Curso Eletricidade Automotiva
Curso Eletricidade Automotiva
Curso Eletricidade Automotiva
Este curso destinado tanto para iniciantes como profissionais experientes que queiram
aperfeioar seus conhecimentos na rea da eletricidade automotiva. Para isso, o curso
abrange o sistema de injeo eletrnica monoponto e multiponto, common rail,
sensores, atuadores, scanners, esquemas eltricos e tudo que o profissional necessita
para realizar diagnsticos eltricos em veculos.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - tomos................................................................................................................................................ 8
Figura 2 - Eltrons atravessando a seo reta de um fio. .................................................................. 8
Figura 3 Caixa dgua. .................................................................................................................................... 9
Figura 4 Direo dos eltrons. ................................................................................................................ 10
Figura 5 Bateria de automvel. .............................................................................................................. 11
Figura 6 Multmetro. ................................................................................................................................... 12
Figura 7 Resistores. ..................................................................................................................................... 13
Figura 8 Equaes de Ohm. ...................................................................................................................... 14
Figura 9 Alternador. .................................................................................................................................... 15
Figura 10 Diagrama que demonstra uma maneira de induzir corrente eltrica em um
circuito independente. ................................................................................................................................... 15
Figura 11 Outro exemplo de circuito indutor de corrente eltrica. ....................................... 16
Figura 12 Bobina automotiva, capaz de elevar uma DDP de 12 Volts para valores
superiores aos 20.000 Volts. ....................................................................................................................... 16
Figura 13 Corrente alternada.................................................................................................................. 17
Figura 14 Grfico de corrente contnua. ............................................................................................. 17
Figura 15 Gerador. ....................................................................................................................................... 19
Figura 16 Sistema de injeo eletrnica. ............................................................................................ 20
Figura 17 Componentes do sistema Monoponto. ........................................................................... 22
Figura 18 Componentes do sistema multiponto............................................................................. 23
Figura 19 Componentes do sistema Common-rail......................................................................... 24
Figura 20 Componentes do sistema de alimentao diesel por unidade injetora. .......... 24
Figura 21 Sistema de sensores e atuadores. ..................................................................................... 25
Figura 22 Sensor de posio do acelerador. ..................................................................................... 26
Figura 23 Instalao do sensor em uma polia. ................................................................................ 27
Figura 24 Corrente eltrica na forma de pulso................................................................................ 28
Figura 25 Sonda lambda. ........................................................................................................................... 29
Figura 26 Grfico de tenso senoidal da sonda lambda. ............................................................. 29
Figura 27 Sensor de posio de borboleta. ....................................................................................... 31
Figura 28 Funcionamento do sensor. .................................................................................................. 31
Figura 29 Sensor capacitivo e sensor tipo membrana resistiva. ............................................. 32
Figura 30 Sensor de fluxo de ar.............................................................................................................. 33
Figura 31 Sensor de massa de ar. .......................................................................................................... 34
Figura 32 Sensor de temperatura da gua. ....................................................................................... 34
Figura 33 Sensor de Temperatura do Ar............................................................................................ 36
Figura 34 - Sensor de temperatura do leo. ......................................................................................... 36
Figura 35 - Sensor de presso do turbo. ................................................................................................ 37
Figura 36 Sensor de fase do comando. ................................................................................................ 38
Figura 37 Ondas geradas por sensor indutivo e por sensor de Efeito Hall. ........................ 38
Figura 38 Sensor de detonao. ............................................................................................................. 40
Figura 39 Eletromagnetismo................................................................................................................... 41
Figura 40 Campos magnticos. ............................................................................................................... 42
Figura 41 Hiptese de Faraday. ............................................................................................................. 42
Figura 42 - Faraday entendia a repulso e atrao entre cargas eltricas como efeitos
indiretos, produzidos pelas linhas de fora.......................................................................................... 43
Figura 43 Exemplos de solenoide. ........................................................................................................ 44
Figura 44 Funcionamento do solenoide. ............................................................................................ 44
Figura 45 Multmetros. .............................................................................................................................. 45
Figura 46 - Multmetro. ................................................................................................................................. 45
Figura 47 - Grfico de tenso senoidal da sonda lambda. .............................................................. 46
Figura 48 Sinal do sensor de fase. ......................................................................................................... 47
Figura 49 - Esquema de caneta de polaridade. ................................................................................... 48
Figura 50 - Caneta de polaridade. ............................................................................................................. 49
Figura 51 - Escner ou rastreador. ........................................................................................................... 50
Figura 52 Variador de fase. ...................................................................................................................... 51
Figura 53 - Esquema da vlvula de controle do turbo. .................................................................... 51
Figura 54 - Esquema de rel........................................................................................................................ 52
Figura 55 - Esquema de rel........................................................................................................................ 52
Figura 56 Esquema de rel simples de 4 pinos. .............................................................................. 53
Figura 57 - Diagrama de um rel............................................................................................................... 53
Figura 58 - Funcionamento de um rel. ................................................................................................. 54
Figura 59 - Esquema de funcionamento de uma vlvula EGR. ..................................................... 54
Figura 60 - Bico injetor. ................................................................................................................................. 55
Figura 61 - Bomba de combustvel........................................................................................................... 56
Figura 62 - Bobina de ignio. .................................................................................................................... 56
Figura 63 - Sinal de vela de ignio. ......................................................................................................... 57
Figura 64 - Vela de ignio. .......................................................................................................................... 58
Figura 65 Medidas ideais de distncia entre os eletrodos. ........................................................ 58
Figura 66 Lmpadas de faris................................................................................................................. 59
Figura 67 Kit Xenon. ................................................................................................................................... 60
Figura 68 Esquema de funcionamento de lmpadas de faris. ................................................ 60
Figura 69 - Diagrama eltrico. .................................................................................................................... 61
Figura 70 - Diagrama eltrico. .................................................................................................................... 62
Figura 71 - Diagrama eltrico de um Ecosport. .................................................................................. 63
Figura 72 - Diagrama eltrico Volkswagen........................................................................................... 64
SUMRIO
1.
INTRODUO .............................................................................................................................................. 7
2.2- Resistncia............................................................................................................................................. 11
2.3- Amperagem ........................................................................................................................................... 13
2.4- Primeira Lei de Ohm ......................................................................................................................... 13
2.5- Corrente induzida .............................................................................................................................. 14
2.6- Corrente alternada............................................................................................................................. 16
2.7-Corrente contnua ............................................................................................................................... 17
2.8- Frequncia ............................................................................................................................................. 17
2.9- Acumuladores ou baterias.............................................................................................................. 18
2.10- Geradores ............................................................................................................................................ 18
4- Sensores e Atuadores................................................................................................................................ 24
4.1- Sensores ................................................................................................................................................. 26
4.1.1- Sensor de Posio do Pedal Acelerador ........................................................................... 26
5- Eletromagnetismo ...................................................................................................................................... 40
5.1- Solenoide ................................................................................................................................................ 43
6 - Ferramentas Eletroeletrnicas............................................................................................................ 44
6.1- Multmetro ............................................................................................................................................ 44
6.2 - Osciloscpio automotivo ................................................................................................................ 46
6.3 Caneta de polaridade ...................................................................................................................... 47
6.4- Escner ou Rastreador ..................................................................................................................... 49
7- Atuadores ....................................................................................................................................................... 50
7.1- Variador de fase .................................................................................................................................. 50
7.2- Vlvula de controle do turbo ......................................................................................................... 51
7.3- Rel ........................................................................................................................................................... 52
7.4 Vlvula EGR ............................................................................................................................................ 54
7.5-Bico injetor ............................................................................................................................................. 54
7.6- Bomba de combustvel ..................................................................................................................... 55
7.7- Bobina de ignio ............................................................................................................................... 56
7.8- Vela de ignio ..................................................................................................................................... 57
7.9- Lmpadas ............................................................................................................................................... 58
1. INTRODUO
At meados da dcada de 90, os profissionais responsveis pela manuteno de
resolvidos com maior preciso, ao passo que o segundo tambm aplique o seu
conhecimento eltrico s partes mecnicas, possibilitando uma maior gama de servios.
2. ELETRICIDADE BSICA
possamos v-la, responsvel por diversos fenmenos, muitas vezes vitais para o ser
humano, a exemplo do simples bater do nosso corao, ou dos movimentos musculares
que nos permitem nos alimentar, ou ainda dos impulsos eltricos que conduzem as mais
fsico italiano, que se utilizou de uma pilha qumica constituda por uma srie de pares
de placas metlicas, colocadas uma aps a outra e separadas por um tecido embebido
em cido. Ele produziu o que hoje nos possibilita falar ao celular, clarear um ambiente
escuro com uma lanterna e/ou ouvir uma boa msica atravs do rdio: construiu a
primeira bateria.
Sabemos que toda matria formada por molculas que, por sua vez, so
Figura 1 - tomos
Os tomos, por natureza, tendem a se manter estveis, ou seja, com a mesma
fornecer ou adquirir eltrons de outro que esteja prximo, e este por sua vez fornecer ou
adquirir de um terceiro, e assim sucessivamente.
instvel, ele poder adquirir eltrons do mais prximo, que por sua vez faria o mesmo e
assim sucessivamente, formando a corrente eltrica.
pessoas questionando: Qual a voltagem desta TV? Ou Devo ligar este aparelho em 110
determinado condutor eltrico, um fio de cobre, por exemplo. Deste modo, quanto maior
a presso destes eltrons, maior a voltagem; assim como o contrrio, quanto menor a
transferncia de eltrons ou presso exercida por estes. Em analogia a uma caixa dgua,
podemos imaginar que a gua exerce uma presso para sair pela torneira, e quanto
maior a altura em que esta caixa for colocada, maior a presso, e quanto menor a altura
menor a presso.
Agora vamos estudar a direo destes eltrons. Existem duas direes, uma real e
tomo com mais eltrons para um com menos. Podemos dizer que um tomo com mais
eltrons est carregado negativamente e um tomo com menos eltrons est carregado
positivamente. Desta maneira, temos que a direo real dos eltrons se d do polo
carregado negativamente, simbolizado pelo sinal de subtrao (-), para o polo carregado
positivamente, simbolizado pelo sinal de adio (+). Veja figura abaixo:
ser chamado de negativo. Podemos tambm designar o positivo como ctodo, que
onde se recebem eltrons, e o negativo como nodo, que perde eltrons.
Revendo:
Positivo + Ctodo
Negativo nodo
fim de que no sejam invertidas as ligaes dos cabos, o que poderia ocasionar srios
10
comumente, possui em seu nodo (ou polo negativo) uma quantidade de eltrons maior
que no ctodo (ou polo positivo); esta quantidade estabilizada por processo qumico
interno, mantendo a bateria com uma DDP (diferena de potencial) que medida em
Volts. Para que ocorra o carregamento do acumulador, necessria uma DDP acima de
12 Volts, enquanto que nos veculos esta voltagem normalmente de 13,8 Volts,
ajustada pelo regulador de DDP contido no alternador.
eltrons a mesma nos dois polos. Se neste momento fizermos a medio com um
voltmetro, equipamento apropriado, encontraremos 0 Volts (carga nula).
2.2- Resistncia
encontram para percorrer o caminho do nodo at o ctodo. Esta resistncia pode variar
podemos ter como bons condutores de eletricidade o alumnio e o cobre, e como maus
condutores a borracha, a madeira e a cermica.
ser entendida como o cano que leva a gua da caixa at a sada. Quanto maior o dimetro
11
resistncia, ou seja, seguindo para zero (0) em resistncia. Por outro lado, quanto menor
o dimetro do cano, mais dificuldade a gua ter para escoar at a sada. Neste caso,
eltrons, desta maneira, o valor de resistncia zero (0) apenas terico. Mas sabemos
que quanto mais prximos dele a resistncia estiver, mais livre se dar a passagem dos
eltrons. O curto-circuito ocorre quando se tem uma resistncia prxima de zero. Veja
um multmetro com as medies de resistncia:
Figura 6 Multmetro.
O resistor, propriamente dito, faz parte de qualquer circuito, j que a corrente
uma maneira geral, considerar como resistor todo material percorrido por uma corrente
eltrica.
12
Figura 7 Resistores.
2.3- Amperagem
A quantidade de eltrons que pode passar por uma seo de um material
13
voltagem, de acordo com resultado pretendido. Por exemplo: se queremos que uma
lmpada ilumine com 500watts de potncia ligada a uma fonte de 12volts, devemos, por
intermdio das equaes de Ohm, chegar ao valor de resistncia ideal do filamento desta
lmpada.
Percebemos que podemos utilizar esta Lei para vrias operaes desejadas, como
5500watts
chuveiro?
em outro circuito prximo. Este fenmeno fsico conhecido como induo eltrica, e
14
Figura 9 Alternador.
Neste caso temos uma aplicao muito comum em automveis. O alternador, pea
15
Figura 12 Bobina automotiva, capaz de elevar uma DDP de 12 Volts para valores
superiores aos 20.000 Volts.
16
17
veculo, ou seja, alimentar o motor de arranque com energia eltrica para que o motor
inicie seu funcionamento. A bateria possui capacidade para armazenar energia por
vrios dias. Mas a bateria, alm da partida imediata, tambm auxilia na estabilizao da
energia fornecida pelo alternador, diminuindo os riscos de variaes bruscas de tenso.
em chumbo.
terminais sempre limpos e livre de oxidao. E em caso de ter que dar partida,
utilizando-se de bateria auxiliar, tomar os seguintes cuidados: Ligar os cabos da bateria
coincidir, ou seja, positivo com positivo e negativo com negativo; ligar o veculo auxiliar
imediata, como fazem os geradores de usinas hidreltricas, ou pode ser para utilizao
mista, ou seja, alm de suprir o consumo daquele instante, acumular energia para futura
necessidade. A segunda opo a que se faz presente nos automveis.
18
Figura 15 Gerador.
sensores espalhados pelo automvel, que, no momento ideal, envia sinais aos atuadores,
e estes por sua vez, realizaro as ordens enviadas pela central.
No Brasil, temos vrios modelos de sistemas de injeo. Desde que estes sistemas
Veja abaixo uma figura que ilustra os principais componentes de um sistema de injeo
eletrnica.
19
grupos.
20
em outros pases da Amrica Latina quanto tambm eram mais baratos, possibilitando a
concorrncia com veculos importados.
Volkswagen trouxe para o Brasil em 1988, passaram a utilizar sistemas digitais, com
ele submetido, haja vista, distante da cmara de exploso, j uma barreira para o
sistema Monoponto ainda bem superior ao sistema Multiponto do Gol GTi, proposto
automveis.
21
simultnea, ou seja, injetando combustvel de uma s vez. Neste caso, ele no se mostra
to eficiente, j que despeja combustvel em todos os cilindros no momento em que
sequencial. Este j bem mais eficiente que o simultneo, mas continua enviando
22
leves. A linha diesel obteve sim um salto tecnolgico que deixou uma gama enorme de
Este sistema se faz presente principalmente na linha diesel leve, embora possa
tambm equipar a linha pesada, em menor nmero. Caracteriza-se por alguns aspectos:
possui um injetor para cada cilindro, ligados uniformemente em um tubo comum (da o
nome common-rail); estes injetores so alimentados por uma bomba de alta presso; a
presso produzida pela Bomba de Alta pode chegar facilmente casa dos 1600 Bar, o
que melhora em grande escala a atomizao do combustvel, resultando numa queima
23
muito mais eficiente em relao ao que tnhamos no sistema alimentado por Bomba
Injetora.
4- Sensores e Atuadores
24
necessrio que ela consiga realizar a leitura do estado em que se encontra o veculo
sistema.
25
4.1- Sensores
Responsveis por enviar sinais eltricos para a central de injeo, estes
injeo, bem provvel que esta tomar decises erradas, o que podemos chamar de
anomalias do sistema de injeo. Deste modo, comeamos a perceber que nem sempre
quando um atuador funciona de maneira incorreta por um erro interno dele.
Vamos analisar detidamente cada componente.
acelerador, fazendo com que essa perceba as reaes do condutor e suas intenes.
Quando o condutor pretende realizar uma ultrapassagem, ele pisa mais forte no
acelerador e o sinal eltrico enviado pelo sensor modificado, logo, a central entende
Possui normalmente dois potencimetros internos, que podem ser testados com
o uso do multmetro, tanto no modo resistncia quanto no modo voltagem. Este ltimo
mais recomendado devido a sua maior eficincia.
26
exata do eixo virabrequim. Este dado muito importante, tendo em vista que a hora
exata da injeo, o momento certo para o envio da centelha da vela e a preparao para o
virabrequim, na polia dianteira ou no volante traseiro, porm nada impede que ele seja
27
intercalada por um pequeno espao. Este espao a falha de dois dentes que existem
Desta maneira, em um motor com quatro cilindros, a central calcula que, aps a
falha, ela dever esperar a contagem de 20 dentes e disparar uma centelha na vela de
precisa, para que este funcione de forma a utilizar o mximo de sua capacidade, evitando
desperdcio de combustvel.
Para tanto, instalada em alguns sistemas a sonda lambda, que nada mais do
Desta maneira, temos que, quanto mais oxignio resulta da queima da mistura ar-
combustvel, mais pobre est a mistura, fazendo com que a DDP gerada pela sonda
diminua e, quanto menor for o teor de oxignio resultante da mistura, maior a DDP
gerada pela sonda.
28
O sinal gerado pela sonda varia de 0 1 Volt, sendo que quanto mais pobre a
voltagem estar.
atingir uma temperatura de 300C, assim ela precisa passar pela fase de aquecimento
antes da central de injeo comear a considerar a sua leitura. Este aquecimento pode se
29
na sua construo. Desta forma, temos a sonda a base de xido de zircnio e o xido de
Titnio.
Normalmente uma sonda tem as seguintes cores de fios, podendo variar em caso
Fio preto sinal gerado pela sonda lambda e enviado para central.
consegue saber a quantidade exata de ar que est entrando no motor em cada volta
completa do eixo-virabrequim.
sinais:
Ele est ligado diretamente central de injeo por 3 fios, e possuem os seguintes
Fio 1 5 Volts.
30
funcionamento.
Temos dois tipos de sensores de presso. O sensor capacitivo, que envia sinal de
31
osciloscpio. E o sensor tipo membrana, que pode ser testado com um simples
frequncia gerado sofre variao de acordo com a presso. J no sensor capacitivo mais
moderno, a frequncia permanece a mesma, modificando somente a largura do pulso
eltrico.
Ela pode ser de fio quente ou de filme quente. Para seu funcionamento um fio ou
um filme aquecido a 100C dentro do recipiente onde se quer medir a passagem de ar,
quando o ar mais frio passa pela resistncia aquecida acaba por alterar seu valor em
resistncia que altera tambm a voltagem que enviada a central.
Veja abaixo ilustrao.
32
Possui o mesmo objetivo do sensor de fluxo de ar, qual seja, enviar para central
invs do fio ou filme quente, este sensor se utiliza do movimento de uma palheta que,
por sua vez, move um potencimetro e que ao final altera o valor de uma resistncia.
Pela 1 Lei de Ohm, ao se alterar o valor da resistncia, altera-se tambm o valor da DDP
enviada central de injeo.
pouca eficincia, tendo em vista que oferece resistncia passagem do ar, ou seja, o ar
ao passar por ele move uma palheta mecnica. Alm da resistncia, a sua velocidade de
33
Tem como objetivo enviar para central de injeo sinal eltrico referente a
temperatura da gua do motor. Nos veculos, este sensor do tipo NTC, possui
34
Resistncia
DDP - Voltagem
20C
3730
3,06 Volts
10C
30C
40C
50C
60C
70C
80C
90C
100C
110C
120C
5870
2430
1620
1100
770
540
380
280
210
150
120
3,52 Volts
2,62 Volts
2,16 Volts
1,72 Volts
1,35 Volts
1,04 Volts
0,80 Volts
0,61 Volts
0,47 Volts
0,36 Volts
0,28 Volts
para que ela possa calcular com mais preciso a quantidade de massa de ar aspirada
pelo motor, aumentado sobremaneira sua eficincia.
35
Veja ilustrao.
presso de ar injetada pela turbina, para que ela possa calcular com preciso a
quantidade de ar admitida pelo motor.
do item 4.1.4.
36
Veja ilustrao.
vlvulas em relao ao eixo virabrequim, para que ela possa calcular com exatido qual
cilindro dever receber combustvel, centelha, e ainda, verificar em qual dos cilindros
est ocorrendo detonao.
Temos dois tipos de sensor de fase, o indutivo, que tem seu funcionamento
idntico a do sensor de rotao constante do item 4.1.2, e o tipo Efeito Hall, que merece
melhor dedicao.
37
sensores indutivos, dando maior preciso aos dados enviados para a central de injeo.
Veja abaixo ilustrao de ondas de efeito Hall comparadas s geradas por sensor
indutivo.
Figura 37 Ondas geradas por sensor indutivo e por sensor de Efeito Hall.
O sensor Hall normalmente ligado em 3 fios, sendo um negativo, o outro
O teste rpido do sensor de Efeito Hall pode ser realizado com uma simples
38
descontroles podem ocorrer e a exploso acontecer antes do desejado pela central. Uma
vela de ignio aplicada de maneira errada, uma cmara de combusto com excesso de
para uma lateral do cilindro e, em um tempo muito pequeno, ele se desloca para o outro
lado do cilindro e imediatamente ocorre a exploso. Acontecendo desta forma, no
antes do pisto realizar sua passagem para o outro lado da cmara, ocorre uma exploso
injeo indicando que algum pisto est sofrendo com o processo de detonao.
cilindro correspondente. Se isto resolver o problema, tudo bem, est cumprido o seu
papel.
Um motor muitas vezes precisa operar nos limites, ou seja, muitas vezes seu
ponto de ignio precisa estar na posio mais adiantada possvel, e a central ir, nestes
injeo retardar o ponto de ignio, j que neste caso a falha proveniente de algo
externo ao sistema de injeo eletrnica. Nestes casos, ela acender uma luz de anomalia
no painel indicando algum problema no sistema de injeo do veculo.
especficos de sons produzidos por um motor. Possui em seu interior uma cpsula de
piezeltrico que produz uma corrente eltrica ao vibrar.
39
Veja ilustrao.
o terminal que leva sinal at a central de injeo no osciloscpio, e dar leves batidas com
ultrapassar 0,6 Volts e, medida que formos aumentando a fora das batidas, esta
amplitude tambm dever aumentar.
5- Eletromagnetismo 1
40
Figura 39 Eletromagnetismo.
Aps utilizar a Magnetita at mesmo como mquinas de adivinhaes, acabaram
por descobrir que se esfregasse este material numa agulha, ela se magnetizava e
comeava a apontar para o Norte Magntico, criando assim a Bssola. A bssola,
inventada pelos chineses, foi utilizada na Europa pelo menos uns cem anos depois.
Mas importantes descobertas ainda estavam por vir. Peter Peregrinus ainda no
trabalho mais importante veio em 1600 com o mdico Willian Gilbert. Por mais de um
sculo e meio, nada de mais importante foi escrito.
provar que, quando uma corrente eltrica passava ao longo de um fio produzia um
campo magntico.
ele foi possvel introduzir campos magnticos bem mais poderosos que o existente na
magnetita.
41
corrente num fio produzia efeitos magnticos, como Ampre tinha demonstrado, o
inverso poderia ser verdadeiro, isto , um efeito magntico poderia produzir uma
corrente eltrica.
Para testar essa hiptese, Faraday enrolou duas espiras de fio num anel de ferro,
uma ligada a uma bateria e a outra, ligada a um medidor de corrente eltrica, verificando
a existncia, na segunda espira, de uma corrente temporria quando ligava e desligava a
bateria.
42
Noutra experincia, Faraday usou uma espira enrolada em uma haste de ferro e
dois ms em forma de barra para demonstrar que os ms, por si s, podiam produzir
uma corrente.
supondo que essas linhas tendiam a se encurtar sempre que possvel e a se repelir
mutuamente. Mais tarde, em 1837, Faraday introduziu tambm a ideia de linhas de fora
eltrica.
Veja Ilustrao.
Figura 42 - Faraday entendia a repulso e atrao entre cargas eltricas como efeitos
indiretos, produzidos pelas linhas de fora.
43
tecnolgicas que permeiam o automvel. Mas como funciona esta genialidade? Veja
ilustrao.
6 - Ferramentas Eletroeletrnicas
Estudaremos nesta seo, as ferramentas eletroeletrnicas, companheiras de um
Como o nome j diz, esta ferramenta nos proporciona ter em um mesmo aparelho
as mais variadas formas de medies. E cada multmetro pode ser especfico para cada
44
Figura 45 Multmetros.
O multmetro que utilizaremos em nosso curso este da ilustrao e possui as
Figura 46 - Multmetro.
DCV mede DDP ou Voltagem do tipo contnua, variando de 200mV 1000V.
45
construir um grfico com ocorrncias passadas, pode nos mostrar as variaes e ainda
as frequncias com que elas ocorreram ou esto ocorrendo.
Desta maneira, um teste com uma sonda lambda realizado com um voltmetro
no vai conseguir nos dizer com certeza se aquela sonda est em boas condies. Isto
ocorre porque o voltmetro no consegue dizer com que velocidade a sonda lambda est
trabalhando.
46
saber at mesmo se existe uma deformao na parte mecnica de uma roda fnica, como
e os alinhamentos dos dois eixos. Observe que o sinal do sensor de fase gerado em
perfeita sincronia com sinal da falha do dente do sensor de rotao. Se os eixos
estivessem desalinhados, os sinais no coincidiriam.
dificuldades na utilizao deste mecanismo, primeiro devido ao preo ser um pouco alto,
47
aplicamos corrente nos bornes das garras jacar, a corrente percorre o circuito
passando pelo resistor de 1k da direita, passa pelo led diodo amarelo (deixando-o
do circuito, deixando nula a carga do diodo amarelo e do diodo verde, deixando aceso o
diodo vermelho.
A ponta agulha serve para fazer perfuraes nos fios, para que no haja
necessidade de descasc-los. No entanto, deve ser utilizada com muita parcimnia para
no danificar o chicote eltrico do veculo e no causar problemas futuros.
Veja ilustrao.
48
com a manuteno de um automvel. Cada dia que passa, vai ficando mais difcil realizar
qualquer tipo de servio em um automvel, sem depois ser necessrio realizar a
reprogramao de componentes eletrnicos.
despej-lo fora e depois adicionarmos leo novo e estava feita a troca do leo do motor.
Hoje, no entanto, esta realidade bem diferente. A maioria dos automveis requer que
seja feita programao da prxima troca de leo e, na maioria das vezes, isto somente
possvel com a utilizao de escner.
demanda existente em uma oficina, existe tambm um escner que pode atender esta
demanda. Se a oficina trabalha somente com a linha Volkswagen, por exemplo, existe no
mercado equipamento que atende somente a esta linha. Assim tambm pode ocorrer
com oficinas que trabalham somente com veculos pesados, ou somente com veculos
importados. No importa, o negcio realizar a escolha correta para cada necessidade.
sendo cada um para cada tipo de montadora de veculos e sistemas. Alguns sistemas que
atendem uma vasta gama de veculos podem vir equipados com mais de 100 tipos
diferentes de conectores. No entanto, estamos caminhando para a padronizao destes
conectores e praticamente todos os veculos fabricados hoje no Brasil atendem a norma
49
OBD-II. Desta maneira, a tendncia que no futuro um tipo de conector consiga acessar
7- Atuadores
sinais provenientes dos sensores, realizam clculos com base em dados pr-
50
fazendo com que aumente ou diminua o vcuo que atua sobre a vlvula de vcuo do
51
7.3- Rel
Por intermdio deste componente, os equipamentos eletrnicos do veculo
52
53
interior que ao ser energizado abre uma passagem que liga dois dutos.
Veja ilustrao.
54
Veja ilustrao.
multmetro na escala de ohm. Outra maneira, que mais confivel, realizar teste em
bancada apropriada de teste de bicos injetores, que alm de avaliar o funcionamento do
solenoide ainda consegue medir a vazo de combustvel.
7.6- Bomba de combustvel
composta por um conjunto motor e bomba, encapsulados por uma carcaa de
Seu teste realizado medindo-se a presso mxima obtida, a vazo mxima com
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que, por ter um valor maior de resistncia, acaba transformando a energia de baixa
tenso em alta tenso, ou seja, entram 12Volts e saem 25000Volts.
sadas.
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eletrnicos devem ter a inscrio R em seu cdigo de fabricao. Esta inscrio indica
que a vela possui em seu interior um resistor antirrudo, que atenua as possibilidades de
interferncia eletromagnticas em componentes eletrnicos.
tamanhos de rosca.
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Veja ilustrao.
ltimas novidades do mercado so as lmpadas de xennio, que possuem uma luz bem
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Estas lmpadas podem ter dois filamentos internos, sendo um para a luz alta e o
outro para a luz baixa. No caso da luz alta, ela produzida livremente para toda sua rea
lateral. J o filamento responsvel pela produo da luz baixa possui um defletor que
rebate parte da luz emitida pelo filamento para a parte superior do farol, e este, por sua
vez, remete esta luz para baixo.
atravessado por uma corrente eltrica com DDP alta, produz uma luz brilhante de cor
transformador de tenso.
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Volts. Muitas vezes esta tenso cai, devido s fugas nos componentes que levam a
eletricidade at as lmpadas. Quando isto acontece, as lmpadas tendem a emitir uma
intensidade menor de luz. Este inconveniente pode ser resolvido com a instalao de um
rel duplo de farol, acessrio bsico que qualquer eletricista deve conhecer.
Veja ilustrao.
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8- Diagramas eltricos
Estes diagramas podem ser produzidos por empresas especializadas neste segmento.
Nossos veculos possuem fios das mais variadas cores, que se entrelaam por
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