Controladoria 2015

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Controladoria

Valter Pereira Francisco Filho

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Valter Pereira Francisco Filho
Currculo
 Formao Administrao PUC-SP
MBA Finanas IBMEC
Mestrado em Administrao ESADE-Espanha

 Experincia McDonalds, Banco Noroeste, Price Waterhouse Coopers,


Profissional Spaipa (Cola-Cola), ZHC Consultores, Grupo AutoPark,
Frischmann Aisengart (DASA), Johnsson Business Solutions,
FAE.

 Experincia FAE desde 2001


Acadmica Disciplinas de Controladoria, Gesto de Custos, Jogo de Empresas,
Administrao Financeira, Empreendedorismo

 Contato valter.francisco@fae.edu
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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Controladoria - Objetivo
 Abordar a organizao sob o ponto de vista sistmico, possibilitando a
efetividade do processo de gesto e o alcance de resultados, atravs da
implementao de um sistema de planejamento e controle oramentrio.

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Controladoria - Contedo
1 Abordagem Sistmica da Organizao
1.1Teoria dos sistemas
1.2Ambiente, empresa e processo de gesto organizacional
2 Conceitos Fundamentais
2.1As funes e os objetivos organizacionais da Controladoria
2.2Processo e princpios de controle
2.3Sistema de informaes e mensurao de resultado
2.4Processo de tomada de deciso

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Controladoria - Contedo
3 Informaes Econmico-Financeiras
3.1Informaes econmico-financeiras e processo de tomada de deciso
3.2Fluxo financeiro e fluxo econmico
3.3Administrao e planejamento do fluxo de caixa
3.4Controle e a anlise das demonstraes econmico-financeiras
4 Planejamento e Controle Oramentrio
4.1Processo de planejamento e controle oramentrio
4.2 Desenvolvimento oramentrio
4.3Formao do preo de venda: aspectos tributrios, econmicos, financeiros e
mercadolgicos
4.4Avaliao de resultados e tomada de deciso: anlise de custo/volume/lucro

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Controladoria - Cronograma
15 e 16/08 1 Abordagem Sistmica da Organizao
2 Conceitos Fundamentais
Exerccio Anlise Ambiental

22 e 23/08 3 Informaes Econmico-Financeiras


Exerccio de Avaliao de Desempenho

29 e 30/08 4 Planejamento e Controle Oramentrio


Exerccio de Anlise Custo-Volume-Lucro

12 e 13/09 4 Planejamento e Controle Oramentrio


Exerccio de Oramento
Avaliao Final
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Controladoria - Avaliao
 Participao na nota final
Trabalhos individual / em grupo 50%
Prova final 50%

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Controladoria - Bibliografia
 Bsica
CATELLI, Armando (Coord.). Controladoria: uma abordagem da gesto
econmica - GECON. So Paulo: Atlas, 1999.
PADOVEZE, Clvis Lus. Controladoria estratgica e operacional:
conceitos, estrutura, aplicao. So Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2003.
WELSCH, Glenn Albert. Oramento empresarial: planejamento e
controle do lucro. 4. ed.So Paulo: Atlas, 1996.

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Controladoria - Bibliografia
 Complementar
ARANTES, Nlio. Sistemas de gesto empresarial. 2. ed. So Paulo:
Atlas, 1998.
FREZATTI, Fbio. Oramento Empresarial: planejamento e controle
gerencial. So Paulo: Atlas, 2000.
MATARAZZO, Dante Carmine. Anlise Financeira de Balanos:
abordagem bsica e gerencial. 3. ed. So Paulo: Atlas, 1995.
SCHMIDT, Paulo (Org.). Controladoria: agregando valor para a
empresa. Porto Alegre: Bookman, 2002.

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Conceito de Controladoria

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Conceito de Controladoria
 rea do conhecimentos humano
..., apoiada na Teoria da Contabilidade e numa viso multidisciplinar,
responsvel pelo estabelecimento das bases tericas e conceituais necessrias
para modelagem, construo e manuteno dos Sistemas de Informaes e
Modelo de Gesto Econmica, que supram adequadamente as necessidades
informativas dos Gestores e os induzam durante o processo de gesto, quando
requerido, a tomarem decises timas.
...pode ser conceituada como o conjunto de princpios, procedimentos e
mtodos oriundos das cincias da Administrao, Economia, Psicologia,
Estatstica e principalmente da Contabilidade, que se ocupa da gesto
econmica das empresas, com o fim de orient-las para a eficcia.
 Misso
Zelar pela continuidade da empresa

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A Controladoria na estrutura organizacional
 rgo administrativo
Tem por finalidade garantir informaes adequadas ao processo decisrio,
quanto aos aspectos econmicos e assegurar a eficcia empresarial, tambm
sob aspectos econmicos, por meio de coordenao dos esforos dos
gestores.
Alta Direo

Staff
Controladoria

Linha

Produo Comercial Logstica Administrao

Atividades da Cadeia de Valor Atividades de Suporte


Relacionamento hierrquico Relacionamento de coordenao e apoio
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Funes da Controladoria
 Processo de gesto
Estruturar o processo de gesto, participando de forma ativa no planejamento
e tomada de deciso
Coordenar atividades multidisciplinares, que envolvam diversas reas,
orientando os esforos para os objetivos organizacionais e aumento de
eficcia
 Avaliar e mensurar o desempenho
Elaborar e analisar as informaes sobre desempenho das reas, gestores e da
empresa, de forma sistmica e contnua, bem como estabelecendo padres de
controle
 Gerir os sistemas de informaes
Padronizar e harmonizar os sistemas de informao, garantindo a empresa as
informaes necessria gesto

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Abordagem Sistmica

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Teoria dos sistemas
 J em 1918, Mary Parker Follett falava da necessidade de os administradores
considerarem a situao total, imaginava um modelo holstico, que inclua no
apenas os indivduos e os grupos, mas tambm os efeitos de fatores ambientais
 Teoria dos sistemas desenvolvida pelo cientista alemo Ludwig Bertalanffy tem
duas idias bsicas
Interdependncias das partes: preciso analisar no apenas os elementos
mas suas inter-relaes
Tratamento complexo da realidade complexa: a necessidade de aplicar
vrios enfoques para entender e lidar com a realidade cada vez mais complexa
(abordagem holstica ou sistmica, generalista ou interdisciplinar)

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Teoria dos sistemas
 O sistema definido pelo prprio observador
preciso aprender enxergar os sistemas: definir seus limites e interaes
Teoria da forma
Ideia de que a natureza de cada elemento definida pela estrutura e pela
finalidade do conjunto a que pertence
 Aplicada a empresa, procura estudar suas relaes com o ambiente em que se
insere, bem como as relaes existentes entre os elementos que a compem

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Teoria dos sistemas
 Caractersticas comuns aos sistemas
Compem-se de partes ou elementos que se relacionam de forma a constituir
um todo
Possuem um objetivo comum que integra e justifica a reunio de suas partes
Delimitam-se em determinado contexto, possibilitando serem decompostos e
compostos para permitir o estudo de suas interaes internas e externas

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Sistema empresa
 Funcionamento bsico dos sistemas

Processamento
Entradas Entradas
Sadas
= Eficincia
Recursos Sadas Produtos e Servios
Atividades Empresariais

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Empresa: um sistema aberto e dinmico
 Interao como ambiente
Fechado: no so capazes de interagir com o ambiente, no realizando
transaes de trocas externas
Aberto: so capazes de interagir com o ambiente, influenciando-o e ao mesmo
tempo sendo influenciado
 Capacidade de Modificao
Estticos: no modificam suas caractersticas e estruturas e independem da
ocorrncia de eventos
Dinmicos: tm suas caractersticas alteradas conforme a ocorrncia de
eventos, que podem ser internos ou de suas interaes com o ambiente

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Subsistemas da empresa

INSTITUCIONAL

FSICO SOCIAL

ORGANIZACIONAL INFORMAO

GESTO
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Subsistemas da empresa
 Institucional
Conjunto de crenas, valores e expectativas dos proprietrios que converte-se
em diretrizes que orientam todos os demais subsistemas
 Fsico
Compreende todos os elementos materiais do sistema empresa, tais como:
edifcios, instalaes, mveis, veculos, equipamentos etc.
 Social
Refere-se ao conjunto dos elementos humanos na organizao, incluindo
caractersticas pessoais e do grupo

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Subsistemas da empresa
 Organizacional
Representa a organizao formal da empresa: a estrutura departamental,
nveis hierrquicos
 Informao
constitudo de atividades de obteno, processamento e gerao de
informaes necessrias execuo e gesto das atividades da empresa
 Gesto
Refere-se ao processo que orienta a realizao das atividades da empresa.
responsvel pela dinmica do sistema: planejamento, execuo e controle das
atividades

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Anlise Ambiental

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Continuidade versus capacidade de adaptabilidade
 Para garantir a continuidade, necessrio que a empresa mantenha certo
equilbrio, adaptando-se as novas exigncias ambientais, conservando algumas de
suas caractersticas, e alterando outras com a ocorrncia de eventos
 Tipos de equilbrio em relao aos sistemas:
Equilbrio estacionrio: permite o retorno do sistema e suas caractersticas e
estruturas anteriores ocorrncia de um evento que as havia alterado
Equilbrio dinmico: d ao sistema uma condio de funcionamento
harmnico, aps a ocorrncia de um evento, com suas caractersticas

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Continuidade versus capacidade de adaptabilidade
 Joseph Schumpeter
Austraco que na dcada de 40 aplicou a teoria de Darwin para o ambiente
empresarial: seleo natural das empresas
 Exemplos
Xerox
Fotocpia versus digitalizao
Erros estratgicos fizeram o preo de suas aes cair de 64 para 9 dlares
entre 1999 e 2001
Ford
Criou a linha de produo de automveis, mas foi ultrapassada pela GM
Sistema de produo Toyota
Motorola
Dominava o mercado de pagers e celulares analgicos
Ficou para trs na era da tecnologia digital
moda e agregao de utilidades

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Continuidade versus capacidade de adaptabilidade
 Exemplos
Apple
Inventou o computador pessoal, mas foi superada quando o mercado
aderiu ao padro Windows/Intel
Foco em novas tecnologias
Olivetti
Seus produtos, as mquinas de escrever, eram essenciais nos escritrios
Compaq
Perdeu a liderana na venda de PCs para a Dell, que apresentou uma
proposta de venda mais eficiente
Incorporada pela HP
Kodak
Criou o conceito de que qualquer um poderia tirar fotografias
Lder mundial perdeu espao com a era digital

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Continuidade versus capacidade de adaptabilidade
 Exemplos brasileiros
Volkswagen do Brasil
Chegou a ter mais de 50% do mercado brasileiro, mas hoje se encontra
atrs da FIAT e GM
Ciclo de vida dos produtos
Varig
Perdeu a liderana no mercado domstico e internacional
Estrutura de custos inadequada
Coca-Cola
Dificuldades para combater as tubanas devido ao baixo preos de
venda dos concorrentes
Mesbla / Mappin
Modelo de lojas de departamentos na dcada de 80
Modelo de loja especializada
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Continuidade versus capacidade de adaptabilidade
 Exemplos positivos
3M
Setor odontolgico a papelaria
Investe pesado em pesquisa e desenvolvimento de produtos
General Electric
Desde lmpadas a turbinas de avio
Uma das corporaes mais lucrativas dos ltimos tempos
 Concluso
Reviso das premissas de avaliao empresarial
Avaliao tradicional: patrimnio e projeo de lucros
Avaliao incorporada: potencial de inovao, flexibilidade, capital
intelectual, responsabilidade social/ambiental

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Sistema empresa e o ambiente
Ambiente Remoto

ECONMICAS
POLTICAS NOVOS ENTRANTES

INSTITUCIONAL COMPRADORES
SUBSTITUTOS
FSICO SOCIAL TECNOLGICAS
CULTURAIS
EMPRESA
ORGANIZACIONAL INFORMAO
CLIENTES
ACIONISTA
SOCIAIS GESTO
EDUCACIONAIS
CONCORRENTES FORNECEDORES

Ambiente Prximo
CLIMTICAS ECOLGICAS

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Anlise ambiental
 Definir quais so as variveis ambientais relevantes para a empresa
que afetam as atividades empresariais
que devem ser monitoradas
que integram os modelos de tomada de deciso, portanto o modelo/sistema
de informao

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Variveis ambiente remoto
 Polticas
Regime de governo
Relacionamento com outros pases
Blocos econmicos
Organismos internacionais (ONU, OMC)
...
 Econmicas
PIB
Renda per capita / Distribuio de renda
Taxa de juros / Oferta de crdito
Inadimplncia
...
 Sociais
Mudana de hbitos
Mercado de trabalho / Capacitao Tcnica
Educao
...
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Variveis ambiente remoto
 Tecnolgicas
Produo / Logstica
Comercial / Marketing
Comunicaes / Informtica
Administrativas
...
 Ecolgicas
Impactos ambientais
Explorao sustentvel
Reposio / Restaurao
...
 Regulatrias
Impostos / Contribuies / Taxas
Limites operacionais
Incentivos fiscais
...
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Ambiente prximo
 Anlise das foras competitivas: Michael Porter

Novos Entrantes
Barreira de entrada
de novos entrantes
Poder de negociao
dos compradores
Concorrentes
Fornecedores Rivalidade da Compradores
concorrncia
Poder de negociao
dos fornecedores
Ameaa de servios
ou produtos substitutos

Substitutos
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Variveis do ambiente prximo
 Concorrentes Rivalidade (exemplos)
Crescimento da indstria
Diferena de produtos
Identidade de marca
Concentrao e equilbrio / Diversidade de concorrentes
Complexidade informacional
Interesses empresariais
Barreiras de sada
 Novos Entrantes Barreiras de Entrada
Economias de escala
Diferenas de produtos patenteados
Identidade de marca
Exigncias de capital
Acesso canal de distribuio
Retaliao esperada
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Variveis do ambiente prximo
 Substitutos Ameaa de Substituio
Desempenho do preo relativo dos substitutos
Custos de mudana
Propenso do comprador a substituir
 Fornecedores Determinantes do Poder do Fornecedor
Diferenciao de insumos
Presena de insumos substitutos
Concentrao de fornecedores
Importncia do volume para o fornecedor
Ameaa de integrao da cadeia de valor

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Variveis do ambiente prximo
 Compradores
Alavancagem de negociao
Concentrao de compradores
Informao do comprador
Possibilidade de integrao na cadeia de valor
Produtos substitutos
Sensibilidade ao preo
Preo / compras totais
Diferenas dos produtos
Identidade de marca
Impacto sobre qualidade / desempenho
Lucros do comprador
Incentivos dos tomadores de decises

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Processo de Tomada de Deciso

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Processo de Tomada de Deciso

P
R
O
OBJETIVO
SITUAO B
AO DECISO L SITUAO
ATUAL
E DESEJADA
M
A
S

FASE II
FASE I FASE III
Descrio
Diagnstico e Implementao
das
Anlise do e
Solues/
Problema/Ao Controle
Alternativas
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Modelo de Deciso
 Deve ser significativo para o tomador de deciso e atender ao seu processo lgico
e especfico para cada natureza do evento ou problema a ser resolvido
 Modelo
Representa ou descreve elementos relevantes de um processo ou de uma
situao e as interaes entre eles. Caracteriza-se como ferramenta para
conceber algo e representar, simular ou idealizar essa realidade por meio de
objetos, fluxos, idias e palavras. Ele sumariza os efeitos e relacionamentos
mais relevantes de determinada situao ou problema especfico

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Modelo de Deciso

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Modelo de Deciso
 Modelo de Deciso incorpora:
Modelo de Mensurao
Principal elemento que fundamenta a deciso da escolha de um curso de
ao aps avaliao das diversas alternativas levantadas
No mbito da Controladoria, este modelo prima por ser um modelo de
avaliao econmica (resultados e valor da empresa)
Modelo de Informao
estruturado a partir do modelo de deciso e mensurao, tem como
caracterstica apresentar a representante do processo decisrio de forma
compreensvel para o decisor

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Modelo de Deciso
 Exemplos de Modelo de Deciso
Informaes Agregadas: Balano Patrimonial, Demonstrao de Resultado,
Fluxo de Caixa, DOAR
Resultados de eventos ou reas de resultado: Margem de Contribuio, Mark
up, Lucratividade, Custeio
Projetos ou novos investimentos: Fluxo de Caixa Descontado, Valor Presente
Lquido, Pay Back

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Processo e Modelo de Gesto

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Processo de gesto
 Deve assegurar que a dinmica das decises tomadas na empresa conduzam-na
efetivamente ao cumprimento de sua misso e estratgia, garantindo-lhe a
adaptabilidade e o equilbrio necessrios para sua continuidade
 Com esse propsito o processo de gesto deve:
Contemplar as fases de planejamento, execuo e controle das atividades da
empresa
Ser sistmico e desenvolver comprometimento

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Fases do processo de gesto

Planejamento
Planejamento Operacional
Longo Execuo
Estratgico
Mdio
Curto

Controle

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Modelo de gesto
 Conceito
Conjunto de princpios, nem sempre formalizados, pode ser identificado por
meio de observao dos instrumentos de gesto e das demais prticas
organizacionais
Objetiva orientar a empresa para cumprir sua misso e proporcionar
continuidade
Traduz o conjunto de ideias, crenas e valores dos proprietrios e gestores,
sempre relacionado com a histria da empresa

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Objetivos do modelo de gesto
 Reduo de risco do empreendimento
 Estabelecimento de uma estrutura organizacional adequada
 Definio de um estilo e filosofia de trabalho
 Criar clima motivador em torno de objetivos
 Aferio dos objetivos para tomada de aes corretivas e tomada de decises que
levam ao cumprimento da misso
 Conhecimento das variveis relevantes do ambiente prximo, remoto e interno,
bem como suas tendncias, possibilitando a preparao de planos alternativos e
simulaes

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Planejamento estratgico da empresa
 A empresa deve desenvolver e comunicar os seguintes aspectos
Misso: propsito bsico e permanente da existncia de uma empresa
A misso moldada por cinco elementos
o Histria
o Preferncias dos proprietrios e administradores
o Ambiente de mercado
o Recursos disponveis
o Competncias distintivas
Viso: objetivo amplo do futuro, onde se deseja chegar, como quer ser
percebida
Valores: conjunto de princpios que guiam as atividades da empresa

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Planejamento estratgico da empresa
 Estratgia
a combinao de oportunidades do mercado de uma empresa com seus
recursos, a fim de desenvolver vantagens competitivas
Pode ser proativa ou reativa
Estratgias que no sejam financeiramente exequveis no podem ser
estratgias apropriadas
 Competncia Distintiva
Algo que fornece acesso potencial a uma ampla variedade de mercados,
contribui significativamente para os benefcios percebidos pelos consumidores
do produto final e difcil de ser imitado pelos concorrentes

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Exemplos
 Misso e viso
Eastman Kodak
Ser o melhor do mundo na formao de imagem por meios qumicos e
eletrnicos
Elevadores Otis
Nossa misso proporcionar um meio para qualquer cliente deslocar
pessoas e objetos para cima, para baixo e para os lados, ao longo de
pequenas distncias, com maior confiana que qualquer outra empresa
no mundo
 Objetivos estratgicos
Alcan
Ser o produtos de alumnio de menor custo e superar o retorno mdio do
ndice de aes da indstria da Standard & Poor.
Apple Computer
Oferecer a melhor tecnologia possvel de computadores pessoais,
colocando esta tecnologia nas mos do maior nmero de pessoas

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Fases do processo de gesto
 Planejamento Estratgico
Premissa: assegurar o cumprimento da misso e continuidade da empresa
Estabelecimento de cenrios, anlise das variveis ambientais
Identificao de oportunidades e ameaas ponderando os pontos fortes e
fracos da organizao
Gerar diretrizes estratgicas

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Fases do processo de gesto
 Planejamento Operacional
Longo Prazo
Visa assegurar a escolha das melhores alternativas operacionais
Mdio Prazo
Definir horizonte de planejamento
Quantificar recursos, volumes, preos, investimentos e demais variveis
Definir prazos de execuo e avaliao de desempenho
Curto Prazo
Conhecimento mais seguro das variveis envolvidas
Adaptao do plano de mdio e longo prazo realidade operacional do
curto prazo
Otimizao do resultados

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Fases do processo de gesto
 Execuo
Implementao das aes planejadas com a realizao de negcios/eventos
Obteno de resultados
 Controle
Avaliao de desempenho comparando resultados planejados e realizados
Identificao de desvios e suas verdadeiras causas
Visa assegurar correo de rumo para atingir os objetivos

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Fases do processo de gesto
 Ciclo PDCA

Planejar Executar
(Plan) (Do)

Agir Controlar
(Act) (Check)

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Processo de gesto

INFORMAES OPERACIONAIS
(Planejamento Operacional e Execuo)

INFORMAES GERENCIAIS
(Controle)
Simulao Planejamento Acompanhamento

Mensurao e acumulao

INFORMAES SOBRE AMBIENTE EXTERNO E INTERNO


(Planejamento Estratgico)
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Processo de gesto
 Modelo de informao
Operacionais
Necessidade de controle fsico-operacional da empresa
Dados detalhados de transaes
Exemplos: faturamento, controle de estoque, folha de pagamento
Gerenciais
Necessidade de avaliao de desempenho e tomada de deciso
Deve possibilitar simulao de alternativas, planejamento de objetivos e
acompanhamento de resultados
Exemplos: custeio, oramento, contabilidade gerencial
Informaes sobre ambiente externo e interno
Naturezas e fontes diversas
Dificuldade de padronizao
Investimento em pesquisa

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Exerccio de Anlise Ambiental

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Processo de Controle

Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho


Processo de controle
 O processo de controle para ter sucesso deve envolver as seguintes etapas:
Prever os resultados das decises estratgicas e operacionais, atravs da
definio de parmetros ou padres de controle de desempenho
Medir o desempenho real
Comparar o desempenho real com o previsto, identificando os fatores que
influenciaram na variao
Tomar aes corretivas para que o desempenho previsto seja alcanado, ou
reforar as atividades que tiveram desempenho satisfatrio

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Processo de controle

Desempenho
planejado
Planejamento
estratgico e
operacional Decises da
Comparao Diagnstico
Anlise
Identificao Aes corretivas
dos causas e de reforo
Desempenho
real
Execuo

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Padres de controle
 Quanto forma
Unitrio: padro de controle com valor nico
Intervalo: valores compreendidos em um dado intervalo
 Quanto origem
Interno: informao gerada a partir das atividades da empresa
Externo: informaes gerada a partir de pesquisa ou monitoramento do
ambiente externo

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Padres de controle
 Exemplos
Perda de matria-prima na produo
De 0% a 1,5%
Meta de market share
32% do volume de vendas em toneladas
Nvel de satisfao do consumidor
Pesquisa atravs de metodologia prpria, identificando alta, mdia ou
baixa satisfao
Liquidez da empresa
Superior a 1,7

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Avaliao de Desempenho

Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho


Avaliao de desempenho
 O equilbrio da empresa refere-se a determinado estado do sistema que
evidencia-se por um conjunto de indicadores, de vrias situaes
Avaliao
Atribuio de valor, sendo que pode ser entendido num sentido
qualitativo (mrito, importncia) ou num sentido quantitativo
Mensurao
Atribuio de nmero a objetos, de acordo com regras, especificando o
objetivo a ser medido, a escala a ser usada e as dimenses de unidade

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Dimenses de Anlise
 Representam as dimenses do desempenho da empresa, que simbolizam ngulos
diferentes pelos quais podemos avaliar ou mensurar resultados
Amplitude: Global, Divisional e Funcional
Tempo: Curto, Mdio e Longo Prazos
Qualidade: Eficcia e Eficincia
Ocorrncia: Planejado, Em realizao, e Realizado
Natureza: Operacional, Financeira e Econmica

Dimenso
Natureza

Dimenso
Qualidade
Dimenso
Amplitude

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Dimenses de Anlise
 Amplitude
Global
Avaliao total, interesse interno e externo
Comparaes com outras empresas
Divisional
Unidade de negcio, forma de gesto
Interesse interno, responsabilidade de um gestor especfico
Comparao de desempenho entre divises
Funcional
Desempenho individual ou funcional, que refere-se a atividades prprias
dos cargos ou funes ocupados

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Dimenses de Anlise
 Tempo
No existem parmetros claros para classificao na dimenso
Podemos adotar ciclo operacional, ano civil
Fundamental delimitar perodo para avaliao

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Dimenses de Anlise
 Qualidade
Eficcia
Refere-se obteno dos resultados desejados, planejados
Eficincia
Refere-se relao recursos consumidos / resultados gerados
A noo de eficcia inclui a de eficincia

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Dimenses de Anlise
 Ocorrncia
Planejado
Refere-se a atividades a serem realizadas (futuro)
Orientao do desempenho
Em realizao
Refere-se s atividades que ainda no completaram seu ciclo de
processamento
Permite correes de rumo a fim de garantir o atendimento dos objetivos
Realizado
Resultante do ciclo completo das atividades
No admite correes

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Dimenses de Anlise
 Natureza
Operacional
Diretamente relacionadas ao processamento dos recursos, interfere
diretamente no resultado econmico
Financeira
Envolve prazos de pagamento e recebimento dos valores envolvidos nas
atividades
Entrada e sada de recursos financeiros
Econmica
Reflete a mensurao dos resultados obtidos nas atividades operacional
Capacidade de reposio dos recursos consumidos

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Avaliao de desempenho
 Correlao entre os indicadores

Indicadores
Financeiros
PRAZO / FLUXO DE CAIXA
Indicadores
Operacionais
REALIZAO
DAS
ATIVIDADES Indicadores
Econmicos
LUCRO / RIQUEZA / VALOR

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Avaliao de desempenho
 Principais interessados
(stakeholders)
Gestores
Scio / Acionista
Investidores
Credores  Princpios da Governana
Colaboradores Corporativa
Clientes e Fornecedores  Transparncia
 Outros interessados  Equidade
Governo  Prestao de Contas
Bolsa de Valores  Responsabilidade Corporativa
Entidades Patronais /
Sindicatos
Comunidade Prxima
Outras Entidades
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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Mensurao
Econmico-Financeira

Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho


Fluxo econmico X Fluxo financeiro
 Praticamente todas as decises tomadas em uma empresa tm consequncias
sobre os resultados econmico, financeiro e patrimonial. Para a perfeita
compreenso e visualizao destas consequncias necessrio distinguir as
diferenas entre os fluxos econmico e financeiro, possibilitando responder aos
seguintes tipos de questes:
Por que o aumento no saldo em caixa (disponibilidades) de uma empresa
no igual ao lucro obtido?
Qual a justificativa para que uma empresa obtenha lucro e, mesmo assim,
apresente problemas de caixa?

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Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Fluxo econmico X Fluxo financeiro

 Fluxo Econmico
O resultado econmico aquele obtido atravs da demonstrao de resultado do
exerccio (DRE). o lucro ou prejuzo contbil. O resultado apurado pela
contabilidade retrata o fluxo econmico e no o financeiro, pois o resultado
econmico apurado pelo regime de competncia e no pelo regime de caixa.
Todas as movimentaes da empresa, a prazo ou a vista, que afetam o resultado
apurado pelo regime de competncia formam o fluxo econmico.
 Fluxo Financeiro
O resultado financeiro aquele obtido atravs da elaborao do fluxo de caixa,
onde so consideradas todas as entradas e sadas de capital, mesmo que estas
entradas e sadas no representem receitas ou despesas provenientes da
comercializao de bens e servios, tais como obteno e amortizao de
emprstimos, aumento do capital social em dinheiro, distribuio de lucros e
pagamento de dividendos.

75
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Mensurao econmico-financeira
 Objetivo
Entender a situao econmico-financeira da empresa atravs de um
conjunto de indicadores representativos.
Liquidez: situao financeira
Rentabilidade / Lucratividade: situao econmica
Endividamento: estrutura das fontes de financiamento

LIQUIDEZ

RENTABILIDADE ENDIVIDAMENTO

76
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Mensurao econmico-financeira
 Algumas tcnicas de anlise
Indicadores
Resultado da diviso/combinao de valores
o Clculo: aplicao da frmula
o Interpretao: entender o significado do resultado obtido
o Conceituao: saber se o indicador bom, razovel ou ruim
Anlise Horizontal
Comparao entre valores/indicadores de vrios perodos, buscando
identificar tendncias
Anlise Vertical
Relao entre valores, considerando dados de um mesmo perodo

77
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Balano Social

 Conceito
Demonstrao dos recursos e das influncias (favorveis e desfavorveis)
recebidas e transmitidas pelas entidades na promoo humana, social e
ecolgica
 Incio
Alemanha, em 1939 a empresa AEG j publicava
EUA, incio dos anos 60, quando sofreram presses sociais em decorrncia da
participao da Guerra do Vietn
 Reflexo
Qual o papel das empresas como entidades econmicas?
As aes so verdadeiras ou somente marketing?

78
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Balano Social

Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho 79


Balano Social

80
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Balanced Scorecard
 Cada indicador selecionado deve ser um elo da cadeia de relaes de causa e
efeito que caracterizam a estratgia da empresa

Financeiro Crescimento
Retorno sobre o capital investido Equilbrio
Maturidade
Clientes
Lealdade dos clientes atravs da
pontualidade nas entregas

Processos Internos
Curtos ciclos de operao
Altos nveis de qualidade

Aprendizado e Crescimento
Treinamento dos colaboradores
81
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Balanced Scorecard
 Exemplo

Objetivos Estratgicos Indicadores Indutores de Desempenho

FINANCEIROS
Aumentar resultados ROI
Expandir mix de faturamento Crescimento do faturamento Mix de faturamento
Reduzir a estrutura de custo Variao no custo de depsitos

CLIENTES
Aumentar Market share Profundidade do relacionamento
Aumentar satisfao ps-venda Reteno do cliente Pesquisa de satisfao

PROCESSOS INTERNO
Conhecer os clientes
Criar produtos inovadores Faturamento novos produtos Ciclo de desenvolvimento de produtos
Cross-selling dos produtos Grau de cross-selling Horas com os clientes
Canais mais adequados Mudana de mix de canais
Minimizar problemas operac. % erros em servio
Velocidade de resposta

APRENDIZADO
Treinamento estratgico Satisfao do colaborador Grau de cobertura estratgica
Acesso a inform. Estratgica Faturamento/colaborador Grau de disponibilidade inform. estrat.
Alinhar objetivos pessoais % alinhamento objetivos pessoais
82
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise da Demonstraes
Financeiras
Contabilidade Executiva

83
Controladoria| Valter Pereira Francisco
Controladoria| Filho
Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dos demonstrativos financeiros
 Anlise horizontal
Comparao que se faz entre valores de uma mesma conta, grupo de contas
ou indicadores, em diferentes perodos
anlise temporal que busca identificar tendncias

2010 2011
2009 % / 2009 2010 % / 2010 2011
RECEITA LQUIDA R$ 4.242.057,00 21,1% R$ 5.136.712,00 8,9% R$ 5.591.374,00
(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS -R$ 1.294.565,00 20,3% -R$ 1.556.806,00 7,0% -R$ 1.666.300,00
(=) LUCRO BRUTO R$ 2.947.492,00 21,5% R$ 3.579.906,00 9,6% R$ 3.925.074,00
(-) DESPESAS COM VENDAS -R$ 1.496.125,00 13,9% -R$ 1.704.322,00 14,6% -R$ 1.952.740,00

84
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dos demonstrativos financeiros
 Anlise vertical
Relao entre valores, considerando dados de um mesmo perodo

2009 Part. % 2010 Part. % 2011 Part. %


RECEITA LQUIDA R$ 4.242.057,00 100,0% R$ 5.136.712,00 100,0% R$ 5.591.374,00 100,0%
(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS -R$ 1.294.565,00 -30,5% -R$ 1.556.806,00 -30,3% -R$ 1.666.300,00 -29,8%
(=) LUCRO BRUTO R$ 2.947.492,00 69,5% R$ 3.579.906,00 69,7% R$ 3.925.074,00 70,2%
(-) DESPESAS COM VENDAS -R$ 1.496.125,00 -35,3% -R$ 1.704.322,00 -33,2% -R$ 1.952.740,00 -34,9%

85
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dos demonstrativos financeiros
 Tcnicas de anlise
Indicadores
Resultado da diviso/combinao de valores
Etapas
o Clculo: aplicao da frmula
o Interpretao: entender o significado do resultado obtido
o Conceituao: saber se o indicador bom, razovel ou ruim

86
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Indicadores de liquidez
 Visa medir a capacidade de pagamento de uma empresa, cumprir corretamente
suas obrigaes assumidas
 Liquidez corrente
LC = Ativo Circulante
Passivo Circulante
a forma mais comum de medir a liquidez pois trata dos direitos e obrigaes
circulantes, ou seja, de curto prazo
 Liquidez geral
LG = Ativo Circulante + Realizvel a Longo Prazo
Passivo Circulante + Exigvel a Longo Prazo
Retrata a sade financeira levando em considerao alm do circulante o
longo prazo

87
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Indicadores de atividade
 Esto relacionados mensurao do ciclo operacional, que envolve a aquisio de
insumos ou mercadorias, a transformao em produto acabado, sua venda e
recebimento das mesmas
 Prazo mdio de estocagem
PME = Saldo Mdio de Estoque x 360
Custo dos Produtos Vendidos
O resultado ser o nmero de dias que o estoque leva em mdia para girar,
transformar-se em Contas a Receber
 Prazo mdio de pagamento a fornecedores
PMPF = Saldo Mdio de Fornecedores x 360
Compras Anuais
O resultado ser o nmero de dias que em mdia a empresa paga seus
fornecedores

88
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Indicadores de atividade
 Prazo mdio de recebimento de venda
PMRV = Saldo Mdio de Clientes x 360
Vendas Anuais
O resultado ser o nmero de dias que em mdia a empresa recebe de seus
clientes
 Questes importantes
Valores mdios
Observar a sazonalidade da empresa para que os resultados no sejam
distorcidos
Valores anuais
Alguns autores sugerem que o valor anual deve ser, por exemplo,
somente as vendas a prazo, neste caso o resultado ser o prazo mdio
somente das vendas a prazo e no a mdia ponderada

89
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Indicadores de atividade
CICLO ECONMICO

PME PMRV
Dias 0 15 20 35 55 70 85
PMPF NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

CICLO FINANCEIRO

CICLO OPERACIONAL 90
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Indicadores de endividamento
 Demonstra a relao entre o capital prprio e o capital de terceiros na estrutura das
fontes de financiamento (passivo)
 Relao capital de terceiros / capital prprio
RCCP = Passivo Circulante + Exigvel a Longo Prazo
Patrimnio Lquido
Revela o nvel de endividamento da empresa em relao aos recursos prprios
 Relao capital de terceiros / passivo total
RCPT = Passivo Circulante + Exigvel a Longo Prazo
Passivo Total
Mede a porcentagem de representatividade dos recursos de terceiros em
relao ao total de fontes de financiamento

91
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Indicadores de rentabilidade
 Estes indicadores visam avaliar os resultados apurados no perodo, buscando
avaliar o potencial econmico da empresa
 A anlise de rentabilidade no deve ser baseada no valor absoluto do lucro, mas
sim na comparao deste com a ativo total, o patrimnio lquido e as receitas de
vendas geradas
 Rentabilidade de vendas
Margem operacional
MgO = Lucro Operacional
Vendas Lquidas
Mede a eficincia da gerao de lucro operacional da empresa

92
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Indicadores de rentabilidade
 Rentabilidade de vendas
Margem lquida
MgL = Lucro Lquido
Vendas Lquidas
Mede a eficincia da gerao de lucro total da empresa
 Rentabilidade de vendas
Giro do ativo
GA = Vendas Lquidas
Ativo Total Mdio
Mede quanta vezes no perodo o ativo total tornou-se receita

93
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Indicadores de rentabilidade
 Retorno sobre o ativo (ROA)
ROA = Margem Lquida x Giro do Ativo
ou seja
ROA = Lucro Lquido x Vendas Lquidas
Vendas Lquidas Ativo Total Mdio
Mede o retorno produzido pelos investimentos que a empresa realizou em seus
ativos

94
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Indicadores de rentabilidade
 Retorno sobre o patrimnio lquido (ROE)
ROE = Lucro Lquido
Patrimnio Lquido Mdio
Apresenta a rentabilidade do capital investido, comparando o lucro lquido,
disponvel aos acionistas, em relao ao patrimnio

95
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Indicadores
 EBIT (Earning Before Interest and Taxes)
EBIT = LAJIR (Lucro Antes do Juros e do Imposto de Renda)
Permite estimar o resultado das operaes sem a incluso das receitas ou
despesas financeiras
 EBITDA (Earning Before Interest, Taxes, Depreciantion and Amortization)
EBITDA = Lucro Operacional + Depreciao + Amortizao
+ Ajustes de gastos que no afetaram o caixa
Demonstra a capacidade operacional da empresa na gerao de fluxo de caixa
operacional, independente da forma da deciso de financiamento da empresa
um indicador globalizado muito utilizado pelas empresas de capital aberto

96
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Valor para o acionista
 Rentabilidade oferecida for suficiente para remunerar o custo de oportunidade do
capital do acionista (prprio)
 Estrutura

VALOR DE MERCADO (RIQUEZA)

CRIAO DE VALOR

ESTRATGIAS FINANCEIRAS e COMPETNCIAS DISTINTIVAS

97
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Valor para o acionista
 Gesto voltada para gerao de riqueza dos acionistas
 Governana corporativa
Princpios
Senso de justia, equidade no tratamento dos shareholders (fairness)
Transparncia nas informaes (disclosure)
Prestao de contas responsvel, fundamentada nas melhores prticas
contbeis e de auditoria (accountability)
Conformidade legal no cumprimento de normas reguladoras, internas e
externas (compliance)

98
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Valor para o acionista
 Governana corporativa no Brasil
Caractersticas predominantes da prtica
Financiamento predominante: dvida e gerao de caixa
Propriedade e controle acionrio: alta concentrao
Conflitos de agncia: majoritrios versus minoritrios
Proteo legal dos minoritrios: fraca
Liquidez da participao acionria: especulativa e oscilante
Propriedade e gesto: sobreposio
Conselho de administrao: baixa eficcia
Foras de controle mais atuantes: internas
Governana: estgio inicial

99
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dinmica de
Capital de Giro

100
Finanas para no financeiros
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dinmica do capital de giro
 A administrao do capital de giro pea fundamental no equilbrio financeiro de
uma empresa
Liquidez
Busca adequada de fontes de financiamento
Alto custo financeiro no mercado brasileiro
 Indicadores de avaliao
Capital de Giro (CDG) ou Capital Circulante Lquido
Necessidade de Capital de Giro (NCG)
Saldo de Tesouraria (ST) ou Saldo Disponvel
Necessidade Total de Financiamento Permanente (NTFP)

101
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dinmica do capital de giro
 Capital de giro (CDG)
= Passivo Permanente Ativo Permanente
ou
= (Ativo Financeiro + Ativo Operacional) (Passivo Financeiro + Passivo
Operacional)
 Necessidade de capital de giro (NCG)
= Ativo Operacional Passivo Operacional
 Saldo de Tesouraria (TES)
= Ativo Financeiro Passivo Financeiro
ou
= CDG NCG

102
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dinmica do capital de giro
 Reclassificao das contas patrimoniais
Tradicional: liquidez
Anlise dinmica
Contas Operacionais ou Cclicas: saldos com relao direta com o nvel de
atividade, sendo renovadas constantemente
Contas Financeiras: saldos sem relao direta com o nvel de atividade
operacional
o Est ligado ao resultado no operacional
Contas Permanentes: saldo com caracterstica de longo prazo

103
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dinmica do capital de giro
 Reclassificao

Circulante Financeira

Excees Operacional
Longo Prazo
(Cclica)

Permanente Permanente

104
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dinmica do capital de giro
 Anlise Capital de Giro

Passivo
Ativo Financeiro
Financeiro
Passivo
Ativo Operacional
Operacional (Cclica)
(Cclica)
Capital de Giro

Ativo Passivo
Permanente Permanente
105
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dinmica do capital de giro
 Anlise Necessidade de Capital de Giro

Ativo Passivo
Financeiro Financeiro
Necessidade de
Passivo Capital de Giro
Ativo
Operacional Operacional
(Cclica) (Cclica)

Ativo Passivo
Permanente Permanente
106
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dinmica do capital de giro
 Anlise Tesouraria

Passivo
Ativo Financeiro
Financeiro
Tesouraria
Passivo
Ativo Operacional
Operacional (Cclica)
(Cclica)

Ativo Passivo
Permanente Permanente
107
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise dinmica do capital de giro
 Efeito tesoura: Risco de Insolvncia

CDG < NCG


CDG ST < 0

ST = 0

CDG > NCG CDG < NCG


ST > 0 CDG < 0

CDG = 0

zero

NCG
Baixo Risco Mdio Risco Alto Risco
108
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise
Custo-Volume-Lucro

109
Finanas para no financeiros
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Margem de Contribuio
 Equao
MARGEM DE CONTRIBUIO = RECEITA GASTOS VARIVEIS
 o que sobra para pagar os gastos fixos e gerar lucro
Portanto
RECEITA = GASTOS VARIVEIS + MARGEM DE CONTRIBUIO
RECEITA = GASTOS VARIVEIS + GASTOS FIXOS + LUCRO

110
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise Custo-Volume-Lucro
 Identificar o comportamento dos gastos (custos e despesas) para utilizao na
tomada de deciso.
R$
Receita

Gastos totais
R2
MC
GT2
R1

Gastos fixos

Volume
V1 V2
111
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Alavancagem operacional
 Ocorre quando um crescimento de x% nas vendas provoca um crescimento de n
vezes x% no lucro bruto. O efeito de alavancagem ocorre pelo fato de que os
custos fixos so distribudos por um volume maior de produo, fazendo com que
o custo unitrio da mercadoria seja reduzido.

112
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Alavancagem operacional
 Diluio dos gastos fixos por unidade

R$ por unidade

Receita

Gastos varivel

Gastos fixos
Volume

113
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Alavancagem operacional
 Grau de alavancagem

R$
Receita
Gastos totais E2
Gastos totais E1
R$2

R$1

R$3
Gastos fixos E1
Gastos fixos E2
Volume
V3 V1 V2
114
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Alavancagem operacional
 Equao GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL
GAO = VAR% Lucro Operacional / VAR% Receita
Simulao do efeito positivo e negativo
 Equao GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA
GAF = VAR% Lucro Lquido / VAR% Lucro Operacional
 Equao GRAU DE ALAVANCAGEM COMBINADA
GAC = VAR% Lucro Lquido / VAR%

115
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Gesto de Custos - Equao Econmica

CUSTO + LUCRO = PREO

PREO CUSTO = LUCRO ou PREJUZO


PREO LUCRO = CUSTO
MERCADO ACIONISTA GESTOR (META)

116
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Gesto de custos
 Abordagem

Contexto
Projeto Melhoria Contnua
Resultado
 Anlise de valor da  Gerenciamento da
atividade/processos qualidade total
Melhoria
 Anlise de valor dos  Melhoria de
incremental
gastos gerais processos

 Custeio baseado em
atividade

Melhoria radical  Reengenharia de


processos

117
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Orientao da Deciso de Preo
 Teoria econmica
Conhecimento da curva de oferta e demanda, concorrncia perfeita
 Custos
Gesto dos gastos e adio da margem de lucro desejada
 Mercado
Valor percebido pelo cliente

 Aspectos Tributrios

118
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise Custo-Volume-Lucro
Lucro Presumido
Receita bruta X
- ICMS ICMS X
Receita lquida X ICMS X
- CPV C
Lucro bruto X ICMS X C
-Despesa fixas DF
- Despesa DV X
variveis
Lucro operacional X ICMS X C DF DV X
- CSLL CS X
- IRPJ IR X
Lucro lquido X ICMS X C DF DV X CS X IR X = MG X

X= ( C + DF )
1 ICMS DV CS IR MG
119
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Anlise Custo-Volume-Lucro
Lucro Real
Receita bruta X
- ICMS ICMS X
Receita lquida X ICMS X
- CPV C
Lucro bruto X ICMS X C
- Despesa fixas DF
- Despesa variveis DV X

Lucro operacional X ICMS X C DF DV X


- CSLL CS [ X ICMS X C DF DV X ]
- IRPJ IR [ X ICMS X C DF DV X ]
Lucro lquido X ICMS X C DF DV X CS X + CS ICMS X + CS C + CS DF + CS DV X
IR X + IR ICMS X + IR C + IR DF + IR DV X = MG X

X= ( 1 CS IR ) ( C + DF )
1 ICMS DV CS + CSxICMS + CSxDV IR + IRxICMS + IRxDV - MG
120
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento

Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho


Definio de oramento
 Representa um plano futuro de utilizao dos recursos empresariais, alinhado com
a estratgia da empresa, para um perodo determinado
 Mensura informaes qualitativas e quantitativas do planejamento operacional,
transformando-as em informaes financeiras
 o planejamento do resultado econmico

122
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento x Processo de controle
 o melhor exemplo de um processo de controle

Desempenho
planejado
Planejamento
estratgico e
operacional Decises da
Comparao Diagnstico
Anlise
Identificao Aes corretivas
dos causas e de reforo
Desempenho
real
Execuo

123
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento x Processo de Gesto

Planejamento
Planejamento Operacional
Longo Execuo
Estratgico
Mdio
Curto

Controle

124
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento x Processo de Gesto

Planejamento Planejamento Plano Controle


Estratgico Operacional Oramentrio Oramentrio
Misso, Viso, Processos, Mensurao,
Processo
Estratgias e Estrutura, Prazos,
De Controle
Polticas Pessoas Resultados

Desempenho Histrico Sistema de


X
Avaliao
Informaes
Gerencial Tomada de
Ambiental
X Acumulao Deciso
Expectativa Simulao
Stakeholders Planejamento

125
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Objetivos do Oramento
 Meio para planejamento e projees
 Sistema de autorizao de utilizao de recursos
 Canal de comunicao
 Coordenao de atividades
 Instrumento de motivao
 Instrumento de avaliao e controle

126
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Vantagens do Oramento
 Fornece um meio de comunicar os planos a toda organizao.
 Foram os gerentes a pensar e planejar o futuro, e no somente cuidar das
atividades do dia-a-dia.
 Proporcionam aumento da eficincia, relao recursos consumidos e resultados
gerados.
 O processo oramentrio identifica faltas ou excessos de recursos antes que eles
ocorram
 um ferramental de coordenao de atividades entre as diversas reas e gestores
 Ferramenta de aprendizado corporativo
 Facilitam o alcance de objetivos da empresa e subsequente avaliao de
desempenho

127
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento Participativo x Centralizado
 O sucesso de um processo oramentrio em grande parte ser determinado pelo
modo como foi realizado
 O Oramento Participativo aquele elaborado com a cooperao e a participao
plena dos gestores, em todos os nveis
 Vantagens
Desenvolvimento do esprito de equipe e respeito as opinies e julgamentos
de todos
As previses so realizadas pelas pessoas mais prximas da operao da
empresa, sendo assim mais confiveis
aceito com mais facilidade por todos, no existe a possibilidade de culpar
algum pelo seu no cumprimento ou fracasso

128
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Funcionamento do Oramento
Oramento de Resultados
Oramento de Vendas
(DRE)

Oramento de
Oramento de Produo
Fluxo de Caixa

Materiais Gastos gerais Oramento Patrimonial


Mo-de-obra
(estoques) de fabricao (Balano)

Oramento de Despesas Anlise Gerencial


Administrativas e Vendas Padres

Feedback
129
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Processo de Elaborao
Atividades Responsvel/Envolvidos

 Preparao do Modelo e informaes iniciais Controladoria

 Aprovao Inicial e definio das diretrizes Comit Oramento

 Reunio de apresentao aos gestores Controladoria / Gestores

Discusso do cronograma e atividades

 Retorno das informaes Gestores

 Consolidao reviso e ajustes Controladoria

 Anlise final e aprovao Comit Oramento

 Apresentao aos gestores Controladoria / Gestores

 Controle e elaborao de relatrios Controladoria

 Avaliao das variaes Comit Oramento / Gestores

 Revises peridicas Comit Oramento


130
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Funcionamento do Oramento
Oramento de Resultados
Oramento de Vendas
(DRE)

Oramento de
Oramento de Produo
Fluxo de Caixa

Materiais Gastos gerais Oramento Patrimonial


Mo-de-obra
(estoques) de fabricao (Balano)

Oramento de Despesas Anlise Gerencial


Administrativas e Vendas Padres

Feedback
131
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Vendas
 Principais tcnicas de Previses e Metas de Vendas
Apurao da tendncia de vendas
Reconhecer tendncias de crescimento, estabilidade ou queda das vendas
Anlise do ciclo de vida do produto
Anlise de variaes sazonais e os efeitos dos ciclos econmicos de
expanso ou contrao nos negcios
Risco
o Ancoragem da anlise, olhar somente para o passado

132
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Vendas
 Principais tcnicas de Previses e Metas de Vendas
Opinies da equipe de vendas
Coleta das anlises de vendas futuras na rea de atuao de cada equipe,
sendo o seu somatrio a previso total da empresa
Refora o envolvimento da equipe no processo
Riscos
o Metas subestimadas, gerando um quota de venda mais favorvel
o Normalmente uma viso mais micro, no leva em considerao
variveis externas ou necessidades gerais da empresa (retorno sobre
capital, gerao de caixa)

133
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Vendas
 Principais tcnicas de Previses e Metas de Vendas
Opinies dos Executivos e Especialistas
A previso de vendas resulta da experincia de executivos e especialistas
do setor de atuao da empresa
Essas opinies so confrontadas, a fim de obter consenso, e normalmente
subsidiadas por pesquisas, estudos etc.
Riscos
o Baixo envolvimento da equipe de vendas
o uma viso mais macro, no leva em considerao as restries
operacionais

134
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Vendas
 Principais tcnicas de Previses e Metas de Vendas
Anlise da indstria
a comparao da demanda esperada informaes gerais da indstria,
como:
o Anlise dos concorrentes diretos: capacidade instalada e novos
investimentos, pontos fortes e fracos, lanamento de produtos etc.
o Capacidade dos principais fornecedores e compradores frente aos
seus planos
o Market share atual, novos canais de comercializao etc.
Risco
o Dificuldade na obteno de informaes externas
o Informao precisa ou estimada?

135
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Vendas
 Principais tcnicas de Previses e Metas de Vendas
Anlise correlacional
Identifica fatores ambientais, normalmente expresso atravs de
indicadores, que condicionam a demanda do produto
Exemplo
o Melhoria da renda per capita = melhor de desempenho de produtos
de consumo
o Menor taxa de juros = mais compras a prazo
o Maior fluxo de capital estrangeiro = reduo da taxa do dlar
Risco
o Erro na anlise ou mudana na correlao

136
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Vendas
 Principais tcnicas de Previses e Metas de Vendas
Abordagem Mltipla
As empresas normalmente no adotam uma nica tcnica de previso,
mas sim uma abordagem mltipla, levando em considerao as diversas
fontes de informaes, ponderadas por peso

137
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Vendas

Objetivo
Maximizar a receita
Eficcia

138
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Formato do Oramento de Venda
Vinculado ao processo de gesto
detalhamento Quantidade e Receita
JAN FEV MAR ABR ...
PRODUTO A
- Regio 1
- Regio 2
- Regio 3
PRODUTO B
- Regio 1
- Regio 2
- Regio 3

JAN FEV MAR ABR ...


REGIO 1
- Produto A
- Produto B
- Produto C
REGIO 2
- Produto A
- Produto B
- Produto C
139
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Funcionamento do Oramento
Oramento de Resultados
Oramento de Vendas
(DRE)

Oramento de
Oramento de Produo
Fluxo de Caixa

Materiais Gastos gerais Oramento Patrimonial


Mo-de-obra
(estoques) de fabricao (Balano)

Oramento de Despesas Anlise Gerencial


Administrativas e Vendas Padres

Feedback
140
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Produo
 Poltica de estoques
Volume de Planejamento dos saldos em estoque
Vendas
Custo de armazenagem x Custo de set up
 Anlise da capacidade instalada
Identificao de gargalos ou ociosidade
Ampliao de turnos, novos investimentos
Curva de demanda x curva de produo, sazonalidade
Volume de Capacidade instalada de terceiros
Produo  Gastos com colaboradores (centro de custo)
Contratao/demisso/perodo de frias
Capacitao/treinamento
Nmero x Funo x Salrio
Horas extras
Volume de Encargos e benefcios
Compras
Uniformes e EPI
Outros
141
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Produo
 Gastos gerais de fabricao (centro de custo)
Volume de
Vendas Demanda de energia eltrica
Depreciao e amortizao dos ativos
Manuteno
Servios de terceiros
Outros

Volume de
Produo

Volume de
Compras

142
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Produo
 Curva de demanda x curva de produo (exemplo 1)
Volume
Venda
(Demanda)

Capacidade
Instalada

Produo
(Oferta)

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
143
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Produo
 Curva de demanda x curva de produo (cerveja)
Volume
Venda
(Demanda)

Capacidade
Instalada
Produo
(Oferta)

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
144
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Produo
 Curva de demanda x curva de produo (ovo de pscoa)
Volume
Venda
(Demanda)

Capacidade
Instalada

Produo
(Oferta)

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
145
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Produo
Formato
JAN FEV MAR ABR ...
PRODUTO A
Volume de Vendas 1.000 1.000 1.000 1.000
(+) Saldo Final de Estoque - 20% 200 200 200 200 Estoque de
(-) Saldo Inicial 250 200 200 200 Segurana
(=) Necessidade de Produo 950 1.000 1.000 1.000
PRODUTO B
Volume de Vendas 1.000 500 1.200 600
(+) Saldo Final de Estoque - 20% 100 240 120 250 Estoque de
100 240 120 Segurana
(-) Saldo Inicial 250
(=) Necessidade de Produo 850 640 1.080 730

1.200

1.000

800

600

400
146 JAN FEV M AR ABR
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Produo
 Lote Econmico de Produo (LEP)
Quando a empresa fabrica diversos produtos, preciso decidir quantas
unidades de um produto devem ser fabricadas, antes de iniciar a fabricao
de outro produto, ou seja o tamanho do lote
O LEP o tamanho do lote que minimiza os custos operacionais envolvidos
Armazenagem
o Espao fsico, manipulao, guarda e controle, custo financeiro do
capital de giro etc.
Preparao de mquinas (set up)
o Aquecimento, ajuste, limpeza, troca de ferramental etc.
No existncia do estoque
o No realizao de vendas

147
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Produo
 Lote Econmico de Produo (LEP) - Grfico

Custo
Associados Custo total Custo anual de
Armazenagem
$500 (unitrio)

$400

$300

$200

$100 Custo de set up


(por unidade) Tamanho
do Lote de
200 400 600 800 1.000 Produo

LEP 148
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Produo
Compras de Materiais
Produto Acabado > Conjuntos > Componentes > Matrias-primas

Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho


Oramento de Produo
 Poltica de estoques: planejamento dos saldos em estoque
Volume de
Vendas Custo de armazenagem x Custo de compra
Lote econmico de compra
Processo de compra
Cotao, contrato anual, importao
Estimativa de preos
Possveis variaes, sazonalidade
Volume de
Produo Avaliar substitutos

Volume de
Compras

150
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Produo
Compra de Materiais
JAN FEV MAR ABR ...
MATRIA-PRIMA A
Necessidade de Produo 950 1.000 1.000 1.000
(+) Saldo Final de Estoque - 10% 100 100 100 100 Estoque de
(-) Saldo Inicial 450 100 100 100 Segurana
(=) Necessidade de Compra 600 1.000 1.000 1.000
COMPONENTE B
Necessidade de Produo 850 640 1.080 730
(+) Saldo Final de Estoque - 25% 160 270 183 350 Estoque de
(-) Saldo Inicial 380 160 270 183 Segurana
(=) Necessidade de Compra 630 750 993 898

Relao produto acabado x material


Considerar perdas habituais

Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho


Oramento de Produo

Objetivo
Maximizar os recursos/ativos
Eficincia

152
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Funcionamento do Oramento
Oramento de Resultados
Oramento de Vendas
(DRE)

Oramento de
Oramento de Produo
Fluxo de Caixa

Materiais Gastos gerais Oramento Patrimonial


Mo-de-obra
(estoques) de fabricao (Balano)

Oramento de Despesas Anlise Gerencial


Administrativas e Vendas Padres

Feedback
153
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Despesas
Por centro de custo Infraestrutura
Gasto com colaboradores Espao fsico
Contratao/demisso/ Comunicao
perodo de frias Energia eltrica
Capacitao/treinamento
Mveis e utenslios
Nmero x Funo x Salrio
Sistemas de informao
Horas extras
Depreciao e amortizao
Encargos e benefcios dos ativos
Multas e rescises Manuteno de ativos
Outros Servios de terceiros
Outros

Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho 154


Oramento de Despesas

Objetivo
Maximizar os recursos/ativos
Eficincia

155
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Funcionamento do Oramento
Oramento de Resultados
Oramento de Vendas
(DRE)

Oramento de
Oramento de Produo
Fluxo de Caixa

Materiais Gastos gerais Oramento Patrimonial


Mo-de-obra
(estoques) de fabricao (Balano)

Oramento de Despesas Anlise Gerencial


Administrativas e Vendas Padres

Feedback
156
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento Econmico-Financeiro
1. Demonstrao de resultado
Mais fcil de ser elaborado, resume todos os impactos econmicos
Formato: relatrios contbeis/gerenciais

2. Fluxo de caixa
DRE de acordo com os prazos de recebimento e pagamento
Necessidade de novos investimentos: imobilizado e diferido
Identifica necessidade de capital de giro e permanente

3. Balano patrimonial
Movimentao dos saldos: saldo inicial + entradas - sadas
157
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Oramento de Despesas

Objetivo
Estabelecer metas
Estabelecer padres de
controle

158
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho
Funcionamento do Oramento
Oramento de Resultados
Oramento de Vendas
(DRE)

Oramento de
Oramento de Produo
Fluxo de Caixa

Materiais Gastos gerais Oramento Patrimonial


Mo-de-obra
(estoques) de fabricao (Balano)

Oramento de Despesas Anlise Gerencial


Administrativas e Vendas Padres

Feedback
159
Controladoria| Valter Pereira Francisco Filho

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