Ensino Da Língua Portuguesa para Surdos
Ensino Da Língua Portuguesa para Surdos
Ensino Da Língua Portuguesa para Surdos
para surdos
Pauta
1.Acolhimento e entrega de materiais
2. Causas da deficincia auditiva ou surdez
2. Caractersticas do aluno surdo: deficincia ou diferena?
3. Legislao
4. Estudo dos aspectos lingusticos do ensino de Lngua Portuguesa
para surdos
5. Atividades de leitura - Vdeo
6. Almoo
7. Etapas da escrita para alunos surdos
8. Atividades de anlise de escrita de aluno surdo
9. Dinmica
9. Encerramento
Causas da Deficincia
Auditiva/Surdez
Pr-natais: herana gentica,
toxoplasmose,rubola;
Peri-natais:anoxia, traumatismo;
Ps-natais: infeces,
caxumba,meningite,otites,
intoxicaes, traumatismos por
acidentes e perda por rudo
Classificao das perdas auditivas
de acordo com o grau:
Normal...............................at 25 dB
Leve....................................de 26 a 40dB
Moderada..........................de 41 a 55 dB
Moderada severa............de 50 a 70 dB
Severa...............................de 71 a 90 dB
Profunda........................maior que 91 dB
Nesta classificao, surdo aquele
que tem perda auditiva profunda, e
que portanto, dificilmente adquir
linguagem oral sem um treinamento
especfico para utilizao da audio
residual e da fala.
Diagnstico e Prognstico
O diagnstico e prognstico das
deficincias auditivas podem ser feitos
atravs de testes objetivos e subjetivos
que podem ser realizados desde o
nascimento:IMPEDANCIOMETRIA,EMIS
SES OTOACSTICAS,BERA,AUDIOME
TRIA.
SURDEZ OU
DEFICINCIA AUDITIVA?
A surdez, ou deficincia auditiva, como
muitas pessoas preferem chamar, se
caracteriza por uma dificuldade na
recepo, percepo e reconhecimento de
sons.
Escrita do aluno:
Carolina muito triste v colega crianas muito brinca bola.
Ela sozinha no gosto no vai eles brinca muito bola, basquete,
corrida.
As crianas chuta bola porta Carolina pega bola vai corrida para
casa.
Carolina sozinha brinca bola. No gosto muito chato brinca
sozinho. Carolina chora bola no mais.
Para os alunos surdos, a leitura , mais ainda do que
para os ouvintes, um instrumento valioso para
ampliao de conhecimento prvio, seja lingustico,
textual ou de mundo e, consequentemente
compreenderem cada vez melhor o que leem.
Retomando as palavras de Sole, chamo a ateno
para o papel fundamental que o professor de
surdos tem no processo de leitura de seus alunos,
proporcionando-lhes os recursos necessrios para
que possam enfrentar com segurana, confiana e
interesse a atividade de leitura, transformando-se
em leitor ativo e autnomo.
A seguinte produo a ser analisada se
baseou em trs cenas, que
mostravam um menino, o mar, barcos,
sol, coqueiro e na ltima cena um
homem fazendo um curativo no
menino.
A segunda produo escrita pelo mesmo
aluno, resultou de um fato que aconteceu
na sala de aula. Um aluno (Taffarel) trouxe
um pote de bolinhas de gude e perguntou
sobre as regras do jogo para a professora.
Como ela no soubesse, pediu ao autor do
texto que explicasse para o colega; depois
que ele a escrevesse.
A terceira produo do mesmo aluno se distingue
das anteriores por no se basear em figuras ou em
experincia vivenciada por ele.
O irmo do menino iniciou um curso de Lngua
Japonesa com a inteno de ir para o Japo, onde
j mora um tio dos meninos. O tio estava, na poca
da produo da escrita, de visita ao Brasil. O
menino trouxe para a professora ver algumas
fotos e uma revista de carros do Japo. A
professora, ento, pediu que ele escrevesse sobre
seu desejo de conhecer o Japo.
Sugestes para ampliar o
conhecimento da Lngua
Portuguesa para surdos
Roteiro de leitura
1. Aspectos intertextuais:
Conhecimento prvio sobre o tema
proposto;
Relao com outros textos lidos;
Reconhecimento de palavras ou expresses
(pistas semnticas);
Induzir o raciocnio para associaes
importantes.
Aspectos paratextuais
Gneros e tipologia textual; estilo
(nveis de formalidade); sinais
grficos (pontuao, acentuao,
negrito); organizao em verso ou
prosa; paragrafao; caixas de texto;
destaques, notas de rodap,
asteriscos; cor e formato das letras;
logotipos; cones...
Aspectos Textuais
Identificao do lxico (palavras e
enunciados);
Regras de organizao da escrita;
Aspectos de coeso e coerncia;
Relaes gramaticais.
Pr-leitura
Contextualizao visual do texto;
Explorao do conhecimento prvio e
de elementos intertextuais,
elementos paratextuais e
significativos.
Leitura
Leitura individual do texto e
discusso das hipteses de leitura no
grupo;
(Re)elaborao escrita com vistas
sistematizao de contedos em
Lngua Portuguesa
(Re) elaborao escrita com
vistas sistematizao
Todas as etapas que antecedem o trabalho de
leitura, detalhadas anteriormente, potencializaro
a produo escrita pelo aprendiz surdo. Se o texto
foi lido, discutido, significado coletiva e
individualmente, possvel enriquec-lo, propondo
o acesso a outros textos, oportunizando novas
leituras, de modo a ampliar a cultura do escrito e
os pontos de vista sobre o tema.Assim, a produo
escrita flui sobre bases mais consistentes, mais
concretas.
A atividade de (re)elaborao
escrita pode estar direcionada a
muitos aspectos:
Atividades (jogos, exerccios, questionrios, parfrases) que
possibilitem avaliar se houve apropriao dos conhecimentos
sistematizados (saber social, gramatical, lexical) nas
atividades de leitura;
Atividades de produo escrita que permitam utilizar o
conhecimento sistematizado (dissertao, descrio,
narrativa, entrevista, slogan, etc.);
Proposio da leitura de novos textos relacionados
tematicamente;
Criao de textos nos gneros propostos;
Apresentao de seminrios a outros grupos sobre o tema
debatido.
CONCLUSES
quando expostas a atividades discursivas que envolvem a
escrita, as crianas surdas podem escrever de acordo com
as normas da Lngua Portuguesa. No entanto, parecem levar
um tempo bem maior do que as ouvintes, o que pode ser
explicado pelo fato de as crianas estarem aprendendo a
Lngua Portuguesa medida que leem e que escrevem.
a produo coletiva, na qual o professor faz papel de
escriba, escrevendo na Lngua Portuguesa o que as crianas
relatam na Lngua Brasileira de Sinais, uma maneira de
mostrar s crianas como planejar um texto escrito, assim
como possibilita que, na comparao entre a Lngua
Brasileira de Sinais e a Lngua Portuguesa escrita, as
crianas vivenciem semelhanas e diferenas entre as duas
lnguas. Uma vez que aprender a escrever significa, para a
maior parte das crianas surdas, aprender a Lngua
Portuguesa, o professor far papel de escriba durante muito
mais tempo do que com as crianas ouvintes.
o processo de aquisio da escrita nas crianas surdas
muito semelhante ao percorrido por crianas ouvintes,
embora a via privilegiada seja a visual e no a auditiva. A
Lngua Brasileira de Sinais tem papel fundamental neste
processo, na medida em que permite a atribuio de sentido
na leitura e na escrita.
assim como nas produes iniciais das crianas ouvintes,
possvel identificar, na escrita inicial das crianas surdas, a
incorporao de aspectos convencionais, o que pode ser
explicado pelas atividades de leitura e escrita, realizadas na
escola. medida que so expostas a novos modelos de
escrita da Lngua Portuguesa, como textos, por exemplo, as
produes escritas vo mudando, revelando novas relaes
com a escrita convencional.
a leitura tem papel fundamental para a aquisio da escrita
por crianas surdas, j que principalmente desta forma
que elas tero acesso Lngua Portuguesa.
Dicas Importantes
Trate-o de maneira natural,no
adotando atitudes superprotetoras
ou de rejeio;
Alerte-o para que mqntenha sempre a
ateno voltada para o interlocutor;
Fale com clareza, naturalmente sem
aumentar o tom de voz;
Exponha e repita as mesmas idias e
conceitos de formas variadas, com
vocabulrio adequado e flexvel;
Facilite a compreenso da
mensagem:
1. observando um assunto de cada vez;
Msica e Silncio
Mr.Holland, adorvel professor
Som e fria
O Garoto Selvagem
Filhos do Silncio
Meu nome Jonas
Por vezes sentimos que aquilo que
fazemos no seno uma gota de gua
no mar. Mas o mar seria menor se
lhe faltasse uma gota.
Madre Teresa de Calcut