Artigo Marcia Vedoveli Nicolau - Neuropsicopedagogia

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FACULDADE NOVA ATENEU/IPEMIG

MARCIA VEDOVELI NICOLAU

EDUCAÇÃO INCLUSIVA
TEA (AUTISMO)

BELO HORIZONTE - MG

2018
FACULDADE NOVA ATENEU/IPEMIG

MARCIA VEDOVELI NICOLAU

EDUCAÇÃO INCLUSIVA
TEA (AUTISMO)

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


apresentado a Faculdade Nova
Ateneu/IPEMIG como pré-requisito para
obtenção do título de especialista em
Neuropsicopedagogia.

BELO HORIZONTE-MG

2018
NICOLAU, Marcia Vedoveli. Educação Inclusiva. TEA- Autismo. Belo Horizonte:
Faculdade Nova Ateneu/IPEMIG, 2018. Especialização em Neuropsicopedagogia.

RESUMO

O presente trabalho trata sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), suas causas e
intervenções, com o objetivo de levar informações sobre tratamentos terapêuticos e
intervenções pedagógicas que possam facilitar a comunicação interpessoal do autista,
tanto nos âmbitos da interação familiar quanto social. É muito significativo para o
autista e, sem dúvida, um grande desafio para os profissionais, criar infinitas
possibilidades e oportunidades para que o mesmo aprenda o significado de “mundo” e,
principalmente, a “se significar” dentro dele. O ensino de novas habilidades, bem como
eliminar comportamentos indesejáveis, o envolvimentos dos pais, educadores e de
todas as pessoas que participam da vida da criança é fundamental durante todo o
processo de intervenção e tratamento. E considerando a diversidade, e respeitando à
essa diversidade, o presente trabalho focaliza a Educação Inclusiva, que pressupõe
atender á diversidade de necessidades dos alunos na escola, inclusive, o aluno autista.
Atualmente há políticas que asseguram a igualdade de oportunidades e a Inclusão
Escolar, no sentido de que a educação escolar seja realmente um exercício de
cidadania podendo, assim, superar obstáculos impostos pelas limitações do sistema
regular de ensino e desenvolvendo a construção de uma sociedade inclusiva.

Palavras-chave: TEA. Intervenções. Inclusão.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................................5
DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................6
CONCLUSÃO...................................................................................................................21
REFERÊNCIAS................................................................................................................22
5

INTRODUÇÃO

A saúde do aluno é um tema atualmente discutido por profissionais da área da


educação inclusiva que buscam aprofundar seus estudos em abordagens específicas
de acompanhamento no contexto da educação inclusiva no cenário educacional atual.
O avanço da tecnologia e características contemporâneas que estão presentes
no desenvolvimento cognitivo, por outro lado, limitam experiências corporais e sociais,
trazendo prejuízos no desenvolvimento global satisfatório. Desta forma, vemos outra
questão que a escola deve se preocupar que diz respeito ao desenvolvimento da
criança com necessidades especiais, aqui em especial, o autista.
São inúmeras as demandas presentes no ambiente familiar, social e escolar que
vão desde questões de ordem motora, linguagem, socialização, afetividade, emoções,
entre outros. Estas demandas além de, geralmente, não estarem no foco da atenção,
quando são percebidas, recebem abordagem pontuais, caracterizando um tratamento
incompleto. Visto que, a educação no ambiente escolar está ligada muito mais a uma
formação intelectual:

Quanto mais o professor sobe na hierarquia universitária, menos ele está


preparado para encarar este tipo de situação, e mais convencido está de que
sua tarefa é permitir que os alunos se aproximem o máximo possível do modelo
intelectual que ele representa (LE BOULCH, 2008, p.39).

Diante do contexto escolar atual, a educação inclusiva vem atuando na escola


regular no apoio as ações voltadas ao processo de inclusão escolar de sujeitos com
demandas física, intelectual e psicossocial, ou seja, trabalhando como profissional da
equipe de apoio neste processo.
Desta forma, o educador diante do aluno autista, que é o foco deste estudo,
desenvolve ações e orientações quanto as peculiaridades de seu aluno, participa no
planejamento fazendo uso de seus conhecimentos referente a dinâmica das atividades
e análise das mesmas, quando necessário faz uso de tecnologia assistida, trabalhando
com as atividades de vida diária básica e instrumental, além, de junto a escola
desenvolver programas com o objetivo de superação de obstáculos no processo de
inclusão, principalmente na questão do preconceito.
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O TEA trata-se de um transtorno no desenvolvimento intelectual que aparece nos


três primeiros anos de vida e o mesmo atinge as habilidades de comunicação e
interação social. Em maio de 2013 foi lançada a quinta edição do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), que mencionou mudanças consideráveis
no contexto do autismo. Dentre estas mudanças estão novos diagnósticos e alterações
de nomes de doenças e condições já existentes. Nesse documento, o autismo foi
incorporado a um novo termo médico e englobador, chamado de Transtorno do
Espectro do Autismo (TEA).
A proposta deste estudo é identificar outra possibilidade de atuação pedagógica
na escola regular, utilizando-se da educação e reeducação global do autista, com o
objetivo de garantir um bom desempenho escolar da criança e, consequentemente,
garantir o seu desenvolvimento global, na medida do possível.
Pensando no ambiente escolar regular e na educação inclusiva dos alunos com
déficits intelectuais, foco da minha pesquisa, proponho a seguinte questão: como
objetivos preventivos, o professor pode desenvolver ações com técnicas de
aprendizagem que favoreçam o desempenho escolar, desenvolvimento infantil e
relações sociais do aluno, levando em consideração que um desenvolvimento
adequado proporciona ao aluno um bom desempenho não somente no âmbito escolar,
como no desenvolvimento emocional e psicossocial.
Além disto, os objetivos do professor atuante em Educação Inclusiva em suas
aulas direcionadas ao aluno deficiente autista poderão somar-se com os objetivos da
escola e, consequentemente, dos profissionais envolvidos em busca do principal
objetivo que é o desenvolvimento global e humanizado do aluno.

DESENVOLVIMENTO
O TEA é a sigla para transtorno do espectro autista, o autismo é um transtorno
ou perturbação que faz parte de uma classificação em que atinge a pessoa em
diferentes níveis, o termo espectro é usado, pois é como se fosse uma sombra que
pode atingir em maior ou menor grau. Em relação às características comportamentais
se destacam três, dificuldade de socialização, comunicação e atividades e interesses
restritos. Existem autistas de auto funcionamento como os que têm síndrome de
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asperger e os de baixo funcionamento que não desenvolveram autonomia. As PEA


(perturbações do espectro autista) incluem outros transtornos como síndrome de
asperger, TDI (transtorno desintegrativo da infância), síndrome de rett, TGD (transtorno
global do desenvolvimento), e outras perturbações associadas, são elas, síndrome de
algemam, síndrome de prader-wili, síndrome de landau-kleffner, síndrome do x frágil.
(MARQUES, 2000 apud OLIVEIRA, 2014).
Dentre as características dos sintomas autistas estão às estereotipias, em alguns
casos dificuldades graves na linguagem que podem dificultar muito o trabalho do
pedagogo em sala de aula, cerca de 75% de crianças com autismo apresentam ecolalia
que e a repetição da fala de outras pessoas, ou seja, a criança com TEA tem em sua
maioria dificuldade de comunicação verbal e não verbal, que podem ser considerado
grande desafio para os educadores, sendo que a formação desses profissionais não
fornece subsídios necessários à prática. Para isso é importante que o profissional saiba
olhar cada criança de forma individualizada, observando seu comportamento em sala
de aula para descobrir quais os interesses da criança que podem ser usados como
ferramenta educacional, é na prática que o educador vai encontrar meios para sua
atuação. O diagnóstico de autismo não é feito apenas por um profissional e sim por
uma equipe composta por psicólogos, médicos e pedagogos, pois a intervenção é
multidisciplinar, é essa vivencia prática com a criança que pedagogo vai levar para
compartilhar com a equipe e traçar um projeto pedagógico que atenda as necessidades
dessa criança (COSTA, PEDREIRA, 2017)
De acordo com o DSMIV-TR (2002) em alguns casos de autismo a criança
apresenta comportamento destrutivo, agredindo colegas, professores, familiares e a si
mesma, isso pode ocorrer quando a rotina dela é quebrada ou quando está em um
ambiente novo, pois tem muita resistência a mudanças. Já em caso de aspergers,
muitos tem altos níveis de inteligência preservados e desenvolvem habilidades em
áreas como música memorização, arte e etc.
São diversos os desafios que a escola tem enfrentado no contemporâneo, dentre
eles estão o processo de inclusão. Que é considerado um desafio, pois exige
movimento de diversos setores da educação, família, e políticas públicas. O direito a
educação e igualdade de direitos não é algo emergente.
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Novo é a noção de direitos que as pessoas tem hoje devido à globalização e


seus reflexos como maior acesso a informação. A informação é responsável, pois já
existiam leis que davam suporte e direitos às minorias, as pessoas não conheciam seus
direitos, o conhecimento era privilégio de poucos, e com isso muitas crianças com
deficiência física, intelectual e portadoras de transtornos, como os do espectro autista
nem chegavam a ir à escola.
A filósofa Viviane Mosé disserta a esse respeito em seu livro ‘A Escola e os
Desafios Contemporâneos’(2013), de acordo com a autora o capitalismo de produtos
explorou ao máximo o que podia, direcionando-se então para o capital humano,
capitalismo de conceitos e valores. O que não quer dizer com isso que temos valores
dados, o contemporâneo enfrenta uma crise de valores, e devido à plasticidade do ser
humano, ele passa a criar seus próprios valores, em consequência a própria escola
passa a se recriar, buscar novos caminhos em meio ao caos contemporâneo, se trata
de caos contemporâneo, pois toda a demanda da sociedade passa a desaguar na
escola que tem profissionais na luta em se adequar e se preparar para a demanda.
E imprescindível falar em leis quando o assunto e inclusão, sendo o que se
refere à inclusão no legislativo a mesma se baseiam na igualdade de direitos, pois de
acordo com a constituição brasileira no art. 5°, caput, todas as pessoas são iguais
perante a lei. Celso Bandeira de Mello faz questionamentos muito pertinentes a
respeito, trouxe um pouco do pensamento aristotélico do critério de tratar de forma igual
os iguais e de forma desigual os desiguais. Por esse prisma o tratamento igual não se
equipara a noção de justiça, pois dada a singularidade dos sujeitos o principio da
isonomia de tratamento ligado à igualdade nem sempre será justa. (Mello, 1978).
É um questionamento pertinente a área da educação, pois e importante saber
que incluir vai além de colocar a criança autista na sala e dizer que ela é igual, pois é
necessário perceber a criança em suas particularidades de forma que se busque
trabalhar com ela de forma não igual e sim na medida de suas necessidades, porém é
necessário antes incluir para durante o processo o profissional da educação passe a
encontrar caminhos junto à comunidade para aprender a ensinar e trabalhar com a
diversidade.
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Visando promover a inclusão no ano de 1990 ocorre a Conferência de Educação


para Todos promovida pela UNESCO, e tinha por proposta principal a universalização
do acesso à educação, com ênfase na necessidade de fornecer educação para
minorias como, indígenas, refugiados e crianças com necessidades especiais. A
adesão brasileira ocorreu através da criação de Leis de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, n° 9394/96. Art. 58. Que assegurava a vaga no ensino regular para crianças
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou
superdotação. No ano de 2008 é também incorporada à legislação a ementa que
assegura a participação efetiva da pessoa com necessidades especiais na sociedade,
com isso oferece atendimento especial de forma que atenda as necessidades do aluno,
sendo considerado papel da escola e comunidade o uso de estratégias que visem
inserir a criança com dificuldades especiais no processo de ensino e aprendizagem.
(OLIVEIRA, et al., 2015)
O ECA (estatuto da criança e adolescente), na Lei n°8.069/90. Art. 55 determina
que os pais têm obrigação de matricular seus filhos na escola. A declaração de
Salamanca (1994), também teve reflexos de incentivo na construção de maior
consciência e estímulo a políticas públicas de educação inclusiva. (MEC/SEESP, 2007).
A Lei Berenice Piana (LEI Nº 12.764), estabelece a obrigatoriedade de as escolas
publicas receberem crianças autistas prestando assistênciaas mesmas. (BRASIL, 2012)
Em relação às crianças com transtornos do espectro autista, Kirk e Gallaguer
(2000 apud Oliveira 2014) citam quatro etapas no processo de inclusão, as crianças já
foram marginalizadas, em um segundo momento protegidas, no terceiro incluídas no
ensino regular, e apenas no quarto momento que e o atual começa a ser delineado uma
escola que avalia as necessidades do aluno de forma individualizada, visando atender
as necessidades especificas de cada criança, entendendo que cada criança é única, só
a partir de tal percepção é que o professor passa a criar estratégias que beneficiam a
criança. Os educadores também devem adotar a inclusão e buscar sempre adquirir
conhecimentos que direcionem sua prática educacional e possibilitem ensinar em uma
mesma classe crianças com diferentes necessidades de aprendizagem.
Pequenas ações de âmbito espacial como uso da sala, organização das classe.
E ações de cunho emocional como a maneira de estabelecer relações, ou seja, a
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relação aluno professor deve ser relação de afeto e respeito, o bom uso de aparelhos
como eletrônicos como tablets, sem tais ações a escola é considerada ambiente
restrito. Em casos que o aluno com TEA não desenvolve autonomia, é preparado um
currículo especifico individual (CEI), que auxilia o aluno através de aprendizagem de
nível funcional em contexto, esse currículo respeita a subjetividade do aluno, pois não o
enquadra em um método. (OLIVEIRA, 2014)
Visando auxiliar os educadores em sua atuação Prefeitura de São Paulo criou o
CEFAI (centro de formação acompanhamento a inclusão), que oferece cursos sobre
todos os tipos de deficiência, entre elas o autismo, ensinando o educador a ter melhor
manejo no trato com as crianças.
A alfabetização de crianças é um desafio, quando estas crianças possuem
Transtorno do Espectro Autista a dificuldade é ainda maior. Para que se obtenha êxito
nessa tarefa os professores dispõe de algumas tecnologias para auxiliá-los As páginas
a seguir vão considerar alguns destes recursos bem como a importância de preparar o
profissional desde a graduação de pedagogia. É digno de nota que a família precisa
manifestar grande interesse neste processo, principalmente se a criança está inserida
em escolas de ensino regular.
As propostas de inclusão visam à interação social do autista, para que se perca
a crença de que eles vivem num mundo próprio e que por isso devem ser isolados
nesse mundo. Para que a inclusão funcione e essas crianças desenvolvam ao máximo
seu potencial, se faz necessário um conteúdo de ensino estruturado que leve em conta
o grau de comprometimento de cada indivíduo.
Este é o primeiro passo para se iniciar o processo de ensino e alfabetização,
para auxiliar neste passo o professor, após identificar características de autismo no
aluno, o encaminho para atendimento psicológico para realização de testes e
avaliações, um recurso que o profissional especializado pode utilizar é o PEP – R (Perfil
Psicoeducador Revisar). O perfil obtido após o teste indicará o comprometimento e
fornecerá informações úteis relativas à natureza das habilidades do aprendizado e das
dificuldades da criança. Embora não seja definitivo e cem por cento fidedigno esse
teste, pois o perfil da criança pode apresentar evoluções, mesmo assim é considerado
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uma ferramenta útil e importante para guiar as capacidades de aprendizado do aluno


autista. (SANTOS, 2008)
Esse teste é importante, pois o currículo escolar deve ser específico para cada
aluno, uma vez que seu potencial é único. O método que funciona e alfabetiza uma
criança, não necessariamente funcionará para outra criança. As dificuldades de
aprendizado da criança autista são reais, mas quando exposta a um programa intenso
de aulas parecem ocorrer mudanças significativas. Cabe ressaltar uma vez mais que o
conteúdo do programa educacional de uma criança autista deve estar de acordo com
seu potencial, com sua idade e interesse e especificadores. (SANTOS, 2008).
Um exemplo a citar é de Soma Mukhopadhayay, que foi publicado na revista
Educação – em Setembro de 2004, educadora e mãe de um garoto autista, ela criou
um método pedagógico para estimular a interação do filho com o mundo exterior e para
alfabetizá-lo. Ao notar que seu filho olhava fixamente para um calendário, ela apontou
para os números, dizendo o nome deles em voz alta repetidamente, antes de completar
quatro anos, seu filho tinha aprendido a somar, subtrair e formar palavras apontando
para números e letras em um quadro. O comprometimento de seu filho é grave, mas
Soma não desistiu. Ela faz uso de qualquer canal sensorial aberto em uma criança
autista e dá certo. Atualmente, ela trabalha em Los Angeles e seu método, chamado
método de estímulo rápido, tem gerado sucesso espetacular, segundo os relatos. Este
caso confirma o que estudiosos afirmam, que apesar de ser difícil, não é impossível
prover ensino de qualidade a crianças que vivem esta realidade.
Destacando algumas ferramentas úteis para auxiliar no processo de
aprendizagem e alfabetização de alunos autistas, temos o programa TEACCH, criado
em 1964 por Eric Schoppler e colaboradores. O programa trabalha essencialmente com
a estruturação do tempo, atividades, materiais e ambientes utilizados pela criança com
o objetivo de compensar os déficits característicos do autismo e oferecer ganhos
significativos para o convívio social. Esta abordagem proporciona o ensino amplo de
conceitos e habilidades, incluindo a alfabetização, essencial para a formação intelectual
de indivíduos e a base para se obter outros conhecimentos que favorecem a autonomia
de cada um. (KWEE, SAMPAIO, ATHERINO, Tavares, 2009).
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Conforme afirmado no início do texto, para a utilização de quaisquer recursos


disponíveis na alfabetização do aluno autista, é necessário que o profissional esteja
muito bem preparado e empenhado em fornecer a estas crianças ensino de qualidade e
lutar contra a tendência de isolamento. O processo de adaptação que se exige dentro
do programa TEACCH é trabalhoso para os profissionais que utilizam este modelo, pois
as tarefas são elaboradas individualmente, de forma artesanal. .(KWEE, SAMPAIO,
ATHERINO, 2009).
Outra ferramenta útil para a alfabetização da criança autista é garantida graças
ao uso de dispositivos móveis por meio da realidade aumentada. O objetivo desta
aplicação é oferecer apoio à alfabetização, unindo as áreas da saúde e educação.
Nesta aplicação há recursos que possibilitam a visualização, interação e simulação
tridimensional de imagens. O objetivo que se espera alcançar é o aumento da
motivação e interesse dos alunos por meio destas tecnologias inovadoras.
(FERNANDES, 2015)
Apesar de uma tarefa árdua e de ter o grau de sucesso limitado e gradativo,
cada avanço que o aluno alcança, cada degrau de progresso assistido vale a pena. O
interesse de alcançar estas melhoras deve ser compartilhado entre pais e professores.
A assistência deve ser presada na escola e no lar, um trabalho constante e um desafio
muito gratificante. Esse desafio permite registrar diferentes percepções de profissionais
da educação, reportando informações rentáveis para o redimensionamento de atitudes
que mostrem tanto as diferenças como as identificações das pessoas, para aumentar a
aceitação tanto dos alunos, do corpo docente como da sociedade em geral.

CONCLUSÃO

Sem dúvida, partindo de uma perspectiva filosófica e ideológica, a inclusão é a


“crença” de que todos têm direito de participar ativamente da sociedade, contribuindo
de alguma forma para o seu desenvolvimento, além de ser uma estratégia que aparece
para quebrar barreiras cristalizadas em torno de grupos estigmatizados.
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Com o presente estudo viu-se que adotar uma prática inclusiva educacional
isoladamente, não significa realizar a inclusão de fato, visto que é necessário lançar
mão de novo olhar sobre a educação especial e o professor ser um facilitador de
saberes contando com apoio pedagógico, terapêutico e familiar em sua rotina de
trabalho.

Por fim, cabe ressaltar que a construção de uma educação verdadeiramente


inclusiva pode ser caracterizada como uma grande utopia por parte dos educadores,
das pessoas com deficiência e dos seus familiares, que devem estar todos
comprometidos com uma educação de qualidade. No entanto, faz-se necessário que
“nasçam” propostas com efeitos reais no processo de inclusão, que rompam com
paradigmas negativistas sobre o fazer pedagógico com vistas à inclusão.

Em suma, o presente trabalho nos trouxe o histórico da inclusão-exclusão de


pessoas com necessidades especiais na sociedade e na escola comum. Lembrando
alguns aspectos, Leis, resoluções que promovem a Educação Inclusiva. Porém para
que haja de fato a Inclusão, é necessário que todos cumpram com seus deveres
respeitando o próximo com suas diferenças e peculiaridades para que de fato haja
Inclusão de todos na escola comum, na vida, na sociedade, no mundo.

REFERÊNCIAS
 

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2012.Disponivelhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
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Disponivel<https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10610880/artigo-55-da-lei-n-8069-de-
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Editora Revista dos Tribunais, 1978.

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2015, 2014. Disponivel <
http://www.ceel.eletrica.ufu.br/artigos2014/ceel2014_artigo007_r01.pdf> Acesso 15 de
julho de 2018.

KWEE, Caroline Sianlian; SAMPAIO, Tania Maria Marinho; ATHERINO, Ciríaco


Cristóvão Tavares. Autismo: uma avaliação transdisciplinar baseada no programa
TEACCH. Revista CEFAC, v. 11, n. 2, 2009.

MOSÉ, Viviane. A escola e os desafios contemporâneos. Editora José Olympio, 2013.

OLIVEIRA, Diana Isabel Bernardes Morais. As percepções dos docentes sobre a


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Disponível em:<http://hdl.handle.net/10400.26/8588> Acesso em 15 de abril de 2018.

PEDREIRA, Alessandra Silva; COSTA, Maria Laine Souza da. Autismo na educação
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escolar. São Paulo, 2008.

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