Técnicas Operacionais
Técnicas Operacionais
Técnicas Operacionais
Professor
Orientador
Banca Examinadora:
Prof.Msc
Profa.Esp.
IV
DEDICATRIA
RESUMO
SUMRIO
INTRODUO......................................................................................................... 01
CONSIDERAES FINAIS.......................................................................................33
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................... 36
1
INTRODUO
1
CHIAVENATO, Idalberto.Recursos Humanos. 2ed.So Paulo: Atlas 1988.
2
BISCARO, Antonio Waldir.Mtodos e Tcnicas em T&D. In: BOOG, Gustavo G. Manual de
Treinamento e Desenvolvimento. So Paulo.Makron Books, 1994
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velhos hbitos, nos padres anteriores e nas idias que sempre deram certo at
aqui mais que estagnar retroceder. Outra alternativa no resta, a qualquer
atividade que queira se manter de p, no competitivo e globalizante mercado, seno
manter atentos e perfeitamente instrudos seus colaboradores, mediante constantes
e rotineiros treinamentos.
A maioria dos autores unnime em reconhecer que o treinamento a
educao que visa adaptar o homem a determinada atuao sistemtica. Por seu
turno, o desenvolvimento seria a educao que visa ampliar e aperfeioar o homem
para seu crescimento. O treinamento, muito embora tenha como objetivo principal
melhora da performance da empresa deve visar, primordialmente, o crescimento das
pessoas que a servem, assertiva esta corroborada pelas palavras de Garcia (1994,p
82), fortalecida a auto-estima dos funcionrios, cria-se ferramenta mais poderosa
de todas: Um rico e recompensador ambiente de trabalho, em que a palavra de
ordem SER FELIZ!.
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Os ensinamentos de Garcia (1994,p 90) orientam que o treinamento segue
uma rotina que propicia a toda a organizao, melhoria na qualidade dos
produtos/servios prestados. Apesar das dificuldades para o
estabelecimento de definies padres do que venha a ser qualidade,
alguns conceitos tm sido aceitos e consagrados:
Qualidade a adequao ao uso. (Joseph Juran)
Qualidade = zero defeito. (Philip Crosby)
J no basta satisfazer o cliente, preciso encant-lo. (Philip Kotler)
No obstante a dificuldade em se determinar uma definio padro sobre
o que venha a ser qualidade, existe uma quase unanimidade no sentido de que, o
processo de busca da excelncia dos produtos/servios, esto diretamente
relacionados s exigncias do pblico consumidor. Por seu turno, o despertar para
as exigncias e a busca pela excelncia dos produtos ofertados, varia de acordo
com a cultura e o grau de desenvolvimento e conscincia de cada pas e de cada
organizao.
Para enfrentar essas mudanas e garantir o seu espao, as organizaes
esto buscando os programas de qualidade. Campos (1992, p.2) colabora, neste
sentido, afirmando que: Um produto ou servio de qualidade aquele que atende
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GARCIA, J.F. Pereira.T&D Mobilizando a Organizao para a Qualidade.In: BOOG, Gustavo G.
Manual de Treinamento e Desenvolvimento. So Paulo.Makron Books, 1994.
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instituio, como viso aquilo que se deseja para o futuro (objetivos e metas), sendo
considerada uma das mais completas e que serve de referencial na rea pblica.
A misso da SSP (Polcia Civil) promover a segurana pblica e o
estabelecimento de suas polticas, dentro do territrio catarinense, de
acordo com a legislao vigente, atravs de aes educativas, preventivas e
repressivas, voltadas ao combate criminalidade, diretamente ou atravs
de parcerias, viabilizando condies capazes de garantir os direitos do
cidado. E definiu a seguinte viso: Atingir o reconhecimento da sociedade
catarinense como rgo de excelncia em segurana pblica e referncia
no contexto nacional e internacional de sucesso na prestao de servios,
atendimento s necessidades do cidado, rapidez na resoluo de
problemas, atravs de uma equipe de profissionais competente, qualificada
e atualizada, altamente comprometida com a busca incessante da qualidade
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de vida da populao.
A partir da implantao dos cursos de treinamento e aperfeioamento
sentiu-se grande modificao dentro e fora da academia, notou-se uma grande
melhora tanto no atendimento ao pblico, quanto na parte operacional, os treinados
comearam a executar trabalhos de campo observando com rigor critrios de ordem
tcnica. Os cursos despertaram no seio da corporao a discusso de temas h
muito abandonados pela falta de incentivo dos dirigentes maiores da instituio
policial. Sentiu-se que a maioria dos policiais participantes voltou ao trabalho
orgulhosos e motivados, os servios comearam a fluir de forma mais eficiente e
educada. De modo geral elevou-se a auto estima.
Fato que merece registro o de que no incio dos cursos de Atualizao
e Aperfeioamento os policiais indicados para participarem apresentavam-se na
Acadepol revoltados, pois entendiam que suas indicaes representavam uma certa
forma de castigo.
Os primeiros dias de curso eram extremamente difceis, notava-se grande
revolta no meio dos treinados, a maioria questionava as dificuldades da Instituio, a
qualidade e descaso dos dirigentes, os salrios, a alimentao servida, etc.
Como os cursos foram idealizados dentro de aspectos absolutamente
democrticos, onde se dava ampla oportunidade para que todos colocassem suas
idias, j partir do terceiro dia os policiais integravam-se ao esprito da equipe
ministrante e comeavam a participar positivamente. Quando do encerramento dos
4
ACADEMIA da Polcia Civil. Disponvel em <www.acadepol.sc.gov.br>
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comum sempre que algo sai errado, a culpa recair no recurso humano.
A corda sempre arrebenta no lado mais fraco! Relembremos casos tpicos, como o
ocorrido no Rio de Janeiro com o resgate mal sucedido no nibus, quando fomos
surpreendidos pela ao do policial que saiu atirando contra o marginal e acabou
fulminando a refm, ferindo-a mortalmente.
2) Condies de execuo:
3) Padro Mnimo:
2) Jamais deve sair para as ruas sem antes checar sua arma, seu
instrumento de trabalho;
3) Se, ao avaliar uma situao, um ato lhe parecer estpido, mas este ato
funciona, ento no um ato estpido;
4) Durante uma troca de tiros, deve sempre se manter abrigado, no se
tornando um alvo;
5) Nunca deve atirar desnecessariamente, pois isto poder colocar a vida
de terceiros e a misso em risco;
6) Deve sempre empregar seus conhecimentos e seu potencial em
misses e durante todo o aprendizado, mas sendo sempre humilde para receber
informaes que podem lhe salvar a vida;
8) O bom policial precisa acreditar em todas as misses que lhe so
confiadas, por mais simples que possa lhe parecer, ela pode tirar-lhe a vida;
9) O trabalho em equipe sempre o melhor trabalho;
10) Se o inimigo est em seu campo de alcance, voc tambm estar no
dele;
11) Deve ser profissional, sempre respeitando a capacidade de ao do
inimigo;
12) No deve fazer ou tomar atitudes para as quais no foi preparado.
O treinamento de Operaes Especiais complicado, exige homens
capacitados, e uma estrutura adequada para a prtica do que ensinado em sala de
aula, deve obrigatoriamente abranger temas como, adestramento fsico, inteligncia,
tiro de combate, balstica, utilizao de explosivos, tcnicas bsicas de rapel,
combate urbano e rural, defesa pessoal e tcnicas de entrada em grupo com resgate
de refns.
Quais as condies para seleo dos homens que iro freqentar o treinamento?
Como se pode prever, esta atividade no est ao alcance de qualquer
policial, sendo necessrio certa robustez e preparo tcnico para integrar uma
unidade de elite. Sugerimos, como base para uma pr-seleo, que se considere:
Indivduos voluntrios, com um mnimo de dois anos de atuao em unidades
operacionais da polcia, comportamento bom, sem restries para atividades fsicas,
conhecimentos j adquiridos e que possam ser teis ao grupo, tais como: pra-
quedismo, montanhismo, mergulho, tiro de preciso, conhecimentos de recarga de
munio e manuteno de armas de fogo, etc..., alm de uma nota sigilosa,
manuscrita e assinada pelo seu comandante de unidade, abonando sua conduta
pessoal e profissional.
Os instrutores que iro trabalhar na formao destes homens, tambm
devem ser preparados, pois no estaro formando policiais para o servio de rua,
mas sim homens que estaro constantemente oferecendo suas vidas para salvar a
de refns, sendo-lhes exigido o mximo de acerto em toda e qualquer ao, sero
cobrados no em um nico dia de trabalho, mas carregaro consigo para o resto de
sua vida profissional o peso da responsabilidade de estar entre as Foras Especiais
da Polcia, devendo assim pensar e proceder. Da a necessidade de se selecionar
instrutores pelo grau de conhecimento que possuem para trabalhar os temas do
curso, afastando dos alunos pessoal sem formao ttico-tcnica.
Aps estudar alguns grupos SWAT e similares no Brasil e no exterior, ou
seja, que o essencial para o sucesso de um Grupo Especial a qualidade daqueles
que o compe, independente de sexo ou idade, e que para atingir o nvel de
aperfeioamento desejado, no necessrio submeter-se a desgastes fsicos
excessivos, traumas, ou mesmo torturas fsicas e psicolgicas, mas sim ser detentor
de um enorme conhecimento das tcnicas a serem empregadas, muito treinamento
individual e coletivo e amplo conhecimento do armamento e equipamento que ser
utilizado, a sim, teremos homens seguros e confiantes, capazes de utilizar seus
crebros da maneira adequada quando necessrio, ou seja, sabendo decidir certo
na hora certa.
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2.1.1 Abordagem.
Abordar o ato de aproximar-se de uma pessoa, a p ou motorizada e
que emana indcios de suspeio, que tenha praticado ou que esteja na iminncia
de praticar ilcitos penais.
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Procedimentos na Abordagem
A Abordagem, propriamente dita divide-se em trs fases:
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2.1.2 Busca
Neste aspecto, cabe salientar que as buscas podero ser pessoais ou
domiciliares, com o objetivo de se procurar descobrir ou investigar algum ou
determinado objeto.
A Primeira refere-se pessoa, suas vestimentas e objeto, e se realizar
sempre que existir fundadas suspeitas de que o abordado oculte coisa proveniente
de crime ou instrumentos utilizados na pratica de crime ou determinados a fim
delituoso. A segunda relaciona-se com a casa do indivduo, asilo inviolvel, salvo
nos casos permitidos por lei (art. 5 XI da Consti tuio Federal), quais sejam:
- Flagrante delito
- desastre
- para prestar socorro
- Por determinao Policial (durante o dia)
Tanto a abordagem quanto busca, justifica-se somente com a
existncia de fundadas suspeitas sobre o indivduo.
Busca pessoal
Consiste no ato Policial com o objetivo de encontrar objetos ou
instrumentos de delito em pessoa ou para evitar que o suspeito a ser abordado
alcance alguma arma escondida que possa vir a ser usada contra o policial ou
pessoa(s), devendo observar algumas aes.
Proceder a Busca logo aps a abordagem, observar atentamente a
movimentao do suspeito, dominando a situao com ordens claras e curtas e
nunca proceder busca de frente para o suspeito, sempre colocandoo de costas.
Nesta fase o policial dever ser educado e corts, justificando sempre
que possvel o motivo da abordagem e busca, questionar o suspeito os assuntos de
seu interesse, geralmente voltados ao motivo da abordagem, requisitando desse os
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2.1.3 Algemao
A evoluo do Processo Penal restringiu o uso de ferros (algemas),
impondo s autoridades o respeito integridade fsica e moral dos condenados e
presos provisrios (art. 5, XLIX da Constituio F ederal).
No mesmo sentido, complementa a Lei de execues penais (art. 40) que
impes-se a todas as autoridades o respeito integridade fsica e moral dos
condenados ou presos provisrios.
Em outra passagem, a referida Lei, disps, com relao ao uso de
algemas que o seu emprego ser disciplinado por decreto federal.
Entretanto, passados 17 anos a regulamentao, no mbito da
Administrao Federal, ainda no foi editada.
A despeito disto, poderamos citar, em carter suplementar, a existncia
de um Decreto datado do perodo do Imprio Brasileiro que preocupo-se com o
tema. Em seu art.28, o Decreto n 4.824 de 22.11.18 71 recomenda: O preso no
ser conduzido com ferros, algemas ou cordas, salvo caso extremo de segurana, o
que dever ser justificado pelo condutor.
Igualmente no Estado de So Paulo, vige o Decreto n 19.903/50, o qual
orienta os policiais a usarem as algemas nas tentativas de fuga ou resistncia
priso com violncia, exigindo que as ocorrncias dessa espcie sejam registradas
em livro prprio nas reparties policiais.
Logo, por ser instrumento de trabalho indispensvel para os policiais, de
que forma poderamos contribuir para deslinde da questo?
Mediante a interpretao e a anlise dos princpios e garantias
individuais vigentes, poderamos dizer que o uso das algemas ou outra espcie de
constrio fsica se faz necessrio, como garantia de segurana pblica, nas
hipteses de resistncia priso, tentativa de fuga, de conduo de pessoa presa,
condenada ou custodiada `a presena de autoridade ou no transporte para
estabelecimento penal quando houver ameaa a segurana coletiva ou individual do
prprio preso, do policial ou de terceiros.
claro que as circunstncias devero ser avaliadas pelo policial,
utilizando, como critrios, a periculosidade do preso, o seu estado emocional, sinais
de desequilbrio mental causado por doena ou substncia entorpecente, a sua
compleio fsica, a existncia de numero insuficiente de policiais e at o local onde
se realiza a diligncia (possibilidade de fuga ou resgate).
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antes ser algemado com as mos para trs. Antes de abrir as grades pea para que
o preso aproxime-se e vire com as mos nas costas, proceda a algemao e s
ento abra as grades.
Antes ainda de abrir as agrades o policial deve ordenar que os demais
presos posicionem-se no fundo da cela.
O Policial que for algemar o preso no deve estar portando a chave da
cela, e sim o policial que estiver lhe dando apoio.
CONSIDERAES FINAIS
BIBLIOGRAFIA