Plano Diretor Passo Fundo
Plano Diretor Passo Fundo
Plano Diretor Passo Fundo
LEI
COMPLEMENTAR N 170 DE 09 DE
(Do Executivo Municipal)
OUTUBRO DE
2006
Art. 30. Entende-se por mobilidade o sistema de circulao atravs dos meios de
transporte coletivos, individuais, dos veculos no motorizados e dos pedestres.
CAPTULO I
DO MACROZONEAMENTO MUNICIPAL
Art. 41. O territrio municipal est dividido em macrozonas, definidas como
pores do territrio municipal com caractersticas homogneas ou assemelhadas de
stio, de ocupao humana e de situao ambiental, conforme o mapa n 01.
Art. 42. O Municpio de Passo Fundo dividido em:
I Macrozona Urbana;
II Macrozona de Proteo aos Mananciais;
III Macrozona de Produo Agropastoril;
IV Macrozona de Produo Familiar;
V Macrozona de Produo Mista.
Seo I
Da Macrozona Urbana
Art. 43. A Macrozona Urbana caracteriza-se por ser a parcela do espao
municipal com predominncia de funes urbanas, sendo definidas a partir de reas j
urbanizadas e das reas passveis de serem urbanizadas.
1 A Macrozona Urbana, delimitada pelo permetro urbano do Distrito Sede
de Passo Fundo, formada pela poligonal que parte do marco n.1, localizado na interseo
da estrada vicinal de acesso a So Jos com a RS-324; da segue 300 metros rumo norte,
perpendicularmente ao eixo da rodovia RS-324 que liga Passo Fundo a Marau at o
marco n.2; da segue no rumo Noroeste em uma linha paralela a 300 metros da RS-324
at o marco n.3, situado na divisa da Vila Mattos com terras do Seminrio Carmelita; da
segue no rumo Nordeste coincidindo com a divisa citada at encontrar o marco n.4,
localizado na divisa Nordeste do Frigorfico Doux-Frangosul, da segue em linha reta
pela divisa deste frigorfico no rumo Noroeste at uma sanga onde est localizado o
marco n.5; da segue pela sanga abaixo at o marco n.6, localizado na margem esquerda
do Arroio Santo Antnio; da segue pelo Arroio at o marco n.7, localizado na margem
esquerda da Perimetral Leste, prosseguindo pela mesma at o marco n.8, localizado na
interseco da sanga do Dudu com a Perimetral Leste, seguindo pela sanga e pelo Rio
Passo Fundo, at encontrar o marco n.9, localizado junto a ponte da Rua da Chcara do
Anacleto; da segue em linha reta coincidindo com esta via at o marco n.10, localizado
junto a Perimetral Leste; da segue pela margem esquerda desta via at o marco n.11,
localizado na margem esquerda da BR-285, sentido Passo Fundo-Lagoa Vermelha; da
no rumo Norte, por linha reta seca perpendicular a rodovia at encontrar o marco n.12,
na margem esquerda do Arroio Miranda; da segue pelo mesmo arroio, cruza a RST-135
at o marco n.13, localizado na interseo deste arroio com uma sanga, seguindo ento
por uma linha reta seca at o marco n.14, situado na divisa da Universidade de Passo
Fundo a 500 metros da Rua Joo Lech; da segue rumo Noroeste, acompanhando a
distando 300 metros destas vias, at encontrar o marco n.42, localizado na estrada de
acesso a So Jos; ento, fechando a poligonal, segue por esta estrada at encontrar o
marco n.1.
2 Alteraes do permetro urbano somente podero ser feitas atravs de lei,
acompanhadas da definio de seus zoneamentos de usos, dos ndices urbansticos e do
sistema virio principal, com o parecer do conselho municipal pertinente.
3 No ser permitido parcelamento do solo para fins urbanos em reas situadas
fora da cidade e das sedes dos distritos, salvo parcelamento que respeite o mdulo rural
mnimo.
Seo II
Da Macrozona de Proteo aos Mananciais
Art. 44. A Macrozona de Proteo aos Mananciais ocupa as reas rurais das
bacias de captao d'gua de Passo Fundo.
Pargrafo nico. A Macrozona de Proteo aos Mananciais confronta ao Norte
com o municpio de Coxilha, tendo como limite a divisa municipal; ao Leste, com o
municpio de Mato Castelhano, tendo como limite a divisa municipal; ao Sul, com a
Macrozona de Produo Agrofamiliar, tendo como limite a estrada Passo do Cruz; a
Sudeste, com a Macrozona Urbana, tendo como limite o permetro urbano e a Oeste
com a Macrozona de Produo Agropastoril, tendo como limite a BR-153 (Rodovia
Transbrasiliana).
Seo III
Da Macrozona de Produo Agropastoril
Art. 45. A Macrozona de Produo Agropastoril compreende os distritos de
Pulador e Bela Vista e parte da Bacia do Rio Passo Fundo.
Pargrafo nico. A Macrozona de Produo Agropastoril confronta ao Norte
com o municpio de Ponto e municpio de Coxilha, tendo como limite as divisas
municipais; ao Leste, com a Macrozona de Proteo aos Mananciais e a Macrozona
Urbana, tendo como limites a BR-153 (Rodovia Transbrasiliana) e o permetro urbano; a
Sudeste, com a Macrozona de Produo Mista delimitada pelo Arroio Bernardo Paes; ao
Sul, com o municpio de Ernestina e Santo Antnio do Planalto, tendo como limite as
divisas municipais e a Oeste, com o municpio de Carazinho, tendo como limite a divisa
municipal.
Seo IV
Da Macrozona de Produo Agrofamiliar
Art. 46. A Macrozona de Produo Agrofamiliar compreende os distritos de So
Roque e de Sede Independncia.
Pargrafo nico. A Macrozona de Produo Agrofamiliar confronta ao Norte,
com a Macrozona Urbana e a Macrozona de Proteo aos Mananciais, tendo como
limites a estrada Passo do Cruz e o permetro urbano; ao Leste, com o municpio de
Mato Castelhano e Marau, tendo como limites as divisas municipais; ao Sul, com o
municpio de Marau, tendo como limite o Rio Jacu; e ao Oeste, a Macrozona de
Produo Mista, tendo como limite o Arroio Pinheiro Torto.
Seo V
Da Macrozona de Produo Mista
Art. 47.
Recreio.
Seo VI
Do Sistema Virio Municipal
Art. 48. O Sistema Virio Municipal ser composto por:
I rodovias federais e estaduais;
II estrada interdistrital;
III estradas municipais;
IV rede ferroviria;
Art. 49. No caso de obras em rodovias estaduais ou federais o rgo ou ente
municipal responsvel pelo planejamento dever ser consultado.
Art. 50. A estrada interdistrital dever ser responsvel pela ligao entre os
distritos, fomentando a integrao entre as comunidades e o turismo rural.
Gravata (Rua);
Guilherme Kurtz (Rua), entre a rua Daltro Filho e a Rua Quinzio Bertoldi;
Itapetininga (Rua), entre a Rua Joo Lngaro e a Avenida Presidente Vargas;
Joo Catapan (Rua), entre a Avenida Miguelzinho Lima e a Rua Diogo de
Oliveira;
Joo Lngaro (Rua), entre a Avenida Perimetral Deputado Guaracy Barroso
Marinho e a Rua Itapetininga;
Leopoldo Vila Nova (Rua) e Rua Gaspar de Lemos, entre a Rua Santa Catarina e
a Rua Epitcio Pessoa.
Luiz de Cames (Avenida), entre a Avenida Pe. Antonio Vieira e a BR 285;
Maria Oliveira Winckler (Rua), entre a Avenida Telmo Ilha e RS 135;
Miguel Vargas (Rua), entre a Avenida Brasil Oeste e a Avenida Perimetral
Deputado Guaracy Barroso Marinho;
Miguelzinho Lima (Avenida), entre a Rua Joo Catapan e a rea de Preservao
de Recursos Hdricos;
Muum (Rua), entre a Rua Martin Luterking e a Avenida Miguelzinho Lima;
Nascimento Vargas (Rua), entre a Avenida Sete de Setembro e a Rua Fagundes
dos Reis;
Niteri (Rua);
Nova Olinda (Avenida), entre a Avenida Pe. Antonio Vieira e a Rua Pe. Rus;
Pe. Antonio Vieira (Avenida), entre a RS 135 e a BR 285;
Professora Matilde Mazeron (Rua), entre a rea de Preservao de Recursos
Hdricos e a Rua Santa Helena;
Quinzio Bertoldi (Rua), entre a Rua Guilherme Kurtz e a Avenida Perimetral
Deputado Guaracy Barroso Marinho;
Rio Grande (Avenida), entre a Rua Taquara e a Rua Gelson Ribeiro;
Rosrio (Rua do), entre a Rua Santa Helena e a Rua da Brigada Militar;
Ruas e Avenidas e Quadras compreendidas no permetro formado pela Ismael de
Quadros (Rua), at a Rua General Mallet, por esta at a Rua Guilherme Kurtz, por esta
at a Rua General Osrio e por esta at encontrar novamente a Rua Ismael de Quadros;
Ruas e Avenidas e Quadras compreendidas no permetro formado pela Jos
Bonifcio (Rua), at a Rua Santa Catarina, por esta at a Rua Professor Annes Dias, por
esta at a Rua Paran, por esta at a Avenida Coronel Pelegrini, por esta at a Rua
Duque de Caxias e por esta at encontrar novamente a Rua Jos Bonifcio;
III nos casos em que um lote estiver contido em duas ou mais zonas de uso e
intensidade de ocupao diferenciados, sero adotados os usos da zona onde estiver
localizada a maior soma de suas testadas, a menor taxa de ocupao destas zonas e o
coeficiente de aproveitamento correspondente a cada zona.
Seo II
Do Sistema Virio Urbano
Art. 60. O sistema virio urbano ser composto por:
I trechos de rodovias federais e estaduais;
II eixos virios;
III vias principais;
IV binrios;
V vias de ligao;
VI vias locais;
VII ciclovias;
VIII vias de pedestres.
Art. 61. As vias pertencentes ao sistema virio urbano, conforme o mapa n03
devero obedecer aos gabaritos mnimos disposto no anexo n 01.
Pargrafo nico. Todas as vias pertencentes ao Sistema Virio Urbano, cujos
gabaritos atuais sejam menores do que o proposto devero sofrer processo de
alargamento, conforme disposto no anexo 01.
Art. 62. Os eixos virios so compostos por vias existentes na malha urbana, que
atravessam a cidade nas direes Nordeste-Sudoeste e Noroeste-Sudeste.
Art. 63. As vias principais e os binrios so vias alternativas aos eixos virios,
responsveis pela interligao entre parcelas do espao urbano e destas parcelas com os
eixos virios e as rodovias.
Art. 64. As vias de ligao tm a funo de promover a circulao entre as
parcelas do espao urbano e conduzir o trfego aos binrios, vias principais e eixos
virios.
Art. 65. As vias de pedestres so estruturas destinadas circulao de pedestres
separados do trnsito de veculos motorizados.
Art. 66. As obras de arte so estruturas destinadas a transposio de
condicionantes fsicos.
CAPTULO III
DOS USOS
Art. 67. Os Usos sero classificados para cada zona, como:
I Conformes: compreendem as atividades possveis de serem implantadas em
uma determinada zona;
II Permissveis: compreendem as atividades passveis de serem implantadas em
uma determinada zona, dependendo de parecer favorvel do rgo ou ente responsvel
pelo planejamento e do conselho municipal pertinente;
III Desconformes: so aqueles que no podem ser implantados em uma
determinada zona.
1 Os usos no definidos nesta lei podero ter a sua implantao permitida
mediante parecer favorvel do rgo ou ente responsvel pelo planejamento e do
conselho municipal pertinente.
2 Os usos conformes, permissveis e desconformes para cada zona, macrozona
e sede distrital encontram-se definidos em tabela constante no anexo n 04.
Art. 68. Para os efeitos desta lei e das demais legislaes urbansticas municipais,
os usos so agrupados em:
I - Atividades Residenciais;
II - Atividades Comerciais e de Servios;
III - Atividades Industriais;
IV - Atividades Especiais;
V - Atividades Primrias.
Art. 69. As atividades residenciais dividem-se nos seguintes usos:
R.1 Residencial Unifamiliar: edificao ou conjunto de edificaes que
constituem uma nica economia residencial;
R.2 Residencial Multifamiliar Horizontal: conjunto de edificaes horizontais
unifamiliares agrupadas em um mesmo lote ou gleba, submetidas s exigncias quanto ao
lote mnimo;
R.3 Residencial Multifamiliar Vertical: Edificao ou conjunto de edificaes
verticais que agrupam vrias economias residenciais em um mesmo lote ou gleba,
submetidas s exigncias quanto a Cota Ideal por Dormitrio (CID).
Art. 70. As atividades comerciais e de servios dividem-se nos seguintes usos:
P.7 Avicultura: atividades relacionadas criao de aves, tais como: aves para
corte, unidade de produo de ovos e outros.
P.8 Hortifruticultura: atividades relacionadas ao manejo de hortas e pomares.
Art. 74. Os usos definidos nesta lei encontram-se discriminados nos anexos n 02
e 03.
Art. 75. As atividades existentes consideradas desconformes somente podero ser
ampliadas mediante Relatrio de Impacto de Vizinhana, ambos aprovados pelos rgos
competentes, com parecer favorvel do rgo ou ente responsvel pelo planejamento e
dos conselhos municipais pertinentes.
Art. 76. A renovao de alvar de funcionamento e localizao de atividades
desconformes segundo esta lei, somente poder ocorrer mediante parecer favorvel do
rgo ou ente responsvel pelo planejamento e do conselho municipal pertinente, que
definiro as medidas compensatrias necessrias.
CAPTULO IV
DOS NDICES URBANSTICOS
Art. 77. Para os efeitos desta Lei devero ser observados os seguintes ndices
urbansticos:
I Taxa de Ocupao (TO);
II Coeficiente de Aproveitamento Bsico (CA);
III Taxa de Permeabilidade (TP);
IV Cota Ideal por Dormitrio (CID);
V Lote Mnimo (LM).
Art. 78. Taxa de Ocupao (TO) a percentagem da rea do lote ocupado pela
rea da projeo horizontal mxima da edificao.
Pargrafo nico. No sero computados para a definio da rea de projeo
mxima da edificao:
I floreiras;
II terraos localizados na transio da TO de 80% para 60%.
Art. 79. Coeficiente de Aproveitamento (CA) o nmero que multiplicado pela
rea do lote resulta na rea mxima edificvel.
TO = 20%
CA = 0,2
LM = 2.000 m
Pargrafo nico. Na rea constituda de uma faixa de preservao de 30 (trinta)
metros ao longo do curso da gua, medida em projeo horizontal, a partir da linha de
contorno correspondente ao nvel mximo de gua do respectivo curso, no sero
permitidas edificaes.
1 Quando no houver limites fsicos estabelecendo a divisa das zonas, dever
ser observado uma faixa de 150 (cento e cinqenta) metros para cada lado ao longo do
Rio Passo Fundo e de 100 (cem) metros para os demais cursos d gua, medida em
projeo horizontal, a partir da linha de contorno correspondente ao nvel mximo de
gua do respectivo curso.
Art. 87. Nas Zonas de Proteo da Mata Nativa (ZPMN) as edificaes
obedecero aos seguintes ndices urbansticos mximos:
TO = 3%
CA = 0,03
LM = 20.000 m
Art. 88. Nas Zonas de Recuperao Ambiental (ZRA) no sero permitidas
edificaes e usos at a aprovao de projeto de recuperao ambiental pelo rgo
competente da municipalidade.
Art. 89. Nas Zonas de Ocupao Controlada Um (ZOC1) as edificaes
obedecero aos seguintes ndices urbansticos mximos:
TO = 40%
CA = 0,8
LM = 300 m
1 Na rea constituda de uma faixa de preservao de 30 (trinta) metros ao
longo do curso da gua, medida em projeo horizontal, a partir da linha de contorno
correspondente ao nvel mximo de gua do respectivo curso, no sero permitidas
edificaes.
2 As edificaes existentes, na rea referida no pargrafo anterior, no podero
ser ampliadas, sendo permitidas somente obras de manuteno e reforma.
CA = 3,6
CID = 10m
LM = 300 m
Art. 100. Na Zona de Transio (ZT) as edificaes obedecero aos seguintes
ndices urbansticos mximos:
TO = 60%
CA = 2,8
CID = 15m
LM = 300 m
Art. 101. Na Zona de Ocupao Extensiva (ZE) as edificaes obedecero aos
seguintes ndices urbansticos mximos:
TO = 60%
CA = 0,8
CID = 40m
LM = 300 m
Art. 102. Na Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) as edificaes obedecero
aos seguintes ndices urbansticos mximos:
TO = 60%
CA = 0,8
CID = 60m
LM = 200 m
Art. 103. Na Zona de Usos Especiais (ZUE) as edificaes obedecero a regime
urbanstico prprio a ser definido em lei, com o parecer favorvel dos conselhos
municipais pertinentes.
Art. 104. Na Zona de Recreao e Turismo Um (ZRT1) as edificaes
obedecero aos seguintes ndices urbansticos mximos:
TO = 20%
IA = 0,2
LM = 3.000 m
Art. 105. A regulamentao dos usos e ndices urbansticos das reas definidas
nos incisos II a VII, do art. 58, sero fixados por Decreto Municipal.
CAPTULO VI
DOS RECUOS
Art. 106. Recuos so afastamentos entre as edificaes e os limites do lote onde
estas estiverem inseridas, destinados qualificao do ambiente urbano, em especial a
ventilao e a iluminao natural.
Art. 107. Para os efeitos desta Lei sero considerados os seguintes recuos:
I - frontais;
II recuos laterais e de fundos;
III recuos virios.
Art. 108. Considera-se recuo frontal o afastamento da edificao do alinhamento
pblico como garantia de espao no edificvel.
1 O recuo frontal mnimo ser de 4,00m.
2 Na Zona de Ocupao Intensiva Um (ZOI1) ser dispensado o recuo frontal
para os pavimentos caracterizados como sub-solo, trreo e um pavimento acima do
trreo, at um limite de 7m contados partir da soleira de entrada do prdio at a laje de
forro do pavimento superior ao trreo.
3 Os pavimentos acima do limite de 7m referidos no pargrafo anterior
devero obedecer obrigatoriamente ao recuo frontal de 4,0 metros, excetuando-se os
lotes de esquina com largura inferior a 15 metros que devero ter o clculo do recuo
frontal mnimo conforme o expresso no pargrafo seguinte.
4 Os lotes regulares de esquina, cuja menor testada seja inferior a 15 metros,
podero ter o recuo frontal reduzido na direo da menor dimenso, pela frmula R=T11 metros, sendo R=Recuo frontal, T=Testada menor, sendo limitado o recuo mnimo a
2,0 metros.
5 Nos lotes situados na Zona de Ocupao Intensiva Um (ZOI1), na Zona de
Ocupao Intensiva Dois (ZOI2) e na Zona de Transio (ZT) que tiverem testada para
as praas, inclusive os lotes de esquina, devero respeitar recuo frontal mnimo de 8,0
metros para os pavimentos situados acima dos 7,0 metros de altura, contados partir da
soleira de entrada do prdio at a laje de forro do pavimento superior ao trreo.
6 Para os lotes irregulares, as redues de recuo frontal sero analisadas caso
a caso, visando adequ-las a frmula prevista no pargrafo anterior.
CAPTULO VII
DAS EDIFICAES
Art. 115. As edificaes sero regidas pelo Cdigo de Obras e Cdigo de
Posturas Municipal, respeitadas as normas deste plano.
Art. 116. As edificaes executadas em desacordo com esta lei, durante sua
vigncia, ficam sujeitas a embargos e demolio, sem direito a qualquer indenizao, no
sendo permitida qualquer obra de ampliao e reforma sem que sejam sanadas as
irregularidades.
CAPTULO VIII
DAS GARAGENS E ESTACIONAMENTOS
Art. 117. Ser exigida a construo de garagens ou a reserva de reas para
estacionamento, cobertas ou no, observando-se as seguintes propores:
1 Para os usos R.1 e R.2:
I uma vaga por unidade com rea privativa de construo de at 150m;
II duas vagas por unidade com rea privativa de construo maior que 150m;
2. Para o uso R.3:
I uma vaga por unidade com rea privativa de construo menor que 120 m;
II duas vaga por unidade com rea privativa de construo maior que 120 m e
menor que 240 m;
III trs vaga por unidade com rea privativa de construo maior que 240 m;
IV ser obrigatrio em edifcios de Kitinetes e JKs, uma vaga para cada duas
unidades.
3 Para os usos CS.1, CS.2, CS.3, CS.18, CS.29, CS.30, I.1 e I.3, uma vaga a
cada 80m de rea construda, com no mnimo uma vaga por unidade;
4 Para os usos CS.6, CS.19, CS.13, CS.23 e CS.25, uma vaga a cada 25m de
rea construda.
Seo IV
Da desapropriao com pagamento em ttulos
Art. 137. Decorridos os 5 (cinco) anos da cobrana do IPTU progressivo sem o
atendimento das obrigaes impostas ao parcelamento, utilizao ou edificao
compulsrias, o municpio poder proceder desapropriao do imvel com pagamento
em Ttulos da Dvida Pblica.
Pargrafo nico. At efetivar-se a desapropriao, o IPTU progressivo
continuar sendo lanado na alquota mxima atingida no quinto ano da progressividade,
o mesmo ocorrendo em caso de impossibilidade de utilizao da desapropriao com
pagamentos em ttulos.
Seo V
Do consrcio imobilirio
Art. 138. Fica facultado aos proprietrios de qualquer imvel, inclusive os
atingidos pela obrigao de que trata o artigo 127 e seguintes desta Lei, propor ao Poder
Executivo Municipal o estabelecimento de consrcio imobilirio, especialmente de
imveis localizados nas zonas especiais de interesse social, zonas e distritos industriais e
zonas de produo.
1 Entende-se consrcio imobilirio como a forma de viabilizar a urbanizao
ou edificao por meio da qual o proprietrio transfere ao Municpio seu imvel e, aps
a realizao das obras, recebe, como pagamento, unidades imobilirias devidamente
urbanizadas ou edificadas.
2 O valor das unidades imobilirias a serem entregues ao ex-proprietrio do
terreno ser correspondente ao valor do imvel antes da execuo das obras.
Art. 139. Para ser estabelecido, o consrcio imobilirio dever obter parecer
favorvel do rgo ou ente responsvel pelo planejamento urbano municipal e do
conselho municipal pertinente, alm do relatrio de impacto de vizinhana, e dever
atender a uma das seguintes finalidades:
I promover habitao de interesse social ou equipamentos urbanos e
comunitrios em terrenos vazios;
II melhorar a infra-estrutura urbana local;
III promover a urbanizao em reas de expanso urbana;
IV promover o desenvolvimento local.
Seo VI
Do direito de preempo
Art. 140. O Poder Pblico Municipal poder exercer o direito de preempo para
aquisio de imvel urbano objeto de alienao onerosa entre particulares, sempre que o
municpio precisar de reas para:
I regularizao fundiria;
II execuo de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III constituio de reserva fundiria;
IV ordenamento e direcionamento da expanso urbana;
V implantao de equipamentos urbanos e comunitrios;
VI criao de espaos pblicos de lazer e reas verdes;
VII criao de unidades de conservao ou proteo de reas de interesse
ambiental e paisagstico;
VIII proteo de reas de interesse histrico e cultural;
IX promoo do desenvolvimento local.
1 Os imveis colocados venda nas reas de incidncia do direito de
preempo devero ser obrigatoriamente previamente oferecidos ao Municpio.
2 As reas para a aplicao do direito de preempo sero definidas por lei
municipal.
Art. 141. O Executivo Municipal dever notificar os proprietrios dos imveis
localizados em rea de incidncia do direito de preempo dentro do prazo de 90
(noventa) dias a partir da vigncia da lei que estabeleceu a preferncia do Municpio
diante de alienao onerosa.
1 Na impossibilidade da notificao pessoal do proprietrio do imvel, esta
ser feita atravs de publicao no rgo oficial de comunicao do Municpio.
2 O direito de preempo vige pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar da data
da notificao prevista no caput deste artigo, independentemente do nmero de
alienaes referentes ao imvel.
3 Transcorrida a vigncia do direito de preempo, este somente poder ser
renovado atravs de lei, aps o transcurso do prazo de um ano do seu trmino.
Art. 142. O proprietrio de imvel sobre o qual incida o direito de preempo
dever notificar o Municpio da sua inteno de alienar o bem, informando o preo, as
condies de pagamento e a validade da proposta, como tambm o disposto nos incisos
II a IV do pargrafo primeiro deste artigo.
Seo VII
Da outorga onerosa do direito de construir
Art. 144. A Outorga Onerosa do Direito de Construir a autorizao emitida
pelo Poder Pblico Municipal para o exerccio do direito de construir acima dos ndices
urbansticos adotados no local, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficirio,
com a finalidade de equilibrar a ocupao do solo urbano existente.
1 A outorga onerosa do direito de construir somente incidir nas zonas
definidas pela municipalidade, em percentual no superior a 25% (vinte e cinco por
cento) do coeficiente de aproveitamento.
2 Lei municipal estabelecer as condies para as concesses de outorga
onerosa do direito de construir, determinando, entre outros itens:
I - as zonas passveis da outorga onerosa do direito de construir;
II - as circunstncias possibilitadoras da outorga;
III frmula de clculo para a cobrana da outorga;
IV casos passveis de iseno;
V contrapartida do beneficirio;
VI competncia para a concesso;
VII procedimentos para a concesso da outorga.
Art. 145. Os recursos provenientes da outorga onerosa do direito de construir
sero aplicados, preferencialmente no Fundo Municipal de Habitao.
Seo VIII
Das operaes urbanas consorciadas
Art. 146. Operao urbana consorciada o conjunto de medidas coordenadas
pelo Municpio com a participao de proprietrios, moradores, usurios permanentes e
investidores privados, com o objetivo de alcanar transformaes urbansticas, melhorias
sociais e valorizao ambiental em uma determinada rea urbana.
1 Cada operao urbana consorciada ser criada por lei municipal especfica,
contemplando, no mnimo:
I delimitao do permetro da rea a ser atingida;
II finalidades da operao;
III programa bsico de ocupao da rea e intervenes previstas;
IV programa de atendimento econmico e social para populao de baixa renda
afetada pela operao;
CAPTULO III
DO PLANEJAMENTO ESTRATGICO MUNICIPAL
Art. 154. O planejamento estratgico municipal ser integrado pelo somatrio
dos planos de desenvolvimento econmico, plano do patrimnio natural e paisagstico,
plano do patrimnio histrico e cultural, plano de infra-estrutura, plano de transportes,
plano de habitao, plano integrado dos equipamentos urbanos municipais, definidos
nesta Lei.
1 Aos planos definidos no caput somar-se-o outros planos municipais
construdos em polticas setoriais, com a participao da sociedade e do governo.
2 Os planos previstos no caput deste artigo sero elaborados no prazo mximo
de 30 meses a contar da data de publicao desta lei.
3 condio de validade dos planos definidos neste artigo a participao
efetiva do conselho municipal pertinente na sua elaborao.
Art. 155. No prazo mximo de 24 (vinte e quatro) meses a contar da data de
publicao desta lei dever ser elaborado, atravs de lei, o plano diretor de cada sede
distrital.
Pargrafo nico. Enquanto o plano diretor a que se refere o caput no for
elaborado, as edificaes devero obedecer, alm das especificaes do cdigo de obra,
as seguintes determinaes de ocupao do espao:
I coeficiente de aproveitamento (CA) = 0,8;
II taxa de ocupao (TO) = 40%;
III recuo frontal = 4,0 m
IV lote mnimo = 500m
V taxa de permeabilidade (TP) = TP = (1-TO).0,5
TTULO VI
DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS
Art. 156. No prazo mximo de 12 (doze) meses a contar da data da publicao
desta lei dever ser elaborada a lei de parcelamento do solo urbano, como tambm as leis
que disciplinem o IPTU progressivo, a outorga onerosa e a transferncia do direito de
construir.
Art. 157. No prazo mximo de 24 (vinte e quatro) meses a contar da data da
publicao desta lei dever ser elaborada o cdigo de posturas e revisado o cdigo de
obras e o plano ambiental.