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Guias da Umbanda

Os Guias Espirituais

Os Guias Espirituais na Umbanda so seres de luz dispostos a nos guiar durante uma
ou mais encarnaes, no sentido de nos orientar, intuir, auxiliar e proteger, sempre em
prol da nossa evoluo espiritual. Em grande parte, os Guias so espritos humanos
que passaram por vrias encarnaes, buscando conhecimentos, utilizando-os
sempre pra o Bem e assim adquirindo sabedoria e merecimento perante o Criador e
as Leis da Criao. No importa como os Guias se apresentem, seja como Preto
Velho, Caboclo ou Marinheiro, por exemplo: por trs desses arqutipos vamos
encontrar espritos e seres de variados graus de conhecimento e evoluo que
continuam estudando, trabalhando e se aprimorando, j que prosseguem nas suas
evolues.

Os Guias de Umbanda so movidos pelo ideal de ajudar aos irmos necessitados e se

manifestam em diversas Linhas de Trabalho, moldando seus corpos espirituais com a
aparncia dos arqutipos, com seu modo de falar caracterstico, seu gestual e outros
elementos. Assim tambm ocorrer com os mdiuns trabalhadores nos milhares de
Terreiros de Umbanda em todo o mundo. Veremos, por exemplo, mdiuns jovens e
fortes incorporarem o arqutipo de Preto Velho e se tornarem, durante os trabalhos,
idosos, com uma postura muitas vezes curvada, voz compassada e caridosa, tal qual
um av ou av com idade bem avanada.

Os Guias nos sugerem bons pensamentos, palavras e atitudes, inspirando-nos sempre

para a prtica do Bem. Ouvem nossas queixas e nos estimulam a buscar solues,
sem deixar de trazer consolo e esperana para os nossos momentos de aflio.
Quando necessrio, falam com severidade e nos alertam para a necessidade de
revermos e corrigirmos pensamentos e atitudes negativas que nos afastam do
caminho da Luz.

importante lembrar que os Guias no podem interferir em nosso livre arbtrio;

depende de cada um de ns a busca e o desenvolvimento da F, da autoconfiana e
autoestima. recomendado que o (a) umbandista manifeste respeito e compreenso
para com os Guias, pois no tarefa Deles nos carregar nos ombros e nem fazer
mgicas que resolvam nossos problemas. Na maioria das vezes, o que nos falta
modificar o nosso padro mental, emocional e as nossas atitudes, para entrarmos
numa sintonia mais positiva, evitando assim atrair influncias desequilibradoras e
nocivas.

Baianos

A Linha dos Baianos da Umbanda engloba espritos de antigos Sacerdotes da Bahia e

de outras regies, tendo a Regncia direta do Orix Ians. Esta Linha surgiu para
homenagear os antigos Pais e Mes no Santo da Bahia que foram os primeiros a
trabalhar para a preservao e a divulgao do culto aos Orixs em nosso pas e
enfrentando toda sorte de dificuldades e preconceitos. Tambm tem uma ligao com
os Orixs Oxal e Oy-Tempo, j que seu Arqutipo diz respeito a questes da F e
da Religiosidade.

Manifestam-se de forma alegre e movimentada e gostam de uma boa conversa. Nos

trazem seu ax, sua energia positiva, e tm muito a nos ensinar, sempre com uma
resposta certeira e rpida para as nossas dvidas e questionamentos.

Na sua forma de trabalhar, trazem muito das qualidades de Me Ians: so bastante

ativos, movimentadores, irrequietos, despachados e descontrados. Sabem ouvir, dar
bons conselhos e levantar o nimo dos entristecidos. Neste caso, conversam bastante,
transmitindo conforto e segurana aos consulentes.

Seu objetivo nos ajudar a manter uma conduta reta na vida, para que a Lei e a
Justia Divinas nos amparem. Baiano alegre, Baiano brinca, mas tambm sabe falar
srio e, nessas horas, vai direto ao ponto.

Regncia principal: Ians

Campos de atuao: Fora Movimentadora

Cores: Amarelo, branco e vermelho

Boiadeiros

Os espritos que se manifestam na Umbanda na Linha dos Boiadeiros so aguerridos,

valorosos, de poucas palavras, mas de muitas aes. Apresentam-se como espritos
que encarnaram, em algum momento, como tocadores de boiada, vaqueiros entre
outros. Os seus pontos cantados sempre aludem a bois e boiadas, a campos e
viagens, a ventanias e tempestades.

O Arqutipo da Linha de Boiadeiros a figura mtica do peo sertanejo, do tocador de

gado, dos homens que viveram na lida do campo e dos animais e que desenvolveram
muita fora e habilidade para lidar contra as intempries e as adversidades. O lao e o
chicote so seus instrumentos magsticos de trabalhos espirituais. Eventualmente
usam colares de sementes ou de pedras. So combativos, inclusive no corte de
magias negativas, porque conseguem promover um choque em nosso campo
magntico e liber-lo de acmulos negativos.

um Arqutipo forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido. Representa a

natureza desbravadora, romntica, simples e persistente do homem do serto,
tambm chamado de caboclo sertanejo. Muitos deles foram mestios, trazendo
nossa lembrana a essncia da miscigenao do povo brasileiro, com seus costumes,
crendices, supersties e f.

Nem todos foram, de fato, boiadeiros, mas todos eles tm em comum a capacidade
de atuar num campo especfico e que caracteriza a Linha, qual seja o de nos trazer
uma energia vigorosa, muito til na quebra de cargas e magias negativas e para
desfazer cristalizaes mentais negativas, pois os Boiadeiros atuam no campo da Lei
Divina e na Linha do Tempo.
Regncia: Ogum

Campos de atuao: Fora Ordenadora e Direcionadora

Dia da semana: Tera-feira

Cores: Azul escuro e amarelo

Caboclos

A Linha dos Caboclos se apresenta na irradiao de um ou mais Orixs, pois eles

prprios so filhos de determinado Orix e perante outros foram iniciados para
trabalharem em Seus Mistrios. Exemplos: Caboclo Pena Branca (de Oxssi e Oxal);
Caboclo Pena Dourada (de Oxssi e Oxum) e assim por diante.

Os Caboclos so espritos muito esclarecidos e caridosos, assim como os Pretos

Velhos. Tiveram encarnaes como cientistas, sbios, magos, professores e
intelectuais. Alguns, em determinada encarnao, foram mesmo nativos (chamados de
indgenas, aqui no Brasil). No decorrer de encarnaes, elevaram-se e vm na
Umbanda para auxiliar aos irmos enfermos da alma e do corpo. Muitos so
escolhidos pela Espiritualidade para serem os Guias-Chefes dos Terreiros ou ento de
seus mdiuns, dando nomes a seus Templos.

Na linguagem comum, a palavra caboclo designa o homem nativo, s vezes mestio

de branco com indgena. Mas na Umbanda o significado vai alm. Os espritos que se
apresentam na Umbanda como Caboclos assumem a forma plasmada de ndios em
homenagem aos povos nativos do Brasil e de outras regies da Terra que nutriam
uma forte relao de amor e de respeito Natureza e muito contriburam com seus
conhecimentos e valores morais e culturais para a formao da nossa Ptria.

Os Caboclos nas Giras de Umbanda so um exemplo de forma de vida simples,

natural, livre de preconceitos e artifcios, de arrogncia e de vaidade. Sua atuao
junto de ns libertadora, prpria daqueles que evoluram.

Regncia principal: Oxssi

Campos de atuao: Conhecimento, Expanso e Cura

Cores: Verde

Ciganos

Os Ciganos se manifestam na Umbanda como uma Linha voltada bastante para a

magia visando a prosperidade, a unio familiar, o amor, a cura e a superao de
preconceitos e de bloqueios emocionais.

A Linha dos Ciganos na Umbanda traz o arqutipo de um povo muito antigo e mstico,
de alma livre, desapegado e, por isso mesmo, capaz de atrair a prosperidade no
campo espiritual e material e de ensin-la a quem precise. O desapego e o senso de
liberdade aparecem na sua maneira de viver, que sustentada em suas crenas,
tradies e na valorizao da famlia. Nunca se envolvem em disputas por domnio ou
conquistas.

Os Ciganos so grandes conhecedores da magia, alegres, amantes da natureza,

serenos e sbios conselheiros. So portadores de uma Energia que favorece muito a
prosperidade, pois estimula nas pessoas um sentimento de liberdade, de amor e
celebrao da vida, bem como o desapego, fatores indispensveis para se atrair a
boa sorte e a fortuna. Gostam de msica e dana, e suas Giras so envolventes,
coloridas pelas suas vestes e, acima de tudo, pela sua energia alegre e amiga.

Usam muitos elementos magsticos, tais como: lenos e fitas coloridas, moedas,
punhais, espelhos, taas, chaves, baralho, dados, pedras, runas, leques e incensos.
Observam muito as fases da Lua para os seus trabalhos. No geral, a Lua Cheia
considerada a mais favorvel, a lua madrinha dos Ciganos.

Regncia principal: Egunit

Campo de atuao: Prosperidade, Amor e Cura

Cores: Principalmente Amarelo e Vermelho

Ers Crianas

O termo Er vem do Yorub ir que significa brincadeira, divertimento. Ers,

Crianas, Ibejada, Dois-Dois, so nomes pelos quais os Guias ou Entidades de carter
infantil que incorporam na Umbanda so conhecidos pelo Brasil.

Esta linha possui um alto poder de renovao dos seres, capaz de alegrar todos ao
redor, sendo que o Amor a prpria energia manipulada pelas crianas. So espritos
naturais que jamais passaram pelo processo de encarnao; so seres de imensa luz
e sabedoria.

No decorrer das consultas vo trabalhando sobre o consulente, modificando e

equilibrando sua vibrao, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo
humano. Esses seres, mesmo sendo puros no so tolos, pois identificam muito
rapidamente nossos erros e falhas humanas. E no se calam quando em consulta,
pois nos alertam sobre eles.

Eles manipulam as energias elementais e so portadores naturais de poderes s

encontrados nos prprios Orixs que os regem. Apesar de possurem um arqutipo
aparentemente frgil, so verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com
uma fora imensa. Embora as crianas brinquem, dancem e cantem, exigem respeito
para o seu trabalho, pois atrs da sua vibrao se revelam espritos de extraordinrios
conhecimentos.

A Festa de Cosme e Damio, santos catlicos sincretizados com Ibeiji, realizada em

27 de Setembro, muito concorrida em quase todos os Terreiros do pas.
Regncia principal: Oxum

Campo de atuao: Renovao e Amor

Cores: Azul, Rosa e Branc

Exus

Na Umbanda, as Entidades Exus compem uma Linha de Trabalho Esquerda. So,

em geral, espritos humanos que tiveram vrias encarnaes, cometendo erros e
acertos, como todo ser humano, mas com um diferencial: se conscientizaram e
retomaram o caminho da Lei Divina, obtendo permisso para se assentarem
Esquerda dos Orixs e trabalharem no auxlio nossa evoluo.

Os Exus absorvem e esgotam as negatividades dos seres que se desviaram das Leis
do Criador, em qualquer dos Sete Sentidos da Vida. Em seguida, vitalizam as
qualidades positivas dos seres e ento os neutralizam, deixando seus magnetismos
aptos a que retomem o caminho da evoluo.

O Orix que d sustentao s Entidades Exus o Orix Exu. Na Umbanda, este

Orix no cultuado diretamente, mas est presente e atuante, pois as Divindades
existem e esto presentes em nossas vidas, ainda que algum no as reconhea. Os
Exus que trabalham na Umbanda atuam nos Sete Sentidos da Vida, ou seja, atuam
nos campos de todos os Orixs. por isso tambm que Exu tido como o dono das
encruzilhadas.

A Encruzilhada pode ser entendida como o encontro de duas realidades, de duas

verdades diferentes, tais como: matria/astral; razo/emoo; luz/trevas; ou,
literalmente, pode ser o encontro de dois caminhos. Esta a representao do ponto
de fora de Exu, pois est em todos os caminhos, em todos os lugares e passagens, e
no apenas na encruzilhada de rua. Todos os pontos que marcam a entrada e a sada
de uma realidade so pontos de firmeza e de manifestao de Exu.

Exu guarda a quem faz por merecer o amparo da Lei Divina, mas tambm intervm
como Executor da Lei contra quem viola as Leis do Criador, para esgotar suas
negatividades. Quando elas forem esgotadas, Exu vitaliza as qualidades positivas do
ser para ento neutralizar-lhe o magnetismo. A partir da, aquele ser tem como
recomear o trabalho evolutivo que a cada um compete.

Exu no ataca a ningum; s intervm por um comando da Lei Maior ou quando

ativado magisticamente. Nos trabalhos religiosos de Umbanda, tambm a atuao de
Exu sempre delimitada pela Lei Divina, e sempre para o Bem.

Regncia principal: Orix Exu

Campo de atuao: Absorve, Neutraliza e Vitaliza os seres

Cores: Preto ou Preto e Vermelho (bicolor)

Dia da semana: Segunda-feira

Exus Mirins

Os Exus Mirins so seres de uma dimenso Esquerda da nossa. Alguns deles se

apresentam com caractersticas infantis, mas os que se manifestam nos Trabalhos
Religiosos de Umbanda j trazem da sua Dimenso um nvel de evoluo
diferenciado.

Exu, Pombagira e Exu Mirim formam o tringulo de foras Esquerda da Umbanda.

Exu Mirim NO filho de Exu e de Pombagira. Todos so arqutipos adotados pela
Umbanda para englobar numa s Linha de Trabalhos Espirituais os seres das
Dimenses da Vida nossa Esquerda, pois estamos ligados mentalmente a eles por
meio de cordes energticos.

O desequilbrio com os Seres da Esquerda, englobados no arqutipo Exu Mirim, gera

uma alterao comportamental e consciencial de carter, de humor e emocional to
intensa que a pessoa comea a regredir e fecha-se em si mesma. Tendo Exu Mirim (
Esquerda) e os Ers ( Direita) em equilbrio conosco, isto faz com que sejamos
alegres, dispostos, de bom humor, falantes e sonhadores. Os Exus Mirins so
portadores de poderes excepcionais que, doutrinados de forma correta, muito nos
auxiliam. Eles tambm nos auxiliam amparando os seres equilibrados e merecedores
do amparo da Lei, desembaraando entraves e dificuldades dos seus caminhos, para
que os seus projetos bons, saudveis e justos se concretizem.

Os Exus Mirins cortam intenes e atuaes negativas que prejudiquem o equilbrio da

vida, a paz e a harmonia entre os seres; desembaraam situaes complicadas;
promovem limpeza energtica profunda e cortam magias negativas, principalmente as
projees mentais negativas.

Regncia principal: Esquerda da nossa Dimenso

Campo de atuao: Regenerao e harmonia

Cores: Bicolor Vermelho e Preto

Malandros

A Linha dos Malandros da Umbanda traz para dentro do ambiente Sagrado os

excludos da sociedade. So espritos que em alguma encarnao, por conta do
preconceito racial, foram considerados prias e marginalizados pela sociedade, mas
que lidaram com essa adversidade sem perder sua F, sua identidade e seu bom
humor. Aps desencarnarem, continuaram suas evolues at alcanarem um Grau
perante a Espiritualidade que lhes permitiu voltar Terra na condio de Guias
Espirituais, para nos reconduzir ao Divino.

Ao mesmo tempo, a Linha dos Malandros simboliza a aproximao dos excludos com
o Divino e ainda, para todas as pessoas, a possibilidade de uma reflexo sobre o
preconceito e as excluses sociais. Mas, primeiro, cabe lembrar que no se trata do
malandro no sentido vulgar da palavra.
Os Espritos que se apresentam na Umbanda dentro da Linha de Malandros vm nos
ensinar a flexibilidade, a capacidade de adaptao diante dos obstculos, o jogo de
cintura e o bom humor que se obtm atravs do sentimento de F na Vida e em si
mesmo e do equilbrio das emoes, dos pensamentos e dos sentimentos. De alguma
forma, em algum momento das suas existncias, eles vivenciaram tudo isso e podem
nos auxiliar.

Os Malandros nos ensinam que a vida feita de experincias e todas visam nos
ensinar algo de positivo; que no h obstculos insuperveis, pois as transformaes
promovem renovao e evoluo constantes.

Regncia principal: Esquerda da nossa Dimenso

Campo de atuao: Limpeza, Purificao e Abertura de Caminhos

Cores: Branco/preto; branco/vermelho; vermelho/preto

Marinheiros

A Linha dos Marinheiros da Umbanda trabalha no auxlio aos seres a partir do seu
magnetismo aqutico e de seus conhecimentos sobre a manipulao do Mistrio das
guas. Nesta Linha se apresentam espritos que em suas ltimas encarnaes foram
marinheiros de fato, navegadores, oficiais, pescadores, ribeirinhos entre outros. o
arqutipo do homem litorneo, daquele que sobrevive do mar e dos rios.

Nos Terreiros, a chegada dos Marinheiros traz muita alegria, com os mdiuns
incorporados assumindo uma postura leve, gingando pra l e pra c, o que pode
confundir, parecendo que estariam embriagados. Contudo, importante destacar que
NO esto embriagados. apenas o magnetismo aqutico que os fazem ficar
balanando. Se no vejamos: cada elemento tem o seu magnetismo, e os espritos
que se manifestam nesta irradiao tm magnetismo similar s caractersticas de sua
Regncia Divina, neste caso, um magnetismo ondulante de Me Iemanj.

Ao incorporar em seu mdium, o Marinheiro bambeia, lembrando o movimento de

quem se equilibra no tombadilho de um navio ou de um barco em alto mar. Desta
forma, libera energias em formas onduladas e, atravs dos seus balanos libera
ondas de forte magnetismo aqutico que desagregam acmulos negativos de origem
externa e interna, equilibram nosso emocional e mental e nos do condies de gerar
coisas positivas em nossas vidas. Vale lembrar que as guas simbolizam as nossas
emoes e esto ligadas origem da vida. O contato com esses seres realiza uma
potente limpeza em nosso campo magntico, uma verdadeira exploso de energia
equilibradora.

Os Marinheiros so Magos dos Mistrios Aquticos. Atuam de forma nica dentro da

Umbanda, na manipulao de energias que nos libertam de bloqueios ntimos e nos
do equilbrio emocional. Pode parecer pouco, mas hoje a prpria cincia analisa e
admite os efeitos dos distrbios emocionais como geradores de vrias enfermidades.
De modo que a cura emocional o primeiro grande passo para outras conquistas.

Os Marujos lidam com os consulentes de forma simptica e extrovertida, quebrando o

gelo e deixando-os vontade, o que facilita a recepo dessas energias
equilibradoras e curadoras.

Regncia principal: Iemanj

Campo de atuao: Quebra de bloqueios emocionais, limpeza e equilbrio

Cores: Azul claro e Branco

Pombagiras

Na Umbanda, h uma Linha de Entidades de Trabalho que se identificam como

Pomba Gira (ou Pombagira) e que atuam na chamada Linha de Esquerda. So
espritos humanos que tiveram vrias encarnaes e que, com o tempo, obtiveram a
permisso da Lei Maior para se assentarem Esquerda dos Orixs e trabalharem em
favor da nossa evoluo.

Dentro da Umbanda, o nome Pomba Gira pode ser traduzido como: mensageira dos
caminhos Esquerda. Pomba um pssaro que j foi usado como correio (pombos-
correios); e gira expressa a idia de movimento, caminhada, deslocamento etc.
Como essas Entidades atuam na Esquerda, vem o significado de mensageira dos
caminhos Esquerda.

Na Umbanda, a Pombagira cultuada como Entidade de Trabalho, como Esprito que

trabalha a servio da Luz e que, portanto, s pode praticar o Bem. Como todas as
Entidades, a atuao de Pombagira sustentada por um Orix. Este Orix
Sustentador manifesta um Mistrio Divino e chamado de Orix Pombagira.

O Trono que corresponde ao Mistrio Pombagira denominado Trono do Estmulo ou

do Desejo, pois esta a Energia que Pombagira nos transmite, e com muita
propriedade: o despertar do estmulo, do gosto pela vida, o start para levarmos
avante os nossos esforos pela conquista de uma vida melhor, mais saudvel e
equilibrada, em todos os setores.

Regncia principal: Orix Pombagira

Campo de atuao: Estmulo, Desejo pela vida

Cores: Vermelho ou bicolor vermelho/preto

Dia da semana: Segunda-feira

Pretos Velhos
Os Pretos Velhos na Umbanda so entidades elevadas que se apresentam
estereotipados como ancios negros conhecedores profundos da Magia Divina e da
manipulao de ervas. So excelentes mandingueiros, mestres dos elementos da
natureza, os quais utilizam em seus benzimentos e trabalhos espirituais.

Cr-se que em referncia dor e aflio sofrida pelo povo negro durante a escravido,
a Linha de Pretos Velhos reflita a humildade, a sabedoria, a pacincia e a
perseverana. Vale dizer que no necessariamente todos foram escravos; sua
sabedoria e humildade so caractersticas marcantes e sua calma e ensinamentos so
profundos, da tambm a referncia a estes iluminados seres da Criao. A
caracterstica principal desta linha a sua elevada orientao espiritual.

A Linha de Pretos Velhos na Umbanda regida pelo mistrio Ancio, na fora do

Orix Obaluay que o Orixa sustentador da Evoluo, da transmutao e
transformao dos seres. Mas os Pretos Velhos tambm se apresentam e transitam
dentro da linha de outros Orixs.

Regncia principal: Obaluay

Campo de atuao: Sabedoria e Perseverana

Cores: Branco