Hollyday-Segar
Peso (kg)
Kcal/dia ou mL/dia
3 a 10 kg
100 kg/dia
11 a 20 kg
> 20 kg
117
Anexo V
Sistemas de informaes
1. Sistema de Informao de Agravos de Notificao (Sinan)
O Sinan tem o objetivo de coletar e processar dados sobre agravos de notificao em todo o territrio nacional, desde o nvel local. Nos casos em que o municpio no disponha de microcomputadores
em suas unidades, os instrumentos desse sistema so preenchidos manualmente nesse nvel e o processamento eletrnico feito nos nveis centrais das secretarias municipais de sade (SMS) ou regionais
de sade. alimentado pela notificao e investigao de casos de doenas e agravos constantes da lista
nacional de doenas de notificao compulsria.
A coleta de dados ocorre mediante a utilizao de alguns formulrios padronizados:
Ficha Individual de Notificao (FIN)
preenchida pelos profissionais de sade nas unidades assistenciais para cada paciente, quando da
suspeita de problema de sade de notificao compulsria (Portaria GM n 5, de 21 de fevereiro de
2006) ou de interesse nacional, estadual ou municipal. Deve ser mantida uma segunda via arquivada,
pois a original remetida para o servio de vigilncia epidemiolgica responsvel pelo desencadeamento da investigao e das medidas de controle necessrias.
Ficha Individual de Investigao (Fii)
Configura-se como roteiro de investigao e precisa ser distinto para cada tipo de agravo. O preenchimento deve ser feito pelas unidades de sade e pelos servios municipais de vigilncia, capacitados
para a realizao da investigao epidemiolgica. Essa ficha permite obter dados que possibilitam a
identificao do local provvel de infeco e classificao dos casos, dentre outros.
A impresso, a distribuio e a numerao desses formulrios so de responsabilidade do estado
ou municpio. O sistema conta, ainda, com mdulos para cadastramento de unidades notificadoras,
populao e logradouros, dentre outros.
As fontes notificadoras devero encaminhar essas fichas para a vigilncia epidemiolgica da SMS,
que, em geral, corresponde ao primeiro nvel informatizado do Sinan. A partir da, os dados sero enviados para os demais nveis do sistema por meio magntico (arquivos de transferncia gerados pelo
sistema), segundo fluxo e periodicidade estabelecidos em normas operacionais do Sinan, disponveis
em documentos atualizados no site www.saude.gov.br/sinanweb. Esses arquivos podero ser enviados
pelo aplicativo Sisnet, que agiliza a transferncia de dados entre os nveis, ou por e-mail ou disquete.
Preconiza-se que, em todas as instncias, os dados aportados pelo Sinan sejam consolidados e analisados e que haja uma retroalimentao dos nveis que o precederam, alm de sua redistribuio,
segundo local de residncia dos pacientes objeto das notificaes.
No nvel federal, os dados do Sinan so processados, analisados e divulgados no stio www.saude.
gov.br/svs/sinanweb, que, alm de possibilitar a tabulao de dados, disponibiliza indicadores de qualidade (completitude de campos essenciais e duplicidade de registros) e a documentao necessria
para a correta utilizao do sistema.
118
A partir da alimentao do banco de dados do Sinan, pode-se calcular a incidncia e letalidade, bem
como realizar anlises de acordo com as caractersticas de pessoa, tempo e lugar, particularmente no
que tange s doenas transmissveis de notificao obrigatria, alm de outros indicadores epidemiolgicos e operacionais utilizados nas avaliaes local, municipal, estadual e nacional.
As informaes da ficha de investigao possibilitam maior conhecimento acerca da situao epidemiolgica do agravo investigado, fontes de infeco, modo de transmisso e identificao de reas de
risco, dentre outros importantes dados para o desencadeamento das atividades de controle.
A manuteno peridica da atualizao da base de dados do Sinan fundamental para o acompanhamento da situao epidemiolgica. Dados de m qualidade, oriundos de fichas de notificao
ou investigao com a maioria dos campos em branco, inconsistncias nas informaes (casos com
diagnstico laboratorial positivo, porm encerrado como critrio clnico) e duplicidade de registros,
entre outros problemas frequentemente identificados nos nveis estadual ou federal, apontam para a
necessidade de uma avaliao sistemtica da qualidade dos dados coletados e digitados no primeiro
nvel hierrquico do sistema, tornando possvel a obteno de dados confiveis, indispensveis para o
clculo de indicadores extremamente teis.
Para que o Sinan se consolide como a principal fonte de informao de morbidade sobre as doenas
de notificao compulsria, faz-se necessrio garantir tanto a cobertura dos Sistemas de Informao
em Sade e Vigilncia Epidemiolgica, como a qualidade dos dados. Sua utilizao plena, em todo o
territrio nacional, pode possibilitar a obteno dos dados indispensveis ao clculo dos principais indicadores necessrios para o monitoramento dessas doenas, gerando instrumentos para a formulao
e avaliao das polticas, planos e programas de sade, subsidiando o processo de tomada de decises
e contribuindo para a melhoria da situao de sade da populao.
119
O registro do bito deve ser feito no local de ocorrncia do evento. Embora o local de residncia seja
a informao comumente mais utilizada, na maioria das anlises do setor sade a ocorrncia fator importante no planejamento de algumas medidas de controle, como, por exemplo, no caso dos acidentes
de trnsito e doenas infecciosas que exijam a adoo de medidas de controle no local de ocorrncia.
Os bitos ocorridos fora do local de residncia sero redistribudos, quando do fechamento das estatsticas, pelas secretarias estaduais e Ministrio da Sade, permitindo, assim, o acesso aos dados tanto
por ocorrncia como por residncia do falecido.
Uma vez preenchida a DO, quando se tratar de bitos por causas naturais, ocorridos em estabelecimento de sade, a primeira via (branca) ser destinada secretaria municipal de sade (SMS);
a segunda (amarela) ser entregue aos familiares do falecido, para registro em Cartrio de Registro
Civil e emisso da Certido de bito (ficando retida no cartrio); a terceira (rosa) ficar arquivada no
pronturio do falecido.
Nos bitos de causas naturais ocorridos fora do estabelecimento de sade, mas com assistncia mdica, o mdico que fornecer a DO dever levar a primeira e terceira vias SMS, entregando a segunda
aos familiares do falecido. Nos casos de bitos de causas naturais, sem assistncia mdica, em locais que
disponham de Servio de Verificao de bitos (SVO), estes sero responsveis pela emisso da DO,
obedecendo ao mesmo fluxo dos hospitais. Em lugares onde no exista SVO, um mdico da localidade
dever preencher a DO, obedecendo ao fluxo anteriormente referido para bitos ocorridos fora do
estabelecimento de sade, com assistncia mdica.
As SMS realizaro a busca ativa dessas vias em todos os hospitais e cartrios, evitando a perda de
registro de bitos no SIM, com consequente perfil irreal da mortalidade da sua rea de abrangncia.
Nas SMS, as primeiras vias so digitadas e enviadas em disquetes para as regionais, que fazem o consolidado de sua rea e o enviam para as secretarias estaduais de sade, que consolidam os dados estaduais
e os repassam para o Ministrio da Sade.
A anlise dos dados do SIM permite a construo de importantes indicadores para o delineamento
do perfil de sade de uma regio. Assim, a partir das informaes contidas nesse Sistema, pode-se
obter a mortalidade proporcional por causas, faixa etria, sexo, local de ocorrncia e residncia e letalidade de agravos dos quais se conhea a incidncia, bem como taxas de mortalidade geral, infantil,
materna ou por qualquer outra varivel contida na DO, uma vez que so disponibilizadas vrias formas
de cruzamento dos dados. Entretanto, em muitas reas, o uso dessa rica fonte de dados prejudicado
pelo preenchimento incorreto das DO, com omisso de dados como, por exemplo, estado gestacional
ou puerperal, ou pelo registro excessivo de causas mal definidas, prejudicando o uso dessas informaes nas diversas instncias do sistema de sade. Essas anlises devem ser realizadas em todos os nveis
do sistema, sendo subsdios fundamentais para o planejamento de aes pelos gestores.
Seu instrumento de coleta de dados a Autorizao de Internao Hospitalar (AIH), atualmente emitida pelos estados a partir de uma srie numrica nica, definida anualmente em portaria ministerial.
Esse formulrio contm, entre outros, os dados de atendimento, com os diagnsticos de internamento
e alta (codificados de acordo com a CID), informaes relativas s caractersticas da pessoa (idade e
sexo), tempo e lugar (procedncia do paciente) das internaes, procedimentos realizados, valores pagos e dados cadastrais das unidades de sade, que permitem sua utilizao para fins epidemiolgicos.
As sries numricas de AIH so mensalmente fornecidas pelo Ministrio da Sade s secretarias
estaduais de sade, de acordo com o quantitativo anual estipulado para o estado, que desde o incio de
1995 equivalente ao mximo de 9% da populao residente (estimada pelo IBGE). Quando se trata de
municpio em gesto plena do sistema, a cota de AIH definida pela Programao de Aes de Vigilncia em Sade (PAVS) repassada diretamente pelo Ministrio da Sade para o municpio. O banco de
dados do prestador envia as informaes para o Datasus, com cpia para a secretaria estadual de sade.
Nos municpios em gesto plena de ateno bsica, o estado que faz a gesto da rede hospitalar.
Os nmeros de AIH tm validade de quatro meses, no sendo, depois, mais aceitos pelo sistema. Tal
regra permite certa compensao temporal naqueles estados em que a sazonalidade da ocorrncia de
doenas influencia fortemente o nmero de internaes.
O banco de dados, correspondente ao cadastro de todas as unidades prestadoras de servios hospitalares ao SUS credenciadas, permanentemente atualizado, sempre que h credenciamento, descredenciamento ou qualquer modificao de alguma caracterstica da unidade de sade.
Os dados produzidos por esse sistema so amplamente disponibilizados pelo site www.datasus.gov.br
e pela Bulletin Board System (BBS) do Ministrio da Sade, alm de CD-ROM com produo mensal e
anual consolidada. Os arquivos disponibilizados podem ser de dois tipos: o movimento, em que constam todos os dados, e o reduzido, em que no aparecem aqueles relativos aos servios profissionais.
O SIH/SUS foi desenvolvido para propiciar a elaborao de alguns indicadores de avaliao de desempenho de unidades, alm do acompanhamento dos nmeros absolutos relacionados frequncia
de AIHs e que vm sendo cada vez mais utilizados pelos gestores para uma primeira aproximao da
avaliao de cobertura de sua rede hospitalar, e at para a priorizao de aes de carter preventivo.
Dentre suas limitaes, enumeram-se: a cobertura dos dados (que depende do grau de utilizao e acesso da populao aos servios da rede pblica prpria, contratada e conveniada ao SUS); a ausncia de crticas informatizadas; a possibilidade de haver informaes pouco confiveis sobre o endereo do paciente,
distores decorrentes de falsos diagnsticos; e o menor nmero de internamentos que o necessrio, em
funo das restries de recursos federais problemas que podem resultar em vieses nas estimativas.
Os dados do SIH/SUS no podem ser corrigidos aps terem sido enviados, mesmo depois de investigados e confirmados erros de digitao, codificao ou diagnstico. O Sistema tambm no identifica
reinternaes e transferncias de outros hospitais, o que, eventualmente, leva a duplas ou triplas contagens de um mesmo paciente.
Apesar de todas as restries, essa base de dados de extrema importncia para o conhecimento do
perfil dos atendimentos na rede hospitalar. Adicionalmente, no pode ser desprezada a agilidade do
sistema. Os dados por ele aportados tornam-se disponveis aos gestores em menos de um ms, e a disponibilizao do consolidado Brasil leva cerca de dois meses. Trata-se de uma importante qualidade para o
estmulo anlise rotineira no contexto da vigilncia epidemiolgica, avaliao e controle de aes.
121
Anexo VI
Definio de Caso
Caso suspeito de dengue clssico
Paciente que tenha doena febril aguda, com durao mxima de 7 dias, acompanhada de pelo
menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, dor retroorbital, mialgia, artralgia, prostrao, exantema.
Alm desses sintomas, deve ter estado nos ltimos quinze dias em rea onde esteja ocorrendo transmisso de dengue ou haja a presena de Aedes aegypti.
122
Grau III preenche todos os critrios de FHD e apresenta colapso circulatrio com pulso fraco e
rpido, diminuio da presso arterial ou hipotenso, pele pegajosa e fria e inquietao.
Grau IV preenche todos os critrios de FHD e apresenta choque profundo, com presso arterial
e pulso imperceptveis.
Os graus III e IV tambm so chamados de sndrome do choque da dengue (SCD).
Caso suspeito de dengue que evolui para bito, mas no possui TODOS os critrios para ser encerrado como FHD.
Recomenda-se a coleta de amostras para exame especfico em todos os casos graves. No entanto, os
casos de dengue com complicao podem ser encerrados sem confirmao laboratorial especfica na
seguinte condio, quando:
no foi possvel realizar a coleta de amostra do paciente; e
outras causas forem descartadas; e
o caso tiver vnculo epidemiolgico com caso confirmado de dengue por critrio laboratorial.
Caso descartado
Caso suspeito, com diagnstico laboratorial negativo (2 resultados negativos, amostras pareadas
IgM), desde que se comprove que as amostras foram coletadas e transportadas adequadamente.
Caso suspeito de dengue com diagnstico laboratorial de outra entidade clnica.
Caso suspeito, sem exame laboratorial, cujas investigaes clnica e epidemiolgica so compatveis com outras patologias.
123
Anexo VII
Normas para procedimentos laboratoriais
O diagnstico laboratorial especfico dos pacientes com suspeita de dengue indicado de acordo
com a situao epidemiolgica de cada rea. A seguir, descrevem-se os exames laboratoriais disponveis, sua interpretao e os procedimentos para coleta dos espcimes biolgicos.
Exames especficos
A comprovao laboratorial das infeces pelo vrus de dengue (VDEN) pode ser feita por meio de
isolamento viral, pesquisa de anticorpos (sorologia), deteco de genoma viral (RT-PCR) ou por estudo histopatolgico seguido de pesquisa de antgenos virais por imunohistoqumica.
Sorologia: o mtodo de escolha para a confirmao laboratorial na rotina. Existem vrias tcnicas, sendo a captura de IgM por Elisa (MAC Elisa) o mtodo de escolha, pois detecta infeces
atuais ou recentes. Baseia-se na deteco de anticorpos IgM para o VDEN. Na maioria dos casos,
somente uma amostra de soro necessria para a confirmao diagnstica; contudo, um resultado
negativo em amostra de soro coletada em fase recente (6-10 dias aps o incio dos sintomas) no
exclui o diagnstico de dengue, uma vez que, em alguns casos, os nveis de IgM tornam-se detectveis pelo teste somente aps esse perodo. O anticorpo IgM anti-dengue desenvolve-se rapidamente, geralmente a partir do quinto dia do incio da doena, e tanto as primoinfeces quanto
as infeces secundrias apresentam esses anticorpos detectveis. A deteco dos anticorpos IgM
do vrus de dengue de extrema importncia, tanto para o diagnstico de casos suspeitos quanto
para as aes da vigilncia epidemiolgica.
Outras tcnicas tambm podem ser utilizadas no diagnstico sorolgico de dengue, incluindo a
pesquisa de anticorpos IgG (Elisa) e o teste de inibio de hemaglutinao (IH), que exigem amostras do soro pareadas (fase aguda e convalescente recente) de casos suspeitos.
Isolamento viral: o mtodo mais especfico (padro ouro) para o isolamento e a identificao do
sorotipo do VDEN responsvel pela infeco. Pode ser realizada em amostras de sangue, lquido
cfalo-raquidiano (LCR) e fragmentos de vsceras (fgado, bao, corao, pulmo, rim e crebro).
A colheita da amostra de sangue dever ser feita na primeira semana da doena, durante o perodo de viremia, preferencialmente at o 5o dia do incio dos sintomas. Para a identificao viral,
utiliza-se a tcnica de imunofluorescncia, que se baseia na reao de um anticorpo marcado com
um fluorocromo (anticorpos fluorescentes) com o seu antgeno homlogo. A coleta de espcimes
biolgicos para a tentativa de isolamento viral dever ser orientada pela vigilncia epidemiolgica,
respeitando-se a capacidade dos laboratrios de referncia.
Deteco do cido nucleico viral pelo mtodo da Transcrio Reversa seguida da Reao em
Cadeia da Polimerase (RT-PCR): no utilizada na rotina diagnstica. Contudo, tem importncia para o diagnstico dos casos em que as tcnicas de rotina foram insuficientes para a definio
diagnstica, especialmente nos casos que evoluram para bito, ou ainda nas urgncias. O mtodo
pode ser realizado em amostras de sangue, soro, lquido cfalo-raquidiano (LCR), fragmentos de
vsceras (fgado, bao, linfonodos, corao, pulmo, rim e crebro) e ainda em lotes de mosquitos
124
vetores. Esta tcnica permite a deteco de quantidades reduzidas de cido nucleico viral presentes nos espcimes biolgicos, pela amplificao do c-DNA obtido a partir do RNA viral, utilizando
iniciadores especficos dos sorotipos do VDEN. A elevada sensibilidade e especificidade, alm da
rpida deteco de quantidades mnimas de material gentico em amostras de paciente, fazem do
RT- PCR um excelente mtodo para o diagnstico precoce de infeco por VDEN. Os resultados
falso-positivos geralmente esto relacionados com a manipulao inadequada das amostras. O sucesso desse mtodo depende, em parte, da preservao do espcime clnico, sendo recomendado
mant-lo menor temperatura possvel (-70C).
Deteco de antgenos NS1: mtodo imunoenzimtico (Elisa) que permite a deteco de antgenos virais especficos de dengue do tipo NS1. um mtodo, a princpio, bastante sensvel
e especfico, devendo ser utilizado em pesquisas e nos casos graves. O Ministrio da Sade disponibiliza kits de teste NS1 Elisa para triagem das amostras destinadas a isolamento viral em
unidades sentinelas.
Diagnstico histopatolgico: realizado em material obtido aps a morte do paciente. As leses
anatomopatolgicas podem ser encontradas no fgado, bao, corao, linfonodos, rins e crebro.
O diagnstico presuntivo.
Imunohistoqumica: esse mtodo permite a deteco de antgenos virais em cortes de tecidos
fixados em formalina e emblocados em parafina, corados pela fosfatase alcalina ou peroxidase
marcada com anticorpo especfico. Essa tcnica bastante sensvel e especfica, sendo considerada
exame confirmatrio, e deve ser utilizada aps o diagnstico histopatolgico presuntivo.
Coleta, rotulagem, conservao e transporte das amostras para diagnstico laboratorial de dengue
Mtodo de
diagnstico
Isolamento
viral
RT-PCR
Deteco
de antgenos
virais (NS1)
Tipo de
espcime biolgico
Sangue
Obteno da amostra:
puno venosa ou puno
intracardaca (bito)
Crianas:
2 -5ml
Adulto:
10ml
Sorolgico
Quantidade
Obteno da amostra:
puno venosa ou puno
intracardaca (bito)
Histopatologia Tecido
e Imunohisto- Obteno da amostra:
qumica
necropsia ou puno
Crianas:
2-5ml
Adulto:
10ml
Perodo
para coleta
Recipiente
Armazenamento
Transporte
e conservao
1-5 dia
de doena
Tubo estril
Freezer -70 C
de plstico
ou nitrognio
resistente com
lquido
tampa de rosca
Nitrognio
lquido ou
gelo seco
Logo aps
o bito
(no mximo
at 24 horas)
Frasco estril
Freezer -70 C
de plstico
ou nitrognio
resistente com
lquido
tampa de rosca
Nitrognio
lquido ou
gelo seco
Nitrognio
lquido ou
gelo seco
Logo aps
o bito (no
mximo at
12 horas)
Temperatura ambiente
Frasco estril
de plstico
resistente com
tampa de rosca
Temperatura
ambiente,
em formalina
tamponada
Os frascos devem obrigatoriamente conter rtulo com as seguintes informaes: nome completo do paciente, data da coleta
e natureza da amostra (tipo de espcime biolgico).
A confiabilidade dos resultados dos testes laboratoriais depende dos cuidados durante a coleta, manuseio, acondicionamento e transporte dos espcimes biolgicos.
125
Os frascos devem obrigatoriamente conter rtulo com as seguintes informaes: nome completo do
paciente, data da coleta e natureza da amostra (tipo de espcime biolgico).
A confiabilidade dos resultados dos testes laboratoriais depende dos cuidados durante a coleta, manuseio, acondicionamento e transporte dos espcimes biolgicos.
Tamanho da amostra
Os fragmentos teciduais de cada rgo devem medir aproximadamente 2x2x1cm, documentando a
rea lesionada e rea preservada. So ambos colocados no mesmo frasco contendo lquido fixador (soluo de formol a 10%, tamponado), conservado a temperatura ambiente, para facilitar a penetrao do
fixador nos tecidos, evitando-se, assim, o processo de destruio pelas enzimas (autlise). Esse frasco
no deve ser colocado no congelador ou refrigerador, para no inviabilizar a anlise histolgica.
Fixao
A boa fixao de um tecido depende do intervalo entre a coleta do material e a fixao propriamente
dita; do volume do lquido fixador; do contato das superfcies da pea com o lquido fixador e da espessura da pea.
Fixador: dentre as solues fixadoras, a ideal, na rotina de um laboratrio de anatomia patolgica,
a soluo de formalina tamponada a 10%. Para um litro dessa soluo utiliza-se:
Formol a 40% (formol comercial): 100,0ml
Fosfato de sdio monobsico: 4,0g
Fosfato de sdio dibsico anidro: 6,5g
gua destilada: 900,0ml
Volume: o volume do fixador em relao ao tamanho da amostra deve ser 10 vezes superior ao
volume do tecido a ser examinado.
Tempo ideal de fixao: em mdia 48 horas, para se obter um excelente resultado com a tcnica
de imuno-histoqumica.
Transporte de amostras
O transporte deve ser feito a temperatura ambiente, evitando-se o contato com gelo de outras amostras, a fim de no interferir no processo final de fixao dos tecidos.
126
Endereo
Telefone
Testes
ELISA
Isolamento
viral
AC
(68) 3228-2720/3228-5355
Sim
No
AL
(82) 3315-2764/3315-2702
Sim
Sim
AM
(92) 3232-7146/3232-6175
Sim
No
AP
(96) 3212-6169/3212-6175
Sim
No
BA
(71) 3276-1721/3356-2299
Sim
Sim
CE
(85) 3101-1496/3101-1480
Sim
Sim
DF
(61) 3321-2772/3325-4807
Sim
Sim
ES
(27) 3382-5068
Sim
No
GO
(62) 3201-3888
Sim
Sim
MA
(98) 3232-3410/3412-6544
Sim
No
MG
(31) 3371-9476
Sim
Sim
MS
(67) 3345-1315/3345-1312
Sim
Sim
MT
(65) 3622-0599/3624-9683
Sim
No
PA
(91) 3202-4927
Sim
No
PB
Av. Cruz das Armas, s/n, Cruz das Armas CEP: 58.085-000
Joo Pessoa/PB
(83) 3218-5922
Sim
No
PE
(81) 3412-6340/3412-6417
Sim
Sim
PI
(86) 3216-3657/3221-2952
Sim
Sim
PR
(41) 3299-3275/3299-3219
Sim
No
RJ
(21) 2252-4000/2252-4006
Sim
Sim
RN
Sim
No
RO
(69) 3216-5300/3216-5302
Sim
No
RR
(95) 3623-1976
Sim
Sim
RS
(51) 3288-4020
Sim
No
SC
Av. Rio Branco, 152 (fundos), Centro CEP: 88.015-201 Florianpolis/SC (48) 3251-7827/3251-7828
Sim
No
SE
(79) 3234-6044/3234-6000
Sim
No
SP
(11) 3068-2901
Sim
Sim
TO
601 SUL, Av. LO, 15, conj. 02, Lote 01, Planalto Diretor Sul
CEP: 77.054-970 Palmas/TO
(63) 3218-3227
Sim
Sim
127
Endereo
(91) 3214-2259
Instituto Evandro
Chagas (IEC)
Rodovia BR 316 Km 7
CEP: 67030-000, Ananindeua/PA
Lacen/DF
(61) 3321-2772
Lacen/PE
(81) 3412-6340
128
Telefone
(91) 3226-5262
(11) 3068-2901
(61) 3325-4807
(81) 3412-6417
(21) 2598-4274
(21) 2562-1920
Status
Referncia
direta para
Ref. Nacional
Regio Norte,
PI, MA
Ref. Regional
SP e Regio Sul
Ref. Regional
Regio CentroOeste e AC
Ref. Regional
Regio Nordeste
Ref. Regional
Reg. Sudeste, BA
Anexo VIII
Instrues para construo de diagrama de controle
Um dos mtodos utilizados para a verificao de ocorrncia de uma epidemia o diagrama de controle. Entre as diversas tcnicas utilizadas para a construo do diagrama, recomendamos a representao grfica da distribuio da mdia mvel semanal e desvio-padro da mdia mvel dos valores da
frequncia (incidncia) observada, em um perodo de tempo (habitualmente 10 anos). A construo
desse diagrama pode ser feita da seguinte forma:
verificar se a distribuio da incidncia da doena, registrada semanalmente durante os ltimos
anos (geralmente dez anos ou mais), apresenta grandes variaes;
excluir os dados referentes aos anos epidmicos;
calcular a mdia mvel e os desvios-padro das mdias mveis (o que pode ser feito no programa
Excel) da distribuio semanal, utilizando-se um perodo de cinco semanas (a semana de interesse, acrescida de duas semanas anteriores e duas semanas posteriores), e das incidncias registradas
no perodo selecionado;
o limite mximo esperado corresponde ao somatrio da mdia mvel e 1,96 desvios-padro da
mdia mvel. A mdia mvel corresponde ao limite mdio da doena. Para a dengue, no necessrio calcular o limite mnimo. Os valores compreendidos abaixo do limite superior correspondem ao nvel endmico da doena, ou seja, o limite de variao esperada para cada semana;
representar graficamente (diagrama curvilinear) a distribuio das mdias mveis e desvios-padro das mdias mveis obtidas (diagrama de controle);
quando os valores observados para o ano ultrapassam os do limite mximo da variao esperada,
diz-se que est ocorrendo uma epidemia. Dessa maneira, quando uma doena deixa de ocorrer em
determinada rea, o registro de um nico caso pode configurar uma epidemia ou surto.
Para exemplificar, so apresentados os clculos necessrios construo do diagrama de controle,
utilizando-se os dados da tabela a seguir, que contm o nmero de casos de dengue em um municpio
hipottico do Brasil, de 2002 a 2009. Essa tabela e o diagrama seguintes apresentam a mdia mvel
mensal, os limites superiores do diagrama de controle e o nmero semanal de casos observados para a
dengue em 2009.
Fazer a tabulao da srie histrica de casos excluindo aqueles cuja classificao final for DESCARTADO, mantendo os casos com
classificao final IGNORADO, INCONCLUSIVO/BRANCO, DENGUE COM COMPLICAES, FHD E SCD. Para o ano em anlise, usar todos
os CASOS NOTIFICADOS.
129
130
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Mdia
mvel
Desvio padro
(MM)
Limite
mximo
2009
51
23
12
21
25
14
12
25
13
33
15
13
28
81
23
27
20
11
37
19
24
43
69
45
21
14
22
18
22
27
50
63
143
33
19
19
20
27
32
58
120
146
91
33
22
33
30
28
32
60
125
20
25
22
26
30
32
62
132
60
37
15
32
26
31
30
61
241
56
20
20
37
30
37
38
75
472
10
110
68
25
50
34
43
43
86
462
503
11
106
167
10
10
17
62
38
49
49
98
12
88
160
24
101
54
58
59
117
636
13
92
40
15
73
175
62
67
129
494
14
100
32
25
62
244
63
74
136
276
15
43
17
12
38
50
256
65
91
156
261
16
59
15
10
10
21
60
270
68
100
168
165
17
56
19
14
11
37
388
67
101
168
92
18
38
16
10
20
80
335
65
97
162
69
19
67
16
12
28
59
252
61
92
152
24
2
20
52
12
19
64
177
54
73
127
21
52
11
20
70
134
47
56
103
22
55
20
18
60
129
42
44
86
23
40
20
14
63
121
38
38
76
24
36
10
16
63
105
34
34
68
25
39
11
10
17
50
79
31
30
61
26
31
11
12
51
64
29
27
56
27
28
15
10
12
67
51
27
24
51
28
19
14
14
11
83
40
25
24
49
29
20
12
11
76
40
25
23
48
30
10
12
12
65
49
23
22
45
31
18
22
19
51
50
20
20
40
35
32
10
17
50
24
18
17
33
12
35
27
16
14
30
34
11
12
33
21
13
12
25
35
11
15
31
22
12
10
22
36
15
19
16
12
10
22
37
19
31
16
11
20
38
11
37
12
10
20
39
13
25
14
10
20
20
40
27
18
10
10
41
18
19
18
10
18
42
35
20
10
19
43
13
23
10
20
44
17
24
23
11
20
45
15
12
20
26
10
19
46
25
22
11
20
47
15
20
20
11
19
48
12
25
23
11
20
49
14
18
25
12
10
22
23
50
11
21
34
12
11
51
17
45
13
11
24
52
10
24
36
12
11
24
600
500
400
300
200
100
11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Mdia mvel
Limite mximo
2009
131
Anexo IX
Ministrio da Sade
Secretaria de Vigilncia em Sade
dados pessoais
) Masculino
) Feminino
Idade ______
Hora _______________
Tempo da doena ______________
) sim (
) no (
) no registrado
132
) sim
) no
) no registrado
) sim
) no
) no registrado
Tratamento prvio?
) sim
) no
) no registrado
Data do primeiro atendimento aps incio dos sinais e sintomas _____/ _____/ _____
Foi referida hiptese diagnstica para dengue? (
) sim
) no
Grau III (
) no registrado
Dengue hemorrgico (
Grau I (
Grau II (
)
)
Grau IV (
Patologias prvias
Cardiopatia
) sim
) no
) NR
Asma
) sim
) no
) NR
Dermatite atpica
) sim
) no
) NR
Epilepsia
) sim
) no
) NR
Diabetes melittus
) sim
) no
) NR
D. hematolgica
) sim
) no
) NR
Doena renal
) sim
) no
) NR
Hipertenso arterial
) sim
) no
) NR
Outras_______________________________________________________________
*DPOC (Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica (enfisema e bronquite...)
dados na admisso
Peso: _______________
Dados clnicos
Febre
) sim
) no
) NR
Cefalia
) sim
) no
) NR
) sim
) no
) NR
Mialgia
) sim
) no
) NR
Prostrao
) sim
) no
) NR
Artralgia
) sim
) no
) NR
Diarria
) sim
) no
) NR
Vmitos
) sim
) no
) NR
Sonolncia
) sim
) no
) NR
Irritabilidade
) sim
) no
) NR
Exantema
) sim
) no
) NR
Manifestaes hemorrgicas
) sim
) no
) NR
) sim
) no
) NR
) sim
) no
) NR
133
CLNICA E TERAPUTICA
1 Dia | Data:
Peso (kg):
(
) no
) sim
(
(
) NR
) no
) sim
Hipotenso
postural
) sim
(
) NR
Vmitos
persistentes
(
) no
(
Dor
abdominal
(
) NR
(
) NR
) no
) sim
Hepatomegalia
Hospital:
(
) NR
) no
) sim
Sonolncia ou
irritabilidade
(
) NR
) no
) sim
Lipotmia
(
) NR
) no
) sim
Diminuio
diurese
) NR
) no
) sim
Hipotermia
) NR
) no
) sim
Aumento
repentino
hematcrito
) NR
) no
) sim
) NR
) no
) sim
Desconforto
respiratrio
Queda abrupta
plaquetas
) sim
) no
Outras
manifestaes
) NR
Ascite
Derrame pleural
) sim
Realizou
prova do lao?
) no
Sangramento
(hemorragia)
) NR
Freqncia
respiratria
Freqncia
cardaca
Presso arterial
) sim
Presso arterial
convergente
) no
Extremidades
frias e cianose
Pulso rpido
e fino
) sim
TGP/ALT
_______mmHg
Data da coleta:
) NR
) NR
_______ ipm
) NR
TGO/AST
_______ bpm
Data da coleta:
) NR
Protena total
) no
Data da coleta:
) sim
Albumina
Qual?
Data da coleta:
Resultado:
) sim
Linfcitos LT/AT
(
(
Data da coleta:
Resultado:
) sim
Segment.
(
(
Data da coleta:
Resultado:
) no
Bastes
) NR
Data da coleta:
Resultado:
Plaquetas
Data da coleta:
Resultado:
Exame especfico
) no
Hematcrito
Ultra Sonog.
) NR
Data da coleta:
Resultado:
RX de trax
Ab. total
(
Data da realizao: (
Hemoglobina
Potssio
Data da realizao:
Data da coleta:
Resultado:
Data da coleta:
) no
Leuccitos
Sdio
) NR
Data da coleta:
Resultado:
Data da coleta:
Creatinina
Resultado:
Data da coleta:
Plaquetas
Resultado:
Concentrado
Hemcia
Resultado:
Plasma
) neg
) neg
) neg
Anti-inflamatrios
no hormonais
) pos (
) pos (
) neg
) pos (
) Sangue (
Dopamina
Noradrenalina
Outras
terapias
Dobutamina
Material (
Albumina
Resultado:
Uria
SGF
Resultado:
Data da coleta:
RLc
) pos (
SFb
EP
Resultado:
ROa
Resultado:
Tempo
Inf.
Rehidratao oral | bSoro fisiolgico | c Ringer lactato | dSoro glicosado | eSoro glicofisiolgico | fExpansor plasmtico
a
Resultado:
Local*
Procedimentos invasivos:
Exames solicitados:
Hiptese diagnstica:
SGd
Resultado:
Outras observaes:
134
Manifestaes Clnicas
Exames laboratoriais Resultados
Tratamento
PROCEDIMENTOS PS-BITO
Data da coleta _____ /_____ /_______
Resultado
Procedimento
Puno de
vsceras com agulha (
Viscerotomia (
Necropsia (
Puno Lombar (
Histologia
) fgado
) bao
) pulmo
) no realizado
) fgado
) bao
) pulmo
) corao
) rins
) no realizado
) crebro
) fgado
) cerebelo
) bao
) pulmes
) rins
) corao
) no realizado
(
(
) sim
) no
Imuno
Isolamento*
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
(
(
) compatvel
) no compatvel
Resultado de necropsia
) sim
) no
observaes finais
135
concluses
Os exames de hematcritos foram coletados com regularidade para avaliao de estadiamento e hidratao?
A hidratao foi supervisionada e reavaliao realizada em intervalos de tempo, como recomendado pelo MS?
136
Local
Prescrio
mdica
Foi atendido?
) sim
) no
) Ign
) sim
(
(
) Ign
) sim
) no
) Ign
) sim
) no
) Ign
) sim
) oral
) no
) venosa
) no realizado
) Ign
Se sim, qual?
) no
Hidratao no local
(recebeu lquido?)
) sim
) oral
) no
) venosa
) no realizado
) Ign
) sim
) oral
) no
) venosa
) no realizado
) Ign
Se sim, qual?
(
(
Se sim, qual?
) sim
) oral
) no
) venosa
) no realizado
) Ign
Se sim, qual?
Recebeu orientao
de hidratao
(ingesta de lquido)
Recebeu carto
da dengue
) sim
) sim
) sim
) no
) no
) no
) Ign
) Ign
) Ign
) sim
) sim
) sim
) no
) no
) no
) Ign
) Ign
) Ign
) sim
) sim
) sim
) no
) no
) no
) Ign
) Ign
) Ign
) sim
) sim
) sim
) no
) no
) no
) Ign
) Ign
) Ign
*Ver lista de sinais de alarme: perguntar se o mdico falou sobre sinais de agravamento da doenca que indicassem a volta imediata ao servio de sade
) sim
Se sim, qual?
(
) no
(
) ignorado
) paracetamol
) dipirona
) anti-inflamatrio no hormonal
) outras, quais?____________________________________________________
4. sinais e sintomas
Dor abdominal
) sim
) no
) ignorado
Vmitos persistente
) sim
) no
) ignorado
Tontura
) sim
) no
) ignorado
Hemorragias sangramentos (
) sim
) no
) ignorado
Agitao
) sim
) no
) ignorado
Desconforto respiratrio
) sim
) no
) ignorado
137
5. patologias prvias
Cardiopatia doenas do corao (
) sim
) no
) no registrado
Asma
) sim
) no
) no registrado
Epilepsia
) sim
) no
) no registrado
Diabetes melito
) sim
) no
) no registrado
D. hematolgica
) sim
) no
) no registrado
Doena renal
) sim
) no
) no registrado
Hipertenso arterial
) sim
) no
) no registrado
Outras _____________________________________________________________________________
Obs: usar nomes conhecidos pela comunidade local para essas doenas
138
) sim
Anexo X
Preparao e resposta coordenada
no monitoramento da dengue
I. Introduo
O Ministrio da Sade, por intermdio da Secretaria de Vigilncia em Sade, do Centro de Informaes Estratgicas e Resposta em Vigilncia em Sade (Cievs) e da Coordenao Geral do Programa
Nacional de Controle da Dengue, prope o monitoramento dos indicadores epidemiolgicos, entomolgicos e operacionais de dengue em locais que apresentam vulnerabilidade para ocorrncia da doena.
Recomenda-se o perodo de outubro a maio para intensificao deste monitoramento, pois de maneira
geral no pas, corresponde ao intervalo da sazonalidade de transmisso da doena.
Nos municpios e unidades federadas que j implantaram o Cievs, esses indicadores devero ser
acompanhados pelo Comit Cievs, em conjunto com as reas envolvidas. Nos demais municpios, as
reas envolvidas devem se reunir semanalmente, para avaliar em conjunto os dados que esto sob
sua responsabilidade, com o objetivo de subsidiar a definio de estratgias e a tomada de deciso
dos gestores.
II. Justificativa
Considerando que a maioria dos casos de dengue ocorre no primeiro semestre do ano e que esse aumento inicia geralmente a partir de outubro, o acompanhamento semanal dos indicadores permite o monitoramento de casos suspeitos, casos graves, bitos, circulao viral, controle vetorial, assistncia a sade
e mobilizao popular. Estas informaes permitem a realizao de anlises epidemiolgicas e elaborao
de informes que devem ser apresentados em reunies ampliadas com as diversas reas envolvidas, visando
estabelecer resposta coordenada e integrada entre estes setores para o enfrentamento da dengue.
O monitoramento deve funcionar independente da situao epidemiolgica (perodo epidmico
ou endmico), para garantir que no perodo mais crtico para a ocorrncia de casos as estruturas para
resposta frente a epidemia estejam preparadas.
139
140
Fonte
Periodicidade
Mtodo
Incidncia de dengue
Sinan
Semana
epidemiolgica
Ocorrncia de casos
graves de dengue
Sinan e dados
paralelos
(Distritos Sani
trios e NVH)
Semana
epidemiolgica
Letalidade
Sinan,
imprensa, DO
Semanal
Investigao de bitos
suspeitos
Assistncia,
DO, imprensa
Tempo real
Proporo de Sorotipos
isolados
Lacen
Semanal
Resultados do NS1
Lacen
Mensal
Semanal
Semanal
Proporo de
sorologias positivas
Lacen
Proporo de sorologias
realizadas em relao ao
nmero de casos notificados
por distrito
Lacen e
planilha de casos
ndice de Infestao
Predial do LIRAa
Fonte
Periodicidade
Mtodo
Assistncia
Semanal
Controle
de vetores
Proporo de estratos
do LIRAa em situao de
alerta e risco
Controle
de vetores
Trimestral
Proporo de imveis
visitados, com enfoque nos
estratos em alerta e risco
verificados no LIRAa e reas
com concentrao de casos
suspeitos
Atividades
de campo
Semanal
Atividades de
bloqueio realizadas
Atividades
de campo
Semanal
Atividades
de UBV
Semanal
Verificar a aplicao de UBV pesado e porttil nos bairros com maior % transmisso,
conforme NT41/2006.
Mobilizao social
Semanal
Monitoramento de rumores
Mdia/Ascom
Em tempo real
Aes intersetoriais
Comit de
mobilizao social e parceiros
Semanal
Ateno Bsica
Mensal
141
Anexo XI
Material para pesquisa larvria, levantamento de ndice e aplicao focal
Tipo
142
Uso
lcool a 70%
Liga de borracha
Preenchimento do tubito
Coleta de larvas nos criadouros: um para gua de consumo e outro para gua poluda
Espelho de bolso
Pilhas
Foquito
Captura de larvas
Acondicionamento de materiais
Picadeira (opcional)
Destruio de criadouros
Escada
Unidade
Parametro de uso
Jarra
1 por supervisor
de campo
Colher
1 por agente
Frasco
1 por agente
Garrafa
1 por agente
Proveta
1 por agente
Caixa c/ 50
50 masc. por
supervisor de campo
Pacote c/ 100
1 por superv.
Tipo
Ilustrao
1 Litro
143
Anexo XII
Material para identificao do agente e registro da visita domiciliar
Material
144
Uso
Crach de identificao
Identificao do profissional
Bandeira
Formulrios especficos
Anotaes dirias
Prancheta
Cola plstica
Lixa
Anexo XIII
Material para aplicao residual
Tipo
Uso
Flanela
Limpeza do equipamento
Preparao da aplicao
Sacos plsticos
Acondicionamento de EPI
145
Anexo XIV
Instrues para pesquisa larvria
Focos e tcnica de pesquisa
Todos os depsitos que contenham gua devem ser inspecionados, utilizando-se o pesca-larva com
ou sem a ajuda de fonte luminosa (lanterna e/ou espelho). A tcnica de coleta segue a mesma orientao da visita domiciliar.
Ao destampar os depsitos para inspeo, deve-se ter cuidado para evitar que larvas e pupas se
refugiem no fundo dos depsitos. O agente deve portar dois pesca-larvas (um para uso em depsitos
com gua de consumo humano e o outro para os demais depsitos) e devero ser guardados em sacos
plsticos separados. A inspeo com o pesca-larva a tcnica preferencialmente utilizada no caso da
coleta em pneus, podendo tambm utilizar conchas de alumnio.
No caso de uso do pesca-larvas, deve-se de incio percorrer rapidamente a superfcie da gua com
o instrumento, visando surpreender as larvas e pupas que a estejam. Em seguida, percorre-se com o
pesca-larva todo o volume de gua fazendo movimento em forma de um 8 descendo at o fundo
do depsito. Recolhe-se ento o material retido no pesca-larva, transferido-o para pequena bacia (j
contendo gua limpa), onde o material examinado. Com o uso da pipeta, sugam-se as larvas e/ou pupas que forem encontradas, transferindo-as para a palma da mo a fim de se retirar o excesso de gua.
A seguir, passa-se o material para os tubitos com lcool dosado at um nmero mximo de dez tubitos
por depsito, com dez larvas em cada tubito.
Deve-se repetir a passagem do pesca-larvas no depsito at que se tenha segurana de que j no h
nenhuma larva, ou pupa, ou que j se tenha coletado o mximo de dez exemplares.
No caso de inspeo em depsito com muita matria orgnica, o material coletado com o pescalarva deve ser colocado em bacia plstica com gua limpa, repetindo-se essa operao sucessivamente
(repassando o material da bacia para o pesca-larvas) at que o material fique limpo e possa ser observado a olho nu, permitindo assim a captura das larvas e/ou pupas com a pipeta.
Todo cuidado deve ser tomado nessas sucessivas passagens, para que as larvas/pupas no fiquem
aderidas ao material retido no pesca-larvas.
Em depsitos de pequenas dimenses, o contedo pode ser passado diretamente para o pesca-larvas (gua de vasos ou pratos de planta, garrafas, bacias, baldes e outros); as larvas e/ou pupas tambm
podem ser coletadas diretamente com o uso de pipeta, sendo passadas para a palma da mo e, a seguir,
para os tubitos.
Todos os tubitos devem ser acompanhados de etiqueta de identificao em que constaro: equipe,
nome, nmero do agente, nmero da amostra e o tipo de depsito onde foi coletada a amostra. A etiqueta deve ser colocada no interior do tubito ou colada a ele.
Os focos encontrados devem ser exibidos aos moradores da casa, os quais sero orientados a respeito da necessidade de proteo ou de destinao mais adequada para os depsitos.
Nos municpios negativos para Aedes aegypti sob vigilncia entomolgica , quando a pesquisa larvria for negativa, mas se encontrarem exvias, estas devem ser coletadas para posterior exame laboratorial.
146
147
Anexo XV
Dosagem de campo do Temephs
148
Litros
Colher 20 gramas
Colher 5 gramas
At 50
60
70
80
90
100
150
200
250
300
350
400
450
500
600
700
800
900
1.000
Anexo XVI
Dosagem de campo do Bti
Litros
BTI G
WDG
Colher 4g
Colher 1g
Gramas
1 a 40
50
0,1
60 a 90
100
0,2
110 a 140
150
0,3
160 a 190
200
0,4
210 a 240
250
0,5
260 a 290
300
0,6
310 a 340
350
0,7
360 a 390
400
0,8
410 a 440
450
0,9
460 a 490
500
149
Anexo XVII
Dosagem de campo do Diflubenzuron
150
Pequena
Grande
Converso da SM
para gramas
(digitao no sistema)
0,01
1,5
0,01
5a6
0,01
7a8
2,5
0,01
9 a 10
3,5
0,01
20
0,02
30
10
0,03
40
13,5
0,04
50
17
0,05
100
33,5
0,10
200
67
0,20
250
0,35
500
0,7
Volume do Depsito
(Litros)
Volume Susp.
Me (ml)
1a3
Nmero de Colheres
1000
1,05
1500
1,75
2000
2,00
2500
2,70
3000
3,05
3500
3,75
4000
4,00
4500
4,70
Piretride
Piretride
Piretride
Cipermetrina
Cipermetrina
Cipermetrina
Organofosforado
Piretride
Cipermetrina
Malathion
Piretride
Cipermetrina
Organofosforado
Piretride
Deltametrina
Malathion
Piretride
Deltametrina
Piretride
Organofosforado
Fenitrothion
Cipermetrina
Piretride
Grupo
Qumico
Alfacypermetrina
Produto
20
20
25
25
30
Emulso
aquosa
Concentrado
emulsionvel
Concentrado
emulsionvel
Concentrado
emulsionvel
Concentrado
emulsionvel
Concentrado
emulsionvel
Grau tcnico
Grau tcnico
96
96
30
Emulso
aquosa
Concentrado
emulsionvel
40
20
Suspenso
concentrada
P molhvel
Conc.
Inic%
Formulao
Caractersticas
10ml
152ml
240ml
10ml
12ml
12ml
15ml
15ml
30ml
30ml
625g
50ml
Qtd
produto
Aplicao residual
Aplicao residual
Atividade
480ml
152ml
710ml
490ml
708ml
488ml
705ml
485ml
690ml
470ml
10 l
10 l
Qtd
solvente
leo vegetal
leo vegetal
leo vegetal
leo vegetal
leo vegetal
leo vegetal
leo vegetal
leo vegetal
gua
gua
gua
gua
Solvente
Preparao de campo
146
146
0,6
0,6
40
mg
ha
ha
ha
ha
ha
ha
ha
ha
ha
ha
m2
m2
Qtd
vol/
unid.
ia
rea
Dose
720 ml/ha
90 ml/min
304,8 ml ha
127 ml/min
720 ml/ha
208 ml/min
500 ml/ha
208 ml/min
720 ml/ha
208 ml/min
500 ml/ha
208 ml/min
720 ml/ha
208 ml/min
500 ml/ha
208 ml/min
720 ml/ha
90 ml/min
500 ml/ha
208 ml/min
Vazo do
equipamento/
qtd calda/ha
10 a 16
10 a 16
10 a 16
10 a 16
10 a 16
Veloc.
km/h
Anexo XVIII
151
Anexo XIX
Frmulas para realizao de cubagem dos depsitos
Mtodo n 1
Clculo de volume de depsitos retangulares
Frmula: V = C x L x H
V = volume
C = comprimento
L = largura
H = altura
Mtodo n 2
Clculo do volume dos depsitos cilndricos
Frmula: V = K x D2 x H
V = volume
K = 0,8 (valor constante)
D = dimetro ao quadrado
H = altura
Mtodo n 3
Clculo do volume de depsitos triangulares
Frmula: V = B x L X H/2
V = volume
B = base
L = largura
H = altura
2 = Constante
152
Anexo XX
Normas para utilizao adequada dos equipamentos
para aplicao a UBV acoplados a veculos
1. O bico do equipamento de aplicao a UBV deve ter uma capacidade mnima para dispersar o
inseticida em gotas entre 5 e 30 de dimetro, sendo que cerca de 80 % das gotas devem estar
entre 10 e 25.
2. O bico deve estar voltado para cima, em um ngulo de 45.
3. A velocidade mdia do veculo deve ser de 10 km/h, devendo-se desligar o equipamento quando
o veculo pare ou esteja mudando de quarteiro. Em alguns locais, opta-se por utilizar uma velocidade mdia de 16 km/h; nesse caso, dever ser realizado um ajuste na vazo e na concentrao
do inseticida.
4. As aplicaes a UBV devem ser realizadas entre 2 horas antes ou depois do nascer do sol e entre
duas horas antes ou depois do pr do sol, considerando-se os perodos de inverso trmica.
5. Deve-se calibrar a presso e vazo do equipamento quinzenalmente, quando em utilizao, e
sempre que: (i) o veculo sofrer um acidente, (ii) se trocar de concentrao ou de inseticida; (iii)
se notarem golpes no equipamento ou no bico; (iv) o equipamento permanecer sem uso durante
muito tempo.
6. Deve-se medir o tamanho das gotas produzidas pelo equipamento periodicamente, a cada 2 ou
3 meses, e sempre que ocorrerem as condies do tem 5.
7. A calda do inseticida deve ser preparada no dia da aplicao ou no mximo com 24 horas de
antecedncia.
8. A vazo deve ser adequada diluio a ser utilizada, presso do equipamento e velocidade
do veculo. A obedincia a esses parmetros permitir a aplicao exata da dose de inseticida
recomendada pelo Ministrio da Sade.
9. Aps cada aplicao, deve-se limpar o equipamento, utilizando o sistema de limpeza do fluxo de
descarga de inseticida, mediante o uso preferencial de lcool isoproplico.
Material para aplicao a UBV
Tipo
Uso
EPI
Balde
153
Anexo XXI
ATIVIDADES DE CAMPO
Levantamento de Indice/LIRAa
Visitas domiciliares
Incio de Ciclo de Visitas
Aes de mobilizao
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
154
Anexo XXII
Dengue
Atribuies da Ateno Primria
Classificao de risco
Tratamento do Grupo A: hidratao oral, antitrmico e analgsico
Encaminhamento
Acompanhamento
Notificao
Investigao
Preenchimento do carto de acompanhamento
Orientao aos familiares quanto aos sinais de alarme
Tratamento do Grupo B se houver condies de suporte para observao por 24 horas
Atender nos finais de semana e feriado por 12 horas nas epidemias
Providenciar a realizao dos exames inespecficos para o Grupo A especial
155
Dengue
Atribuies da Ateno Secundria
Classificao de risco
Tratamento do Grupo B: hidratao oral ou venosa, se necessrio
Encaminhamento dos Grupos C e D aps atendimento
Verificao e preenchimento do carto de acompanhamento
Notificao
Orientao aos familiares
Solicitao ou agendamento dos exames especficos
Realizao de hemograma com contagem de plaquetas
Encaminhamento Ateno Primria ou Terciria aps atendimento
156
Dengue
Atribuies da Ateno Terciria
Classificao de risco
Tratamento dos Grupos C e D: hidratao venosa imediata
Realizao de hemograma com contagem de plaquetas
Realizao de outros exames que se fizerem necessrios
Providenciar leitos de UTI, se necessrio
Encaminhamento de pacientes dos Grupos A e B aps atendimento
Verificao e preenchimento do carto de acompanhamento
Notificao
Encaminhamento Ateno Primria aps alta hospitalar
157
ISBN 978-85-334-1602-4
MINISTRIO DA SADE
9 78 8 5 3 3
Disque Sade
0800.61.1997
416024
ANOS
Braslia / DF 2009