Produtividade e Avaliação de Cultivares de Soja
Produtividade e Avaliação de Cultivares de Soja
Produtividade e Avaliação de Cultivares de Soja
OESTE PAULISTA
Resumo
PRODUTIVIDADE E AVALIAO DE CULTIVARES DE SOJA NA REGIO DO
OESTE PAULISTA
A soja uma das culturas oleaginosas mais importantes para a agricultura brasileira,
devido ao recente aumento na utilizao desta cultura na reforma de pastagens
degradadas atravs do processo de integrao, e buscando gerar informaes que
auxiliem tcnicos e produtores na escolha cultivares de soja (Glicine Max.) para a
regio do oeste paulista foi desenvolvido o presente trabalho no campo da fazenda
experimental da Universidade do Oeste Paulista no ano agrcola 2014/15, utilizandose blocos casualizados sendo distribudos dentro de uma mesma rea sob um
mesmo tratamento em linhas lado a lado com as repeties sempre respeitando o
nmero de linhas da plantadeira, constitudo pelas cultivares: BMX POTENCIA RR,
M6410 IPRO, AS3610 IPRO,AS3797 IPRO,RK6813 RR, RK7214 IPRO,PIONEER
97R21 RR,TMG 1264 RR,TMG 1067 RR, TMG 7060 IPRO,TMG 7062 IPRO,M 6410
IPRO,AS 3575 IPRO, PIONEER 98Y30 RR, PIONEER 98Y70 RR.
Palavras-chave: Soja. Glicine Max. Cultivares. Oeste Paulista.
Abstract
Lista de Grficos
18
19
19
20
21
Lista de Abreviaturas
%
ha
kg
m
C
t
Por cento
Hectare
Kilograma
Metro
Graus Celsius
Tonelada
Sumrio
1 INTRODUO
11
2 REVISO DE LITERATURA
13
3 MATERIAL E MTODOS
3.1 Componentes de produo
3.1.1 Populao final de plantas
16
16
17
4 RESULTADOS E DISCUSSO
4.1 Avaliaes
4.1.1 Nmero de vagens por planta
4.1.2 Nmero de gros por vagem
4.1.3 Massa de 100 gros (g)
4.1.4 Produtividade de gros
18
18
18
19
20
21
5 CONCLUSO
22
REFERNCIAS
24
26
11
1 INTRODUO
A soja (Glycine max (L.) Merrill) uma das mais importantes culturas
na economia mundial. Seus gros so muito usados pela agroindstria (produo de
leo vegetal e raes para alimentao animal), indstria qumica e de alimentos.
Recentemente, vem crescendo tambm o uso como fonte alternativa de
biocombustvel (COSTA NETO; ROSSI, 2000).
De acordo com a Embrapa a soja chegou ao Brasil por volta de 1882.
O responsvel pelos primeiros estudos com a cultura no pas foi o professor Gustavo
Dutra, da Escola de Agronomia da Bahia. Em 1892, o Instituto Agronmico de
Campinas (IAC), no Estado de So Paulo, iniciou estudos para obteno de
cultivares aptos regio. Naquela poca, porm, o interesse pela cultura no era
pelo seu material nobre, o gro, era mais pela planta como uma espcie a ser
utilizada como forrageira e na rotao de culturas. Os gros eram administrados aos
animais j que ainda no havia o seu emprego na indstria (EMBRAPA, 2004).
De acordo com Chung e Singh (2008 apud FREITAS, 2011) a soja
apresenta como centro de origem e domesticao o nordeste da sia (China e
regies adjacentes) e a sua disseminao do Oriente para o Ocidente ocorreu
atravs de navegaes. Segundo Black (2000), no Brasil o primeiro relato sobre o
surgimento da soja atravs de seu cultivo de 1882, no estado da Bahia. Em
seguida, foi levada por imigrantes japoneses para So Paulo, e somente, em 1914, a
soja foi introduzida no estado do Rio Grande do Sul, sendo este por fim, o lugar
onde as variedades trazidas dos Estados Unidos, melhor se adaptaram s
condies edafoclimticas, principalmente em relao ao fotoperodo (BONETTI,
1981).
Segundo Santos (1988), os primeiros estudos sobre a cultura se
iniciaram na Escola de Agronomia da Bahia. Em seguida, o Instituto Agronmico de
Campinas (IAC), iniciou estudos para obteno de cultivares aptos regio, no
entanto, inicialmente, o interesse pela cultura era apenas para como espcie
forrageira e na rotao de culturas. Aps cerca de uma dcada de estudos, o IAC
iniciou a distribuio de sementes para produtores do Estado.
De acordo com EMBRAPA (2011) no final da dcada de 60, a soja
comeou a ser visada como produto comercialmente rentvel devido possibilidade
de sucesso com a cultura do trigo na regio Sul, principal produtora, alm do que o
12
13
2 REVISO DE LITERATURA
14
variam de 5.5 a 10. Para exemplificar, uma variedade 8.9 tem um ciclo mais longo
que uma 8.7, e assim sucessivamente. Podemos dizer que, de forma geral, para
cada aumento de nmero depois do ponto teremos de 1,5 a 2 dias a mais de ciclo.
Cada grupo de maturao se ajusta melhor em determinada faixa de latitude, em
funo de sua resposta ao foto perodo, variando de acordo com a quantidade de
horas/luz a que exposta. Quanto mais perto do Equador, na primavera e vero, a
quantidade de horas/luz menor em relao s regies mais ao sul. Para a planta
de soja, quanto menor a quantidade de luminosidade que ela recebe, mais
rapidamente entrar na fase reprodutiva (florescimento), encurtando assim seu ciclo
e reduzindo a altura das plantas. Ento, ao localizarmos uma cultivar de grupo de
maturao 9.0 no sul do Brasil, este material alongar seu ciclo de forma a
comprometer totalmente sua produtividade (PENARIOL, 2000).
Fatores como temperatura, umidade, fertilidade do solo, poca de
semeadura, densidade de plantas e cultivar de soja podem afetar a altura de planta,
o grau de acamamento e a produtividade (REZENDE; CARVALHO, 2007). Segundo
Yuyama (1991 apud REZENDE; CARVALHO, 2007), para uma planta manifestar o
seu mximo potencial gentico, caracterizado pelo seu melhor crescimento e
desenvolvimento, diversos fatores ambientais podem influenciar diretamente no
processo, como fotoperodo, temperatura, radiao solar, nutrientes e vento,
disponibilidade hdrica da regio.
A soja considerada uma planta termo e fotossensvel, tendo seu
rendimento afetado pela poca de semeadura e pela temperatura do ar (EMBRAPA,
2006; SEDIYAMA, 2009). Temperaturas inferiores a 24C podem provocar atrasos
nas diferentes fases, normalmente retardando o florescimento em at trs dias, para
cada decrscimo de 0,5C, enquanto o aumento excessivo com temperaturas
mdias superiores a 24C, em especial as noturnas, ocasiona rpido crescimento
vegetativo, podendo provocar florescimento precoce, distrbios na frutificao e
acelerar a maturao dos gros, provocando redues na produo (SEDIYAMA et
al., 1996; GUIMARES et al., 2008). Portanto as oscilaes de temperaturas,
acompanhadas de altos ndices pluviomtricos e variao de umidade relativa do ar
nas fases de maturao e pr-colheita, geralmente ocasionam perdas na qualidade
fsica, fisiolgica e sanitria dos gros ou sementes (COSTA et al., 2001).
15
Figura 1 Distribuio dos grupos de maturidade relativa de cultivares de soja no Brasil,
em funo da latitude
16
3 MATERIAL E MTODOS
17
quantidade de 100 sementes sendo retirada 25 sementes de cada uma das quatro
repeties do cultivar, a amostra foi pesada em latinhas metlicas considerando a
tara das latinhas para obter o peso real das sementes, feito isso as amostras foram
levadas para a estufa a 105 graus por 72 horas, aps a retirada foram
imediatamente pesadas novamente para que no houvesse interferncia da
umidade do ambiente, estes dados geraro os grficos do resultado e discusso.
18
4 RESULTADOS E DISCUSSO
4.1 Avaliaes
350000
Plantas ha-1
300000
250000
A
AB
AB
AB
AB
B
B
200000
150000
C
100000
50000
Pioneer 97R21 RR
Pioneer 98Y70 RR
Pioneer 98Y30 RR
M 6410 IPRO
TMG 1067 RR
TMG 1264 RR
RK 7214 IPRO
RK 6813 RR
AS 3575 IPRO
AS 3797 IPRO
AS 3610 IPRO
BMX Potncia RR
19
120
100
60
40
AB
AB
80
BC
BC
BC
BC
C
C
Pioneer 97R21
Pioneer 98Y70
M 6410 IPRO
TMG 1067 RR
TMG 1264 RR
RK 7214 IPRO
RK 6813 RR
AS 3575 IPRO
AS 3797 IPRO
AS 3610 IPRO
20
BMX Potncia
2 abaixo.
A
B
AB
AB
AB
B
B
C
2
1
Pioneer
Pioneer 98Y70
M 6410 IPRO
TMG 1067 RR
TMG 1264 RR
RK 7214 IPRO
RK 6813 RR
AS 3575 IPRO
AS 3797 IPRO
AS 3610 IPRO
1
BMX Potncia
20
45
40
35
30
A
B
25
20
B
C
15
10
5
Pioneer 97R21 RR
Pioneer 98Y70 RR
Pioneer 98Y30 RR
M 6410 IPRO
TMG 1067 RR
TMG 1264 RR
RK 7214 IPRO
RK 6813 RR
AS 3575 IPRO
AS 3797 IPRO
AS 3610 IPRO
BMX Potncia RR
21
7000
6000
AB
B
C
B
C
Pioneer 97R21 RR
5000
4000
AB AB
Pioneer 98Y70 RR
3000
2000
1000
Pioneer 98Y30 RR
M 6410 IPRO
TMG 1067 RR
TMG 1264 RR
RK 7214 IPRO
RK 6813 RR
AS 3575 IPRO
AS 3797 IPRO
AS 3610 IPRO
BMX Potncia RR
22
CONCLUSO
Os resultados mostram que os componentes de produo avaliados
23
forma o efeito de ambiente, tendo visto que quanto maior a rea plantada da cultivar,
no momento da coleta de resultados a chance dela ser beneficiada por estes fatores
so grandes devido a maior possibilidade de ter faixas de estande uniformes.
24
REFERNCIAS
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CMARA , G. M. S. (Ed.). Soja: tecnologia de produo II. Piracicaba: ESALQ, p.118, 2000.
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Paulo: Qumica Nova, v. 23, p. 4, 2000.
COSTA, N. P. et al. Efeito da colheita mecnica da soja nas caractersticas
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Londrina: Revista Brasileira de Sementes, v. 23, n. 01, p. 140-145, 2001.
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___________. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de
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___________. Sistema de produo 11. Tecnologias de produo de soja
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FREITAS. M. C. M. A cultura da soja no Brasil: o crescimento da produo
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GUIMARES, F. S. et al. Cultivares de soja [Glycine max (L.) Merril] para cultivo
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sci_arttext&pid=S1413-0542008000400010>. Acesso em: 15 nov. 2015.
25
26
Cultivar
BMX Potncia RR (28 linhas)
REP 1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
M 6410 IPRO (7 linhas) Rep 1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
AS 3610 IPRO (21 linhas) REP
1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
AS 3797 IPRO (14 linhas) REP
1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
RK 6813 RR (14 linhas)
REP 1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
RK 7214 IPRO (14 linhas) REP
1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
Pioneer 97R21 RR (14 linhas)
REP 1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
TMG 1264 RR (14 linhas) REP
1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
275
14,5
174,87
329
810
870
653
825
830
800
770
806,25
157
340
366
284,5
442
375
355
314
371,5
14
14,8
15
14,6
13
13
12
10,4
12,1
123,3
201,34
215,01
178,63
235,27
235,66
218,57
200,06
222,39
1353
539
10
325,25
1064
1120
1062
1149,75
455
463
492
487,25
10
9
10
9,8
270,48
285,84
293,1
293,6675
2525
1050
4,8
394,2
2895
2537
2184
2535,25
1237
1060
1020
1091,75
4,6
5,4
4,6
4,9
493,17
227,51
397,52
378,1
1070
493
12
221,54
1270
1142
1444
1231,5
584
495
652
556
12
12
12
12
290,6
273,12
322,91
277,0425
714
343
11,6
256,15
1286
851
1286
1034,25
545
378
533
449,75
10
10,8
12
11,1
360,61
255,6
346,4
304,69
1114
642
293,38
1740
1081
804
1184,75
867
524
453
621,5
9
9,8
9,6
9,4
396,6
267,75
249,4
301,7825
2126
940
12
428,45
1940
1828
828
1680,5
840
780
480
760
11,5
12
12,6
12
416,81
318,11
277,51
360,22
27
Cultivar
TMG 1067 RR (14 linhas) REP
1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
TMG 7060 IPRO (14 linhas)
REP 1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
TMG 7062 IPRO (14 linhas)
REP 1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
M 6410 IPRO (14 linhas) REP
1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
AS 3575 IPRO (14 linhas) REP
1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
Pioneer 98Y30 RR (7 linhas)
REP 1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
Pioneer 98Y70 RR (14 linhas)
REP 1
Repetio 2
Repetio 3
Repetio 4
Mdia
430
10
257,7
1341
1780
1328
1335
546
494
507
494,25
8
9
8
8,8
328,73
320,59
315,26
305,57
1200
430
10
236,19
870
870
1383
1080,75
370
450
542
448
12.4
12,8
9.5
5,7
282,35
386,12
412,04
329,175
543
307
14,7
187,43
520
586
510
539,75
300
278
262
286,75
14
12,6
12,5
13,5
208,16
211,35
206,63
203,3925
680
360
12,4
235,27
750
855
900
796,25
400
340
430
382,5
12
13
13
12,6
235,66
218,57
200,06
222,39
893
403
13,6
231,09
777
762
600
758
360
355
295
353,25
12,3
12,8
11,8
12,6
227,54
204,34
192,18
213,7875
1278
565
11.9
273,06
1208
1167
1180
1208,25
630
593
598
596,5
8.9
10.4
10.9
10,53
254,42
256,08
258,34
260,475
950
515
9.2
204,29
2342
896
1133
1330,25
1280
586
712
773,25
9.1
7.2
8.2
8,4
332,92
197,16
238,65
243,255