Apostila Vet 2014
Apostila Vet 2014
Apostila Vet 2014
2014
pH e SISTEMAS TAMPO
01. Segel, Biochemical Calculations, Captulo 1, Problema 1-19. O Ka do cido fraco HA
1,6 x 10-6. Calcular:
a) O grau de ionizao do cido para uma soluo 10-3 M.
b) O pH
AMINOCIDOS
01. Segel, Biochemical Calculations, Captulo 1, Problema 1-45. Escreva as estruturas das
vrias formas de alanina, cido asprtico e lisina que podem ser obtidas. Mostre como
cada forma ioniza em gua.
02. Segel, Biochemical Calculations, Captulo 1, Problema 1-46 Desenhe a curva de
titulao de cloridrato de alanina com KOH. Indique o pI. So dados:
pKa1 = 2,4 e pKa2 = 9,6
03. Conhecidos os valores dos pKas, discuta as curvas de titulao do cido asprtico e
lisina. Indique os respectivos pIs.
04. Segel, Biochemical Calculations, Captulo 2, Problema 2-2. Quais so as mobilidades
eletroforticas relativas de glicina, leucina, cido asprtico, cido glutmico e lisina a pH
4,7?
Dados:
Aminocido
Lisina
Glicina
Leucina
cido Glutmico
cido Asprtico
Considere: mobilidade eletrofortica = k .
P.M.
146,2
75,1
131,2
147,1
133,1
pI
9,74
5,97
5,98
3,22
2,98
pH - pI
P.M.
PEPTDEOS
1. Baseado em Marzzoco e Torres, Bioqumica Bsica, Pgina 220, Problema 3.
Para o tripeptdeo H3N+-Ala-Lys-Ser-COOa) Classifique os grupos R segundo suas polaridades.
b) Diga para que tipo de ligao esses grupos poderiam contribuir na estrutura terciria de
uma protena.
c) Calcule o pI sabendo que:
Ala
Lys
Ser
Glu
2,34
2,18
2,21
2,19
pKa1
9,69
8,95
9,15
9,67
pKa2
10,53
4,25
pKa3 (grupo R)
d) Para que polo migraria o tripeptdeo numa eletroforese feita a pH = 7?
e) Discuta a capacidade do peptdeo de atuar como tampo.
f) Refaa os tens anteriores para um tripeptdeo contendo cido glutmico no lugar de
lisina.
02. Stryer, Biochemistry, 3a edio, Captulo 3, Problema 1. Os seguintes reagentes so
comumente usados na Qumica de Protenas:
CNBr (brometo de cianognio)
Cloreto de Dabsila
Uria
HCl 6N
Ninhidrina
-Mercaptoetanol
Tripsina
Fenil isotiocianato
cido Perfrmico
Quimiotripsina
Qual(is) dele(s) (so) o(s) mais adequado(s) para executar cada uma das seguintes tarefas?
a) Determinao da sequncia de aminocidos de um peptdeo pequeno.
b) Identificao de um resduo amino-terminal de um peptdeo (do qual dispe-se somente
de menos de 10-7 g).
c) Desnaturao reversvel de uma protena isenta de pontes de dissulfeto. Que outro
reagente seria necessrio se elas estivessem presentes?
d) Hidrlise de ligaes peptdicas no lado carboxlico de resduos com R aromtico.
e) Clivagem de ligaes peptdicas no lado carboxlico de metioninas.
f) Hidrlise de ligaes peptdicas no lado carboxlico de resduos de lisina e arginina.
03. Rawn, Biochemistry, Captulo 3, Problema 4. Um peptdeo tem a composio: Ala, Arg,
Asp2, Glu2, Gly3, Leu, Val3.
Os seguintes peptdeos foram isolados aps hidrlise cida parcial e suas sequncias
determinadas:
(1) Asp-Glu-Val-Gly-Gly-Glu-Ala
(2) Val-Asp-Val-Asp-Glu
(3) Val-Asp-Val
(4) Glu-Ala-Leu-Gly-Arg
(5) Val-Gly-Gly-Glu-Ala-Leu-Gly-Arg
(6) Leu-Gly-Arg
Com estes dados, indique a sequncia de aminocidos no peptdeo original.
04. Segel, Biochemical Calculations, Captulo 2, Problema 2-3. A hidrlise parcial de uma
protena forneceu vrios polipeptdeos. Um deles foi purificado. Deduza a sequncia de
aminocidos neste polipeptdeo a partir das seguintes informaes:
a) A hidrlise cida completa forneceu Ala + Arg + 2 Ser + Lys + Phe + Met + Trp + Pro.
b) O tratamento com fluorodinitrobenzeno (FDNB, o reagente de Sanger) seguido da
hidrlise cida completa forneceu como nicos dinitrofenil derivados (DNP derivados), a
alfa- dinitrofenilalanina (alfa-DNP-Ala) e a epsilon-dinitrofenilisina (epsilon-DNP-Lys).
c) Carboxipeptidase A ou carboxipeptidase B no liberaram qualquer aminocido C
terminal.
d) O tratamento com brometo de cianognio (CNBr) forneceu dois peptdeos. Um continha
Ser + Trp + Pro. O outro continha todos os aminocidos restantes (inclusive a segunda
serina).
e) O tratamento com quimiotripsina forneceu trs peptdeos. Um continha somente Ser +
Pro. Outro, somente Met + Trp. O terceiro Phe + Lys + Ser + Arg + Ala.
f) O tratamento com tripsina forneceu trs peptdeos. Um continha somente Ala + Arg.
Outro continha somente Lys + Ser. O terceiro continha Phe + Trp + Met + Ser + Pro.
Informaes: (1) FDNB reage com amino-grupos livres fornecendo DNP-aminocidos aps
hidrlise; (2) Carboxipeptidase A libera todos os aminocidos C terminais, exceto Arg, Lys e
Pro e Carboxipeptidase B libera somente C terminal correspondente a Arg ou Lys; (3) CNBr
cliva especificamente no lado carboxlico de resduos de Met; e (4) Quimiotripsina e tripsina
clivam especificamente no lado carboxlico, respectivamente, de resduos com R aromtico
(Phe, Tyr e Trp) e de resduos com R de Lys e Arg.
PROTENAS
01. Indique as propriedades das protenas nas quais se baseiam as seguintes tcnicas
utilizadas na sua purificao:
(a) Eletroforese, (b) Salting out, (c) Precipitao no pI, (d) Ultra centrifugao e (e) Dilise
02. Lehninger, Biochemistry, 2a. ed., Captulo 7, Problema 6. Para que direo, isto para o
anodo (A), para o catodo (C) ou permenncia na origem (O), migraro num campo
eltrico as seguintes protenas, nos pHs indicados?
a) Albumina do ovo (pI = 4,6) em pH 5,0
b) -Lactoglobulina (pI = 5,2) nos pHs 5,0 e 7,0
c) Quimiotripsinognio (pI = 9,5) nos pHs 5,0, 9,5 e 11,0
03. Lehninger, Biochemistry, 2a. ed., Captulo 7, Problema 7. Em que pH ser a eletroforese
mais eficiente na separao das seguintes misturas de protenas?
a) Albumina srica e hemoglobina; pIs = 4,9 e 6,8, respectivamente
b) Mioglobina e quimiotripsinognio; pIs = 7,0 e 9,5, respectivamente
c) Albumina do ovo, albumina srica e urease, pIs = 4,6, 4,9 e 5,0, respectivamente
04. Marzzoco e Torres, Bioqumica Bsica, Pgina 220, Problema 7. Abaixo est
representada a mobilidade eletrofortica em pH 8,6 da hemoglobina normal e de uma
srie de hemoglobinas anormais (que possuem um aminocido substitudo):
(-)______________________________________________________(+)
A
B
Normal
C
D
Indique a que posio A, B, C ou D corresponde cada hemoglobina anormal:
HbS - Val em lugar de Glu, HbJ - Asp em lugar de Gly, HbN - Glu em lugar de Lys e
HbC - Lys em lugar de cido Glu.
05. Segel, Biochemical Calculations, 2a. ed., Captulo 2, Problema 2-7. O peso molecular
mdio de um resduo de aminocido 120. A densidade mdia de uma protena 1,33
g/cm3. Calcule:
a) A massa de uma nica molcula de uma protena que contm 270 aminocidos, (b) O
volume ocupado por uma nica molcula desta protena, e (c) Poder uma molcula desta
protena adaptar-se no interior de uma membrana celular medindo 100 de espessura?
Considere que esta molcula esfrica.
06. Wood et al, Biochemistry: A Problems Approach, Captulo 4, Problema 4-1. Indique se
as seguintes afirmaes so falsas ou verdadeiras. Justifique as que forem falsas:
a) Pontes de hidrognio ocorrem entre tomos de Hidrognio na superfcie das molculas de
protena em soluo.
A
B
C
A
B
C
29,4
5,0
10,7
0,5
6,9
2,4
Ala
Leu
0,5
7,2
5,0
0,3
2,3
3,4
Arg
Lys
1,3
6,0
4,5
0,5
0,8
Asp
Met
11,2
0,5
2,5
1,2
Cys
Phe
1,0
12,1
7,1
0,3
7,5
12,2
Glu
Pro
44,6
8,1
33,0
12,2
10,2
4,3
Gly
Ser
0,2
0,7
0,4
0,2
1,2
His
Trp
9,4
5,2
4,2
0,4
Hypro
Tyr
0,7
2,8
0,9
2,2
5,1
2,3
Ile
Val
Baseado nos dados da tabela, voc pode prever a estrutura secundria predominante
para cada uma?
a) Qual das hemoglobinas apresenta maior afinidade pelo oxignio nas condies
fisiolgicas? Explique.
b) Qual o significado fisiolgico das diferenas de afinidade? Explique.
Removendo-se cuidadosamente todo DPG de amostras de hemoglobina A e F,
verifica-se que as curvas de saturao pelo oxignio (e consequentemente as afinidades) so
deslocadas, no grfico, para o lado esquerdo. Nesta situao, hemoglobina A passa a ter
maior afinidade pelo oxignio. Recolocando-se DPG, as curvas de saturao voltam ao
normal, como mostrado no grfico acima. Pergunta-se:
c) Qual o efeito de DPG na afinidade da hemoglobina pelo oxignio?
d) Como as informaes acima (relativas ao item c) podem explicar a razo das diferentes
afinidades apresentadas pela hemoglobina fetal e materna?
10. Seguindo as instrues abaixo, faa com papel um modelo aproximado da alfa-hlice:
a) Trace em papel milimetrado duas linhas paralelas separadas 1,8 cm uma da outra.
b) Na linha de baixo, a partir de origem marque pontos distantes 3 cm um do outro.
c) Na linha superior marque a origem 0,5 cm frente da origem correspondente na linha
inferior. A partir da origem, marque pontos na linha superior distantes 3 cm um do outro.
d) Una os pontos correspondentes nas linhas superior e inferior, de tal modo a obter uma
srie de paralelogramos.
e) Em cada paralelogramo trace trs segmentos auxiliares:
(1) No lado menor da esquerda marque um ponto 0,3 cm abaixo do vrtice esquerdo
superior. No lado menor direita marque um ponto 0,3 cm acima do vrtice inferior. Una
estes pontos.
(2) e (3) Trace segmentos paralelos aos lados menores que distem entre si 1 cm. Desta
forma o paralelogramo dividido por estes segmentos em trs teros iguais.
f) Escreva a letra C (Carbono) no encontro dos segmentos (1) e (2) e o N (Nitrognio) no
encontro de (1) e (3).
g) No centro dos lados menores escreva C.
h) Una C - C - N - C - C - N - ....
i) Faa C = O para cima ao longo do segmento (2) e N - H para baixo ao longo de (3).
j) Dobre a tira de papel nas posies correspondentes aos lados menores e fixe as pontes de
hidrognio N - H ... O = C com pequeno pedao de fita adesiva, de tal forma a obter no
conjunto uma hlice.
11. Seguindo as instrues abaixo, faa com papel um modelo aproximado de um folha
pregueada beta com cadeias polipeptdicas antiparalelas:
a) Numa folha de papel sulfite com seus lados maiores em posio horizontal trace as linhas
auxiliares da maneira indicada abaixo.
b) Trace levemente linhas verticais distantes entre si 6 cm. A primeira linha esquerda pode
distar 1 cm do lado menor.
c) Trace levemente pares de paralelas horizontais distantes 1,2 cm entre si. No primeiro par,
a linha superior deve distar 1 cm do lado maior superior da folha de papel. A paralela
inferior dista 1,2 cm da linha superior.
d) Abaixo 4,2 cm da linha inferior do primeiro par de paralelas trace a linha superior do
segundo par. Trace em seguida a linha inferior do segundo par.
e) Da mesma forma trace o terceiro e quarto pares de paralelas.
f) Com as verticais e os pares de paralelas voc obteve uma srie de retngulos medindo 1,2
cm (lado menor) por 6 cm (lado maior).
g) Na primeira srie de retngulos (a srie superior) escreva C no vrtice superior esquerdo
do primeiro retngulo da esquerda. No vrtice inferior direito escreva tambm C. Assim,
de forma diagonalmente oposta, v escrevendo C na primeira srie de retngulos.
h) Na segunda srie de retngulos (uma abaixo da srie superior) escreva C no vrtice
inferior esquerdo do primeiro retngulo da esquerda. No vrtice superior direito escreva
tambm C. Assim, de forma diagonalmente oposta, v escrevendo C na segunda srie
de retngulos.
i) Proceda com em (g) para escrever C na terceira srie de retngulos.
j) Proceda como em (h) para escrever C na quarta srie de retngulos.
k) Entre duas verticais (separadas de 6 cm) trace levemente duas outras verticais separadas
de 2 cm.
l) Agora, na primeira srie de retngulos escreva C de forma diagonalmente aposta a C.
Diagonalmente oposto a C escreva N. V escrevendo C e N diagonalmente opostos.
m) Tambm, na segunda srie de retngulos escreva N de forma diagonalmente oposta a C.
Diagonalmente oposto a N escreva C. V escrevendo N e C diagonalmente opostos.
n) Na terceira srie de retngulos escreva C e N como em (l).
o) Na quarta srie de retngulos escreva N e C como em (m).
p) Nos C (no em C) faa C = O (as ligaes devem estar centradas em C e a 120o).
q) Nos N faa N - H (as ligaes devem estar centradas em N e a 120o).
r) Estabelea as pontes de hidrognio entre as cadeias com os C = O e H - N prximos
(C = O --- H - N).
s) Dobre a folha de papel em zig-zag, vincando-a nas verticais que passam por C.
ENZIMAS
01. Segel, Biochemical Calculations, Captulo 4, Problema 4-18. Um extrato bruto livre de
clulas contm 20 mg/ml de protena. Uma alquota de 10 l (microlitros) deste extrato
em um volume total de reao standard de 0,5 ml catalisou a formao de 30 nmoles
(nanomoles) do produto em 1 min sob condies timas de ensaio (fora inica e pH
timos, concentraes saturantes de todos substratos, coenzimas, ativadores, etc.)
a) Expresse v em termos de nmoles x ml-1 x min-1, nmoles x litro-1 x min-1, moles
x litro -1 x min-1, M x min-1
b) Qual seria o valor de v se os mesmos 10 l do extrato fossem ensaiados em um volume
total de 1,0 ml?
c) Em termos de unidades/ml, qual a concentrao da enzima na mistura de ensaio e no
extrato?
d) Qual a atividade especfica da preparao?
02. Rawn, Biochemistry, Captulo 7, Problema 1. A acetilcolinesterase (uma esterase)
catalisa a hidrlise da acetilcolina:
acetilcolina + H2O
v (moles/min)
0,25
0,25
0,25
0,20
0,071
0,0096
Pergunta-se:
(a) Qual a Vmax para esta concentrao de enzima?
(b) Qual o KM desta enzima?
(c) Verifique se esta reao segue uma cintica simples de Michaelis-Menten.
(d) Quais sero as velocidades iniciais para:
[S] = 1,0 x 10-6 M e [S] = 1,0 x 10-1 M?
(e) Calcule a quantidade total de produto formado durante os primeiros cinco minutos
quando a [S] = 2,0 x 10-3 M. possvel fazer o mesmo clculo para uma
[S]=2,0x10-6 M?
(f) Suponha que a concentrao de enzima em cada tubo foi aumentada por um fator de 4.
Quais so os valores de KM e Vmax? Neste caso, qual o valor de v para
[S] = 5,0x10-6 M?
04. Stryer, Biochemistry, 2a. ed., Captulo 6, Problema 2. A penicilinase, uma enzima
presente em algumas bactrias resistentes, hidrolisa penicilina tornando-a inativa. O P.M.
desta enzima em Staphylococcus aureus 29.600. Mediu-se em funo da concentrao
de penicilina, a quantidade deste antibitico que foi hidrolisada em 1 min em 10 ml de
uma soluo que continha 10-9 g de penicilinase purificada. Considere que a
concentrao de penicilina no se altera apreciavelmente durante o ensaio:
Penicilina
(moles/litro)
0,1 x 10-5
0,3 x 10-5
0,5 x 10-5
1,0 x 10-5
3,0 x 10-5
5,0 x 10-5
Quantidade hidrolisada
(moles)
0,11 x 10-9
0,25 x 10-9
0,34 x 10-9
0,45 x 10-9
0,58 x 10-9
0,61 x 10-9
(a) Projete 1/v versus 1/[S] para estes dados. H indicao de que a penicilinase segue uma
cintica de Michaelis-Menten? Em caso afirmativo, qual o valor de KM?
(b) Qual o valor de Vmax?
(c) Qual o valor do nmero de transformao (turnover) da penicilinase nestas condies
experimentais? (Considere um centro ativo por molcula de enzima)
05. Faa o grfico da velocidade de uma reao enzimtica em funo do pH, admitindo-se
que a enzima seja estvel de pH 3 a 12, o substrato no contm grupos ionizveis e a
catlise depende da presena no centro ativo de: (a) uma carboxila (pKa = 5)
desprotonada, (b) um grupo amina (pKa = 9) protonado, e (c) uma carboxila (pKa = 5)
desprotonada e um grupo amina (pKa = 9) protonado.
06. Stryer, Biochemistry, 2a. ed., Captulo 6, Problema 3. Foram efetuadas medidas
cinticas para uma enzima na ausncia e na presena de inibidor ([I] = 2 x 10-3 M, fixa).
As velocidades iniciais correspondentes s vrias concentraes de substrato esto
indicadas na tabela abaixo:
[S] M
0,3 x 10-5
0,5 x 10-5
1,0 x 10-5
3,0 x 10-5
9,0 x 10-5
Pergunta-se:
Velocidade (mol/min)
sem inibidor
com inibidor
10,4
4,1
14,5
6,4
22,5
11,3
33,8
22,6
40,5
33,8
Velocidade (u mol/min)
sem inibidor
com inibidor
10,4
2,1
14,5
2,9
22,5
4,5
33,8
6,8
40,5
8,1
Pergunta-se:
(a) Quais so os valores de Vmax e KM na presena deste inibidor? (b) Qual o tipo de
inibio? (c) Qual a constante de dissociao do complexo enzima-inibidor?
CARBOIDRATOS
01. Stryer, Biochemistry, 3a ed., Captulo 14, Problema 1. Indique se cada um dos seguintes
pares consiste de anmeros, epmeros ou par aldose-cetose:
a) D-gliceraldeido e dihidroxiacetona
b) D-glicose e D-manose
c) D-glicose e D-frutose
d) -D-glicose e -D-glicose
e) D-ribose e D-ribulose
f) D-galactose e D-glicose
02. Gumport et al., Students Companion to Stryers Biochemistry, Captulo 14, Self-Test,
Problema 3. Examine as cinco seguintes estruturas de acares.
d o nome destes
monossacardeos
d) fornecem diferentes acares por hidrlise enzimtica ou qumica da ligao glicosdica
e) so redutores
f) contm um carbono anomrico
g) sofrem mutarrotao
h) sacarose
i) correspondem aos que so liberados na digesto do amido
06. Van Eikeren, Guide to Lehningers Principles of Biochemistry, Captulo 11, Covalently
Bonded Monosaccharides: Disaccharides and Polysaccharides, Study Questions and
Problems. Problema 2. Uma amostra de dissacardeo corresponde ou lactose ou sacarose.
A amostra fornece resultado negativo no teste para se verificar se o dissacardeo
redutor. Entretanto, o mesmo teste d resultado positivo se a amostra antes tratada com
cido diludo e aquecida. A amostra desconhecida corresponde a lactose ou a sacarose?
Explique.
07. Lehninger, Principles of Biochemistry, Captulo 11. Problema 7. Comparao entre
celulose e glicognio. A Celulose, praticamente pura obtida das fibras que envolvem as
sementes do algodo, resistente, fibrosa e completamente insolvel em gua.
Diferentemente, o glucognio extrado de fgado ou msculo dispersa-se facilmente em
gua quente formando uma soluo turva. Embora eles tenham propriedades fsicas
marcadamente diferentes, as duas substncias so compostas por molculas de D-glicose
polimerizadas atravs de ligaes 1 4 e tm pesos moleculares comparveis.
Quais caractersticas estruturais so responsveis por estas propriedades to diferentes
dos dois polissacardeos?
Quais as vantagens biolgicas de suas respectivas propriedades fsicas?
08. Van Eikeren, Guide to Lehningers Principles of Biochemistry, Captulo 11,
Glycoproteins: Hybrid Molecules of Carbohydrate and Protein, Problema 1. A figura
abaixo mostra uma unidade repetitiva da molcula de uma glicoprotena.
LIPDEOS e MEMBRANAS
01. Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 12, Problema 1. Ponto de fuso dos
cidos graxos. Os pontos de fuso de uma srie de cidos graxos de 18 tomos de
carbono so: cido esterico (69,9oC), cido olico (13,4oC), cido linolico (-5oC) e
cido linolnico (-11oC). Que aspecto estrutural destes cidos graxos de 18 carbonos
pode ser correlacionado com o ponto de fuso? Fornea uma explicao molecular para
esta tendncia do ponto de fuso.
02. Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 12, Problema 13. Fluidez e funo da
membrana. Uma hiptese central, na rea da pesquisa de membranas, que os lipdeos
de membrana devem ser fludos (em oposio a "congelados") a fim de que a membrana
possa desempenhar suas funes. O apoio para esta hiptese fornecido pela observao
de que a composio de cido graxo das membranas pode ser alterada pelas condies
nas quais a bactria cresce. Por exemplo, se a bactria est crescendo em temperatura
menor que a normal, as quantidades observadas de cidos graxos insaturados (relativas
ao contedo de cido graxo saturado) esto acima do normal.
Contrariamente, se a bactria est crescendo em temperatura acima da normal, as
quantidades observadas de cidos graxos insaturados nos lipdeos da membrana
(relativas aos cidos graxos saturados) esto abaixo do normal.
(a) Sugira razes por que o contedo lipdico na membrana bacteriana deve ser fluido para
que a membrana intacta opere apropriadamente.
(b) Explique como a alterao observada nos nveis dos cidos graxos insaturados relativa
aos nveis dos cidos graxos saturados, em diferentes temperaturas de crescimento, apia
a hiptese da fluidez da membrana.
03. Rawn, Biochemistry, Captulo 9, Problema 1. Seja uma bicamada lipdica sinttica
formada apenas de fosfatidato, na qual as duas cadeias hidrofbicas correspondem ao
cido graxo saturado C18, cido esterico. Considere que a esta bicamada foram
impostas as seguintes mudanas:
(a) substituio de metade das cadeias hidrofbicas por outras cadeias hidrofbicas derivadas
de C18, nas quais ocorrem uma insaturao de configurao cis (entre C9 e C10).
(b) Adio de ons Ca2+ soluo que contm a bicamada.
Em ambos os casos, faa uma previso a respeito da temperatura de transio de fase.
04. Stryer, Biochemistry, 2a. ed., Captulo 10, Problema 1 Quantas molculas de
2
fosfolipdeo existem em 1 m da regio da membrana em bicamada de fosfolipdeo?
Considere que a molcula de fosfolipdeo ocupa 70 2 de rea.
05. Rawn, Biochemistry, Capitulo 9, Problema 3. Qual a fora ("driving force") que dirige
a formao de bicamadas fosfolipdicas?
06. Lehninger, Principles of Biochemistry, Captulo 4, Problema 9. O pH e a absoro de
drogas. A droga aspirina, intensamente receitada, um cido fraco com um pKa de 3,5.
a) Escreva por frmulas estruturais a ionizao reversvel da aspirina.
A aspirina absorvida para o sangue atravs das clulas de revestimento do estmago e
do intestino delgado. Para uma substncia ser absorvida ela deve atravessar facilmente a
membrana celular. A passagem atravs da membrana celular determinada pela
polaridade da molcula: molculas inicas (carregadas) e molculas altamente polares
passam lentamente, enquanto aquelas neutras e hidrofbicas passam rapidamente. Como
o pH do suco gstrico cerca de 1 e o pH no intestino delgado, cerca de 6, pergunta-se:
b) Onde a aspirina mais absorvida para a corrente sangunea, no estmago ou no intestino
delgado? Justifique claramente a sua escolha.
b) Sabendo que nas clulas o PPi formado rapidamente hidrolisado a 2Pi por uma
pirofosfatase inorgnica (Go'= -8 Kcal/mol), discuta o efeito da hidrlise do PPi na
formao de Acetil CoA a partir de Acetato.
04. Stryer, Biochemistry, 3a edio, Captulo 13, Problema 4. Dados os Go' de hidrlise de
glicose-6-fosfato e glicose-1-fosfato, respectivamente -3,3 Kcal/mol e -5,0 Kcal/mol,
calcule:
a) O Go' da isomerizao de glicose-6-fosfato a glicose-1-fosfato.
b) No equilbrio, qual a razo entre as concentraes de glicose-6-fosfato e de glicose-1fosfato?
c) Em que condies celulares a isomerizao referida no item (a) poderia produzir
continuamente e em alta velocidade a glicose-1-fosfato?
05. Stryer, Biochemsitry, 3a edio, Captulo 13, Problema 1. Discuta em que sentido
ocorrem as reaes abaixo, quando os reagentes esto presentes inicialmente em
quantidades equimolares
a) ATP + creatina
creatinafosfato + ADP
b) ATP + glicerol
glicerol-3-fosfato + ADP
c) ATP + piruvato
fosfoenolpiruvato + ADP
d) ATP + glicose
glicose-6-fosfato + ADP
Go' de hidrlise
creatinafosfato
-10,3 Kcal/mol
glicerol-3-fosfato
- 2,2 Kcal/mol
fosfoenolpiruvato
-14,8 Kcal/mol
glicose-6-fosfato
- 3,3 Kcal/mol
ATP a ADP
- 7,3 Kcal/mol
06. Van Eikeren, quide to Lehninger's Principles of Biochemistry, Captulo 14, Self-Test,
Problema 1. Considere um ecossistema que consiste de um ovo e uma chocadeira. A
clara e a gema do ovo contm protenas, carboidratos e lipdeos. Se fertilizado, o ovo
transforma-se de uma simples clula em um organismo complexo. Discuta este processo
irreversvel em termos de variaes de entropia que se verificam no sistema, vizinhanas
e universo. Esteja certo de que, antes de mais nada, voc tenha definido claramente o
sistema e as vizinhanas.
INTRODUO AO METABOLISMO
01. Considerar o mapa metablico simplificado apresentado em classe e responder:
(a) Quais so os passos irreversveis que aparecem no mapa?
(b) Qual o primeiro composto comum que aparece na degradao de protenas, lipdeos e
carboidratos?
(c) Animais de laboratrio foram submetidos a dietas compostas exclusivamente de
carboidratos, ou lipdeos, ou protenas. Analisar em que caso haveria sobrevivncia,
verificando se possvel sintetizar:
cido graxo a partir de glicose
protena a partir de glicose
glicose a partir de cido graxo
protena a partir de cido graxo
glicose a partir de protena
cido graxo a partir de protena
02. Que compostos um indivduo deve obrigatoriamente receber na dieta? Utilizar apenas as
informaes do mapa metablico simplificado.
03. Glicose utilizada como fonte de energia para a clula, ou organismo com a finalidade
de produzir ATP. O excesso de glicose pode ser convertido em gordura. O esquema
simplificado abaixo mostra estas duas possibilidades:
Discuta:
a) Neste esquema, quais so as possveis reaes catalisadas por enzimas alostricas?
b) Como funciona o esquema acima quando h disponibilidade de muita glicose?
c) O substrato B pode dar origem a dois produtos diferentes. Faa os grficos de velocidade
em funo da concentrao de B para cada uma das enzimas.
d) Quando houver pouca disponibilidade de B qual seu caminho preferencial? Por qu?
04. Lehninger, Principles of Biochemistry, Captulo 13, Problema 5. Comparao entre via
catablica e via anablica. A interconverso de glicose a frutose-1,6-difosfato, uma srie
muito importante de etapas no metabolismo de carboidratos, mostrada abaixo. A
quebra da glicose constitui a via catablica, enquanto a biossntese de glicose a partir de
frutose-1,6-difosfato corresponde a via anablica. Ambas as vias usam as mesmas
hexoses monofosfato intermedirias. Embora estas vias tenham semelhanas, elas
apresentam diferenas bsicas. A finalidade deste exerccio reconhec-las.
a) Esquematize a reao balanceada para cada passo na via catablica. Escreva a equao
lquida que resulta quando soma-se os passos individuais.
b) Repita o item (a) para a via anablica.
c) Baseado nas equaes lquidas, quais so as diferenas que podem ser notadas entre as
vias catablica e anablica? As duas vias so simplesmente o reverso uma da outra?
d) O que assegura o sentido das reaes individuais no catabolismo da glicose? Ou seja, o
que impede que no catabolismo da glicose passe a ocorrer por vias reversas?
e) Nas vias catablica e anablica, a interconverso de glicose e glicose-6-fosfato poderia ser
catalisada pela mesma enzima? Explique. A interconverso de glicose-6-fosfato e
frutose-6-fosfato nas vias catablica e anablica poderia ser catalisada pela mesma
enzima? Explique
GLICLISE
01. Stryer, Biochemistry 3a edio, Captulo 15, Problema 3. Escreva a equao balanceada
para a converso da Glicose a Lactato.
a) Calcule a variao de energia livre padro desta reao usando os dados apresentados na
tabela 15-2 do captulo 15 do Stryer (3a edio) e levando em conta que o Go' para a
reao Piruvato + NADH + H+ Lactato + NAD+, igual a -6 Kcal/mol
b) Qual a variao de energia livre (G', no Go) para esta reao quando as
concentraes de reagentes e produtos so:
Glicose
Lactato
ATP
5 mM
0,05 mM
2 mM
ADP
Pi
0,2 mM
1 mM
02. Stryer, Biochemistry, 3a edio, Captulo 15, Problema 2. Glicose marcada com 14C em
C-1 incubada com as enzimas da gliclise e os cofatores necessrios. Qual a
distribuio de 14C no Piruvato que formado? (Considerar que a interconverso entre
Gliceraldedo 3-fosfato e Dihidroxiacetona fosfato muito rpida comparada com o
passo subsequente).
03. Discutir a regulao da via glicoltica em funo da relao ATP/ADP.
04. Em relao a via glicoltica:
a) Verificar os compostos que apresentam ligaes tipo: fosfoenol, anidrido fosfrico e ster
fosfrico e identificar aqueles que so compostos ricos em energia
b) Indicar as reaes de oxidorreduo
c) Dizer como regulada a via glicoltica e citar as enzimas e seus moduladores
d) Mostrar os passos irreversveis que fazem parte do mapa
e) Determinar quantas molculas de cido Pirvico se formam a partir de uma molcula de
hexose
05. Rawn, Biochemistry, Captulo, 12, Problema 14. Uma pessoa incapaz de executar
exerccios fsicos intensos e prolongados teve suas enzimas analisadas. Todas as enzimas
da via glicoltica estavam em concentrao normal, com excesso da fosfoglicerato
mutase muscular.
a) Como ser afetada a produo de energia metablica em uma clula que apresenta baixos
nveis desta enzima?
CICLO DE KREBS
01. Quando uma preparao de mitocndrias (convenientemente tratada) incubada com
Acetil-CoA, verifica-se que para cada mol de Acetil-CoA adicionado formam-se dois
moles de CO2 e que a velocidade de formao de CO2 (l de CO2/min) tem um valor A
qualquer.
a) Quando se adiciona Acetil-CoA + Succinato, observa-se que a velocidade da produo de
CO2 aumenta e o aumento de CO2 produzido excede a quantidade de Succinato
adicionado, ou seja, o efeito do Succinato cataltico.
Discuta as observaes acima.
b) O que aconteceria se a incubao fosse feita na presena de Acetil-CoA + Succinato +
Malonato?
02. Como os intermedirios do ciclo de Krebs poderiam ser repostos se houvesse intensa
sntese de cido Asprtico e Glutmico s custas dos intermedirios do ciclo de Krebs?
03. A carboxilase pirvica estimulada alostericamente por Acetil-CoA. Discuta a
importncia deste fato para o metabolismo energtico.
04. Mostre como o ciclo de Krebs e a gliclise podem ser reguladas pela isocitrato
desidrogenase.
05. Por que um esquim com dieta deficiente em carboidratos estaria nutricionalmente
melhor comendo alimentos com lipdeos contendo cidos graxos com nmero mpar de
tomos de Carbono ao invs de nmero par?
CADEIA RESPIRATRIA
07. A membrana externa da mitocndria permevel maioria dos solutos de baixo peso
molecular. A membrana interna, entretanto, possui seletividade, sendo impermevel por
exemplo a coenzimas, nucleotdeos, etc. De posse dessas informaes responder as
seguintes indagaes:
a) Como os acil-CoA produzidos aps ativao dos cidos graxos podem ser degradados na
-oxidao?
b) Como o NADH produzido na via glicoltica pode ser reoxidado na cadeia respiratria?
c) Como o ATP produzido na cadeia respiratria pode ser utilizado nas biossnteses que
ocorrem no citoplasma?
08. Um microorganismo aerbico facultativo cultivado em meio lquido glicosado com
aerao e sem aerao. Em qual das duas culturas o consumo de glicose pelas clulas
maior? Justificar a resposta em termos de regulao metablica.
09. Aceita-se que a oxidao de NADH ao nvel de cadeia respiratria produz, em mdia, 3
ATP. conhecido que existem "stios" de produo de ATP (quais?). Discutir a relao
estequiomtrica e a existncia de "stios" luz da teoria do acoplamento quimiosmtico.
05. Ler o Stryer, no cap. referente a Via das Pentoses, o tpico: "A deficincia de glicose-6fosfato desidrogenase causa anemia hemoltica induzida por droga".
NEOGLICOGNESE
01. O hepatcito pode reverter a transformao de glicose em piruvato apesar de haver trs
reaes irreversveis na gliclise. Em cada uma dessas etapas, comparar as reaes no
sentido glicose piruvato e piruvato glicose, quanto s enzimas, reagentes, produtos
e coenzimas.
02. Lactato produzido pelo msculo e pelas hemcias pode ser utilizado pelo fgado para
convert-lo novamente em glicose. Calcular o nmero de molculas de ATP, por
molcula de glicose, necessrio a essa converso.
METABOLISMO DE AMINOCIDOS
01. Esquematizar as reaes que permitem a sntese da maioria dos aminocidos a partir de
NH3, alfa-cetoglutarato e alfa-cetocidos correspondentes. Discutir as implicaes da
reversibilidade das reaes.
02. Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 19, Problema 6. Os trs tomos de
carbono no lactato e alanina tem estados de oxidao idnticos, e animais podem usar
qualquer um deles como combustvel metablico. Comparar o rendimento lquido de
ATP (moles de ATP por mol de substrato) para a oxidao completa (a CO2 e H2O) de
lactato versus alanina quando o custo de excreo de nitrognio como uria includo.
03. A alanina desempenha um papel importante no transporte de amnia para o fgado, numa
forma no txica. A amnia produzida no msculo e outros tecidos, principalmente pela
degradao de aminocidos, torna-se o alfa-amino grupo da alanina e desta forma
transportada do msculo (e outros tecidos) para o fgado atravs da corrente sangunea.
No fgado, a alanina perde o amino grupo que eliminado como uria. O esqueleto
carbnico da alanina convertido em glicose, que volta atravs da corrente sangunea ao
msculo. Esta interrelao entre msculo e fgado chamada ciclo da alanina-glicose.
Esquematize o ciclo da alanina-glicose. Identifique as vias metablicas envolvidas em
clulas de msculo e fgado.
04. Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 9, Problema 4. Uma criana de dois anos
de idade foi levada ao hospital. Sua me indicou que ela vomitava frequentemente,
especialmente aps as refeies. O peso da criana e o seu desenvolvimento fsico eram
abaixo do normal. Seus cabelos, embora escuros, continham pores de cabelos brancos.
Uma amostra de urina tratada com cloreto frrico (FeCl3) apresentou cor verde
caracterstica da presena de cido fenilpirvico. A anlise quantitativa de amostras de
urina apresentou os resultados mostrados na tabela abaixo:
Substncia
Paciente
Normal
(mmol/l)
(mmol/l)
Fenilalanina
7,0
0,01
Fenilpiruvato
4,8
0
Fenilactato
10,3
0
a) Sugerir a enzima que possa estar deficiente. Propor um tratamento para esta condio.
b) Por que a fenilalanina aparece na urina em grandes quantidades?
c) Qual a fonte de fenilpiruvato e do fenilactato? Por que estas vias (normalmente no
funcionais) entram em ao quando a concentrao de fenilalanina se eleva?
d) Por que o cabelo da paciente apresenta pores brancas?
05. Analisar as consequncias, para o metabolismo geral, de uma dieta calrica normal e
contendo protenas de baixo valor biolgico (protena com baixo contedo em
aminocidos essenciais).
Definir balano de nitrognio. O que significa balano de nitrognio negativo, zero e
positivo?
AO HORMONAL
01. Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 25, Problema 3. Baseados nas suas
propriedades fsicas, os hormnios caem em duas categorias; aqueles que so muito
solveis em gua mas relativamente insolveis nos lipdeos, por exemplo, a adrenalina, e
aqueles que so relativamente insolveis em gua mas altamente solveis nos lipdeos,
por exemplo, os hormnios esterodicos. Na sua funo de reguladores da atividade
celular, a maioria dos hormnios hidrossolveis no penetram no interior das clulas dos
tecidos-alvo. Os hormnios lipossolveis, por outro lado, penetram nas clulas-alvo e
finalmente atuam no ncleo. Qual a base para a correlao entre solubilidade, a
localizao dos receptores e o modo de ao destas duas categorias de hormnios?
02. Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 25, Problema 4. Na dcada de 50, Earl
Sutherland e seus colegas realizaram experimentos pioneiros para elucidar o mecanismo
de ao da adrenalina e do glucagon. luz da nossa atual compreenso da ao
hormonal interprete cada um dos seus experimentos descritos abaixo. Identifique os
componentes e indique o significado dos resultados.
a) A adio da adrenalina a um homogeneizado ou preparao de clulas rompidas do fgado
normal resulta num aumento da atividade da glicognio fosforilase. Entretanto, se o
homogeneizado for primeiro centrifugado numa alta velocidade e a adrenalina ou o
glucagon adicionados frao sobrenadante lmpida, nenhum aumento na atividade da
sua fosforilase observado.
b) Quando a frao particulada, sedimentada de um homogeneizado do fgado por
centrifugao preparada e tratada com adrenalina, uma nova substncia produzida.
Esta substncia foi isolada e purificada. Ao contrrio da adrenalina, esta substncia ativa
a glicognio fosforilase quando adicionada frao sobrenadante do homogeneizado.
c) A substncia formada pela frao particulada era estvel ao calor; isto o tratamento com
calor no impedia sua capacidade de ativar a glicognio fosforilase (Dica: seria este o
caso se a substncia fosse uma protena?). A substncia era idntica a um composto
obtido quando ATP puro era tratado com hidrxido de brio.
03. Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 25, Problema 7. Durante uma situao de
"lutar ou correr", a liberao de adrenalina promove a degradao do glicognio no
fgado, corao e msculo esqueltico. O produto da degradao do glicognio no fgado
a glicose. Ao contrrio, o glicognio do msculo esqueltico degradado pela
gliclise:
a) Por que produtos diferentes so observados na degradao do glicognio nestes dois
tecidos diferentes?
b) Qual a vantagem para o organismo durante uma condio de "lutar ou correr", de se ter
estas vias especficas de degradao do glicognio?
04. Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 25, Problema 8. Certos tumores malignos
do pncreas provocam uma excessiva produo de insulina pelas clulas B. Tais
pacientes apresentam calafrios e tremores, fraqueza e fadiga, sudorese e fome. Se esta
condio se prolongar ocorre leso cerebral. Qual o efeito do hiperinsulinismo no
metabolismo dos carboidratos, aminocidos e lipdeos do fgado? Quais so as causas
dos sintomas observados? Sugira por que esta condio, se prolongada leva a leso
cerebral?
INTEGRAO METABLICA
01. Os nutrientes absorvidos no trato intestinal passam diretamente ao fgado (com excesso
de uma grande parte de triacilgliceris). Por este grande centro de distribuio, acares,
aminocidos e aluguns lipdeos so processados e distribudos aos outros rgos e
tecidos. Propor um mapa metablico unificado, integrando as principais vias destes
nutrientes neste rgo.
02. Ao contrrio do msculo esqueltico, o msculo cardaco deve trabalhar constante e
ritmicamente. O que torna possvel, a nvel de metabolismo e caractersticas da clula
cardaca, esta adaptao para o trabalho constante?
03. Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 24, Problema 14. O glicerol-3-fosfato
um intermedirio chave na biossntese dos triacilgliceris. As clulas adiposas, que so
especializadas na sntese e degradao dos triacilgliceris, no podem usar o glicerol
diretamente devido falta da gliceroquinase, que catalisa a reao:
Glicerol + ATP Glicerol-3-fosfato + ADP
Como o tecido adiposo obtm o glicerol-3-fosfato necessrio para a sntese do
triacilglicerol? Explicar.
04. Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 24, Problema 20. Pacientes com
deficincia de tiamina exibem um conjunto de sinais neurolgicos caractersticos: perda
dos reflexos, estado de ansiedade e confuso mental. Sugira uma razo por que a
deficincia de tiamina manifestada na funo cerebral.
05. A tabela (a ser fornecida na sala de aula) indica vrios efeitos da deficincia de insulina
(Diabetes mellitus) no metabolismo. Para cada um dos tens compare com uma situao
em que o organismo foi submetido a jejum severo.
(Ver tabela 25-6 do Lehninger, Princpios de Bioqumica, Captulo 25).
06.Van Eikeren , Guide to Lehningers Principles of Biochemistry, Captulo 26 (Nutrio
Humana), Challenge Problems, Problema 19.
Acidose lctica e hipoglicemia em dependentes de lcool.
Pessoas que consomem muita bebida alcolica desenvolvem nveis sangneos no
normal e baixo em glicose (hipoglicemia), maior do que o normal de cido lctico
(acidose lctica suave) e ainda apresentam cetose. Explique.
QBQ-211
1996
FUNDAMENTOS
As unidades constituintes das protenas so os L -aminocidos. Como o prprio
nome indica, estes compostos em suas molculas apresentam pelo menos um grupo amina
(-NH2) e um grupo carboxlico (-COOH). Em consequncia deste fato, ao serem dissolvidos
em gua, os aminocidos apresentam carter anfotrico, ou seja comportam-se como cido e
como base. Os grupos amina e carboxila podem sofrer protonaes e desprotonaes
reversveis, isto comportam-se como eletrlitos fracos. Se os considerarmos em suas
formas de cidos conjugados: -NH+3 e -COOH, veremos que cada um deles apresentar um
valor de pKa. Assim, um aminocido apresenta pelo menos dois valores de pKa e
dependendo da natureza ionizvel ou no do grupo R ligado ao carbono alfa, pode ocorrer ou
no um terceiro valor de pKa.
Lys
His
Arg
Asp
Gly
Ser
Glu
Thr
0,14
0,20
0,20
0,24
0,26
0,27
0,30
0,35
Pro
Tyr
Trp
Met
Val
Phe
Ile
Leu
0,43
0,45
0,50
0,55
0,60
0,68
0,72
0,73
TABELA II
Aminocido
Glu
Lys
Gly
His
Cys
Thr
Asn
Ala
Leu
Pro
pKa
2,19
4,25
9,67
2,18
8,95
10,53
2,34
9,6
1,82
6,0
9,17
1,71
8,33
10,78
2,62
10,43
2,02
8,80
2,30
9,70
2,36
9,60
1,99
10,60
PROCEDIMENTO
1. CROMATOGRAFIA EM PAPEL
Tomar uma folha (23 x 16 cm) de papel Whatman no 1 e fazer um trao a lpis ao
longo do comprimento maior a 2 cm da borda. Evitar tocar no papel durante toda a operao.
Deixar uma margem de 1,5cm de cada lado.Marcar seis pontos sobre essa linha que distem 4
cm um do outro e numer-los a lpis de 1 a 6. As amostras devem ser aplicadas nos pontos
numerados com auxlio de um capilar de tal modo que a mancha formada sobre o papel seja
a menor possvel. Nos nmeros de 1 a 4 aplicar os padres e no nmero 6, a mistura de
padres. A amostra desconhecida aplicada no nmero 5. Enrolar o papel de modo a
transform-lo em um cilindro e prender as extremidades superiores com clip. Colocar 25 ml
de solvente de Partridge (n- butanol/cido actico glacial/gua 4:1:1) em uma placa de Petri
e mergulhar o cilindro de papel em seu interior de modo que este fique perfeitamente na
vertical. Evitar que o papel toque na parede da placa. Cobrir o sistema com um bquer de 2
litros e deixar o solvente migrar 10 cm. Retirar o papel e marcar imediatamente a linha de
frente do solvente. Secar o papel na capela, mergulhar em soluo 0,1% de ninhidrina em
acetona e levar estufa (80oC-100oC) por alguns minutos. Delimitar com lpis as manchas
que aparecem no papel. Determinar o Rf dos padres e do aminocido desconhecido.
2. TITULAO
Colocar 50 ml da soluo do aminocido (0,10 M) em pH 1,0 em um bquer e titular
com soluo 0,5 M de KOH medindo o pH aps cada adio de 1 ml at atingir pH 11,0.
Colocar 50 ml de cido actico 0,15 M em outro bquer e titular com soluo 0,5 M
de KOH medindo o pH aps cada adio de 0,5 ml at pH 12,0.
OBJETIVOS
Execuo de uma eletroforese em fita de acetato de celulose.
Identificao eletrofortica de protenas e identificao das classes de protenas do
soro humano.
Previso da direo de migrao proteica em base aos pIs e ao pH da soluo.
Montagem de um protocolo para construo de uma curva padro para determinao
da concentrao de protenas pelo Mtodo do Biureto.
FUNDAMENTOS
(I) ELETROFORESE
A eletroforese abrange todas as operaes nas quais as molculas carregadas migram
num campo eltrico atravs de solues.
Dependendo da ausncia ou presena de uma matriz rgida que sirva como suporte
soluo submetida a um campo eltrico, podem existir dois tipos de eletroforese:
Eletroforese em soluo - O seu uso limitado. Consiste em se efetuar a operao
em tampo aquoso na ausncia matriz-suporte. Esse sistema vulnervel s pertubaes
mecnicas (choques, correntes de conveco) o que leva mistura das bandas em migrao e
consequente perda da resoluo. As modificaes introduzidas para a estabilizao
mecnica do sistema no se constituem em refinamentos que possam permitir larga aceitao
deste mtodo.
Eletroforese de zona - Os mtodos eletroforticos aqui englobados so mais
utilizados. Consiste basicamente em efetuar a operao com a soluo mantida em uma
matriz rgida que a suporta (exemplos de matriz: papel, acetato de celulose, gel de
poliacrilamida, gel de agarose (poligalactose) e outras). Aqui o termo zona quer indicar que a
amostra submetida eletroforese migra delimitando uma pequena regio ou zona no suporte
(papel, fita de acetato de celulose ou gel). As perturbaes mecnicas, neste caso no afetam
o sistema.
Os dois tipos de eletroforese so governados pela expresso:
constante
Mobilidade =
(frico molecular)
Porcentagem em relao
ao total de protenas
Funo/Natureza
Albumina
55
1-Globulinas
2-Globulinas
-Globulinas
13
Fibrinognio
Formador do cogulo
-Globulinas
11
Imunoglobulinas
pI
pH > pI
macromolcula
com carga
negativa
PROCEDIMENTO
(1) Eletroforese
Retirar uma fita de acetato de celulose do banho de tampo (barbital-Tris pH 8,6).
(Ateno: No manusear a fita, usar pina). Sec-la entre duas folhas de papel de filtro.
Marcar com lpis o polo positivo e a partir dos pontos mdios dos lados maiores demarcar a
origem com um trao muito leve. (Unir os pontos mdios dos lados maiores).
Retornar a fita para o banho. Mergulhar, retirar e sec-la novamente.
Em seguida aplicar num ponto da origem uma pequena quantidade de mistura de
citocromo c e albumina bovina. Sobre um outro ponto da origem, aplicar a amostra de soro
Cuidados especiais
- No tocar as fitas com a fonte da corrente contnua ligada.
- Prestar ateno para o fato de que uma das faces da fita de acetato de celulose
apresenta-se mais brilhante. Esta face, correspondente as costas da fita, contm uma pelcula
de plstico no absorvente sobre o qual assenta-se a verdadeira matriz que suporta o tampo
e as amostras, o acetato de celulose. As amostras devem ser aplicadas na parte opaca (face de
acetato de celulose).
- Antes de levar a fita com as aplicaes cuba, fazer uma pequena marca que a
identifique como pertencente a um determinado grupo.
A mistura de protenas contm:
pI
P.M.
Albumina de soro bovino
4,7
66.500
Citocromo c
10,7
13.000
Com base a estes dados prever a posio de cada uma dessas protenas na fita ao final
da operao. Justificar.
Examinar o eletroforetograma das protenas do soro humano. Compar-lo com o
resultado final da eletroforese de soro apresentado na literatura (p. ex. Biochemistry: A
case-oriented approach, The C.V.Mosby Company, 5a ed., autores: Montgomery, Conway,
e Spector, pg. 67).
BIBLIOGRAFIA
01. Biochemistry: A Case-Oriented Approach, Montgomery, Conway e Spector, 5a ed.,
1990. The C.V. Mosby Company (Ver pg. 65).
02. Biochemistry for Medical Sciences, Danishlfsky, 1980. Little, Brown and Company (Ver
pgs. 34, 40 e 469).
03. Experimental Biochemistry, Clark e Switzer, 2a ed., 1977. W.H. Freeman and Company.
04. Outlines of Biochemistry, Conn e Stumpf, 4a ed., 1976. John Wiley & Sons, Inc. (Ver
ltimas pgs. do livro, pgs. 587 a 609 - Apndice 2).
PROCEDIMENTO
1) Curva Padro
Ateno: A curva padro ser fornecida na forma de um xerox do grfico A540 versus
moles de sacarose hidrolisada.
A finalidade da curva padro relacionar valores de absorbncia a 540 nm com
moles de sacarose hidrolisada.
Para construir a curva padro utiliza-se seis tubos (180 x 20 mm), conforme indicado
abaixo, contendo volumes crescentes de soluo padro redutora (glicose 5,5 mM mais
frutose 5,5 mM), completando o volume em cada tubo para 2,0 ml com tampo. Como no
ocorrer hidrlise de sacarose nos tubos de 1 a 5, pode-se acrescentar logo em seguida ao
tampo, o reagente DNS.
Tubos
B
1
2
3
4
5
Sol. padro
redutora(ml)
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Sol. tampo
pH 4,77(ml)
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
Reagente
DNS (ml)
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
2,0
A540
Sacarose hidrolisada
(moles)
0,000
0,00
Aps a adio do DNS, colocar os tubos em banho-maria fervente por dez minutos.
Findo este tempo, esfriar em gua corrente e adicionar 16 ml de gua destilada.
HOMOGENEIZAR e ler as absorbncias a 540 nm (A540) contra o branco (tubo B).
Construir um grfico A540 versus moles de sacarose hidrolisada (curva padro).
2) Efeito da CONCENTRAO DA ENZIMA
Numerar sete tubos de ensaio (180 x 20 mm) e adicionar os reagentes segundo o
protocolo abaixo:
TUBOS NO GELO
Tubos
B
1
2
3
4
5
6
Sacarose
5% em
tampo
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
Tampo
pH 4,77
(ml)
Sol.
Enzima
(ml)
Conc. de
Enzima
Micromolar
A540
Sacarose
hidrolisada por
min(moles/min)
1,0
0,9
0,7
0,5
0,3
0,1
-
0,1
0,3
0,5
0,7
0,9
1,0
0,00
0,000
0,00
TUBOS NO GELO
Tubos
B
1
2
3
4
5
6
Sacarose
5% em
tampo
0,05
0,1
0,3
0,5
0,7
1,0
Tampo
pH 4,77
(ml)
Sol.
Enzima
(ml)
Conc. de
Substrato
Milimolar
A540
Sacarose
hidrolisada por
min(moles/min)
1,5
1,45
1,40
1,20
1,0
0,8
0,5
0.5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,00
0,000
0,00
Consultar na biblioteca:
1. The enzymes, Boyer (editor) (1971) vol. 5, cap. 10
2. Tcnicas e Experimentos de Bioqumica, Villela, Bacila e Tastaldi, (1973) cap. 4, pags
222 a 232.
3. Asare-Brown, E. and Bullock, C., Simple Practical Investigations Using Invertase,
Biochem.Educ. (1988), 16, 98-100.
FUNDAMENTOS
Lipossomos
Membranas biolgicas cumprem inmeras funes: organizam molculas em
diferentes compartimentos, limitam microambientes adequados para funes vitais e
controlam o transporte de vrias substncias. Visando uma simplificao estrutural e
qumica das membranas naturais foram propostos diversos sistemas-modelo de membrana.
Lipdeos extrados de membranas podem ser utilizados para a preparao de diversos
sistemas reconstitudos que permitem reproduzir, de forma selecionada e simplificada,
alguns dos fenmenos que ocorrem em membranas naturais (1). Lipossomos so
constitudos por mltiplas bicamadas concntricas de fosfolipdeos (2) e podem ser formados
por simples agitao de lipdeos em soluo aquosa. Tm sido utilizados para se medir
permeao passiva de vrios ons e molculas (3). Como a maior parte do lipdeo est
presente na forma multilamelar, o volume sequestrado por mol de lipdeo (eficincia de
incorporao) relativamente baixo em comparao com aquele de uma populao
constituda por vesculas.
Neste experimento, vamos primeiramente incorporar o azul de metileno (AM) em
lipossomos de asolecitina. Estimaremos a porcentagem de incorporao usando a
propriedade do azul de metileno de absorver luz visvel (660nm). Para isso eliminaremos a
turbidez das partculas lipossomais micelizando-as com um detergente. Numa segunda etapa,
como a asolecitina extrada de soja especialmente rica em lipdeos com cadeias insaturadas
(4), os lipossomos de asolecitina sero utilizados para se observar um dos efeitos deletrios
da lipoperoxidao, o aumento de permeao do AM.
Lipoperoxidao
Vrias evidncias recentes sugerem que radicais livres (e/ou espcies ativas de
oxignio) tm um importante papel em vrios processos fisiolgicos e patolgicos (5,6).
Dentre esses pode-se citar a atividade microbicida das clulas do sistema imune, o
envelhecimento, a carcinognese, a artrite reumatide, as injrias decorrentes de processos
de isquemia e reperfuso, a catarata, os efeitos teraputicos e colaterais de drogas, etc (6).
Alguns dos efeitos deletrios de radicais livres parecem envolver lipoperoxidao das
membranas biolgicas. Essas so frequentemente ricas em lipdeos insaturados e esto
banhadas por fludos que contm metais de transio e oxignio. Tais condies favorecem a
peroxidao de lipdeos porque os ons metlicos ajudam a quebrar a regra da conservao
do spin que torna lenta as reaes entre o oxignio e molculas orgnicas. A peroxidao de
lipdeos um processo radicalar constitudo por uma cadeia de reaes com trs estgios:
Iniciao, Propagao e Terminao.
Iniciao
LH L + H
(1)
Propagao
Terminao
L + O2 LOO
LOO + LH LOOH + L
LOO + L LOOL
LOO + LOO LOOL + O2, etc
(2)
(3)
(4)
(5)
durante 15min. Aps esfriar, sero lidas as absorbncias a 535nm. Essas leituras permitem
preencher a Tabela III.
TABELA II
Permeao do azul de metileno induzida pela lipoperoxidao
SOLUES EXTERNAS
S TRIPAS APS INCUBAO
A660
CONTROLE I (CI)
(gua + LAM)
CONTROLE II (CII)
(gua + c. ascrbico + LAM)
TESTE (T)
(gua + c. ascrbico + Fe3+/EDTA + LAM)
TABELA III
Lipoperoxidao em lipossomos de asolecitina induzida pelo sistema cido
ascrbico/Fe3+/EDTA.
VOLUME DA TBA*
AMOSTRA
A535 LIPOPEROXIDAO
(%)
AMOSTRA
(ml)
(ml)
gua (BRANCO)
9.0 ml gua + tripa c/ 1.0ml de
LAM (CONTROLE I) (CI)
7.0 ml gua + tripa c/ 1.0ml de
LAM + 2.0ml de AA 10mM
(CONTROLE II) (CII)
5.0 ml gua + tripa c/ 1.0ml de
LAM + 2.0ml de AA 10mM +
2.0 ml de Fe3+/EDTA 1mM
(TESTE) (T)
1
1
2
2
*TBA uma soluo contendo 1% do agente micelizante TRITON X-100, HCl 0.25M e
0.375% de cido tiobarbitrico.
BIBLIOGRAFIA
01. Gomperts, D.D. (1977) - "The Plasma Membrane: Models for Structure and Function",
Academic Press (London).
02. Bangham, A.D.; Standish, M.M. e Watkins, J.C. (1965) - J. Mol. Biol. 13, 238.
03. Bangham, A.D.; de Gier, J. e Greville, G.D. (1967) - Chem. Phys. Lipids 1, 225.
04. Kagawa, Y. e Racker, E. (1966) - J. Biol. Chem. 241, 2467.
05. Meneghini, R. (1987) - A toxicidade do oxignio, Cincia Hoje, 5, 57.
06. Halliwell, B. e Gutteridge, J.M.C. (1985) - Free Radicals in Biology & Medicine,
Claredon Press, Oxford.
07. Augusto, O. e Carmona-Ribeiro, A.M. (1989) - Introducing Model Membranes and
Lipoperoxidation, Biochemical Education 17(4), 209.
PAR REDOX
NADH / NAD+
Succinato / Fumarato
FADH2 / FAD
Azul de Metileno red/ox
Cit b (Fe2+) / Cit B (Fe3+)
Cit c1 (Fe2+) / Cit c1 (Fe3+)
Cit c (Fe2+) / Cit c (Fe3+)
Cit a-a3 (Fe2+) / Cit a-a3 (Fe3+)
Eo'
-0,32
-0,03
0,00
0,01
0,06
0,22
H2O / 1/2 O2
0,82
Eo'
-0,34
0,20
-0,36
0,36
0,25
0,40
0,27
Piocianina
2,6-diclorofenolindolenol
(DCPI)
Benzil violgeno
Ferricianeto
p-fenilenodiamino (p-FDA)
REDUZIDO
OXIDADO
incolor
incolor
azul
azul
VOLUME
UTILIZADO
0,1
0,3
incolor
incolor
incolor
violeta
amarelo
violeta
0,3
0,2
0,5
Seguir o protocolo 3
Incubar os tubos a 37oC por 10 minutos e discutir o resultado com os colegas, identificando
a droga A e B.
PROTOCOLO 1
TUBO
Tampo A
Sacarose 0, 7 M
Succinato 0,5 M
Azul de Metileno
gua Destilada
Frao Celular
Nujol
1
0,3 ml
1,0 ml
0,1 ml
1,5 ml
0,1 (I)
0,5 cm
2
0,3 ml
1,0 ml
0,1 ml
1,5 ml
0,1 (II)
0,5 cm
3
0,3 ml
1,0 ml
0,2 ml
0,1 ml
1,3 ml
0,1 (I)
0,5 cm
4
0,3 ml
1,0 ml
0,2 ml
0,1 ml
1,3 ml
0,1 (II)
0,5 cm
5
0,3 ml
1,0 ml
0,2 ml
0,1 ml
1,4 ml
0,5 cm
Em um papel de filtro Whatman no 1 (10x20 cm) traar com lpis uma linha a 2,5 cm
da origem e marcar pontos com 2,5 cm de distncia entre si. Colocar padres de alanina,
glutamato, piruvato e -cetoglutarato, mistura de reao, branco* e 2,4-dinitrofenilhidrazina.
Sobre os pontos onde foram aplicados o -cetoglutarato, piruvato e mistura de reao,
adicionar uma aplicao capilar de 2,4-dinitrofenilhidrazina.
O solvente utilizado para a cromatografia ser n-Butanol/Etanol/NH4OH (0,5N).
(70:20:30).
Aps o solvente chega a 1 cm do final do papel, marcar a frente do solvente, secar o
papel, marcar as manchas amarelas dos produtos de reao da 2,4-dinitrofenilhidrazina e os
-cetocidos, e revelar o cromatograma com ninhidrina.
branco: mistura de apenas alanina e -cetoglutarato.