Plantas Medicinais
Plantas Medicinais
Plantas Medicinais
SADE
PLANTAS MEDICINAIS
SUMRIO
10.2
10.3
10.4
10.5
10.6
Plantas Medicinais que atuam como antissptico e resolutivo da cavidade oral .............53
10.7
18.8
10.9
10.10
10.11
10.12
10.13
24.2
24.3
24.4
24.5
25
MEDICINAIS ..........................................................................................................................................136
26
MEDICINAIS ..........................................................................................................................................142
27 FLORAIS DE BACH ........................................................................................................................156
27.1
REFERNCIAS ......................................................................................................................................175
disso houve um grande impacto na teraputica. Basta lembrar o sucesso que tiveram as sulfas
e os antibiticos nos tratamentos das infeces, bem como a cortisona na cura de doenas
alrgicas e inflamatrias.
Devido a este sucesso, o tratamento de doenas com plantas medicinais e seus
extratos ficou relegado a um plano secundrio, e sua utilizao passou a ser menosprezada e
at ridicularizada por profissionais da rea de sade. Este sucesso comeou a esbarrar em
alguns problemas, dos quais podemos citar:
5
Muita expectativa em torno de produtos da indstria, os quais faziam crer que
para cada doena existia um medicamento eficaz;
Os efeitos colaterais e prejudiciais causados pelo uso incorreto ou mesmo
abusivo provocados pelos medicamentos. Lembramos os casos da talidomida, hexaclorofeno,
cloranfenicol e outros.
Para o reconhecimento e o desenvolvimento de novos medicamentos fazia-se
necessria a utilizao de plantas popularmente medicinais, as quais apresentavam
inegavelmente um grande poder de cura. Como pequena a faixa da populao que tem acesso
aos medicamentos hoje, devido ao preo abusivo cobrado pelos mesmos, as plantas medicinais
comearam a serem utilizadas por alguns profissionais da rea de sade e alguns rgos
governamentais, como um recurso teraputico de utilizao em postos de sade e mesmo em
algumas clnicas particulares.
Mas torna-se necessrio esclarecer alguns pontos visando desmistificar o uso
indiscriminado dos vegetais. Os vegetais medicamentosos no podem substituir todos os
medicamentos sintticos, tais como antibitico de largo espectro, corticoides, antitrmicos e
outros. A ideia de que os medicamentos de origem vegetal podem ser tomados vontade, pois
se no fizerem bem, mal tambm no o faro, no bem assim, pois muitos deles,
dependendo da dose podem ser mortal.
Devemos tomar muito cuidado com a aquisio e compra dos vegetais
medicamentosos, pois como sabemos podemos encontrar vegetais idnticos da mesma famlia,
apresentando ou no princpios medicamentosos. Nunca devemos nos basear em indicaes de
amigos ou parentes e muito menos em literaturas compradas em bancas de jornal, pois sempre,
ou quase sempre, no fazem parte da verdade sobre a ao dos medicamentos. O nico que
realmente sabe qual a sua doena o mdico e somente ele tem condies de avaliar a
extenso da sua enfermidade.
Diante do exposto, devemos ter um elo entre as pessoas que estudam realmente os
princpios ativos encontrados nos vegetais com os mdicos, cabendo a ns fornecer a eles
espcies vegetais verdadeiras, formas medicamentosas previamente tituladas e dosagens
certas. Somente assim poderemos ter realmente uma avaliao correta para o uso e a resposta
da cura dos referidos medicamentos. Sabemos que isso um pouco difcil, pois muitos deles
realmente no acreditam, outros por comodidade ignoram; existindo ainda outro grupo que quer
fazer uso, mas esbarra em alguns problemas.
Primeiro, a maioria das plantas e formas medicamentosas no apresentam respostas
curativas, isso devido aos maus profissionais da rea de farmcia, que no tem o mnimo de
conhecimento dos vegetais e a forma de prepar-los; segundo a literatura encontrada fala de
curas mgicas, mostrando um vegetal como panaceia, isto , um vegetal tem propriedade de
curar todas as doenas imaginadas. Encontraremos em literatura popular (no cientfica), como
se costuma dizer, plantas que curam desde unha encravada dor de cotovelo.
O nosso intuito neste pequeno trabalho levar classe mdica, farmacutica e demais
classes interessadas um apanhado simples de plantas medicinais, comuns a nossa regio, bem
como seus usos e dosagens, visando sempre colocar os vegetais medicamentosos no lugar que
devem ocupar. Lembrando-se sempre que os vegetais no so panaceia, ou seja, os vegetais
no curam tudo, tem uma ao bem marcada e determinada. No substituem todos os
medicamentos de sntese, mesmo tendo como importncia fundamental serem muitos deles
ponto de partida para a obteno da sntese.
Os vegetais medicamentosos podem e devem substituir um grande nmero de
medicamentos sintticos, mas este somente deve ser usado quando temos um quadro clnico
bem definido, visando nunca mascarar ou interferir na anamnese mdica.
Noes Gerais
A evoluo do uso das Plantas Medicinais
Mas a cincia mdica e farmacutica evoluiu. Podemos notar essa evoluo em alguns
exemplos. Existe uma planta africana chamada Fava de Calabar, altamente txica, que
causava a morte quando ingerida. Hoje retiramos dela uma substncia chamada eserina, isolada
da substncia txica fisostigmina, com importante uso nos tratamentos de varizes. Outro vegetal
respeitvel a Dedaleira ou Digital, tambm em outras pocas muito txica, da qual extramos
os alcaloides, importante nos tratamentos cardacos, ou seja, Digitalina, Digoxina e outros.
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Todas as pessoas podem ter em suas casas pequenos canteiros com cultivos de
plantas medicinais, muitas delas podendo ser utilizadas cotidianamente. As mais comuns so:
Hortel, Poejo, Camomila, Babosa, Melissa, Capim Limo (Erva Cidreira em Rama), Pariparoba,
Gengibre, Alfavaca, Alecrim, Funcho, Coentro, etc.
A Hortel, o Poejo e a Melissa podem ser plantados por mudas que podero ser
adquiridas em lugares especializados, onde as mudas j esto formadas. Devem ser colocadas
na superfcie do solo e cobertas com terra, pois elas reproduzem-se por alporquia, ou seja,
formam-se brotos que crescem paralelamente no canteiro, estendendo-se pelo mesmo.
A Babosa e Pariparoba devem ser plantadas por mudas, pois cada uma dar origem a
um vegetal, estas podem ser reproduzidas e depois de bem desenvolvidas basta cortar um
pequeno pedao do vegetal e enterr-lo na terra. O Capim Limo no requer qualquer cuidado;
basta plantar uma muda e ele multiplicar normalmente, transformando-se em uma touceira.
Os canteiros, dependendo do espao que cada um tem em seu quintal, podem
aumentar ou diminuir, mas o ideal mea 1,5m de comprimento por 60 cm de largura; isto para
que seja possvel manusear as plantas sem problemas. O importante tambm colocar em cada
canteiro a identificao da espcie plantada, ou seja, colocar plaquetas com o nome da planta. A
irrigao deve ser diria e de preferncia ao amanhecer ou ao entardecer, perodo este que no
tenha o sol mais forte e incidindo diretamente sobre os vegetais.
Nos casos da Hortel, Poejo e Melissa, estes devem ser periodicamente desbastados,
ou seja, necessrio cortar as folhas, pois elas comeam a virar. Caso queiram aproveitar as
folhas, corte os galhos e os coloque sobre folhas de jornais para secarem em lugar com
iluminao e livre do sol direto. Para a maioria das plantas medicinais no existe um perodo
certo para o plantio.
Deixamos a Camomila para o fim, pois esta uma planta que requer maior cuidado.
So plantadas por semente (que devem ser de boa qualidade), que devem ser colocadas sobre
o solo, sem enterr-las, cobri-las com terra seca previamente peneirada. Molhar apenas com
jatos finos de gua. A irrigao deve ser a mesma das anteriores. Esta espcie deve ser
plantada principalmente em maio, ms que comea o perodo frio, pois uma planta que se
adapta muito bem a este clima. trabalhoso, mas vale a pena, pois quando florescem liberam
um perfume delicioso no ar.
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inflorescncias de uma colorao amarelada muito bonita, as quais podem ser aproveitadas,
quando maceradas em lcool, como um excelente anti-inflamatrio externo (tores, pancadas,
picadas de insetos, etc). A rega tambm deve ser feita pela manh ou tarde, tomando-se o
cuidado de que quando o tempo estiver muito quente devemos fazer mais de uma vez. Outro
detalhe que as plantas no podem receber sol direto e por muito tempo.
1. As plantas medicinais em geral precisam de 5 horas de sol por dia para terem um bom
desenvolvimento;
2. Devemos afofar e adubar os vasos a cada ms e regar sempre que o solo estiver seco;
3. As plantas medicinais gostam de solo relativamente mido. Existe um mtodo de
verificao: basta introduzir o dedo no solo e este deve entrar com facilidade;
4. Quando for plantada em vasos devemos adub-las com composto orgnico, hmus, a
cada 40 dias; em canteiros, a cada 90 dias.
12
13
gua: Com uma mangueira em jato forte jogue gua at encharc-lo. Este um
processo interessante, pois quando as mesmas estiverem cansadas de tanta gua, mudam-se.
14
a 14% em gua) em 1 litro de gua. Despeje sobre o formigueiro, o que tornar o ambiente das
mesmas imprprias para viverem.
J as formigas tipo sava e quenqum, que so cortadeiras, cita o autor o plantio de
outras planta em consrcio, ou seja:
canteiros.
canteiro.
as suas folhas, as quais so levadas ao formigueiro. Como as folhas so altamente txicas aos
fungos que fermentam as folhas, logo estas no tero alimentos.
mesmo levada para o interior, onde se hidrata e libera gs carbnico, altamente txico para as
formigas.
15
Matos e outros vegetais: Torna-se muito importante que sempre sejam retirados tanto
do canteiro como dos vasos todos os vegetais estranhos espcie escolhida, pois isto evita o
aparecimento de fungos, pulges e formigas.
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Colheita
As grandes vantagens de voc ter o vegetal fresco em sua casa so de ser sempre o
verdadeiro, isento de agrotxicos, fungos e micro-organismos. Seguem abaixo algumas dicas
para a colheita dos vegetais.
1.
Se forem somente flores estas devem ser recolhidas antes da sua maturao
3.
total;
4.
Caso seja a raiz, estas devem ser colhidas no inverno, quando existe uma
maior concentrao de princpios ativos nesta parte do vegetal, pois este se acumula no seu
rgo de reserva;
5.
podem estar contaminadas por produtos qumicos emitidos por automveis e caminhes;
7.
8.
Deve ser feita uma triagem antes de serem usadas, visando no misturarem s
de terra;
plantas de espcies diferentes;
9.
10.
fungos;
qualidade, podendo ainda apresentar fungos com maior facilidade;
11.
12.
13.
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Secagem
Estocagem
Todo vegetal depois de seco deve ser colocado principalmente em sacos de papel ou
em potes de vidro, nunca em sacos de plstico, pois qualquer umidade que haja pode provocar o
aparecimento de fungos. Os vidros podem ser tampados e selados com parafina, isto far com
que o vegetal tenha maior tempo de durabilidade, pois na sua maioria os vegetais devem ser
consumidos no prazo de seis meses. Neste caso, podem ser consumidos em at um ano.
Todos os sacos ou vidros devem receber uma etiqueta com o nome do vegetal e o dia
de estocagem. Existe outro modo para conservao, principalmente de plantas aromticas: o
congelamento. Para tanto basta colocarmos as folhas dentro de sacos plsticos, onde retiramos
o ar interno. Outro mtodo tambm muito fcil depositarmos as folhas em frmas de gelo e
adicionarmos gua, depois levarmos ao congelador. Este processo timo quando utilizarmos
as folhas para fazermos refrescos com folhas, como as de hortel.
Outro processo que no aconselhamos, mas tambm eficaz quando queremos um
leo aromtico, colocar as folhas na frma de gelo e adicionarmos leo de boa qualidade,
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depois lev-lo ao congelador. Neste caso o vegetal deve estar bem seco, para que no haja
rancificao. Quando queremos preparar um leo aromtico podemos utilizar um mtodo mais
fcil, ou seja, colocamos dentro de uma garrafa de vidro podendo ser 1 litro de leo de oliva ou
similar ramos de hortel, botes de cravo ndia ou canela do Ceilo (so aquelas encontradas
nos mercados em forma de cascas bem finas). Deixar o frasco em lugar onde haja uma
incidncia direta do sol pelo dia inteiro. Este mtodo tambm pode ser empregado para
preparao de leos para massagens, bastando substituir os vegetais acima por arruda, mentruz
e calndula, principalmente em entorses e pancadas. Pelo mesmo mtodo podemos preparar
um vinagre aromtico, bastando substituir o leo pelo vinagre.
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20
21
Como cada uma das plantas medicinais tem uma ao caracterstica, devemos sempre
tomar alguns cuidados, como nunca consumir noite chs com plantas que sejam estimulantes
do sistema nervoso central ou tnico, pois estas podem atrapalhar o seu sono. Ao levantar-se,
prefira os tnicos e estimulantes para enfrentar o seu dia de trabalho, logo podemos tomar chs
de Alecrim, Canela, Gengibre e Tomilho.
No horrio de almoo, indicamos os digestivos como Camomila, Erva Doce,
Manjerico, Hortel e Boldo. tarde prefira os menos calmantes como Hortel, Slvia e Erva
Doce. Ao jantar indicamos para uma boa noite de sono relaxante Capim Limo, Melissa, Casca
de Ma e Camomila.
Chs perigosos
Tomar alguns chs pode no ser benfico como se apregoam muitos livros e
programas que falam de plantas medicinais, pois muitos deles podem provocar acidentes
graves, principalmente em mulheres grvidas. Como sabemos o corpo da mulher grvida uma
mquina muito complexa, pois deve cuidar no s do seu, mas tambm do feto em formao.
Logo, a ingesto de certos chs tomados vontade e sem orientao mdica causa acidentes
que muitas vezes torna-se difcil o mdico reverter o problema. Ademais, os componentes de
certos vegetais so txicos, principalmente ao feto.
Muitas vezes os obstetras solicitam que suas pacientes tomem chs, mas lembramos
que um simples ch de Canela pode ser nocivo ao feto, assim como o Louro e o Boldo, que
dependendo da dose pode provocar um aborto, ou ento nuseas e vmitos constantes e difcil
controle. Alertamos ainda que na maioria dos chs industrializados no temos como controlar a
sua qualidade, pois at o momento no feito nenhum controle de qualidade nos produto que
so vendidos livremente.
Os vegetais que podem provocar aborto ou outro acidente para a grvida so Losna,
Alecrim, Arruda, Algodoeiro, Louro, Abutua e Canela. Existe ainda outro problema para o beb,
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pois logo aps o parto a me quer emagrecer e recorre aos famosos medicamentos
emagrecedores, ditos naturais. Mas estes, na sua maioria, apresentam vegetais laxantes em sua
composio, com o inconveniente de permanecerem no sangue da me e podendo ser levado
ao leite materno. O filho, ao mamar, leva com o leite estes componentes com efeitos laxantes,
fazendo com que os bebs apresentem diarreias de difcil diagnstico pelo pediatra.
Logo, nunca tentem emagrecer com as misturas de vegetais que apresentam em suas
formulaes Cscara Sagrada, Sene ou Frngula, pois alm de provocarem problemas no s
como abortos e diarreia na criana tm efeito laxante por certo tempo, mas com o passar do
tempo os intestinos ficam viciados nestes componentes e s voltam a funcionar com o uso
destes vegetais, ou seja, causam o vcio.
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Ch Tradicional
Infuso (Abafado)
usado quando se quer retirar os princpios ativos de um vegetal aromtico atravs de
um leve cozimento. Para tanto, basta derramarmos gua fervente sobre o vegetal desejado,
tampar o frasco e deixar em infuso pelo perodo de 15 a 20 minutos, podendo ser ingerido
quente ou frio.
Decoco
A finalidade a mesma da infuso, sendo o processo semelhante, variando apenas o
fato de que a planta depois de cozida deixada para descansar por 12 horas, em seguida o ch
coado em pano, espremendo-se o mesmo para a extrao total das substncias.
Cataplasma
um tipo de medicamento usado para curar dores reumticas, ulceraes, feridas,
inchaos, contuses e inflamaes da pele. So preparados triturando-se ou esmagando-se as
plantas frescas at a consistncia de pasta (isto pode ser feito no liquidificador ou mesmo no
pilo de amassar alho), aplicando-se sobre o lugar afetado e cobrindo-se com gaze ou mesmo
pano.
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Unguento
um medicamento de utilizao imediata, podendo ser armazenado por tempo
determinado. Para seu preparo, mistura-se o suco da planta (que pode ser obtido da mesma
maneira anterior) com vaselina, lanolina ou mesmo banha de porco, este ltimo com o
inconveniente de rancificar rapidamente.
Macerao
um processo feito a frio, para retirar as substncias medicamentosas atravs de um
lquido extrativo, podendo ser gua, lcool, vinagre ou vinho. preparado adicionando-se a
planta fresca ou no nos lquidos acima citados e deixando em contato por horas ou s vezes
dias (oito dias no mximo). Deve ser coado posteriormente, espremendo-se o pano em que foi
coado para retirar o mximo de substncia macerada. A macerao geralmente feita com
lcool a 70%.
Vinhos Medicinais
So usados quando se quer retirar substncias para um uso mais prolongado. O
processo idntico macerao, sendo o vinho geralmente doce usado como lquido de
extrao. O tempo de macerao varia de quatro a oito dias e devem ser servidos em clices.
Tintura
um processo utilizado quando se quer retirar grande quantidade de substncias
medicamentosas. preparado da mesma maneira que a macerao, s que o lquido extrator
sempre o lcool (etanol) a 60 ou 70% em gua. Deixando-se em macerao por oito dias, coe-se
espremendo o coador, podendo-se at concentr-lo, bastando para tal evaporar certa
quantidade de lcool.
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Suco fresco
Este um processo para ser usado de imediato. Pode ser feito de duas maneiras: a
primeira, quando temos frutos maduros e moles, basta esprem-los em um pano; a segunda,
quando temos outros tipos de frutos, folhas ou mesmo flores e sementes. Para tanto, podemos
usar o liquidificador ou mesmo o pilo de socar alho. Estes sucos podem ser diludos ou no em
gua.
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Xarope
a preparao de uso prolongado, usado principalmente para doenas da garganta,
pulmo e brnquios. O xarope medicamentoso deve ser preparado da seguinte maneira:
inicialmente prepara-se o xarope simples, dissolvendo 850 gramas de acar em 450 mililitros de
gua potvel e quente. Aquece-se at a diluio e obtm-se um ponto de fio entre os dedos. Se
a quantidade obtida for menor que 1 litro, completa-se com gua potvel. Para o xarope
medicamentoso, adiciona-se a tintura do vegetal na proporo indicada. Para facilidade de
preparao de algumas frmulas com vegetais, estamos colocando uma tabela de equivalncia
a seguir:
9 TABELA DE EQUIVALNCIA
27
Trata-se de um problema passageiro, que pode ser provocado por vrios fatores, o
mais comum deles quando comemos algo que no se adapta a nossa digesto, mas o
tratamento muito simples. Outro quando provocado por bactrias estranhas ao nosso
organismo, da requer um tratamento mais delicado, sendo s vezes a necessidade de
internamento.
28
Faz parte da alimentao bsica dos povos da sia Meridional e do Extremo Oriente,
no sabemos desde quando, cultivado na ndia e China. Na Europa foi levado por Alexandre
Magno. O seu cultivo pelos rabes, data do sculo VIII, quando estes introduziram a cultura no
sul da Espanha, atingindo rapidamente Frana e Itlia.
Princpio ativo: o que tem ao como antidiarreica a grande quantidade de amido
que ele apresenta. Deixa-se em macerao 20 gramas de arroz em um copo de gua por 6
horas, tomando-se no caso todo lquido. Para crianas pode ser administrado s colheradas, at
o desaparecimento dos sintomas. Quando temos necessidade de uma maior rapidez,
cozinhamos o arroz em gua, tentando fazer com ele uma pasta a ser administrada tambm em
colheradas.
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Princpio ativo: Grande quantidade de tanino. Dose adulta: Idntica ao anterior. Dose
infantil: Idntica ao anterior.
TAMARINDO
Tamarindus
indica
L.
Fam.
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tambm dos licores considerados digestivos, tipo Beneditino. Ressaltamos que no Brasil no
encontramos esta espcie; o que temos cultivado o funcho e no a espcie. Toda erva-doce
encontrada no comrcio importada, principalmente da Frana.
Princpio ativo: leo essencial, principalmente por um dos seus componentes: o
Anetol. O ch feito dos frutos. Cerca de 2 gramas em um copo de gua. Dose adulta: trs
xcaras de ch ao dia. Dose infantil: uma xcara de caf ao dia, no mximo duas, as quais podem
ser administradas em mamadeiras ou em colheradas. Quando queremos uma administrao
mais racional, podemos fazer um ch com 10 gramas de frutos em um copo com gua. Coar e
colocar em geladeira, administrar 30 gotas para uma xcara de caf de gua (dose infantil).
CANELA DA CEILO - Cinamomum zeylanicum Ness. Fam. Laurceas. Como o seu nome diz nativa do
Ceilo (antigamente chamado de Sri Lanka). Muito usada para
dar aroma a doces e comidas tpicas da ndia. Fato curioso
que para consumirmos estas cascas ela dever ficar em
repouso, ao abrigo da luz direta e com ventilao contnua por
31
Ch das cascas do caule: 1 grama em um copo de gua. Dose adulta: trs xcaras de
caf ao dia. Dose infantil: uma xcara de caf ao dia, no mximo duas, as quais podem ser
administradas em mamadeiras ou em colheradas. Da mesma maneira da Erva Doce pode ser
preparado um ch mais concentrado e guardado em geladeira, s que devemos administrar 20
gotas. No caso dos dois vegetais, no so nativos em nossa regio, mas so encontrados
facilmente em supermercados.
32
sempre difcil encontrar na forma verde, e as mudas nem sempre brotam ao contento. Os seus
componentes so idnticos ao da verdadeira.
Princpio ativo: leo essencial, principalmente por um dos seus componentes o Citral.
Ch das folhas: 5 gramas em um copo de gua. Dose adulta: Idntico ao anterior.
Dose infantil: Idntico ao anterior. Tambm pode ser administrado em gotas, como no caso
anterior.
33
FUNCHO - Foeniculum vulgaris L. Fam. Umbelferas.
Planta nativa principalmente na Itlia e Frana, usada
principalmente para temperar peixes e frutos do mar, por
apresentar cheiro aromtico e sabor picante. Um dos seus
componentes, a Fencona, de importncia fundamental para
obteno de moderadores do apetite. A ingesto de um ch de
frutos de funcho, 40 minutos antes das refeies, diminui a
intensidade da fome.
Princpio ativo: leo essencial, cujos componentes
principais so Fencona e Anetol.
Ch dos frutos: 1 grama em um copo de gua. Dose
adulta: Idntica da erva doce. Dose infantil: Idntica da erva doce. Tambm pode ser
administrada em gotas com preparo idntico ao da Erva Doce, usando-se 5 gramas de frutos
para um copo de gua.
Antiemticos
34
Laxativos
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Ativos:
Acares,
pigmentos,
pele, por meio de bronzeadores feitos com estas folhas, pois elas apresentam furocumarinas,
que hoje so ponto de partida para medicamentos usados no tratamento do vitiligo. Logo, nunca
preparem bronzeadores com as mesmas.
Princpios ativos: Acares, mucilagens, pectina, resina, protenas, aleurona, um
fermento a ficina e furocumarina. Infuso do fruto: Ferver um fruto maduro com um copo com
gua, deixar em repouso durante a noite, tomar em jejum (podendo ainda comer o fruto). Dose
infantil: Ferver um fruto com dois copos com gua, seguindo-se a mesma tcnica anterior.
37
TAMARINDO
Tamarindus
indica
L.
Fam.
Emtico
Como sabemos o vmito uma defesa do organismo, mas quando ingerimos alguma
coisa que provoca mal-estar, podemos usar alguns vegetais para provocar a expulso do
estmago de todo alimento ali contido.
seus usos, os mdicos da antiguidade diziam ser uma panaceia, isto , curava tudo.
Em 1588, o mdico botnico alemo, Tabernaemontanus, em seu Novo Herbrio
Completo, usava-a at contra o mau gnio. Mas o seu amargor smbolo na Sagrada Escritura
como as dificuldades e tristezas da vida. O seu nome, traduzido do grego, significa privado de
doura e como sabemos precisamos de muito para resistir o seu amargor. H pouco tempo o
seu licor foi protagonista de grande discusso, discutia-se o seu teor alcolico, mas o seu grande
problema um dos seus componentes, a absintina, que um bloqueador do sistema nervoso
central e com grande poder acumulativo, podendo apresentar convulses titnica e perturbaes
psquicas com alucinaes.
Este licor esteve muito em moda no sculo XIX, como mostrado em uma pintura do
clebre pintor Manet, em 1876. Alertamos ainda que a sua ingesto, mesmo em qualquer das
frmulas farmacuticas, um potente abortivo. Serve isto como aviso para aqueles que gostam
de fazer um similar de bebida amarga com o vegetal.
voltando
atualmente
para
coroar
38
Digestivos (M-digesto)
39
BOLDO
40
41
SALSA
Petrosilium
sativus
L.
Fam.
42
43
brilhante.
Princpio
ativo:
Glicoalcaloides,
Diurticos
44
45
46
tanino, cido palmtico, esterico, fitosterois, alantona (uso em hematrias) e betana. Infuso
dos estigmas: trs colheres de sopa em um copo com gua. Dose adulta: 3 copos ao dia.
47
Antitussgenos e Emolientes
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CEBOLA - Allium cepa L. Fam. Liliceas. Tratase de planta derivada das espcies silvestres da sia
Ocidental, cultivada na Caldeia h mais de 4.000 anos. Era
comum coloc-las nos tmulos dos egpcios. Eram
consumidas em grandes quantidades pelos gregos e
romanos, pois era considerado um alimento que
aumentava a longevidade das pessoas. Princpio ativo:
leo essencial, contendo vrios componentes, sendo o principal a Alicina, que alm de um
excelente expectorante um bactericida potente agindo inclusive sobre o Bacilo de Koch.
Xarope dos bulbos: podendo ser feito com o suco dos bulbos a 8% em xarope simples. Dose
adulta: Trs colheres de sopa ao dia. Dose infantil: Trs colheres de caf ao dia.
49
tida como eucalipto medicinal. Outra espcie muito usada nas saunas e
desinfetantes considerada o eucalipto de perfumaria.
Princpio ativo: leo essencial, apresentando vrios componentes, mas o principal o Cineol ou
Eucaliptol, que alm de emoliente um potente bactericida. Xarope das folhas: pode ser feito
com o c a 5%, ou ento com as folhas picadas e apuradas em gua e acar. Dose adulta:
Trs colheres de sopa ao dia. Dose infantil: Trs colheres de caf ao dia.
50
GERVO - Stachytarpheta australis L. Fam. Verbenceas.
uma planta tipicamente brasileira, crescendo em todos os estados
brasileiros. Princpios ativos: leo essencial, taninos, flavonoides,
alcaloides e saponinas. Infuso das folhas e flores: Duas colheres de
sopa em um copo com gua. Adoar com mel (para cada copo quatro
colheres de sopa). Dose adulta: Uma colher de sopa trs vezes ao
dia. Dose infantil: Uma colher de caf trs vezes ao dia.
alimento. Tambm de um potente bactericida. Princpios ativos: leo essencial, com vrios
componentes, mas seu uso deve-se principalmente ao Zingibereno. Xarope: pode ser feito com
a infuso a 3% em xarope simples ou mesmo adicionando-se cerca de 3 gramas de gengibre em
um copo com gua, ferve-se juntamente com o acar, at o ponto de fio, depois coa-se para
um frasco. Dose adulta: Trs colheres de sobremesa ao dia. Desaconselhveis para crianas,
devido ao odor muito forte e o sabor picante.
51
MALVA - Malva sylvestris L. Fam. Malvceas. Originria da
Europa, na Itlia renascentista, a malva era considerada um remdio
para todos os males. Suas flores entravam no preparo de um ch usado
nos conventos como anafrodisacos, ou seja, inibir o apetite sexual. Na
antiguidade acreditava-se que uma poo base de sumo de malva
evitava as indisposies durante todo dia. J os Pitagricos
consideravam-na uma planta sagrada, que liberava o esprito da
escravido das paixes. Carlos Magno apreciava a malva como planta ornamental, em seus
jardins imperiais. Princpios ativos: alm da grande quantidade de Mucilagem, apresenta um
glicosdeo Malvsido, que por hidrlise resulta a Malvidina, mas o poder emoliente deve-se a
Mucilagem. Xarope das folhas: pode ser feito com a infuso a 4% em xarope simples. Dose
adulta: Trs colheres de sopa ao dia. Dose infantil: Trs colheres de caf ao dia.
52
Furnculos
uma inflamao do fololo piloso e o tecido subcutneo, geralmente causado pela
bactria Staphilococcus aureus. O tecido necrosado forma uma massa esbranquiada
comumente chamada de carnego. Quando h o aparecimento de vrios furnculos uns
prximos dos outros, chamamos de antraz.
TROMBETEIRA
SAIA
53
BRANCA
Datura
10.6 Plantas Medicinais que atuam como antissptico e resolutivo da cavidade oral
BATATA
Solanum
tuberosum
L.
Fam.
conquista do Peru, a traz para a Amrica do Sul, onde se dissipou para o mundo, sendo que na
Europa importante na Alemanha e Espanha como parte bsica da alimentao. Atualmente
existem cerca de 2.000 variedades de batatas em todo o mundo. Princpio ativo:
glicoalcaloides, principalmente a Solanina e Solanidina, estes potentes anti-inflamatrios.
Infuso dos ramos: 10 gramas em um copo com gua. Fazer bochecho trs vezes ao dia.
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Insnia
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57
10.9 Plantas Medicinais usadas para acne (Espinhas)
BARBATIMAO
Stryphonodendron
Este um problema muito comum s pessoas que tem pele clara. Quando vamos s
praias ou a qualquer lugar onde podemos tomar sol, ficamos expostos aos raios ultravioletas,
que queimam nossa pele, por isso devemos tomar sol com protetores solares e no perodo das
07h00 s 10h00 da manh, que quando o sol apresenta menor intensidade de raios
ultravioleta. A babosa o que melhor adapta-se para urgncia nestes casos, pois seu suco um
excelente protetor da pele e regenerador dos tecidos queimados.
58
taninos e cido aquileico. Infuso dos ramos: Duas colheres de sopa em um copo com gua.
Ferver, coar e aplicar com gaze ou algodo na forma de compressa.
flavonoides,
alcaloides
saponinas.
60
61
GUA
LCOOL
XAROPE
EXTRAFINO
15%
40%
45%
FINOS
33 a 35%
33%
35%
COMUNS
50%
25%
25%
LICOR DE HORTEL
62
Deixe macerar a hortel na vodka por oito dias, coe em papel filtro ou algodo.
Separadamente prepare o xarope em fogo brando at a consistncia de fio, depois de frio
acrescente no macerado. Deixe repousar por 30 dias (quanto mais velho melhor).
LICOR DE ANIZ
63
Vodka.................................................................................01 litro
Badiana................................................................................. 20 g.
Acar............................................................................... 01 quilo
gua fervida....................................................................... 500 mL.
Corante azul........................................................................... um mL
Tcnica idntica anterior.
LICOR DE CAF
LICOR DE MEL
Laranjas (casca)................................................................... 02
Vodka..................................................................................500 mL.
Cravos.................................................................................. 02
Canela (casca)..................................................................... 01
Mel..................................................................................... 400 ml.
Xarope............................................................................... 800 ml.
(*) Sugerimos o uso da Vodka no lugar do lcool de cereal ou de cana, pois estes apresentam o
inconveniente de estarem sempre contaminados por alto teor de aldedo, componente que
provoca dores de cabea.
Vamos a algumas frmulas farmacuticas que utilizam plantas medicinais e drogas vegetais:
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FRMULA 01
Extrato seco de alcachofra............................................... 100 mg.
Extrato seco de boldo....................................................... 50 mg.
Sulfato de Magnsio........................................................ 100 mg.
Sorbitol............................................................................. 200 mg.
Excipiente.........................q.s.p........................................ 500 mg.
Cpsulas colagogas e colerticas, alm de agirem no fgado e vescula, apresentam
propriedades laxantes leves (sulfato de magnsio). Tomar uma cpsula aps cada refeio.
FRMULA 02
Extrato seco de Alcachofra.............................................. 200 mg.
Excipiente.....................q.s.p............................................. 500 mg.
Cpsulas colagogas e colerticas.
Tomar uma cpsula aps cada refeio.
FRMULA 03
Alcoolatura de agrio...........................................................45 mL.
Extrato fluido de guaco....................................................... 8,0 mL.
Sol. Conc. De Blsamo de Tol.......................................... 0,8 mL.
Mel de abelhas..................................................................... 10 mL.
Xarope simples..............q.s.p.............................................. 100 mL.
Xarope antitussgeno e emoliente.
Dose adulta: uma colher de sopa trs vezes ao dia.
Dose infantil: uma colher de ch trs vezes ao dia.
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FRMULA 04
Extrato fluido de Hamamelis............................................... 2,0 mL.
Extrato fluido de Castanha da ndia................................... 9,0 mL.
Extrato fluido de Erva de Bicho............................................9,0 mL.
Excipiente................q.s.p..................................................100,0 mL.
Usado como vaso constritor principalmente em casos de varizes.
Tomar 40 gotas trs vezes ao dia.
FRMULA 05
Extrato fluido de Assa Peixe............................................... 2,0 mL.
Extrato fluido de flores peitorais.......................................... 3,0 mL.
Extrato fluido de Mentruz (Mastruz)..................................... 2,0 mL.
Extrato fluido de Alcauz.......................................................3,0 mL.
Xarope simples.......................q.s.p................................... 100,0 mL.
Outra frmula antitussgena e emoliente.
Dose adulta: uma colher de sopa trs vezes ao dia.
Dose infantil: uma colher de ch trs vezes ao dia.
FRMULA 06
Tintura de Sene................................................................ 4,0 mL.
Tintura de Ch Mate........................................................ 4,0 mL.
Tintura de Frngula......................................................... 0,5 mL.
Tintura de Cavalinha........................................................ 0,8 mL.
Tintura de Fucus............................................................... 0,1 mL.
Excipiente................q.s.p. ............................................. .100,0 mL.
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Auxiliar no emagrecimento, agindo como laxante (sene, frngula e fucus) e diurtico (cavalinha e
ch mate). Tomar 30 gotas trs vezes ao dia.
FRMULA 07
Tintura de Beladona.......................................................... 2,5 mL.
Tintura de Meimendro........................................................2,5 mL.
Tintura de Boldo.................................................................3,0 mL.
Tintura de Badiana............................................................ 2,0 mL.
Excipiente.........................q.s.p. ..................................... 25,0 mL.
Antiespasmdico, agindo na musculatura lisa (beladona, meimendro), fgado (boldo) e formao
de gases (badiana).
Dose adulta: 40 gotas diludas em gua, nas crises dolorosas.
Desaconselhvel para crianas abaixo de 10 anos. Acima desta idade tomar 10 gotas diluda em
gua, nas crises dolorosas.
FRMULA 08
Tintura de raiz de Alteia................................................... 3,0 mL.
Extrato fluido de Alcauz.................................................... 1,0 mL.
Tintura de Goma Angico....................................................25,0 mL.
Tintura de Blsamo de Tol...............................................33,0 mL.
Xarope simples...............q.s.p......................................... 150,0 mL.
Outro xarope antitussgeno e emoliente. Funcionando ainda como balsmico e antissptico das
vias respiratrias (balsamo de tol e alcauz).
Dose adulta: Tomar uma colher de sopa trs vezes ao dia.
Dose infantil: Tomar uma colher de ch trs vezes ao dia.
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FRMULA 09
Guaran em p................................................................. 139 mg.
Noz de Cola em p............................................................ 92 mg.
Marapuama em p............................................................. 46 mg.
Ginseng Coreano em p (Ginseng brasileiro)................... 46 mg.
Alfafa em p....................................................................... 46 mg.
Excipiente...............q.s.p....................................................500 mg.
Excelente energtico, semelhante a alguns colocados no mercado com preo elevado, o ginseng
coreano pode ser substitudo pelo ginseng brasileiro. Esta frmula apresenta uma novidade
alfafa, que contm oito enzimas digestivas de gordura. Tomar uma cpsula trs vezes ao dia.
FRMULA 10
Maracuj em p................................................................ 180 mg.
Mulungu em p................................................................. 45 mg.
Capim Limo em p ........................................................ 90 mg.
Valeriana em p... ............................................................ 45 mg.
Excipiente............................q.s.p..................................... 500 mg.
Cpsulas calmantes e sedantes leve, os vegetais podem ser substitudos por extratos secos,
tomando-se o cuidado de reduzir as quantidades metade. Tomar uma cpsula 40 minutos
antes de dormir.
FRMULA 11
Mel...................................................................................... 279 g.
Soluo alcolica de prpolis................................................6,0 mL.
Extrato fluido de poejo............................................................15 mL.
Xarope para tosses secas, balsmico (mel) e antissptico (prpolis e poejo).
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69
Esta uma frmula que pode ser usada como aperiente, basta usarmos como excipiente vinho
doce de boa qualidade. Na forma original tomar 45 gotas antes das refeies, para crianas
aconselhamos a forma com vinho, tomar uma colher de sopa antes das refeies.
FRMULA 19 - MARACUJINA
Extrato seco de Maracuj................................................. 100 mg.
Extrato seco de Mulungu.................................................. 50 mg.
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Extrato seco de Grateus................................................... 0,3 mg.
Excipiente................q.s.p. ................................................ 250 mg.
Cpsulas tranquilizantes e sedantes, semelhante existente no comrcio. Tomar uma cpsula 4
minutos antes de dormir.
FRMULA 20 - EMAGREVIT
Extrato seco de Fucus..................................................... 147 mg.
Extrato seco de Alcachofra............................................. 116 mg
Extrato seco de Cscara Sagrada......................................59 mg.
Extrato seco de Uva Ursi................................................... 44 mg.
Levedo de Cerveja............................................................. 29 mg.
Extrato seco de Boldo....................................................... 29 mg.
Extrato seco de Maracuj...................................................15 mg.
Excipiente........................q.s.p........................................ 500 mg.
Cpsulas usadas como auxiliar no emagrecimento, frmula semelhante ao produto j existe no
comrcio. Tomar uma cpsula antes de cada refeio.
FRMULA 21
Extrato fluido de catuaba................................................. 15,0 mL.
Extrato fluido de guaran..................................................15,0 mL.
72
Por incrvel que possa parecer alguns vegetais podem ajudar na manuteno ou
reduo do peso. Cada vegetal, muitas vezes consumido como alimento, pode ter finalidade
teraputica. Alguns so tnicos, outros digestivos, outros diurticos, etc. Todos eles com um
grande auxlio no tratamento da obesidade, evitando-se os malefcios provocados pelas drogas
sintticas e os coquetis de drogas, que sempre provocam efeitos nocivos s pessoas que
fazem uso dos mesmos.
Muitos vegetais aromticos ajudam a tornar mais agradveis as dietas de
emagrecimento. Pedaos dos bulbos de funcho mastigados antes das refeies, alm de
ingerirmos grande quantidade de fibras, o princpio ativo do seu leo essencial a fencona
alivia o apetite; bem como suas sementes mastigadas tambm provocam certa saciedade
fome. Podemos substitu-las pelos frutos de Endro ou Erva-Doce. Mas devemos ter sempre em
mente que devemos usar estes vegetais sempre crus. Entre os chs, o que mais se destaca o
Ch-Mate, que alm de diurtico estimula a digesto e o sistema nervoso. Mas podemos usar
outros para obtermos os resultados desejados:
Fibras
Quando o Journal of the American Medical Association, dos Estados Unidos, publicou
uma pesquisa dizendo que teramos melhor sade e viveramos mais tempo se a nossa dieta
fosse mais rica se ingerirmos maior quantidade de fibras, a maioria mudou sua dieta. O que eles
no sabem que as fibras no so todas iguais e exercem funes diferentes.
73
Tipos de fibras
Celulose: Muito encontrada na farinha de trigo integral, farelo de trigo, repolho, ervilhas,
vagens, feijo, brcolos, ma, cenoura, etc.
grosso. Essencialmente juntas absorvem os resduos e os conduz com maior rapidez atravs do
clon, melhorando no s os seus movimentos, mas evitando a priso de ventre, divertculos,
hemorroidas e veias varicosas.
Lignina: Encontrada nos cereais e vegetais velhos: berinjela, vagens, pera e rabanete.
Cuidados: Mesmo sendo verdade que a maioria destes elementos tenha efeito
teraputico, o uso em excesso pode provocar entupimento dos intestinos, com a consequente
formao de gases, aparecimento de nuseas, vmitos e diarreias e muitas vezes interferem na
absoro de certos sais minerais, como zinco, clcio, ferro e vitamina B12. Isto pode ser evitado,
variando-se a dieta de alimentos fibrosos.
Algas: Estes vegetais que crescem s vezes at 100 metros de profundidade, buscando
na superfcie a luz solar para a sua sobrevivncia, so laboratrios vivos de sais
minerais e vitaminas que a natureza nos d. Elas no s apresentam valores como
alimentos, mas tambm como medicamentos. Na China, usada h milnios em
medicamentos feitos com algas vermelhas para retirar serosidades do tecido celular. Os
filipinos faziam e fazem emplastos com algas fibrosas para evitar artrites e reumatismo.
Na ndia fazem-se poes com algas martimas e liquens para tratamento de diarreias.
J nos tempos modernos estudam-se as propriedades nutritivas das algas,
principalmente em iodo e vitaminas; sendo principalmente os sais minerais os mais
estudados, pois as algas so os nicos vegetais que apresentam todos os sais minerais,
chegando ao nmero de 50 elementos no total.
Nori: Tambm conhecida como Laver pelos ingleses. Apresenta-se em forma de folhas
com at 30 cm de comprimento, desenvolvendo-se ao longo das costas da Amrica do
Norte. Possui colorao violcea, sua colheita processa-se no inverno. Emprega-se a
Nori fresca ou desidratada, que contm grande quantidade de vitamina B1 e C, alm de
protenas. Muito utilizada pelos japoneses na fabricao de sushis, uma espcie de
rocambole delgado, feito com peixes e arroz.
Wakame: Conhecida tambm como Kelp pelos ingleses, esta alga prolifera-se em quase
toda a costa do Oceano Pacfico, desde o Canad at o Mxico. O seu consumo
provoca melhora em todo o sistema circulatrio, evitando principalmente o aparecimento
de varizes e hemorroidas. Muito rica em clcio e iodo, sendo que 100 gramas de algas
possuem 1.093 miligramas de clcio.
75
Kombu: Alga tambm muito usada pelos japoneses do Brasil, as quais so encontradas
secas no comrcio, depois de colocadas na gua adquirem forma gelatinosa, muito
apreciada na preparao de carnes.
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Espirulina: Alga verde tambm conhecida como Plncton de Espirulina, maior fonte
de clorofila da natureza. Rica em minerais quelados como ferro, clcio, zinco, potssio e
magnsio, constitui-se uma tima fonte de vitamina A e do Complexo B. Possuem como
importante elemento a Fenilalanina, que age sobre o centro do apetite no crebro para
reduzir a sensao de fome, enquanto mantm o acar do sangue no nvel normal.
Leveduras
Conhecida como maravilha entre os alimentos da natureza, certamente faz jus a sua
fama em muitos aspectos. uma das maiores fontes de protenas e vitaminas naturais do
complexo B, rica em ferro orgnico, verdadeira mina de oligominerais e aminocidos. O seu uso
ajuda a baixar o nvel de colesterol (quando combinada com lecitina) e reverter o processo da
gota.
Tipos de Leveduras
Alcachofra:
L.
Fam.
Asterceas.
Cynara
scolymus
Princpio
ativo:
77
78
79
80
Cajueiro
Anacardium
occidentalis
L.
Fam.
13 OUTROS VEGETAIS
81
Diabetes uma doena que aparece quando nosso organismo no produz, ou produz
insuficientemente, uma substncia chamada insulina, que responsvel pela quebra do acar
no organismo. At 1921 utilizava-se no tratamento de diabetes sintomticas o extrato de
pncreas. A partir de 1922, isolou-se deste extrato a insulina, o que substituiu em muito o uso de
vegetais com ao hipoglicemiante.
Durante a II Guerra Mundial no foi possvel avaliar-se a eficcia do novo composto
isolado (insulina). Com o aparecimento de um nmero muito grande de pacientes dependentes
da insulina a matria-prima (glndulas pancreticas) para a obteno da mesma comeou a
desaparecer, logo se partiu para sntese do produto. Mas como o projeto envolve grande
quantidade de dinheiro, comeou-se a usar como medicina alternativa os vegetais
hipoglicemiantes.
No estudo destes vegetais destacam-se dois grandes grupos: Israel, que buscou na
medicina folclrica da ndia e frica os vegetais que possuem algum efeito antiglicmico. Este
grupo isolou em aproximadamente 150 espcies de vegetais, 70 substncias que vm sendo
usada no tratamento de diabetes. O Japo comeou a trabalhar com 20 espcies de vegetais
possuidores de ao hipoglicemiante, principalmente de mucilagem e goma.
Plantas hipoglicemiantes
82
83
xcaras de ch ao dia.
84
ANACARIUM OCIDENTALE L. Anacardiceas. Caju. Isolouse do extrato alcolico das cascas do lenho uma substncia altamente
hipoglicemiante que tem sua ao iniciada a 15-20 minutos aps a
ingesto e seu tempo mximo entre 60-90 minutos (hoje j existe no
mercado medicamento feito com as cascas do cajueiro, como auxiliar
no tratamento da diabete).
85
BOUGAIUVILLEA
SPECTABILIS
L.
Nictaginceas.
COIX LACHRYMA - jobi L. Gramneas. Lgrima de Cristo Conta de tero. Extrato aquoso das sementes apresenta trs
substncias chamadas: coixanas A, B e C (glicanos). Sendo a mais
potente a coixana A. Trata-se de vegetal altamente txico e totalmente
contraindicado.
HUMULUS LUPULO L. Morceas. Lpulo. O seu extrato aquoso das flores (5%)
apresenta Humulona e Lupulona (dose de 200 mg/kg) diminui em 50% o teor de acar em 6
horas.
MORUS ALBA L. Morceas. Amora branca - Os extratos aquosos das cascas do lenho
apresentam uma substncia chamada Morana A.
das
suas
flores
(janeiro)
apresenta
substncia
hipoglicemiante.
86
PANAX GINSENG Meyer Amarilidceas. Ginseng. Os
seus extratos alcolicos das razes apresentam 16 Panaxanas
denominadas de F at U, 10 a 50 mg/kg tm sua ao
hipoglicemiante em duas horas.
PHYLANTUS
CORCOVATENSISI
L.
Euforbiceas.
87
LAURUS NOBILIS L. Laurceas. Louro - Extrato aquoso das
folhas.
RICINUS
COMUNIS
L.
Euforbiceas.
88
PATA
DE
VACA:
Bauhinia
forficata
Link
Fam.
PEDRA UME CAA - Insulina vegetal - Myrcia sp. Fam. Mirtceas. Parte usada: folhas
e razes. Princpio ativo: Taninos e Glicoprotenas. Infuso a 2% em gua: dose mxima 500
ml ao dia. Extrato fluido: dose mxima 10 ml ao dia. Tintura: dose mxima 50 ml ao dia.
90
Nem sempre possvel identificarmos o vegetal, bem como notar as suas falsificaes,
pois geralmente eles so encontrados no comrcio na forma de p, o que torna ainda mais difcil
a sua identificao. Isto porque muito complicado ter no Laboratrio de Farmcia uma lupa, um
microscpio e uma bateria de reagentes para identific-los morfo-histolgica e quimicamente.
Mas em nossa extensa experincia vimos que as maiores falsificaes so feitas com Cscara
Sagrada e Jaborandi. Aconselhamos aos profissionais comprarem sempre de Distribuidoras
Qualificadas e com Certificado de Qualidade.
91
RAUVOLFIA
O. B. - Rauwolfia serpentina Bentham - F. Apocinceas.
O. G. - Amrica tropical (Mxico e Amrica do Sul), sia (ndia).
P. U. - Razes dessecadas.
C. Q. - Cerca de 1,3% de alcaloides de ncleo indlico. Nas razes de rauvolfia so
encontrados cinco tipos de diferentes estruturas alcalodicas todas derivadas do ncleo indlico.
Os principais alcaloides so: Reserpina, Serpentina, Ajmalina e Loimbina. Das cerca de 25
espcies j estudadas foram isolados 50 alcaloides.
Aes: Hipotensora - promove abaixamento lento e gradual da hipertenso arterial.
Efeito sedativo e tranquilizante influenciam o comportamento afetivo; em razo disso muito
empregado em psiquiatria, no tratamento de psicoses.
DIGITALIS
O. B. - Digitalis purpurea L. - Digitalis lanata Ehrh - F. Escrufulariaceas.
O. G. - Originria da Europa Central e Meridional, Aclimado nos USA e Canad.
P. U. - Folhas dessecadas.
C. Q. - 0,2 a 0,3% de DIGITOXINA - 0,29 a 0,48% de hetersidos cardiotnicos ou
cardiocinticos, Gitalina e Digitalina.
Usos: estimulante e tnico do corao. Atua simultaneamente sobre o miocrdio e o
sistema de inervao, de tal modo que aumenta a energia de contrao sistlica e regulariza o
ritmo cardaco. Usado tambm como diurtico nos casos de edema, pela ao indireta, em
virtude de regularizar os movimentos cardacos, melhorando a distribuio do sangue no
organismo.
92
ESTROFANTO
O. B. - Strophantus hispidus D. C. Strophantus Komb Oliver - Strophantus gratus
Franchet - F. Apocinceas.
P. U. - Sementes colhidas dos frutos limpos.
O. G. - frica Ocidental, Moambique e frica Oriental.
C. Q. - Glicosdeos cardiotnicos: Estrofantina G. do S. gratus; Estrofantina H. do S.
hispidus e Estrofantina K. do S. Komb. A Estrofantina G. tambm conhecida por OUBAINA,
pois sua estrutura semelhante deste glicosdeo existente no crtex do Acokanthera oubaio
Arnoud, F. Apocinceas.
Usos: Cardiotnico e diurtico.
CILA BRANCA
O. B. - Urginea scilla Steinh - Scilla martima L. Urginea martima Baker. F.
Liliceas.
O. G. - Itlia, Espanha, Grcia e Lbano.
P. U. - Tnicas mdias do bulbo.
C. Q. - Heterosdeos cardiocinticos do grupo bujadienlidos num teor de 0,3 a 0,4%.
CILARENO A (cristalizvel) CILARENO B (amorfo).
Usos: Tnico cardaco e diurtico.
93
PIO
O. B. - Papaver somniferum L. var. album D. C. tambm
conhecida como papoula branca. F. Papaverceas.
O. G. - ndia, China, Tailndia, Turquia e Grcia, cultivada em
vrios pases da Europa.
P. U. - Ltex opiceo retirado dos frutos semimaduros.
O. P. - So feitas incises nos frutos semimaduros no perodo da tarde, tendo-se o
cuidado de cortar-se horizontalmente o mesmo. Todo o fruto at o aparecimento do ltex, este
fica at o outro dia, o qual colhido e condensado em pes (pes de pio).
C. Q. - Os principais alcaloides apresentam ncleo isoquinolenico ou fenantrenico. Os
principais so: morfina (11 A 17%), codena (0,5 A 3,5%) tebaina (0,1 a 0,6%) de NCLEOS
FENANTRNICOS. Narcotina (4 A 6%) e papaverina (0,1 a 2%) de NCLEOS
ISOQUINOLEINICOS.
Usos: Cada alcaloide apresenta um uso definido, ou seja: MORFINA - analgsico e
sedativo; CODENA - sedativo da tosse; PAPAVERINA - antispasmdico; NARCOTINA combate tosse.
COCA
O. B. - Erythroxylon coca Lamarck
Fam. Eritroxilceas.
O. G. - So nativas e espontneas dos
Andes (Peru e Bolvia). cultivada no s no
continente sul-americano, mas em alguns pases
que oferecem condies ecolgicas idnticas,
94
NOZ VMICA
O. B. - Strychnos nux-vomica L. Fam. Loganiceas.
O. G. - Nativa da ndia, encontrada tambm no Ceilo, Austrlia e Tailndia.
P. U. - Sementes dessecadas.
C. Q. - So componentes de ncleos indlicos ESTRICNINA (1/3 a 1/2 do total de
alcaloides) e BRUCINA.
Usos: Excitante do sistema nervoso central - Usado em certas doenas nervosas com
fenmenos de paralisia. Acelera a passagem de alimentos pelos intestinos, excitando a
contabilidade das tnicas viscerais. Por este motivo utilizado como tnico amargo nas
gastralgias e dispepsias. Estimulante nas astenias e convalescenas.
CURARE
O. B. - Strychnos toxifera Benth, Loganiaceae e Chondodendron tomentosum Ruiz
et Pavon, Fam. Menispermceas.
O. G. - Amazonas (Brasil), Guiana Francesa, Peru, Venezuela, Colmbia.
P. U. - So extratos complexos utilizados por ndios da Amrica do Sul, como veneno
de flechas. Txicos por via parenteral, praticamente incuos por via bucal, produzem a paralisia
muscular.
95
BELADONA
O. B. - Atropa belladona L. Fam. Solanceas
O. G. - Nativo da Europa Central, sia e frica, cultivada
principalmente na Inglaterra, Alemanha, ndia e USA, sendo estes os
principais produtores do mundo.
P. U. - Folhas dessecadas, colhidas no perodo de florao.
C. Q. - Tanto a raiz, caule, flor, fruto e folhas, contm alcaloides de ncleo
TROPNICO, principalmente a L-hiosciamina, ismero racmico da Atropina (90%) e
escopolamina (10%).
MEIMENDRO
O. B. - Hyoscyamus niger L. Fam. Solanceas
O. G. - Nativa da Europa Central, sia e frica, cultivada principalmente no Brasil,
Blgica e Rssia.
P. U. - Folhas dessecadas.
C. Q. - Apresenta alcaloides de ncleo TROPNICO, principalmente a Escopolamina e
hiosciamina.
Usos: Assemelha-se ao da Beladona, apresentando como vantagens ser um sedante
do SNC, logo muito usado em indivduos inquietos e agressivos (provoca uma sensao de
fadiga e sono).
ESTRAMNIO
O. B. - Datura stramonium L. - "Figueira
do Inferno" Fam. Solanceas.
O. G. - Nativa do Mar Cspio e Himalaia,
cultivada principalmente na Amrica do Sul e em
todas as regies do globo.
P. U. - Folhas dessecadas, colhidas no perodo de florao.
C. Q. - Apresenta alcaloides de ncleo TROPNICO, principalmente a Hiosciamina,
Escopolamina e traos de atropina.
97
Usos: Seu uso como medicamento muito restrito, faz-se seu uso mais como veneno,
o qual provoca alucinaes violentas, justificando-se a seu nome de figueira do inferno. Foi
muito utilizado na II Guerra Mundial como o "Soro da Verdade".
98
ALTEIA
O. B. - Althea officinalis L. Fam. Malvceas
O. G. - Europa e USA;
P. U - Raiz, folha e flor.
C. Q. - 30-35% de mucilagem, amido, tanino,
Usos: Emoliente, entra na composio de xaropes e cataplasmas.
MALVA
O. B. - Malva silvestris L. Fam. Malvceas
O. G. - Espanha
P. U. - Folhas
C. Q. - Mucilagem
Usos: Os mesmo da Alteia
IPECA (poaia)
O. B. - Cephaelis ipecacuanha (Brotero) Richard; Uragoga ipecacuanha (Willd)
Daillon; Psycotria ipecacuanha (Muell); Argov. Fam. Rubiceas.
O. G. - Brasil: Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso e Minas Gerais.
P. U. - Razes dessecadas.
C. Q. - Amido, saponsido, tanino e 2,7% de alcaloides de ncleo isoquinolena:
emetina, cefelina, psicotrina.
99
ALCAUZ
O. B. - Glycyrrhiza glabra L. Fam. Leguminosas.
100
O. G. - Espanha e Rssia.
P. U. - rizomas e razes dessecadas.
C. Q. - glicose e sacarose, 5% liquiritina (flavonoide) e 6-10% de saponsidos
triterpnicos.
Principal: GLICIRRICINA (ou cido gliciriznico), com sabor adocicado; seu poder
adoante superior ao da sacarose. Sua genina o cido glicirretnico.
Usos: antiespasmdico, anti-inflamatrio. Expectorante: fluidificam as secrees das
vias areas superiores.
Ainda indicado (ao anti-inflamatria) para o tratamento de lceras estomacais ou
duodenais. Em laboratrios de farmcia utilizado como edulcorante.
EFEDRA
O. B. Ephedra sinica Stapf. , E. equisetina Bungue
Fam. Gnetceas
O. G. - sia e Europa.
P. U. - Partes areas (caule, folha, flor, fruto).
C. Q. - Efedrina e pseudoefedrina.
Usos: Combate hipotenso: rinite alrgica e asma (dilata os brnquios).
LOBLIA
O. B. Lobelia inflata L. Fam. Lobeliaceas.
O. G. - USA e Canad.
P. U. - Sumidades floridas.
C. Q. - Lobelina (ncleo piperidina), lobelidina, lobelanidina.
Usos: Aumenta a frequncia respiratria; suprime a contratura dos msculos
bronquiais; tratamento da asma, dispneia, tosse.
BLSAMO DE TOL
O. B. Myroxylon balsamum (L.) Harms - Toluifera balsamum L. Fam. Leguminosas.
O. G. - Tol, Colmbia.
P. U. - blsamo extrado do tronco das rvores (produto patolgico do vegetal).
C. Q. - Resina: 75-85%, composta de cinamato de toluresinotanol e benzoato de
toluresinotanol; cido benzoico e cinmico livres.
Essncia: 7-8%, composta de benzoato de benzila, felandreno, cinamato de benzila,
cidos cinmico e benzoico.
Usos: expectorante e antissptico das vias respiratrias: inalaes (sinusite),
Perfumaria de sabor e odor em frmulas farmacuticas.
BENJOIM
O. B. Styrax benzoin Dryander; Styrax tonkinensis Craib Fam. Stiracaceas: a 1
espcie "benjoim de Sumatra", a 2 "benjoim do Sio".
O. G. - Java, Sumatra, Tailndia, Tonkim.
P. U. - Resina balsmica extrada do tronco das rvores (produto patolgico).
101
FUNCHO
O. B. - Foeniculum vulgare Miller Fam. Umbelferas.
O. G. - Frana, Espanha.
P. U. - Fruto.
C. Q. - 4,5 a 6% de leo essencial, cuja composio
semelhante a do leo essencial de anis; apenas o teor de anetol menor (50-60%).
Usos: Os mesmos da erva-doce.
103
O. G. - China e Vietn.
C. Q. - 3-8% de leo essencial, cuja composio semelhante do leo de anis.
Usos: os mesmos do anis e funcho.
BOLDO DO CHILE
O. B. Peumus boldus (Molyna) Lyon Fam. Monimiceas.
O. G. Chile e cultivada no Brasil.
P. U. - Folha dessecada.
C. Q. - boldina (alcaloide), boldoglucina (glicosdeo), 2% de leo essencial, que
contm: alfa-pineno, p-cimeno, eugenol, terpineol, cineol (10%) e ascaridol (40%).
Usos: Colagogo/colertico. Estimulante das funes digestivas.
HORTEL DO BRASIL
O. B. Mentha arvensis L. Fam. Labiatas.
O. G. - Japo; largamente aclimatada e cultivada no Brasil
(Paran e So Paulo).
P. U. - Fundamentalmente, folhas e sumidades floridas, que
contm 1% de essncia: estas folhas e sumidades constituem fonte de essncia, que obtida
por destilao com vapor dgua e submetida a uma retirada parcial do mentol, seu principal
componente. Portanto, no comrcio podemos encontrar: folhas e sumidades floridas; leo
essencial ("leo de menta desmentolado", com 40-50% de mentol) e mentol isolado
(cristalizado).
C. Q. - tanino: resina, enzimas, leo essencial.
Essncias: alfa pineno, canfeno, limoneno (hidrocarbonetos terpnicos); furfural
(aldedo), mentona, isomentona, piperitona (cetonas); acetato de mentila (ster) e mentol
(lcool), de 70 a 90%.
104
Usos: Eupptica, carminativa, colertica/colagoga; fonte de leo essencial, que por sua
vez fonte de mentol, um dos principais produtos de exportao do Brasil. O mentol muito
utilizado em indstria, mais ou menos nas propores de 30% em produtos farmacuticos, 20%
em perfumaria (loes para aps-barba, dentifrcios, etc) e 45% na indstria do fumo.
GAR-GAR (gelosa)
Droga obtida de algas vermelhas (Rodofceas), principalmente.
Gelidium cartilagineum Gaillon e G. amansii (Lamouroux) Fam. Gellidiaceas.
O. G. - Mares da China e do Japo.
P. U. - Substncia mucilaginosa, coloidal e hidroflica dessecada, extrada das algas.
C. Q. - 65% de mucilagem denominada gelosa. A gelosa constituda de duas partes:
agarose e agaropectina.
Usos: Frmaco utilizado no tratamento da priso de ventre (laxante) e em microbiologia
entra na composio de numerosos meios de cultura.
RUIBARBO
O. B. Rheum palmatum L. (ruibarbo da China), R.
officinale Baillon (ruibarbo indiano) Fam. Poligonceas.
P. U. Rizomas e razes dessecadas.
C. Q. - 15% de matrias minerais; glucogalina
(tanino) e antraderivados: 2 a 4% de glicosdeos antraquinnicos (principal: rena) e
antraquinonas livres (loe-emodina, crisofanol, fisciona, alizarina).
Usos: Pequenas doses - tnico amargo, excitante das funes digestivas em doses
mdias, laxante em doses elevadas, purgativo.
105
CSCARA SAGRADA
O. B. - Rhamnus purshianus D. C Fam. Ramnceas.
P. U. - Cascas do caule.
O. G. - Originria da costa ocidental das Amricas (norte
dos USA at a Colmbia).
C. Q. - Cascarsidos (a e b), hetersidos antraquinnicos (8%). Derivados
antraquinnicos livres: crisofanol, frngula-emodina, loe-emodina.
Usos: Laxativo: doses elevadas: purgativo.
SENE (sena)
O. B. Cassia acutifolia Delile - Cassia angustifolia Vahl
Fam. Leguminosas.
O. G. - frica e Arbia.
P. U. - Fololos dessecados.
C. Q. - 10-12% matrias minerais, mucilagem, resina, flavonoides e 2-3% de derivados
da antraquinona: antraquinonas livres - rena, crisofanol, loe-emodinal; glicosdeos
antraquinnicos - Sensidos A e B.
Usos: Laxativo/purgativo, dependendo da dose. Em doses purgativas acompanhado
de clicas, e em doses acima das normais pode provocar aborto.
ALOE (aloes)
O. B. - loe perryi Baker, Aloe vera L., Aloe fexox Miller
Fam. Liliceas.
O. G. - frica, ndia, Curaa (Venezuela). No Brasil: Aloe
babosa.
P. U. - suco espesso, concentrado por meio do calor, extrado das folhas.
106
C. Q. - 10 a 20% de resina: derivados da antraquinona - antraquinonas livres: loeemodina, antracensido - Alona (15-30%), isobarbalona.
Usos: Laxante, purgativo ou catrtico: o suco fresco pode ser empregado no
tratamento de queimaduras da pele. Atualmente, principalmente o Aloe vera largamente
consumido nos USA, onde considerada antibitica, adstringente, inibidora da dor, estimulante
na regenerao de tecidos. Contudo, na indstria de cosmticos que encontra sua maior
utilizao.
107
JALAPA
O. B. - Exogonium purga Wind Fam. Convolvulceas: Operculina macrocarpa L.
(Brasil).
O. G. - Mxico.
P. U. - Razes tuberosas.
C. Q. - Resina (15-18%), constituda de convovulsido e jalapsido.
Usos: Laxativo, purgativo, catrtico. Cuidado: 4-5g da resina podem provocar clicas
violentssimas.
IPECA
Emtico
RATNIA
O. B. - Krameria triandra Ruiz et Pavon - ratnia do Peru.
Krameria argentea Martius - ratnia do Brasil (Par) Fam.
Leguminosas.
P. U. Razes dessecadas.
C. Q. - 8-10% de tanino, catquico (cido Krameriatnico).
GALHA
O. B. - Quercus infectoria Oliver Fam. Fagceas
O. G. - sia e Grcia.
P. U. - Excrescncia dos ramos jovens.
C. Q. - 70% de taninos glicos (galitanino).
Usos: Antidiarreico (adstringente).
HAMAMELIS
O. B. - Hamamelis virginiana
L. Fam. Hamamelidceas.
O. G. - Canad e USA (Virginia).
P. U. - Cascas do caule e ramos e folhas.
C. Q. - 7-10% de taninos glicos (hamamelitanino).
Usos: Propriedades hemostticas e adstringentes, tratamento de diarreias, varizes,
hemorroidas, flebites e externamente, cicatrizante.
MALVA
Ao emoliente.
108
MOSTARDA NEGRA
O. B. - Brassica nigra L. - (Sinapsi nigra L.) Fam.
Crucferas.
O. G. - Europa e sia.
P. U. - Sementes dessecadas.
C. Q. - leo fixo (30%), mucilagem (20%), sinigrina (mironato de potssio) e mirosina
(enzima).
Observao: O princpio ativo principal no existe pr-formado na semente e sim no
seu leo essencial. Para sua obteno necessrio:
1) expresso da semente (retirada do leo fixo);
2) a massa resultante submetida fermentao (ao da enzima mirosina sobre o
mironato de potssio produz o isotiocianato de alila, que o principal componente do leo
essencial);
3) destilao com vapor de gua, isolando-se do leo essencial o seu principal
componente.
Usos: Poder rubefaciente e ao antiflogstica.
TEREBENTINA
O. B. - Pinus palustris e outros Fam. Pinceas.
O. G. USA e Europa.
P. U. - leo-resina extrado das cascas dos troncos.
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C. Q. - Resina (breu ou colofnia) - 70-85%; leo essencial 15-30%, que contm alfa
pipeno (63%) e beta pipeno.
Essncia: denominada aguarrs.
Usos: rubefaciente; antiflogstica.
BLSAMO DO PERU
O. B. - Myroxylon pereirae (Royle) Klotsch = Toluifera pereirae Fam. Leguminosas.
110
O. G. - El Salvador.
P. U. - Blsamo extrado do tronco das rvores; produto patolgico.
C. Q. - Resina 25-30%, contendo: peruresinotanol, cidos cinmico, benzoico,
cinamato e benzoato de peruresinotanol. leo essencial 60-65%, contendo cinamato e benzoato
de benzila, peruviol, neurolidol, vanilina.
Usos: Parasiticida (sarna), antissptico, antiflogstico.
111
CLCHICO
O. B. - Colchicum autumnale; L. Fam. Liliceas
O. G. - Europa (regio sul).
P. U. - Sementes dessecadas.
C. Q. - leo fixo (8%), acares, protenas (20%), resina e 0,6-1,2% de um alcaloide
denominado colchicina.
Usos: Antigotoso: combate as dores e inchao das articulaes na gota; indicado ainda
como relaxante muscular. A colchicina tem ao antimittica (impede a diviso celular)
comprovada. Em razo disso utilizada como antitumoral. Contudo, a dose antitumoral se
aproxima da dose letal, em razo de sua toxicidade. Esto sendo investigadas modificaes na
estrutura qumica da colchicina, buscando-se compostos atxicos ou pouco txicos que tenham
ao antitumoral (demecolcina, tiocolchiram).
PODFILO
O. B. - Podophyllum peltatum L. Fam. Berberidceas.
O. G. - USA e Japo.
P. U. - Rizomas dessecados.
C. Q. - resina denominada podofilina, cujo componente principal a podofilotoxina.
Usos: laxante/purgativo e empregado para o tratamento de certas neoplasias da pele.
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VINCA
O. B. Catharantus roseus G. Don (Vinca rosea L.) Fam.
Apocinceas.
O. G. ndia, Vietn, Amrica Tropical.
P. U. Folhas.
C. Q. - Alcaloides indlicos, vincaleucoblastina (vinblastina), vincritina, vinleurosina e
outros, em quantidades muito pequenas (para se obter 1g de alcaloides so necessrios 500
quilos de folhas).
Usos: Indicados (os alcaloides) para o tratamento de leucemias.
TAXUS
O. B. Taxus baccata L. e Taxus brevifolia Nutt. Fam. Taxceas.
O. G. Nativa na Europa e sia Menor, aclimatada e plantada com fins de produo
principalmente no Canad.
P. U. Cascas do Lenho.
C. Q. Derivados do paclitaxel (Taxol), isolado por Wani e col. em 1971; Blechert e
Gunard, 1990 e Corra 1995. Devido baixa concentrao de princpios ativos (100 a 300
mg/Kg) de pacitaxel, procurou-se isolar o componente nas folhas. A espcie tem um tempo de
crescimento que leva de 60 a 100 anos, o que torna praticamente impossvel us-la como fonte
de obteno. Atualmente parte-se para a sntese do mesmo.
Atravs da rotina de sntese obteve-se um novo componente importante: o docetaxel
(Taxotere).
Usos: Especfico para cncer de ovrio, refratrio a uso de quimioterpicos.
113
IPECA
Tratamento da amebase.
114
QUINA
O. B. - Cinchona succirubra Pavon (quina vermelha); Cinchona calisaya Wedd
(quina amarela) Fam. Rubiceas.
P. U. Cascas do caule dessecadas.
O. G. Peru, Bolvia e Equador.
C. Q. - cidos qunico e quinotnico; 5% de alcaloides de ncleo quinolina-quinina,
quinidina, cinchonina, cinchonidina (so os principais).
Usos: Propriedades febrfugas; empregado no tratamento da malria (efeito sobre as
formas eritrocitrias). Devido seu sabor amargo, tem ao aperiente e digestiva. A Quinidina
empregada como antiarrtmico e antifibrilante.
(*) O. B. = Origem botnica; O. G. = Origem geogrfica; P. U. = Parte usada; C. Q.
= Componentes qumicos.
Antifngicos
Antifngicos naturais
Griseofulvina
cido Undecilnico
um derivado obtido do leo de rcino por hidrlise, que tem uma ao marcada sobre
as infeces fungicidas da pele, tais como p-de-atleta e tinhas, na forma de solues de 20 a
25%, cremes, pomada e ps. O tratamento sempre prolongado, devendo durar de duas
semanas a um ms para evitar-se a recidiva, mas logo observado um alvio sintomtico em
poucos dias. No comrcio encontramos formas farmacuticas com o nome Desenex ou
Cruex.
Polienos
116
Antibiticos ou Bactericidas
117
Trata-se de um captulo parte, que deve ser visto com maiores detalhes, em que se
estuda as vrias cepas de obteno de inmeros antibiticos.
24 PLANTAS TXICAS
1 Intoxicao aguda: provocada quase sempre por ingesto acidental de uma planta,
muitas vezes por parte dos vegetais. Isso ocorre geralmente com crianas.
2 Intoxicao crnica: com a consequente ingesto continuada, acidental ou
proposital dos vegetais txicos. Estes acidentes geralmente so muito graves, ocasionando
leses no fgado. Citam-se exemplos de crianas que mastigam certas sementes, como a
mamona.
3 Exposio contnua: esta se manifesta pelo contato direto e sistemtico com
vegetais, caso caracterstico das pessoas que tm atividades industriais ou agrcolas.
4 Utilizao continuada: certos vegetais, tanto na forma de ps para inalaes, fumos
ou infuses, querendo ou no efeitos alucingenos.
118
119
2 Conhec-las pelo nome popular e pelo seu aspecto;
3 No devemos comer qualquer planta que no conhecemos tais como, cogumelos,
Trata-se de noes apenas. Nunca tentar qualquer dos tratamentos citados, pois isto
de exclusividade mdica. Qualquer acidente de intoxicao por vegetal deve ser seguido de
regras bsicas:
1 Retirar o acidentado do ambiente que sofreu a intoxicao e lev-lo para um
ambiente mais arejado;
2 Eliminar o vegetal que provocou o acidente;
3 Administrar um antdoto;
4 Tratamento geral e sintomtico.
120
Protenas txicas: Aparecem principalmente nos vegetais que segregam ltex. Neste
grupo encontramos as espcies, um grande gnero, as Euphorbiaceas, entre elas a Asclepia
curassavica (erva-de-rato), Euphorbia pulcherrima (rabo-de-arara ou bico-de-papagaio),
Euphorbia milii (coroa-de-cristo ou cocho-de-noiva), Euphorbia gymnoclada (avels ou cegaolho). Estes, quando em contato com a pele, podem provocar queimaduras, quando levado ao
olho geralmente provocam leses de crnea, dando assim o nome popular de cega-olho.
121
pode provocar cncer de pele. Atualmente os cientistas trabalham com ela para produzir
medicamentos para o tratamento desse tipo de cncer. Apresenta uma resina que chamada de
fitotoxina, mas tambm no o responsvel pela ao irritante. A mastigao e ingesto destas
plantas provoca uma grave irritao na mucosa oral, aparecendo leso irritativa nos lbios e
lngua.
O contato do ltex com os olhos mesmo quando manuseado ao fazer as podas,
dependendo da quantidade, pode ocasionar uma simples conjuntivite at a perda total da viso.
Encontramos ainda uma planta muito comum entre ns, a Ricinus comunis (mamona). Ao v-la
no passa de um planta comum nos terrenos abandonados, mas o perigo que as crianas
correm no percebido. As suas sementes quando mastigadas liberam uma substncia
chamada ricina, que provoca grave irritao gastrintestinal, na qual aparecem somente aps
algumas horas aps a ingesto, provocando vmitos intensos, seguidos de diarreia
mucossanguinolenta.
S para termos uma ideia da ao txica da substncia ricina, quando extrada e
purificada, uma quantidade mnima inalada pode provocar a morte. Atualmente ocorreram nos
Estados Unidos tentativas de contaminao de pessoas pela substncia. Existem ainda mais
duas espcies de vegetal txico que no pertence famlia Euforbiceas, ou seja, Jatropha
curcas (pinho-paraguaio), apresentando frutos de colorao verde muito atrativa para as
crianas. Contm trs sementes oleaginosas, que provocam uma diarreia intensa, podendo levar
morte. A substncia que causa a intoxicao a curcina e sua ao semelhante da ricina,
logo se deve tomar os mesmos cuidados.
Outro vegetal o Abrus precatorius (olho-de-cabra, tambm chamado de olho-depomba). So sementes muito usadas na confeco de pulseiras e colares, pois de colorao
vermelha e preta, logo muito vistoso, atraindo as crianas para mastig-las ou simplesmente
coloc-las na boca. A substncia que provoca a intoxicao a abrina, que causa gastrenterites
com diarreia sanguinolenta e vmitos tambm com sangue, pois destri a mucosa do estmago.
122
provocou inmeros acidentes, quase sempre mortais, durante a 2 Guerra Mundial. Como se
sabe os alemes comiam muita batata, passando aos prisioneiros as cascas; estes,
esfomeados, as comiam, provocando terrveis clicas e diarreias incontrolveis. Como no eram
tratados, morriam de desidratao. Isso porque nestes casos seriam necessrias aplicaes de
antiestamnicos, pois outro tipo de medicamento como os antidiarreicos comuns no funcionam.
Outros vegetais da mesma famlia, como a Solanum aculeatissimo (arrebentacavalo), tambm conhecido em alguns estados brasileiros como ma-do-diabo. Devido sua
grande ao txica recebeu este nome, pois eram muito comuns animais como cavalo com-las,
provocando a sua morte. E ma-do-diabo por apresentarem frutos de colorao amarelo
avermelhado, atraindo com frequncia animais e crianas.
A intoxicao provocada pela solanina, que apresenta o mesmo sintoma da espcie
Solanum tuberosum acima citada. Uma espcie bem caracterstica a Solanum
pseudocapsicum (ju). Aqui o problema bem maior, pois temos espcies comestveis, caso
do ju-mano e o ju-bravo, que altamente txico. Como diferencia-los muito difcil, ambas
so idnticas. A nica diferena que pode ser notada que o ju-mano amadurece mais
facilmente que o bravo, apresentando uma colorao verde com manchas brancas. Por
precauo, no com-los em hiptese nenhuma. Ambos possuem uma substncia chamada
solanocapsina, que pode matar por parada cardaca, alm dos mesmos problemas causados
pelas espcies anteriores, mas s que estes so acidentes mortais.
Saponinas: Saponina nome de uma substncia que dificilmente absorvida pelo
organismo. Quando ingerida provoca irritao na mucosa gstrica, vmitos sanguinolentos e, se
passarem para a circulao, causa hemlise sangunea, aparecendo em alguns vegetais. A
espcie mais comum a Sapindus saponaria (saboeira ou sabo- de-soldado), que foi por
muito tempo usada para pesca pelo seu efeito ictiotxico, ou seja, de matar peixes, empregada
tambm para lavar roupa, pois quando esfregada em gua provoca o aparecimento de espuma,
da seu nome sapos (do grego) = sabo.
Outra espcie bem comum a Hedera helix (hera-trepadeira), aparecendo como
proteo em muros. Particularmente o fruto e as folhas apresentam tambm saponina, que
tambm provocam acidentes. Tambm h a Bucha (Luffa cylindrica Roem.), aquela usada
para tomar banho. As suas sementes verdes ou secas tambm contm saponina, que pode
ocasionar os mesmos acidentes, ou seja, altamente hemoltica. Antigamente se usava para
matar peixes, pois as saponinas impedem a troca de oxignio pelas guelras dos animais. A irm
123
124
arrebentam e colocam em contato com a pele substncias irritantes. O caso mais comum o da
Urtiga dioica (urtiga brava), que apresentam em suas folhas pelos glandulares cheios de cido
frmico (cido das formigas), onde em contato com os pelos arrebentam, liberando assim o
cido na pele, provocando queimaduras irritativas que podem levar a infeces secundrias,
sendo s vezes necessrio tratamento mdico dependendo da extenso da leso provocada.
Outros exemplos so as cascas do limo e laranja, que quando espremidos liberam na
pele um leo que possui componentes como o bercapteno, que produzem queimaduras na pele,
principalmente quando tomamos sol na regio que se encontra o leo. Para estes acidentes
aconselhamos no lav-los com gua e sabo, mas com leo, que pode ser at o de cozinha,
pois estes no so insolveis em gua, mas em leos.
Algumas espcies de crisntemos, muito comuns em floriculturas, apresentam tambm
em suas folhas e galhos substncias irritantes. Logo, devemos ter muito cuidado ao pegarmos
um vaso com estas flores sem sabermos a espcie que estamos comprando. Existe ainda outra
espcie ornamental que pode causar os mesmos problemas, como o caso das Prmulas.
Existe no mundo cerca de 150 espcies desta planta, uma delas, a Prmula obconica (no
apresenta nome popular, so conhecidas apenas por prmulas), a mais comum.
Mesmo as da famlia Euforbiceas, o seu ltex em contato com a pele provoca
queimaduras com leses que podem ocasionar infeces secundrias. O caso mais comum de
irritao o Dieffenbachia picta (comigo-ningum-pode), planta comum nas casas,
ornamentando no s os jardins, mas tambm o interior delas. Tanto as folhas como o caule
deste vegetal apresenta dentro dele pequenos cristais em forma de agulhas de oxalato de clcio.
to pequeno que s nos permitido v-los ao microscpio. Quando um animal ou homem,
principalmente criana, morde qualquer destas partes do vegetal os microcristais entram na
mucosa (boca e garganta), provocam uma irritao terrvel, estes incham e comeam a bloquear
a respirao. Neste caso, o tratamento deve ser imediato e feito por mdico.
Existem outros vegetais da mesma famlia, caso tpico das Arceas, tambm
chamadas de jiboias, muito comum em vasos, com gua apenas em nossas casas. Elas
apresentam tambm o oxalato de clcio e podem ocasionar os mesmos acidentes. Outra planta
muito comum em nossos jardins o chamado copo-de-leite, aquelas que apresentam flores
antigamente brancas e hoje com cores variadas. Tambm possui no seu interior os cristais
aciculares de oxalato de clcio, provocando os mesmos acidentes do comigo-ningum-pode.
125
Devido a isso, estas plantas no so recomendadas, tanto nos jardins pblicos como dentro de
casa.
s vezes, por mais comum que seja o vegetal, no notamos que pode ser causador de
acidentes. Vejamos o caso do caju, Anacardium occidentale L. Esclarecemos que um
pseudofruto, pois o que comemos nada mais que o pednculo (cabinho onde prende o fruto ao
caule) e a semente leva o nome de castanha (castanha-de-caju), que quando no submetida a
um processo de torreificao apresenta uma substncia oleosa chamada cardol, que em contato
com a pele provoca queimaduras terrveis. Antigamente foi muito usada para a marcao de
escravos, devido s leses que provocava na pele e no podiam ser removidas.
Sensibilizao alrgica: O histrico de hipersensibilidades provocada por vegetal
muito antiga. Muitas pessoas tm uma sensibilidade alrgica parte de vegetais, o mais comum
o poln das flores. Muitas vezes aparecem os problemas com folhas. Em muitos casos
provocados por poln podem aparecer leses eczematosas, pois alguns apresentam uma
substncia resinosa que adere pele, provocando estas leses.
Estes acidentes so provocados geralmente quando cheiramos uma flor ou dormimos
em um travesseiro de vegetais. Existem alguns vegetais que podem provocar estes acidentes
somente quando passamos por debaixo deles. O caso mais comum o da Shinus molle
(aroeira) ou Shinus terembentipholium (aroeira perfumada). O seu polm chamado de pde-mico e ocasiona acidentes com coceiras, pois este irritativo pele.
Existem ainda algumas madeiras que provocam alergia, caso comum da
Aspidiospermum peroba (peroba-rosa), que em certas pessoas tambm ocasionam coceiras e
irritao dos olhos. Outra muito comum a Machaerium scleroxylon (cavina vermelha), cujas
madeiras so utilizadas na fabricao de mveis e tacos para assoalhos. Estas possuem um
leo resina muito irritante, a qual provoca tambm dermatites. Este problema muito comum em
pessoas que trabalham na confeco de mveis e tacos, isto devido exposio contnua no
trabalho dirio realizado.
Fotossensibilisao: Alguns vegetais apresentam como componentes qumicos o que
chamamos de furocumarinas ou furanocumarinas, muito conhecidas hoje por serem
substncias que partimos para a obteno de medicamentos utilizados no tratamento do vitiligo,
os psoralenos. Os vegetais mais comuns que podem provocar estes acidentes so: Citrus
126
bergamia (tangerina bergamota), Ruta graveolens (arruda) e Fcus carica (figo). Este ltimo
ocasionou inmeros acidentes quando suas folhas foram incorporadas a bronzeadores.
Alergias respiratrias provocadas por vegetais: So processos provocados por
alrgenos (substncias que provocam alergia). Isto muito comum em cidades que tm
indstrias que fabricam leo comestvel ou industrial. Algumas cidades do estado de So Paulo
possuem indstrias que produzem leo de mamona, que na sua purificao elimina-se a
substncia txica, jogando-a no ar, e que quando inaladas por algumas pessoas provocam
127
propriedades txicas
do
vegetal so
simples contato da flor com a boca, ou mesmo colocar a folha na boca, pode causar intoxicao.
Isto devido a duas substncias conhecidas com o nome de neandrina e oleandrina. Atualmente
isolou-se outra substncia chamada rosagenina, extrada da casca do vegetal, que tem ao
txica semelhante estricnina.
Os acidentes evoluem em fases muito dolorosas. Assim, vejamos: manifestaes
gastrintestinais, incluindo nuseas, vmitos, clicas abdominais, evacuaes diarreicas
mucossanguinolentas. Aps aparecem os distrbios neurolgicos precedendo os cardiolgicos,
com tonturas, alteraes do equilbrio, sonolncia, torpor e coma, vindo o intoxicado a morrer por
parada cardaca.
128
(Manihot utilssima Pohl), da mesma espcie da comestvel. O seu plantio feito nica e
exclusivamente para a obteno de farinha, pois produz um nmero maior de razes e de
tamanho maior que a normal. Apresenta como componente de intoxicao o cido ciandrico,
ou seja, o mesmo usado nas cmaras de gs de prises americanas para a execuo da pena
de morte para os condenados.
Como se trata de um cido que destrudo com facilidade, quando a mandioca
torrada ele desaparece, logo a farinha que consumimos no apresenta esta substncia. O perigo
corre quem come a mandioca apenas com o cozimento ou crua. A diferenciao feita atravs
das folhas, que se apresenta em forma palmada (forma de mo), com cinco fololos. A mandioca
mansa apresenta sete fololos, a sua raiz externa, branca e lisa, enquanto a outra rugosa e
tem colorao de terra.
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onde estes devem introduzir o seu pnis. Para as meninas estas formigas so colocadas em
uma esteira e levada ao encontro dos seus seios. O mais crtico: no devem gritar e nem
reclamar da dor provocada pelas ferroadas das formigas.
Os pais, para que seus filhos no o faam, usam de um artefato comum na tribo: as
sementes do paric, que so pulverizadas e colocadas nas narinas e no nus de seus filhos
atravs de canela de Ema (ave brasileira). Este trabalho comea no dia anterior festa. No dia
seguinte todos eles encontram-se dopados por uma substncia chamada bufotenina, tambm
encontrada nos sapos (Buffo marinus), da o seu nome. Esclarecemos ainda que esta
substncia que tambm aparece no sapo principalmente na cabea e em umas bolsas
especiais , apresenta efeito paralisante nos animais quando mordem o mesmo, isto um meio
de defesa do animal.
Existe ainda outra espcie do mesmo gnero, a Pitadenia macrocarpa Bentham, na
qual suas sementes trituradas produzem um rap alucingeno, muito usado pelos pags em
seus rituais de cura. No conhecemos o nome popular, somente o indgena, ou seja, kurupa. O
efeito alucingeno das duas espcies pode variar de pessoa para pessoa, mas quando acaba o
seu efeito geralmente ocasiona cefaleia (dor de cabea), tontura, fala trmula e perda da viso.
Podemos dizer que seu efeito um grande bloqueador dos impulsos de dor, logo no
sentiro nada e s vezes tornarem-se agressivos, podendo at matar sem saber o que esto
fazendo. No sabemos qual a substncia que provoca a intoxicao, possivelmente seja a
bufotenina.
131
CAAPI Banisteria caapi (Spruce) Morton. uma planta encontrada desde o Mxico
at a Argentina, mas ficou muito conhecida em nosso pas pela bebida tomada por muitos
artistas em rituais religiosos, sendo esta associada jurema branca. A preparao envolvia todo
um ritual mstico, desde a colheita dos vegetais at sua preparao. O nome Santo Daime vem
da hora do consumo da bebida, pois todos ao tomarem diziam em voz alta: Santos, dai-me
fora... Santo, dai-me paz, Santo, dai-me luz, por isso o nome do ch muito famoso.
A intoxicao provoca vises coloridas, principalmente azuis, por isso tambm
conhecido como yag = sonho azul. A substncia que provoca alucinaes a harmina e
harmalina. Estas substncias chamadas de alcaloide podem estar presentes em folhas de
alguns maracujs. Logo, muito cuidado ao tomar ch feito com folhas de maracuj no
identificado, pois o principio ativo calmante est nas folhas e no nas sementes.
TROMBETEIRA = SAIA BRANCA. Datura suaveolens L.
Arbusto muito conhecido no Estado de So Paulo, aparecendo em muitas
casas como planta ornamental, mas uma das plantas que maiores
intoxicaes causa em nossas crianas, pois essas sempre gostam de
brincar com suas folhas, que como o prprio nome diz parece uma
trombeta, e o simples ato de colorarem as flores na boca pode causar
intoxicaes que sempre vem acompanhada de alucinaes, provocada
por uma substncia chamada de escopolamina.
Outra substncia que apesar de existir em pequena quantidade leva ao diagnstico da
intoxicao, provocando midrase (dilatao da pupila), a atropina, que por muito tempo foi
usada pelos oftalmololgistas para dilatar a pupila dos pacientes, para que fosse possvel fazer
um exame detalhado do fundo do olho. Hoje se usam derivados sintticos da substncia.
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erva-dos-mgicos
erva-dos-feiticeiros.
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quando o indivduo passa a injetar nas veias a droga, neste caso o retorno a uma vida normal
trabalhoso e problemtico.
Uma pergunta sempre nos feita: os refrigerantes com nome derivado de coca
apresentam cocana? Esclarecemos que inicialmente este foi feito como remdio para as
debilidades e cansao, apresentando em sua composio os derivados de coca. Com a venda
da frmula para a indstria de refrigerantes esta passou a ter em sua composio mais um
componente, a noz de cola, semente africana muito usada em rituais religiosos, que deu
frmula uma colorao marrom, quase negra, pois inicialmente esta se apresentava branca
esverdeada.
Logo, se tinha na frmula dois componentes altamente potentes para os casos de
debilidade, ou seja, a cocana das folhas de coca e a cafena das sementes de noz de cola. Hoje
no permitida em hiptese alguma este componente em refrigerantes. Os refrigerantes
derivados do nome coca apresentam esta colorao pela adio de caramelo.
134
com a semente para seus filhos dormirem e no as incomodarem. A substncia que provoca
alucinaes a miristicina, que tem ao semelhante mescalina (aquela do peyote).
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25
MEDICINAIS
FRMULA - 1
Cnfora......................................................................................4 g.
Extrato seco de estramnio.......................................................20 g.
Extrato seco de beladona......................................................... 20 g.
Salicilato de metilo.....................................................................12g.
Mentol........................................................................................4 g.
leo mineral.................q.s.p...................................................200 g.
FRMULA - 2
Extrato seco de Boldo .......................................................... 25 mg.
Extrato seco de Alcachofra .................................................. 20 mg.
Extrato seco de Cardo Santo................................................. 20 mg.
Extrato seco de Arnica.......................................................... 20 mg.
Extrato seco de alcauz ........................................................15 mg.
Excipiente.......................q.s.p.............................................250 mg.
Colagogo, colertico e diurtico.
Tomar trs cpsulas ao dia, preferencialmente aps as refeies.
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FRMULA - 3
Tintura de Hortel....................................................................35 mL.
Tintura de Camomila................................................................25 mL.
Tintura de Mil Ramas...............................................................15 mL.
Tintura de Badiana...................................................................25 mL.
Excipiente..............................q.s.p.........................................200 mL.
Antiespasmdico de musculatura com ao leve. Tomar 40 gotas durante os perodos dolorosos.
Indicado tambm em clicas menstruais.
FRMULA 4
Tintura de Cabelo de Milho....................................................50 mL.
Tintura de abacate............................................................... 35 mL.
Tintura de Hortel................................................................ 15 mL.
Excipiente...............................q.s.p.................................... 200 mL.
Diurtico e antissptico das vias urinrias. Tomar 40 gotas trs vezes ao dia.
FRMULA - 5
Extrato seco de Fucus........................................................ 25 mg.
Spirulina............................................................................ 200 mg.
Goma Guar....................................................................... 275 mg.
Auxiliar no tratamento emagrecedor e associado a um laxante brando. Um suplemento proteico
e a goma iro absorver toda gordura e acar. Tomar uma cpsula 30 minutos antes das
refeies. Esta frmula na Europa preconizada para uso.
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FRMULA 6
Tintura de Tussilago............................................................ 20 mL.
leo essencial de E. globulus.............................................. 0,2 mL.
Tintura de Sabugueiro.......................................................... 20 mL.
Tintura de Hortel.................................................................15 mL.
Tintura de Tomilho................................................................15 mL.
Xarope...........................q.s.p..............................................150 mL.
Excelente xarope para tosse, tambm emoliente da mucosidade das vias respiratrias.
Dose adulta: uma colher de sopa trs vezes ao dia.
Dose infantil: uma colher de ch trs vezes ao dia.
FRMULA 7
Tintura de Valeriana............................................................ 16 mL.
Tintura de Tussilago............................................................ 16 mL.
Tintura de Altea....................................................................20 mL.
Tintura de Pulmonria...........................................................16 mL.
Tintura de Melissa................................................................ 16 mL.
Xarope..............................q.s.p.......................................... 150 mL.
Uma modificao do xarope acima, com vantagem de ser tambm um sedativo leve, mas
desaconselhvel para crianas. A dose a mesma.
FRMULA 8
Tintura de Melissa.............................................................. 16 mL.
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FRMULA 10
Extrato seco de fucus......................................................... 45 mg.
Spirulina..............................................................................45 mL.
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FRMULA 11
Extrato seco de Arnica.......................................................150 mg.
Salicilato de metilo........... .................................................150 mg.
Mentol.................................................................................35 mg.
Pomada simples..............q.s.p.............................................15 g.
Outro linimento de ao sobre a musculatura, entorses e contuses.
No foram colocadas frmulas com Hiprico, Kawa Kawa, Equincea e outros vegetais
que ainda esto em estudo, pois requerem certo cuidado nas preparaes, por apresentarem
alguns componentes considerados txicos ao sistema heptico. Mas para fins de curiosidade
abaixo esto algumas frmulas, porm, mas no se sabe se podero ser desenvolvidas em
farmcias de manipulao, pelo menos por enquanto:
Existem frmulas faclimas de manipular, como:
Xarope de Alcauz: pode ser preparado com 10% de extrato fluido de alcauz em
xarope simples. Basta adicionar conservante. Pode ser substitudo o xarope simples por sorbitol
para uso em diabticos. Excelente antissptico das vias respiratrias.
Xarope de Ameixa: tambm preparado a 10% de extrato fluido de ameixa em xarope
simples. Adicionar tambm conservante. Excelente laxante leve.
Xarope de Chicrea: preparado a 10% de extrato fluido de chicrea. Excelente para
as clicas provocadas por gases intestinais.
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Existe ainda uma preparao rpida excelente para rachaduras dos ps e mos, feita
com cnfora a 10% em glicerina. Esfregar as partes afetadas trs vezes ao dia.
141
Homeopatia
142
Como se sabe os seus princpios baseiam-se na semelhante cura semelhante, ou
seja, a doena deve ser tratada como uma substncia capaz de produzir sintomas comuns aos
que o paciente apresenta. O mdico grego Hipcrates considerado o precursor deste principio,
pois considerava a cura das doenas pelas foras naturais e no influncia divina. Ele tinha
como base observar atentamente o paciente e seus sintomas para chegar a um diagnstico.
Acreditava que para a escolha do medicamento adequado era preciso estimul-lo.
Hipcrates tinha uma coleo de centenas de medicamentos, entre um deles o que
melhor caracteriza este princpio a raiz do Heloboro branco (Veratrum album) usado no
tratamento da clera. Em grandes doses extremamente venenosa, pois provoca evacuaes
violentas, levando desidratao grave, sintoma semelhante aos da clera. Porm, a maioria
dos tratamentos atuais baseia-se na Lei dos Contrrios, que afirma que devem tratar as
enfermidades com substncias que produzem os sintomas opostos numa pessoa saudvel.
Tratar a diarreia com uma substncia como o hidrxido de alumnio, que provoca priso de
ventre, um exemplo de tratamento que segue os princpios da Lei dos Contrrios.
Theophrastus Bombastus von Hohenheim, que adotou o nome de Paracelsus, em
homenagem a Celsus e tambm indicando que havia ultrapassado o grau de intelilgncia deste,
criou um sistema novo na medicina da poca, o Princpio das Assianturas. O exemplo mais
comum era da Celidnia (Chelidonium majus), usado no tratamento do fgado e vescula,
porque este apresentava um suco de colorao amarela semelhante blis. Este tambm
acreditava que substncias venenosas que causavam doenas poderiam cur-las, em pequenas
doses, e que os mdicos deveriam levar em considerao a capacidade do corpo humano curarse. Este foi o primeiro prncipio do semelhante cura semelhante. Este fato levou a um
descrdito nos seus colegas, mas somente foi reconhecido 300 anos depois, com o
aparecimento da Homeopatia.
143
Suas provas eram realizadas sob um rigor extremo, no permitindo ele que as pessoas
submetidas aos testes no comessem ou bebessem nada que pudesse confundir os testes, tais
como lcool, ch, caf ou alimentos salgados ou condimentados. Ele descobriu que as reaes
eram as mais variadas possveis, algumas reagiam suavemente s substncias testadas e
outras tinham reaes vigorosas. Dividiu ento em trs linhas, a primeira mais frequente e
relativo a cada substncia, chamamos de primeira linha; os de segunda linha eram menos
comuns; e os de terceira linha eram raras. A combinao dos sintomas chamos de perfil da
droga.
144
Hahnemann continuou a realizar suas experincias e provas, testando uma grande
quantidade de fontes naturais. Com isso ele havia redescoberto o princpio da Homeopatia
semelhante cura semelhante. Sua obra estabeleceu novas bases para a terapia em medicina.
Esta modalidade hoje aceita em quase todos pases do mundo, aplicando-se principalmente
em atendimento de sade pblica. No Brasil foi implantado em alguns postos de sade, para um
atendimento de custo mais barato. A Homeopatia atualmente utiliza em suas formulaes
aproximadamente 900 espcies vegetais.
Aromaterapia
Como o prprio nome bem diz, o tratamento usando leos essenciais como princpio
medicamentoso. Os leos essenciais apareceram inicialmente no Egito, considerado o bero da
medicina, perfumaria e farmcia, h mais de 6.000 mil anos. As plantas aromticas vinham de
todas as partes do mundo, carregadas por caravanas ou embarcaes. O Cedro vinha do
Lbano, Rosas da Sria, Mirra, Canela e Cravo da Babilnia, Etipia, Somlia, Prsia e ndia.
Todas as preparaes eram supervisionadas por sacerdotes, as quais eram feitas em templos,
onde se liam as frmulas e entoavam cnticos.
Estas preparaes podiam durar dias ou mesmo meses, at atingir a fragrncia
desejada, para a utilizao em cerimnias. Estes no eram s usados em cerimnias
ritualsticas, mas tinham tambm a preocupao com a sade e higiene e conheciam tambm o
uso para o corpo e a psique. Muitos destes eram usados tanto pela sua qualidade de fragrncia
quanto por seu poder de cura. Havia na poca uma fragrncia "KEPHI", por exemplo, que era
usada tanto como antissptico, balsmico e tranquilizante como perfume.
Alquimia
145
operaes realizadas pelo adepto simbolizavam os processos que aconteciam dentro dele. A
destilao era o smbolo da purificao e a concentrao das foras espirituais.
Segundo teoria dos alquimistas da poca, tudo na natureza, desde a areia as pedras
at as plantas e as pessoas, era feito de um corpo fsico, uma alma e um esprito. De acordo
com o princpio bsico solve e coagula (dissolve e coagula), a arte consistia em dissolver o
corpo fsico e condensar a alma e o esprito. Continha todo o poder curativo, extraindo assim a
sua QUINTESSNCIA. O material era destilado diversas vezes com a finalidade de remover
todas as impurezas e os produtos finais eram remdios poderosssimos.
Com expanso dessa arte misteriosa, aumentou-se o nmero de substncias tratadas
para a extrao das essncias. Essas QUINTESSNCIAS eram bases da maioria dos remdios
e durante sculos os leos essenciais foram os nicos meios de combater as doenas
epidmicas.
146
organismos se adaptam aos antibiticos com mais rapidez do que o homem, tornando-os
ineficazes e perigosos para o homem. Os corticoides tm efeitos colaterais terrveis. Sonferos,
antidepressivos e anfetaminas causam dependncia. No incio deste sculo alguns cientistas
acharam por bem buscar no antigo conhecimento acumulado atravs dos tempos. Neste
desenvolvimento R. M. GATTEFOSSE criou a AROMATERAPIA, tendo esta evoluda a ponto de
mdicos NATUROPATAS usarem nica e exclusivamente leos essenciais em tratamentos de
doenas comuns.
147
Como Usar os leos Essenciais
Uso Interno
Os leos podem ser ingeridos sem diluio prvia, misturados a um pouco de acar
ou mel. Neste caso, extremamente importante usar doses exatas. Qualquer leo pode ser
perigoso em doses elevadas; os mais txicos, em ordem decrescente, so: Arruda, Tuia,
Artemsia, Hissopo, Anis e Funcho. De um modo geral, para todo leo usado internamente a
dose mxima deve ser cinco gotas trs vezes por dia. Para uso interno mais flexvel e
conveniente, os leos essenciais podem ser diludos em lcool etlico (ou leo de amndoa doce
para crianas e pessoas que no toleram lcool).
Procedimento: Misture 7 g de leo essencial em 110 ml de lcool etlico 90%. A dose
mdia de 25 gotas trs vezes por dia, ingerida num copo de gua morna ou em ch de ervas,
entre as refeies. Dose mxima de 150 gotas por dia.
Mel aromtico
Uso externo
Massagens
148
sentido, funcionam como implantes naturais. Graas sua ao prolongada, ampliam os efeitos
da massagem propriamente dita. A cura pelas mos e a massagem so provavelmente as mais
antigas artes de cura.
A massagem muito mais do que uma manipulao de tecidos. uma forma de
comunicao direta entre o massagista e o paciente onde as mos so receptores
extremamente sensveis. Durante a massagem, as mos descobrem a geografia interna do
corpo, revelando tenses, pontos doloridos, dores escondidas, pontos sensveis, regies
congestionadas e inchadas e, deste modo, fazem grandes descobertas sobre o paciente. por
isso que, a fim de proporcionar todos os benefcios da massagem, preciso que o massagista
esteja num estado de esprito aberto, compreensivo e solidrio.
Sempre use leos bsicos extrados por presso a frio. O leo de amndoa doce o
mais comum. Apesar de novos no mercado, principalmente americano, os leos de semente de
uva e colza vm ganhando popularidade entre os terapeutas e cosmetologistas que trabalham
com massagem.
Para pele seca: use leo de amndoa doce, manteiga de cacau, oliva,
palmeira ou amendoim.
Para pele oleosa: use leo de linhaa, soja, nozes e castanhas das
uva.
mais variadas espcies.
149
pimenta e sndalo.
leo para aliviar a dor: Btula, alecrim, lavanda, tomilho, pinheiro e camomila.
leo para massagem tnica: Limo, hortel pimenta, poejo, slvia e organo.
Banhos Aromticos
150
151
qualquer preparado para a pele. Finalmente, num vaporizador, a gua destilada de (rosa, slvia,
alecrim, lavanda, cipreste, etc) serve de excelente tnico facial, que refresca e adstringe.
Banho de Vapor
Coloque de 5 a 15 gotas de leo numa bacia de gua quente, cubra a cabea com
uma toalha e deixe que o vapor desobstrua os poros do rosto. V adicionando a cada cinco
minutos mais algumas gotas do leo essencial escolhido, fazendo este trabalho por 15 minutos.
Compressa Facial
Coloque cinco gotas de mistura adequada de leos numa bacia de gua morna.
Embeba um chumao de algodo ou um pedao de pano no lquido e aplique-o no rosto durante
cinco minutos. Repita a operao at trs vezes.
Mscaras
152
Coloque um cobertor sobre uma superfcie horizontal que oferea conforto. Cubra com
plstico e coloque uma toalha grande por cima. Junte 10 a 15 gotas de uma mistura apropriada
de leo essencial a 300 ml de gua quente num vaporizador. Vaporize em uma toalha at que
fique molhada. Em seguia coloque a toalha sobre o corpo, sobre ela cubra com um plstico e
enrole um cobertor por cima.
153
engrossar e ento acrescente os leos essenciais e mexa bem. Conserve em frascos bem
fechados.
Massagem do couro cabeludo: 7 g de leo essencial em 110 g de lcool de cereal ou
leo de amndoa doce.
Cabelos secos: Use os leos essenciais de cade ou cedro.
Queda de cabelo: Lavanda, alecrim ou slvia.
Cabelos normais: Camomila, lavanda ou ilangue-ilangue.
Cabelos oleosos: Alecrim.
Doenas do couro cabeludo: Cedro, slvia ou cade.
Caspa: Alecrim, cedro ou cade.
154
desodorante. A oxidao dos leos essenciais provoca a formao de baixas doses de oznio
natural, que se decompe em oxignio inico nascente. Esse processo, que ocorre naturalmente
nas florestas, tem um efeito revigorante e purificante.
Vrios centros de Naturopatologistas e professores de Ioga, principalmente na Frana,
instalam em seus ambientes de trabalho, podendo ser ainda utilizado em lugar pblico ou
privado em que o ar precise ser tratado como, saunas, banheiras quentes, hospitais, salas de
exames, salas de espera, academias de ginsticas, escolas, em casa como na sala, quartos,
cozinha ou mesmo banheiros.
Indicaes:
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Histrico
O Dr. Bach, depois de muitos anos de pesquisas, descobriu que a nossa sade fsica
depende do nosso modo de pensar, dos nossos sentimentos e emoes.
Quem pensa positivo tem boa sade.
Quem pensa negativo tem m sade.
Edward Bach formou-se em 1900. Ele era um estudante de medicina fora do comum,
pois se interessava mais pelos doentes do que pelas doenas. Um exemplo. Uma mulher com
graves crises de asma era muito assustada. Ela contou-lhe que seu nico filho arrumara um
emprego no norte da Inglaterra h mais de trs meses e que, durante todo aquele tempo, dele
no recebera nenhuma notcia. Estava apavorada pensando na possibilidade de ter ele sofrido
um acidente, estar gravemente ferido ou at mesmo morto. Porm, certo dia, o filho foi v-la e
lhe disse que encontrara um emprego perto de casa. Passados alguns dias, sua asma
desapareceu completamente e ela no necessitava mais prender a respirao pelo filho.
O corpo um espelho a refletir os pensamentos da mente. Ele sentia que um mtodo
de tratamento completamente novo era necessrio, um mtodo prtico, pois as palavras no
bastavam. Os remdios de Bach no usam o material fsico da planta, mas a energia essencial
que se encontra dentro da flor. Essa energia curativa extrada de modo particular e
acondicionada num lquido conservante. A substncia sutil assim extrada usada para tratar a
causa da doena num nvel sutil. Com isso queremos dizer que, enquanto a maioria dos
remdios trata o mal fsico com uma substncia fsica, os Remdios de Bach tratam a cura
psicolgica ou invisvel com uma energia tambm invisvel.
O Dr. Bach costumava dizer: Tratem o paciente e no a doena. Algum poder
argumentar que esta uma maneira simplista de encarar a doena. Entretanto, citaremos Dr.
Bach quando disse: a simplicidade combinada com os efeitos todo-curadores das
essncias que torna tudo to maravilhoso.
Posteriormente poderemos analisar a questo de como os remdios funcionam. Por
hora, h outra pergunta a responder: Os remdios funcionam?, a resposta bastante clara:
Funcionam. Inevitavelmente, existem certas doenas que se situam alm do campo de ao
deste tipo de medicina e algumas condies que se adaptam melhor a outros tipos de
tratamento; mas, como veremos, os Remdios de Bach podem ser aplicados eficazmente em
quase todas as circunstncias.
Os Florais
Para a solido;
ROCK ROSE
157
MIMULUS
Indicado para pessoas que tm medo de coisas mundanas, fsicas, tais como animais,
alturas, dor, acidentes. Medo da gua, do escuro, da doena, da morte, de estar sozinho, de
outras pessoas, medo de falar em pblico. Para qualquer medo especfico de origem
desconhecida, mas frequentemente oculta. Os sintomas podem incluir gagueira, ruborizao,
problemas nasais, respirao curta, sensibilidade marcante ao barulho, controvrsia e a
multides, disposio para o nervosismo, timidez.
CHERRY PLUM
ASPEN
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geralmente mantida em segredo. Os sintomas podem incluir dores de cabea, olhos cansados,
olhar perdido, suores, tremores, arrepios, desmaios repentinos, o falar durante o sono,
sonambulismo, cansao e irritao.
RED CHESTNUT
159
Indicado para os que esto sempre ansiosos por causa dos outros, antecipando
preocupaes, imaginando o pior, preocupando-se com a preocupao dos outros; para os
casos de extrema preocupao pelos problemas do mundo; para o medo de que um pequeno
mal-estar em outra pessoa venha a se tornar um problema srio; para os que projetam
ansiedade.
Para a Indeciso
CERATO
SCLERANTHUS
160
GENTIAN
GORSE
Indicado para o desespero, grande desnimo, depresso crnica e resignao, para a
perda de vontade de melhorar o estado de sade. Para a crena de que nada pode ser feito para
ajudar, embora possa ser persuadido a tentar outra vez, mesmo achando que tudo intil. Para
os casos em que o paciente precisa ser encorajado. Gorse cura a vontade interior. Os sintomas
indicam uma condio que aparentemente no pode ser curada, uma doena gentica,
fracassos repetidos ou desapontamento. Essas pessoas geralmente tm sombras escuras
embaixo dos olhos, uma expresso de desalento; apenas se sentem inertes, desesperanadas
para alm das lgrimas ou da expresso de mgoa; a compleio poder ser plida quando em
estado adiantado.
HORNBEAM
Indicado para um estado temporrio de cansao mental e fsico, quando uma falta de
energia causa perda de interesse, desgaste e incapacidade para suportar assuntos mundanos.
Bom para convalescentes que se sentem incapazes de voltar para o trabalho por no estarem
perfeitamente em forma. Os sintomas predominantes so: fadiga, lassido, inclinao para ficar
na cama pela manh; sensao de que no iro conseguir enfrentar o peso do dia.
WILD OAT
Indicado para a incerteza no que se refere carreira (causa de mais problemas do que
normalmente se pensa), ambio indefinida e no realizada; pessoas que se sentem deriva na
vida e que no realizam suas ambies; pessoas em geral talentosas, porm incapazes de
seguir a carreira que representa a sua verdadeira vocao interior. Os sintomas podero incluir
desalento, insatisfao geral e incerteza; sentimento de frustrao, tdio; sempre se veem em
ambientes e ocupaes incompatveis.
CLEMATIS
Indicado para pessoas sonhadoras, distradas, com falta de concentrao e de
vitalidade; pessoas quietas, sem o devido interesse pelo presente, absortas em pensamentos e
fantasias; sonolentas e desligadas; romnticas, imaginosas e sem contato com a realidade. O
sintoma pode incluir sonolncia, constante inclinao para dormir, sentimentos distantes e
dispersos, palidez marcante, lentido, sensibilidade ao barulho, entorpecimento, desmaios,
indiferena. Essas pessoas fazem pouco esforo para se sentirem bem e se curar, podendo at
acolher com simpatia a perspectiva da morte; tropeam com frequncia, deixam cair as coisas
sem perceber; se desligam durante uma conversao; tm um ar aptico.
161
HONEYSUCKLE
Indicado para nostalgia, saudades do lar; para as pessoas que vivem no passado; nos
amores, felicidades, infelicidades, arrependimentos, sucessos e fracassos do passado; para os
que vivem de lembranas, desejando escapar do presente numa viso romantizada do passado.
162
WILD ROSE
VEOLI
Indicado para as pessoas que sofrem de completa exausto mental ou fsica, que
deixaram fugir as ltimas reservas de energia, de modo que j no tem mais foras. Deve ser
tomado depois de doena prolongada, ou de ter estado ao lado de algum doente por muito
tempo; numa crise pessoal (guerra, divrcio, crises em geral, etc), depois de um trabalho ou
preocupao excessivos, quando um esforo sobre-humano foi feito. Quando estamos fsica e
mentalmente drenados de nossa energia e vitalidade.
WHITE CHESTNUT
que obstrui a clareza; um drama que representado dioturnamente no palco da mente, sem
descanso. Os sintomas podem incluir cansao, insnia, confuso, depresso, sentimentos de
culpa, repetio de um mesmo tpico na conversao, falta de calma, preocupao nervosa,
dores de cabea frequentes.
MUSTARD
163
Indicado para a depresso que surge, sem nenhuma razo aparente, de uma causa
desconhecida; para melancolia, tristeza profunda; geralmente pessoas srias que
periodicamente tm a sensao de serem perseguidas pela influncia de uma estrela malfica. A
depresso intensa e no pode ser aliviada at que desaparea to inesperadamente como
apareceu. Toda paz e alegria somem da vida por um certo tempo.
CHESTNUT BUD
Para a Solido
WATER VIOLET
IMPATIENS
HEATHER
Indicado para pessoas que esto sempre vidas por ateno, muito falantes, discute
compulsivamente seus assuntos com qualquer um; no suportam ficar sozinhas; pessoas
medrosas, que buscam a solidariedade e vivem da energia alheia. So egocntricas e
extremamente preocupadas com suas vidas e problemas. Reconhecveis pela constante
tagarelice; procuram sempre uma proximidade fsica, tornando-se difcil afastar-se delas; falta de
interesse pelas outras pessoas; so ms ouvintes, hipocondracas (para chamar a ateno).
164
AGRIMONY
Indicado para pessoas que aparentam ser alegres, joviais e cordatas, mas que
escondem uma tortura mental e sua preocupao por trs de uma mscara de despreocupao.
Incansveis buscam excitao e atividade para superar a preocupao; geralmente tomam
drogas ou lcool para esquecer o eu e embotar a dor e o sofrimento. Amantes da paz evitam
brigas e discusses; escondem sua sensibilidade, mas so inquietas e tensas. Quando
indagadas, no admitiro ter problemas e, quando doentes, faro disso uma brincadeira, sem
levar o assunto a srio.
CENTAURY
WALNUT
165
ajuda a romper com os padres velhos e a estabelecer um padro novo. Protege contra qualquer
coisa que venha a interferir com as atividades normais da vida; defende os que so atacados por
foras sutis.
HOLLY
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Indicado para qualquer tipo de estado fortemente negativo; raiva, cimes, amargura,
inveja, fria, suspeita, vingana, dio, violncia, mau-humor, desprezo, irritao, egosmo,
frustrao todos os estados contrrios ao amor.
LARCH
Indicado para pessoas com falta de confiana em si mesmas; pessoas que esperam o
fracasso e sentem que jamais sero bem sucedidas e, portanto, no tentam fazer nada com
afinco; so hesitantes, sempre adiando as decises; sucumbem facilmente s circunstncias e
se consideram inferiores. Esse sentimento de fracasso faz com que se mostrem sempre
desalentadas, embora sejam perfeitamente capazes se conseguissem perseverar. Os sintomas
podem incluir depresso geral e esta frequentemente pode estar associada impotncia.
PINE
esforo constante que fazem para melhorar pode lev-los ao cansao e depresso. Pine ajuda
a aliviar qualquer sentimento de culpa.
ELM
WILLOW
STAR OF BETHLEHEM
Indicado nos casos de choque, mgoa, tristeza; para os que precisam de consolo e
conforto; para os que recebem ms notcias, para casos de acidente, susto, escapando por
pouco, choque adiado; para neutralizar efeitos de qualquer choque passado ou presente, at
mesmo para o trauma do nascimento.
167
OAK
Indicado para pessoas fortes, confiveis, responsveis, que carregam grandes fardos
sem se queixar. So labutadores que perseveram apesar dos reveses, sem jamais perder a
esperana. Seus esforos incessantes e obstinao podem lev-las exausto e, devido sua
disponibilidade, podem assumir mais coisas do que so capazes de administrar e, assim, serem
levadas a se envolver com todo tipo de dificuldades, at chegarem a ponto de um eventual
colapso em sua vitalidade. A m sade pode causar-lhes insatisfao e desalento desde que
lhes traga alguma limitao. Indicado para as pessoas que nunca param de tentar, no importa
quo desesperadora seja a situao.
CRAB APPLE
Remdio que purifica, indicado para os que se sentem de algum modo impuros,
contaminados, geralmente com uma doena sem muita gravidade que acaba assumindo
grandes propores na mente do indivduo, causando-lhe desalento e desgosto. Aplicvel para
condies tanto fsicas como psicolgicas sempre que haja alguma coisa repelente para o eu.
Crab Apple o remdio que restaura o sentido de proporo. Os sintomas podem incluir
problemas de pele, intoxicao ou ferimentos, hbitos perniciosos, mau cheiro nos ps ou
averso a qualquer contato fsico, por exemplo, na amamentao.
CHICORY
Indicado para pessoas que podem ser as mais amorosas possveis, mas que, quando
num estado negativo, se tornam possessivas; seu egosmo, autocompaixo e amor egocntrico
torna-as extremamente preocupadas com seus relacionamentos. Podem tornar-se crticas,
rabugentas, autoritrias, intoxicadas com venenos emocionais e mentais; buscam chamar a
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VERVAIN
As pessoas deste remdio so vigorosas, entusisticas, dominadoras, muito nervosas,
dadas a argumentar; so autoritrias, apaixonadas, fanticas; raramente mudam de opinio e
insistem que os outros tm de pensar como elas pensam. Tm uma vontade muito forte e podem
ficar esgotadas tais os esforos desprendidos. Os sintomas podem incluir tenso fsica,
distenso muscular, dores de cabea, tenso ocular, expresso enrgica, extrema atividade,
incapacidade de relaxar.
VINE
Indicado para pessoas capazes que esto seguras de si mesmas e tendem a usar sua
autoridade para ter poder e dominar os outros. Podem ser arrogantes, ambiciosas, autoritrias,
severas, rgidas, inflexveis, no solidrias, violentas, cruis, exigindo obedincia. So lderes
que, embora tenham um grande valor em casos de emergncia, tendem a ser cruis depois que
alcanam seus objetivos; podem ser tirnicas e despticas. Apresentam uma tendncia a
desenvolver uma grande caixa torcica, grande estatura; geralmente sofre de extrema tenso,
rigidez fsica, problemas nas costas e presso alta.
BEECH
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ROCK WATER
Indicado para pessoas muito severas, que se negam a si mesmas, que se reprimem,
regidas por teorias e rgidas por causa de sua forte convico sobre o que correto. vidas de
perfeio, porm aprisionadas na tentativa de se esforar demais, idealistas que no conseguem
perceber a obsesso que as domina. Inclinadas ao fanatismo e ao orgulho espiritual, querem ser
um exemplo luminoso para os outros. Em geral, so pessoas adeptas de algum fetiche
alimentar, extremamente preocupadas com a dieta, com a pureza de vida, a moralidade rgida.
Rock Water indicado sempre que uma autodisciplina demasiadamente rgida venha a causar
sofrimento.
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Este remdio consiste em Cherry Plum, para a perda de controle; Clematis, para a
perda de conscincia; Impatiens, para o estresse; Rock Rose, para o pavor; e Star of Bethlehem,
para o choque. O Rescue Remedy til para qualquer situao maior ou menor gravidade, e
voc deve t-lo sempre preparado e mo para algumas emergncias. Existe tambm em forma
de pomada e poder ser aplicado em contuses ou em qualquer tipo de inflamao cutnea.
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REFERNCIAS
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