Fundamentos Metodológicos Da Ginástica
Fundamentos Metodológicos Da Ginástica
Fundamentos Metodológicos Da Ginástica
FUNDAMENTOS
METODOLGICOS DA GINSTICA
2012
ndice
PALAVRAS DO PROFESSOR ...........................................................................................3
UNIDADE I: NATUREZA, HISTRIA E GNESE DA GINSTICA ...................................5
SEO 1: Conceitos ................................................................................................................. 6
SEO 2: Conhecendo a Histria da Ginstica..................................................................... 7
Ginstica na Pr-Histria .................................................................................................... 7
A Ginstica na Antiguidade .............................................................................................. 8
A Ginstica no Oriente Prximo........................................................................................ 10
A Ginstica na Grcia ....................................................................................................... 12
A Ginstica em Roma........................................................................................................ 16
A Ginstica na Idade Mdia (395-1453) ......................................................................... 18
A Ginstica no Renascimento........................................................................................... 20
A Ginstica na Idade Contempornea............................................................................... 21
SEO 3: A Incluso das Ginsticas na Escola e nas Escolas Brasileiras ....................... 38
A Formao para o Trabalho com as Ginsticas No Brasil .............................................. 41
Consideraes Finais do Capitulo ...................................................................................... 42
UNIDADE II: MTODOS GINSTICOS ............................................................................ 43
SEO 1: Classificao da Ginstica .................................................................................. 44
Ginstica de Condicionamento Fsico ............................................................................... 44
Ginstica Geral (Gymnaestrada)..................................................................................... 45
Ginstica Formativa .......................................................................................................... 45
Ginstica Natural .............................................................................................................. 46
Ginstica Competitiva ....................................................................................................... 46
SEO 2: Classificao Geral dos Exerccios Fsicos .......................................................... 46
SEO 1: Ginstica de Condicionamento Fsico ................................................................ 49
Ginstica Calistnica......................................................................................................... 49
Ginstica Aerbica ............................................................................................................. 56
Ginstica Localizada ......................................................................................................... 68
Hidroginstica ................................................................................................................... 77
Musculao ......................................................................................................................... 84
Seo 2: Ginstica Mdica ou Fisioterpica .......................................................................... 93
UNIDADE IV: GINSTICA DE COMPETIO OU DESPORTIVA ..................................... 94
SEO 1: Ginstica Artstica .............................................................................................. 94
Definio: ............................................................................................................................ 95
Histria ............................................................................................................................... 96
A Ginstica Olmpica na escola: possibilidades de trabalho ............................................ 96
Segurana na GO/GA e preveno de acidentes .............................................................. 98
Modalidades........................................................................................................................ 99
Referencial Bibliogrfico ................................................................................................. 115
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PALAVRAS DO PROFESSOR
Todas as partes do corpo que possuem uma funo, se usadas com moderao e
exercitadas em algum trabalho fsico, se conservam sadias, bem desenvolvidas e
envelhecem lentamente, porm se no so trabalhadas, deixam de funcionar, se convertem
em enfermidades, defeituosas em seu crescimento e envelhecem antes do tempo
(HIPCRATES, 460 A.C. a 377 A.C.)
Prezado Acadmico:
Voc deve estar pensando, que ser que vou aprender com meus estudos na
disciplina de fundamentos Metodolgicos da Ginstica?, ser que vou estudar os exerccios
fsicos e os assuntos pertinentes a ele?, com um pensamento de hipcrates (o pai da
Medicina) que est remontando em quase 2.500 anos, iniciamos essa discusso.
Mas, para isso leia atentamente o que est escrito e reflita sobre a verdade
em cada palavra com relao ao organismo humano e a necessidade primordial que seus
ossos, msculos, articulaes, sistemas e aparelhos possuem de constante movimento. E o
mais importante que esse movimento precisa ser dimensionado, constantemente avaliado
e principalmente prescrito e aplicado de maneira correta, constituindo-se em exerccios
fsicos, que venham a desenvolver as qualidades fsicas inerentes ao corpo humano.
A disciplina Fundamentos Metodolgicos da Ginstica visam realizar descreva de
forma clara e resumida alguns dos contedos que podem ser abordados no contexto escolar,
seja na aula de educao fsica, no desporto escolar ou nas aulas de formao tcnica, sobre a
modalidade de ginstica.
Veja que ao se falar sobre a Educao Fsica, faz-se necessrio caracterizar o
homem como um ser holstico e que, dessa forma, ele necessita desenvolver-se em trs nveis
de conhecimento:
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SEO 1: Conceitos
A ginstica um conceito que engloba modalidades competitivas e no
competitivas e envolve a prtica de uma srie de movimentos exigentes de fora, flexibilidade
e coordenao motora para fins nicos de aperfeioamento fsico e mental.
GYMNKOS = Origem grega, adjetivo relativo ao exerccio do corpo
GYMNASTIQUE= Origem da lngua francesa.
Segundo BARBANTI (2003), o termo ginstica originou-se aproximadamente em
400 a.C. derivado de GYMNOS , que significa "n", levemente vestido e geralmente se refere
a todo tipo de exerccios fsicos para as quais se tem de tirar as roupas de uso dirio. Durante o
curso da Histria as interpretaes de Ginstica variaram. Atualmente o termo esta perdendo
o seu uso e tem sido substitudo por outras nomenclaturas de exerccios e/ou modalidades
especficas.
Conforme Aurlio (Novo Dicionrio da Lngua Portuguesa, 2000), o termo
ginstica etimologicamente: o conjunto de exerccios sistematizados; o conjunto de
movimentos, psicomotores para um objetivo.
Desenvolveu-se, efetivamente, a partir dos exerccios fsicos realizados pelos
soldados da Grcia Antiga, incluindo habilidades para montar e desmontar um cavalo e
habilidades semelhantes a executadas em um circo, como fazem os chamados acrobatas.
Naquela poca, os ginastas praticavam o exerccio nus (gymnos do grego, nu), nos chamados
gymnasios, patronados pelo deus Apolo. A prtica s voltou a ser retomada - com nfase
desportiva e militar - no final do sculo XVIII, na Europa, atravs de Jean Jacques Rousseau, do
posterior nascimento da escola alem de Friedrich Ludwig Jahn - de movimentos lentos,
ritmados, de flexibilidade e de fora - e da escola sueca, de Pehr Henrik Ling, que introduziu a
melhoria dos aparelhos na prtica do esporte. Tais avanos geraram a chamada ginstica
moderna, agora subdividida.
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Ginstica na Pr-Histria
claro que a expresso
"Ginstica" aplicada ao homem prhistrico um tanto forada, pois o
exerccio
fsico
no
estava
sistematizado,
regulamentado,
metodizado, estudado cientificamente,
etc.. Mas tudo isso que ns hoje
procuramos atingir cientificamente
(bem estar fsico, sade, fora,
velocidade,
resistncia,
aperfeioamento
das
funes
fisiolgicas, etc.), o homem primitivo atingiu e ultrapassou em muito. que, pelas condies
de vida, um dia na pr-histria, era uma contnua e completa aula de educao fsica. Para
sobreviver ao perigo das feras e inimigos, para fugir as intempries, para conseguir o alimento,
para homenagear os deuses, para festejar vitrias, etc., o homem, em pleno contato com a
natureza, precisava correr, saltar, marchar, arremessar, na dar, mergulhar, lutar, levantar e
transportar ,equilibrar, trepar, quadrupedar, danar, jogar, etc.
Para fins de estudo, podemos classificar as atividades fsicas na pr-histria
dentro dos aspectos: Natural, Utilitrio, Guerreiro, Recreativo, Religioso.
1 - ASPECTO NATURAL: Aqui colocamos as atividades fsicas feitas instintivamente, como
meio de sobrevivncia: Correr para fugir ao perigo ou para alcanar a caa; Nadar para
atravessar os rios; Marchar (caminhar) a procura da caa, da pesca, do abrigo; Arremessar a
pedra, a lana, para caar, pescar, guerrear e ai sim por diante.
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A Ginstica na Antiguidade
Na Antigidade, principalmente no Oriente, os exerccios fsicos aparecem nas
vrias formas de luta, na natao, no remo, no hipismo, na arte de atirar com o arco, como
exerccios utilitrios, nos jogos, nos rituais religiosos e na preparao guerreira de maneira
geral.
A ginstica aparece aqui como elemento sinnimo de um conjunto de atividades
fsicas, baseada na massagem e nos movimentos respiratrios, com uma freqncia diria, e
com objetivos mdicos e morais. Com algumas particularidades, praticamente todas as
civilizaes antigas a que temos acesso, a partir de quarenta sculos antes de Cristo (atravs
de desenhos, escrituras, etc.), tinham esta concepo.
Chineses:
a) Os chineses constituem um dos povos mais
antigos da terra. Sua histria perde-se na bruma dos
tempos e no terreno lendrio.
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Pode-se, no entanto dizer que j h 3.000 anos A.C. possuam uma educao
organizada, com escolas de nvel primrio, mdio e superior.
b) A Ginstica no se restringia ao currculo escolar, e por isso alcanou alto nvel
entre os chineses, que ela estava englobada nos preceitos morais e religiosos. Assim, graas
aos sacerdotes e tambm aos filsofos (entre estes destacamos Confcio que foi um grande
ginasta) a Educao Fsica era encarada com muita seriedade pelo povo chins.
c) O Kong-Fu era um notvel tratado de Ginstica elaborado pelos monges da
seita Tao-Tse.
Continha exerccios ativos, passivos e mistos; determinava a manuteno de
posturas, as mudanas de posturas, os modos de respirar; explicava os vrios tipos de
massagens; indicava os benefcios fisiolgicos e curativos de cada exerccio. So famosas as "7
Regras de Sade de Kong-Fu": levantar cedo, purificar a boca, exercitar-se, massagear-se,
banhar-se, repousar, alimentar-se.
d) Alm das prticas morais e higinicas aconselhadas pelos filsofos e pelo KongFu, os chineses praticavam muitas outras atividades fsicas: o arco e a flexa, a luta, o box, os
jogos imitativos, a esgrima de sabre, o Tsu-Chu (semelhante ao futebol), o voador (peteca) , a
caa, danas religiosas e pantominas.
e) A introduo do Budismo e a influncia de alguns filsofos que pregavam a
"inanio e a meditao para alcanar a sabedoria e a felicidade, prejudicaram o progresso da
educao fsica e da prpria China a partir de uns 2 sculos antes de Cristo.
Na atualidade, o povo chins reage aos sculos de obscurantismo e j comparece
nas competies mundiais de basquete, atletismo, natao, ping-pong, tnis, futebol.
Hindus:
a) A ndia se originou h uns
2.000 anos A.C com a invaso dos rios que
dominaram a vasta pennsula triangular que
vai do Himalaia ao Oceano Indico. Os hindus
estavam
organizados
em
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castas
hierarquizadas: os brmanes (sacerdotes,
poetas, juzes, mdicos); os guerreiros; os
negociantes, pastores e agricultores; e os
servos. Havia ainda os sem classe ou parias,
desprezados e sem quaisquer direitos.
b) As principais fontes histricas
para estudo deste povo so os livros Vedas
(livros sagrados do Bramanismo); Mahabrata
(poema que relata uma guerra civil);
Ramayana (poema pico que descreve as
lutas de Rama para reaver sua esposa Sita) e
as Leis da Manu, o celebre legislador da ndia.
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Egpcios:
Atravs de escavaes realizadas
pelos pesquisadores franceses Champollion e Botta
e o ingls Rawilson no Egito, encontraram nas
paredes das tumbas e hipogeus, pinturas e
desenhos que revelaram as prticas fsicas que
faziam parte do ume egpcio, dentre os quais, os
exerccios gmnicos. MALTA (1994), declara a
existncia de uma ginstica egpcia, devido a
grande variedade de atividades fsicas praticadas
no Egito, destacando a constatao do trabalho de
algumas qualidades fsicas (equilbrio, fora,
resistncia muscular e flexibilidade) como tambm
a utilizao de alguns materiais de apoio {rvore,
lana e pesos).
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Cretenses:
a) Entre os insulares, ou povos do mar, brilhou, h
mais de 2.000 anos A.C., a civilizao cretense. Embora ainda no
tenha sido possvel decifrar os signos da escrita cretense, pelas
runas, quadros, pinturas e esculturas, pode-se conhecer algo deste
povo extraordinrio, precursor e inspirador da civilizao grega no
campo da Educao Fsica.
b) Os cretenses eram baixos, morenos, queimados
pelo sol, esbeltos, geis, enrgicos, usavam roupas leves (uma
simples tanga e saiote ricamente bordado, com uma cinta que
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ressaltava o talhe atltico); as mulheres usavam saias soltas, camisas rendadas, elegantes
chapus, colares, jias e braceletes.
c) Seus templos e palcios possuam inteligente distribuio de ar, luz, gua,
drenagens, instalaes sanitrias e salas de banho.
d) Hbeis marinheiros e possuindo um tipo de barco guarda-costas muito veloz,
no precisavam de muros e fortificaes para guarnecer seu litoral.
Eram apaixonados pelos exerccios de fora e destreza. Para seus espetculos,
construram os primeiros teatros e estdios do mundo. Apreciavam as lutas de gladiadores e
os combates de homens e mulheres contra as feras. A coragem e a habilidade acrobtica dos
cretenses se desenvolveram a tal ponto que casais de toureiros, desarmados, brincavam com o
touro furioso, dando cambalhotas e saltos sobre o dorso do animal.
Conheciam o pugilismo e j dividiam os lutadores nas trs clssicas categorias:
leves, mdios e pesados. Os lutadores cobriam o corpo com leo. Como outros povos, os
cretenses tambm praticaram as danas religiosas e recreativas, as corridas, natao e
massagem.
A Ginstica na Grcia
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Scrates (468-399 a.C), Aristcles, mas conhecido pelo cognome Plato ( 429-347
a.C), Hipcrates (430-377 a.C.) e Aristteles (348-322 a.C.) deixaram grandes contribuies no
que se refere s atividades fsicas. Por exemplo as idias pedaggicas sobre ginstica para o
corpos msica para a alma, que influenciaram as bases educacionais defendidas por Plato.
Segundo Oliveira (1987), as artes da Ginstica (todos os exerccios fsicos, inclusive
o esporte) e da Msica (cultura espiritual) formaram o que os gregos chamavam de Paidia, o
que hoje entendido corno tradio, cultura, educao, enfim, a prpria formao do Homem
PEREIRA (1988), relata que na cultura grega, foi a primeira prtica de atividades fsicas
realizadas em grupos, de forma consciente, metodizada e intencional. A cultura fsica era
marcante no universo grego, sendo usual a exercitao fsica conjunta, entre amigos, em suas
prprias residncias, de cunho fsico e social; Na vida atltica dos cidados gregos estendia-se
at a velhice; os ginsios viviam tomados de pessoas exercitando se... .
A Ginstica em Roma
Com a derrota militarista da Grcia (145 a.C), na passa a combater a ginstica
grega, pois achavam imoral e repulsiva a nudez dos atletas e ginastas gregos (MARINHO
1981). TUBINO (1992) descreve que as atividades fsicas romanas possuam caractersticas
militaristas bem marcantes, porm com a decadncia do imprio Romano foi aos poucos elo
cruis espetculos circenses de gladiadores, pugilatos, luta livre e naumaquias. Deste perodo
romano surgiu a frase "Mens sana in corpore sano'', que at hoje est relacionada aos estudos
dos problemas da Educao Fsica.
Guerreiros, e de esprito prtico,
os romano viam na educao fsica apenas o
instrumento para adestrar suas aguerridas
legies. A educao fsica tinha, portanto, um
carter eminentemente militar.
Como em
Esparta e Atenas, o pai tinha plenos poderes
sobre a famlia, podendo aceitar ou recusar e
filho recm-nascido.
Se aceita, a criana
ficava aos cuidados da me at 7 anos. Dos 7
anos aos 12, o menino era entregue ao "Ludus
Magister", ou a um preceptor particular se a
famlia tivesse maiores posses. Nessa fase a
educao limitava-se a rudimentos de ler,
escrever,
contar e jogar, e pequenas
tarefas agrcolas ou militares. Dos 12 aos
16 anos ia para a escola do "grammaticus" onde avanava mais na literatura, na gramtica e
estudava um pouco de cincias. Dos 16 aos 18 anos ia para a escola de "Retrica", ande
aprendia direito, filosofia, retrica e uma esmerada educao militar; Aos 18 anos tornava-se
cidado, trocando a Toga Pretexta pela Toga Viril em bela cerimnia pblica.
Os romanos de todas as idades praticavam diariamente a educao fsica no
campo de Marte, situado s margens do Tibre. Era uma bela plancie, rodeada de bosques e
monumentos nacionais. Eles corriam, nadavam, saltavam, transportava pesos, arremessavam
a lana, lutavam, esgrimiam, jogavam harpastum (espcie de antepassado do futebol),
praticavam a equitao.
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Mas antes de concluir este ponto,permitam que eu lhes diga algo sobre uma
belssima contribuio romana Educao Fsica: as Termas eram as casas de banho dos
romanos.
Eles espalharam o hbito salutar do banho por todo o seu vasto imprio. As
Termas eram edifcios imponentes, muito ricamente decorados e construdos em mrmore. As
principais de pendncias eram: vestirios, salas de ar quente ou morno (seco ou mido),
piscinas quentes e frias, salas de refeio, de leitura, de jogos sociais e desportivos, salas de
massagem. As principais Termas foram as de Agripa, de Nero, de Caracala, de Trajano. Havia
Termas com mais de 8.000 banheiros separados.
Roma chegou a ter mais de 800 Termas alm de mil piscinas para o banho pblico.
At os escravos, mediante uma mdica taxa, podiam participar dos banhos.
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Nos feudos, as atividades fsicas consistiam na caa, pesca, jogos infantis (as
crianas daquela poca tinham mais jogos e brincadeiras que as nossas), danas a jogos
populares, lutas e arremessos.
Um dos jogos mais populares era a "soule" antepassado do futebol. At os padres,
aps a missa dominical, se misturavam com o povo e jogavam a "soule".
Consistia em atingir com a bola, jogada de qualquer maneira, um alvo defendido
pela equipe contrria. Havia soles entre povoados vizinho. A vitria consistia em levar a bola
at praa do povoado adversria.
A
nobreza
participava das Justas e
dos Torneios e do jogo da
"paume,
jogo
da
"palma", antepassado, do
tnis, ou "pela" alm das
danas. A Justa consistia
numa disputa amistosa
entre dois cavaleiros que,
cavalo, protegidos por
armaduras, munidos de
lana e espada, investiam
um contra o outro,
tentando derrubar e
dominar o adversrio. No
inicio, no havia muitas regras, e a Justa era quase igual a uma batalha real, havendo,
seguidamente, mortes.
Mais tarde criaram-se as "armas de cortesia", isto , a lana de ferro foi
substituda pela de madeira com um floro na ponta.
Tambm surgiram regras mais amenas: bastava derrubar o adversrio da sela, ou
quebrar a prpria lana no impacto contra o adversrio para ser considerado vencedor.
As justas eram realizadas em campo aberto, ou com um muro, (lia) altura do
peito do cavalo. Consta que a ltima Justa realizou-se em 1559 para festejar o casamento de
Margarida, lrm do rei Henrique II da Frana.
O Rei participou da festa "justando" com o conde de Montqomery. Na primeira
lana, o rei venceu facilmente, derrubando o conde; na segunda, ambos atingem o alvo e as
lanas voaram em estilhaos, mas o conde de Montgomery, com o impulso da arremetida e
com o pedao de lana que sobrara atravessou a viseira do rei ferindo-lhe o olho esquerdo.
Dez dias de pois, com grande sofrimento, falece o rei e as Justas se apagam.
Os Torneios obedeciam aos mesmos princpios das Justas, porm eram disputados
por duas equipes. A codificao dos torneios foi feita pelo cavaleiro francs Geoffroy de
Preuilly, no sculo XI. Um senhor feudal promovia a festa, convidando tantos cavaleiros
quantos pudesse, ou convidando um outro senhor feudal e sua equipe.
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Formavam-se dois partidos: armavam-se as tribunas e arquibancadas; escolhiamse os juizes; embandeiravam-se os Iocais da disputa, os animais, as armas e os cavaleiros;
realizavam-se treinamentos; os disputantes faziam os juramentos de lealdade s regras e aos
adversrios; havia homenagens, danas e banquetes; e quando o entusiasmo popular estava
no auge, realizava-se o Torneio. s vezes o combate ia de sol a sol. Ao final, todos
confraternizavam e os esfalfados combatentes, com toda a dignidade e cortesia, participavam
das festas e danas que eram realizadas em sua homenagem. Os torneios evoluram
desportivamente at ao ponto de originar o "carrossel" e as "cavalhadas" onde havia apenas
combates simulados e demonstrao de habilidade eqestre.
A Cavalaria, nobreza dentro da nobreza o facho luminoso da Educao Fsica na
Idade Mdia. O cavaleiro cultivava o ideal de defender Igreja, Ptria, as mulheres, os fracos
e os oprimidos.
A Igreja apia a cavalaria e assim comea a modificar sua atitude em relao
Educao Fsica. O jovem nobre desde pequeno vai se preparando fsica, moral e
espiritualmente para se tornar cavaleiro. E ento, em plena mocidade, em bela cerimnia
cvica e espiritual, recebe as armas de cavaleiro. Ate chegar a esse momento, ele passou
muitos anos adestrando-se na Luta, natao, arremessos, Levantamento de pesos, boas
maneiras, conhecimento de Leis, exerccio das prticas religiosas e etc.
A Ginstica no Renascimento
Com o Renascimento (1400 a 1727), perodo de transformaes e despertamento
cultural e ideolgico, que alm de libertar as cincias e as artes tambm serviu para o
ressurgimento da cultura fsica.
Como o homem sempre teve interesse no seu prprio corpo, o perodo da
Renascena fez explodir novamente a cultura fsica, as artes, a msica, a cincia e a literatura.
A beleza do corpo, antes pecaminosa, novamente explorada surgindo grandes artistas como
Leonardo da Vinci (1452-1519), responsvel pela criao utilizada at hoje das regras
proporcionais do corpo humano.
Consta desse perodo o estudo da anatomia e a escultura de esttuas famosas
como por exemplo a de Davi, esculpida por Michelngelo Buonarroti (1475 - 1564).
Considerada to perfeita que os msculos parecem ter movimentos. A dissecao de
cadveres humanos deu origem Anatomia como a obra clssica "De Humani Corporis
Fbrica" de Andrea Vesalius (1514-1564).
A volta de Educao Fsica escolar se deve tambm nesse perodo a Vitorio de
Feltre (1378-1466) que em 1423 fundou a escola "La Casa Giocosa" onde o contedo
programtico inclua os exerccios fsicos.
O Renascimento foi um perodo marcante e positivista para a cultura fsica,
fazendo renascer o interesse e o prazer pela prtica de atividades fsicas o verdadeiro
renascimento da cultura em geral e da Educao Fsica.
O movimento contra o abuso do poder no campo social chamado de iluminismo
surgido na Inglaterra no sculo XVII deu origem a novas idias. Como destaque dessa poca os
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estado de tenso por questes territoriais. A crise poltica levou deflagrao da I Grande
Guerra, em 1914.
Foi neste tempo de guerras e revolues que a Educao Fsica de nossos dias
assentou suas bases.
Situao das Instituies Educacionais
Entende Luzuriaga (1979) que o sculo XVIII o sculo pedaggico por excelncia.
A educao tornou-se uma das mais importantes preocupaes de reis, pensadores e polticos.
Surgiram duas das maiores figuras da Pedagogia: Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) e
Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827). Foi neste sculo que se desenvolveu a educao
pblica estatal e iniciou-se a educao nacional. Ainda segundo Luzuriaga, na educao do
sculo XVIII observam-se os seguintes movimentos:
1. Desenvolvimento da educao estatal, da educao do Estado, com maior
participao das autoridades oficiais no ensino.
2. Comeo da educao nacional, da educao do povo pelo povo ou por seus
representantes polticos.
3. Princpio da educao universal, gratuita e obrigatria, no grau da escola
primria, que fica estabelecida em linhas gerais.
4. Iniciao do laicismo no ensino, com a substituio do ensino da religio pela
instruo moral e cvica.
5. Organizao da instruo pblica em unidade orgnica, da escola primria
universidade.
6. Acentuao do esprito cosmopolita, universalista, que une pensadores e
educadores de todos os pases.
7. Sobretudo, a primazia da razo, a crena no poder racional na vida dos
indivduos e dos povos.
8. Ao mesmo tempo, reconhecimento da natureza e da intuio na educao, (p.
151)
Ao final do sculo XVIII a educao europia modificou-se radicalmente com a
Revoluo Francesa, que fez com que a educao estatal, do sdito, prpria da monarquia
absolutista e do despotismo esclarecido, se convertesse na educao nacional, na educao do
cidado participante do governo do pas (Luzuriaga, 1979). A Revoluo Francesa deixou
assentada as bases da nova educao nacional, que da Frana estendeu-se depois por toda a
Europa e Amrica.
A educao no sculo XIX liga-se estreitamente aos acontecimentos polticos e
econmicos. A Revoluo Poltica, principiada em 1789 com a Revoluo Francesa, completouse com a vitria da soberania popular e das idias liberais, constitucionalistas e
parlamentaristas, impondo-se a necessidade de educar o "povo soberano" (Luzuriaga, 1979, p.
180). A Revoluo Industrial, que alcanou grande intensidade naquele sculo, levou a um
aumento populacional nas cidades e necessidade de cuidar da educao desta grande massa.
Para Luzuriaga (1979) "todo sculo XIX foi um contnuo esforo por efetivar a
educao do ponto de vista nacional" (p. 180), o que bastante coerente com o momento
poltico de afirmao dos Estados Nacionais que vivia a Europa. Os pases europeus
estruturaram, naquele sculo, seus sistemas nacionais de educao. A escola primria foi
universalizada, em carter obrigatrio e gratuito, estabeleceram-se escolas normais para a
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Ginstica Alem
O seu desenvolvimento foi dirigido por intelectuais e mdicos, mas o
impulso decisivo para a implantao dos alicerces da Escola Alem veio da pedagogia.
Inicialmente, podemos citar os alemes Basedow e Salzmann, que, com suas instituies
escolares denominadas "Philantropinum", abriram as portas para a implantao da educao
fsica escolar. Foi tambm decisiva a influncia sobre os autores citados do suo Jean Jacques
Rousseau que, ao escrever o Emlio, em 1762, muito acentuou a tendncia humanista do
"Philantropinum" do pedagogo Johann Bernhard Basedow (1723-1790) e, posteriormente, do
de Salzmann.
Basedow dava grande importncia sade e educao fsica, e sua escola iniciou
o primeiro programa moderno de Educao Fsica (Van Dalen & Bennet, 1971). Este programa
compreendia corridas, saltos, arremessos e lutas semelhantes s que se praticavam na Antiga
Grcia: jogos de peteca, de bola, de pinos e pelota; natao; arco e flecha; marchas; excurses
no campo, caminhada e suspenso em escadas oblquas e transporte de sacolas cheias de
areia (Marinho, s.d.a; Van Dalen & Bennet, 1971).
No podemos esquecer tambm a influncia de outro suo: Johann Heinrich
Pestalozzi, o maior gnio, a figura mais nobre da educao e da pedagogia, o educador por
excelncia e o fundador da escola primria popular". Assinale-se que Pestalozzi foi seguidor
das idias de Rousseau.
Em 1784 foi fundado um instituto educacional semelhante ao Philanthropinum
tambm colocando em prtica idias educacionais naturalistas, onde Cristoph Friedrich
GutsMuths (1759-1839), assumindo as aulas de ginstica, experimentou novas atividades e
aparatos e elaborou um sistema de trabalho que ficou conhecido como "ginstica natural" ou
"mtodo natural". Ele dividiu as atividades em trs classes: exerccios ginsticos, trabalhos
manuais e jogos sociais (Van Dalen & Bennet, 1971). Admirador de Rousseau, sua ginstica
compreendia todas as variaes de exerccios corporais, sem nunca ir contra a natureza.
Inclua a ginstica entre os deveres da vida humana e, sob este aspecto, muito lembrava os
princpios da educao grega.
Segundo Van Dalen e Bennet (1971), o programa de GutsMuths harmonizava com
os ideais de Rousseau. Ele acreditava firmemente na influncia do corpo sobre a mente e o
carter; e que a sade, mais do que o conhecimento, deveria ser o objetivo bsico da
educao. Moolenijizer (1973) entende que GutsMuths ganhou grande importncia como o
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Para finalizar, percebe-se uma grande utilidade na execuo desse mtodo para
treinamento de militares, onde muitas caractersticas so utilizadas nos treinamentos
atuais das academias e quartis. Para sua efetiva aplicao nas escolas, existe a natural
necessidade de adaptaes no volume e na intensidade dos exerccios propostos.
Sobre a ustria Wikipdia
As origens da ustria remetem-se ao tempo do Imprio Romano, quando um
reino celta foi conquistado pelos romanos em 15 a.C., aproximadamente, e mais tarde tornouse Noricum, uma provncia romana, em meados do sculo I d.C.,[6] em uma rea que abrangia
a maior parte da ustria atual. Em 788 d.C., o rei franco Carlos Magno conquistou a rea e
introduziu o cristianismo. Sob a dinastia nativa dos Habsburgo, a ustria tornou-se uma das
grandes potncias da Europa. Em 1867, o Imprio Austraco foi incorporado pela ustriaHungria. O Imprio Austro-Hngaro desmoronou em 1918 com o fim da Primeira Guerra
Mundial. Depois de estabelecer a Primeira Repblica Austraca, em 1919, a ustria foi, de fato,
anexada Grande Alemanha pelo regime nazista no chamado Anschluss, em 1938.[7] Isto
durou at o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, depois que a ustria foi ocupada pelos
Aliados. Em 1955, o Tratado do Estado Austraco restabeleceu a ustria como um Estado
soberano e o fim da ocupao. No mesmo ano, o Parlamento austraco criou a Declarao de
Neutralidade, que estabeleceu que o pas se tornaria neutro.
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Ginstica Nrdica
Foi nos pases nrdicos que mais frutificaram as idias de Guts Muths.
Inicialmente na Dinamarca - considerada na poca a metrpole intelectual dos pases nrdicos
-, com Franz Nachtegall (1777-1847), fundador da ginstica no seu pas. O pioneirismo a
marca fundamental de seu currculo. Em 1799 funda o seu prprio instituto de ginstica; em
1801 consegue que se inclua a ginstica na escola primria; em 1804 o responsvel pela
fundao de um instituto militar de ginstica, o mais antigo instituto especializado do mundo;
em 1808 inaugura um instituto civil de ginstica, para formao de professores de educao
fsica; em 1828, como coroamento de seu trabalho, implanta-se obrigatoriamente a ginstica
nas escolas, fazendo com que a Dinamarca adiante-se de alguns decnios a outros pases
europeus. Sua obra identifica-se com a de Spiess, na Alemanha, pois alm de ser o responsvel
pela criao da educao fsica escolar dinamarquesa, a educao fsica feminina foi outra de
suas grandes preocupaes.
Em 1799, chega em Copenhague o sueco Pedro Enrique Ling (1776-1839) e, no
Instituto de Nachtegall, entra em contato com as idias de Guts Muths. Assim como
Nachtegall, Ling havia chegado concluso de que:
"Uma educao fsica harmnica do corpo humano e de suas faculdades
dinmicas, em completa dependncia de correlao com todas as foras
fsicas e espirituais do corpo, tinha que ser uma parte essencial da formao
do povo" (16, pg. 149).
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Ginstica Francesa
da maior importncia o estudo dessa escola, pois dela chegaram os primeiros
estmulos que vieram a constituir os alicerces da educao fsica brasileira. Neste perodo
reala a figura de Dom Francisco Amoros y Ondeano (1770-1848), militar espanhol que chega
Frana em 1814 e, em 1816, adquire a cidadania francesa. A sua figura de grande
relevncia histrica, pois foi quem introduziu a ginstica naquele pas, sendo conhecido como
o "pai da ginstica francesa".
A sua ginstica reflete influncias que podem ser definidas a partir da frmula:
Rabelais/Guts Muths/Jahn/Pestalozzi. Pode-se considerar que era uma ginstica utilitria
(Rabelais), com inteno pedaggica (Guts Muths), acrobtica (Jahn) e atrativa (Pestalozzi).
Mas o que caracterizava a ginstica amorosiana era o seu marcante esprito militar e "nunca
poderamos admiti-la como um mtodo de ginstica escolar" (4, pg. 98). Langlade
compartilha dessa opinio quando afirma que a citada ginstica "no tinha uma finalidade
escolar ainda que as crianas tambm a praticassem" (42, pg. 28). Apesar disso, foi
introduzida nas escolas francesas em 1850, sendo ministrada quase sempre por suboficiais do
exrcito, sem cultura geral e com deficincias de formao pedaggica. Somente no final do
sculo, por influncia de Pierre de Coubertin, inicia-se uma campanha para que se crie uma
autntica educao fsica escolar francesa.
Registramos, ainda, a presena menos marcante, mas tambm influente, de
Phoktion Heinrich Clias (1782-1854) que, entre outras iniciativas, cria a calistenia, em 1829 como ginstica feminina com tendncias estticas e derivadas dos gestos de dana -, de to
larga divulgao no Brasil.
importante assinalar, em virtude da influncia que exerceu sobre a educao
fsica brasileira, a criao do Instituto de Ginstica do Exrcito Francs, em 1852, na Escola de
Joinville-le-Pont.
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ou pr-pubertria (crianas de 4 a 13 anos); educao fsica secundria ou pubertria e pspubertria (adolescentes de 13 a 18 anos); educao fsica superior ou desportiva e atltica
(adultos de ambos os sexos de 18 a 35 anos); e ginstica de conservao para a idade madura
(adultos de ambos os sexos com mais de 35 anos).
2. Adaptao ao Exerccio - o regime de trabalho fsico a que sero submetidos depende: do
fim a atingir, da dificuldade e da intensidade dos exerccios e das qualidades que estes
exerccios so susceptveis de desenvolver ou de aperfeioar. Para compor o programa de
exerccios foram elaborados quadros de exerccios por ciclos (elementar, secundrio e
superior) e que constava de: grupamento, fim a atingir (objetivo), o programa de exerccio e
regime de trabalho.
3. Atrao do Exerccio - os exerccios fsicos devem ser higinicos e salutar quanto maior o
prazer com que for praticado. O instrutor dever esforar-se para tornar a sesso atraente,
pela escolha judiciosa dos exerccios que variar, freqentemente, pela introduo de jogos
em momento oportuno no decorrer da lio e, principalmente, pela emulao e disposio
para o trabalho que provocar em sua classe.
4. Verificao Peridica da Instruo - a verificao peridica dos exerccios fsicos realizada
pelo mdico e pelo professor e repousa nos exames fisiolgicos e prticos. A verificao
mdica efetuada no incio e final do ano letivo, seguido de exame prtico de dificuldade
compatvel com o valor fsico dos concorrentes.
UMA SESSO COMPREENDE TRS PARTES
De forma genrica, o mtodo buscava ordenar e aplicar um grupo racionalizado
de exerccios e atividades que compreendiam os saltos e saltitos, os lanamentos, os
arremessos, as corridas, as marchas e com sua aplicao militar tambm utilizavam-se de
esportes como a esgrima, a natao e a equitao.
1. Preparatria - durao de 2/10 do tempo total da sesso. Comporta evolues e
flexionamentos dos braos, pernas, tronco, combinados, assimtricos e de caixa torcica.
2. Lio Propriamente Dita - durao de 7/10 da sesso. Abrange exerccios grupados nas sete
famlias: marchar, trepar e equilibrar-se, saltar, levantar e transportar, correr, lanar e atacar e
defender-se.
3. Volta Calma - durao de 1/10 da sesso. Contm: marcha lenta com exerccios
respiratrios, marcha com canto ou assobio e exerccios de ordem.
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econmicas produzidas pela Revoluo Industrial naquele pas a partir de 1760 (Eyler, 1969;
Mclntosh, 1975; Rouyer, 1977). At o final do sculo XVIII o esporte era uma prtica
tipicamente aristocrtica na Inglaterra, tendo este panorama se modificado substancialmente
no decorrer do sculo seguinte, com a proliferao do esporte em outras camadas sociais e
sua institucionalizao em rgos diretivos.
As tradicionais Escolas Pblicas (PiMic-Schools), fundadas entre os sculos XIV e
XVII, as Universidades e a classe mdia emergente da Revoluo Industrial tiveram
participao fundamental neste processo.Os estudantes das Public-Schools promoviam seus
prprios jogos - futebol, caa e tiro - desafiando s vezes a proibio das autoridades
educacionais que os consideravam perigosos e violentos.
A partir de 1832, a classe mdia, que ascendera a uma posio de poder poltico e
influncia social por conta do desenvolvimento industrial, passou a reivindicar maiores
privilgios educacionais, o que conseguiu efetivamente por volta de 1860, e fez erguer muitas
novas escolas pblicas espelhadas no modelo das antigas (Mclntosh, 1973, 1975). Esta
conquista revelou-se decisiva para a proliferao dos jogos esportivos. Mclntosh (1975)
entende que a obteno de privilgios educacionais Peia classe mdia "coincidiu e foi
responsvel pelo desenvolvimento dos jogos organizados, particularmente o crquete e o
futebol" (p. 88).
Em meados do sculo XIX o modelo esportivo predominante era o da classe
mdia, que deu aos vrios jogos esportivos, alguns descobertos em estado embrionrio,
organizao, regras, tcnicas e padres de conduta para os praticantes, em grande parte
vigentes at hoje. A partir de 1857 e at o final do sculo fundaram-se dezenas de associaes
esportivas nacionais na Inglaterra.
Para Eyler (1969) parece existir uma relao entre o aumento do tempo de lazer,
em parte induzido pela Revoluo Industrial, e o desenvolvimento esportivo. Rouyer (1977)
analisou o esporte com relao ao lazer e ao trabalho no quadro do emergente capitalismo
ingls; constatou que o esporte era uma atividade de cio da aristocracia e da alta burguesia e
um meio de educao social de seus filhos, e que a Inglaterra era o primeiro caso tpico da
realidade do esporte num pas capitalista.
A Inglaterra foi pioneira em divulgar o esporte entre uma populao industrial e
urbana (Mclntosh, 1975). O esporte tornou-se acessvel s classes trabalhadoras inglesas
depois de ter surgido pra a classe mdia, em decorrncia de conquistas trabalhistas. Por volta
de 1870 os trabalhadores passaram a reivindicar - e obtiveram - uma reduo da jornada de
trabalho. Segundo Mclntosh (1975) "Foi ento, e s ento que se deu a grande proliferao de
clubes desportivos e organizaes distritais" (p. 38).
A Inglaterra foi tambm pioneira em aceitar e utilizar o esperte como um meio de
educao. O exemplo da Escola de Rugby onde seu diretor Thomas Arnold (1795-1842)
suprimiu a ilegalidade de alguns jogos esportivos, generalizou-se nas demais Escolas Pblicas
na segunda metade do sculo XIX, que tradicionalmente dedicavam parte da vida escolar
organizao e superviso de atividades pelos prprios estudantes, e o auto-governo foi
altamente desenvolvido nos jogos e esportes. A "capacidade de governar outros e controlar a
si prprio, a atitude de combinar liberdade com ordem" (Comisso Real das Escolas Pblicas,
citado por Mclntosh, 1973, p. 119) era o modelo aceito da Educao Fsica nas Escolas
Pblicas.
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Essa alterao da LDB merece reflexo, pois contm um avano, mas tambm
comporta um retrocesso. Se, de um lado, avana, ao incluir a Educao Fsica em todos os
turnos de ensino da educao bsica (eliminando, com isso, a discriminao de estudantes dos
cursos noturnos), de outro, retrocede ao prescrito na antiga LDB, ao se fundamentar no
pressuposto de que esse componente curricular essencial apenas para os alunos e alunas
saudveis, menores de 30 anos, sem filhos, que no trabalham.
Consideramos esse dispositivo legal j completamente ultrapassado e sem
fundamento. A Educao Fsica na escola constitui direito de todos, e no privilgio dos
considerados jovens, hbeis e produtivos.
Alm da LDB de 1996, as Diretrizes Curriculares Nacionais, estabelecidas pelo
Conselho Nacional de Educao para a educao bsica, atribuem Educao Fsica valor igual
ao dos demais componentes curriculares, abandonando o entendimento de ser mera atividade
destituda de intencionalidade educativa (como na legislao de 1971), e passa a ser
considerada como rea do conhecimento. A Educao Fsica deve, portanto, receber o mesmo
tratamento dispensado aos demais componentes curriculares como, por exemplo, ter horrio
garantido na grade curricular do turno e no ser utilizada como moeda de troca na
negociao para que os alunos se comportem durante as outras aulas.
Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs) tambm concebem a Educao
Fsica como componente curricular responsvel por introduzir os indivduos no universo da
cultura corporal que contempla mltiplos conhecimentos produzidos e usufrudos pela
sociedade a respeito do corpo e do movimento com finalidades de lazer, expresso de
sentimentos, afetos e emoes, e com possibilidades de promoo, recuperao e
manuteno da sade. (BRASIL, 1997, p. 27)
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determinantes para seu estado de sade. Deste modo, podemos afirmar que a ausncia de
doenas, o saneamento bsico, a habitao, o transporte, a qualidade da alimentao e os
hbitos pessoais so aspectos essenciais quando se trata de sade.
A sociedade moderna tornou o homem um ser sedentrio (no praticamente de
atividade fsica), gerando doenas orgnicas em vrios nveis. Para minimiz-las, a prtica de
atividade fsica permanente produz efeitos benficos. Isto por que, quando impomos ao corpo
uma atividade acima da freqncia, intensidade e durao habitual, exigimos que ele produza
energia-indispensvel ao movimento humano, com mais intensidade, forando o sistema
circulatrio e respiratrio a trabalhar com maior velocidade, melhorando e aumentando sua
capacidade de trabalho no final de um determinado tempo.
Assim podemos usufruir dos benefcios que a atividade fsica produz no
organismo, tais como: melhor qualidade de vida, aumentando no volume de Oxignio ( VO2 ),
modalidade de vida, neo-formao de Capilares, aumento no volume de capacidade pulmonar,
aumento no nmero e volume de mitocndrias ), aumento na produo de ATP, liberao da
agressividade e ansiedade, aumento da auto-estima e auto-confiana, aumento na produo
de hormnios que proporciona bem-estar, bom humor e mais resistncia a dor e ao cansao,
aumento no nmero de amigos, maior segurana nas relaes sociais, etc.
Com o avano da cincia e da medicina esportiva, que comprovam os benefcios
da atividade fsica na manuteno da sade fsica, mental e social, ampliou-se as alternativas
de atividade fsica para atender as necessidades e gostos dos que desejam e/ou precisam se
exercitar.
Dentre elas destacamos:
-
Ginstica Calitnica
Ginstica de Academia;
Musculao;
Ginstica Localizada;
Hidroginstica;
Ginstica Formativa
Englobam todas as modalidades que tem por objetivo a aquisio ou a
manuteno da condio fsica do indivduo normal e/ou atleta.
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Ginstica Natural
Utiliza todas as habilidades especficas que fazem parte do repertrio motor
humano e que permitem ao homem interagir com seu meio ambiente. Pode ser
desenvolvida na forma de atividades pr-esportivas, jogos e brincadeiras, oferecidas em
todas as possibilidades ldicas e recreativas. ideal para a aquisio de bases de experincias
motoras e a melhoria das condies fsicas generalizadas.
Ginstica Competitiva
Tem sua origem na ginstica formativa, apresentando regulamentos especficos
com objetivos competitivos. Aparece na forma de festivais e eventos esportivos, sendo que
geralmente se organiza em federaes.
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A partir dos conceitos acima, percebe-se que a atividade fsica indica um conceito
mais amplo, enquanto que o exerccio fsico demonstra ser algo mais restrito.
Os processos de classificao dos exerccios fsicos vo ajudar voc a
compreender, de forma bastante clara, os diversos tipos de exerccios fsicos que podemos
desenvolver para o corpo humano. Perceba voc que na seo anterior (Diviso da
Ginstica) esto permeados conhecimentos com da seo atual. Este fato bastante
interessante, pois permite a voc acadmico, contrapor conhecimentos de autores diversos.
Veja algumas formas mais utilizadas:
a) Segundo a Forma de Execuo:
Neste item abordamos alguns meios possveis de se dividir os exerccios fsicos
quanto a sua forma de execuo, ou seja:
1) Exerccios Naturais: repare voc que a palavra cotidiano caracteriza esses
exerccios, pois so aqueles utilizados para manuteno e desenvolvimento das
necessidades primrias do ser humano. Vamos, dentre vrios, destacar o
andar, o correr, o lanar, o arremessar, o saltar, o quadrupedar, o escalar, o
rastejar, o rolar, o saltitar e outros. Modernamente, o andar e o correr so
exemplos de atividades fsicas que se tornaram um hbito de muitos indivduos.
2) Exerccios Rtmicos: Utiliza basicamente os exerccios naturais para o
desenvolvimento das qualidades fsicas em conjunto com a criatividade e a
expresso corporal atravs de msicas, palmas, sons instrumentais e ordens
de comando. Atualmente, as academias oferecem ao pblico um sem nmero
de atividades com exerccios rtmicos que muitas vezes se diferenciam entre si
na freqncia rtmica utilizada e no carter comercial de cada um de seus
criadores.
3) Exerccios Formativos: Destinados especificamente ao desenvolvimento
e/ou manuteno de qualidades fsicas inerentes ao ser humano como a
fora, flexibilidade, resistncia, velocidade e coordenao.
4) Exerccios Laborais: Geralmente realizados em algumas situaes especiais,
os exerccios laborais se prestam a amenizar problemas adquiridos (no trabalho)
ou congnitos, atualmente, encontram-se bastante difundidos em pases
industrializados e so sub-divididos em:
-
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Ginstica Calistnica
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Origem
Calistenia um sistema de ginstica que encontra as suas origens na ginstica
sueca e que apresenta, como caractersticas, a predominncia de formas analticas, a diviso
dos exerccios em oito grupos, a associao da msica ao ritmo dos movimentos, a
predominncia dos movimentos sobre as posies dos exerccios mo livre e com pequenos
aparelhos (halteres, bastes, maas, etc.).
um sistema que sofre forte influencia das contribuies da rea mdica que
valorizava as tcnicas de construo e exercitao das atividades, ritmadas, que abrangiam
todas as partes do corpo humano e, cujas exercitaes eram bem lineares. Era obedecida a
curva do esforo fisiolgico e os exerccios eram progressivos.
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Precursores
Christian Carl Andr (1763-1831)
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Caractersticas
-
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Finalidades
A Calistenia preconizava dois objetivos principais:
- Higinicos=> representados pelo aperfeioamento do fsico e sade atravs do
aumento da flexibilidade muscular, mobilidade articular, correo da postura e
resistncia orgnica fadiga.
- Educativos=> visa a coordenao neuromuscular e uma melhor eficincia
mecnica
Vantagens
-
Desvantagens
-
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Volta Calma
Esta parte da sesso constar do seguinte: movimentos respiratrios, marcha com
canto ou assobio e exerccios de ordem unida.
Exerccios
1. O que a CALISTENIA?
2. O que valorizava o sistema da exercitao Calistnica?
4. Como iniciava e culminava (terminava) as sesses de Calistenia?
5. A exercitao da Calistenia incidiam fortemente em que sistema do corpo humano? Porqu?
6. A Calistenia causou o que nos ltimos anos nas escolas brasileiras?
7. O que significa a palavra CALISTENIA?
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Ginstica Aerbica
um tipo de treinamento aerbico que utiliza grande variedade de movimentos
dos membros inferiores e superiores repetidos, provocando, constantemente, uma sobrecarga
no sistema cardiovascular. Isso aumenta a necessidade de absoro de oxignio, realizando
uma espcie de treinamento ao corao, os pulmes e o sistema cardiovascular, que ir
proporcionar o transporte desse oxignio mais rpido e eficaz a todas as partes do corpo
(AFAA - Aerobic and Fitnes Association of America).
Origem
No final dos anos 60, o Dr. Kenneth Cooper desenvolveu, junto Fora Area
Americana, uma avaliao para medir a condio cardiovascular dos militares, conhecido como
teste dos 12 minutos. O teste correspondia distncia percorrida correndo ou caminhando
nesse espao de tempo.
No incio da dcada de 70, Jack Sonensen desenvolveu um programa denominado
"aerobic dancing, j preocupado com as divises da aula: flexibilidade, aquecimento, rotinas
de dana aerbica e esfriamento.
A parte principal da aula compreendia pequenas coreografias com msica,
utilizando passos simples, que duravam cerca de 15 a 30 minutos, enfatizando a continuidade.
Porm, a proposta apresentada com maior fundamentao fisiolgica e pedaggica foi
desenvolvida pela Dra. Phillys C. Jacobson, denominado "Hookes on Aerobics.
Na dcada de 80, houve um incremento significativo de programas de ginstica
aerbica e a sua implantao em clubes, academias e centros esportivos. No final da dcada
de 80 a ginstica aerbica se transformou em um esporte competitivo de alto nvel.
A ginstica aerbica de competio caracteriza-se por ser uma atividade intensa,
alegre, com movimentos e expresses corporais diversificados e bem marcados, com um
acompanhamento rtmico e musical. Os atletas precisam demonstrar muito dinamismo, fora,
flexibilidade, coordenao e ritmo sincronizados com o acompanhamento musical. Seus
eventos so divididos em cinco: individual feminino e masculino, pares mistos, trios e grupos
de seis.
Em 1994, a FIG (Federao Internacional de Ginstica) decidiu organizar os
campeonatos mundiais de Ginstica Aerbica Esportiva e estruturar o esporte de acordo com
as outras modalidades da ginstica. O primeiro Campeonato Mundial oficial foi realizado em
1995 em Paris e contou com a participao de 34 pases.
O Brasil , segundo a FIG, o pas com o maior nmero de participantes h aqui
mais de 500 mil pessoas envolvidas com a ginstica aerbica. Outros pases de alto nvel no
esporte so: Argentina, Austrlia, Nova Zelndia, Estados Unidos, Japo, Alemanha, Itlia,
Espanha e Romnia.
A ginstica aerbica uma atividade fsica realizada em grupo e tem um ritmo
determinado pela msica escolhida pelo professor.
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Finalidades
Tem como finalidades melhorar a habilidade do sistema cardiovascular liberando
mais oxignio e melhorando a capacidade aerbica de endurance nos msculos durante os
exerccios. dito que os exerccios aerbicos equilibram a presso arterial, diminuem o % de
gordura e diminuem o risco de ataques cardacos nos indivduos.
A ginstica aerbica PODE TAMBM TER COMO FINALIDADES desenvolver as
seguintes qualidades fsicas:
-
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Equilbrio
Fora muscular (secundria)
Benefcios
Fisiolgicos:
Motores:
Psicolgicos:
-
Vantagens
-
Desvantagens
-
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Intensidade
A quantidade da intensidade do esforo constitui um dos aspectos mais
importantes a serem controlados durante uma sesso de atividade aerbica. Entre as variveis
que traduzem a intensidade do esforo, destacamos a freqncia cardaca, o ndice de esforo
percebido e os nveis de lactato sanguneo.
Dependendo do tipo de atividade podemos classificar a intensidade em dois
grupos:
-
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Homens
Mulheres
Destreinado
Treinado
Frmulas
FCM = 220- IDADE
FCM = 210-(0,65x IDADE)
FCM = 205-(0,5x IDADE)
FCM = 205-(0,41x IDADE)
FCM = 198-(0,41 x IDADE)
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Ento o clculo dos limites superior e inferior de acordo com o nvel de aptido
podem ser determinados pelas seguintes equaes:
Tabela 4: Determinao dos limites superior e inferior de acordo com o nvel de condicionamento fsico
Nvel de Condicionamento
Fraco e Regular
Bom e Superior
Nvel de Condicionamento
Fraco e Regular
Bom e Superior
Limite Inferior
L Inf = 0.55(FCM )
L Inf = 0.7(FCM)
Limite Superior
L sup = 0.8(FCM)
L sup = 0.95(FCM)
Indivduos no atletas
Linf: 70% FCMx. ou 55% do VO2mx.
Lsup: 90% FCMx. ou 85% do VO2mx.
Indivduos sedentrios
Linf: 60% FCMx.
Lsup: 85% FCMx.
FC Mx
200
197
194
191
187
184
181
178
174
L Sup
180
177
174
171
169
166
163
160
157
L Inf
140
138
136
133
131
129
127
124
122
Formas de Trabalho
De acordo com o tipo de impacto
Impacto
Impacto = Velocidade (intensidade) X H (altura) X Massa (peso)
Existem dois tipos de impacto:
-
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Marcha estacionria;
Troca de calcanhares;
Elevao de joelhos;
Afastamento lateral de pernas simples (Lunge Simples);
Afastamento lateral de pernas duplo (Lunge Duplos);
Step-touch (um passo lateral e volta, abre e fecha em dois tempos);
Grapevine (deslocamento lateral cruzado em quatro tempos);
Elevao de Joelhos a frente;
Elevao de Joelhos atrs;
polichinelo (2 tempos para abrir e 2 para fechar);
Twist; toque do p frente (calcanhar);
Afastamento lateral; elevao dos calcanhares.
Mdio Impacto:
Caracterizada por tirar os dois ps do solo, mas sempre voltar tocando os
calcanhares, meio e ponta no solo. Vai pra cima e volta. Tem um mnimo de fora de impacto
porque todo o p toca no solo e no o deixa totalmente.
Exerccios de mdio impacto:
- Passo em V;
- Mambo;
- Piv;
- Mambo Tcha,Tcha, Tcha;
- Twist
- Grapevine, e outros intermedirios entre baixo e alto impacto.
Alto Impacto High Impact
So exerccios de efeito geral e de alta intensidade, que necessitam, para a sua
execuo, uma boa resistncia aerbica e muscular localizada. Neste mtodo de trabalho
existe uma fase de suspenso em que o aluno perde momentaneamente o contato com o
cho, aumentando a sobrecarga nas articulaes dos membros inferiores.
As foras de impacto so altas e quando executadas continuamente podem
causar leses articulares. S indicado para indivduos com um elevado valor de VO2mx,
RML, etc.
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Obs.: A intensidade do exerccio pode tornar um exerccio, s vezes, de maior impacto que um
de alto impacto. Portanto, no somente tirar os dois ps do solo ao mesmo tempo que
implicar na caracterstica do impacto.
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Combo
uma combinao de alto e baixo impacto, estes movimentos podem ser
utilizados nas aulas com variaes de repeties e movimentao de braos sendo interligados
por transies simples ou:
- Giros;
- Piruetas no solo ou no alto;
- Saltos;
- Pliomtricos;
- Funk;
- Movimentos isolados quaisquer.
Step
Forma de trabalho que consiste em subir e descer do banco combinando
exerccios de braos e pernas (coordenao). Pode ser utilizado tanto para indivduos
iniciantes quanto treinados, pois a altura do banco varia de acordo com a capacidade fsica do
aluno.
Exerccios de Step
- Passo Bsico (Subida e descida)
- Passo em V;
- Passo em Reverso;
- Lunge Frontal;
- Lunge Lateral;
- Montaria;
- Passa;
- Meio giro;
- Galope;
- Toque no joelho;
Outras modalidades da ginstica aerbica:
-
Halteres;
Barras com anilhas;
Caneleiras;
Elsticos;
Steps;
Barras fixas e paralelas;
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Colchonetes.
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Aerbica Geral:
-
Esfriamento:
-
Fase Localizada:
-
Recomendaes Bsicas
- Ensinar aos alunos a tomar a FC.
- Deve-se tomar a FC na artria radial ou regio precordial, pois uma presso
muito forte na artria cartida pode ativar os baroreceptores localizados no
seio carotdeo, estimulando assim o nervo vago provocando bradicardia.
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Atividades
1) O que ginstica aerbica?
2) D exemplos de ginstica aerbica:
3) O que ginstica localizada?
4) Explique o que Body Systems e d exemplos:
5) Voc j freqentou uma academia? Se j freqentou, qual era o seu objetivo?
6) O que so capacidades fsicas?
7) Voc acha que a TV influencia no padro de beleza corporal? De que maneira?
8) Na sua opinio, qual o padro de beleza corporal:
Para homens:
Para mulheres:
Ginstica Localizada
A ginstica localizada consiste basicamente em sesses estruturadas de sries de
exerccios com nmero elevado de repeties para grupos musculares distintos, com o fim de
moldar e aprimorar: o tnus muscular, as capacidades aerbia, anaerbia, flexibilidade ou o
condicionamento fsico como um todo. A ginstica uma das atividades mais requisitadas em
academias, em especial para atendimento de grupos adultos.
Origem
Esta atividade to largamente difundida no Brasil teve sua origem na Ginstica de
Academia, a partir de 1930, no estado do Rio de Janeiro. Segundo NOVAES (1996), a primeira
academia de ginstica surgiu em meados de 1930 na Rua Duvivier (Copacabana), sob a
responsabilidade da Prof Gretch Hillefeld,que se fundamentava no mtodo de Ginstica
Analtica, com adaptaes s necessidades e caractersticas do povo brasileiro.
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Finalidades
-
Vantagens
-
Desvantagens
-
Precaues
-
Componentes de Carga
Na ginstica localizada os componentes da carga so os seguintes:
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CAPACIDADE
1. Resistncia Muscular e
cardiorespiratria
2. Resistncia Muscular
com pouca fora e massa
3.
Alguma
massa
muscular com pouca
fora
4. Massa muscular com
fora
5.
Fora
e
massa
muscular possivelmente
iguais
6. Fora e alguma massa
muscular
7. Fora pura, pouca ou
nenhuma
massa
muscular
% carga
mxima
-45%
Intervalo de
recuperao
30 s
Repeties
Ritmo
+35
rpido
45- 50%
30-45 s
26-35
rpido
50-65%
45 s-1min
16-25
moderado/rpido
70-80%
1-1,5 min
10-15
moderado
80-90%
1,5-2 min
7-12
lento/moderado
90-95%
2-3 min
4-6
lento
95100%
3-5 min
1-3
lento
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3 Passo: defina o objetivo especifico da aula. Entre as qualidades fsicas que podem ser
desenvolvidas com a Ginstica Localizada temos:
-
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Vantagens:
-
Desvantagens:
- Pode dificultar o desenvolvimento da resistncia muscular localizada, devido
ao grande nmero de exerccios.
- Tende a ter uma menor intensidade na carga de trabalho.
- Os ltimos exerccios so menos trabalhados que os primeiros, devido a
associao progressiva dos exerccios.
Observaes:
- Esse mtodo tende a ser aplicado nas aulas de intensidade mais fraca, devido
a aplicao do princpio de alternncia.
- Para os alunos que apresentam um baixo nvel de RML, esse mtodo
apresenta uma grande preponderncia em relao aos outros.
b- Sistema em srie
Consiste na execuo de um certo nmero de repeties e exerccios, com um
intervalo de recuperao ativa entre os grupos podendo combinar at no mximo 4 exerccios.
Vantagens:
-
Desvantagens:
- Provoca uma maior fadiga.
- necessrio um bom nvel de condicionamento fsico dos alunos.
Observaes:
- Os exerccios devem ser executados em trs grupos no mximo, com um no.
fixo de repeties por grupo (ex: 3x30)
- O intervalo ativo pode-se utilizar exerccios aerbicos em diferentes
combinaes, evolues,-mudana de frente, etc...
- A sobrecarga pode ser aplicada nos seguintes aspectos: no. de grupos, no. de
repeties, durao do intervalo, etc...
- O trabalho em srie tambm pode ser aplicado utilizando o repouso passivo,
para isso durante o intervalo deve-se alongar os grupamentos musculares
trabalhados ativamente.
c- Sistema bombeado
Consiste em realizar uma sequncia de movimentos que trabalhem todos os
grupamentos musculares de uma mesma regio anatmica, sem intervalo de recuperao.
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Vantagens:
-
Desvantagens:
-
Observaes:
- Torna-se necessrio uma boa regulao da relao volume e intensidade.
- Deve-se trabalhar os msculos agonistas e antagonistas, alternadamente.
d- Pirmide crescente
Consiste em alternar a relao volume-intensidade a cada grupo de repeties de
forma progressiva, ou seja, proporo que se aumenta a intensidade reduz-se o volume de
trabalho.
Exemplo:
3 grupos de flexes de brao (rosca direta)
1 grupo - 20 flexes de brao com 3 kg.
2 grupo - 30 flexes de brao com 2 kg.
3 grupo - 50 flexes de brao com 1 kg.
e- Pirmide decrescente
Consiste em alternar a relao volume intensidade a cada grupo de repeties de
forma regressiva, ou seja, a proporo que se diminui a intensidade aumenta-se o volume.
Exemplo:
3 grupos de semi-agachamento
1 grupo - 20 flexes de joelho com 3 kg
2 grupo - 30 flexes de joelho com 2 kg
3 grupo - 50 flexes de joelho com 1 kg
f- Carga estvel
Consiste em executar um determinado nmero de grupos onde as cargas sero
sempre iguais. Nesta metodologia o na de repeties pode variar em funo do nvel da fadiga
muscular ocasionado pelos grupos anteriores.
Exemplo:
3 grupos de mergulho horizontal
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g- Onda crescente
Consiste em aumentar e diminuir a carga de trabalho, porm com valores
diferentes e constantes.
Exemplo: 4 grupos do exerccio "jairzinho".
1 grupo -100 rep. Com 11kg.
2 grupo - 60 rep. com 3kg.
3 grupo - 80 rep. com 2kg.
4 grupo - 40 rep. com 4kg.
h- Onda constante
Consiste na alternncia do aumento e diminuio da carga sempre com valores
constantes.
Exemplo: 4 grupos de abduo do quadril (posio ajoelhada)
1 grupo - 100 rep. com 1 kg
2 grupo - 80 rep. com 2 kg
3 grupo -100 rep. com 1 kg
4 grupo - 80 rep. com 2 kg
i- Onda decrescente ( o inverso da onda crescente)
A utilizao de uma dessas metodologias permite uma aplicao coerente da
sobrecarga tanto no volume quanto na intensidade de forma racional permitindo assim, o
desenvolvimento da resistncia muscular localizada de forma progressiva e consciente.
6 Passo: defina qual material ser utilizado da sesso.
Atualmente existe uma gama de materiais que auxiliam no desempenho do
trabalho numa aula de Ginstica Localizada. A criatividade do profissional poder muito ajudar
na elaborao de rotinas que proporcionaro um excelente resultado, tanto esttico como
fisiolgico. Dentre estes materiais esto:
-
Halteres
Barras com anilhas
Caneleiras
Elsticos
Steps
Barras fixas e paralelas
Colchonetes
7 Passo: monte a estrutura da aula. Atualmente, a diviso, mais utilizada em uma sesso de
Ginstica Localizada :
Fase
Aquecimento
Aerbica
Localizada
Esfriamento
Durao
6-8 min
6-8 min
35-40 min
3-5 min
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8-12 min
Aquecimento
Geral/Orgnico
Especfico/Neuromuscular
Parte principal
Exerccios Localizados
Exerccios de Solo
Relaxamento e volta calma
Aquecimento
Tm durao de Aproximadamente 10 minutos. composto por exerccios de praquecimento musculares de baixa intensidade e alongamentos. Os movimentos devem ser
feitos de maneira suave e pouca amplitude, visando uma adaptao msculo-articular e
orgnica, preparando-se para elevao gradual da freqncia cardaca e do esforo muscular.
Deve ser direcionado aos grupamentos de maior exigncia durante a sesso de treinamento. O
aumento metablico deve ser lento e gradual.
Parte Principal
a parte mais importante da aula, onde sero trabalhados os grandes grupos
musculares. Tm durao de aproximadamente entre 30 e 40 minutos e caracteriza-se pela
alta intensidade e aumento significativo dos parmetros fisiolgicos. Utiliza implementos como
halteres, caneleiras e barras para exercitar os grandes grupos musculares, tais como Membros
inferiores, Membros superiores e Trax.
Exerccios de Solo
So caracteristicamente exerccios para o Abdmen, Glteos e Adutores. So
utilizadas normalmente sobrecargas como caneleiras para aumentar a intensidade do esforo
e tm em mdia 15 a 20 minutos.
Relaxamento e Volta Calma
So exerccios de alongamento de leve intensidade e baixa amplitude articular,
tambm conhecida como parte regenerativa da aula. Tm em mdia 5 a 10 minutos e deve
obedecer a uma desacelerao gradual dos parmetros fisiolgicos, tais como a freqncia
cardaca. Nesta parte da aula voc dever proporcionar ao aluno uma recuperao lenta e
gradual, reduzindo assim o grau de excitao proporcionado pela parte principal da aula.
Hidroginstica
uma atividade fsica aqutica realizada na posio vertical, constituda de
exerccios especficos, baseados no aproveitamento da resistncia da gua e que, atravs das
caractersticas e benefcios dessa, melhora os aspectos bio-psico-sociais.
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Origem
A palavra Hidroginstica vem do grego e significa "GINSTICA NA GUA".
Esta atividade aqutica surgiu antes de Cristo, Hipcrates (460-375 a.C.) j
utilizava banhos de contraste (gua quente e fria) no tratamento de algumas doenas. Os
romanos utilizavam a gua com finalidades recreativas e curativas. Existiam quatro tipos de
banhos:
-
Finalidades
A hidroginstica tem por finalidade melhorar a capacidade aerbica e
cardiorrespiratria, a resistncia e a fora muscular, a flexibilidade e o bem-estar de seus
praticantes. Possui a vantagem de poder ser praticada por pessoas de qualquer sexo e idade. A
hidroginstica uma opo alternativa para o programa de prtica mais comum de exerccios,
como a ginstica de academia. Sua eficcia vai de atletas em treinamento, gestantes, pessoas
em fase de reabilitao, at as que esto acima ou abaixo do peso ou com algum tipo de
deficincia. Os exerccios aquticos so divertidos, agradveis, eficazes, estimulantes, cmodos
e seguros. A hidroginstica permite a reduo no esforo articular.
Vantagens
-
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Desvantagens
-
Contra - Indicaes
A hidroginstica contra-indicada para infeces de pele, no pelos movimentos,
mas porque a gua, principalmente a quente, proporciona um bom meio para o crescimento
bacteriano, por isso todas as infeces devem ser contra-indicadas.
Em casos de gripe, infeces gastrintestinais e dores de garganta, a prtica deve
ser evitada temporariamente.
Casos de infeces transmitidas pela gua, tais como: febre tifide, clera,
poliomielite e disenteria, devem ter a prtica da hidroginstica suspensa at liberao mdica.
-
Radioterapias profundas;
Doenas renais, nas quais os indivduos no possam ajustar-se perda hdrica;
Epilticos no controlados;
Tmpano perfurado;
Miocardite recente;
Embolia pulmonar;
Insuficincia cardaca grave;
Hipertenso Arterial grave;
Diabticos no controlados;
Portadores de necessidades especiais muito debilitados.
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CATEGORIA
Iniciante ou Bsico
Adiantado ou Intermedirio
OBJETIVO
-Melhorar o condicionamento
fsico
- Melhorar a sade
- Diminuir dores na coluna
-Melhorar
o
sistema
cardiorrespiratrio
- Fortalecer a musculatura de
todo corpo
- Manuteno da forma fsica
- Treinamento fsico geral
- Preparao fsica especfica
- Recuperao de leses
Atleta ou Avanado
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ESTRATGIA
- Adaptao gua e
deslocamentos
- Exerccios aerbicos
- Exerccios localizados
- Conexo dos movimentos
- Corrigir postura
- Exerccios aerbicos
- Exerccios localizados
- Circuit training
- Uso de materiais: pranchas,
halteres, bastes, palmar, etc.
- Exerccios aerbicos
- Exerccios localizados
- Circuit training
- Interval training
- Uso de materiais: pranchas,
halteres, bastes, palmar, bolas
etc.
- Aplicar exerccios de acordo
com o esporte: futebol, voleibol,
natao
- Exerccios de recuperao
muscular
Componentes de Carga
Na hidroginstica os componentes da carga so os seguintes:
-
Intensidade
Para que nosso trabalho seja seguro e alcance o ganho cardiovascular que
procuramos, utilizaremos a freqncia cardaca como parmetro indicativo da intensidade de
esforo no qual o aluno est sendo submetido, mediante esse controle, ele poder exercitar-se
com segurana sem colocar em risco a sade, obtendo-se o efeito desejvel:
CLASSIFICAO DA FREQNCIA CARDACA DE ACORDO COM O ESFORO
INTENSIDADE
FREQNCIA CARDACA
Leve
at 100 BPM
Passando moderado
101 a 120 BPM
Moderado
121 a 140 BPM
Passando a forte
141 a 160 BPM
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Forte
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Intensidade do Impacto
- Baixo impacto: So aqueles movimentos que atendem s seguintes
caractersticas:
o Sempre mantm o apoio um dos ps no cho.
o Produzem o deslizamento dos ps no cho sem perca de contato.
o So realizados com a gua na linha dos ombros, podendo perder o
contato com o cho, mas sem projeo do corpo na vertical.
- Alto impacto: So caracterizados pelos movimentos de salto e saltitos.
Compreendem aqueles movimentos nos que se perde o contato com o cho
(fase area), nos quais o corpo permanece em posio reta, realizando sua
projeo para cima.
- Sem impacto: So aqueles movimentos realizados sem o contato dos ps com
o cho. Acontece quando o corpo est suspense na gua (flutuao), e podem
ser executados em piscina profunda ou com o corpo agachado na gua,
mantendo seu nvel no pescoo do praticante.
Estrutura da Aula
1. Aquecimento - (8' a 10'): Fase de importncia vital, j que deve preparar ao aluno para
confrontar a fase principal (aerbica e/ou de tonificao muscular) nas melhores condies
possveis. O objetivo desta fase :
- Aumento gradual da temperatura da musculatura esqueltica e tecido
conectivo geral
- Aumento progressivo da FC, preparando assim o sistema cardiovascular
(ativao da circulao sangnea, incrementando assim o fluxo sangneo ao
msculo).
- Ativar o sistema neuromuscular para facilitar uma melhora na transmisso dos
impulsos nervosos.
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2. Parte aerbica - (de 15' a 20'): O objetivo a elevao da freqncia cardaca at chegar em
sua zona do treinamento entre 60% 75% a Freqncia Cardaca de Reserva (FCR) (efeito
sobre o sistema cardiorrespiratrio). Saltos, deslocamentos, exerccios combinados para o
desenvolvimento da coordenao, ritmo, agilidade.
3. Localizada - (de 10' a 15'): Trabalho de fora e resistncia muscular dando nfase aos
abdominais e glteos, seguidos pelos membros inferiores e superiores. importante para a
"conscincia corporal". No devemos deixar de nos preocuparmos com a flexibilidade que
dever comear gradualmente at atingir 1/2 desta parte da aula. Podemos utilizar como
apoio, diferentes materiais como: borda da piscina, barra, prancha, halteres e etc.
4. Volta a calma - (5' a 8'): Tem como o objetivo, entre outros, a diminuio da freqncia
cardaca at o estado de relaxao. Deve no ser somente fsico, mas tambm mental. Bem
variado, de acordo com o nvel e a necessidade de seus alunos. Distintas formas de trabalho:
- Alongamentos
- Relaxamento induzido, etc.
Materiais utilizados em Aula
Os recursos materiais constituem um meio fundamental para desenvolver classes
variadas, divertidas e tm como objetivo fundamental favorecer e facilitar o cumprimento dos
objetivos expostos. Podem ser utilizados no treinamento aerbico para fortalecimento e
tonificao, para o aumento da flexibilidade, ou inclusive no trabalho de relaxao.
importante ter um grande nmero de equipamentos para que o trabalho seja
muito variado. A variao de materiais proporcionar um trabalho que enriquecer nossas
classes sempre e quando forem explorados ao mximo.
Vejamos alguns exemplos:
- Halteres
- Bola
- Luva para hidro
- Prancha de natao
- Tornozeleiras
- Acqua-tubo
- Acqua jogger (colete)
- Acquafins = foi lanado em 1997 na conferncia de exerccios aquticos em
Orlando, USA
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Musculao
Origem:
A histria moderna da musculao comea com os estudos de WEBER em 1846
sobre a relao entre a fora muscular e a rea da seo transversa do msculo.
Finalidade:
Volta-se basicamente para o desenvolvimento da RML, da fora dinmica e
explosiva.
Peculiaridades:
Utiliza implementos como sobrecarga adicional.
- Implementos Alodinmicos: No compensam as variaes nos braos das
alavancas ao longo do movimento. (Halteres, barras, peas lastradas e
mdulos de resistncia por meio de roldana, polia ou alavanca)
- Implementos Isodinmicos: Compensam as variaes nos braos de alavanca
ao longo do arco articular. (Mquinas Cybex, Minigym)
Tipos de Respirao:
a) Continuada
b) Eletiva Ativa/Passiva
c) Combinada
Intensidade de treinamento:
a) Carga (kg)
b) Velocidade de Execuo
c) Intervalos/Pausas
Volume de Treinamento:
A musculao, por ser um mtodo que possibilita um alto perfil de consumo
energtico (devendo, para produzir seus resultados, trabalhar os limites superiores do atleta),
alm de uma grande facilidade de mensurao minuciosa do volume e da intensidade
provocar a existncia de uma relao absoluta entre este dois fatores.
Numa sesso de musculao o volume dado por:
-
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Perfil Somatotipolgico
Durao da Sesso
Pode variar entre 1 a 2 horas em funo, principalmente, dos objetivos a serem
atingidos e a disponibilidade de tempo do praticante, constatados na fase inicial (avaliao).
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Seqncia de Trabalho
De acordo com DANTAS (1998) uma sesso bsica de treinamento, deve ser
composta por:
-
Aquecimento;
Parte Principal;
Desaquecimento.
Alunos Intermedirios
ou Sistema
Localizado
por
Articulao
de Sistema de Srie Dividida
Mtodo
da
Prioridade
Muscular
Sistema Piramidal
Alunos Avanados
Mtodo Parcelado
Mtodo
Duplamente
Parcelado
Mtodo
Triplamente
Parcelado
Mtodo do "Puxe-Empurre"
Mtodo
Continuada
ou
Bombead
Sistema de Sries em Dois
Turnos
Sistema de Super-Srie
Sistema de Srie Composta
ou Drop Set
Sistema
do
Super-Srie
Mltiplo
Sistema do Super -Srie TriSetSistema de Pr-Exausto
Sistema de Srie Gigante
Intensidade do Treinamento
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Volume do Treinamento
Numa sesso de musculao o volume dado por:
-
Grupo: conjunto de dois a quatro exerccios sem intervalo. Significa que sero
realizados os trs exerccios, quantas vezes forem prescritas pelo nmero de
passagens, sem intervalo.
Srie: rol de exerccios a serem realizados numa sesso.
N de passagens: se a srie for realizada mais de uma vez ter-se-, para cada
vez que a srie for executada, uma passagem.
Sesso: total geral de exerccios a serem realizados num dia de treinamento.
Tipos de Respirao
So cinco, os tipos de respirao utilizados na musculao:
1) Respirao Continuada ou Livre: Executada livremente durante a trajetria do movimento,
sem haver referncia em relao s fases da contrao muscular.
- Indicada para iniciantes na fase de adaptao ao treino.
- Promove troca constante de gases.
- Mais utilizada em treinos de: RML e Potncia
2) Respirao Ativa-Eletiva: quando o atleta que lida com pesos elevados quer evitar o
bloqueio da respirao, lana mo do recurso da respirao eletiva que consiste na ritmao
da respirao com o movimento.
- A inspirao realizada na Fase Positiva ou Concntrica.
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3) Respirao Passiva-Eletiva
- A expirao realizada na Fase Positiva ou Concntrica.
- A inspirao realizada na Fase Negativa ou Excntrica.
- Menos indicada ao aluno iniciante.
- Mais utilizado em treinos de: Fora dinmica (hipertrofia), Fora explosiva
- Utilizada em gestos desportivos de potncia. Ex: Cortada de Vlei, Saque do
Tnis, Arremessos etc.
- Indicada para exerccios que comprimem mecanicamente a cavidade
abdominal, facilitando a expirao.
4) Respirao Bloqueada: Realizada em apnia tanto na Fase Concntrica e Excntrica.
Realiza uma Inspirao no incio do movimento e uma expirao ao trmino do mesmo.
-
Freqncia Semanal
Para iniciantes, o treinamento de fora geralmente conduzido duas a trs vezes
por semana. Essa freqncia tende a aumentar com o grau de condicionamento do
participante, de modo que um nmero timo de sesses situe-se entre trs e cinco dias.
4 Passo: Escolha o tipo de fora a ser treinada
Primeiramente, o treinamento, de fora deve ser especfico por fase e desenha-do
para satisfazer as necessidades individuais entre as qualidades fsicas treinveis com a
musculao aplicada temos:
-
Percentage
Repetie
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Velocidade
Intervalo
Respirao
RMP
RML
Hipertrofia
para
Nadadores
de Fundo
Hipertrofia
para
Nadadores
de
Velocidad
e
Fora
Rpida
Fora
Explosiva
Fora
Mxima
m
de carga
mxima
30 a 40%
40 a 60%
Exerc.
+30
15 a 30
8 a 15
60 a 70%
6 a 10
75 a 80%
6 a 10
50% a 70%
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de
execuo
entre os
grupos
Mdia
Mdia
30 a 40
Continua
Continua
6a9
Lenta a
moderada
2 a 4
Passiva/eletiva
6a9
Lenta a
moderada
2 a 4
Passiva/eletiva
1a6
Rpida
2 a 5
Passiva/eletiva
/bloqueada
50 a 60%
6 a 12
Rpida
2 a 5
Passiva/eletiva
85 a 95%
2a5
Lenta
3 a 6
Passiva/eletiva
/bloqueada
3a5
Preparao Especfica
Fora Especfica
(RMP, Fora Rpida e
Fora de Potncia)
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PERODO
COMPETITIVO
Competitivo
PERODO
TRANSITRIO
Destreinamento
Fora
Competitiva
Manuteno da
Fora Bsica
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Ginstica Laboral
Ginstica Corretiva (RPG)
Ginstica Oriental
Hidroterapia
Pilates
Ginstica Laboral
A ginstica laboral definida como a realizao de exerccios fsicos no ambiente
de trabalho, durante o horrio de expediente, para promover a sade dos funcionrios e evitar
leses de esforos repetitivos e doenas ocupacionais. Alm dos exerccios fsicos, consiste em
alongamentos, relaxamento muscular e flexibilidade das articulaes. Apesar da prtica da
ginstica laboral ser coletiva, ela moldada de acordo com a funo exercida por cada
trabalhador. Nascida em 1925, entre os operrios poloneses, a ginstica laboral foi passada
Holanda, Rssia, Bulgria e Alemanha Oriental. Mais tarde, chegou ao Japo. Aps a Segunda
Guerra Mundial, o programa espalhou-se e evoluiu pelo mundo. Apesar de no conhecida por
esta denominao, foi a ginstica laboral que deu ginstica um elo com a Medicina, o que lhe
rendeu status na sociedade enquanto mbito a ser estudado e aprimorado.
Ginstica Corretiva
a ginstica que possui exerccios definidos para corrigir defeitos posturais e
desvios da coluna vertebral, tambm conhecida como cinesioterapia, ministrada por
fisioterapeutas, fisiatras e/ou professores de Educao Fsica especializados.
Ginstica Oriental
Rene vrias tcnicas em busca do equilbrio da energia csmica com a dos
chacras corporal. Utiliza- se exerccios suaves e lentos acompanhados de perfeita respirao.
Hidroterapia
Reabita patologias clnicas atravs de exerccios realizados na gua. uma
ginstica individualizada, com exerccios especficos a cada leso. Trabalha a reumatologia,
ortopedia, leses pulmonares, por acidentes e paralisia cerebral entre outras.
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Principal evento
Jogos Olmpicos
Primeira apario
1896
Jogos Olmpicos
Jogos Olmpicos
Campeonato Mundial
Campeonato Mundial
Gymnaestrada
1996
2000
1974
1995
1953
Ginstica rtmica
Trampolim acrobtico
Ginstica acrobtica
Ginstica aerbica
Ginstica geral
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Definio:
A Ginstica Olmpica um conjunto de exerccios corporais sistematizados,
aplicados com fins competitivos, em que se conjugam a fora, a agilidade e a elasticidade. O
termo ginstica origina-se do grego gymndzein, que significa treinar e, em sentido literal,
exercitar-se nu, a forma como os gregos praticavam os exerccios.
Segundo o COLETIVO DE AUTORES (1992), Pode-se entender ginstica como
uma
forma particular de exercitao onde, com ou sem uso de aparelhos, abre-se a
possibilidade de atividades que provocam valiosas experincias corporais, enriquecedoras da
cultura corporal das crianas, em particular, e do homem em geral. (p. 77)
A Ginstica Artstica (GA) ou Ginstica Olmpica (GO) pode ser subdividida em
dois grupos de atividades:
-
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Histria
Foi na Grcia que a ginstica alcanou um lugar de destaque na sociedade,
tornando-se uma atividade de fundamental importncia no desenvolvimento cultural do
indivduo. Exerccios fsicos era motivo de competio entre os gregos, prtica que caiu em
desuso com o domnio dos romanos, mais afeitos aos espetculos mortais entre homens e
feras.
Durante a sangrenta Idade Mdia, houve um desinteresse total pela ginstica
como competio e o seu aproveitamento esportivo ressurgiu na Europa apenas no incio do
sculo XVIII. Foram ento criadas as escolas alem (caracterizada por movimentos lentos e
rtmicos) e sueca ( base de aparelhos). Elas influenciaram o desenvolvimento do esporte, em
especial o sistema de exerccios fsicos idealizado por Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852), o
Turnkunst, matriz essencial da ginstica olmpica hoje praticada.
A Ginstica Olmpica chegou ao Brasil, em 1824, por meio da colonizao alem
no Rio Grande do Sul. Este foi tambm o primeiro estado a fundar uma Federao de Ginstica
(Federao Rio-grandense de Ginstica), oficializando assim a prtica desta modalidade no
Brasil.
A prtica da ginstica olmpica proporciona benefcios como coordenao motora,
flexibilidade, equilbrio, fora, ritmo, velocidade, agilidade, lateralidade, criatividade, domnio
corporal, disciplina, concentrao, auto-estima, superao de limites e sociabilizao.
Falta de aparelhos
Custo elevado dos aparelhos
Espao insuficiente para a prtica
Professores pouco qualificados para a prtica da modalidade
Medo de ocorrncia de acidentes com os alunos
Entendimento da modalidade enquanto esporte de alto nvel
Exigncia de alta performance
Preferncia dos alunos por outras modalidades
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Ludicamente
Possibilitar a explorao dos movimentos e materiais pelos discentes
Respeito faixa etria dos alunos
Utilizando exerccios educativos PEDAGGICOS
Executando vrias repeties
Estmulos psicolgicos incentivo e para superar medos e traumas
Estimular o dilogo
Estimular a cooperao entre os colegas
Utilizar diferentes materiais para a aprendizagem
Utilizar diferentes mtodos de ensino (global, parcial, misto, demonstrao).
Aproximar do universo cultural dos alunos
Utilizar a progresso pedaggica: Do simples p/ o complexo.Do Fcil p/ o
difcil.Do pouco p/ o muito
Tipos de Trabalho
1) EDUCACIONAL: desenvolver habilidades psicomotoras e socializao.
Geralmente realizado 2 x por semana
Ginstica de SOLO; alguns SALTOS ou vivncia em aparelhos oficiais ou adaptados.
A partir dos 3 ou 4 anos
2) RECREATIVO: Ginstica por prazer
Movimentos em duplas ou em pequenos grupos
Ruas de Lazer
A partir dos 3 anos
3) COMPETITIVO: preparao fsica e aprimoramento da tcnica
Vrias horas de treinamento
5 a 6 x por semana
A partir dos 5/6 anos
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Modalidades
As modalidades subdividem-se em duas: ginstica artstica masculina e ginstica
artstica feminina. Cada uma possui um cdigo prprio (com os movimentos e os aparelhos
utilizados), elaborado pelos comits (masc. e fem.) da Federao. Em comum, possuem as
regras de conduta e as generalidades de cada competio, como a segurana do ginasta e a
exigncia sobre a qualidade dos equipamentos e da execuo durante as apresentaes
dentro de cada exigncia.
Os aparelhos da ginstica artstica masculina (sigla em ingls: MAG) so diferentes
dos aparelhos disputados na ginstica artstica feminina (sigla em ingls: WAG). Enquanto os
homens disputam provas em seis aparelhos diferentes, as mulheres as disputam em quatro.
As provas femininas:
A seqncia aqui descrita obedece a ordem olmpica, ou seja, a ordem oficial de
competio.
1) Salto sobre cavalo (de 1,25 m de altura- mesa de salto)
2) Barras assimtricas (de 2,45 m e 1,65 m de altura)
3) Trave de equilbrio (de 10 cm de largura e 5 metros de comprimento)
4) Exerccios de solo (com fundo musical)
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As provas masculinas:
A seqncia aqui descrita obedece a ordem olmpica, ou seja, a ordem oficial de
competio.
1) Exerccios de solo (sem msica)
2) Cavalo com alas
3) Argolas
4) Salto sobre o Cavalo (1,35 m de altura - mesa de salto)
5) Barras Paralelas Simtricas
6) Barra Fixa
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Existe uma segunda classificao por nveis (classificados por letras) que
determina o nvel de dificuldade dos exerccios e os aparelhos :
a) Escolinha (somente metropolitano)
b) D (solo exerccios de solo e salto obrigatrios)
c) C2 (se compete em quatro aparelhos)
d) C1 (os exerccios obrigatrios )
e) B2 (os exerccios podem ser livres ou obrigatrios dependendo da categoria )
f) B1 (exerccios livres com alguma excees nas categorias mais jovens)
g) A o Elite (as 6 melhores notas deste nvel integram a seleo nacional).
A nota mxima que um ginasta pode alcanar 10,00 e se consegue pela soma
dos diferentes pontos dos rbitros. So eles:
-
A ordem de competio por sorteio. A pontuao por equipe se faz da seguinte forma:
-
Julgamento e Pontuao
Os exerccios de cada ginasta so julgados e pontuados por um jri. Existem os
elementos obrigatrios em cada aparelho, que todos os ginastas devem praticar ou perdero
pontos. O ginasta deve acrescentar outros elementos para obter pontos extras. Todos os
exerccios tem um valor inicial, que para os homens 8.6 e para as mulheres 9.0. Isto quer
dizer que se o ginasta no acrescentar elementos que valem bnus, seu exerccio poder obter
no mximo essas notas, mesmo que sejam executados perfeitamente. O valor de cada
elemento e os movimentos obrigatrios de cada aparelho est no Cdigo de Pontos
desenvolvido pela FIG. Este cdigo muda a cada quatro anos, aps as Olimpadas, tornando-se
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mais elaborado. Os juzes procuram erros de postura, de execuo, dentre outros, para deduzir
do valor inicial do atleta.
Equipamentos
O uniforme bsico de toda ginasta um collant de lycra em forma de mai. Em
todas as provas, variando de acordo com a preferncia, as atletas competem descalas. Os
homens usam short ou cala de material apropriado e meias nos ps (exceto nas provas do
solo). Suas camisetas, que em verdade so collants, ficam cobertos na altura da cintura, pela
outra parte do uniforme: a cala ou o short.
Figura 2: Ginsio
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Subdiviso e Aparelhos
A modalidade subdivide-se em duas: ginstica artstica masculina e ginstica
artstica feminina. Cada uma possui um cdigo prprio (com os movimentos e os aparelhos
utilizados), elaborado pelos comits (masc. e fem.) da Federao. Em comum, possuem as
regras de conduta e as generalidades de cada competio, como a segurana do ginasta e a
exigncia sobre a qualidade dos equipamentos e da execuo durante as apresentaes
dentro de cada exigncia.
Os aparelhos da ginstica artstica masculina (sigla em ingls: MAG) so diferentes
dos aparelhos disputados na ginstica artstica feminina (sigla em ingls: WAG). Enquanto os
homens disputam provas em seis aparelhos diferentes, as mulheres as disputam em quatro.
Abaixo, esto descritos cada um dos eventos/aparelhos:
ARGOLAS
O aparelho constitudo por uma estrutura de onde prendem-se duas argolas, a
2,75 metros do solo. A distncia entre elas de 50 cm e o seu dimetro interno de 18 cm.
Seu uso em competies exclusivamente para homens.
Caractersticas da competio
A prova consiste em uma srie de exerccios de fora, balano e equilbrio,
realizados pelos membros superiores do corpo.
Durante a apresentao o ginasta deve ficar pelo menos dois segundos parado
numa posio vertical ou horizontal em relao ao solo. As argolas devem sempre permanecer
paradas.
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Desligue-se do aparelho;
Balance a fita que prende as argolas haste de sustentao;
Use fora invs de impulso nas acrobacias;
No defina um movimento esttico (ou seja, no mantenha o tempo mnimo
de dois segundos);
No mantenha a postura angular dos ombros durante sua apresentao.
Movimentos
A gama de movimentos estticos nas argolas to variada quanto nos demais
aparelhos masculinos e femininos. Para as sadas, usam-se os saltos costumeiramente vistos
em provas de salto. Durante suas apresentaes, os ginastas utilizam de movimentos
acrobticos e estticos validados pelo Cdigo de Pontos de A Super-E (F) -, entre eles[6]:
-
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Os descontos decorrem, assim como nos demais aparelhos, na faixa de 0,1 1,0.
O ginasta ser penalizado:
-
BARRA FIXA
uma barra presa sobre uma estrutura de metal a 2,75 m do solo e possui 2,40
m de comprimento. A prova consiste em movimentos de fora e equilbrio.
As disputas nas competies nesse aparelho so exclusivamente para homens.
Est presente nos Jogos Olmpicos de Vero desde sua primeira edio. Este aparelho est
creditado ao alemo Friedrich Ludwig Jahn, como seu criador/aperfeioador, que, no comeo
do sculo XIX, o introduziu nas turnkunst.
Caractersticas da competio
Sua sigla, para provas internacionais regulamentadas pela Federao
Internacional de Ginstica, HB. Para as sadas, so usados os mesmos movimentos das provas
de salto sobre a mesa. As provas exigem fora e coordenao .
A competio masculina conta com o auxlio dos protetores palmares, que
impedem leses nas mos e ajudam a manter a aderncia com o aparelho. A competio varia
de quinze a trinta segundos e inclui giros nas duas direes (para frente e para trs). Nesta
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prova, o ginasta no pode parar de mover-se e necessita de uma velocidade maior nos giros
antes de cada acrobacia para ganhar altura e velocidade rotacional
Para realizar uma boa prova, o atleta necessita cumprir com as seguintes
caractersticas:
-
BARRAS PARALELAS
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Caractersticas da competio
A prova consiste em exerccios de equilbrio entre giros e paradas de mos - e
fora, onde o ginasta utiliza das duas barras obrigatoriamente, passando por todo o seu
comprimento. As provas no possuem tempo aproximado de execuo, podendo um ginasta
cumprir uma prova mais curta, porm com nota de partida mais elevada, enquanto uma prova
mais longa possui inferior dificuldade.
Como tcnica bsica neste aparato, est o chamado apoio. Nele, os braos do
atleta ficam completamente estendidos, os ombros alinhados - que pressionam para baixo -, o
peito cavado para dentro e a cabea, ao centro, dificulta o cumprimento dos aspectos
mecnicos, pois o corpo precisa estar sempre na postura correta do apoio.
Para uma srie ser bem sucedida, o ginasta necessita:
-
Percorrer toda a extenso dos barrotes, seja com largadas e retomadas, seja
com movimentos de equilbrio
Executar movimentos em ambas as barras simultaneamente e em apenas uma
delas
Executar ao menos uma largada. O movimento acrobtico que envolve
mortais e piruetas no desconta ponto ao ginasta que no o executa, mas
deixa sua rotina com uma nota A (de partida) mais baixa
Manter a postura angular correta: 180 vertical e 90 nas paradas e
movimentos de equilbrio, alm da correta execuo das largadas
Finalizar sua apresentao com um salto de sada de dificuldade D
Para no sofrer com despontuaes, o ginasta no deve arrumar suas mos nas
barras - quando no estiver executando o prprio movimento -, desprender-se do aparelho,
perder a postura como dobrar os joelhos e cotovelos -, no cumprir com as exigncias
acrobticas e plsticas exigidas pelo Cdigo de Pontos, tocar as pernas nas barras em qualquer
situao e no finalizar um movimento qualquer passagem ou acrobacia.
Movimentos
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Esquadro: Como utilizado nas argolas, o ginasta forma uma figura angular com
o corpo, apenas em um dos barrotes. O ginasta firma as mos e passa as
pernas por entre os braos, parando na posio que se assemelha a um
esquadro.
Luftrolle: O movimento comea com o ginasta erguendo as pernas em posio
esticada para se lanar ao impulso. Como em um mortal esticado para trs, o
atleta larga as barras e chega em posio esticada, como uma parada de mos.
Este movimento se assemelha ao giro-gigante executado na barra fixa.
Sttzkehre: O ginasta parte da posio parada de mos, sobre as barras.
Lanando-se frente, solta-se de apenas um dos barrotes, faz-se um giro de
180 graus do corpo e torna parada de mos, dessa vez, virado para o
outro lado.
Felge: Movimento utilizado para entradas nas barras. Partindo da parte de
baixo, o ginasta desenha, lanando as pernas esticadas para cima, uma forma
angular com o corpo, de modo a atingir, durante o embalo, um X entre as
pernas e os braos. Ao elevar-se, passa-se parada de mos.
SALTO (MESA)
A Mesa um aparelho utilizado na ginstica artstica. Contudo, o aparelho se
popularizou sob o nome da prova: Salto.
O ginasta deve saltar sobre o aparelho partindo de um trampolim apoiando as
mos sobre a mesa em um movimento acrobtico onde so avaliados altura, dificuldade de
execuo e chegada.
Figura 7: Diego Hyplito executa o salto sobre a mesa nos Jogos Pan-americanos de 2007
O salto um dos dois eventos que a ginstica artstica feminina e masculina tem
em comum. A outra o solo. O salto considerado um evento de exploso muscular,
possuidor de uma margem mnima para erros. o evento mais curto dentre todos, porm, de
valor igual aos demais.
O cavalo tem 1,25 m de altura medida desde o colcho. Existem quatro grupos de
saltos:
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PARALELAS ASSIMTRICAS
As barras ou paralelas assimtricas um aparelho de ginstica artstica, este
aparelho, de uso estritamente feminino, atualmente fabricado com fibras sintticas e, por
vezes, material aderente. As assimtricas permitem a ginasta o apoio com o uso apenas das
mos ou dos ps, alm de tom-lo com qualquer outra parte do corpo, desde que faa parte
de sua rotina e seus movimentos sejam realizados com segurana.
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regulamentadas
pela
Federao
Para no ser despontuada, a atleta no pode cometer erros, que variam entre
leves e gravssimos, em um desconto de 0,1 a 1,0, como:
-
Movimentos
Abaixo, uma pequena lista dos movimentos executveis nas barras(3):
-
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TRAVE OLMPICA
Popularmente chamada de trave, a trave de equilbrio um dos dois aparelhos de
prticas unicamente femininas. A trave em si uma barra revestida com material aderente,
situada a 1,25 metros do cho, com 5 (cinco) metros de comprimento e dez centmetros de
largura, onde a atleta deve equilibrar-se e realizar saltos e giros.
SOLO
Este aparelho um estrado de 12x12m feito de um material elstico que
amortece eventuais quedas e ajuda ao impulso dos saltos e nas passadas gmnicas. Como
modalidade, os exerccios tm uma durao de 50 a 70s para os homens, e 70 a 90s para as
mulheres.
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Ginstica Rtmica
Data do sculo XVI o primeiro relato acerca da prtica da ginstica ligada ao ritmo.
A partir disso, foram mais de duzentos anos at se tornar um conjunto uniforme de dana,
levado extinta Unio Sovitica, onde passou a ser ensinado como um novo esporte. Mais
tarde, obteve sua independncia da modalidade artstica - para a qual deixou a musicalidade e um sistema organizado, com aparelhos e competies prprios, criados pelo alemo Medau
e incentivado pela rbitra Berthe Villancher. Em 1996, tornou-se um esporte olmpico, cem
anos aps a entrada da ginstica em Jogos Olmpicos. Esta modalidade envolve movimentos de
corpo em dana de variados tipos e dificuldades combinadas com a manipulao de pequenos
equipamentos. Em suas rotinas, so ainda permitidos certos elementos pr-acrobticos, como
os rolamentos e os espacates. As atletas, durante suas apresentaes, devem mostrar
coordenao, controle e movimentos de dana harmnicos e sincronizados com as
companheiras e a msica.
Ginstica de Trampolim
Ainda que seu surgimento seja impreciso, sabido que na Idade Mdia os
acrobatas de circo utilizavam tbuas de molas em suas apresentaes e os trapezistas
realizavam novos saltos a partir do impulso realizado em uma rede de segurana. Contudo,
apenas no incio do sculo XX, apareceram as performances realizadas em "camas de pular",
enquanto forma de entretenimento. Na histria circense, estudiosos supem que o acrobata
Du Trampolin, aproveitou a impulso da rede de proteo como forma de decolagem. Mais
tarde, o aparelho sofreu um outro tipo de modificao, nos Estados Unidos, para atividade de
queda e mergulho.
Enquanto esporte, o trampolim foi criado por George Nissen, em 1936, e
institucionalizado como modalidade esportiva nos programas de Educao Fsica em escolas,
universidades e treinamentos de militares. Popularizado, praticado por profissionais do
esporte e amadores. Como modalidade regida pela FIG, o trampolim consiste em liberdade,
vo e espao. Inmeros mortais e piruetas so executados a oito metros de altura e requerem
preciso tcnica e preciso controle do corpo. As competies so individuais ou sincronizadas
para os homens e para as mulheres. So usados um e dois trampolins para um ou dois atletas
de performances parecidas que devem executar uma srie de dez elementos.
Ginstica Acrobtica
Embora a acrobacia, enquanto prtica, tenha desenvolvido-se durante o sculo
VIII, devido ao surgimento do circo, as primeiras competies do esporte datam do sculo XX,
com o primeira realizada em 1973. Nesse mesmo ano, fora criada Federao Internacional de
Esportes Acrobticos, fundida, em 1998, FIG.
Esta modalidade tem por objetivo o trabalho em grupo e a cooperao. Confiar no
parceiro habilidade imperativa para o trabalho em equipes, que consiste em beleza,
dinmica, fora, equilbrio, destreza, coordenao e flexibilidade. Suas competies possuem
cinco divises: par feminino, par masculino, par misto, trio feminino e quarteto masculino. As
rotinas so executadas em um tablado de 12x12 metros, em igual medida ao da prtica
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Ginstica Aerbica
Esta modalidade - elaborada por Kenneth Cooper - foi inicialmente desenvolvida
para o treinamento de astronautas. Mais tarde, a iniciativa fora continuada por Jane Fonda,
que expandiu o programa tcnica e comercialmente para se tornar a popular fitness aerobics.
Assim, a ginstica aerbica surgiu no final da dcada de 1980 como forma de praticar
exerccios fsicos, voltada para o pblico em geral. Pouco depois, tornou-se tambm um
esporte competitivo para ginastas de alto nvel. Quatorze anos mais tarde, a Federao
Internacional organizou os campeonatos mundiais da modalidade, cuja primeira edio
contabilizou a participao de 34 pases. Esta disciplina requer do ginasta um elevado nvel de
fora, agilidade, flexibilidade e coordenao. Piruetas e mortais, tpicos da ginstica artstica,
no so movimentos executados pela modalidade aerbica. Seus eventos so divididos em
cinco: individual feminino e masculino, pares mistos, trios e sextetos. De acordo com a FIG, o
Brasil o pas com o maior nmero de praticantes da ginstica aerbica, com mais quinhentos
mil praticantes. Estados Unidos, Argentina, Austrlia e Espanha, so outros pases de prticas
destacadas.
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