Ricardo Antunes - O Que É o Sindicalismo PDF
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Ricardo Antunes O que o Sindicalismo 11
O advento do capitalismo e o papel dos de ent o, passou a pagar um sal rio ainda mais
sindicatos humilhante para os oper rios.
Neste momento a diviso da sociedade atin
Os
giu sua plenitude; constitu ram -se as duas classes
sindicatos representaram ,
nos primeiros tempos do desen fundamentais e antag nicas que compem a socie
volvimento do capitalismo , um dade capitalista . De um lado os capitalistas, que
progresso gigantesco da classe so propriet rios dos meios de produ o, como
operria , pois propiciaram a as m quinas, mat rias- primas e que vivem da explo
passagem da disperso e da rao da grande massa da populao, e, de outro,
impotncia dos operrios aos
os prolet rios, que se encontram privados de toda
rudimentos da unio da classe .
a propriedade dos meios de produo e que s dis
p em de sua fora de trabalho, isto , da sua
capacidade de produzir. Noutras palavras, o produ
A sociedade capitalista encontrou em meados to criado pelo trabalho do oper rio passou a ser
do sculo X V I I I plenas condies para a sua expan apropriado pelo capitalista . E subsiste dentro da
so. 0 intenso desenvolvimento das m quinas, sociedade capitalista a Lei do Salrio que, como
substituindo a produ o artesanal e manufatureira , demonstrou Engels em seus Escritos Sobre o Sindi
consolidou o capitalismo , que agora ingressava na calismo, acarretando cada vez mais a diminuio
fase industrial . da remunera o do trabalhador , refora as cadeias
O maqumismo desenvolveu -se prodigiosamente, que tornam cada vez mais o oper rio escravo do
tornando-se mesmo uma lei imperativa para os fabri produto gerado pelas suas pr prias m os. Essa ten
cantes capitalistas na concorr ncia que faziam entre d ncia ao rebaixamento dos sal rios atinge um
si, em busca de maiores lucros. Por m , o emprego da n vel tal , que s suficiente para a reprodu o do
fora mec nica e das m quinas nos novos ramos trabalhador, forando-o a uma jornada de traba
industriais, assim como a utiliza o de m quinas lho extenuante, cheia de "horas extras", al m de
mais avan adas em ramos j mecanizados, deixaram ver sua mulher e filhos, estes na maioria das vezes
sem trabalho um grande n mero de oper rios. Esse ainda em idade precoce, trabalhando sob condi
excedente de m o-de-obra substitu do pela m qui es desumanas.
na fortaleceu ainda mais o capitalista que, a partir Como decorr ncia dessa situa o , os oper -
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rios, que inicialmente n o dispem de outra coisa anu sustento e o da sua fam lia .
seno sua fora de trabalho, subordinam-se aos in Os sindicatos so, portanto, associaes criadas
teresses e fora do capital , mantendo com esse polos oper rios para sua pr pria seguran a , para a
uma relao sempre desigual . A grande fora que ilnlusa contra a usurpa o incessante do capitalista ,
possuem , em contrapartida , a sua quantidade, que
cresce quanto mais se desenvolve o capitalismo.
Porm , essa quantidade anulada quando h desu
.
pora a manuteno de um sal rio digno e de uma
i < toada de trabalho menos extenuante, uma vez
que o lucro capitalista aumenta n o s em funo
ni o entre a classe, o que n o acontece com os ' lo baixa de sal rios e da introdu o das m quinas,
capitalistas que, facilitados pelo seu reduzido mus tamb m em funo do tempo excessivo de
n mero, encontram-se sempre organizados e coesos o aba lho que o capitalista obriga o oper rio a
na defesa da propriedade privada e dos lucros. Os exercer.
oper rios encontraro em suas organizaes pr prias A atua o dos sindicatos baseia -se nas lutas
condi es para dispor de um meio de resist ncia cotidianas da classe oper ria . Mas al m disso, os
eficaz contra essa presso constante pela baixa de sindicatos constituem -se tamb m fora organiza
estes nasceram dos esforos da classe oper ria na r os como centro de organiza o dos oper rios
sua luta contra o despotismo e a dominao do visando sua emancipa o econ mica , social e po
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o dos sal rios continuar a ser o meio mais seguro res de organizarem-se na luta
e mais f cil para o capitalista aumentar seus lucros, contra os capitalistas. Ao con
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tes O que o Sindicalismo
escala . Cada vez mais se acentuava a diviso da mente perseguidos e suas mquinas destru das.
sociedade em grandes capitalistas, de um lado, e Mas essa forma de revolta era isolada, limitada
prolet rios, de outro, mediados por uma massa de e no conseguiu conter o inimigo maior que era
pequenos comerciantes e artesos, segmento flu
o prprio poder do capitalista. Mais ainda, colo
tuante e oscilante da populao. 0 capitalismo cou a sociedade inteira contra os oper rios pelo
iniciava um processo que ainda haveria de desenvol
seu gesto considerado brutal. Era pois necessrio
ver , mas j trazia consigo toda urna gama de trans
encontrar uma forma de oposio mais eficiente
tornos sociais, como a superexplorao do traba
e que representasse um avan o nas lutas da classe
lho, que atingia at 16 horas por dia, a explorao oper ria.
das mulheres e das crian as, o trabalho sem condi Foi de grande importncia para esse avan o
es m nimas de salubridade, alm da aglomera a lei votada em 1824 pelo Parlamento ingl s, onde
o da populao operria em locais sem as mnimas se conquistou o direito que at ento era restrito
condi es de vida e habitao. s classes dominantes: a livre associao. Na verda
capitalistas que procuravam auferir lucros cada vez quistado o direito de livre associao as unies
maiores. Vimos tambm que dentro destas circuns
sindicais
trade-unions, como as chamam os
t ncias a introduo das mquinas trouxe a substi
tuio de grandes contingentes de mo-de-obra, que
ingleses desenvolveram-se por toda a Inglaterra,
tornando-se bastante poderosas. Em^. todos os
foram lanados ao desemprego . Da as primeiras ramos industriais, diz ainda Engels, formaram- se
manifestaes de revolta dos operrios visarem a trade-unions com o objetivo de fortalecer o ope-
destruio das mquinas. t rio na luta contra a explorao capitalista. As
Engels, em seu clebre estudo A Situao da
trade-unions passaram ent o a fixar os sal rios
Classe Trabalhadora na Inglaterra, mostrou que a para toda a categoria, evitando com isso que o
forma mais elementar de luta da classe operria oper rio atuasse isoladamente na luta por melho
marcou uma resist ncia violenta introduo das res sal rios. Passaram tambm a regulamentar o
mquinas. Os primeiros inventores foram inicial
.
ilrio em funo do lucro, obtendo aumentos
que
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acompanhavam a produtividade industrial
lando -o a toda categoria. e nive
principal da Associao Geral era resistir dimi
As trade-unions negociavam com nuio dos sal rios e dar apoio aos oper rios em
tas a criao de uma os capitalis
greve. Uma vez desrespeitado o sal rio fixado pelas
escala de salrios, forando
sua aceitao, e deflagravam greve trade-unions, estas enviavam uma delegao junto
salrios eram rejeitados. sempre que esses ao patronato exigindo a aceitao dos sal rios pre
Ante as constantes mano
o Nacional para a
cais, os patr es, atravs das demisses, come aram
Proteo do Trabalho"
cujo objetivo era atuar
como a pressionar e obrigar os operrios a renunciar for
teresse da classe trabalhadora est o ligados ao nome os solid rios em sua luta , ao utilizarem -se
t as gre
de Owen . Assim , em 1819, aps cinco anos de gran ves como a principal arma contra os capitalistas,
des esforos conseguiu que fosse votada a primeira conseguiram dar os primeiros passos
os oper rios
lei limitando o trabalho da mulher e das crianas
na luta pela emancipao de toda a classe oper ria.
nas f bricas. Foi ele quem presidiu o Primeiro
Congresso em que as trade-unions de toda a Ingla
terra se fundiram numa nica e grande organiza o A evolu o do sindicalismo e suas vrias
sindical": Grande Unio Consolidada dos Trabalha concepes: anarquista, reformista ,
dores, criada em 1834 e que se dedicou a sustentar crist, corporativista e comunista
as greves que eclodiram por toda parte na Inglaterra .
Foi Owen quem organizou as cooperativas de Desde seu nascimento, os sindicatos mostra -
consumo e de produo que serviram para demons ram -se fundamentais para o avan o das lutas ope
trar, na pr tica, que o comerciante ou intermedi rio r rias. E sua evolu o no se limitou nao ingle
e o propriet rio capitalista n o so indispens veis e, sa . O crescente desenvolvimento das atividades
por outro lado, organizou ainda os mercados ope industriais em Frana , Alemanha , E. U .A. e outros
r rios, estabelecimentos de trocas dos produtos por pa ses, j na segunda metade do sculo passado,
meio de b nus do trabalho, cuja unidade era a hora luz emergir um proletariado cada vez mais forte,
produzida. O que Owen n o conseguiu perceber
.
l into quantitativa quanto qualitativamente. O movi -
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eventos a participao da
. Em todos estes do Estado capitalista. Sorel ainda rechaava de
classe operria foi antemo a necessidade da luta poltica, inclusive
decisiva.
No movimento sindical o . iquela efetuada no parlamento, e negava qualquer
trade-unionismo, lorma de organizao partid ria, entendida sempre
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como sendo utpica e reacion ria. O "mito sore- pa ses europeus de menor desenvolvimento ca
liano" da greve geral espontnea caracteriza, talista e, conseqentemente, de menor concentr
segundo o fil sofo marxista Georg Luk cs, a rebel
o industrial, onde predominavam as pequen
dia de sua ideologia pequeno-burguesa e irracio
indstrias como na Espanha, Frana, It lia, Po
nalista, e que cada vez mais se distancia da ver
tugal, e penetrou tamb m na maioria dos pa s
dadeira ideologia do proletariado. Dado o car
latino- americanos.
ter emocional e a ausncia do verdadeiro contedo Lenin faz agudas crticas aos anarquistas, mo
proletrio o que fez com que Lenin o definisse trando alguns fundamentos de sua ideologia in
como um "conhecido confusionista" , as idias vidualista e pequeno-burguesa : a defesa da peque
de Sorel foram demagogicamente exploradas pelo propriedade, a negao da fora unificadora e or
fascismo de Mussolini. nizadora do poder ( os anarquistas propugnavam
Uma terceira tendncia foi aquela constitu da abolio do Estado antes mesmo da supresso d
pelos sindicalistas anarquistas que, coincidindo com classes antag nicas) e a incompreenso da verd
os sindicalistas "revolucionrios", tambm nega
deira dimenso pol tica da luta de classe do p
vam violentamente a luta pol tica e enfatizavam a letariado. Tudo isto acarretou a subordinao
importncia e a exclusividade dos sindicatos no classe oper ria ideologia burguesa, sob a fa
processo de emancipao da sociedade. Para Ba
aparncia de negao da pol tica, apregoada pe
kunin, por exemplo, os sindicatos, al m de "orga
anarquistas.
nizao natural das massas", seriam o " nico
Outra corrente do movimento sindical, q
instrumento de guerra verdadeiramente eficaz" tem suas origens no trade-unionismo ingls,
na construo da sociedade anarquista baseada
aquela denominada reformista, uma vez q
na autogesto e na negao de qualquer forma
se op e atuao revolucion ria do proletariad
de administrao estatal. Proudhon, Kropotkin
Som negar o princ pio de que os sindicatos co
e Malatesta foram outros tericos desta concep
tituem um meio de luta a fim de obter reiv
o libert ria. Embora comportando algumas
dica es justas, os reformistas pretendem u
tend ncias distintas, o anarquismo enfatizava o
papel do sindicato no s como rgo de luta, mas
Imples melhora da situao dos trabalhado
dentro do sistema capitalista. O maior exem
tambm como ncleo bsico da sociedade anar
dentro desta corrente o sindicalismo norte- am
quista. A concepo anarquista propagou- se nos
Iii ano. Na heran a das trade-unions , o sindicalis
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Ricardo Antunes
v
Lenin, em Que Fazer?, demonstrou que o mo nizao que d instruo, uma escola de g
vimento sindical, quando totalmente isolado das uma escola de administrao, enfim, uma
demais lutas de toda a sociedade, acaba incorrendo de comunismo. uma escola de tipo co
numa atuao demasiadamente "economicista" mente desconhecido no capitalismo,
po
trade-unionista. Da a import ncia da atuao
,
dos sindicatos no h mestres e alunos, mas s
comunistas dentro dos sindicatos para transfor escola que cada vez mais forma os setor
mar a luta trade-unionista numa luta
mais ampla avanados do proletariado.
pelo fim do sistema capitalista,
aproveitando os Durante a ditadura do proletariado, o
vislumbres de conscincia pol tica que a atuao catos situam - se entre o Partido e o poder
econmica introduz no operrio e
elevando esta do. Houve inclusive um debate entre
conscincia ao n vel de uma conscincia
revolu Trotsky, em 1921, sobre os v nculos entre
cion ria.
catos e o Estado socialista. Enquanto
Na R ssia czarista, fase imperial anterior
defendia a necessidade de estatizar os sin
Revoluo Socialista de 1917, os sindicatos que
giram nos fins do sculo XIX foram
sur
isto , torn-los rgos estatais, Lenin dem
locais de orga que os sindicatos, mesmo sob o socialism
nizao fundamentais para o avano da classe
r ria. Em So Petesburgo, por exemplo
ope deveriam manter -se como rgo de def
, o movi interesses materiais dos trabalhadores na l
mento sindical foi muito ativo, sendo
justamente democracia prolet ria. Ressaltava a dupl
da que nasceu a Revoluo de
Fevereiro, que dos sindicatos durante a ditadura do prole
antecipou a Revoluo Socialista de
Outubro. , de um lado, atrav s das lutas di rias dos
A partir do momento em que a classe tos que as massas aprendem a caminhar em
ope
condio oper ria dentro e fora da f brica , atravs capitalista. Na verdade os sindicatos torna
de garantia do direito ao trabalho , da proteo a dispens veis para o desenvolvimento da cla
acidentes, al m de fornecer condies para a ma ria nos prim rdios do capitalismo e mes
nuteno de atividades culturais, de sa de, de fase atual , dominada pelo imperialismo . F
turismo, visando o bem -estar e a elevao do n vel com o surgimento do sindicalismo reacionv
de vida do oper rio . Os sindicatos devem tambm iniciou uma grande discusso entre as
preocupar -se com a formao ideolgica dos traba oper rias sobre a import ncia da atua
lhadores, atravs do trabalho cultural de massas, daqueles sindicatos.
fornecendo a educao pol tica necess ria para que Foi Lenin , em Esquerdismo, Doen
os oper rios entendam e trabalhem pela construo do Comunismo, quem mostrou a incorre
da sociedade socialista , onde eles so os verdadeiros seq ncia da luta daqueles que julgavam d
beneficiados. ria a atuao dentro dos sindicatos reacio
lerindo-se aos revolucion rios alemes L
" Mas, por muito convencido que estejam
A importncia da atuao dentro dos distas' * alem es do car ter revolucion ri
sindicatos oper rios lhante t tica, ela , na realidade, profund
r nea e nada contm , a no ser frase
Na verdade, toda a discusso de Len
No atuar dentro dos sindica nsquerdistas" alemes mostrou os equ
tos reacionrios significa aban
donar as massas operrias insu
ficientemente desenvolvidas ou
atrasadas influncia dos lde
res reacionrios, dos agentes da u termo "esquerdismo" utilizado por Lenin pa
burguesia , dos operrios aris u " rovolucionarismo pequeno-burgus ,
parecido com
dele alguma coisa, afastando-se, e
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0 que o Sindicalismo
desastres para a classe oper ria quando certos setores
procuraram criar organizaes paralelas sindicatos onde estejam presentes as
: no pode
mais reacion rias que sejam . E os sin
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de sindical foi a criao de sindicatos nicos em uma
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determinada regio. Mas h ainda outros aspectos re n
.
tal O que no impede que dentro dela existam ope- ir IVJ . ).
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Ricardo Antunes O que o Sindicalismo
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as greves
diatas da classe operria na luta contra a explorao dem sustentar a luta contra os capitalistas,
capitalista. ensinam aos operrios a pensar na luta de toda a
patronal e contra o
classe operria contra toda classe
governo autocrtico e policial. Por isso mesmo os so
os sindicatos: estes as
greves: estas, "por surgirem da natureza
do sistema mental de organizao da classe operria contra
capitalista, significam o incio da luta da
classe ope usurpaes do capital. Mas a luta sindicai limitada
pela melho
trabalhadores a
talista que gera o sistema de salrios. A luta e no
id ia do socialismo : a idia da luta de sindi
balhadora por sua emancipao do jugo do capital. . . cal uma luta contra os efeitos do capitalismo
Durante cada greve cresce e desenvolve nos contra as suas causas.
entre a
operrios a conscincia de que o governo
seu ini Marx apontou com lucidez a relao
primeira restrin-
migo e de que a classe oper ria deve preparar
-se para luta econmica e a luta poltica. A
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Ricardo Antunes 0 que o Sindicalismo
ge-se ao terreno econ mico, no rompendo poder pelos trabalhadores, dada pela
participa o
ra zes do modo de produ o capitalista. A com as fundamental do Partido. Lenin enfatizou que o mo
classe smo , no con
ainda uma classe em si, pois que no se constitui vimento de massas, em seu espontane
da como uma fora pol tica eficaz contra o ain
seguiu ir alm do reformismo, o que , por sua vez,
capitalis s; a par
mo. O segundo momento, mais avanado, limita suas reivindicaes ao universo burgu
a classe formula um projeto pol tico que quando ticipao propriamente pol tica implica uma direo
visa extin concep o de revolu o
guir o capitalismo, o que implica
destruir os antago do Partido atravs de uma
nismos existentes atravs da supresso que se fundamente na luta concreta das massas ope
Esse momento, o da c/asse para si, umdas classes. r rias e que as direcione para a conquista do socialis
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influncia no significa
complexa e mais ampla que a luta econ mica . Esta Lembre-se , porm , que essa
entre o Sindicato e o Parti
distin o , por sua vez , mais n tida nos pa ses onde um v nculo obrigat rio , isto sim , que, sendo os
um
existem liberdades democr ticas plenas. Nestes do. 0 que necess rio ,
a organizao oper ria
pa ses a luta propriamente pol tica ainda mais local fundamental para levar sua luta em conso
intensa . Essa distino tende a diminuir considera sindicatos devem procurarpol tica mais ampla de eman
velmente em pa ses onde, em fun o da inexist ncia n ncia com aquela luta o dada pelo Parti