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110 Anos Politécnica

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ESCOLA POLITCNICA DA BAHIA: 110 ANOS DE ATUAO

NA FORMAO DE PROFISSIONAIS E NO
DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Jos A. F. de A. Santos alex_caeel@yahoo.com.br


Luis E. de P. Campos ledmundo@ufba.br
Bruno M. A. Arajo bmaa@ieee.org
Partic A. Piton patrickpiton@gmail.com
Universidade Federal da Bahia, Escola Politcnica
Rua Prof. Aristides Novis, N 02, 5 Andar, Federao
40.210-630 Salvador BA

Resumo: Dentre as instituies de ensino superior que surgiram no sculo XIX est a Escola
Politcnica da Bahia. Inaugurada em 14 de maro de 1897, a Escola Politcnica completou
110 anos de existncia em 2007, ampliando o seu significativo trabalho de formao de
profissionais competentes, realizando relevantes projetos tcnicos e cientficos e contribuindo
para o desenvolvimento regional. Este artigo uma homenagem atual Escola Politcnica
da Universidade Federal da Bahia, uma das mais antigas escolas de engenharia do Brasil.
Palavras-chave: Ensino, Pioneirismo, Formao de Recursos Humanos, Gerao de
Conhecimento, Desenvolvimento Scio-econmico e Tecnolgico.

INTRODUO

Fundada em 1897, quarenta e nove anos antes da prpria criao da Universidade Federal
da Bahia (UFBA), a Escola Politcnica completou 110 anos de existncia em 14/03/2007,
sendo uma das escolas de engenharia mais antigas do Brasil.
A criao da Academia Real Militar (1810) por D. Joo VI na cidade do Rio de Janeiro,
perodo em que a corte real de Portugal esteve no Brasil, foi o marco inicial do ensino de
engenharia no Brasil. No final do sculo XIX, as seguintes escolas de nvel superior foram
criadas no Brasil: a Escola de Minas de Ouro Preto (1876), Escola Politcnica de So Paulo
(1893), a Escola Politcnica de Pernambuco (1895), a Escola de Engenharia Mackenzie
(1896), a Escola de Engenharia de Porto Alegre (1896), a Escola Politcnica do Rio de
Janeiro (1896) e a Escola Politcnica da Bahia (1897). O contexto histrico indica que
fatores como os preos favorveis do caf, a imigrao estrangeira e a descentralizao
polticoadministrativa oriundas da Repblica foram fundamentais para o surgimento destas
escolas de Engenharia no Brasil (DIAS, 2001).
A criao da Escola Politcnica deveu-se principalmente pela iniciativa do engenheiro
baiano Arlindo Coelho Fragoso, formado na Escola Politcnica do Rio de Janeiro. Ele

percebeu a importncia de existir uma escola similar na Bahia para formar tcnicos capazes
de promover o desenvolvimento do estado e trabalhou em prol da criao da Politcnica. No
dia 14/03/1897, Arlindo Fragoso reuniu alguns colegas na Secretaria de Agricultura e fundou
a Escola Polytechnica (Politcnica) da Bahia.
H uma clara inspirao positivista no projeto da Politcnica, uma vez que seus
fundadores admiravam as idias de Auguste Comte sobre a aplicao do mtodo cientfico ao
estudo da natureza e das cincias humanas. Os fundadores da Escola fizeram referncia
Escola Politcnica de Paris, fundada por Napoleo Bonaparte e adotaram para o braso da
escola o mesmo lema da escola francesa: PRO SCIENTIA, INDUSTRIA ET PTRIA, ou seja
Pela Cincia, pela Instruo e pela Ptria (COSTA, 2002).
2

A HISTRIA DA ESCOLA POLITCNICA

Em 1897, o estado da Bahia possua apenas trs instituies de ensino superior: as


Escolas de Medicina, Belas Artes e Direito. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) s
seria crida em 1946, incorporando estas escolas entre outras que surgiriam posteriormente.
Quando a Escola Politcnica foi fundada, a Bahia vivia um perodo de transio poltica
entre o Imprio e a Repblica que se estendeu at 1912. As faces que dominaram a poltica
imperial baiana resistiram mudana poltica o mximo que puderam, fazendo com que a
provncia fosse a ltima a aderir ao novo regime. O movimento republicano baiano
restringiu-se a um diminuto grupo de estudantes, doutores e intelectuais, que acabaram
acomodando-se nas fileiras dos partidos polticos que foram organizados pelos
conservadores e liberais, representantes dos interesses da aristocracia latifundiria e dos
setores burgueses ligados ao comrcio de exportao e importao. Foi um perodo onde as
instituies estatais monrquicas foram paulatinamente substitudas pelas instituies
republicanas, sem que isto implicasse em qualquer alterao significativa nos padres de
exerccio do poder oligrquico.
O quadro de scios do Instituto Politcnico e de professores da Escola Politcnica foi
formado por pessoas de grande prestgio, influncia e poder nas diversas instncias da
sociedade baiana e brasileira ao longo de toda a Primeira Repblica e at mesmo no perodo
do Estado Novo (19371945). Por este motivo, os primeiros 50 anos de funcionamento da
Escola Politcnica, caracterizaram-se pela intensa movimentao dos seus representantes
junto s instncias do poder estadual e federal visando o atendimento das suas demandas
financeiras mais imediatas, a constituio de um patrimnio mnimo que lhe garantisse um
futuro estvel e a aquisio dos diplomas legais que transferissem legitimidade e
credibilidade para as suas atividades cientficas, acadmicas e pedaggicas (DIAS, 2001).
2.1 Criao do Instituto Politcnico da Bahia
O Instituto Polytechnico (Politcnico) da Bahia (IPB) foi fundado em 12/07/1896 por um
grupo de engenheiros, liderados por Arlindo Fragoso, em uma sesso solene com a presena
de vrias autoridades e polticos da poca. A primeira finalidade expressa em seus estatutos
era criar e manter com os seus recursos e auxlios obtidos atravs dos poderes publicos, sob o
nome de Escola Politcnica da Bahia, uma escola de engenharia, terica e prtica, que
formaria agrimensores e engenheiros civis, admitindo, posteriormente, cursos especiais de
engenharia industrial, mecnica, de minas e agronmica.
Foram realizadas duas reunies preparatrias para a criao do IPB. A primeira em
05/07/1896 para dividir as tarefas de elaborao de programas, planos e estatutos para o
Instituto e para a Escola, e de contactar os poderes pblicos para solicitar subvenes. A
segunda reunio em 09/07/1896 para discutir e aprovar os estatutos do IPB e da Escola
Politcnica. Desde 1896, quando foram tomadas as primeiras providncias para a implantao

do IPB, tambm foram encaminhadas quase simultaneamente as providncias necessrias


implantao da Escola Politcnica.
2.2 Criao da Escola Politcnica a partir do Instituto Politcnico da Bahia.
Em 1896, logo depois da criao do IPB, foram realizadas mais seis reunies para
aprovar o regulamento, os programas de ensino e a organizao da Escola Politcnica da
Bahia, semelhana da Escola Politcnica do Rio de Janeiro e para nomear e empossar os
vinte professores propostos (DIAS, 2001).
Em 04 de maro de 1897 foi realizada a primeira sesso ordinria da Congregao e, em
14 de maro, a instalao solene da Escola Polytechnica (Politcnica) da Bahia na sua 1
sede. A escola nasceu a partir de uma espcie de parceria pblicoprivada entre o Governo do
Estado da Bahia e um grupo de cidados destacados da poca. Ela foi criada como uma
instituio particular, independente, mantida com os recursos prprios do IPB, com as
mensalidades dos alunos e por uma verba anual do governo do estado. Entretanto, desde o
incio, os recursos oriundos dos cofres pblicos tornaram-se os seus principais financiadores,
enquanto que as contribuies dos scios do IPB e os pagamentos efetuados pelos alunos
tornando-se recursos complementares na sua manuteno. Ela tornou-se oficialmente Escola
Livre de Ensino Superior equiparada s escolas federais congneres por meio de decreto N
2.803 de 09/05/1898. Em 1915, foi reconhecida como Instituio de Utilidade Pblica.
No incio do funcionamento da Politcnica, havia muita de instabilidade financeira, pois
apesar de ser particular, dependia de subvenes do governo para funcionar. Muitas vezes, os
professores ficaram com os salrios atrasados e tiveram que trabalhar gratuitamente para
manter a instituio. Vrios projetos tiveram que ser cancelados ou adiados. Mesmo com o
apoio de importantes lideranas polticas, a trajetria da Escola e do IPB nos primeiros 30
anos aps a sua fundao foi conturbada e refletia indiretamente a situao da poltica
baiana, totalmente instvel em virtude de disputas pelo poder travadas pelas oligarquias da
poca (COSTA, 2002).
Uma das mais graves crises aconteceu quando os recursos financeiros estaduais foram
retidos no governo de Severino Vieira (19001904). Sem receber salrio, quase todos os
professores, exceto os de Arquitetura e Fsica, pararam de trabalhar (COSTA, 2002). Se a
Escola Politcnica ficasse mais de 20 dias sem aulas ela poderia ser fechada
permanentemente. Neste momento, a ao determinada de Arlindo Fragoso salvou a
instituio. Arlindo ministrou todas as outras aulas do programa do curso, durante cerca de
dez dias, mantendo assim a Escola aberta. Seu exemplo moral motivou os outros professores a
voltaram sala de aula e apoi-lo.
A 1 sede da Politcnica foi improvisada em um casaro da Rua das Laranjeiras, N 6, no
Centro Histrico de Salvador (Foto 1). Em 1901, a Escola mudou-se para a sua 2 sede, um
prdio alugado na Rua Joo Florncio, Praa da Piedade, N 1 (Foto 2). Como a regularizao
dos repasses financeiros no governo de Jos Marcelino (19041908), o IPB pode comear a
montar um patrimnio. Em 1905, com o dinheiro acumulado, o IPB comprou o Palacete
Salvador (Foto 3), N 79, na Av. 7 de Setembro, Largo de So Pedro para ser a 3 sede. Hoje,
o palacete no existe mais, sendo substitudo pelo Ed. Fundao Escola Politcnica. Em 1960,
foi construdo o prdio da Federao (Foto 4), N 2, sua atual sede e projeto do arquiteto
Digenes Rebouas. Esta ltima sede seria inicialmente composta por quatro blocos (Foto 7):
Bloco I Edifcio para fins didticos, de pesquisa, biblioteca e administrao. Foi o nico
bloco construdo (Fotos 4, 5 e 6); Bloco II Um pavimento para assistncia s industrias
atravs de usinas piloto e seis pavimentos para as matrias de fsica, qumica e eletricidade e a
parte pratica de ensino dos cursos de engenharia eltrica e engenharia qumica; Bloco III
Oito anfiteatros para 200 alunos cada, destinados s aulas tericas, e salas para professores e
alunos; Bloco IV Um anfiteatro para 2000 pessoas.

Foto 1: Casa da Rua das Laranjeiras (1


Sede da Escola Politcnica).

Foto 2: Prdio alugado na Praa da


Piedade (2 Sede).

Foto 3: Palacete Salvador no Largo de


So Pedro (3 Sede).

Foto 4: Bloco I do Projeto Original da


Politcnica e sua atual sede (4 Sede).

Foto 5: Vista em perspectiva da atual


sede da Escola Politcnica.

Foto 6: Entrada Principal da Escola


Politcnica.

Foto 7: Maquete do Projeto Original da Escola Politcnica composta por 4 Blocos.


A Escola Politcnica foi federalizada em 14/02/1934 por meio do decreto 23.782, o que
aliviou os constantes problemas financeiros que a escola atravessava. Em 25/02/1938
(Governo Vargas) houve revogao de sua federalizao por meio do decreto-lei N 305. Sem
o apoio do governo federal, a faculdade foi absorvida pelo governo estadual. Em 24/01/1946,
a Escola Politcnica voltou a ser federalizada por meio do decreto N 9.737. Em 08/04/1946,
por meio do decreto N 9.155, ela incorporada definitivamente ao projeto da Universidade
da Bahia criada no mesmo ano e que posteriormente se denominaria Universidade Federal da
Bahia.
2.3 Criao da Fundao Escola Politcnica a partir do Instituto Politcnico
O IPB, reunido em assemblia geral em 18/02/1932, discute e aprova a criao da
Fundao Escola Politcnica (FEP) da Bahia, sendo esta mais um recurso para regularizar as
condies financeiras da instituio e seu estatuto prprio foi elaborado em 30 de julho de
1932.
A FEP uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, tendo por finalidade
promover o desenvolvimento da engenharia no Estado da Bahia em todas as suas reas de
atuao. Para cumprir sua finalidade, a FEP faz a concesso de bolsas de estudos e iniciao
cientfica, apia ao desenvolvimento de projetos dos diversos departamentos da Escola
Politcnica, presta auxlios financeiros para as diversas reas de conhecimento em engenharia,
auxilia engenheiros e professores para participar em eventos tcnicos no Brasil e no exterior,
faz a aquisio de equipamentos e acessrios para aprimoramento da prestao de servios
especializados junto comunidade entre outras aes.
No final de 2006, a FEP realizou uma reforma estatutria para se adequar ao novo cdigo
civil brasileiro e permitiu a incluso de um representante estudantil em seu Conselho Curador.

ESTRUTURA ACADMICA E ORGANIZACIONAL

A Escola Politcnica da Universidade Federal da Bahia (EPUFBA) tem seis cursos de


graduao, cinco mestrados, dois doutorados e vrios cursos de especializao e extenso.
Com o passar do tempo, ela aumentou no s a quantidade de cursos e de atividades, como
tambm o nmero de vagas para estudantes. Atualmente a EPUFBA a maior unidade de
ensino da UFBA, onde existem quase 3000 estudantes e so oferecidas anualmente 490 vagas
de graduao (Tabela 1), com ingresso via vestibular.
Tabela 1 Quantidade de vagas oferecidas anualmente por curso de graduao.
Engenharia Civil
Engenharia Eltrica
Engenharia Mecnica
Engenharia Qumica
Engenharia Sanitria e ambiental
Engenharia de Minas

160
80
80
80
40
50

A Escola Politcnica composta por 6 colegiados de graduao, 6 colegiados de psgraduao, 7 departamentos, a Diretoria e a Congregao (Figura 1). A Diretoria (Tabela 2) e
a Congregao organizam e administram as atividades e projetos que envolvem a Escola
Politcnica como um todo. Os departamentos so responsveis pelo oferecimento e
ministrao das disciplinas e contam com cerce de 130 professores permanentes (Tabela 3).
Os colegiados determinam quais matrias devem ser ministradas aos alunos para a obteno
do conhecimento necessrio as titulaes.
Tabela 2 Relao dos Nomes dos Diretores da Escola Politcnica.
DIRETORES DA ESCOLA POLITCNICA DA BAHIA
Professor
Arlindo Coelho Fragoso
Francisco de Souza
Arquimedes Siqueira Gonalves
Epaminondas dos Santos Torres
Paulo Matos Pedreira de Cerqueira
Archimedes Pereira Guimares
Tito Vespasiano Augusto Csar Pires
Leopoldo Afrnio Bastos do Amaral
Albano da Franca Rocha
Carlos Furtado de Simas
Guilherme vila
Vasco de Azevedo Neto
Hernani Svio Sobral
Alceu Hiltner
Erundino Pousada Presa
Rogrio Vargens
Cid Santos Gesteira
Carlos Emlio de Menezes Strauch
Antnio Carlos Queiroz Mascarenhas
Maerbal Bittencourt Marinho
Caiuby Alves da Costa
Luis Edmundo Prado de Campos

Perodo de Gesto
1897 - 1907
1907 - 1922
1922 - 1934
1934 - 1937
1937 - 1939
1939 - 1943
1944 - 1946
1947 - 1949
1950 - 1952
1953 - 1960
1960 - 1962
1962 - 1966
1966 - 1970
1970 - 1978
1978 - 1980
1980 - 1984
1984 - 1988
1988 - 1992
1992 - 1994
1994 - 1998
1998 - 2006
2006 -

Figura 1 Diagrama Funcional das graduaes da Escola Politcnica.


Tabela 3 Quantidade de Professores alocados por Departamento.
Dpto. de Cincia e Tecnologia dos Materiais
Dpto. de Construo e Estruturas
Dpto. de Engenharia Eltrica
Dpto. de Engenharia Mecnica
Dpto. de Engenharia Qumica
Dpto. de Engenharia Ambiental
Dpto. de Transportes

24
17
23
20
19
17
10

INFLUNCIA NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Ao longo de sua existncia, a Escola Politcnica tem realizado inmeros projetos tcnicocientficos, contando com destacados professores, e formado muitas figuras relevantes na
engenharia e na poltica baiana e at nacional. Suas centenas de ex-alunos tornaram-se os
engenheiros responsveis por grande parte das transformaes acontecidas na Bahia durante o
sculo XX, fazendo da Politcnica um centro difusor de tecnologia, cultura e
desenvolvimento.
A Politcnica tem atuado de forma direta (parcerias, projetos e consultorias) ou indireta
(formao de engenheiros altamente qualificados) em prol do desenvolvimento regional.
Destas formas, ela presenciou e participou dos processos de implantao e desenvolvimento
da Refinaria Landulphno Alves-Mataripe (RLAM) na dcada de 50 (primeira refinaria de
petrleo brasileira), da Companhia Hidreltrica do So Francisco (CHESF) em 1945, na
criao do Plo Petroqumico de Camaari em 1981, na implantao do Complexo Industrial
Ford Nordeste em 2001 alm de inmeros outros empreendimentos e projetos das esferas
federais, estaduais e municipais.

4.1 Pessoas Influentes na Sociedade Baiana e Brasileira


Em mais de um sculo de atuao, a Politcnica abrigou personalidades que, alm da
engenharia, atuaram em outras reas com destaque para a poltica e a cultura. Homens
pblicos de destaque nacional e regional foram estudantes e professores da Escola.
Abaixo so apresentadas algumas personalidades de destaque:
Arlindo Coelho Fragoso
Homem de excepcional dinamismo e polivalncia, engenheiro, professor, homem pblico
e jornalista. Alm do IPB e da Escola Politcnica, criou a Academia de Letras da Bahia
(1917) e alguns jornais e revistas. Exerceu o cargo de Diretor da Escola Politcnica de 1897
1907. Foi Conselheiro Municipal de Santo Amaro, Secretrio da Agricultura, Viao e Obras
Pblicas e Secretrio Geral do Estado na Bahia. Foi responsvel por vrias melhorias urbanas
na cidade de Salvador.
Miguel Calmon
Formou-se como engenheiro civil em 1900 no Rio de Janeiro e tornou-se professor da
Politcnica em 1901. Em 1902, escreveu um trabalho intitulado Aplicaes Industriais do
lcool, desenvolvendo a tese do uso do lcool como combustvel alternativo para a
industrializao do Brasil. Foi Secretrio da Agricultura da Bahia, Deputado Federal, Ministro
da Indstria, Viao e Obras Pblicas do governo federal e Senador, contribuindo
significativamente para o desenvolvimento da infra-estrutura do Brasil por meio de
investimentos em portos, ferrovias, obras de combate seca e expanso da rede telegrfica.
Foi membro fundador da Academia de Letras da Bahia, Diretor da Sociedade Nacional de
Agricultura, alm de ter feitos inmeras publicaes tcnico-cientficas. Posteriormente, seu
parente, Miguel Calmon Sobrinho, tambm viria a ser professor da Politcnica, teria uma
atuao igualmente destacada tanto no campo poltico quanto no acadmico, vindo inclusive a
ser Reitor da UFBA.
Octvio Mangabeira
Formou-se como engenheiro civil em 1905 na Politcnica da Bahia e tornou-se um dos
seus professores. Posteriormente, tornou-se homem pblico de grande atuao, sendo
Conselheiro Municipal, Deputado Federal, Ministro das Relaes Exteriores, Governador da
Bahia, Senador da Repblica e sofreu perseguio e exlio no perodo do Estado Novo. Foi
membro fundador da Academia de Letras da Bahia e membro da Academia Brasileira de
Letras.
Leopoldo Amaral
Ingressou na Politcnica em 1910 e formou-se duas vezes com engenheiro gegrafo em
1913 e engenheiro civil em 1916. Ocupou cargos pblicos voltados para infra-estrutura viria
e foi assessor da Coordenao de Mobilizao Econmica do Rio de Janeiro. Tornou-se
posteriormente professor da Escola Politcnica, da Faculdade de Filosofia e da Escola de
Belas Artes da Bahia.
Magno Valente
Formou-se em engenharia civil em 1939 e em engenharia eltrica em 1945. Foi professor
da Politcnica, chefe da seco de estudos e projetos do Departamento de Energia da
Secretaria de Viao e Obras Pblicas do Estado da Bahia e elaborou vrias publicaes
tcnicas.

Norberto Odebrecht
Ingressou na Politcnica em 1941 e formou-se em engenharia civil em 1945. Entre as
dcadas de 70 e 80, a partir da empresa de construo civil herdada de seu pai, criou um dos
maiores conglomerados de empresas do Brasil na atualidade.
Carlos Marighella
Ingressou na Escola Politcnica em 1931, foi um estudante brilhante que respondia as
provas em verso, mas no chegou a se formar em decorrncia de sua militncia. Tornou-se um
revolucionrio comunista que atuou contra o Estado Novo e a Ditadura Militar e foi
assassinado em 1969.
4.2 Projetos desenvolvidos
A pesquisa e a experimentao tecnolgica esto presentes em inmeros projetos
desenvolvidos nos departamentos da Politcnica. Na dcada de 40, por exemplo, o professor
Amrico Simas fez algumas modificaes em um carro e conseguiu rodar de Salvador at a
cidade de Camaari, usando lcool como combustvel, sendo esta a primeira notcia que se
tem de um carro a lcool (COSTA, 2002).
Abaixo seguem alguns exemplos de projetos mais recentes:
Campo Escola
Este projeto uma parceria criada entre a EPUFBA e Agncia Nacional de Petrleo
(ANP) desde 2002 para estudos de re-explorao de poos de petrleo maduros. Foram
cedidos cinco campos marginais de petrleo EPUFBA e foi criada a empresa virtual
Petrotcnica para gerenciar os campos.
Biodiesel
Em 2004 foi criado o projeto planta-piloto de biodiesel, vinculado ao Laboratrio de
Energia e Gs do Departamento de Engenharia Qumica da Escola Politcnica e a Rede
Baiana de Biocombustveis. Atualmente, a planta j foi construda e o projeto envolve cerca
de 60 estudantes da graduao, mestrado e doutorado.
TECLIM Tecnologias Limpas
A Rede de Tecnologias Limpas e Minimizao de Resduos (TECLIM) foi implantada
em 1997 com o intuito de estabelecer e dinamizar cooperao interinstitucional para
realizao de estudos e experincias de ampliao e aprofundamento do conceito de
tecnologias limpas na prtica produtiva em geral e mais especificamente na produo
industrial, assim como, simultaneamente, iniciar o desenvolvimento de aes que as tornem
realidade.
Projeto ENGEPPLAN
Projeto multidisciplinar Engenharia para um Pequeno Planeta (ENGEPPLAN) aprovado
em edital especfico do Ministrio da Educao no incio de 2007. Seu objetivo incentivar
estudantes secundaristas a seguirem carreiras de cincias, tecnologias e engenharia por meio
de experimentos didticos de aplicao cotidiana e projetos tcnicos bsicos apresentados ao
pblico na forma de feiras de cincias.
Fire Escape Sistem
Projeto patenteado de elevador de segurana movido gravidade realizado em 2000. O
equipamento funciona como um sistema auxiliar de fuga de edifcios em caso de incndios.

TeleUFBA
Projeto de racionalizao do uso de recursos telefnicos da UFBA, com gerao de
grande economia. Atualmente continua sendo executado pela Prefeitura de Campus da UFBA.
gua Pura
Projeto de reutilizao inteligente da gua na UFBA, gerando reduo do consumo e
melhor aproveitamento da gua. Foi criada uma estao de tratamento de gua na EPUFBA.
Poupe Luz
Projeto de eficientizao energtica da EPUFBA por meio de racionalizao do uso de
energia, medidas educativas e reviso contratual no fornecimento de energia para a UFBA.
5

ENTIDADES, PROJETOS E ATIVIDADES ESTUDANTIS

O corpo discente tambm tem contribudo significativamente para o desenvolvimento do


ambiente acadmico da Escola Politcnica.
5.1 Representao Estudantil
Atualmente existem 6 entidades de Representao Estudantil, respectivas aos cursos de
graduao oferecidos na Politcnica: os Centros Acadmicos de Engenharia Eltrica
(CAEEL) e de Engenharia Qumica (CAEQ) e os Diretrios Acadmicos de Engenharia Civil
(DAEC), Engenharia Sanitria e Ambiental (DAESA), Engenharia Mecnica (DAEM) e
Engenharia de Minas (DAEMIN), todos com orientao apartidria.
No segundo semestre de 2004, os estudantes de todas as engenharias, por meio de
assemblias gerais e reunies, participaram efetivamente de uma histrica Greve Estudantil da
UFBA para discutir a Reforma Universitria entre outros problemas. Nesta greve, inmeras
divergncias entre as engenharias (normalmente estudantes apartidrios e racionalistas) e as
demais graduaes (normalmente estudantes suprapartidrios ou partidrios e de vis
socialista-esquerdista) ficaram evidentes em relao ao movimento estudantil da UFBA. As
engenharias defenderam: uma universidade pblica, gratuita e de qualidade; uma reforma
universitria racional e efetivamente adequada s demandas acadmicas; atuao das
fundaes e realizao de parcerias pblico-privadas desde que com transparncia, legalidade
e mtuo benefcio e um movimento estudantil apartidrio e sem aparelhamentos polticoideolgicos.
5.2 Empresas Juniores
Existem seis empresas juniores, uma para cada curso de graduao: EletroJr
(www.eletrojr.ufba.br), Engetop (www.engetop.ufba.br), TM Jr (www.tmengenharia.ufba.br),
Prisma Jr (www.prismajr.ufba.br), ESA Jr e Cristal Jr. Esta entidades funcionam como
espaos de integrao, de construo de conhecimento, de antecipao da profissionalizao
gerencial estudantil, de desenvolvimento do empreendedorismo e vrios projetos tcnicos
normalmente voltados para a responsabilidade social.
5.3 Projetos de Integrao e Grupos Tcnicos
Grupos diversos de estudantes atuam por meio de projetos em parceria com professores:
Equipe Carpoeira Mini-Baja (www.carpoeira.ufba.br), AeroUFBA (www.aeroufba.ufba.br),
Onda Eltrica (www.ondaeletrica.ufba.br), Ramo Estudantil do Instituto de Engenheiros
Eletrnicos e Eletrotcnicos (www.ieee.ufba.br), alm de diversos grupos institucionais de

iniciao cientfica. Estes grupos realizam desde projetos tcnico-cientficos a projetos de


responsabilidade social. Tambm so muito importantes enquanto espaos de integrao
estudantil.
Antigamente, existiam uma associao atltica e a associao de antigos alunos da Escola
Politcnica da UFBA. Atualmente, estas entidades se encontram inativas, mas, mediamente o
interesse da comunidade acadmica, podem ser reativadas.
5.4 A Proposta de Criao do CREA JR
Est em discusso a proposta de criao de uma verso estudantil do Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia Seco Bahia (CREABA). A inspirao deste
projeto surgiu das informaes de que havia uma parceria bem sucedida entre universidades
federais e o CREA de Minas Gerais desde 2000, que resultou na criao do CREA Jr.
A proposta inicial foi apresentada pelo Centro Acadmico de Engenharia Eltrica
(CAEELUFBA) no final de 2006 e no incio de 2007 Congregao da Escola Politcnica,
s entidades estudantis e ao CREABA.
O apoio implantao do CREA Jr foi aprovado em maro de 2007 pelas entidades
estudantis das engenharias. O CREA Jr, quando estiver efetivamente implantado, visar atuar
na formao e conscientizao profissionais antecipadas do corpo discente e na elaborao de
projetos voltados para a rea de responsabilidade social e tcnica.
5.5 InovaPoli Incubadora de Empresas de Base Tecnolgica da UFBA
Durante os trabalhos da greve estudantil de 2004, os estudantes das engenharias
identificaram que ainda no existia na Escola Politcnica uma incubadora de empresas, apesar
de existir um significativo potencial. Formou-se ento um grupo-ncleo de estudantes que
trabalhou do final de 2004 e at o incio de 2005 no projeto de criao de uma incubadora de
base tecnolgica. O grupo-ncleo trabalhou em parceria com docentes da instituio e, ainda
em 2005, foram obtidos recursos financeiros por meio de aprovao de um projeto e criou-se
a sede administrativa de uma pr-incubadora de empresas, denominada inicialmente de
Inovatec. No incio de 2007, ela evolui para uma incubadora de empresas e passou a se
chamar InovaPoli, uma vez que o nome anterior j tinha sido registrado por outra incubadora.
Atualmente, a InovaPoli coordenada por um conselho de professores havendo uma
cadeira para representante estudantil. Tambm tem a perspectiva de ser integrada ao projeto
do Parque Tecnolgico do Estado da Bahia. Este parque tem perspectivas de ser construdo na
UFBA, nos arredores da Escola Politcnica.
5.6 Outros Projetos Encaminhados
Esto encaminhados e em fase de discusso na Congregao da Escola Politcnica:
Grupo Politcnico de Educao em Engenharia; o Planejamento Estratgico da Escola
Politcnica e diversos projetos de melhorias em infra-estrutura.
6

ATIVIDADES CULTURAIS

Alm das atividades acadmicas, so desenvolvidas algumas atividades culturais


especficas.
6.1 Coral da Politcnica
O coral da Escola Politcnica, surgido em 2001, por iniciativa do prof. Luis Mrio em
conjunto com a Fundao Escola Politcnica, conseguiu uma bolsa para a contratao de um

maestro. O coral composto por professores, alunos, funcionrios e pessoas que no possuem
vnculo com a faculdade. Para fazer parte do coral no necessrio ter nenhum conhecimento
de msica, basta ser voluntrio e faz um teste para identificao do timbre de voz.
6.2 Grupo de Capoeira
Por iniciativa de Jos Renato da Silva, funcionrio da Escola, a capoeira na EPUFBA
comeou h cerca de 27 anos por meio do grupo da Associao de Capoeira Regional da
Bahia do Mestre Boz. Essa associao foi fundada no dia 13 de Agosto de 1973, e
atualmente funciona no Brasil (So Paulo, Rio de Janeiro e Salvador), na Alemanha, na
Espanha e na Frana. As aulas so ministradas periodicamente na rea de convivncia
estudantil ao lado da cantina da EPUFBA.
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POSSIBILIDADES DE EVOLUO E DESAFIOS

A Politcnica tem grandes perspectivas e desafios para fazer frente as atuais necessidades
tanto de sua comunidade acadmica quanto do mercado de trabalho e da sociedade.
7.1 Realizao de um Planejamento Estratgico Efetivo
A Escola Politcnica est em fase inicial de elaborao de seu planejamento estratgico.
Apesar de ainda estar se deparando com uma significativa inrcia do ambiente acadmico,
provvel que sejam discutidas e estabelecidas sua misso, sua viso e sejam realizadas
avaliaes de pontos fortes, pontos fracos, ameaas e oportunidades para a evoluo da
instituio. Com estas aes as suas novas metas sero adequadamente estabelecidas.
7.2 Integrao entre Graduao e Ps-Graduao com Capacitao Pedaggica
H necessidade de realizar uma melhor integrao entre os cursos de graduao e psgraduao. O curso de engenharia eltrica j se adiantou nesta questo, pois permite que os
graduandos cursem as disciplinas do mestrado como optativas, reduzindo assim o tempo de
concluso da ps-graduao. Criao de novos grupos de pesquisa com bolsistas de iniciao
cientfica e ps-graduandos convivendo em um mesmo ambiente tambm so objetivos a
serem atingidos.
Atualmente, os ps-graduandos praticamente no recebem capacitao didtica para a
docncia no ensino superior. Desta forma, a incluso de disciplinas de pedagogia e
metodologias de ensino nos cursos de mestrado e doutorado como forma de gerao de
professores com capacitao mais adequada ao ensino tambm muito necessria.
7.3 Integrao da Cadeia Empreendedora
Uma vez que j existem 6 empresas juniores e uma incubadora de empresas h um grande
potencial para o desenvolvimento do empreendedorismo tecnolgico na Escola Politcnica.
Entretanto, ainda falta planejar e sistematizar uma melhor integrao entre estas entidades.
Tambm haver necessidade de aproximar o Ncleo de Servios Tecnolgicos (NSTUFBA)
e o Ncleo de Propriedade Intelectual (NITUFBA), os diversos grupos de pesquisa e as psgraduaes desta futura cadeia empreendedora. Estas aes propiciaro a gerao de patentes,
novos servios e produtos tecnolgicos e a criao de empresas.
Uma vez que a cadeia empreendedora esteja estabelecida, poder haver uma associao
plena com o Parque Tecnolgico de Salvador, as redes universitrias de tecnolgica e at a
criao de um condomnio de empresas de base tecnolgica.

7.4 Transformao em Centro Universitrio ou Universidade Tecnolgica


De acordo com as discusses e demandas internas, a Escola Politcnica tem grande
potencial para se transformar em um Centro Universitrio Tecnolgico vinculado a UFBA.
Isto geraria uma reorganizao administrativa interna e cada um dos cursos poderia originar
uma nova faculdade ou instituto, potencializando e dinamizando o ambiente acadmico e
permitindo a expanso das atividades e pesquisas da escola.
Posteriormente e dependendo de suas possibilidades e interesses, a Politcnica poder se
transformar em uma Universidade Federal Tecnolgica.
7.5 Retomada do Projeto Original com adaptaes
O projeto original da Escola Politcnica bastante arrojado, elegante e funcional. Uma
retomada da construo deste projeto, com necessrias adaptaes, para as atuais e futuras
demandas acadmicas possvel e vivel.
A atual diretoria j est discutindo as possibilidades para a viabilizao da construo
gradativamente do Bloco II, dentro de um conceito modular e de acordo com recursos
financeiros obtidos por projetos.
8

CONCLUSES

A Escola Politcnica a grande referncia baiana de gerao de tecnologias e formao


de profissionais engenheiros. Apesar da Bahia ter sido durante muito tempo um ambiente de
baixa demanda e investimentos em tecnolgica e de pouco interesse de parte de sua elite
social no desenvolvimento da engenharia, a Escola Politcnica conseguiu prosperar e se
consolidar, sendo hoje a maior unidade da UFBA.
O cenrio industrial e tecnolgico baiano evoluiu bastante nas ltimas dcadas e os
profissionais de engenharia so imprescindveis. H cada vez mais h investimentos
diversificados e demandas tecnolgicas e sociais a serem atendidas pela engenharia.
A responsabilidade dos engenheiros tambm aumentou significativamente no mundo
contemporneo. A viso lgica e racional do mundo, tpica da engenharia, continua sendo
muito necessria, entretanto j no mais suficiente para atender o mercado de trabalho e as
carncias da sociedade. A atual realidade profissional e social demanda cada vez mais
engenheiros com o perfil de viso mais ampla, multidisciplinar, de liderana e com
conscincia cidad, tica social e habilidade para desenvolver as solues mais adequadas
para atender diversos problemas da atualidade.
Neste contexto, a Escola Politcnica j ofereceu 110 anos de importantes contribuies e
tem como desafio atender cada vez melhor o novo paradigma educacional da formao dos
engenheiros e associar sua tradio com as necessrias inovaes da modernidade e dos
engenheiros-cidados.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao engenheiro Arlindo Coelho Fragoso (em memria) pelo
inestimvel trabalho visionrio de criao e desenvolvimento da Escola Politcnica, aos
Professores Caiuby Alves da Costa, Guilherme Requio Radel e Srgio Fraga Santos Faria
pelo importante material bibliogrfico produzido e aos demais docentes, engenheiros e
estudantes que contriburam e contribuem para a evoluo da Escola Politcnica da
Universidade Federal da Bahia (www.eng.ufba.br) e para o desenvolvimento da Engenharia.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Grfica Tamoio, 1972.
MASCARENHAS, A. S., SOBRAL, H. S., VALENTE, M. S. P., ODEBRECHT, N. 80 anos
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Salvador, Editora da UFBA, 2001.
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Oligarquias, Simpsio Nacional de Histria da ANPUH, 2001.
COSTA, C. A. Templo da Razo, artigo do Jornal Correio da Bahia, Salvador, Edio de
06/11/2002.
COSTA, C. A., RADEL, G. R., RIBEIRO, M. Q. R., CARDOSO, R. 105 Anos da Escola
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FARIA, S. F. S. Escola Politcnica Tradio de Grandes Nomes na Histria da Bahia.
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COSTA, C. A. Frutos da Seara da Escola Politcnica Sntese Histrica e Diplomados de
1901 2003. Salvador, Editora Idia Novas, 2005.
COSTA, C. A., Relatrio das Gestes 19982002 e 20022006. Documentao Interna da
Escola Politcnica da UFBA, 2006.

POLYTECHNIC SCHOOL OF BAHIA: 110 YEARS


PERFORMANCE IN THE FORMATION OF PROFESSIONALS
AND IN THE REGIONAL DEVELOPMENT
Abstract: Among the higher education institutions that appeared in the century XIX it is the
Polytechnic School of Bahia. Inaugurated on March 14, 1897, the Polytechnic School
completed 110 years of existence in 2007, enlarging his significant work of competent
professionals' formation, accomplishing relevant technical and scientific projects and
contributing to the regional development. This article is a homage to the current Polytechnic
School of the Federal University of Bahia, one of the oldest schools of engineering of Brazil.
Key-words: Teaching, Pioneeringship, Formation of Human Resources, Generation of
Knowledge, Socioeconomic and Technological Development.

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