Livro Flora
Livro Flora
Livro Flora
Malato-Beliz
7
A obra Flora e Vegetao do Barrocal Algarvio (Tavira Portimo) um contributo cientfico e pedaggico de inestimvel
valor para o conhecimento aprofundado da cobertura vegetal de uma importante parcela do territrio portugus que, neste
campo, se encontrava cientificamente deficitria e que, a partir de agora, poder ombrear com as regies mais favorecidas
da Pennsula Ibrica, sob os pontos de vista florstico, fitossociolgico, sinfitossociolgico e geossinfitossociolgico.
Fruto de aturadas recolha e anlise bibliogrficas e de campo realizadas ao longo dos ltimos anos, este livro traz a
marca e a chancela universitria, como tese de doutoramento realizado na Universidade de vora, onde foi aprovada
por um jri de professores e especialistas internacionais, que teceu os mais rasgados elogios profundidade cientfica
e ao alcance pedaggico alcanados.
O valor cientfico desta obra prende-se com a diversidade de perspectivas sob que pode e deve ser encarada:
- a anlise minuciosa das espcies vegetais, no respectivo contexto geolgico, cartogrfico, ecolgico, biogeogrfico
e bioclimtico;
- a sntese de todos os temas tratados, sob a gide do objectivo cientfico fundamental, que o conhecimento
fitossociolgico do Barrocal Algarvio;
- o enquadramento pedaggico, decorrente da prtica que o ensino universitrio proporcionou aos autores.
O presente documento realiza, pois, plenamente, os objectivos que os seus autores, em boa hora, se propuseram
atingir: o estudo minucioso dos factores ecolgicos locais; a colheita, identificao e distribuio a nvel mundial de
espcies vegetais presentes; o reconhecimento, corologia, ecologia e desenho do contexto de cada um dos sintaxa
considerados; a cartografia da vegetao; a determinao de cada uma das sries e geosries de vegetao existentes
na sua rea de estudo e respectiva representao em quadros e figuras; a exposio de diversos aspectos relativos
proteco da natureza, na sua rea de estudo, e sua conservao.
Com este livro, esto de parabns os autores que o produziram, as instituies que o apoiaram e a biblioteca cientfica
portuguesa, que ficou mais rica.
Situado no Sudoeste da Pennsula Ibrica, o Barrocal Algarvio, face sua localizao geogrfica e a condies edafo-
climticas particulares, apresenta um conjunto de valores naturais de elevado interesse cientfico que urge divulgar
comunidade cientfica e a todos os que directa ou indirectamente esto ligados gesto, conservao e ordenamento
deste territrio, de elevada originalidade, tendo em vista a conservao e valorizao da biodiversidade.
O manto vegetal que reveste os solos calcrios marca esta paisagem de grande diversidade e contrastes cromticos,
onde as encostas se sucedem em bandas paralelas, do Litoral para a Serra, mais ou menos revestidas por resqucios
boscosos do mbito da azinheira e do carvalho-portugs, bem como das suas etapas de substituio (medronhais,
carrascais, tomilhais, tojais, sargaais e arrelvados), alternando com campos cultivados de alfarrobeiras, amendoeiras
e laranjeiras, intercalados, nos pontos de menor altitude, por cursos de gua frequentemente orlados por vegetao
ribeirinha (freixiais, salgueirais, tamargais e loendrais) e, nos pontos culminantes, por penhascos e escarpas rochosas,
dominadas por zimbrais, sobretudo na parte mais setentrional.
Embora a vegetao natural, devidamente adaptada s condies ambientais vigentes, encerre um elevado interesse
ecolgico, na actualidade espelha bem os efeitos de uma secular e intensa actividade humana nestas superfcies.
Assim, a existncia de extensas manchas de tomilhais, xarais, tojais e carrascais denuncia as perturbaes constantes
que este territrio tem sofrido, normalmente atravs de lavouras, cortes sistemticos de matos e at do fogo e,
mais recentemente, da urbanizao desenfreada, legal e ilegal, sobretudo nos cerros mais prximos do mar e nas
envolvncias de aglomerados populacionais (v.g. a cidade de Loul). Efectivamente este cenrio faz lembrar uma
plantao de beto, destruindo habitats e plantas raras e endmicas, ameaadas de extino que, em boa hora, a
Comunidade Europeia, atravs da Directiva 92/43/CEE, considerou de interesse comunitrio, e cuja conservao exige
a designao de Zonas Especiais de Conservao (ZEC). A eterna questo da supresso de patrimnio comum face
ao bem estar de poucos, cuja resposta parece bvia, continua, em pleno seculo XXI, a pesar mais para os interesses
de minorias. Este facto, no tem tido s impactes significativos ao nvel do patrimnio natural, mas tem contribuido
de igual modo para uma generalizada e progressiva delapidao da identidade local e regional das populaes, nos
contextos social, econmico e cultural.
Todavia, existem ainda alguns recantos menos acessveis actividade humana, onde possvel encontrar testemunhos das
formaes climcicas de outrora, que urge preservar. Por outro lado, o abandono da actividade agrcola e da produo
de cal tem permitido, atravs da dinmica vegetal, reconstruir espontneamente as distintas etapas seriais da vegetao
potencial, que permente gerir eficientemente, de modo a conservar e valorizar o patrimnio vegetal existente.
10 Perante tal cenrio, necessrio conhecer de forma mais profunda o Barrocal, disponibilizando toda a informao sobre
as plantas e habitats de maior interesse cientfico que ocorrem nesta Regio.
Neste sentido, os autores desta obra, docentes universitrios e profundos conhecedores do Barrocal, desenvolvem
ao longo das suas pginas, as particularidades florsticas e fitocenticas deste territrio, com a convico de que este
livro contribua significativamente para um melhor conhecimento do coberto vegetal, sintetizando os trabalhos que tm
vindo a ser desenvolvidos desde 1993. Assim, antes de entrar propriamente no tema central, o captulo I trata, ainda
que sucintamente, dos aspectos biofsicos mais determinantes na disposio dos mosaicos de vegetao (Geografia,
Geologia e Geomorfologia, Pedologia, Bioclimatologia e Biogeografia).
Como o conhecimento da flora imprescindvel para o estudo da vegetao, apresentamos no captulo II, um catlogo
florstico, ordenado alfabeticamente atravs dos gneros florsticos, com indicaes sobre a ecologia, frequncia,
fitogeografia, fitossociologia, entre outros, dos taxa herborizados. A fim de destacar a peculiaridade da flora existente,
tecem-se ainda breves consideraes sobre a flora local, dando particular relevo s novas citaes de espcies para
Portugal e para a regio, bem como aos taxa raros e endmicos.
Uma vez conhecida a flora, dedica-se o captulo III descrio e anlise da vegetao, seguindo o mtodo da escola
sigmatista (de SIGMA: Station International de Gobotanique Mditerranene et Alpine). Assim, para alm de se
descreverem as principais comunidades vegetais detectadas, acompanhadas de quadros de inventrios fitossociolgicos,
avalia-se o seu comportamento ecolgico e dinmico.
Ainda neste captulo, atravs da utilizao de tcnicas de fitossociologia integrada, delineia-se uma abordagem s
sries de vegetao presentes no territrio estudado, por tal se ter considerado indispensvel e de extrema importncia
para o reconhecimento e diagnstico do estado actual da vegetao. Esta informao, permite ao gestor do territrio
delinear planos de interveno a diferentes escalas temporais e espacias, tendo como objectivo, por exemplo, a
gesto e conservao das comunidades vegetais de maior interesse cientfico (actuais e potenciais), conciliando as
aces da decorrentes, com objectivos de outra ndole (tipologia agrcola/florestal, preveno de incndios, turismo,
educao, etc.).
Para um melhor conhecimento do territrio, apresenta-se no captulo IV a cartografia, da vegetao potencial, bem como
dos habitats do anexo I e das espcies do anexo II da Directiva 92/43/CEE.
Por ltimo, no captulo V, indicam-se os stios com maior interesse cientfico na rea estudada, sendo apontadas
algumas medidas fundamentais para a sua gesto e conservao, bem como denunciadas as principais ameaas flora
e vegetao, tendo sempre em vista o Ordenamento do territrio e a conservao da Natureza.
Apesar desta obra se apoiar numa dissertao apresentada Universidade de vora por um dos seus autores para a
obteno do grau de Doutor em Cincias do Ambiente, intitulada Estudo Fitossociolgico do Barrocal Algarvio (Tavira-
Portimo), a qual foi motivada pelas singularidades destes territrios, bem como pela sensibilizao e conhecimento
profundo sobre esta rea de vrios especialistas, onde mereceu especial destaque o insigne fitossocilogo Malato-Beliz,
foi ainda necessrio re-interpretar vrias comunidades vegetais, no que concerne sua composio florstica, ecologia
e dinmica, e realizar inmeros trabalhos de actualizao, nomeadamente no aspecto nomenclatural que evoluiu muito,
sobretudo nos ltimos anos.
Assim, o desenvolvimento deste trabalho deve-se a um misto de aventura e iluso, que levou os seus autores, atravs
da cincia Fitossociolgica, a percorrer as encostas e cerros desta fascinante paisagem crsica. Porm, a certeza de que
s com conhecimento que se abanam mentalidades e, com isso, se dispultam movimentos de interesse realmente
conservacionista, serviu de alento perante os normais constrangimentos deste tipo de tarefa.
Embora se tenha desenvolvido um grande esforo pessoal e profissional, deve-se confessar que no s no incio, como
no decorrer do trabalho, existiram muitas mos a amparar nas dificuldades surgidas. 11
A todos, e principalmente aos Professores Mrio Lous (Universidade Tcnica de Lisboa) e Eusbio Cano (Universidade de
Jen/Espanha), expressa-se o sentimento do mais profundo reconhecimento pela inesgotvel pacincia e disponibilidade
em apoiar os trabalhos de investigao.
Igual sentido de gratido tambm extensivo ao presidente e ao secretrio geral de ento da Federao Internacional
de Fitossociologia, respectivamente os Professores Salvador Rivas-Martnez (Centro de Investigaciones Fitosociolgicas
- Madrid/Espanha) e Jean Marie Ghu, discpulos directos de Josias Braun-Blanquet e Reinhold Txen e notveis
pedagogos e divulgadores cientficos que, apesar da distncia e da excessiva carga de trabalho, sempre estiveram
muito perto e disponveis, atravs do estmulo, crticas e sugestes que muito enriqueceram este estudo.
Do mesmo modo, agradece-se ao Dr. Vincent Boullet a ajuda, a amizade, a compreenso e o incentivo para poder
valorizar este trabalho.
O sentimento de gratido ainda extensivo a todas as Instituies que, directa ou indirectamente, contriburam para
a realizao deste estudo. De entre estas, destaca-se a Direco Regional de Agricultura do Algarve, nas pessoas dos
Engenheiros Agrnomos Antnio Marreiros e Joo Costa, bem como os seus colaboradores, o Parque Natural da Ria
Formosa, nas pessoas do Arquitecto Nuno Lecoq e Dr. Maria da Graa Silva, e o Instituto Florestal (Delegao de Faro),
nas pessoas do Engenheiro Agrnomo Jos Manuel Rosendo e seus colaboradores.
Tambm se agradece, de forma muito especial, o auxlio e agradvel companhia, nos trabalhos de campo, com que
os amigos Coronel Rosa Pinto e Senhor Manuel Martins (motorista do Instituto Florestal-Delegao de Faro) sempre
nos concederam.
Ao Professor Doutor Angel Penas, Engenheiro Agrnomo Jorge Teles Grilo e Doutora Maria Jos Roxo agradece-
-se a amizade, generosidade e disponibilidade constantes, concretizadas pelos conhecimentos facultados para a
caracterizao biofsica do territrio.
Aos colegas e colaboradores do Departamento de Ecologia da Universidade de vora, onde merecem especial destaque
os tirocinantes Jos Santos e Mafalda Veigas, o agradecimento amigo por toda a cooperao prestada.
Em especial, expressa-se ainda o sentimento de gratido s famlias dos autores, a quem quotidianamente, mais
pacincia e apoio foi solicitado, e que, certamente, ao lerem as pginas deste livro, reconhecero muita da sua entrega,
gosto e partilha de vontades.
Por ltimo, agradece-se tambm C.C.D.R.-Algarve, atravs da Vice Presidente Engenheira Valentina Coelho Calixto
e da Engenheira Paula Vaz, bem como aos seus colaboradores, o esforo desenvolvido para a concretizao desta
Publicao.
Captulo II - A FLORA 45
2.1 - Elenco Florstico 47
2.2 - Espectros Biolgico e Fitogeogrfico 130
2.3 - Consideraes Sobre a Flora Presente 131
2.3.1 - Plantas Novas para Portugal e para a Regio 131
2.3.1.1 - Novidades para o Barrocal 131
2.3.1.2 - Plantas Novas para Portugal Continental 133
2.3.2 - Espcies Raras, Endmicas ou Ameaadas em Territrio Nacional 135
Situada no Sudoeste da Pennsula Ibrica, a rea de estudo integra uma das trs sub-regies morfo-ecolgicas da
provncia administrativa do Algarve (Serra, Barrocal e Litoral) que indubitavelmente a regio com maior individualidade,
entre as restantes do pas.
O Barrocal um territrio de relevo ondulado, constitudo por terrenos datados do Jurssico que merc das condies
edficas e climticas particulares apresenta um revestimento vegetal cuja composio florstica e tipo de agrupamentos,
se no so exclusivos, pelo menos muito raramente se repetem fora da sua rea (MALATO-BELIZ, 1986).
Tambm conhecido por Algarve calcrio (GOUVEIA, 1938), o Barrocal desenvolve-se entre a Serra e o Litoral, de Ocidente
para Oriente, desde o Cabo de S. Vicente at s proximidades de Castro Marim. limitado, a norte, por uma estreita
faixa de terrenos, datados do Trissico, onde dominam as rochas como os grs, ofites, basaltos e doleritos, que a separa
da Serra, fortemente dobrada pela aco da tectnica, sobre xistos e grauvaques do Carbnico, e, a sul, limitada pela
faixa litoral que constituda, essencialmente, por rochas carbonatadas e detrticas cenozicas, por vezes cobertas, em
extenses apreciveis, por camadas arenticas plio-quaternrias (SILVA, 1988).
A rea estudada abrange a parte mais representativa do Barrocal, numa extenso aproximada de 82.000 ha, desde
Portimo a Tavira (sentido poente-nascente) e entre as proximidades de Salir e Albufeira (sentido Norte-Sul) (Fig. I/1.1),
sendo limitada pelas seguintes coordenadas geogrficas1:
Apesar da dificuldade em estabelecer os limites, a litologia e a aco antrpica constituram factores determinantes,
considerando-se, sobretudo, os terrenos calcrios datados do Jurssico e do Cretcico, por apresentarem uma menor
ocupao humana, no que se refere urbanizao e actividade turstica. Assim, consideraram-se os seguintes
limites:
- Uma estreita faixa de terrenos, datados do Trissico, que se desenvolve, no sentido poente-nascente, desde
as cercanias de Silves at s redondezas de S. Domingos (Tavira), passando, de um modo geral, por S. Bartolomeu
de Messines, Rocha dos Soidos, Rocha da Pena, Salir, Querena e Santa Catarina da Fonte do Bispo.
1 Est coberta pelas folhas 586,587,588, 595, 596, 597, 598, 599, 604, 605, 606, 607 da Carta militar de Portugal escala 1: 25 000 (Servios Cartogrficos
do Exrcito, 1950).
Sul - Terrenos datados do Cenozico (Pliocnico e Plistocnico) que se desenvolvem, com trajectria irregular,
em sentido nascente-poente, desde Tavira at Estmbar (Portimo); afastando-se e aproximando-se, mais ou
menos, do Oceano, passando, de um modo geral, por Luz de Tavira, Fuseta, Quelfes, Conceio de Faro,
Almansil, Boliqueime, Albufeira, Porches, onde inflecte, em sentido contrrio (poente-nascente), at aos
arredores de Algoz, onde recupera, assim, a direco Este-Oeste e passando por Alcantarilha (estao), Poo
Barreto e Vila Fria.
O Barrocal corresponde, na realidade, a uma extensa faixa de terrenos mesozicos carbonatados, localizados na
parte central da orla algarvia, situado entre a Serra e a faixa litoral. As caractersticas do relevo desta rea resultam da
composio litolgica, das suas formaes geolgicas e da sua posio entre o Oceano e os terrenos do Macio Antigo,
que a limitam a Norte. A gnese das formas de relevo esteve, desta forma, condicionada pela proximidade do mar que
se traduziu na dissecao das formas e na existncia de extensos nveis litorais de aplanamento (superfcies de abraso),
com espessos depsitos de origem marinha, bem como na presena de nveis de eroso perfeitamente conservados e
de um sistema de falha e fractura, devidamente identificado com a dinmica do Macio Antigo.
Um dos aspectos a realar a identificao do Barrocal com as formaes calcrias que constituem sries sedimentares
de composio variada, com um estilo tectnico prprio, onde predominam inclinaes acentuadas e dobras largas.
Como se referiu anteriormente, esta rea corresponde quase a um enclave calcrio entre os terrenos do Macio Antigo
(Hercnico), onde predomina uma morfologia caracterstica do xisto, com a sua melhor expresso na Serra do Caldeiro
(578 m - Mu), e a plancie litoral algarvia, caracterizada por grandes e extensas aplanaes que terminam no ltimo
alinhamento de relevos calcrios (Cabea-S. Miguel; Azinheiro-Malho; Guilhim; Nexe; Cabeo da Cmara). A podem
observar-se diferentes retalhos de plataformas marinhas em virtude da referida dissecao, bem como depsitos
superficiais arenosos quaternrios que o cobrem em grande parte.
Sendo assim, um dos principais traos na morfologia da rea a existncia de superfcies somitais bem conservadas,
que correspondem a nveis de eroso, observveis tambm no Macio Antigo (Serra do Caldeiro) e nas rochas da
orla. Alis, FEIO (1951: 90) manifesta-se assim sobre este assunto: (....) os cimos dos relevos calcrios alinham-se
no horizonte com os cimos de xisto da serra, reconstituindo uma superfcie nica. Do lado da Serra encontram-se as
seguintes cotas: Malho 538 m, Juncal 523 m, Negros 474 m, Algandura 452 m e Serro 447 m ; do lado da orla
aparecem Rocha da Pena 480 m, Rocha dos Soidos 467 m, mais ao S o Cabeo da Areia 377 m, depois o Espargal 351
m, a Picavessa 317 m e o Passarinho 339 m; ainda mais ao S a Picota 324 m e o Alfeio 324 m.
A identificao ou a descontinuidade dos nveis de eroso abaixo dos da superfcie alta (nvel da Serra do Caldeiro-
350 m), talhados pela eroso, a diferentes nveis de altitude, dificultada e explicada pela actuao de movimentos
tectnicos que provocaram o seu desnivelamento.
A aco da tectnica durante as diferentes fases orognicas (Hercnica-Alpina) e movimentos neo-tectnicos, explicam
a existncia de acidentes tectnicos importantes (caso do vale da Ribeira de Algibre) e de um nmero elevado de
falhas, bem como a verificao de trs direces predominantes de fracturas que orientam praticamente toda a rede
hidrogrfica no sentido NW-SE, NE-SW e E-W. Dentro destas orientaes, a ltima (E-W) influencia profundamente o
relevo, ordenando as elevaes calcrias em faixas paralelas.
Em funo das formaes geolgicas que constituem o Barrocal, cuja sntese se apresenta seguidamente, no de
estranhar que as formas de relevo sejam estruturais, podendo mesmo afirmar-se que neste sector da orla algarvia
que so mais vigorosas, resultando em grande parte este vigor da proximidade do Macio Antigo (Serra do Caldeiro -
empolamento tectnico) e aco da eroso diferencial (alternncia da rocha dura com a rocha branda), onde contrastam
fortemente as margas pouco resistentes com os arenitos, calcrios e dolomias.
Assim, no relevo da superfcie estudada destacam-se como principais alinhamentos (Fig. I/2.1):
1 - Rocha de Messines (349 m) / Rocha dos Soidos (467 m) / Rocha da Pena (480 m);
2 - Cerca do Cerro (301 m) / Cabeo da Areia (377 m) / Portela (355 m);
3 - Rocha Amarela (314 m) / Espargal (351 m) / Passarinho (339);
4 - Picota (324 m) / Altura (359 m) / Rocha (377 m); Arrotea (389 m) /Bengado (318 m);
5 - Nexe (358 m) / Guilhim (314 m) / Malho (345 m) / S. Miguel (411 m) / Cerro da Cabea (246 m).
De uma forma sinttica pode referir-se que geologicamente o Barrocal constitudo, essencialmente, por formaes
datadas do Jurssico e algumas formaes datadas do Cretcico Inferior (Mesozico), dificilmente separveis das camadas
jurssicas subjacentes, o que lhe confere, em grande parte, a sua individualizao e identificao. Caracteriza-se assim,
fundamentalmente, pela existncia de formaes carbonatadas, mas como referem vrios autores, nomeadamente
TEIXEIRA et al. (1980), (...) durante o Jurssico tero ocorrido importantes acontecimentos tectnicos e significativos
avanos do mar, que sero responsveis pela diferenciao de fcies. Extensos afloramentos carbonatados dolomticos
alternam com outros em que predominam complexos mais detriticos (...).
Contudo, ainda no Trissico, unidade mais antiga do Mesozico, designada por CHOFFAT (1887) como complexo do
Grs de Silves,(...) que se d o incio a uma fase de distenso que conduz formao da bacia mesozica do Algarve, com
cerca de 150 Km de comprimento e 13 a 30 Km de largura, de alinhamento E-W, limitada a Norte pelo soco paleozico e
a Sul pela margem passiva do Atlntico (MANUPPELLA et al., 1988), onde se depositam, inicialmente, conglomerados
e/ou microconglomerados, mais ou menos grosseiros, arenitos e siltitos de cor avermelhada ou violcea, ricos em
moscovite e com uma espessura varivel, que oscila entre um mnimo de 30 m e um mximo de 60 m (MANUPPELLA,
1988). Esta distenso parece haver sido responsvel pela formao de duas flexuras, com direco W-E, que atravessam
longitudinalmente a rea estudada: flexura de Algibre e flexura de Vale do Judeu-Monte Figo (Fig. I/2.2 ).
De acordo com MANUPPELLA et al. (1988), a partir do Carixiano que se individualizam as duas sub-bacias do Algarve:
a sub-bacia oeste, centrada na regio ocidental da fossa da Sinceira e a sub-bacia leste, situada entre Lagoa e Tavira
(Fig. I/2.3).
- Carta geolgica do Barrocal. Adaptado da Carta Geolgica de Portugal (1:500.000), Servios Geolgicos de Portugal, 1992.
Tambm os mesmos autores referem que a partir do Toarciano (final do Jurssico Inferior) e durante o Aaleniano
(Jurssico Mdio) se produziu, em toda a bacia do Algarve, uma eroso geral, responsvel pela lacuna existente. Seguindo
MANUPPELLA (1988), ainda neste perodo que se formam brechas dolomticas e dolomitos calcrios com ndulos de
slex, com uma espessura varivel que oscila de um mnimo de 50-60 m a um mximo de 150-200 m, assentes sobre o
complexo vulcnico sedimentar.
Durante o Jurssico Mdio, entre o Aaleniano e o Bajociano, face aos movimentos basculantes dos blocos ao longo
das flexuras, origina-se um novo movimento transgressivo que termina no Caloviano, tendo-se verificado uma certa
estabilidade do nvel do mar, proporcionando, assim, a sedimentao margo-carbonatada que, segundo ROCHA et al.
(1979), se processou em zonas de pequena profundidade, sendo mais fechada no Algarve Central que no Ocidental.
J no Jurssico Superior, e mais concretamente no Oxfordiano inferior, em ligao com uma segunda fase de rifting,
d-se incio a um novo perodo transgressivo e a outro ciclo de sedimentao, desigual para as duas sub-bacias que,
segundo MANUPPELLA et al. (1988), proporciona um depsito na sub-bacia Este, de 1.000 m do Malm, com uma
megasequncia do tipo pelgico, representado por calcrios margosos e margas. A partir do Kimeridgiano, as fcies
tornam-se do tipo marino-salobra, abundando onclitos e carfitos (ROCHA et al., 1979).
O jogo das flexuras em distenso e de movimentos eustticos ao longo das falhas N-S, herdadas do soco Hercnico, que
compartimentam a bacia, voltaram a condicionar a sedimentao e a provocar biselamentos para Norte (MANUPPELLA
et al., 1988). A passagem do Jurssico para o Cretcico marcada por oscilaes do mar e movimentos orognicos,
acentuados pela instalao de meios salobros, ambientes em que se depositaram da base para o topo calcrios,
dolomitos, margas e conglomerados margosos. As oscilaes do nvel do mar esto relacionadas, segundo HAYS
PITTMAN (in DEWEY et al., 1973), com o aumento da acreo da placa no Atlntico Central.
As formas estruturais mais comuns so as monoclinais do tipo costeiras, que se encontram bem evidenciadas entre
Silves e S. Bartolomeu de Messines. As formaes dolomticas formam, a leste desta ltima povoao, possantes
carapaas, cujas ondulaes definem uma srie importante de relevos, como o menciona FEIO (1951). Eles so a Rocha
de Messines (349 m,) relevo tabular que se prolonga para E-SE; Pico Alto primeiro (276 m); Pico Alto segundo (326
m); Atalaia 316 m; Rocha dos Soidos (467 m), potente carapaa monoclinal que termina por uma cornija virada para o
Macio Antigo; e a Rocha da Pena (480 m). Este ltimo relevo (Fig. I/2.5), que FEIO (op. cit.), descreve como sendo o
(...) nico relevo verdadeiramente vigoroso de toda a orla algarvia; uma grande superfcie estrutural, com disposio em
sinclinal muito aberto, limitada por imponente cornija (...).
Esta ltima formao, tambm responsvel pelo extenso planalto situado entre Salir e Querena, onde se pode
observar o entalhe dos vales que, sendo pouco profundos, apresentam vertentes muito declivosas prprias deste tipo
litolgico.
Outro alinhamento importante de relevo o que se localiza entre a Ribeira de Algibre (acidente tectnico) e a depresso
de Loul, e que corresponde a um anticlinal - Cruz do Assomado (290 m).
O ltimo alinhamento composto por elementos isolados, como o Monte de S. Miguel, Monte do Guilhim, Cabeo da
Cmara e Cerro da Cabea, tambm eles relevos estruturais.
Um dos aspectos caractersticos do Barrocal o da existncia de formas crsicas (Foto I/2.2), que apesar da extenso
dos afloramentos calcrios, no so nem muito desenvolvidas nem muito tpicas, mas podem observar-se campos
de lapis, algares, uvalas, vales secos e poljs (ALMEIDA, 1979; MAURIN et al., 1982), em geral bastante imperfeitas,
algumas grutas, pequenas dolinas (Rocha da Pena) e drenagem subterrnea fssil.
Contudo, uma das formas crsicas mais importantes a depresso fechada da Nave do Baro, que descrita por FEIO
(1951) da seguinte maneira:
A forma dela lembra uma banheira: um vale rectilneo (orientado por uma fractura E-W), com cerca de 4
Km de comprimento, paredes abruptas e largo fundo plano atapetado por terra rossa. A depresso termina
por um alargamento, cujo fundo, rigorosamente plano, est perto de 100 m abaixo da antiga sada do vale
(...). Durante as chuvadas a gua corre na direco do alargamento, que est inundado de Inverno (Lagoa
da Nave). Na outra extremidade da depresso esboa-se tambm um pequeno alargamento. A depresso
deriva certamente de um vale normal que se transformou, por perdas na extremidade de jusante, num
vale cego. Estas perdas deram lugar formao de uma grande dolina (o alargamento atrs referido),
cujo fundo tem servido de nvel de base para a evoluo do conjunto da depresso. natural que haja
perdas tambm na linha do vale. A designao de polj.(...) no parece imprpria, dadas as dimenses do
conjunto e o estado de evoluo da dolina principal (...).
Em concluso, as caractersticas geomorfolgicas do Barrocal, resultantes dos seus factores genticos, traduzem-se
numa certa unidade paisagstica, onde as distintas formaes litolgicas so responsveis por diferentes mosaicos de
vegetao, que tm como denominador comum a presena de rochas calcrias.
O solo um dos factores ecolgicos mais determinantes para o desenvolvimento do coberto vegetal, que se forma
ao longo do tempo, a partir da rocha me, sob aco do clima e organismos (vegetao e microorganismos, etc.)
e condicionado pelo relevo do terreno, onde intervm diferentes fenmenos e processos pedogenticos. Apresenta
uma entidade prpria, sendo constitudo essencialmente por matria slida, associada a distintas propores de
matria orgnica, at profundidades variveis, revelando propriedades fisico-qumicas e mineralgicas especficas
como a estrutura, textura, porosidade, capacidade de reteno e troca de ies, pH, bem como propriedades dinmicas
(consistncia, expansabilidade, compressibilidade, entre outras), de que resulta maior ou menor capacidade de reteno
de gua. Evidentemente que todas estas caractersticas variam de acordo com o tipo de solo, quer mineral quer
orgnico.
Apesar de no haver uma grande diversidade pedolgica, o Barrocal algarvio uma superfcie onde os solos
determinam, de forma bastante significativa, a distribuio das diferentes comunidades vegetais existentes. Tal facto
deve-se, sobretudo, composio do substrato geolgico, influncia que o clima exerceu nos distintos processos
edafogenticos e milenar aco humana.
Tendo por base os estudos cartogrficos realizados pelo Centro Nacional de Reconhecimento e Ordenamento Agrcola
(C.N.R.O.A, ex S.R.O.A, 1970), escala 1:50 000 e consultando VILLAR (1937), BRAMO (1947), BRAMO et al. (1950),
GRILO (1953), CARDOSO et al. (1969), CARDOSO et al. (1973), entre outros, bem como os levantamentos de campo
efectuados que envolveram a abertura, observao e interpretao de perfis pedolgicos, tecem-se breves consideraes
sobre os solos da rea estudada e apresentam-se os dados analticos e a descrio morfolgica dos tipos de solos mais
representativos.
A fim de destacar o domnio, ocorrncia e distribuio dos solos existentes na superfcie estudada, procedeu-se ao clculo,
atravs do mtodo da quadrcula e do planmetro, das reas correspondentes a cada tipo de solo, apresentando-se na
Fig. I/3.1 a carta-esboo dos solos e na Fig. I/3.2 a superfcie ocupada pelos diferentes tipos dos solos presentes.
Na classificao dos solos seguiu-se a tipologia adoptada pelo C.N.R.O.A., sistematizada por CARDOSO (1974) e
BARRADAS (1988), entre outros, devidamente acompanhada, sempre que possvel, com a nomenclatura utilizada pela
FAO-UNESCO (CARDOSO et al., 1973), por apresentar uma grande aceitao a nvel internacional.
- Mapa de solos do Barrocal: Carta de Solos de Portugal (HIERA) verso digital (propriedade CCDR Algarve).
Marginando os cursos de gua, sobre formaes aluviais modernas e antigas ou coluviais, desenvolvem-se Aluviossolos
Modernos (A, Aac e Ac), Aluviossolos Antigos (At) e Coluviosssolos ou Solos de Baixa (Sb e Sba), no hidromrficos,
constitudos por depsitos estratificados que correspondem, em grande parte, aos Fluvisols da legenda da FAO
(CARDOSO,1974). Pontualmente e sem significado cartogrfico ocorrem ainda, nas margens de alguns cursos de gua,
Solos Hidromrficos sem horizonte eluvial, sujeitos a encharcamento temporrio ou mesmo permanente, provocando
Foto I/3.1- Aspecto da paisagem vegetal sobre um solo Foto I/3.2- Aspecto da paisagem vegetal sobre um solo argiluviado
calcrio pardo dos climas de regime xrico, normal, de pouco insaturado: solo mediterrneo vermelho ou amarelo, de
calcrio no compacto (Pc). materiais calcrios compactos ou dolomias (Vcd).
intensos fenmenos de reduo, que correspondem aos Gleyic Fluvisols da legenda da FAO (CARDOSO,1974).
Revestindo estes solos, frequente observar as seguintes associaes vegetais: Polygono equisetiformis-Tamaricetum
africanae (tamargais), Salici atrocinereae-Populetum albae (choupais), Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae
quercetosum broteroi (freixiais), Rubo ulmifolii-Nerietum oleandri aristolochietosum baeticae (loendrais) e Arundini
donacis-Convolvuletum sepium (canaviais).
Marcando tambm a paisagem do Barrocal, ainda que de forma tnue, ocorrem, sobretudo na parte mais setentrional
do Barrocal, em zonas de maior pendente e por isso sujeitas a uma eroso acentuada, os Litossolos de calcrios
compactos ou dolomias (Ec), de basaltos ou doleritos ou outras rochas eruptivas bsicas afins (Eb) e de arenitos (Et) que
representam apenas cerca de 1,3% dos solos da rea estudada. So solos no evoludos, de espessura inferior a 10 cm,
sem horizontes genticos claramente diferenciados, praticamente reduzidos ao material originrio que correspondem
aos Lithosols da legenda da FAO (CARDOSO,1974). Apresentam-se frequentemente revestidos por matos rasteiros
filiveis na Cisto-Lavanduletea e carrascais do mbito da Asparago-Rhamnion, que constituem as etapas de substituio
do azinhal de Rhamno oleoidis-Quercetum rotundifoliae.
Tambm na parte setentrional, e mais concretamente na zona limtrofe, revestidas com o mesmo tipo de coberto
vegetal, ocorrem, ainda, algumas manchas significativas de Solos Litlicos No Hmicos de arenitos grosseiros (Vt),
representando cerca de 1,5 % dos solos da superfcie estudada, que devem corresponder aos Eutric Cambisols da
legenda da FAO (CARDOSO,1974).
Nas zonas de vale, por fenmenos de coluviao, ocorrem, por vezes, solos de carcter vrtico, fortemente agricultados,
como exemplo a Vrzea de Beneciate.
No Quadro I/3.1, para alm dos solos enunciados, indicam-se ainda outras unidades pedolgicas com menor representao
na rea estudada, como os Barros Castanho-Avermelhados no calcrios (Cb) e Barros Castanho-Avermelhados calcrios
no descarbonatados (Cbc), entre outros, que correspondem a pequenas intercalaes e a pequenas reas de contacto,
sobretudo com o Trissico, que no seu conjunto no atingem mais de 1% do total dos solos estudados.
Catenalmente os solos apresentam nos pontos mais elevados, de um modo geral, um domnio dos Cambissolos calcrios
que alternam com afloramentos rochosos de calcrios, enquanto que nas superfcies de altitude mdia dominam os
Luviossolos rodocrmicos, a Oeste e Cambissolos clcicos, no oriente e parte mais meridional da rea estudada. Nos
vales e depresses, o domnio dos Fluvissolos calcrios derivados de depsitos aluvionares recentes, sem horizontes
de diagnstico.
Para melhor compreender a importncia do solo na ocorrncia do coberto vegetal, apresenta-se, para os principais tipos
de solos, uma descrio morfolgica, acompanhada dos dados analticos do perfil, bem como as associaes vegetais,
com maior destaque na paisagem, que se desenvolvem sobre esse substrato.
Horizontes Ap Bw C1 C2
Profundidade (cm) 0-13 13-32 32-85 85-110
Areia grossa 0,9 0,3 2,2 0,2
Areia fina 23,4 11,4 19,7 31,2
Limo 21,7 31,5 31,8 24,3
Argila 54,0 56,8 46,3 44,3
Limo/Argila 0,40 0,55 0,68 0,55
Parmetros Fsico-Qumicos
Bases de troca(m.e./100 g)
Quadro I/3.3
- Dados Analticos do Perfil (450/96) -
Horizontes A Bw BC
Profundidade (Cm) 0-10 10-18 18-35
Areia grossa 11,2 2,2 0,4
Areia fina 37,3 7,8 3,9
Limo 12,1 13,6 19,9
Argila 39,4 76,4 75,80
Limo/Argila 0,307 0,178 0,262
Bases de troca(m.e./100 g)
cm
B 20 - 50 Pardo-avermelhado-escuro 2YR 3/4 (h); argiloso com algumas pedras e blocos de calcrio, alternando com
calcrio duro; estrutura anisoforme mdia, forte; compacidade mdia; consistncia firme, adesivo e plstico;
moderadamente poroso com bastantes poros finos a muito finos; muitas razes finas; efervescncia nula ao
HCl; pH 7,2.
Transio ntida para
cm
Cb 50 - 80 Vermelho 10 R 4/6, argiloso com pedras e blocos calcrios descontnuos ao longo da camada; estrutura
anisoforme angulosa, mdia, forte; compacidade grande; consistncia dura adesiva e plstica;
moderadamente poroso, com poros finos; algumas razes finas e mdias; seco; efervescncia nula ao HCl;
pH 7,2.
Transio abrupta para
cm
C 80 - 120 Camada constituda por calcrios compactos no metamrficos.
Quadro I/3.4
- Dados Analticos do Perfil (473/96) -
Horizontes A B Cb
Profundidade (cm) 0-20 20-50 50-80
Areia grossa 1,9 0,8 0,4
Areia fina 12,2 8,1 15,5
Limo 27,4 13,2 2,4
Argila 58,3 77,9 81,7
Limo/Argila 0,.47 0,17 0,03
Parmetros Fsico-Qumicos
Caties de troca(m.e./100 g)
A Bioclimatologia uma cincia ecolgica, relativamente recente, que destaca a estreita relao entre o clima (Fsica) e
os seres vivos (Biologia), atravs da utilizao de vrios ndices e grficos, os quais contribuem significativamente para
definir e tipificar as distintas unidades bioclimticas, como expresso das alteraes termopluviomtricas, que so os
principais factores determinantes da distribuio das comunidades vegetais.
O desenvolvimento da Bioclimatologia, como disciplina bsica da Fitossociologia, tem sido um dos aspectos mais
relevantes, das ltimas dcadas na rea da ecologia, uma vez que o seu progresso tem permitido diagnosticar melhor
as comunidades vegetais e, sobretudo, delimitar com bastante preciso as sries de vegetao.
Para a realizao da anlise bioclimtica, utilizaram-se os dados termopluviomtricos do Instituto Nacional de Meteorologia
e Geofisica (MENDES et al., 1990 & 1991), referentes a oito estaes (Albufeira, Faro, Quarteira, Praia da Rocha, S. Brs
de Alportel, Tavira e Tunes) e a perodos de observao que variam entre os catorze e os trinta anos. Tunes a nica
excepo, uma vez que s apresenta oito anos de observao.
Com base nos dados termopluviomtricos simples, que abaixo se indicam, calcularam-se ndices e parmetros
combinados que apresentam uma estreita correlao com o coberto vegetal existente. Nos ndices e parmetros
utilizados seguiram-se os trabalhos de RIVAS-MARTNEZ (1982a; 1983; 1994; 1995, 1996) e RIVAS-MARTNEZ et al.,
1999 & 2002).
a) Parmetros simples:
T - Temperatura mdia anual em graus centgrados;
b) Parmetros somatrios:
Precipitao positiva (Pp) - Soma da precipitao mdia (em milmetros) dos meses cuja temperatura mdia seja
superior a zero graus centgrados.
Temperatura estival (Tv) ou do trimestre mais seco do ano (Ts) - Soma, em dcimas de graus centgrados, das
temperaturas mdias mensais superiores a zero graus dos trs meses mais quentes do ano (Junho, Julho e Agosto para
o nosso territrio).
Temperatura positiva anual (Tp) - Soma, em dcimas de graus centgrados, das temperaturas mdias dos meses de
mdia superior a zero graus. Como no territrio todos os meses apresentam uma temperatura mdia superior a zero
graus. O valor de Tp obtm-se atravs da multiplicao da temperatura mdia anual, expressa em dcimas de grau, pelo
nmero de meses (12): Tp=Tx12.
Segundo o mesmo autor (RIVAS-MARTNEZ et al., 2002), os tipos e subtipos bioclimticos reconhecidos so apresentados
no Quadro I/4.1. Face proximidade do Oceano, no territrio estudado, apenas existem os tipos: Hiperocenico e o
Euocenico.
Quadro I/4.1
- Tipos e subtipos bioclimticos (RIVAS-MARTNEZ et al., 2002) -
Tipos Subtipos Ic
ndice de termicidade (It) - um ndice proposto por RIVAS-MARTNEZ (1983), que pondera a intensidade do frio
invernal, factor limitante para muitas plantas e comunidades vegetais. Define-se como a soma (em dcimas de grau) da
temperatura mdia anual (T) com a temperatura mdia das mnimas do ms mais frio do ano (m) e a temperatura mdia
das mximas do ms mais frio do ano (M), e se exprime atravs da seguinte expresso:
It = (T+m+M) 10
Como o It evidencia uma elevada correlao com a vegetao, permitiu propor o conceito de piso bioclimtico (RIVAS-
MARTNEZ, 1981, 1983, 1985, 1987, 1987a, 1988 & 1996, entre outros), como sendo um determinado espao, que se
sucede numa clisrie altitudinal e latitudinal de vegetao, compreendido entre determinados valores de It. Este ndice
determina decisivamente o tipo de vegetao que se desenvolve em determinado nvel.
Nas zonas extratropicais da Terra (ao norte e ao sul dos paralelos 26 N e 26 S, respectivamente) para equilibrar o
excesso de frio ou de temperana dos territrios de clima continental acentuado ou marcadamente ocenicos e de modo
a que estes valores de temperatura possam ser comparados RIVAS-MARTNEZ (1994) criou o ndice de termicidade de
compensao (Itc), que dado pela seguinte expresso:
Itc = It + C
Quando o Ic est no intervalo de valores de 11-18 o Itc considera-se igual a It. Mas se o Ic < 11 ou Ic > 18 ento
haver necessidade de compensar o ndice de termicidade adicionando ou subtraindo um valor de compensao (C),
respectivamente para climas continentais e ocenicos.
Os pisos bioclimticos podem tambm ser definidos por parmetros pluviomtricos e termopluviomtricos. Dentro
dos pisos bioclimticos ainda possvel reconhecer horizontes ou subpisos (Quadro I/4.2) evidenciados pela mudana
das sries de vegetao, faciaes ou comunidades (RIVAS-MARTNEZ et al., 2002). Frequentemente, estes horizontes
coincidem tambm com o limite de distribuio de muitas espcies naturais e mesmo cultivadas (e.g. PINTO-GOMES
& PAIVA-FERREIRA, 2005). Estas espcies, capazes de estabelecer limites, so utilizadas como bioindicadores vegetais
(RIVAS-MARTNEZ, 1988).
Aos pisos bioclimticos anteriormente existentes foi, recentemente, acrescentado o tipo submediterrneo, reconhecido
apenas no Macrobioclima Temperado, que tem como vegetao caracterstica a que ocorre nos ecotones entre climas
temperados sem perodo de secura estival e as zonas com clima tipicamente mediterrneo (RIVAS-MARTNEZ et al.,
2002), como o exemplo da Serra da Estrela.
Na rea de estudo reconheceram-se dois horizontes ou subpisos: Termomediterrneo inferior em Tavira (Conceio)
- 419; Praia da Rocha (Itc = 402 e 405) e Termomediterrneo superior em S. Brs de Alportel (Itc = 359) e Tunes (Itc =
380).
ndice ombrotrmico anual (Io) - o quociente entre a soma da precipitao mdia, em milmetros, dos meses cuja
temperatura mdia superior a zero graus centgrados (Pp = P1-P12 > 0 C) e a soma das temperaturas mdias
mensais superiores a zero graus centgrados, em dimas de grau (Tp =TM1- TM12 > 0 C).
Io = Pp/Tp
Se todos os meses do ano apresentarem temperaturas mdias superiores a zero graus, o valor de Tp obtm-se facilmente
atravs da multiplicao da temperatura mdia anual por doze. Tendo ainda por base os valores de Io e seguindo RIVAS-
MARTNEZ et al. (2002), apresentam-se no Quadro I/4.3 os ombrtipos dos andares bioclimticos reconhecidos no
Macrobioclima Mediterrneo.
Quadro I/4.3
- Ombrtipos do Macrobioclima Mediterrneo (RIVAS-MARTNEZ et al., 2002) -
Ombrtipos Io
No Quadro I/4.4 esto representados, os parmetros e ndices bioclimticos calculados e a correspondente diagnose
bioclimtica.
Quadro I/4.4
- Valores dos parmetros e ndices bioclimticos calculados e diagnose bioclimtica -
Albufeira 18.1 15.8 6.2 2177 401 14.8 1.66 0.01 0.10 362 Mediterrneo xrico-euocenico,
termomediterrneo inferior
semirido superior.
Faro 17 16.1 7.9 2040 410 11.2 2.52 0.11 0.26 514 Mediterrneo pluviestacional
semihiperocenico,
termomediterrneo inferior seco
inferior.
Quarteira 16.6 14.4 7.8 1988 387 11.7 2.27 0.06 0.21 450 Mediterrneo pluviestacional
semihiperocenico,
termomediterrneo superior seco
inferior.
Tavira 16.9 15.4 7.3 2030 396 12.3 2.89 0.06 0.35 587 Mediterrneo pluviestacional
semihiperocenico,
termomediterrneo superior seco
superior.
Tavira 18 15.6 8.3 2163 419 13.2 2.38 0.10 0.24 515 Mediterrneo pluviestacional
(Conceio) euocenico, termomediterrneo
inferior seco inferior.
Praia da 16.7 15.3 8.1 2009 401 11.2 2.36 0.04 0.19 473 Mediterrneo pluviestacional
Rocha semihiperocenico,
termomediterrneo inferior seco
inferior.
S. Brs de 15.9 13.8 6.2 1909 359 13.2 4.58 0.11 0.41 874 Mediterrneo pluviestacional
Alportel euocenico, termomediterrneo
superior sub-hmido inferior.
T - Temperatura mdia anual (C); M Temperatura mdia das mximas do ms mais frio do ano (C); m - Temperatura mdia das
mnimas do ms mais frio do ano (C); Tp Temperatura positiva anual (C); Itc ndice de termicidade compensado; Ic ndice de
continentalidade simples; Io ndice ombrotrmico; Ios2 - ndice ombrotrmico estival do bimestre mais quente do trimestre estival;
Ios3 - ndice ombrotrmico estival do trimestre estival; P Precipitao mdia anual (mm).
Em smula, tanto os dados termopluviomtricos calculados, como a anlise dos diagramas ombrotrmicos das
estaes meteorolgicas analisadas, permitem caracterizar bioclimaticamente a superfcie estudada. Assim, o territrio
apresenta um macrobioclima Mediterrneo, cuja caracterstica principal a existncia de um perodo seco bem
definido (Julho, Agosto e Setembro), frequentemente conhecido por perodo de xericidade estival, com precipitaes
(mm) inferiores ao dobro da temperatura (C), pelo menos em dois meses no ano: P< 2T.
A combinao dos parmetros termoclimticos e ombroclimticos permitiu identificar o bioclima que, seguindo
as chaves de RIVAS-MARTNEZ et al. (2002), na regio estudada so o Mediterrneo ocenico pluviestacional e o
Mediterrneo xrico ocenico, sendo mais frequente o Mediterrneo pluviestacional ocenico (Tunes, Tavira, Tavira
(Conceio), S. Brs de Alportel, Quarteira, Faro). Contudo, na regio de Albufeira, marca presena o bioclima
Mediterrneo xrico ocenico, cujas caractersticas diferem do anterior pela existncia de menores pluviosidades,
prprias do semirido, a que no alheia a proximidade do Atlntico. Esta presena, associado s precipitaes
orogrficas, sobretudo nas superfcies mais interiores, favorece a ocorrncia de um bioclima pluviestacional-ocenico.
As massas de ar ocenicas sobem pelas encostas que ao arrefecer por expanso, provocam o aumento da humidade
relativa e a respectiva saturao e condensao com nebulosidades cumeliformes.
Mas o que marca significativamente esta paisagem a presena da srie dos azinhais calcrios de Rhamno oleoidis-
Querco rotundifoliae Sigmetum, raa algarviense com Juniperus turbinata que nos stios mais trmicos e rochosos,
cede a sua posio aos alfarrobais de Vinco difformis-Ceratonieto siliquae Sigmetum, faciao algarviense com
Juniperus turbinata.
A testemunhar a influncia termomediterrnea nestas superfcies, destaque-se a forte presena do cultivo dos citrinos
e dos alfarrobais, bem como a ocorrncia dos seguintes bioindicadores vegetais:
Acanthus mollis subsp. platyphyllos, Aristolochia baetica, Asparagus aphyllus, Astragalus epiglottis, Asplenium
petrarchae, Avenula occidentalis subsp. stenophylla, Bellevalia hackelii, Bidens pilosa, Cachrys trifida, Calendula
suffruticosa subsp. algarbiensis, Calendula suffruticosa subsp. lusitanica, Carduncellus caeruleus subsp. tingitanus,
Centaurea diluta, Centaurea occasus, Ceratonia siliqua, Chamaerops humilis, Cichorium pumilum, Corrigiola littoralis
subsp. perez-larae, Cynoglossum clandestinum, Dittrichia viscosa subsp. revoluta, Euphorbia baetica, Euphorbia
clementei, Genista hirsuta subsp. algarbiensis, Hyoseris scabra, Juniperus turbinata, Lavatera arborea, Nicotiana glauca,
Osyris quadripartita, Scabiosa semipapposa, Serratula baetica subsp. lusitanica var. lusitanica, Serratula baetica subsp.
lusitanica var. sampaiana, Serratula flavescens subsp. leucantha var. neglecta, Serratula flavescens subsp. mucronata,
Serratula monardii subsp. algarbiensis, Lathyrus tingitanus, Narcissus gaditanus var. gaditanus, Prasium majus, Retama
monosperma, Rhamnus oleoides var. angustifolia, Rumex thyrsoides, Scrophularia sambucifolia, Sideritis arborescens
subsp. lusitanica, Solanum sodomeum, Teucrium algarbiense, Thymus lotocephalus, Tuberaria major.
Tal como refere O.RIBEIRO (1988: 385), (...) O Algarve forma um mundo parte, tipicamente mediterrneo pelo
Inverno quase tpido (Janeiro, 11,5C), pelo longo Vero (quatro meses acima de 20C, 24C no ms mais quente), pela
luminosidade do ar, pela escassez e repartio das chuvas (400 a 500 mm, em 66 dias, com o mximo em Novembro
e cinco a seis meses secos) (...).
A rea do Barrocal no difere desta descrio, o clima em tudo semelhante. A realidade que a Serra Algarvia
constitui uma barreira eficaz s frias nortadas de Inverno e aos ventos de Vero que se deslocam do interior da
Pennsula Ibrica. O mesmo autor refere que (...) A presena do Atlntico apenas se faz notar pelo grau de humidade
que mantm todo o ano (mnimo acima de 50%, mesmo nos meses de Vero (O. RIBEIRO, op.cit.).
Resumindo, o clima da superfcie estudada corresponde a um Macrobioclima Mediterrneo, cuja caracterstica principal
a existncia de uma estao seca bem definida que alterna com uma estao chuvosa. Esta alternncia provocada
pelo deslocamento do Anticiclone Subtropical dos Aores que acompanha o movimento aparente do Sol. Assim, no
Inverno o anticiclone desloca-se para Sul, deixando a entrada livre s massas de ar de Oeste que ocasionam muita
chuva, sobretudo quando encontram relevos significativos. Ao contrrio, no Vero o anticiclone desloca-se para Norte,
ocupando a posio que lhe d o nome, impedindo a entrada dos temporais e ocasionando o tempo seco e firme.
Alis, FEIO (1991) refere que na realidade a cintura desrtica do Sahara que avana e nos cobre, impondo-nos o seu
regime durante os meses de Julho e Agosto.
Todavia, a circulao do Golfo de Cdiz parece tambm apresentar uma influncia significativa na grande constncia e
regularidade no desenrolar dos tipos de tempos verificados no territrio.
Ainda que a superfcie estudada seja de dimenses reduzidas, o Barrocal, face sua posio geogrfica, proximidade
do mar e orografia, apresenta um gradiente termopluviomtrico considervel.
Mas a grande originalidade bioclimtica destas superfcies, manifesta-se pela existncia de um bioclima Mediterrneo
xrico-euocenico, sobretudo na regio de Albufeira, representando o nico stio conhecido em territrio continental
portugus com este tipo climtico.
Como corolrio destas caractersticas bioclimticas, verifica-se um domnio claro dos alfarrobais de Vinco difformis-
Ceratonietum siliquae e a existncia de bioindicadores semiridos, como o exemplo da BRASSICACEAE Carrichtera
annua. Alis, saliente-se que a regio de Albufeira representa o nico stio conhecido em territrio nacional, onde vive
esta espcie.
Desde h muito que numerosos botnicos compreenderam que as plantas, como os outros seres vivos ocupam, em
condies naturais, uma determinada rea geogrfica homognea.
Assim, j no final do sec. XVIII, WILLDENOW (GRUNDISS der KRAUTERKUNDE, 1972), WAHLENBERG, HUMBOLODT,
DE CANDOLLE, entre outros, realizaram trabalhos baseados na distribuio dos taxa e comunidades vegetais e sua
interpretao ecolgica e histrica (WALTERS, 1951), onde pretendiam esboar uma sectorizao da Terra. Segundo
MENNENA (1985), a SCHOUW que se deve The first true plant distribution map, razo pela qual considerado The
father of plant geography (COSTA, 1990). Tambm as comunidades vegetais foram utilizadas por FLAHAUT (1900) e
BRAUN-BLANQUET (1919) para a definio de divises e subdivises fitogeogrficas.
Inmeros estudos fitogeogrficos tm sido desenvolvidos (BAMPS, 1969; BARROS-GOMES, 1878; DENYS, 1980;
FERNNDEZ-CASAS, 1985; JALAS & SUOMINEN, 1967; MANIQUE & ALBUQUERQUE, 1945 & 1954), entre muitos
outros. Contudo, o desenvolvimento desta cincia, parte integrante da Ecologia terrestre, deve-se, sobretudo, a RIVAS-
MARTNEZ (1985, 1987, 1987a) que, baseando-se nas reas de distribuio dos taxa e sintaxa, bem como na informao
procedente da Bioclimatologia, Geologia, Pedologia, Geomorfologia, etc., apresentou uma sistematizao dos territrios
europeus ocidentais (RIVAS-MARTNEZ, 1990) e mesmo de outros continentes (RIVAS-MARTNEZ et al., 1997; RIVAS-
MARTNEZ & G. NAVARRO, 1994).
O mesmo autor considera a tessela como unidade elementar da biogeografia, definindo-a como sendo um espao
ou superfcie de extenso varivel, homogneo do ponto de vista ecolgico, que apenas pode apresentar um tipo de
vegetao potencial e, consequentemente, uma s sequncia de comunidades substituio (RIVAS-MARTNEZ, 1999).
As tesselas, nicas unidades que se podem repetir de forma disjunta, relacionadas entre si por um gradiente edfico ou
climtico que constitui as catenas de vegetao, exprimem o fenmeno da zonao.
Segundo RIVAS-MARTNEZ et al. (1999 & 2002), o Distrito o nvel hierrquico imediatamente superior tessela e
abrange uma determinada superfcie caracterizada pela existncia de associaes e espcies peculiares que faltam
em distritos prximos, bem como um uso tradicional prprio do territrio. COSTA et al. (1998), denominam este nvel
hierrquico por Superdistrito.
O Sector caracteriza um territrio, mais ou menos extenso, com entidade geogrfica, que apresenta taxa e associaes
particulares, assim como de catenas prprias e microsigmeta que se destacam mediante a presena de algumas
comunidades permanentes e subseriais particulares (em vrios casos, recorreu-se, por necessidade ecolgica, h
designao de subsector).
A Provncia j um vasto territrio, que possui grande nmero de espcies caractersticas, incluindo
paleoendemismos e gneros endmicos, bem como de domnios climcicos, sries, geosries, comunidades
permanentes e clisries altitudinais prprias (tal como no caso anterior existe o nvel de Subprovncia).
A Regio uma rea muito extensa com um grande nmero de elementos originais, nos quais se destacam espcies,
gneros e at famlias endmicas, assim como territrios climcicos, sries, geosries e pisos bioclimticos particulares
(onde se incluiem as sub-regies).
Por fim, como nvel mais abrangente surge o Reino, em que a sua delimitao est sobretudo dependente de
consideraes taxonmicas e ecossistmicas.
Face situao geogrfica e s caractersticas geomorfolgicas que apresenta, a rea estudada no revela uma grande
variedade biogeogrfica. Seguindo RIVAS-MARTNEZ et al. (2002) e, apenas ao nvel de infra-sector COSTA et al. (1998) e,
de igual forma, para os territrios fronteiros entre as Subprovincias Gaditano-Algarviense e Sadense-Divisrio Portuguesa
PAIVA-FERREIRA & PINTO-GOMES (2002 & 2002a), a tipologia biogeogrfica da rea estudada a seguinte (Fig. I/5.1):
Reino Holrctico
Regio Mediterrnea
Sub-Regio Mediterrnea Ocidental
Provincia Lusitano-Andalusa Litoral
Subprovincia Gaditano-Algarviense
Sector Algarviense
Superdistrito Algarvio
Fig. I/5.1- Biogeografia da rea estudada (COSTA & al., 1999); RIVAS-MARTNEZ et al., 2002; PAIVA-
FERREIRA & PINTO-GOMES, 2002): Reino Holrctico; Regio Mediterrnea; Sub-Regio Mediterrnea
Ocidental; A - Provincia Lusitano-Andalusa Litoral; A.1 - Subprovincia Gaditano-Algarviense; A.1.1
- Sector Algarviense; A.1.1.a - Superdistrito Costeiro Vicentino; A.1.1.b - Superdistrito Algarvio;
A.2 - Subprovincia Sadense-Divisrio Portuguesa; A.2.1 - Sector Ribatagano-Sadense; A.2.1.a
- Superdistrito Ribatagano; A.2.1.b - Superdistrito Sadense; A.2.2 - Sector Divisrio Portugus;
Subsector Oeste-Estremenho; A.2.2.a - Superdistrito Costeiro Portugus; A.2.2.b - Superdistrito
Olissiponense.
Reino Holrctico
Ocupa quase todo o Hemisfrio Norte, englobando parte da sia, Amrica do Norte, norte de frica e Europa,
reconhecendo-se duas grandes regies (Eurosiberiana e Mediterrnea), com clima e vegetao consideravelmente
distintos.
Regio Mediterrnea
Apesar de DAGET (1977), PICHI-SERMOLLI (1979), QUEZEL (1985), entre outros, terem estabelecido os limites da regio
Mediterrnea considera-se, tradicionalmente, como espcie caracterstica a oliveira (Olea europaea var. europaea).
Na Pennsula Ibrica e tomando por base os ndices bioclimticos e as sries de vegetao RIVAS-MARTNEZ (1981,
1982a, 1987, 1987a, 1990, 1994, 1995, 1996a, 2002), separou a regio Mediterrnea da Eurosiberiana, estabelecendo
os seus limites.
Dada a sua situao geogrfica do Barrocal, compreensvel que a flora da rea estudada seja constituda por um
cortejo dominado pelos elementos de caracter mediterrneo. Todavia, existem outras espcies que, embora tenham o
seu ptimo ecolgico noutras unidades biogeogrficas, tambm ocorrem nos territrios Algarvios.
Assim, para a seleco dos taxa recorremos sobretudo s seguintes obras e de acordo com a seguinte ordem: BOLS
et al. (1993), CASTROVIEJO et al. eds. (1986-1997), VALDS et al. eds. (1987), OBERDOFER (1990); PIGNATTI (1982) e
FOURNIER (1961).
A sub-regio Mediterrnea Ocidental compreende tambm os territrios mais ocidentais da Pennsula Ibrica, marcados
pelo regime atlntico, onde predominam os substratos cidos e, consequentemente, um coberto vegetal siliccola.
Apresenta uma flora antiga, rica em endemismos e vegetao original, onde predominam sintaxa endmicos, dos quais
se destacam os carvalhais marcescentes de Quercion broteroi, as orlas de Origanion virentis, os matos higrfilos de
Salicion salviifoliae e Fluegion tinctoriae; bem como os bosques edafohigrfilos de Osmundo-Alnion. Nas etapas de
substituio, ocorrem as formaes arbustivas de Ericion umbellatae, Ulici-Cistion ladaniferi, Retamion sphaerocarpae,
Genistion floridae, Agrostion castellanae e os tomilhais de Eryngio-Ulicion erinacei, entre muitos outros.
Face sua situao geogrfica, combinam-se nestas superfcies elementos de dois mundos distintos, o mediterrneo
e o eurosiberiano. Tal, deve-se, sobretudo, migrao das espcies. Assim, no estranha a presena de um cortejo
significativo de espcies comuns aos dois mundos.
Subprovncia Gaditano-Algarviense
Representa um vasto territrio, com extensos areais, mais ou menos costeiros e superfcies calcrias considerveis, que
se estende no sentido Sul/Norte, desde a Costa do Sol (Espanha) at s proximidades de Aveiro (Portugal).
Tal como j foi referido em territrio nacional compreende apenas o sector Algarviense, limitado a Norte pela Provncia
bero-Atlntica.
Do ponto de vista botnico, esta Subprovncia encerra um nmero considervel de endemismos (e.g. Arenaria algarviensis,
Armeria gaditana, Armeria macrophylla, Cistus libanotis, Linaria lamarckii, Stauracanthus genistoides, Verbascum litigiosum,
entre outros) e um coberto vegetal original, como so exemplos os sintaxa integrados na Stauracantho genistoidis-
Halimietalia commutati, Querco-Juniperetum turbinatae, Stauracanthemion boivinii, entre muitos outros.
Sector Algarviense
uma unidade biogeogrfica bem diferenciada dos restantes sectores ibricos, que se estende ao longo do Oceano,
desde Punta Umbria (Espanha) at Sines.
Superdistrito Algarvio
Compreende os territrios Algarvios, desde Punta de Umbria (Espanha) at s proximidades de Sagres. Toda a rea
estudada pertence a este Superdistrito, que apresenta solos, em geral, de natureza calcria dominados por Luvissolos
rodocrmicos e Cambissolos calcrios, estando bioclimaticamente sob influncia marcada do termomediterrneo.
A caracterizao vegetal destes territrios Algarvios reside no domnio da srie da azinheira Rhamno oleoidis-Querceto
rotundifoliae Sigmetum, raa algarviense com Juniperus turbinata, assente sobre substratos calcrios margosos e
dolomticos que contactam, frequentemente, sobretudo nos topos rochosos e em reas de forte insolao, com a srie
edafoxerfila dos zimbrais de Aristolochio baeticae-Juniperetum turbinatae.
Endemismos territoriais do
Superdistrito Algarvio:
Centaurea occasus, Narcissus willkommii,
Plantago algarbiensis, Sideritis arborescens
subsp. lusitanica, Thymus lotocephalus,
Tuberaria major, entre outras.
Foto I/5.1- Narcissus willkommii (Samp.) Fernandes: planta rara, endmica
do Algarve.
Sem pretender pormenorizar os antecedentes da ocupao humana nestas superfcies, por no ser o mbito deste
trabalho e por no haver desenvolvido uma investigao histrica profunda, esboar-se-o os traos que mais
contriburam, ao longo dos tempos, para a construo desta paisagem de inegvel valor e profundamente marcada por
traos antrpicos de antanho.
Antes de mais, convm tecer algumas consideraes sobre o conceito de Barrocal, uma vez que frequentemente
utilizado por inmeros autores, com significados nem sempre coincidentes. Assim, e tendo por base MACHADO (1991),
a designao de Barrocal tem origem no termo barroco (penhasco, penedo alto e isolado) e refere-se a um lugar cheio
de penedos insulados. Este conceito parece comprovar-se com a toponmia local (v.g. Barrocal das freguesias de
Querena e S. Clemente, do concelho de Loul, de St. Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira e Penedos Altos
da freguesia de St. Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, entre outros) e sobretudo com a ocorrncia de
verdadeiros campos de penedos de rochas calcrias. Este conceito praticamente coincidente com o de GOUVEIA
(1938), diferindo apenas por no incluir os calcrios mais recentes do Cenozico, j que no apresentam afloramentos
rochosos significativos.
Deste modo, considera-se que o Barrocal constitudo por terrenos calcrios do Jurssico e do Cretcico, correspondendo
faixa central da provncia do Algarve, situado entre a Serra e o Litoral que, segundo SIMES (1989), antes de qualquer
interveno humana possuiria um coberto vegetal, onde se estendiam florestas de Quercus rotundifolia, Quercus
faginea, Olea sylvestris e Fraxinus angustifolia, acompanhados de um riqussimo cortejo florstico que ultrapassaria as
mil espcies.
Embora apresente um aspecto natural, este territrio foi explorado desde tempos remotos. Assim, j na primeira metade
do sculo VIII a.C., os fencios de Tiro e mais tarde os gregos (sculo V a .C.), semitas e principalmente focenses,
instalaram-se e estabeleceram contactos com as populaes indgenas das costas meridionais da Pennsula Ibrica
(BRITO,1992).
Deve-se aos gregos a introduo de uma grande parte de espcies agrcolas que constituram a estrutura do sistema
alimentar tradicional do Algarve, nos quais merecem destaque as favas (Vicia faba), ervilhas (Pisum sativum), lentilhas
(Lens esculenta), tremoos (Lupinus albus) e chcharos (Lathyrus sativus), entre outros. Tambm as figueiras (Ficus
carica) e amendoeiras (Amygdalus communis), muito estimadas na Grcia Antiga, parecem ter sido introduzidas pelos
gregos.
Igualmente, o aproveitamento de algumas espcies dominantes da flora autctone do Barrocal j era conhecido na Grcia.
Assim, a aroeira (Pistacia lentiscus) era explorada para aproveitamento da sua resina, muito empregue na perfumaria, a
cornalheira (Pistacia terebinthus), pelo seu corante amarelo, utilizava-se para tingir as sedas e do carrasco (Quercus
coccifera) explorava-se o gr, que um insecto que se aloja nas galhas das suas folhas, muito utilizado na tinturaria para
produzir o escarlate, com que se tingiam os tecidos de maior qualidade.
Posteriormente, apesar das inegveis tenses com as populaes locais, os cartagineses e, mais tarde, os romanos
viveram nesta Regio com intenes claras de explorar os recursos naturais, integrando estas superfcies no mundo
mediterrneo.
Ainda nos sculos V e IV a.C. verificou-se uma importante vaga migratria de celtas, povo descendente dos celtiberos.
Todos estes povos marcaram, consideravelmente, as culturas locais, sobretudo atravs do comrcio, pesca, olaria
e especialmente agricultura, expandindo as superfcies cultivadas e introduzindo os conhecimentos necessrios
explorao da vinha e oliveira, existentes no estado silvestre. Alis, SIMES (1989), citando FREI JOO DE S. JOS
(1577), refere que os (...) olivais do Algarve no se plantam de estaca (...) porque no prendem, por causa da terra seca;
mas logo a natureza proveu de tantos zambujeiros que, nascendo nas prprias fazendas e pelos montes, convidam os
homens a lhe fazer as benfeitorias; nem se sente nisto falta alguma (...).
A partir dos finais do sculo IV a.C., Roma instalou progressivamente o modus vivendi tipicamente mediterrneo, com
Com a decadncia do Imprio Romano, a partir do sculo V, penetraram e fixaram-se nestes territrios vndalos, alanos
e mais tarde visigodos que desenvolveram a ruralizao da sociedade, promovendo o autoconsumo.
Face s sucessivas lutas internas, que debilitaram e fragilizaram o imprio visigtico, os muulmanos conquistaram no
sculo VIII, a parte mais ocidental da Pennsula Ibrica - o Al-Andalus Gharb- que por transformaes fonticas deu
origem ao termo portugus Algarve.
A pouco e pouco a implantao e prestgio dos rabes cresceu, aumentando o seu domnio at s proximidades de
Coimbra, verdadeira fronteira cultural entre o Norte (cristo) e o Sul (muulmano), desenvolvendo extraordinariamente
a cultura, o intercmbio comercial, sobretudo atravs da via martima, e a agricultura. A ttulo de exemplo, refira-se que
transformaram Silves numa cidade de primeira grandeza no aspecto intelectual e agrcola.
Por diversos motivos, a vida destes territrios durante a poca muulmana pouco conhecida. Todavia, o prolongado
domnio rabe, deixou marcas significativas, reforando o carcter mediterrneo que os romanos j haviam comeado
na agricultura. Desenvolveram as comunidades agro-pastors, melhoraram o regadio, introduziram a laranjeira (Citrus
aurantium var. amara), o limoeiro (Citrus medica var. limon), e contriburam para a difuso da alfarrobeira (Ceratonia
siliqua), espcies que, ainda hoje, marcam a paisagem do Barrocal.
Apoiados nas ordens religiosas e recorrendo aos cruzados, os primeiros reis de Portugal, atravs da reconquista
portuguesa, combateram e expulsaram os rabes do Algarve, passando, assim, a regio algarvia a fazer parte integrante
do territrio portugus, no ano de 1250.
A situao geogrfica, com isolamento do Alentejo pelo sistema de montanhas e com amplos contactos martimos,
os recursos naturais e a autonomia do seu conjunto de cidades, imprimem ao Algarve uma identidade prpria. Assim,
compreende-se que esta regio tivesse sido considerada, para os portugueses da Idade Mdia, como uma espcie de
rea colonial (MATOSO, 1989) que constitua um reino unido, mas no confundido com a coroa portuguesa.
Como a civilizao medieval no incio do sculo XIV fazia muito uso da madeira, especialmente na construo e como
combustvel, o coberto vegetal encontrava-se bastante degradado, por isso fomentava-se j a reflorestao (SOUSA,
1993). Deve-se aos rabes a degradao das florestas como forma de aumentarem as reas de cultivo e desenvolverem
a pastorcia, atravs do uso comunitrio das pastagens. Alis, teriam sido eles a transformarem as florestas de azinho e
sobro em montados, assim como os causadores da substituio da mata por brenhas, charnecas e xarais, atravs dos
arroteamentos, mais ou menos constantes.
Por outro lado, como o carvalho apresentava uma importncia superior para a construo naval, bem possvel que tenha
sofrido uma reduo significativa neste perodo. O abate das espcies mais procuradas fazia-se a um ritmo superior
ao tempo necessrio para a recuperao da mancha florestal, facto que contribuiu para a decadncia do sector naval
(MAGALHES, 1993). A testemunhar este panorama, DEVY-VARETA (1986) refere que na poca dos descobrimentos,
exactamente quando o Pas mais precisava da floresta, foi necessrio importar tabuados e mastros da Flandres. De
produtor excedentrio, em dois sculos, Portugal tornou-se dependente.
O Algarve sempre se caracterizou por uma economia urbana, apostado em viver prioritariamente do sector tercirio,
incluindo nele o comrcio martimo, iniciado pelos fencios (GUERREIRO, 1989), uma produo artesanal importante e
concentraes da populao nas cidades, com uma subsistncia assegurada pelos recursos agrcolas abundantes.
Assim, j na poca Medieval o Algarve possua uma economia aberta e largamente comercial, baseada na agricultura
e pesca, cujas produes permitiam a exportao de figos, azeite, passas de uva, cera, esparto, laranjas, amndoas,
sardinhas, atum e gado mido que pastava no Barrocal no cultivado. Por outro lado, importavam-se cereais, metais e
tecidos que a provncia no produzia em quantidades necessrias (CAVACO, 1976).
At ao sculo XX e mais concretamente dcada de sessenta, o Algarve no sofreu alteraes significativas. Alis,
GUERREIRO (1989) destaca que os cultivos tpicos do Algarve foram todos importados h pelo menos dois mil anos (com
excepo da batata e do milho). A partir de ento assistiu-se a uma diversificao das prticas agrcolas, principalmente
atravs do abandono de muitas superfcies de sequeiro, introduo de culturas de estufas, aumento da rea regada e
incremento da plantao de pomares, sobretudo de citrinos (Fig.I/6.1).
Paralelamente, assiste-se tambm ao crescimento exponencial de um turismo de massas que parece estar afectado
por um processo de autofagia, destruindo e degradando sistematicamente recursos naturais indispensveis para a
sobrevivncia dos algarvios, que urge combater e mesmo inverter, sob pena da perda de identidade e originalidade
deste territrio.
Neste contexto, verifica-se uma sobreexplorao dos recursos hdricos subterrneos, conduzindo, sobretudo nos
aquferos costeiros, salinizao da gua, apresentando por vezes, contaminaes apreciveis, face s prticas agrcolas
intensivas e forte presso humana, exercida, particularmente nas encostas mais prximas do Oceano.
Foto I/6.3- A crescente presso antrpica em locais de extrema importncia para a conservao da natureza.
CAPTULO II
A FLORA
A FLORA
47
2.1 - ELENCO FLORSTICO
Para a anlise florstica do Barrocal, base fundamental para o estudo e conhecimento das formaes vegetais, efectuou-
-se um catlogo prvio das espcies existentes na rea estudada tomando por base trabalhos publicados sobre flora
e vegetao algarvia. Posteriormente, este catlogo foi corrigido e ampliado atravs das herborizaes sistemticas e
inventrios fitossociolgicos realizados, em diferentes pocas do ano e em habitats distintos durante o perodo de 1994
a 1997.
Para a identificao e determinao do material herborizado e inventariado recorreu-se, sobretudo, s floras lusitnicas,
e na nomenclatura utilizada obedeceu-se, pela seguinte ordem, a CASTROVIEJO et al. (1986, 1990, 1993, 1993a, 1997,
1997a, 1998, 1999, 2000, 2001, 2003); RIVAS-MARTNEZ et al. (2002); FRANCO (1971; 1984); FRANCO & ROCHA-
AFONSO (1994, 1998, 2003); COUTINHO (1939); SAMPAIO (1988); TUTIN et al.; VALDS et al. (1987); PIGNATTI (1982);
QUEZEL & SANTA (1962-1963). Porm, recorreu-se ainda a outras floras e monografias sobre gneros ou grupos de
espcies, cuja referncia se cita na bibliografia.
O elenco florstico que se apresenta compreende um total de 1001 taxa, ordenados por ordem alfabtica dos gneros,
repartidos por 461 gneros, distribudos por 101 famlias botnicas.
Alm do nome cientfico (binmio ou trinmio, no caso das subespcies e variedades, seguido de autoria) e da famlia,
para cada taxon contempla-se, frequentemente, os seguintes campos:
Sinonmia - indicam-se apenas para algumas espcies os sinnimos mais utilizados pelas floras lusitnicas
(COUTINHO, 1939; FRANCO, 1971 & 1984; FRANCO & ROCHA-AFONSO, 1994, 1998, 2003; SAMPAIO, 1988).
Material herborizado - especifica-se sempre uma das estaes de ocorrncia, atravs da indicao do local,
freguesia e concelho, bem como das coordenadas UTM, altitude, data e colector (es).
Nomes vernculos - apresentam-se os principais nomes vulgares citados por COUTINHO (1939) e SAMPAIO
(1988), bem como os mais utilizados pelas populaes locais.
Tipo biolgico (Fitotipo) - seguiu-se a classificao utilizada por RAUNKJAER (1934), cujos tipos principais so
os seguintes:
Terfito - Ervas com um nico ciclo vegetativo que se propagam por semente e surgem na poca
favorvel.
Criptfitos - Ervas vivazes, cujas gemas de renovo se formam abaixo da superfcie do solo (gefitos), ou
abaixo da superfcie da gua (hidrfitos), ou ainda abaixo da superfcie do solo ou da gua (helfitos), o
que equivale a anfbias. Os gefitos podem ser de rizoma (gefitos rizomatosos), de tubrculo (gefitos
tuberosos) e de bolbo (gefitos bolbosos).
Hemicriptfitos - Plantas vivazes ou bienais, com as gemas de renovo superfcie do solo. Dividem-se
em Proto-Hemicriptfito, com caules folhosos, em Hemicriptfitos subarrosetados, com preponderncia
das folhas numa roseta basilar e Hemicriptfitos arrosetados, com todas as folhas dispostas numa roseta
basilar;
Camfitos - Plantas vivazes com gemas de renovo a menos de 25 cm acima do solo; dividem-se em Camfitos
subarbustivos (v.g. gneros Thymus e Fumana), de caules erectos que na estao desfavorvel secam at
parte das gemas de renovo; Camfitos decumbentes (v.g. gneros Sedum e Saxifraga), de caules moles e
descados e camfitos pulvinados, (v.g. gneros Iberis e Lobularia) de caules curtos e numerosos, formando
almofada ou pulvneo.
Fanerfitos - Plantas perenes com as gemas de renovo a mais de 25 cm acima do solo. Consoante a
localizao das gemas de renovo, estes dividem-se em Nanofanerfitos, com as gemas de renovo entre 25
cm e 2 m (subarbustos e pequenos arbustos); Microfanerfitos, com as gemas de renovo entre 2 m e 8 m
(arbustos arborescentes e pequenas rvores); Fanerfitos, com as gemas de renovo geralmente entre 8 m
e 30 m (rvores de porte mediano); Megafanerfitos, com as gemas de renovo a mais de 30 m (grandes
rvores); e Fanerfitos Escandentes, as trepadeiras lenhosas (lianas).
Indicaes ecolgicas - pretende-se fornecer uma informao sucinta sobre o habitat e o comportamento
ecolgico mais comum.
Abundncia relativa - indica-se a abundncia relativa para cada espcie, na rea estudada.
Fitossociologia - baseada em bibliografia e observao local apresenta-se a posio fitossociolgica, indicando
A FLORA
48
o sintaxon, em que cada taxon tem o seu ptimo ecolgico no territrio estudado.
Corologia - Atravs da consulta de vrias obras, nas quais se destaca: BOLS et al. (1993); CASTROVIEJO
et al. (1986, 1990, 1993, 1993a, 1997, 1997a, 1998, 1999, 2000, 2001, 2003); FOURNIER (1961); TUTIN et al.
(1964-1980) e outras j referidas anteriormente, considerou-se a seguinte nomenclatura e respectiva simbologia
(entre parntesis).
Cosmopolita - Taxon que ocorre naturalmente em amplas reas do globo (Cosmop.).
Holrtica - Refere-se aos taxa extratropicais das regies temperadas e frias do hemisfrio Boreal (FONT
QUER,1993; QUEZEL, 1985) (Holoarctico).
Paleotropical - Taxon que se encontra em frica e sia tropical, Malsia, Norte de Austrlia (Paleotrop.)
Neotropical - Plantas da Amrica tropical e subtropical (Neotrop.)
Pantropical - Refere-se s plantas intertropicais do antigo e novo mundo (Paleotropical e Neotropical)
(Pantrop.)
Irano-Turaniana - Taxa caractersticos e procedentes de territrios, com clima continental acentuado, mais ou
menos ridos do prximo oriente e centro da sia. (Reg. Iran. - Turan.)
Saharo-Sndica - Plantas procedentes de territrios africanos, arbigos e sndicos desrticos e de transio
para os desertos paleotropicais. (Reg. Sahar. - Snd.)
Mediterrnea - Refere-se aos taxa de ampla distribuio na regio Mediterrnea, incluindo os latemediterrneos
(Reg. Med., Latemed.). Em relao s subunidades mediterrneas e respectivos limites, seguiu-se RIVAS-
MARTNEZ (1987; 1987a) e RIVAS-MARTNEZ et al. (1990, 2002): Oeste da Regio Mediterrnea (W. Reg.
Med.), Mediterrneo-Iberoatlntico (Med.Iberoatl.), Btico (Bit.), Luso-Extremadurense (Luso-Extrem.),
Gaditano-Algarviense (Gad.-Algarv.), Algarviense (Algarv.), Divisrio Portugus (Divis. Port.), Baixoalentejano-
Monchiquense (Baix.-Alent.), Ribatagano-Sadense (Ribtag.-Sad.).
Ibrico - Plantas com distribuio ibrica no circunscritas a nenhuma unidade biogeogrfica (Ibr.).
bero - Mauritnica - Taxa que ocorrem na Superprovncia Mauritnica e Pennsula Ibrica (Ibero-Maur.).
Eurosiberiana - Refere-se a plantas com ampla distribuio na Regio Eurosiberiana, incluindo territrios
eurasiticos pntico-austrosiberianos (Reg. Eurosib.). Tambm se incluem os taxa lateeurosiberianos
(Lateeurosib.). Em relao s subunidades da Regio Eurosiberiana apresentam-se as propostas por RIVAS-
MARTNEZ (1987; 1987a) e RIVAS-MARTNEZ et al. (1990).
Taxa Introduzidos - Cita-se sempre que se conhece a sua origem: Amrica do Norte, frica do Sul, Austrlia
e sia central.
Por ltimo, para os taxa com especial interesse cientfico, apresenta-se um mapa (Pennsula Ibrica e Norte de frica)
com a corologia respectiva.
A FLORA
49
Catlogo Florstico do Barrocal Algarvio:
Abutilon theophrasti Medikus MALVACEAE
Quinta do Freixo, Salir, Loul; 29SNB7724; 30/08/95; 260 m.
Terfito, pouco frequente, naturalizado, originrio do Sul da sia, que vive no Barrocal Algarvio durante o Vero, em cultivos, mais ou
menos irrigados, sobre solos argilosos; Stellarietea mediae.
A FLORA
50 Agrostis pourretii Willd. POACEAE (GRAMINEAE)
Lagoa de Nave, Nave do Baro, Loul; 29SNB8419; 08/06/94; 155 m.
Terfito caracterstico dos arrelvados anuais que revestem solos calcrios descarbonatados, temporariamente encharcados do Barrocal;
Med. - Iberoatl.; Agrostion salmanticae. Quadros: III/VI; III/VIII; III/IX; III/LV.
Ajuga iva var. pseudo-iva (Robill. & Cast. ex DC.) Robill & Cast. ex Bentham LAMIACEAE
Cerro do Guilhim, Estoi, Faro; 29SNB9506; 28/04/93; 140 m. Iva-moscada; erva-crina
Camfito herbceo que vive em clareiras de tomilhais, mais ou menos removidas que parece preferir solos algo nitrificados; W. Reg.
Med.; Eryngio-Ulicion erinacei.
A FLORA
Allium roseum L. LILIACEAE 51
Cabea Gorda, Alte, Loul; 29SNB7516; 15/04/93; 290 m. Alho-rosado
Gefito bolboso muito frequente, sobretudo em terrenos cultivados, sobre solos argilosos; Reg. Med.; Brachypodietalia phoenicoidis.
Quadros III/XXXIV; III/XXXIX; III/XLVII.
A FLORA
52 Anacamptis pyramidalis (L.) L. C. M. Richard ORCHIDACEAE
Amendoeira, Querena, Loul; 29SNB9214; 29/04/94; 260 m. Satiro-menor; orqudea-piramidal
Gefito tuberoso muito abundante no territrio, particularmente em arrelvados e tomilhais sobre margas calcrias; Reg. Med. e Reg.
Eurosib.; Festuco-Brometea erecti.
A FLORA
Anthriscus caucalis Bieb. APIACEAE (UMBELLIFERAE) 53
Campina de Baixo, Loul; 29SNB8409; 03/05/94; 70 m.
Terfito escionitrfilo, pouco frequente, no territrio estudado, caracterstico das sebes e caminhos; Reg. Eurosib. - Reg. Med.;
Cardamino-Geranietea purpurei. Quadro III/XXXI; III/XLI.
Fig. II/1.1 - Distribuio virtual de Antirrhinum Fig. II/1.2 - Distribuio virtual de Arabis lusitanica
onubensis (Fdez. Casas) Fdez. Casas. Boiss.
A FLORA
54 Arbutus unedo L. ERICACEAE
Cabeo da Cmara, Loul; 29SNB8208; 19/06/93; 190 m. Medronheiro; medronho
Microfanerfito muito frequente no territrio estudado, sobretudo nas encostas mais frescas, normalmente de exposio ao quadrante
norte, em bosques caduciflios e pereniflios. Reg. Med.; Ericion arboreae. Quadros III/LIII; III/LXI; III/LXII; III/LXIII; III/LXVI; III/LXVII;
III/LXVIII; III/LXIX; III/LXX; III/LXXI; III/LXXIII; III/LXXIV; III/LXXVI; III/LXXVII.
Arrhenatherum album var. erianthum (Boiss. & Reuter) Romero Zarco POACEAE (GRAMINEAE)
Cerro dos Fatos, Loul; 29SNB8209; 18/05/94; 100 m.
Hemicriptfito termfilo frequente, sobretudo em espartais e fissuras de rochas calcrias; W. Reg. Med.; Lygeo sparti-Stipetea
tenacissimae.
A FLORA
Asparagus aphyllus L. LILIACEAE 55
Foral, Paderne, Silves; 29SNB6617; 11/05/96; 110 m. Corruda-maior; espargo-bravo-maior
Nanofanerfito rizomatoso, indiferente edfico, bastante comum no Barrocal, caracterstico dos machiais e bosques termfilos; Reg.
Med.; Asparago-Rhamnion oleoidis; Quadros III/LXIV; III/LXXII; III/LXXIII; III/LXXIV; III/LXXV; III/LXXVI.
Asphodelus albus subsp. villarsii (Verlot ex Billot) I. B. K Richardson & Smythies LILIACEAE
Amendoeira, Loul; 29SNB9215; 05/04/93; 220 m. Abrtea
Gefito rizomatoso, basfilo, pouco frequente na rea estudada, que vive em clareiras de matos sobre solos margosos; Reg. Eurosib.;
Reg. Med.; Lygeo sparti-Stipetea tenacissimae; Quadro III/LXX.
Planta nova para Portugal.
A FLORA
56 Astragalus echinatus Murray FABACEAE (LEGUMINOSAE)
Corte do Neto, Querena, Loul; 29SNB8619; 10/05/93; 180 m.
Terfito calccola muito comum, particularmente em stios secos, sobre solos margosos, em arrelvados e tomilhais; Reg. Med.; Poo
bulbosae-Astragalion sesamei; Quadros III/XXXVII; III/XLIX; III/LIII; III/LIV.
A FLORA
Bartsia aspera (Brot.) Lange SCROPHULARIACEAE 57
Cerro da Bemposta, Machados, S. Brs de Alportel; 29SNB9809; 22/05/93; 140 m.
Nanofanerfito pouco frequente, caracterstico das orlas de bosques e machiais, sobre solos margosos; Gaditano-Onubense;
(Endemismo Ibrico ); Origanion virentis; Quadros III/XLIV; III/XLVIII; III/LXII; III/LXIII.
Fig. II/1.3 - Distribuio virtual de Avenella Fig. II/1.4 - Distribuio virtual de Bartsia aspera
stricta (Hack.) P. Silva. (Brot.) Lange.
A FLORA
58 Bidens aurea (Aiton) Sherff ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Benafim Grande, Loul; 29SNB7820; 08/11/94; 240 m. Ch-de-marrocos
Proto-Hemicriptfito naturalizado, originrio da Amrica Central, pouco comum, que vive em locais hmidos e nitrificados de algumas
linhas de drenagem; Neotrop.
Blackstonia perfoliata subsp. imperfoliata (L. fil.) Franco & Rocha Afonso GENTIANACEAE
Malho, Paderne, Albufeira; 29SNB7212; 19/05/94; 150 m. Centaurea-menor-perfolhada
Terfito frequente, prprio dos arrelvados e clareiras de matos, temporariamente inundados. W. Reg. Med.; Holoschoenetalia vulgaris.
Brachypodium phoenicoides (L.) Roemer & Schultes var. phoenicoides POACEAE (GRAMINEAE)
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7924; 10/09/95; 300 m.
Hemicriptfito comum, sobretudo em arrelvados vivazes sobre solos profundos, ricos em bases. W. Reg. Med.; Brachypodietalia
phoenicoidis; Quadros III/XLI; III/XLVII; III/LXVI; III/LXVII; III/LXXVII.
Fig. II/1.6 - Distribuio virtual de Calendula Fig. II/1.7 - Distribuio virtual de Calendula
suffruticosa subsp. algarbiensis (Boiss.) Nyman. suffruticosa subsp. lusitanica (Boiss.) Ohle.
A FLORA
Campanula rapunculus L. CAMPANULACEAE 61
Cerro da Bemposta, Estoi, Faro; 29SNB9809; 19/06/93; 120 m. Rapncio; rapncio
Hemicriptfito frequente no territrio estudado, sobretudo em orlas de bosques; Atl. e Reg. Med.; Trifolio-Geranietea; Quadros III/XVI;
III/XLIV; III/XLVII; III/LVI; III/LXVI; III/LXVIII; III/LXXVII.
Carduncellus caeruleus subsp. tingitanus Rivas Goday & Rivas-Martnez ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Nave do Baro, Salir, Loul; 29SNB8419; 08/06/94; 160 m. Cardo-azul
Hemicriptfito subnitrfilo, pouco frequente no territrio estudado, que vive em arrelvados vivazes sobre solos profundos e hmidos;
Reg. Med.; Agrostietalia castellanae.
Carex acuta subsp. mauritanica (Boiss. & Reuter) Asensi & Dez Garretas CYPERACEAE
Rocha de Messines, S. B. de Messines; 29SNB6723; 04/04/97; 150 m.
Hemicriptfito pouco frequente no territrio, caracterstico das margens de ribeiros temporariamente encharcadas, sobre solos
margosos. Ibero-Maur.
Planta nova para Portugal. Podia tratar-se de Carex elata subsp. tartum. No entanto, como as espiguetas femininas apresentam
glumas linear lanceoladas, mais estreitas que o utrculo e caules muito frgeis normalmente pendentes, permitem distinguir este
endemismo dos restantes Carex Ibricos. Quadro III/XL; III/LXIX; III/LVIII.
A FLORA
62 Carex hispida Willd. CYPERACEAE
Fonte Filipe, Amendoeira, Loul; 29SNB9215; 08/04/94; 170 m.
Hemicriptfito comum nas margens dos principais cursos de gua do Barrocal; Reg. Med.; Magnocaricion elatae.
Carthamus lanatus subsp. baeticus (Boiss. & Reuter) Nyman ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Machados, S. Brs de Alportel; 29SNB9809; 26/07/93; 140 m. Cardo; sanguinho; abrolhos
Terfito ruderal, nitrfilo, comum em terrenos margosos cultivados e margens de caminhos. Ibero-Maur.; Onopordion castellani.
A FLORA
63
Fig. II/1.8- Distribuio virtual de Carex acuta subsp. Fig. II/1.9 - Distribuio virtual de Centaurea occasus
mauritanica (Boiss. & Reuter) Asensi & Dez Garretas. Fernndez Casas.
Centranthus calcitrapae
var. trichocarpus (I. B. K. Richardson) O. Bols & Vigo VALERIANACEAE
S. Miguel, Moncarapacho, Olho; 29SPB0406; 12/04/94; 400 m.
Terfito subnitrfilo, muito comum, sobretudo em locais de maior insolao; Reg. Med.; Cardamino-Geranietea purpurei.
A FLORA
64 Cephalanthera longifolia (L.) Fritsch ORCHIDACEAE
Ribeira das Mercs, S. Romo, S Brs de Alportel; 29SNB9415; 22/03/94; 210 m.
Gefito rizomatoso comum nos carvalhais de Quercus broteroi; Reg. Eurosib. e Reg. Med.; Querco-Fagetea; Quadros III/LXX; III/LXXI.
A FLORA
Cheilanthes acrostica (Balbis) Tod. SINOPTERIDACEAE 65
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7923; 31/10/94; 470 m.
Hemicriptfito rizomatoso, pouco frequente no territrio, caracterstico das fendas das rochas calcrias; Regio Med. e Reg. Irano-
Turaniana; Asplenietea trichomanes; Quadro III/XVII.
A FLORA
66 Cichorium intybus L. ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Cerro da Bemposta, Estoi, Faro; 29SNB9809; 26/07/93; 120 m. Almeiro; chicria-de-caf
Hemicriptfito ruderal, nitrfilo, muito frequente em terras cultivadas e incultos; Reg. Eurosib. e Reg. Med.; Onopordenea acanthii.;
Quadros III/XXV; III/XXXII.
Cistus x hybridus nothosubsp. grandiflorus (Pau) M.B. Crespo & Mateo CISTACEAE
(Cistus populifolius subsp. major x Cistus salviifolius)
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7823; 01/06/94; 450 m.
Nanofanerfito muito raro no territrio, que vive em matos termfilos; W. Reg. Med.; Cisto-Lavanduletea.
A FLORA
Clinopodium vulgare subsp. arundanum (Boiss.) Nyman LAMIACEAE (LABIATAE) 67
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7923; 11/05/94; 360 m.
Proto-Hemicriptfito pouco abundante na superfcie estudada, que vive nas orlas de bosques, sobre substratos calcrios descarbonatados;
Reg. Med.; Trifolio-Geranietea sanguinei.
A FLORA
68 Coronilla juncea L. FABACEAE (LEGUMINOSAE)
Fonte Filipe, Amendoeira, Loul; 29SNB9115; 01/05/93; 180 m
Camfito lenhoso pouco frequente no territrio, caracterstico de formaes arbustivas que vivem em stios secos; Reg. Med.; Pistacio-
Rhamnetalia alaterni; Quadro III/LXII; III/LXXI.
Corrigiola littoralis subsp. perez-larae Chaudhri Muoz Garmendia & Pedrol CARYOPHYLLACEAE
Lagoa da Nave, Nave de Baro, Salir, Loul; 29SNB8419; 08/06/94; 150 m. Correjola
Hemicriptfito raro no territrio, caracterstico de solos franco-limosos, temporariamente encharcados; W. Reg. Med.; Isoeto-
Nanojuncetea; Quadros III/X; III/XIV.
Cortaderia selloana (Schultes & Schultes fil.) Ascherson & Graebner POACEAE (GRAMINEAE)
Ribeira dos Moinhos, Salir; 29SNB8521; 11/09/96; 180 m.
Hemicriptfito naturalizado, oriundo da Amrica do Sul, frequentemente cultivado, aparece, por vezes, como subespontneo nas
proximidades das habitaes.
A FLORA
Cuscuta planiflora Ten. CONVOLVULACEAE 69
Nave do Baro, Salir, Loul; 29SNB8320; 08/06/94; 220 m.
Terfito muito frequente no territrio, parasitando normalmente Thymbra capitata e Fumana spp.; Reg. Med.; Quadros III/VIII; III/XLII;
III/XLVI; III/XLVIII.
A FLORA
70 Cytinus ruber (Fourr.) Komarov RAFFLESIACEAE
Cerro da Bemposta, Estoi, Faro; 29SNB9809; 14/04/94; 140 m. Ptegas
Holoparasita pouco frequente, que vive em solos argilosos calcrios, descarbonatados, parasitando Cistus albidus; Ibero-Maur.;
Rosmarinetalia officinalis.
Dactylis hispanica subsp. lusitanica (Stebbins & Zohary) Rivas Martnez & Izco POACEAE (GRAMINEAE)
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7923; 06/05/93; 460 m. Panasco
Hemicriptfito, subnitrfilo, muito frequente no territrio, sobretudo em arrelvados vivazes submetidos a pastoreio, mais ou menos
intenso; Reg. Med.; Stipo-Agrostietea castellanae; Quadros III/XXIV; III/XXVI; III/XXXIII; III/XXXV; III/XLIV; III/XLV; III/XLVI; III/XLVII; III/XLVIII;
III/L; III/LII; III/LIII; III/LIV; III/LXI; III/LXXIII.
A FLORA
Digitaria sanguinalis (L.) Scop. POACEAE (GRAMINEAE) 71
Ribeira Menaval, Querena, Loul; 29SNB8817; 29/08/96; 130 m. Milh-digitada
Terfito muito comum no territrio estudado, especialmente em cultivos de regadio; Cosmop; Polygono-Chenopodion polyspermi;
Quadro III/XXX.
Dittrichia viscosa subsp. revoluta (Hoffmanns & Link) Pinto da Silva & Tutin ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Fonte Benmola, Querena, Loul; 29SNB8817; 11/11/94; 140 m. Tveda; tgueda
Camfito lenhoso, ruderal, muito abundante no territrio, sobretudo em bermas de estradas e caminhos; Endmico do sector
algarviense; Bromo-Oryzopsion miliacei; Quadros III/XI; III/XXIV; III/XXV; III/XXVI; III/XXIX; III/XLIV; III/XLVII; III/LIII; III/LVI; III/LVII; III/LVIII;
III/LIX; III/LX; III/LXII; III/LXIV; III/LXVII.
Fig. II/1.10 - Distribuio virtual de Dittrichia viscosa Fig. II/1.11 - Distribuio virtual de Doronicum
subsp. revoluta (Hoffmanns & Link) Pinto da Silva & plantagineum subsp. tournefortii (Rouy) Coutinho.
Tutin.
A FLORA
72 Echinaria capitata (L.) Desf POACEAE (GRAMINEAE)
Campina de Baixo, Loul; 29SNB8309; 11/03/95; 60 m.
Terfito muito raro no territrio estudado, tendo sido observado apenas numa s estao, em arrelvados anuais, sobre solos argilosos
calcrios, mais ou menos pedregosos; Reg. Med.; Brachypodietalia distachyi.
Fig. II/1.12 - Distribuio virtual de Echium boissieri Fig. II/1.13 - Distribuio virtual de Epipactis
Steudel. lusitanica Tyteca.
A FLORA
Elaeoselinum tenuifolium (Lag.) Lange APIACEAE (UMBELLIFERAE) 73
S. Miguel; Moncarapacho, Olho; 29SPB0306; 09/06/93; 400 m.
Hemicriptfito, basfilo, termfilo, muito frequente em stios secos e insolados, sobretudo em solos pedregosos e afloramentos
rochosos; W. Reg. Med.; Phagnalo saxatilis-Rumicetalia indurati; Quadros III/XXIII; III/LII; III/LXI; III/LXXIV; III/LXXV.
A FLORA
74 Erodium botrys (Cav.) Bertol GERANIACEAE
Cerro do Guilhim, Estoi, Faro; 29SNB9606; 23/08/96; 80 m. Relgios
Terfito, ruderal, arvense e nitrfilo, muito frequente em bermas de estradas e caminhos; Lated. Med.; Poetalia bulbosae;
A FLORA
Euphorbia characias L. EUPHORBIACEAE 75
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB8023; 13/04/95; 460 m. Trovisco-macho; maleiteira-maior
Camfito raro, no territrio estudado, que apenas ocorre na encosta norte da Rocha da Pena, em stios sombreados, sobre rochas
calcrias; W. Reg. Med.; Pistacio-Rhamnetalia.
A FLORA
76 Euphorbia serrata L. EUPHORBIACEAE
Morgado de Apra, Fonte da Murta, S, Brs de Alportel; 29SNB9312; 04/04/95; 240 m.
Camfito comum no territrio, particularmente em cultivos e solos removidos; W. Reg. Med.; Stellarietea mediae; Quadro III/XXV.
A FLORA
Filago pyramidata L. ASTERACEAE (COMPOSITAE) 77
Cerro do Guilhim, Estoi, Faro; 29SNB9507; 28/04/93; 200 m. Erva-dos-ninhos
Terfito, ruderal, muito comum no territrio em arrelvados e terrenos cultivados, sobre solos calcrios descarbonatados; Latem. (Reg.
Med.; Stellarietea mediae); Quadros III/XLVI; III/XLIX.
A FLORA
78 Fumaria sepium Boiss. & Reuter PAPAVERACEAE
Amendoeira, Loul; 29SNB9214; 03/04/95; 280 m. Fumaria-das-sebes
Terfito escionitrfilo, comum no territrio, sobretudo em sebes e bermas de caminhos, mais ou menos ensombrados; bero-
Mauritnica; (Gad.-Alg.); Geranio-Anthriscion; Quadros III/XLI; III/XLIII.
Fig. II/1.16 - Distribuio virtual de Gagea lusitanica Fig. II/1.17 - Distribuio virtual de Galium
A. Terracc. concatenatum Cosson.
A FLORA
Galium tricornutum Dandy RUBIACEAE 79
Zimbreira, S. Bartolomeu de Messines, Silves; 29SNB6121; 16/03/93; 190 m.
Terfito ruderal e arvense muito frequente em campos cultivados e incultos, particularmente nos locais secos e trmicos, sobre
substratos bsicos; Reg. Med.; Centaureetalia cyani.
Fig. II/1.19 - Aspectos morfolgicos do clice (A), do estandarte (B), da Fig. II/1.20 - Distribuio virtual de Genista
quilha (C) e da vagem (D) (adaptado de COSTA, op. cit.). hirsuta subsp. algarbiensis (Brot.) Rivas-
1 - Genista hirsuta subsp. hirsuta Martnez, T. E. Daz & F. Fernndez-Gonzlez
2 - Genista hirsuta subsp. algarbiensis
A FLORA
80 Genista triacanthos Brot. FABACEAE (LEGUMINOSAE)
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7924; 01/06/94; 350 m. Tojo-molar
Nanofanerfito escasso no territrio que apenas foi observado somente em duas estaes, sobre solos cidos; Med.-Ibero-Atl.; Ericion
umbellatae.
A FLORA
Glossopappus macrotus (Durieu) Briq. 81
ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Cabea Gorda; Alte; Loul; 29SNB7516; 15/04/93; 240 m.
Terfito muito abundante no territrio, particularmente em terrenos
cultivados e clareiras de matos, sobre substrato bsico; bero-Mauritnico;
Cerintho-Fedion cornucopiae; Quadros III/XXXIV; III/XLVII.
A FLORA
82 Helianthemum cinereum subsp. rotundifolium (Dunal) Greuter CISTACEAE
Castelo, Paderne, Albufeira; 29SNB7112; 11/05/96; 140 m.
Camfito prostrado, com caules divaricados, muito raro no territrio, caracterstico de stios secos e trmicos, em tomilhais, sobre
solos calcrios margosos; Reg. Med.; Rosmarinetalia; Quadro III/XVII; III/LXIII.
Planta nova para Portugal.
A FLORA
Hordeum hystrix Roth POACEAE (GRAMINEAE) 83
Nave do Baro, Salir, Loul; 29SNB8320; 08/06/94; 220 m. Cevada martima
Terfito ruderal e subnitrfilo, indiferente edfico, frequente em locais hmidos e nitrificados, em arrelvados e bermas de caminhos;
Cosmop.; Plantaginetalia majoris; Quadros III/VIII; III/IX; III/LV.
A FLORA
84 Hypericum undulatum Schousb. ex Willd. CLUSIACEAE (GUTTIFERAE)
Ribeira da Fonte Menaval, Querena, Loul; 29SNB8818; 15/09/95; 140 m.
Hemicriptfito pouco comum, caracterstico de locais hmidos e margens de cursos de gua; Atl. e Med. Iberoatl.; Juncion acutiflori;
Quadro III/XVI.
A FLORA
Isoetes velatum A. Braun. ISOETACEAE 85
Nave do Baro, Salir, Loul; 29SNB8419; 08/06/94; 150 m.
Hemicriptfito de caule curto e tuberoso, que vive em depresses, temporariamente encharcadas, formando colnias e mesmo
prados nos anos mais chuvosos, sobre solos calcrios descarbonatados com textura franco-argiloso W. Reg. Med.; Menthion cervinae;
Quadros III/V; III/VII; III/VIII; III/XV.
A FLORA
86 Juncus inflexus L. JUNCACEAE
Quinta do Freixo, Salir, Loul; 29SNB7824; 22/09/95; 260 m. Junco-desmedulado
Hemicriptfito cespitoso, pouco frequente no territrio, caracterstico de juncais higrfilos, sobre solos profundos, argilosos, mais ou
menos pisados; Cosmop.; Mentho-Juncion inflexi; Quadros III/LV; III/LVII; III/LVIII.
A FLORA
Lagurus ovatus L. POACEAE (GRAMINEAE) 87
Ribeira Menaval, Querena, Loul; 29SNB8817; 02/05/93; 125 m. Rabo-de-lebre
Terfito pouco comum, no territrio estudado, prprio de arrelvados anuais, sobre solos calcrios de textura franco - argilosa; Cosmop.
Thero-Brometalia; Quadros III/XIX; III/XLI.
A FLORA
88 Lathyrus tingitanus L. FABACEAE (LEGUMINOSAE)
Messines de Cima, S. Bartolomeu de Messines, Silves; 29SNB6822; 28/04/95; 260 m. Chicharro-dos-aores
Terfito comum no territrio, particularmente em sebes e orlas herbceas de bosques e machiais; W. Reg. Med.; Origanion virentis.
Fig. II/1.24 - Distribuio virtual de Lavatera olbia Fig. II/1.25 - Distribuio virtual de Lavatera triloba L.
var. hispida (Desf.) Gren. & Godr.
A FLORA
Lemna minor L. LEMNACEAE 89
Rio Seco, Estoi, Faro; 29SNB9709; 19/06/93; 110 m. Lentilhas-de-guas-menores
Hidrfito pouco frequente no territrio, apenas conhecido nas guas estancadas e eutrficas do Rio Seco. Cosmop.; Lemnetalia;
Quadro III/II.
A FLORA
90 Linum strictum var. spicatum Pers. LINACEAE
Amendoeira, Querena, Loul; 29SNB9115; 30/05/93; 220 m.
Terfito frequente nos incultos, em arrelvados e clareiras de matos, sobre substrato calcrio; Reg. Med.; Brachypodietalia distachyi.
A FLORA
Lotus conimbricensis Brot. FABACEAE (LEGUMINOSAE) 91
Nave do Baro, Salir, Loul; 29SNB8419; 08/06/94; 160 m.
Terfito pouco comum, no territrio, que vive em arrelvados, sobre solos, mais ou menos hmidos.; Reg. Med.; Trachynietalia
distachyae; Quadro III/XV.
A FLORA
92 Magydaris panacifolia (Vahl)Lange APIACEAE (UMBELLIFERAE)
Estiramantens, Moncarapacho, Olho; 29SPB1007; 21/06/96; 50 m.
Hemicriptfito comum em clareiras de matos, incultos e bermas de caminhos, sobre solos calcrios; W. Reg. Med.; Galio aparines-
Alliarietalia petiolatae; Quadros III/LXXIII; III/LXXVI.
Medicago polymorpha subsp. microcarpa (Urb.) Bols, Vigo, Masalles & Ninot FABACEAE (LEGUMINOSAE)
S. Romo, S. Brs de Alportel; 29SNB9414; 23/04/93; 340 m.
Terfito ruderal comum em campos cultivados e incultos, em arrelvados; Reg. Eurosib. e Reg. Med.; Sisymbrietalia officinalis.
A FLORA
Medicago truncatula Gaertner FABACEAE (LEGUMINOSAE) 93
Barranco da Moura, Malho, Paderne, Albufeira; 29SNB7212; 12/04/94; 80 m.
Terfito ruderal muito abundante no territrio, em terrenos cultivados, incultos e margens de caminhos, em arrelvados secos; Reg.
Med.; Thero-Brometalia; Quadros III/XXXVI; III/XLV; III/XLIX; III/LIII.
Melica ciliata subsp. magnolii (Gren. & Godron) K. Richt. POACEAE (GRAMINEAE)
Cerro da Bemposta, Estoi, Faro; 29SNB9708; 31/05/93; 160 m.
Hemicriptfito comum no territrio, sobretudo em stios secos, em arrelvados e clareiras de matos, sobre solos calcrios pedregosos.
W. Reg. Med.; Brachypodietalia phoenicoidis; Quadro III/XIX.
A FLORA
94 Misopates orontium (L.) Rafin. var. orontium SCROPHULARIACEAE
Mesquita, Aldeia da Tr, Loul; 29SNB8618; 24/05/96; 290 m. Focinho-de-rato
Terfito ruderal, indiferente edfico, muito comum em terrenos cultivados e bermas de caminhos; Reg. Eurosib. e Reg. Med.; Solano-
Polygonetalia convolvuli; Quadros III/XXXII; III/XXXV; III/L.
A FLORA
95
Fig. II/1.27 - Distribuio virtual de Narcissus calcicola Fig. II/1.28 - Distribuio virtual de Narcissus gaditanus
Mendona. Boiss. & Reuter.
Fig. II/1.29 - Distribuio virtual de Narcissus Fig. II/1.30 - Distribuio virtual de Narcissus willkommii
obesus Salisb. (Samp.) A. Fernandes.
A FLORA
96 Narcissus willkommii (Samp.) A. Fernandes AMARYLLIDACEAE
Ribeira de Quarteira, Paderne, Albufeira; 29SNB7210; 04/04/96; 30 m. Narciso
Gefito rarssimo, exclusivo do Barrocal algarvio, muito localizado, que vive em stios temporariamente encharcados, sobre solos
calcrios com textura franco-limosa, Algarv.; Agrostion castellanae; Quadro III/LVI.
A FLORA
Ononis minutissima L. FABACEAE (LEGUMINOSAE) 97
Rio Seco, Estoi, Faro; 29SNB9708; 22/05/94; 90 m.
Terfito muito frequente em incultos, bermas de caminhos e margens de campos cultivados, sobre solos calcrios pedregosos; Reg.
Med.; Rosmarinetalia officinalis.
A FLORA
98 Ophrys dyris Maire ORCHIDACEAE
Fonte Filipe, Amendoeira, Loul; 29SNB9215; 04/04/95; 180 m. Moscardo-fusco
Gefito tuberoso muito frequente no territrio, sobretudo em arrelvados e clareiras de matos, sobre substratos calcrios secos a
frescos. Iber.-Atl.; Lygeo-Stipetalia.
A FLORA
Orchis italica Poiret ORCHIDACEAE 99
Fonte Filipe, Amendoeira, Querena, Loul; 29SNB9215; 170 m. Flor-dos-macaquinhos pendurados
Gefito tuberoso muito abundante em arrelvados, clareiras de matos e tomilhais, sobre substratos bsicos secos e pedregosos; Reg.
Med.; Brachypodietalia phoenicoidis; Quadro III/XLVIII.
A FLORA
100 Orobanche amethystea Thuill. OROBANCHACEAE
Estevais de Moiros, Alte, Loul; 29SNB7318; 03/05/96; 100 m.
Gefito epiftico de vrias plantas, relativamente frequente no territrio, sobretudo em terrenos incultos; Reg. Eurosib. e Reg. Med.
A FLORA
Panicum repens L. POACEAE (GRAMINEAE) 101
Ribeira Menaval, Querena, Loul; 29SNB8818; 03/09/96; 130 m. Escalracho
Hemicriptfito, termfilo, muito abundante em arrelvados hmidos, sobre solos eutrficos hmidos; Paleotrop.; Tamaricetalia; Quadros
III/XXX; III/LVIII; III/LIX; III/LXV.
A FLORA
102 Petrorhagia nanteuilii (Burnat) P.W. Ball & Heywood CARYOPHYLLACEAE
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB8023; 04/06/93; 465 m.
Terfito muito abundante em arrelvados e clareiras de matos, sobre substratos bsicos. Atl. e Reg. Med.; Helianthemetea guttatae;
Quadros III/XLIII; III/XLVI; III/XLIX; III/LIII.
A FLORA
Phlomis purpurea L. LAMIACEAE (LABIATAE) 103
Cavaco, Pro Gil, Tavira; 29SPB1911; 09/02/94; 50 m. Marioila
Nanofanerfito muito abundante no territrio, especialmente em matos, sobre solos calcrios descarbonatados. Ibrico.; Asparago-
Rhamnion oleoidis; Quadros III/XXIV; III/XXVI; III/XXXVII; III/XLIV; III/XLVII; III/LII; III/LIII; III/LXI; III/LXII; III/LXX; III/LXXI; III/LXXII; III/LXXIII;
III/LXXIV; III/LXXV; III/LXXVI; III/LXXVII.
A FLORA
104 Pistacia terebinthus L. ANACARDIACEAE
Cerro da Zorra, Amendoeira, Loul; 29SNB9115; 21/04/93; 280 m. Cornalheira; terebinto
Microfanerfito muito frequente em machiais e bosques esclerfilos, particularmente sobre stios rochosos; Reg. . Med.; Pistacio-
Rhamnetalia alaterni; Quadros III/LXI; III/LXVI; III/LXX; III/LXXI; III/LXXIII; III/LXXIV; III/LXXV; III/LXXVI; III/LXXVII.
A FLORA
Poa bulbosa L. POACEAE (GRAMINEAE) 105
Fonte Filipe, Amendoeira, Loul; 29SNB9215; 03/04/96; 155 m. Erva-cebola
Hemicriptfito comum em arrelvados e clareiras de matos, submetidos a pisoteio, mais ou menos intenso; Cosmop.; Poetalia bulbosae;
Quadros III/XXXV; III/XXXVI; III/XLVI; III/XLIX.
A FLORA
106 Polypogon maritimus Willd. POACEAE (GRAMINEAE)
Ribeira Asseca, Tavira; 29SPB1412; 29/08/96; 40 m. Rabo-de-zorra-macio
Terfito ruderal e nitrfilo muito frequente em campos cultivados e outros locais removidos, sobre solos hmidos de textura arenosa;
Atl. e Reg. Med.
A FLORA
Pterospartum tridentatum (L.) Willk. FABACEAE (LEGUMINOSAE) 107
P da Cora; Paderne; Albufeira; 29SNB6713; 28/04/95; 140 m. Carqueja
Nanofanerfito escasso no territrio que apenas foi observado nas mesmas estaes da G. triacanthos, sobre solos cidos; Med.-Ibero-
Atl. Ericion umbellatae.
Fig. II/1.35 - Distribuio virtual de Quercus Fig. II/1.34 - Distribuio virtual de Quercus faginea
canariensis Willd. subsp. (Coutinho) A. Camus.
A FLORA
108 Quercus x jahandiezii A. Camus FAGACEAE
(Q. canariensis x. faginea subsp. alpestris) Carvalho
Ribeira das Mercs, S. Romo, S. Brs Alportel; 29SNB9415; 13/04/94; 240 m.
Mesofanerfito muito raro que vive em bosques e margens de cursos de gua, sobre solos calcrios descarbonatados; Iber-Maur.;
Quercetalia ilicis; Quadros III/LXX; III/LXXI; III/LXXIII.
Quercus x jahandiezii A. Camus nothosubsp. viciosi Senz de Rivas & Rivas-Martnez FAGACEAE
(Q. canariensis x Q. faginea subsp. faginea) Carvalho
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7923; 05/06/94; 460 m.
Mesofanerfito tambm muito raro que vive em bosques marcescentes, sobre solos calcrios descarbonatados; Iber.-Maur.; Quercetalia ilicis.
A FLORA
Ranunculus parviflorus L. RANUNCULACEAE 109
Peral, Moncarapacho, Olho; 29SPB0410; 12/04/95; 170 m. Ranunculo-de-flor-pequena
Terfito, indiferente edfico, muito comum em arrelvados hmidos; Atl. e Reg. Med.; Cardamino-Geranietea purpurei.
Rapistrum rugosum subsp. linnaeanum (Boiss. & Reuter) Rouy BRASSICACEAE (CRUCIFERAE)
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7923; 08/05/94; 340 m. Aneixa
Terfito ruderal e arvense frequente no territrio, em terrenos cultivados; Reg. Med.; Centaureetalia cyani; Quadro III/XXXIX.
Rhagadiolus stellatus subsp. edulis (Gaertn.) O. Bols & Vigo ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7923; 08/05/94; 340 m.
Terfito ruderal e arvense muito comum em campos cultivados, sobretudo em solos bsicos, hmidos e algo nitrificados; Reg. Med.;
Geranio-Cardaminetalia; Quadro III/XLI.
A FLORA
110 Rhamnus oleoides (L.) Jahandiez & Maire RHAMNACEAE
Cerro do Guilhim, Estoi, Faro; 29SNB9407; 01/05/93; 240 m. Espinheiro-preto
Nanofanerfito indiferente edfico muito frequente em matos e machiais; Reg. Med.; Asparago-Rhamnion oleoidis; Quadros III/LII;
III/LIII; III/LIV; III/LXI; III/LXII; III/LXIII; III/LXX; III/LXXI; III/LXXIII; III/LXXIV; III/LXXV; III/LXXVI; III/LXXVII.
A FLORA
Rumex australis (Willk.) A. Fernandes POLYGONACEAE 111
Arrotea, S. Brs de Alportel; 29SNB9613; 04/04/94; 300 m. Azedinhas
Hemicriptfito comum em arrelvados e clareiras de matos, sobre solos calcrios descarbonatados; Atl. e Reg. Med.; Thero-
Brometalia.
A FLORA
112 Ruta montana (L.) L. RUTACEAE
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB8024; 26/06/96; 340 m. Arrudo
Camfito sufruticoso, subnitrfilo, muito comum em stios trmicos e secos, em arrelvados e clareiras de matos, sobre solos calcrios,
pedregosos, descarbonatados; Reg. Med.; Cisto-Lavanduletea; Quadro III/XXXV.
A FLORA
Sambucus nigra L. CAPRIFOLIACEAE 113
Quinta do Freixo, Salir, Loul; 29SNB7724; 26/08/96; 260 m. Sabugueiro
Microfanerfito muito raro no territrio, caracterstico de margens de cursos de gua temporrios, sobre solos hmidos e algo
nitrificados; Lateeurosib.; Rhamno-Prunetea.
Sanguisorba minor subsp. spachiana (Cosson) Muoz Garmendia & Pedrol ROSACEAE
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7924; 18/04/95; 410 m. Pimpinela
Hemicriptfito muito frequente em cascalheiras e fendas de rochas calcrias; Reg. Med.; Phagnalo-Rumicetalia indurati; Quadros
III/XXIII; III/XXXIV; III/XLIV; III/XLVII; III/LXXVII.
Sanguisorba minor subsp. multicaulis (Boiss & Reuter) A. Br. & Bouchet ROSACEAE
Cerro da Cabea, Moncarapacho, Olho; 29SPB0807; 02/01/95; 220 m. Pimpinela
Hemicriptfito comum em stios secos e trmicos, sobre substrato calcrio; Ibero-Atl.; Festuco-Brometea; Quadros III/LIII; III/LIV; III/
LXIII.
A FLORA
114 Scabiosa semipapposa Salzm. ex DC. DIPSACACEAE
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7923; 20/06/94; 450 m.
Terfito subnitrfilo, muito comum em stios secos e trmicos, em arrelvados e clareiras de matos, sobre solos margosos; Ibero-
Mauritnico e Med.; Thero-Brometalia; Quadros III/XLVI; III/L; III/LIV.
A FLORA
Scolymus maculatus L. ASTERACEAE (COMPOSITAE) 115
Vrzea de Beneciate; S. Bartolomeu de Messines; Silves; 29SNB6120; 20/08/96; 80 m. Esclimo-malhado
Hemicriptfito ruderal e nitrfilo muito abundante, nos finais da Primavera e Vero, em terrenos cultivados, bermas de caminhos e
entulhos, sobre substrato bsico; Reg. Med.; Onopordion castellani; Quadros III/XXV; III/XXVIII.
A FLORA
116 Selaginella denticulata (L.) Link SELAGINELLACEAE
Ribeira Menaval, Querena; Loul; 29SNB8818; 25/04/93; 150 m. Selaginela
Hemicriptfito rastejante muito comum em locais sombrios, permanentemente hmidos; Reg. Med.; Anomodonto-Polypodietalia;
Quadros III/XXI; III/XXII; III/XXXVII; III/LXXVII.
Serratula baetica subsp. lusitanica var. sampaiana (Cant) Cant ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Malho, Estoi, Faro; 29SNB9808; 10/05/95; 300 m.
Hemicriptfito muito frequente, no territrio, com ecologia muito semelhante ao taxon anterior. Lusit.; Brachypodion phoenicoidis;
Quadros III/XLVIII; III/LXII; III/LXIII.
Serratula flavescens subsp. leucantha var. neglecta (Iljin) Cant ASTERACEAE (COMPOSITAE)
S. Miguel, Moncarapacho, Olho; 29SPB0306; 12/04/94; 380 m.
Hemicriptfito muito abundante em clareiras de matos e carrascais, sobre solos calcrios. Ibrico; Eryngio-Ulicion erinacei; Quadro
III/LXXVII.
A FLORA
117
Fig. II/1.39 - Distribuio virtual de Serratula baetica Fig. II/1.40 - Distribuio virtual de Serratula flavescens
subsp. lusitanica var. lusitanica Cant e Serratula subsp. leucantha var. neglecta (Iljin) Cant.
baetica subsp. lusitanica var. sampaiana (Cant)
Cant.
Fig. II/1.41 - Distribuio virtual de Serratula monardii Fig. II/1.42 - Distribuio virtual de Sideritis arborescens
var. algarbiensis Cant. subsp. lusitanica (Font Quer) Rivas-Martnez, T.E. Daz &
Fernndez-Gonzlez.
A FLORA
118 Sideritis arborescens subsp. lusitanica (Font Quer) LAMIACEAE (LABIATAE)
Rivas-Martnez, T.E. Daz & Fernndez-Gonzlez
Malho, Estoi, Faro; 29SNB9808; 10/05/95; 300 m.
Camfito lenhoso, calccola, muito comum em tomilhais e matos xerofticos, sobre solos margosos; Lusit., (Barrocal algarvio); Eryngio-
Ulicion erinacei; Quadros III/LXII; III/LXIII; III/LXXVII.
Apesar de OBN DE CASTRO & RIVERA NUNEZ (1994) descreverem a subespcie. taviroana, mantemos a subespcie lusitanica porque
o nome vlido, uma vez que foi publicada em 18 de Maio de 1990, enquanto que a subsp. taviroana apenas aparece publicada em
Outubro de 1990 (Anales del Jardin Botanico de Madrid; 47, 2 Vol.)
Sideritis romana var. lazae Socorro, Trrega & Zafra LAMIACEAE (LABIATAE)
Cerro do Guilhim, Estoi, Faro; 29SNB9606 ; 28/04/93; 80 m.
Terfito ruderal, arvense e nitrfilo muito abundante no territrio com ecologia semelhante ao taxon anterior; Reg. Med.; Brachypodietalia
distachyi.
A FLORA
Sinapis alba L. BRASSICACEAE (CRUCIFERAE) 119
Machados, S. Brs de Alportel; 29SNB9811; 01/04/93; 160 m. Mostarda-branca
Terfito ruderal, arvense e nitrfilo comum em campos cultivados, sobretudo em solos removidos; Reg. Med. e Reg. Iran.; Stellarietea
mediae; Quadros III/XXXIV; III/XXXIX.
A FLORA
120 Sonchus tenerrimus L. ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Cabeo da Cmara, Loul; 29SNB8208; 11/03/95; 120 m.
Terfito comum em muros e fendas de rochas calcrias, mais ou menos nitrificadas; Reg. Med.; Parietarietalia; Quadros III/XIX; III/XLII;
III/LIII.
Stachys germanica subsp. lusitanica (Hoffmanns. & Link) Coutinho LAMIACEAE (LABIATAE)
Ribeira S. Loureno, Almansil, Loul; 29SNB8707; 23/04/93; 90 m.
Hemicriptfito, subnitrfilo, muito frequente em stios hmidos e sombrios, sobre solos calcrios que orlam bosques e machiais
mesofticos; Ibero-Mauritnico; Stachyo-Cheirolophenion sempervirentis; Quadros III/XXIV; III/XXVI; III/XL; III/XLII; III/XLIV; III/XLVII; III/
LIII.
A FLORA
Stipa bromoides (L.) Drfler POACEAE (GRAMINEAE) 121
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB8023; 03/07/95; 340 m.
Hemicriptfito raro no territrio, apenas conhecido numa s estao, em stios secos e ridos, em arrelvados termfilos, sobre solos
calcrios pedregosos; Reg. Med.; Brachypodietalia phoenicoidis.
Fig. II/1.43 - Distribuio virtual de Teucrium Fig. II/1.44 - Distribuio virtual de Teucrium
algarbiense (Coutinho) Coutinho. lusitanicum Schreber.
A FLORA
122 Teucrium haenseleri Boiss. LAMIACEAE (LABIATAE)
Cerro da Cabea, Moncarapacho, Olho; 29SPB0807; 02/01/95; 220 m.
Camfito lenhoso muito abundante, no territrio, em tomilhais e clareiras de matos, sobre solos calcrios descarbonatados; Luso-
Extrem.; Algarv.; Rosmarinetalia; Quadros III/LII; III/LIV; III/LXI; III/LXX; III/LXXIV; III/LXXVI.
Teucrium scordium subsp. scordioides (Schreber) Maire & Petimengin LAMIACEAE (LABIATAE)
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7824; 26/07/95; 140 m. Escrdio
Proto-Hemicriptfito comum em stios muito hmidos e sombrios dos leitos e margens de cursos de gua; Cosmop. Agrostion
stoloniferae; Quadros III/XI; III/XIV; III/LVII.
Teucrium scorodonia susp. baeticum (Boiss. & Reut.) Tutin LAMIACEAE (LABIATAE)
Rocha da Pena, Salir, Loul; 29SNB7824; 20/06/94; 300 m. Escorodnia; salva-bastarda
Proto-Hemicriptfito muito abundante no subcoberto de bosques e machiais mesofticos; Lateatl.; Querco-Oleion; Quadros III/XLIV;
III/LXXI; III/LXXVII.
A FLORA
Thymus lotocephalus LAMIACEAE (LABIATAE) 123
G. Lpez & R. Morales Erva-ursa; tomilho-cabeudo
Cerro da Zorra, Amendoeira, Loul; 29SNB9115; 21/04/93; 250 m.
Camfito lenhoso muito frequente em clareiras de matos xeroflicos
e tomilhais, sobre solos calcrios margosos, com textura franco-
argilosa. Algarv., Med.; Saturejo-Thymbrion capitatae; Quadros III/
XLVIII; III/LII; III/LXII; III/LXIII; III/LXXVI.
A FLORA
124 Trifolium campestre Schreber FABACEAE (LEGUMINOSAE)
Cabea Gorda, Loul; 29SNB8814; 15/04/93; 280 m. Trevo
Terfito, subnitrfilo, muito frequente, em arrelvados e clareiras de matos, sobre solos calcrios descarbonatados, com textura arenosa.
Reg. Eurosib. e Reg. Med.; Trachynietalia distachyae guttatae; Quadros III/IX; III/XXVII; III/XXXV; III/XXXVI; III/XXXVII; III/XLVI; III/XLIX.
A FLORA
Trifolium tomentosum L. FABACEAE (LEGUMINOSAE) 125
Cerro da Zorra, Amendoeira, Querena, Loul; 29SNB9115; 22/03/94; 220 m. Trevo tomentoso
Terfito subnitrfilo, comum em arrelvados, clareiras de matos e bermas de caminhos, sobre solos calcrios descarbonatados; Reg.
Med.; Poetalia bulbosae; Quadros III/XXXIX; III/XLIX.
A FLORA
126 Ulex argenteus FABACEAE (LEGUMINOSAE)
Welw. ex Webb.
Costa , Estoi, Faro; 29SNB9906; 20/10/95; 140 m. Tojo
Nanofanerfito muito abundante no territrio, particularmente em
matos e tomilhais, sobre solos calcrios margosos; Eryngio-Ulicion
erinacei - Saturejo-Thymbrion capitatae; Quadros III/XLIV; III/LII; III/
LXII; III/LXIII; III/LXX; III/LXXI; III/LXXIII; III/LXXVI; III/LXXVII.
A FLORA
Valeriana tuberosa L. VALERIANACEAE 127
Cruz Assomada, Loul; 29SNB8614; 24/03/93; 250 m.
Hemicriptfito muito comum em arrelvados e clareiras de matos, sobre solos hmidos e profundos, de natureza calcria; Reg. Med.
A FLORA
128 Vicia disperma DC. FABACEAE (LEGUMINOSAE)
Rocha da Pena, Salir; Loul; 29SNB7824; 26/08/96; 300 m.
Terfito ruderal, arvense, virio e subnitrfilo muito frequente em terrenos cultivados, sebes e margens de caminhos; Reg. Med.;
Helianthemetea guttatae; Quadros III/XLVII; III/LIII.
Vicia sativa subsp. cordata (Wulfen) Ascherson & Graebner FABACEAE (LEGUMINOSAE)
Campina de Baixo, Loul; 29SNB8409; 18/05/94; 70 m.
Terfito, ruderal e subnitrfilo, muito frequente em terrenos cultivados, sebes e margens de caminhos; Reg. Med.; Stellarietea
mediae.
A FLORA
Vulpia bromoides (L.) S. F. Gray POACEAE (GRAMINEAE) 129
Nave do Baro, Salir, Loul; 29SNB8419; 28/03/94; 160 m.
Terfito muito raro, no territrio estudado, que vive em campos incultos e clareiras de mato, sobre solos calcrios descarbonatados,
com textura franco-argilosa; Latemed.; Trachynietalia distachyae; Quadros III/XXXV; III/XXXVI; III/XLIX.
Xanthium strumarium subsp. cavanillesii (Schouw) D. Love & P. Dansereau ASTERACEAE (COMPOSITAE)
Asseca, Tavira; 29SPB1412; 27/09/95; 50 m. Bardana-menor
Terfito ruderal e nitrfilo, introduzido, provavelmente de origem americana, muito abundante em stios hmidos e nitrificados, em
comunidades estivo - outonais. Neotrop.; Solano-Polygonetalia convolvuli; Quadro III/XXX.
A FLORA
130
2.2 - ESPECTROS BIOLGICO E FITOGEOGRFICO
Apesar de havermos indicado o tipo biolgico e a distribuio fitogeogrfica no elenco apresentado, sistematizamos em
forma grfica a informao obtida a fim de destacar alguns elementos mais relevantes.
Assim, a apreciao do grfico das Fig.II/2.1 e II/2.2 permite pr em evidncia a elevada diversidade florstica do
Barrocal. Embora esta paisagem seja dominada por arbustos e algumas rvores, a sua variedade relativamente baixa,
correspondendo a maior diversidade s plantas herbceas (terfitos, criptfitos e hemicriptfitos), que ultrapassam os
80% do total da flora da rea estudada.
Entre a mais de uma centena de famlias existentes no territrio, destaque-se o domnio das compostas, leguminosas e
gramneas que no seu conjunto representam cerca de 30% do total da flora local.
Para a elevada diversidade florstica no alheia, entre muitos factores ecolgicos, a posio geogrfica e o clima do
territrio. Neste sentido, evidenciando o domnio do carcter mediterrneo destas superfcies, est a presena de um
importante grupo de plantas mediterrneas que atingem os 55% (Fig. II/2.2) do total da flora presente.
Reforando ainda a forte expresso mediterrnea est a presena de um conjunto de espcies Ibero-Mauritnicas, com
cerca de 5%.
Contudo, face proximidade do Oceano, a expresso atlntica e atlntico-mediterrnea nos territrios algarvios notria
atravs da existncia de um grupo considervel de espcies que representa cerca de 20%.
O carcter endmico tambm significativo no Barrocal, atingindo os 3% da flora local, destacando-se algumas espcies
que so mesmo exclusivas da rea estudada. Apenas a ttulo de exemplo, cite-se a presena, entre outras, de Centaurea
occasus, Narcissus willkommii e Plantago algarbiensis.
Fig. II/2.2 Participao, em percentagem, dos distintos elementos fitogeogrficos da flora do Barrocal.
A FLORA
131
2.3 - CONSIDERAES SOBRE A FLORA PRESENTE
O catlogo florstico apresentado permite-nos, actualmente, ter uma viso global e mais completa da flora do Barrocal,
proporcionando e justificando algumas consideraes sobre os taxa com particular interesse, seja pelo facto de serem
plantas endmicas dos territrios algarvios, seja por serem raras, ou mesmo novas para a provncia do Algarve e at
para Portugal.
Apesar dos estudos j efectuados neste territrio, o trabalho desenvolvido nestes ltimos anos, permitiu detectar um
conjunto significativo de plantas novas para a regio do Barrocal e mesmo para a Flora Portuguesa.
Ainda que FRANCO (1971) no cite este terfito para Portugal, COUTINHO (1939) e SAMPAIO (1988) registam j sua
ocorrncia para a Estremadura e mais concretamente para a Lezria da Azambuja. Alm desta Regio, esta MALVACEAE
tambm j foi herborizada por Alves, em Setembro de 1992 (COI), na provncia da Beira Litoral, prximo de Soure
(estrada de Condeixa a Alfarelos). Mesmo nos mais recentes estudos (cf., por exemplo, PAIVA & NOGUEIRA, 1993) esta
Malvaceae no assinalada para o territrio estudado. Assim, a sua recente herborizao, em cultivos, sobre solos
argilosos do Barrocal algarvio, constitui novidade para a provncia do Algarve.
De acordo com FRANCO (1994) e aps consulta aos principais herbrios portugueses, constatmos que este hidrfito da
famlia das ALISMATACEAE no conhecido no Algarve calcrio. A herborizao efectuada na fonte da Benmola representa
a primeira citao para o Barrocal algarvio.
Embora TALAVERA (1993) considere este taxon com caractersticas idnticas Arabis planisiliqua, o certo que os
exemplares lusitnicos apresentam plos estrelados aplicados de menor dimenso e muito menos abundantes. Por
outro lado, as populaes nacionais ocorrem sempre sobre substrato calcrio e prximo do Atlntico. Assim, parece-nos
que devemos manter a nomenclatura utilizada por COUTINHO (1939) e FRANCO (1971).
A FLORA
132 Bartsia aspera (Brot.) Lange
Espcime: Algarve: S. Brs de Alportel: Machados: Cerro da Bemposta: 29SNB9809, 140 m, 22/05/93, C. Pinto-
Gomes.
Da famlia das SCROPHULARIACEAE, este arbusto endmico do Sudoeste da Pennsula Ibrica, at agora apenas conhecido da
Beira litoral, Estremadura e Alentejo (COUTINHO, 1939; FRANCO, 1984), herborizou-se tambm nas orlas dos bosques
do Barrocal, sobre substratos margosos. A sua presena no Cerro da Bemposta representa a sua primeira citao para
a provncia do Algarve.
Ainda que parea estranho, o facto que este hemicriptfito subarrosetado, com um porte que chega a atingir os dois
metros e meio, nunca havia sido citado para o Barrocal. FRANCO (1984) cita-o apenas para o Centro-Sul Miocnico e
Sudoeste. Assim, a existncia desta planta bero-Mauritnica, da famlia das BORAGINACEAE, nas bermas de caminhos
e estradas, em comunidades de Onopordion castellanae, sobre substratos bsicos, representa uma novidade para o
Algarve calcrio.
Da rea de distribuio desta BRASSICACEAE (CRUCIFERAE) em Portugal, mencionada por COUTINHO (1939), FRANCO (1971) e
MORENO (1993), parece estar excludo o Barrocal. O certo que este camfito herbceo, apesar de pouco comum, vive
em matos e tomilhais de Eryngio-Ulicion erinacei, da Rocha da Pena, sobre solos argilosos calcrios descarbonatados.
A sua presena nestas superfcies representa a primeira citao para o Barrocal.
Os mais recentes dados, sobre a distribuio deste gefito, bem como a consulta aos principais herbrios do territrio
nacional, confirmam que esta LILIACEAE nova para o Barrocal algarvio (FRANCO,1994).
Embora este hemicriptfito, originrio da Etipia, no se encontre assinalado em nenhuma das floras portuguesas, o
certo que esta POACEAE (GRAMINEAE) j foi herborizada, em Agosto de 1945, por Cebola Fonseca, em Matosinhos, num
campo inculto, sobre terras soltas (COI). A sua presena nas proximidades de Loul, amplia a sua rea de distribuio e
representa a primeira citao para a provncia do Algarve.
Teucrium spinosum L.
Espcime: Algarve: Loul: Salir: Rocha da Pena: 29SNB7923, 460 m, 01/06/94, C. Pinto-Gomes.
Da rea de distribuio desta LAMIACEAE (LABIATAE) em Portugal, mencionada por COUTINHO (!939), FRANCO (1984) e
SAMPAIO (1988), est excludo o Algarve. Embora seja pouco frequente, vive em vrias locais, do Barrocal, sobre solos
argilosos.
A FLORA
2.3.1.2 - Plantas novas para Portugal Continental 133
BASSICACEAE (CRUCIFERAE) mediterrnea, de pequeno porte, que vive em fendas de rochas calcrias e locais pedregosos,
hmidos e sombrios. Embora seja frequente no Sul e Este de Espanha (TALAVERA, 1993), em Portugal muito rara, pois
apenas conhecida dos pontos mais altos da Rocha da Pena. A sua presena no Barrocal representa uma novidade para
o territrio nacional e o limite ocidental da sua distribuio.
Gefito rizomatoso, caracterstico do Mediterrneo ocidental, pouco frequente no Barrocal, que foi herborizado em
clareiras de matos e orlas de bosques da Amendoeira, sobre solos margosos. Como esta LILLIACEAE ainda no havia sido
citada para territrio nacional, a sua ocorrncia na superfcie estudada representa a primeira citao para o Pas.
Carex acuta subsp. mauritanica (Boiss. & Reuter) Asensi & Dez Garretas
Espcime: Algarve: Albufeira: Paderne: 29SNB7210, 40 m, 03/01/95, C. Pinto-Gomes.
Da famlia das CYPERACEAE, este hemicriptfito bero-Mauritnico, de caules muito frgeis normalmente pendentes,
caracterstico das margens de ribeiros, com substrato margoso, temporariamente encharcadas, pouco frequente
no territrio. A sua existncia no Barrocal constitui uma novidade para a Flora de Portugal e representa o limite mais
ocidental e setentrional da sua corologia.
O achado desta interessante BASSICACEAE (CRUCIFERAE), prpria dos territrios termomediterrnicos semiridos no Barrocal
algarvio, amplia a sua rea de distribuio para ocidente e representa a primeira citao para Portugal Continental.
Foto II/3.2 Carrichtera annua (L.) DC. Foto II/3.3 Centaurea occasus Fernndez-Casas.
A FLORA
134 Centaurea diluta Aiton
Espcime: Algarve: Albufeira: 29SNB6404, 50 m, 12/04/94, Pinto-Gomes & Graa Silva
Hemicriptfito ruderal, da famlia das ASTERACEAE (COMPOSITAE), pouco frequente no Barrocal, que vive nas bermas de
caminhos e estradas, dos locais de menor altitude, sobre solos calcrios margosos. A sua presena no Algarve constitui
uma novidade para a Flora portuguesa.
Outra descoberta notvel, de uma nova Centaurea, que se deve identificao e reviso, do material por ns herborizado,
pelo insigne e notvel botnico Doutor Fernndez-Casas. Embora este hemicriptfito termfilo, seja pouco comum,
o certo que vive em solos margosos profundos, da superfcie estudada. A existncia desta ASTERACEAE (COMPOSITAE)
espinhosa, exclusiva do Barrocal, uma novidade para a comunidade cientfica.
Globularia alypum L.
Espcime: Algarve: Albufeira: Paderne: 29SNB7211, 80 m, 25/05/95, C. Pinto-Gomes.
J em 1939, o insigne botnico Pereira Coutinho, havia includo esta espcie mediterrnea, da famlia das GLOBULARIACEAE,
na Flora de Portugal. Contudo, o mesmo autor refere que no foram observados exemplares portugueses. Como os
trabalhos posteriores omitem sistematicamente a sua ocorrncia em territrio nacional, a sua presena, nas proximidades
de Paderne, representa a primeira citao para o Pas.
Foto II/3.4 Globularia alypum L. Foto II/3.5 Leucorchis albida (L.) E. Meyer.
A FLORA
135
Helianthemum cinereum subsp. rotundifolium (Dunal) Greuter
Espcime: Algarve: Albufeira: Paderne: 29SNB7112, 140 m, 11/05/96, C. Pinto-Gomes.
Os mais recentes dados (LPEZ-GONZLEZ,1993) sobre a distribuio deste camfito prostrado, com caules divaricados,
confirmam que uma novidade para a Flora de Portugal. Embora esta CISTACEAE seja muito rara no territrio, vive em stios
secos e trmicos, dos arredores de Paderne, em tomilhais, sobre solos calcrios margosos.
Esta graciosa e interessante orqudea, de repartio euro-asitica boreal e temperada (DELFORGE, 1994), tambm vive
em fendas de rochas calcrias dolomticas, nas partes mais elevadas da Rocha da Pena. Ainda que seja rarssima, a sua
existncia no Barrocal, constitui uma novidade para a Flora de Portugal e representa uma ampliao significativa da sua
corologia.
Apesar dos estudos recentemente desenvolvidos sobre o gnero Quercus na Pennsula Ibrica, (v.g. RIVAS-MARTNEZ &
SENZ LAN, 1991), este mesofanerfito no est includo nas floras portuguesas nem na recente Flora Ibrica. Assim,
a presena desta quercnea no Barrocal, representa a primeira citao para Portugal continental.
Outro notvel achado no Barrocal o de um carvalho hbrido, prprio de bosques marcescentes, apenas conhecido
dos territrios mais meridionais de Espanha (RIVAS-MARTNEZ & SENZ LAN, 1991), ainda no conhecido na flora
portuguesa. A sua presena no Barrocal representa uma novidade para o Pas.
Seguindo os trabalhos atrs referidos, estoutro carvalho hbrido tambm no est citado para o territrio portugus. A
sua existncia no Barrocal representa a nica estao conhecida da sua ocorrncia em Portugal.
Hemicriptfito da famlia das ASTERACEAE (COMPOSITAE), conhecido no Sul de Espanha, Norte de frica (Rif e Atlas Teliano)
e Siclia (CANT, 1984), nunca havia sido citado para Portugal, mesmo nos estudos mais recentes, sobre este gnero
(CANT, 1988). Embora seja pouco frequente, esta espcie vive em tomilhais e clareiras de mato, sobre substratos
calcrios do Barrocal, facto que representa uma novidade para a Flora portuguesa.
Feto fissurcola, mediterrneo (NOGUEIRA & ORMONDE, 1986), da famlia das ASPLENIACEAE, considerado raro em territrio
nacional (FRANCO & ROCHA AFONSO, 1982) por existir apenas no Sul de Portugal.Vive nos locais mais trmicos do
Barrocal, nas fendas de rochas calcrias, sob influncia ocenica marcada. Alm da sua presena significativa nos calcrios
do Barrocal, este hemicriptfito, ainda que muito raro, tambm ocorre muito pontualmente na Serra da Arrbida.
A FLORA
136
Astragalus sesameus L.
Espcime: Algarve: Loul: Amendoeira: Ribeira das Mercs: 29SNB9415, 240 m, 02/05/95, C. Pinto-Gomes.
Embora este terfito ocorra no Sul da Europa e Noroeste de frica (VALDS et al., 1987), com alguma frequncia, o
certo que esta FABACEAE (LEGUMINOSAE), em territrio nacional, apenas conhecida na Serra de Ficalho, Provncia do
Baixo Alentejo (PINTO-GOMES, 1995) e arredores de Faro (Algarve), donde bem provvel que j tenha desaparecido
(MALATO-BELIZ & PINTO-GOMES, 1992). No Barrocal somente foi herborizado por Welwitsch, em Maio de 1847, nos
arredores de Castro Marim, mas no confirmada na sua ocorrncia em estudos posteriores. Assim, a sua presena nas
proximidades da Amendoeira, em arrelvados terofticos, sobre solos calcrios margosos, parece representar o nico
local conhecido da provncia do Algarve e, concomitantemente, a segunda estao conhecida no Pas.
Bunium bulbocastanum L
Espcime: Algarve: S. Brs Alportel: S. Romo:
29SNB9413, 300 m, 06/04/93, C. Pinto-Gomes.
Convolvulus pentapetaloides L.
Espcime: Algarve: Loul: Cabeo de Cmara: 29SNB8308, 180 m, 20/04/96, C. Pinto-Gomes.
CONVOLVULACEAE mediterrnea (BOLS et al., 1993), rarssima em territrio nacional, apenas conhecida do Barrocal algarvio,
vive em arrelvados terofticos de Cerintho-Fedion, sobre solos margosos removidos.
Crucianella latifolia L.
Espcime: Algarve: Loul: Amendoeira: 29SNB9215, 180 m, 11/05/94, C. Pinto-Gomes.
Outro terfito mediterrneo calccola, tambm muito raro em Portugal, da famlia das RUBIACEAE, citado para o Pas por
MALATO-BELIZ (1986), apenas conhecido do Barrocal, em arrelvados e clareiras de matos, do mbito da Brachypodion
distachyae, sobre substratos margosos.
A FLORA
137
Cytinus ruber (Fourr.) Komarov
Espcime: Algarve: Faro: Estoi: Cerro da Bemposta 29SNB9809, 140 m, 14/04/94, C. Pinto-Gomes.
Planta holoparasita, bero-Mauritnica, da famlia das RAFFLESIACEAE, considerada rara em Portugal (FRANCO, 1971).
Ainda que pouco frequente, tambm vive no Barrocal, em sargaais de Phlomido-Cistetum albidi, sobre solos argilosos
calcrios, descarbonatados, parasitando Cistus albidus.
Embora muito frequente na superfcie estudada, sobretudo em stios secos, pedregosos e insolados, este hemicriptfito
basfilo e termfilo, da famlia das APIACEAE (UMBELLIFERAE), caracterstico do mediterrneo ocidental, em territrio nacional
s ocorre no sector algarviense, em comunidades de Rumicetalia indurati.
FRANCO (1971) leva a supor que este terfito da famlia das APIACEAE (UMBELLIFERAE), muito mais comum do que se
poderia avaliar, dando como rea da espcie o Nordeste meridional, Centro-Este e Sudoeste. Todavia, aps consulta
aos principais herbrios do Pas e posterior reconhecimento de campo, verifica-se que esta planta, alm de ser pouco
frequente, est fortemente ameaada, face destruio sistemtica do seu habitat. Por outro lado, a sua presena nos
solos temporariamente encharcados da Nave do Baro, constitui novidade para o Barrocal.
A FLORA
138 Euphorbia medicaginea Boiss.
Espcime: Algarve: Loul: Querena: Ribeira da Fonte Menaval: 29SNB8817, 150 m, 30/08/95, C. Pinto-Gomes & J.
Rosa-Pinto.
EUPHORBIACEAE rarssima em territrio nacional, apenas conhecida do Sotavento e Barlavento Algarvio (FRANCO, 1971),
que foi herborizada em campos cultivados e bermas de caminhos, em comunidades filiveis na Stellarietea mediae,
sobre substratos bsicos, nas proximidades de Querena. Face ao abandono dos campos cultivados, este terfito
poder-se- considerar fortemente ameaado.
Estoutro terfito mediterrnico-ocidental da famlia das EUPHORBIACEAE tambm rarssimo em territrio nacional,
conhecendo-se apenas em arrelvados de Brachypodion distachyae, nas localidades clssicas que apoiaram a primeira
citao para o Pas (MALATO-BELIZ,1986).
Embora este hemicriptfito bero-Mauritnico, da famlia das RUBIACEAE, seja comum no territrio, sobretudo nas orlas
herbceas de tomilhais de Thymbrion capitatae, em arrelvados de Brachypodietalia phoenicoidis, sobre solos calcrios
margosos, o certo que, em territrio nacional, apenas existe no Barrocal algarvio.
Hyoseris scabra L.
Espcime: Algarve: Olho: Moncarapacho: Cerro da Cabea:
29SPB0807, 100 m, 18/02/94, C. Pinto-Gomes.
Da famlia das APIACEAE (UMBELLIFERAE), em territrio nacional, este hemicriptfito mediterrneo apenas conhecido nas
proximidades de Tavira, em campos incultos, mais ou menos hmidos, e em valas de drenagem, sobre solos calcrios
margosos.
A FLORA
Lavatera triloba L. 139
Espcime: Algarve: Loul: Aldeia da Tr: Ribeira de Algibre: 29SNB8716, 120 m, 24/05/95, C. Pinto-Gomes.
Nanofanerfito, bero-Mauritnico, ruderal e subnitrfilo, que apesar de ocorrer no Algarve, Alto e Baixo Alentejo
(PINTO-GOMES, 1996), muito raro em territrio nacional, uma vez que nas estaes onde vive, aparece sempre com
populaes muito reduzidas.
Embora frequente em Espanha, este terfito endmico do Sul e Oeste Peninsular, apenas conhecido na regio de
Mrtola (COUTINHO, 1939; FRANCO, 1984) e no Barrocal, em arrelvados de Brachypodion distachyae, sobre litossolos
calcrios, mais ou menos descarbonatados.
Endemismo bero-Mauritnico, dotado de uma grande beleza, considerado de interesse comunitrio, cuja conservao
requer a designao de Zonas Especiais de Conservao (Z.E.C.). Apesar de existir em vrios locais do Pas, desde o
Barrocal at Serra de Sic (Coimbra), frequentemente assaltado por colectores de bolbos.
A FLORA
140 Narcissus obesus Salisb.
Espcime: Algarve: Silves: S. B. de Messines: Cordeiros de Messines: 29SNB6723, 240 m, 10/01/95, C. Pinto-Gomes.
Outro endemismo bero-Mauritnico que vive nos calcrios com marcada influncia ocenica, desde o Barrocal algarvio
at ao Centro-Oeste calcrio (FRANCO, 1994), em comunidades de Asplenion glandulosi.
A descoberta deste interessante e rarssimo Narciso, endmico da Ribeira de Quarteira, em stios temporariamente
encharcados, sobre solos calcrios com textura franco-limosa, em comunidades filiveis na Agrostion castellanae,
representa o nico local conhecido da sua ocorrncia.
Gefito tuberoso, endmico do Sudoeste da Pennsula Ibrica (DELFORGE, 1994), raro e bastante localizado em territrio
nacional, vive tambm no Barrocal algarvio, em arrelvados de Lygeo-Stipetea e clareiras de matos e orlas de bosques,
sobre substrato calcrio seco a fresco,
Foto II/3.13 Ophrys vernixia Brot. Foto II/3.14 Plantago algarbiensis Samp.
Mais outro achado notvel, no territrio estudado, de um hemicriptfito, considerado de interesse comunitrio
prioritrio, cuja conservao requer a designao de Zonas Especiais de Conservao (Z.E.C.) endmico do Algarve,
apenas conhecido do Barrocal (FRANCO, 1984), donde se pensava j ter desaparecido, devido continuada e agressiva
expanso urbana. A sua herborizao nas proximidades de Tunes representa, na actualidade, a nica estao conhecida
desta PLANTAGINACEAE assinalada no anexo II da Directiva 92/43/CEE.
Prasium majus L.
Espcime: Algarve: S. Brs Alportel: S. Romo: 29SNB9413, 120 m, 20/12/95, C. Pinto-Gomes.
Embora seja bastante comum na rea estudada, este nanofanerfito, da famlia das LAMIACEAE (LABIATAE), em territrio
nacional apenas conhecido do sector algarviense, em machiais termfilos de Pistacio-Rhamnetalia e fissuras de
afloramentos rochosos de calcrios.
A FLORA
Senecio minutus (Cav.) DC. 141
Espcime: Algarve: Loul: Salir: Rocha da Pena: 29SNB7923, 470 m, 27/02/93, C. Pinto-Gomes.
Da famlia das ASTERACEAE (COMPOSITAE), este pequeno e gracioso endemismo Ibrico, prprio dos arrelvados pioneiros de
Thero-Brachypodietalia, sobre solos calcrios pedregosos, em territrio nacional muito raro, pois apenas conhecido
na Serra de Montejunto (Estremadura) e no Barrocal. A sua presena, no territrio estudado, constitui tambm uma
novidade para o Algarve.
Apesar deste hemicriptfito, tambm da famlia das ASTERACEAE (COMPOSITAE), ser muito abundante no territrio estudado
em arrelvados vivazes e clareiras de tomilhais de Eryngio-Ulicion erinacei, sobre solos calcrios margosos profundos,
mais ou menos hmidos, segundo CANT (1984; 1988), endmico do Sul e Centro-Oeste de Portugal.
Seguindo a mesma autora, esta variedade de Serratula, ainda que seja comum na rea estudada, em habitas semelhantes,
tambm um endemismo do Sul e Centro-Oeste do territrio nacional.
Tambm este hemicriptfito endmico dos territrios algarvios, da famlia das ASTERACEAE (COMPOSITAE), existe no territrio
estudado. Embora seja rara, o certo que esta planta vive em arrelvados e clareiras de tomilhais e carrascais, sobre
solos cidos a neutrfilos, com textura arenosa, nas proximidades de Tunes.
A FLORA
142 Sideritis arborescens subsp. lusitanica (Font Quer) Rivas-Martnez, T.E. Daz & Fernndez-Gonzlez
Espcime: Algarve: Faro: Estoi: Malho: 29SNB9808, 300 m, 10/05/95, C. Pinto-Gomes.
Camfito lenhoso, calccola, da famlia das LAMIACEAE (LABIATAE), endemismo local, exclusivo do Barrocal algarvio, que vive
em tomilhais e matos xerofticos de Eryngio-Ulicion erinacei, sobre solos margosos, ricos em calcrio activo.
Endemismo exclusivo do sector algarviense, que existe em tomilhais de Eryngio-Ulicion erinacei, sobre solos calcrios.
A presena deste camfito lenhoso, da famlia das LAMIACEAE (LABIATAE), no Barrocal algarvio, representa, certamente, mais
de 60% da sua populao total.
Camfito lenhoso, endmico do Sudoeste Peninsular, muito comum no territrio estudado, em outeiros, clareiras de
matos e em tomilhais de Eryngio-Ulicion erinacei, sobre solos calcrios.
Estoutro endemismo da famlia das LAMIACEAE (LABIATAE), tambm exclusivo do sector algarviense, considerado, taxon
prioritrio de interesse comunitrio, cuja conservao requer a designao de Zonas Especiais de Conservao (Z.E.C.),
muito frequente em clareiras de matos xerofticos e tomilhais de Eryngio-Ulicion erinacei, sobre solos calcrios
margosos, com textura franco-argilosa. As populaes existentes, deste camfito lenhoso na rea estudada representam
mais de 90% da populao total.
Foto II/3.18 Thymus lotocephalus G. Lpez & R. Morales. Foto II/3.19 Tuberaria major (Willk.) P. Silva
& Rozeira.
Teucrium pseudochamaepitys L.
Espcime: Algarve: Tavira: Vale Formoso: 29SPB2011, 50 m, 24/04/96, C. Pinto-Gomes.
Embora seja comum na rea estudada, este camfito lenhoso bero-Mauritnico, da famlia das LAMIACEAE (LABIATAE), em
territrio nacional, apenas conhecido do sector algarviense, em orlas de machiais termfilos de Pistacio-Rhamnetalia e
fissuras de afloramentos rochosos de calcrios, mas sempre em comunidades da Lygeo-Stipetea.
Tambm considerado taxon prioritrio de interesse comunitrio, que integra o anexo II da Directiva 92/43/CEE, cuja
conservao requer a designao de Zonas Especiais de Conservao (Z.E.C.), este hemicriptfito rarssimo, endmico
dos territrios algarvios, caracterstico de clareiras de matos xerofticos, sobre solos cidos de textura arenosa, est
seriamente ameaado de extino (PINTO-GOMES, 1997).
A FLORA
143
CAPTULO III
O COBERTO VEGETAL
O COBERTO VEGETAL
3.1. - TIPOLOGIA FITOSSOCIOLGICA 145
O coberto vegetal natural o resultado de uma srie de factores, nos quais merece especial destaque o material
geolgico e pedolgico, bem como o clima e a aco humana.
Para o estudo e anlise da vegetao do Barrocal Algarvio seguiu-se o mtodo da Escola de Zrich-Montpellier ou
sigmatista proposto por BRAUN-BLANQUET & PAVILLARD (1928), seguido por TXEN (1937) e modificado por GHU &
RIVAS-MARTNEZ (1981).
Este mtodo baseia-se na fitossociologia, cincia dos agrupamentos vegetais (isto , dos sintaxa), parte da Geobotnica
ou da Ecologia, que estuda as comunidades vegetais (conjuntos mais ou menos homogneos de plantas pertencentes a
distintos taxa) que ocupam uma rea e meio determinados (BRAUN-BLANQUET, 1979; RIVAS-MARTNEZ, 1982a).
Alm de uma anlise profunda e classificao dos ecossistemas, este mtodo permite ainda a comparao ecolgica,
dinmica e geogrfica com outras comunidades separadas.
Como esta metodologia se fundamenta no inventrio (etapa analtica, realizada sobre o terreno), expresso pormenorizada
e quantificada de uma comunidade vegetal homognea concreta, para a anlise das formaes vegetais, necessrio
e fundamental efectuar, criteriosamente, um nmero considervel de amostragens fitossociolgicas que, depois de
comparadas atravs dos quadros fitossociolgicos (etapa sinttica), onde so reflectidos os caracteres quantitativos das
comunidades, contribuem para a definio e identificao sintaxonmicas das distintas comunidades vegetais.
O objectivo da etapa analtica da metodologia fitossociolgica , portanto, o de enumerar todas as espcies existentes na
rea escolhida, a qual ter de ser ecologicamente e florsticamente homognea, assim como dever ser representativa
da paisagem a estudar. Este processo reveste-se da maior importncia, uma vez que sem os elementos bsicos da
associao, toda a anlise posterior poder estar errada ou bastante carente de valor informativo.
No inventrio florstico, a cada taxon anexado um valor de abundncia-dominncia e de sociabilidade (GHU & RIVAS-
-MARTNEZ, 1981), que reflectem a sua contribuio na comunidade vegetal, tanto de um modo quantitativo, como
qualitativo, respectivamente. Assim, enquanto que o primeiro ndice faz uma estimativa do nmero de indivduos de
cada espcie inventariada, bem como da rea ocupada por esses mesmos indivduos (Quadro III/1.1), j o segundo
procura expressar o modo como esto distribudos os indivduos de uma determinada espcie, em relao a outros,
dentro de uma mesma comunidade vegetal (Quadro III/1.2).
Quadro III/1.1
- Escala de abundncia-dominncia -
ndice Critrio
5 Qualquer nmero de indivduos cobrindo mais de da superfcie. Recobrimento de 75% a 100%.
4 Qualquer nmero de indivduos cobrindo a da superfcie. Recobrimento de 50% a 75%.
3 Qualquer nmero de indivduos cobrindo a da superfcie. Recobrimento de 25% a 50%.
2 Indivduos muito abundantes ou cobrindo pelo menos 1/20 da superfcie. Recobrimento de 10% a 25%.
1 Indivduos bastante abundantes mas de fraca cobertura. Recobrimento de 1% a 10%.
+ Indivduos pouco frequentes, de muito fraca cobertura. Recobrimento de 0,1% a 1%.
r Indivduos raros ou isolados. Recobrimento menor que 0,1%.
O COBERTO VEGETAL
146 Aps a etapa analtica surge a sinttica, onde se elaboram quadros ou tabelas fitossociolgicas, que renem e traduzem
toda a informao anteriormente recolhida atravs dos inventrios, fazendo sobressair os caracteres sintticos das
comunidades vegetais. Estes caracteres apresentam um carcter quantitativo e exprimem espacialmente a abundncia
e a fidelidade. Assim, a elaborao das tabelas fitossociolgicas um processo progressivo, de comparao analgica
dos inventrios realizados. Nas tabelas definitivas so definidas classes de presena (Quadro III/1.3). Este parmetro
representa a frequncia relativa, em percentagem, de uma dada espcie (GHU & RIVAS-MARTNEZ, 1981).
Tal como j foi referido a Fitossociologia a cincia das comunidades vegetais, onde a associao representa a unidade
bsica do sistema tipolgico BRAUN-BLANQUET (1979). Sendo as unidades principais de ordem hierrquica crescente
respectivamente: Aliana, Ordem e Classe (Quadro III/1.4). Em cada uma destas categorias sintaxonmicas poder
ainda surgir uma figura inferior a cada unidade tipolgica como, por exemplo, subaliana ou subassociao.
Quadro III/1.4
- Nomenclatura fitossociolgica -
Do elenco florstico presente, podem-se destinguir trs grupos de plantas: plantas caractersticas (plantas com elevada
fidelidade que esto ligadas exclusivamente a um sintaxon determinado); plantas diferenciais (no sendo caractersticas,
podem ajudar compreenso local/territorial das unidades fitossociolgicas); e plantas companheiras (taxa presentes
em numerosos agrupamentos).
Para cada associao reconhecida no territrio tenta-se descrever, sempre que se considere relevante, os caracteres florsticos
(espcies prprias), estatsticos (combinao caracterstica), ecolgicos (meios estacionais e bitopos homogneos),
dinmicos (significado sucessional no seio de uma dada srie de vegetao ou comunidade permanente especializada),
corolgicos (limites geogrficos e biogeogrficos) e histricos (significado de associao: reliqua ou recente).
Assim, tomando por base os quadros fitossociolgicos e a bibliografia existente, para cada sintaxon descrito indica-se,
sempre que possvel, a seguinte informao:
Nome;
Quadro fitossociolgico;
Ainda nos quadros fitossociolgicos indica-se a localizao geogrfica dos inventrios atravs da indicao do local e
coordenadas UTM.
O esquema sintaxonmico que seguidamente se apresenta est ordenado sequencialmente, de acordo com RIVAS-
-MARTNEZ et al. (2001 & 2002).
No que diz respeito nomenclatura sintaxonmica apresentada, todas as alteraes propostas, nomeadamente em
RIVAS-MARTNEZ et al. (2002), mas que ainda no foram aceites pela Comisso de Nomenclatura, surgem devidamente
assinaladas, sendo remetidas para notas de fundo de pgina.
O COBERTO VEGETAL
3.2 - ESQUEMA SINTAXONMICO 147
O COBERTO VEGETAL
148 ** Phragmitenion communis
11 - Typho angustifoliae-Phragmitetum australis (Txen & Preising 1942) Rivas-Martnez,
Bscones, T.E. Daz, Fernndez-Gonzlez & Loidi 1991
** Scirpenion maritimi Rivas-Martnez in Rivas-Martnez, Costa, Castroviejo & E. Valds 19805
12 - Bolboschoenetum maritimi Eggler 1933
+ Nasturtio-Glycerietalia Pignatti 1954
* Glycerio-Sparganion Br.-Bl. & Sissingh in Boer 1942
** Phalaridenion arundinaceae (Kopecky 1961) J. A. Molina 1996
13 - Comunidade de Oenanthe crocata
* Nasturtion officinalis Ghu & Ghu-Franck 19876
14 - Helosciadetum nodiflori Maire 1924
15 - Comunidade de Eleocharis palustris subsp. vulgaris
5 Bolboschoenenion maritimi Rivas-Martnez in Rivas-Martnez, Costa, Castroviejo & E. Valds 1980 nom.mut.propos
O COBERTO VEGETAL
IX - PHAGNALO-RUMICETEA INDURATI (Rivas Goday & Esteve 1972) Rivas-Martnez, Izco & Costa 1973 149
+ Phagnalo saxatilis-Rumicetalia indurati Rivas Goday & Esteve 1972
* Rumici indurati-Dianthion lusitani Rivas-Martnez, Izco & Costa ex Fuente 1986
23 - Phagnalo saxatilis-Rumicetum indurati Rivas-Martnez ex F. Navarro & C. Valle in Ruiz 1986
23a) elaeoselinetosum tenuifoliae subass. nova.
10 Elytrigetalia repentis Oberdorfer, Mller & Grs in Oberdorfer, Grs, Korneck, Lohmeyer, Mller, Philippi & Seibert 1967 nom.mut.propos
O COBERTO VEGETAL
150 33 - Anacyclo radiati-Hordeetum leporini O. Bols & Rivas-Martnez in Rivas-Martnez 1978
34 - Hordeo leporini-Glossopappetum macroti Peinado, Martnez-Parras & Bartolom 1986
+ Thero-Brometalia (Rivas Goday & Rivas-Martnez ex Esteve 1973) O. Bols 1975
* Taeniathero-Aegilopion geniculatae Rivas-Martnez & Izco 1977
35 - Bromo tectorum-Stipetum capensis Rivas-Martnez & Izco 1977
36 - Gastridio ventricosi-Trifolietum scabri Rivas Goday 1964
37 - Medicagini rigidulae-Aegilopetum geniculatae Rivas-Martnez & Izco 1977
38 - Comunidade de Carrichtera annuae e Echium tuberculatum
* Cerintho majoris-Fedion cornucopiae Rivas-Martnez & Izco ex Peinado, Martnez-Parras & Bartolom 1986
39 - Fedio cornucopiae-Sinapietum mairei Peinado, Martnez-Parras & Bartolom 1986
39a) convolvuletosum pentapetaloidis subass. nova
XIII - CARDAMINO HIRSUTAE-GERANIETEA PURPUREI (Rivas-Martnez, Fernndez Gonzlez & Loidi 1999) Rivas-Martnez,
Fernndez Gonzlez & Loidi 2002
+ Geranio purpurei-Cardaminetalia hirsutae Brullo in Brullo & Marcen 198514
* Geranio pusilli-Anthriscion caucalidis Rivas-Martnez 1978
43 - Geranio rotundifolli-Theligonetum cynocrambis Rivas-Martnez & Malato-Beliz in Rivas-
-Martnez 1978
E) Vegetao de pratense
E.a) Pastagens terofticas
XII - HELIANTHEMETEA GUTTATI (Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Ngre 1952) Rivas Goday & Rivas-Martnez 1963 em.
Rivas-Martnez 197815
15 TUBERARIETEA GUTTATAE (Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Ngre 1952) Rivas Goday & Rivas-Martnez 1963 nom.mut.propos.
O COBERTO VEGETAL
+ Trachynietalia distachyae Rivas-Martnez 197816 151
17
* Trachynion distachyae Rivas-Martnez 1978
45 - Hornungio petraea-Linarietum haenseleri ass. nova
46 - Velezio rigidae-Astericetum aquaticae Rivas Goday 1964
46a - sedetosum rubentis Santos 1989
O COBERTO VEGETAL
152 E.c) Vegetao de pastagens antropizadas por corte ou pastoreio
XVII - MOLINIO-ARRHENATHERETEA Txen 1937
+ Holoschoenetalia vulgaris Br.-Bl. ex Tchou 1948
* Molinio-Holoschoenion vulgaris Br.-Bl. ex Tchou 1948
57 - Holoschoeno-Juncetum acuti Rivas-Martnez & Costa in Rivas-Martnez, Costa, Castroviejo
& E. Valds 1980
+ Plantaginetalia majoris Txen & Preising in Txen 1950
* Mentho-Juncion inflexi De Foucault 1984
58 - Mentho suaveolentis-Juncetum inflexi Rivas-Martnez in Snchez-Mata 1989
+ Paspalo-Heleochloetalia Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Ngre 195219
* Paspalo-Agrostion verticillati Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Ngre 195220
** Paspalo-Polypogonenion semiverticillati21
59 - Comunidade de Panico repens
60 - Ranunculo scelerati-Paspaletum paspalodis Rivas Goday 1964 corr. Peinado, Bartolom,
Martnez-Parras & Ollala 1988
XIX - ROSMARINETEA OFFICINALIS Rivas-Martnez, T. E. Daz, F. Prieto, Loidi & Penas in Rivas-Martnez, T. E. Daz,
Fernndez-Gonzles, Izco, Loidi, Lous & Penas 2002
+ Rosmarinetalia officinalis Br.-Bl. ex Molinier 1934
* Eryngio-Ulicion erinacei Rothmaler 1943
** Saturejo-Coridothymenion (Rivas Goday & Rivas-Martnez 1969) Rivas-Martnez, Fernndez-Gonzlez
& Loidi 1999
62 - Siderito lusitanicae-Genistetum algarbiensis ass. nova.
63 - Thymo lotocephali-Coridothymetum capitati Rivas-Martnez, Lous, T.E. Daz, Fernndez-
-Gonzlez & J.C. Costa 1990
19 Crypsio-Paspaletalia distichi Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Ngre 1952 nom. inv. et nom.mut. propos.
O COBERTO VEGETAL
G.a) Matagais e bosques palustres, quionfilos ou colonizadores ripcolas 153
XXI - NERIO-TAMARICETEA Br.-Bl. & O. Bols 1958
+ Tamaricetalia africanae Br.-Bl. & O. Bols 1958 em. Izco, Fernndez-Gonzlez & Molina 1984
* Tamaricion africanae Br.-Bl. & O. Bols 1958
65 - Polygono equisetiformis-Tamaricetum africanae Rivas-Martnez & Costa in Rivas-
-Martnez, Costa, Castroviejo & Valds-Bermejo 1980
* Rubo ulmifolii-Nerion oleandri O. Bols 1985
66 - Rubo ulmifolii-Nerietum oleandri O. Bols 1956
66a - aristolochietosum baeticae subass. nova
XXII SALICI PURPUREAE-POPULETEA NIGRAE (Rivas-Martnez & Cant ex Rivas-Martnez, Bscones, T.E. Daz,
Fernndez-Gonzlez & Loidi) Rivas-Martnez & Cant 2002
+ Populetalia albae Br.-Bl. ex Tchou 1948
* Populion albae Br.-Bl. ex Tchou 1948
** Populenion albae
67 - Salici atrocinereae-Populetum albae Rivas Goday 1964
** Fraxino angustifoliae-Ulmenion minoris Rivas-Martnez 1975
68 - Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae Rivas-Martnez & Costa in Rivas-Martnez,
Costa, Castroviejo & Valds-Bermejo 1980
68a) quercetosum broteroi A.Garcia Fuentes, J.A.T. Cordero, C.J. Pinto Gomes, A.M. Leite,
C.S. Pendias, M.M. Luque, J.N. Carriondo & E.C. Carmona 1998
+ Salicetalia purpureae Moor 1958
* Salicion discolori-neotrichae Br.-Bl. & Bols 1958
69 - Comunidade de Salix atrocinerea e Salix salviifolia subsp. australis
O COBERTO VEGETAL
154
3.3 - DESCRIO DAS UNIDADES FITOSSOCIOLGICAS
Quadro III/I
Charetum vulgaris Corillion 1957
(Charion vulgaris, Charetalia hispidae, Charetea fragilis)
P
N de ordem 1 2 3 4 R
rea (m2) 4 4 6 6 E
Altitude (1=10m) 5 27 12 15 S
Grau de cobertura (%) 80 80 90 70 E
Orientao - - - - N
Declive () - - - -
N espcies 2 5 6 7 A
N especfico mdio 5 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Chara vulgaris 4.4 4.4 4.5 3.4 4
Companheiras
Lythrum thymifolia + + + + 3
Pulicaria paludosa . + 1.1 + 3
Mentha pulegium . + + + 3
Juncus pygmaeus . . + +.2 2
Isolepis pseudosetaceus . . . +.2 2
Rorippa nasturtium-aquaticum . . . . 1
Apium nodiflorum . . . . 1
Localidades: 1 Algoz (29SNB6512); 2 Quinta do Freixo (29SNB7724); 3 Foupana
29SPB0809; 4 Nave do Baro (29SNB8419).
O COBERTO VEGETAL
Sincorologia: Trata-se de uma fitocenose cosmopolita, muito frequente na Europa ocidental, sobretudo em meios 155
alcalinos (concentrao em Ca2+: 14 a 118, 2 mg/l e pH de 7,4 a 8,9) (GUERLESQUIN &. MERIAUX, 1981). De acordo com
ASENSI & NIETO (1991), tambm se encontra amplamente distribuda nos territrios vizinhos da Andaluzia.
Vegetao cosmopolita dulaqucola, extratropical, no enraizada, formada por pleustfitos briocormofticos de pequeno
tamanho que vivem em suspenso na gua.
Aliana que rene comunidades uniestratificadas de acropleustfitos, fcilmente movveis pelo vento e fluxos de guas
que apresentam o seu ptimo em guas bsicas, tranquilas, eutrficas, mais ou menos ricas em ies fosfatados e
nitrogenados (RIVAS-MARTNEZ, 1982). Distribui-se amplamente pelas regies temperadas de ambos os hemisfrios.
(Quadro III/II)
Sinecologia e Sinestrutura: Vegetao aqutica flutuante, que vive em guas remansadas, eutrofizadas, ricas em ies
solveis com fosfatos, nitratos, etc., caracterizada pela presena monoespecfica de Lemna minor.
Na rea estudada s foi possvel realizar dois inventrios com esta comunidade (rio Seco, prximo dos Machados), que vive
flutuando em guas ricas em carbonatos de clcio, fosfatos e nitratos. De acordo com vrios especialistas, estas populaes
de Lemna minor parecem corresponder a fragmentos da associao Lemnetum gibbae, prpria de guas contaminadas.
Quadro III/II
P
N de ordem 1 2 R
rea (m2) 3 4 E
Altitude (1=10m) 120 130 S
Grau de cobertura (%) 90 100 E
Orientao - - N
Declive () - -
N espcies 4 4 A
N especfico mdio 4 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Lemna minor 4.5 5.5 2
Companheiras
Apium nodiflorum + + 2
Paspalum paspalodes + + 2
Alisma lanceolatum + . 1
Veronica anagallis aquatica . + 1
O COBERTO VEGETAL
156
Vegetao cormofitica enraizada de guas doces, superficiais ou profundas, ou mesmo salobras, tranquilas ou de
correntes lentas, de carcter neutro ou bsico, com rgos assimiladores flutuantes ou submergidos. Apresenta uma
distribuio Holrtica com irradiaes tropicais (FRANCO et al., 1986).
Comunidades de grandes plantas dulaqucolas, enraizadas e com folhas flutuantes, especializadas ou sem elas,
que ocupam guas profundas, doces ou ligeiramente salinas que no dessecam durante o Vero. Apresenta uma
distribuio Holrtica.
Agrupa comunidades de plantas dulcaqucolas, enraizadas, constitudas por ninfedos (plantas de caules pouco
ramificados e com folhas flutuantes pecioladas), elodedos (plantas com folhas submergidas, indivisas e sem folhas
flutuantes especializadas) e mirioflidos (plantas com folhas submergidas divididas e sem folhas flutuantes), que vivem
em locais raras vezes sujeitos a dessecao.
(Quadro III/III)
Sinecologia e Sinestrutura: Comunidade de plantas dulaqucolas enraizadas, dominadas pelo Potamogeton lucens, que
se desenvolve em guas profundas (cerca de 70-90 cm), ricas em carbonatos de clcio. No territrio estudado foi observada
apenas no Rio Squa, prximo dos Moinhos da Rocha, num aude em guas tranquilas, sobre substratos arenosos.
Aliana que agrupa as comunidades anfbias de espcies com folhas tanto submergidas como flutuantes, dominadas
por batrquidos (Ranunculus subgnero Batrachium e Callitriche) e elodedos de desenvolvimento outonal a primaveril,
caractersticos de guas pouco profundas de charcos, lagoachos e pequenos cursos de guas lentas, que secam no Vero.
Caractersticas territoriais: Callitriche stagnalis, Potamogeton nodosus, Potamogeton pusillus, Ranunculus saniculifolius.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/III 157
Potametum lucentis Hueck, 1931
(Potamion, Potametalia, Potametea)
P
N ordem 1 2 R
rea (m2) 6 4 E
Altitude (1=10 m) 4 4 S
Grau de cobertura (%) 80 80 E
Orientao - - N
Declive () - -
N espcies 6 7 A
N especfico mdio 6.5 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Potamogeton lucens 3.4 4.4 2
Companheiras
Paspalum paspalodes 1.1 1.2 2
Veronica anagallis-aquatica + + 2
Rorippa nasturtium-aquaticum +.2 +.2 2
Juncus articulatus + +.2 2
Chara vulgaris 3.3 3.3 2
Schoenoplectus lacustris . + 1
O COBERTO VEGETAL
158 Caractersticas territoriais: Centaurium pulchellum, Centaurium tenuiflorum, Corrigiola littoralis subsp. perez-larae,
Hypericum humifusum, Juncus bufonius, Juncus tenageia, Lotus castellanus, Lotus subbiflorus, Lythrum hyssopifolia,
Lythrum portula, Lythrum thymifolia, Mentha pulegium, Myosotis debilis, Ranunculus muricatus, Veronica anagalloides.
Quadro III/IV
P
N ordem 1 2 3 4 5 R
rea (m2) 4 8 4 2 2 E
Altitude (1=10 m) 13 14 14 14 15 S
Grau de cobertura (%) 80 90 80 80 80 E
Orientao SW S S SE S N
Declive () 2 2 2 2 2
N espcies 4 3 6 5 7 A
N especfico mdio 5 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Potamogeton nodosus 4.4 4.5 4.4 4.4 4.4 5
Potamogeton pusillus 1.2 2.3 2.2 2.2 2.2 5
Callitriche stagnalis . . + + 2
Companheiras
Rorippa nasturtium-aquaticum + . +.2 . + 3
Veronica anagallis-aquatica . 1.2 + . . 2
Alisma lanceolatum . . 1.1 . + 2
Chara vulgaris . . + 1.2 . 2
Apium nodiflorum . . . + . 1
Schoenoplectus tabernaemontani . . . . + 1
Lythrum salicaria . . . . + 1
Typha angustifolia + . . . . 1
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/V 159
P
N ordem 1 2 3 R
rea (m2) 0,5 1 2 E
Altitude (1=10m) 15 15 15 S
Grau de cobertura (%) 80 80 80 E
Orientao - - - N
Declive () - - -
N espcies 3 5 5 A
N especfico mdio 4.3 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Ranunculus saniculifolius 4.4 4.4 4.4 3
Callitriche stagnalis . . + 1
Companheiras
Eryngium corniculatum + + + 3
Chara vulgaris 1.2 1.2 1.2 3
Isoetes velatum . + 1.1 2
Juncus capitatus . + . 1
O COBERTO VEGETAL
160
Fig. III/3.2 Aspecto geral da paisagem na Nave do Baro: 1 Azinhal de Rhamno oleoidis-Quercetum rotundifoliae juniperetosum
turbinatae, 2 Carrascal de Asparago albi-Rhamnetum oleoidis; 3 Xaral de Phlomido purpureae-Cistetum albidi, 4 Arrelvados
terofticos de Velezio rigidae-Astericetum aquaticae; 5- Arrelvado de Gaudinio fragilis-Agrostietum castellanae; 6 Arrelvados terofticos
anfbios de Loto subbiflori-Chaetopogonetum fasciculati; 7 Arrelvados terofticos anfbios de Pulicario paludosae-Agrostietum pourretii;
8 Cardais anfbios de Eryngio corniculatae-Preslietum cervinae; 9 Ervaais anfbios de Junco pygmaei-Isoetetum velatae.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/VI 161
P
N ordem 1 2 3 R
rea (1=10m2) 2 2 4 E
Altitude (1=10m) 15 15 15 S
Grau de cobertura (%) 80 80 80 E
Orientao - - - N
Declive () - - -
N espcies 5 11 9 A
N especfico mdio 8.3 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Eryngium corniculatum 4.4 4.4 4.4 3
Mentha pulegium + 1.1 + 3
Juncus pygmaeus 1.1 + . 2
Juncus capitatus . . 1.1 1
Juncus tenageia . 1.1 . 1
Juncus bufonius . . 1.1 1
Companheiras
Pulicaria paludosa + + + 3
Lythrum borysthenicum . + + 2
Eryngium galioides . + + 2
Euphorbia sp. . 1.1 . 1
Polypogon monspeliensis . . + 1
Agrostis pourretii . . + 1
Convolvulus arvensis . . + 1
Foto III/3.3 Aspectos das comunidades anfbias da Nave do Foto III/3.4 Aspectos das comunidades anfbias da Nave do
Baro (fcies primaverl). Baro (fcies estival).
O COBERTO VEGETAL
162 Sincorologia: Distribui-se pelo Mediterrneo-Iberoatlntico.
Sinfitossociologia: Associao que se integra no mosaico de comunidades dos charcos temporariamente inundados.
Contacta nos stios mais secos com os arrelvados de Helianthemetea guttati e nos de maior humidade com o Loto
subbiflori--Chaetopogonetum fasciculati e Junco pygmaei-Isoetetum velatae.
Quadro III/VII
P
N ordem 1 2 3 4 5 R
rea (m2) 8 8 10 8 10 E
Altitude (1=10m) 15 15 14 15 15 S
Grau de cobertura (%) 100 100 90 90 90 E
Orientao - - - - - N
Inclinao () - - - - -
N espcies 3 4 7 10 10 A
N especfico mdio 6.8 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Isoetes velatum 55. 5.5 4.4 4.4 4.4 5
Juncus pygmaeus 1.1 1.1 2.2 1.2 3.3 5
Juncus bufonius . . +.1 1.1 1.1 3
Eryngium corniculatum . . . + + 2
Lotus subbiflorus . . . 1.1 . 1
Juncus capitatus . . . . 1.1 1
Juncus tenageia . . . . + 1
Lythrum thymifolia . . . . + 1
Companheiras
Lythrum borysthenicum . + 1.1 + 1.2 4
Cynodon dactylon . . . + +.2 2
Polypogon monspeliensis . + . +.2 . 2
Pulicaria paludosa . . . + + 2
Isolepis pseudosetaceus . . 1.1 . . 1
Ranunculus saniculifolius + . . . . 1
Cicendia filiformis . . + . . 1
Eryngium galioides . . + . . 1
Rumex crispus . . . + . 1
Fig. III/3.3 Esquema das comunidades anfbias do lagoacho da Nave do Baro no incio da Primavera: 1 Comunidade de
Ranunculus saniculifolius; 2 Cardal anfbio de Eryngio corniculatae-Preslietum cervinae; 3 Comunidade de Eleocharis palustris
subsp. vulgaris; 4 Ervaal anfbio de Junco pygmaei-Isoetetum velatae; 5 Arrelvados terofticos anfbios de Pulicario paludosae-
-Agrostietum pourretii; 6 Arrelvados terofticos anfbios de Loto subbiflori-Chaetopogonetum fasciculati; 7 Arrelvado de Gaudinio
fragilis-Agrostietum.
O COBERTO VEGETAL
163
Fig. III/3.4 Esquema das comunidades anfbias do lagoacho da Nave do Baro no incio do Vero: 1 Charetum vulgaris; 2 Comunidade
de Eleocharis palustris subsp. vulgaris; 3 Cardal anfbio de Eryngio corniculatae-Preslietum cervinae; 4 Arrelvados terofticos anfbios
de Pulicario paludosae-Agrostietum pourretii; 5 Arrelvados terofticos anfbios de Loto subbiflori-Chaetopogonetum fasciculati;
6 Arrelvado de Gaudinio fragilis-Agrostietum.
Quadro III/VIII
P
N de ordem 1 2 3 4 5 R
rea (m2) 6 10 10 10 6 E
Altitude (1=10m) 17 15 17 15 15 S
Grau de cobertura (%) 90 100 90 90 90 E
Orientao - - - - - N
Declive () - - - - -
N de espcies 4 9 8 17 17 A
N especfico mdio 11 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Agrostis pourretii 5.5 5.4 5.5 5.5 5.5 5
Pulicaria paludosa + + 1.1 1.1 2.2 5
Lotus subbiflorus 1.1 1.1 . 1.1 1.1 4
Juncus bufonius . + + + + 4
Eryngium gallioides . + . + . 2
Chaetopogon fasciculatus . . + +.2 . 2
Juncus capitatus . . . + + 2
Lythrum thymifolia . . . + + 2
Juncus tenageia . . . . + 1
Companheiras
Leontodon taraxacoides subsp. hispidus + . r + + 4
Cuscuta planiflora . r 1.2 +.2 . 3
Isoetes velatum . . . 2.2 2.2 2
Polypogon monspeliensis . . . + 1.1 2
Eryngium corniculatum . . . + 1.1 2
Isolepis cernua . . . + + 2
Cynodon dactylon . 4.4 . 4.4 . 2
Eleocharis palustris subsp. vulgaris . . +.2 . +.2 2
Euphorbia exigua . . . + + 2
Lythrum borysthenicum . . . . + 1
Outros taxa: Avena sterilis + (5); Convolvulus arvensis r (2); Hordeum hystrix + (2); Linum
bienne + (5); Spergularia rubra + (4); Trifolium scabrum + (3).
Localidades: 1 e 3 Nave dos Cordeiros (29SNB7719); 2, 4 e 5 Nave do Baro (29SNB8419).
* Cicendion (Rivas Goday in Rivas Goday & Borja 1961) Br.-Bl. 1967
Agrupa associaes Mediterrnea-Ibrica-Ocidentais de terfitos efmeros, submetidos a encharcamentos superficiais
e transitrios no Inverno e Primavera.
O COBERTO VEGETAL
164 Caractersticas territoriais: Cicendia filiformis, Exaculum pusillum, Kickxia cirrhosa, Isolepis pseudosetaceus.
9 - Loto subbiflori-Chaetopogonetum fasciculati Rivas-Martnez & Costa in Rivas-Martnez, Costa, Castroviejo & E.
Valds 1980
(Quadro III/IX)
Sinecologia e Sinestrutura: Associao termomediterrnea de aspecto graminide, constituda por terfitos efmeros
de pouca biomassa, que tendem a cobrir toda a superfcie do solo.
Apesar de ter o seu ptimo sobre solos areno ou limo-arenosos, no territrio estudado ocorre, particularmente, em solos
franco-argilo-limosos, de charcos e naves, com guas superficiais, inundados durante o Inverno e incio da Primavera.
De acordo com a pluviosidade e face sua condio teroftica, esta fitocenose pode flutuar, de ano para ano, em relao
ao seu aspecto e estrutura. Este facto j apontado por RIVAS-MARTNEZ et al. (1980) foi por ns confirmado na Nave
do Baro durante os anos de 1993 a 1996.
Sincorologia: Associao Gaditano-Algarviense que geovicria da Hyperico humifusi-Chaetopogetum fasciculati.
Sinfitossociologia: Associao que integra o complexo de comunidades das lagoas interiores, temporariamente
inundadas, por guas doces, no Inverno e Primavera, do sinecossistema da Nave do Baro. Contacta com Pulicario
paludosae-Agrostietum pourretii e com Eryngio corniculatae-Preslietum cervinae.
O COBERTO VEGETAL
Caractersticas territoriais: Alisma plantago-aquatica, Eleocharis palustris subsp. vulgaris, Lycopus europaeus, Lythrum 165
salicaria, Phragmites australis s.l., Veronica anagallis-aquatica.
Quadro III/IX
P
N ordem 1 2 R
rea (m2) 10 10 E
Altitude ( 1= 10 m) 15 15 S
Grau de cobertura (%) 95 90 E
Orientao - - N
Declive (%) - -
N espcies 19 17 A
N especfico mdio 18 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Chaetopogon fasciculatus 5.5 4.4 2
Lotus subbiflorus 3.3 3.3 2
Juncus bufonius + +.1 2
Juncus capitatus + 1.1 2
Juncus pygmaeus . +.1 1
Juncus tenageia . +.1 1
Juncus hybridus . 1.1 1
Kickxia cirrhosa . +.2 1
Companheiras
Leontodon taraxacoides subsp. hispidus 1.1 1.1 2
Eryngium galioides +.2 + 2
Logfia gallica + + 2
Convolvulus arvensis 2.1 + 2
Chamaemelum nobile var. aurea 1.3 + 2
Trifolium campestre 1.1 + 2
Cynosurus echinatus + + 2
Trifolium angustifolium + + 2
Isolepis cernua . 1.1 1
Agrostis pourretii 1.1 . 1
Pulicaria paludosa + . 1
Lythrum borysthenicum + . 1
Eryngium corniculatum + . 1
Outros taxa: Hordeum hystrix +.1 (1); Plantago coronopus + (1);
Plantago lagopus + (1).
Localidades: 1 Nave do Baro (29SNB8419); 2 Nave dos Cordeiros
(29SNB7719).
** Phragmitenion communis
Subaliana que rene comunidades de grandes helfitos rizomatosos dulcaqucolas, prpria de margens de lagoachos
ou cursos de guas lentas.
O COBERTO VEGETAL
166 Quadro III/X
P
N ordem 1 2 R
rea (m2) 20 40 E
Altitude (1=10m) 5 5 S
Grau de cobertura (%) 30 50 E
Orientao - - N
Inclinao (%) - -
N espcies 8 13 A
N especfico mdio 10.5 S
Caractersticas da comunidade
e unidades superiores
Verbena supina 1.1 1.1 2
Heliotropium supinum 1.1 2.2 2
Juncus bufonius + + 2
Lythrum thymifolia . + 1
Corrigiola littoralis subsp. perez-larae . +.1 1
Centaurium pulchellum . + 1
Mentha pulegium . + 1
Companheiras
Pulicaria paludosa + + 2
Lythrum tribracteatum 1.1 + 2
Chara vulgaris 1.1 . 1
Blackstonia perfoliata . + 1
Juncus capitatus . + 1
Juncus pygmaeus . 1.2 1
Isolepis pseudosetaceus . + 1
Kickxia lanigera var. dealbata + . 1
Convolvulus arvensis + . 1
Localidades: 1 e 2 Lagoa de Tunes (29SNB6512).
11 - Typho angustifoliae-Phragmitetum australis (Txen & Preising 1942) Rivas-Martnez, Bscones, T.E. Daz,
Fernndez-Gonzlez & Loidi 1991
(Quadro III/XI)
Sinecologia e Sinestrutura: Associao hidroftica de porte elevado que se desenvolve sobre solos hidromrficos
das margens de rios e lagoachos com guas lentas, mais ou menos mineralizadas e eutrofizadas, ricas em carbonato
de clcio. dominada por grandes helfitos, nos quais se destacam Schoenoplectus lacustris e Typha domingensis,
entre outros. No territrio estudado estes espadanais ocorrem, sobretudo, nas margens das ribeiras onde se verificam
fenmenos de sedimentao e com guas permanentes. Ainda que estas comunidades vivam a maior parte do ano
com a base submergida, podem, no entanto, suportar uma dessecao temporal, particularmente no final do seu
desenvolvimento, mas sempre com o lenol fretico prximo da superfcie.
Sinfitossociologia: Considera-se um microsigmetum ribeirinho, que contacta com as sries de vegetao edafohigrfilas
(v.g. salgueirais) e por vezes com as comunidades de Potamogetum sp.
Agrupa comunidades de guas doces, mais ou menos, ricas em nutrientes minerais, no salinas, que podem suportar
perodos de seca prolongados.
O COBERTO VEGETAL
167
Quadro III/XI
Typho angustifoliae-Phragmitetum australis (Txen & Preising 1942) Rivas-Martnez et al., 1991
(Phragmitenion communis, Phragmition communis, Phragmitetalia, Phragmito-Magnocaricetea)
P
N ordem 1 2 3 4 5 6 R
rea (m2) 12 10 12 20 20 20 S
Altitude (1=10m) 4 18 15 13 14 3 E
Grau de cobertura (%) 90 80 100 80 80 80 E
Orientao - W S S - - N
Inclinao (%) - 3 2 2 - -
N espcies 6 15 13 13 12 14 A
N especfico mdio 12.2 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Schoenoplectus lacustris 2.2 1.1 3.4 4.4 1.1 + V
Lythrum salicaria 2.2 + 1.1 + + 1.1 V
Typha angustifolia . 3.3 5.5 2.2 4.4 1.1 V
Typha domingensis . . . + 2.2 4.4 III
Veronica anagallis-aquatica + . . . . 2.2 II
Companheiras
Cyperus longus subsp. badius 2.3 2.2 1.2 + + + V
Oenanthe crocata + 2.2 . + + + V
Alisma lanceolatum . . 1.1 1.1 2.2 + IV
Rorippa nasturtium-aquaticum . . + . + 2.2 III
Equisetum telmateia . 2.2 + . + . III
Fraxinus angustifolia + + . . . . II
Juncus articulatus . 2.2 . +.2 . . II
Agrostis stolonifera . +.2 + . . . II
Scirpoides holoschoenus . 2.2 . . . 1.1 II
Salix x secalliana . + . + . . II
Potamogeton nodosus . . + + . . II
Juncus effusus . . + +.2 . . II
Calystegia sepium . . + + . . II
Juncus subnodulosus . . . +.2 + . II
Juncus rugosus . . . . 1.1 + II
Chara vulgaris . . . . 4.4 4.4 II
Bolboschoenus maritimus . . . . . 1.1 I
Outros taxa: Arundo donax + (2); Dittrichia viscosa subsp. revoluta + (2); Apium nodiflorum + (3);
Lycopus europaeus + (6); Mentha suaveolens 1.1 (2); Nerium oleander + (2); Teucrium scordium
subsp. scordioides + (3);
Localidades: 1 Moinhos da Rocha (29SPB1513); 2 Amendoeira (29SNB9215); 3 a 5 Fonte da
Benmola (29SNB8818); 6 Ribeira da Asseca (29SPB1413).
O COBERTO VEGETAL
168
Fig. III/3.5 Aspecto geral da Ribeira de Quarteira: 1 Tabuais de Typho angustifoliae-Phragmitetum australis; 2 Freixial de Ficario
ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae; 3 Zambujal de Aro italici-Oleetum sylvestris; 4 Medronhal de Aristolochio baeticae-
-Arbutetum unedonis; 5 Carrascal de Asparago albi-Rhamnetum oleoidis; 6 Tomilhal de Thymo lotocephali-Coridothymetum
capitati; 7 Arrelvados terofticos de Velezio rigidae-Astericetum aquaticae.
(Quadro III/XII)
Sinecologia e Sinestrutura: Associao dominada por Bolboschoenus maritimus, desenvolvida sobre sedimentos
argilosos, inundados durante a maior parte do ano, mas que secam no Vero. No territrio esta associao apresenta-se
de forma densa, de aspecto homogneo, mas com poucas espcies, ocorrendo sobretudo em valas de drenagem das
naves temporariamente encharcadas, por guas ricas em carbonatos de clcio, bem como margens dos lagoachos e
das linhas de gua.
Sincorologia: Associao que apresenta uma ampla distribuio, tanto mediterrnea como eurosiberiana.
Ordem que agrupa comunidades de helftos de pequeno e mdio porte, erectos ou decumbentes, prprias de cursos de
gua pouco profundos que suportam um longo perodo de seca. Apresentam uma distribuio Holrtica euroasitica.
Agrupa associaes de helfitos de porte mdio a elevado, caractersticas de guas profundas, com nvel oscilante, fluentes
ou estancadas. uma aliana de grande amplitude ecolgica, de distribuio europeia e norteafricana (MOLINA, 1996).
Congrega associaes helfiticas, constitudas por gramneas e/ou frbios vivazes, caractersticas de margens de rios
intermitentes ou leitos fluviais (MOLINA, 1996).
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/XII 169
P
N ordem 1 2 3 R
rea (m2) 8 6 8 E
Altitude (1=10m) 10 5 5 S
Grau de cobertura (%) 100 100 100 E
Orientao - - - N
Declive () - - -
N espcies 4 5 6 A
N especfico mdio 5 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Bolboschoenus maritimus 5.5 5.5 5.5 3
Companheiras
Scirpoides holoschoenus + 2.3 1.2 3
Juncus rugosus +.2 +.2 . 2
Cynodon dactylon + + . 2
Apium nodiflorum . . +.2 1
Convolvulus arvensis . + . 1
Mentha suaveolens . . + 1
Paspalum paspalodes . . 1.1 1
Mentha pulegium . . + 1
Localidades: 1 Algoz (Lagoa; 29SNB6512); 2 Poo da Figueira (Algoz;
29SNB6512); 3 Lagoa dos Cavalos (29SPB0909).
O COBERTO VEGETAL
170 em bases por escorrem sobre substratos calcrios. Estas atingem maior porte e frondosidade devido eutrofizao das
guas pelos fertilizantes agrcolas e efluentes das estaes de tratamento de guas residuais.
Sincorologia: Associao inicialmente descrita por MAIRE (1924) para Marrocos, com uma ampla distribuio no
mediterrneo-iberolevantino que tambm atinge os territrios Bticos. A sua presena no Barrocal representa a primeira
citao para Portugal.
Variabilidade e Sintaxonomia: Embora no se registe a ocorrncia de Glyceria notata no territrio estudado, seguindo
MOLINA (1996) a ausncia de Glyceria declinata, nestas fitocenoses, leva-nos a filiar as comunidades algarvias na
associao Helosciadetum nodiflori.
Quadro III/XIII
P
N ordem 1 2 3 R
rea (m2) 10 10 8 E
Altitude (1=10m) 10 10 10 S
Grau de cobertura (%) 50 60 60 E
Orientao - - - N
Inclinao (%) - - -
N espcies 10 12 9 A
N especfico mdio 10.3 S
Caractersticas de comunidade e
unidades superiores
Oenanthe crocata 2.2 3.3 3.3 3
Alisma lanceolatum . + . 1
Lythrum salicaria . . + 1
Companheiras
Scirpoides holoschoenus +.2 +.2 +.2 3
Mentha suaveolens + 1.1 + 3
Piptatherum miliaceum + 1.1 1.1 3
Phalaris aquatica 1.2 . +.2 2
Cyperus longus subsp. badius 1.1 2.2 . 2
Polypogon monspeliensis 1.1 + . 2
Juncus effusus . + +.2 2
Fraxinus angustifolia + + . 2
Rumex crispus + . + 2
Foeniculum vulgare subsp. piperitum + . + 2
Rubus ulmifolius . +.2 . 1
Apium nodiflorum . + . 1
Typha angustifolia . 1.1 . 1
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/XIV 171
Helosciadetum nodiflori Maire 1924
(Nasturtion officinalis, Nasturtio-Glycerietalia, Phragmito-Magnocaricetea)
P
N ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 R
rea (1=10m2) 2 4 3 2 3 2 2 2 E
Altitude (1=10m) 28 10 11 15 15 11 3 14 S
Grau de cobertura (%) 90 70 90 90 70 100 90 70 E
Orientao NW E E S S E - S N
Declive () 2 2 2 2 2 3 - 2
N espcies 11 7 6 7 6 6 11 10 A
N especfico mdio 8 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Apium nodiflorum 4.4 3.3 4.4 4.4 3.4 4.5 4.5 3.3 V
Veronica anagallis-aquatica 2.3 2.2 1.2 2.2 2.2 1.1 3.3 2.2 V
Rorippa nasturtium aquaticum 3.3 2.2 2.2 3.3 2.3 2.2 . 3.3 V
Alisma lanceolatum . . 1.1 + 2.2 . . + III
Lythrum salicaria . . . . . . + 1.1 II
Companheiras
Polygonum lapathifolium + 1.1 . . . + + . III
Euphorbia hirsuta 1.1 1.1 . . . . . + III
Polypogon monspeliensis + 1.1 . . . . + . III
Typha angustifolia . . + + + . . . III
Cyperus longus subsp. badius . . . . . 2.2 + . II
Oenanthe croccata . . . . . 1.1 . + II
Mentha pulegium . . . . . . + 1.1 II
Agrostis stolonifera 1.2 . . . . . + . II
Juncus subnodulosus . . . + 1.3 . . . II
Scrophularia auriculata + + . . . . . . II
Samolus valerandi + . . . . . + . II
Outros taxa: Bolboschoenus maritimus + (7); Corrigiola littoralis subsp. perez-larae+ (7); Equisetum ramosissimum
+ (4); Equisetum telmateia 1.2 (8); Juncus rugosus + (1); Mentha suaveolens + (1); Paspalum paspalodes 1.2 (3);
Teucrium scordium subsp. scordioides +.2 (8);
Localidades: 1 Quinta do Freixo (29SNB7724); 2, 3 e 6 Rib. Ondas-Lagoa Cavalos (29SPB0909); 4 e 5 Fonte
da Benmola (29SNB8818); 7 Rib. Asseca (29SPB1513); 8 Prx. Pte. Querena (29SNB8817).
O COBERTO VEGETAL
172 Quadro III/XV
P
N ordem 1 2 3 4 5 6 7 R
rea (m2) 4 6 8 6 10 4 10 E
Altitude (1=10m) 10 14 15 14 15 17 11 S
Grau de cobertura (%) 80 90 80 100 100 100 70 E
Orientao - - - - - SE E N
Declive () - - - - - 2 2
N espcies 4 6 6 9 4 4 6 A
N especfico mdio 5.6 S
Caractersticas da comunidade
e unidades superiores
Eleocharis palustris subsp. vulgaris 4.4 4.4 4.4 5.5 5.5 5.5 3.3 V
Alisma lanceolatum . . . . . 3.3 + II
Rorippa nasturtium aquaticum . . . . . . 2.2 I
Veronica anagallis-aquatica . . . . . . + I
Companheiras
Pulicaria paludosa . +.2 1.1 r + . . III
Cynodon dactylon . 1.1 1.1 +.1 1.1 . . III
Convolvulus arvensis . . + r + . . III
Polypogon monspeliensis + . + + . . . III
Eryngium corniculatum . 1.2 . 1.1 . . . II
Ranunculus saniculifolius . 1.1 . + . . . II
Apium nodiflorum 1.1 . . . . . 3.3 II
Lotus conimbricensis . . . r . . . I
Isoetes velatum . 1.2 . . . . . I
Juncus articulatus 2.2 . . . . . . I
Juncus rugosus . . . . . 2.2 . I
Mentha pulegium . . . 1.1 . . . I
Cyperus longus subsp. badius . . . . . . + I
Lythrum borysthenicum . . + . . . . I
Localidades: 1 e 7 Rib. Ondas - Lagoa dos Cavalos (29SPB0909); 2 e 4 Nave do Baro (29SNB8419);
3 Esteveira (29SNB7518); 5 Poanco - Loul (29SNB); 6 Lagos e Relvas (29SNB9508).
Foto III/3.6 - Aspecto da comunidade de Eleocharis palustris subsp. vulgaris (com Ranunculus saniculifolius).
O COBERTO VEGETAL
16 - Eucladio-Adiantetum capilli-veneris Br.-Bl. ex Horvatic 1934 173
(Quadro III/XVI)
Sinecologia e Sinestrutura: Associao briopteridofitica, pobre em espcies de carcter termfilo, que no territrio
estudado ocorre em vrios locais umbrfilos e ressumantes. Contudo, predomina em taludes terrosos das margens dos
cursos de gua temporariamente inundados e ressumando periodicamente gua, bem como em pequenas cascatas
dos leitos dos ribeiros e ribeiras. Apesar da presena de Eucladio verticillatum no ser significativa, SRGIO et al. (1984)
referem que esta comunidade est, sem dvida, relacionada com a associao Eucladio-Adiantetum.
Sincorologia: Comunidade termo e mesomediterrnea Ibrico-Meridional (ALCARAZ et al. 1991).
Quadro III/XVI
P
N ordem 1 2 3 4 5 6 R
rea (m2) 4 4 4 1 4 2 E
Altitude (1=10m) 4 3 4 14 28 28 S
Grau de cobertura 70 80 80 80 90 90 E
Orientao N N E NW N N N
Declive () 60 60 90 20 90 90
N espcies 6 7 6 6 7 8 A
N especfico mdio 6.7 S
Caractersticas da associao e
unidades superiores
Adiantum capillus-veneris 3.3 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 V
Samolus valerandi 2.2 2.2 2.2 2.2 2.2 2.2 V
Eucladio verticillatum . . . . 1.2 2.2 II
Companheiras
Blackstonia perfoliata 1.1 + . . + . III
Mentha suaveolens . + + + . . III
Hypericum undulatum . . . . + 1.1 II
Brachypodium sylvaticum + . . + . + II
Euphorbia hirsuta . . . . 1.1 + II
Calystegia sepium . + . + . . II
Apium nodiflorum + . + . . . II
Outros taxa: Campanula rapunculus + (2); Epilobium hirsutum 1.1 (6); Holcus lanatus + (4);
Phagnalon saxatile + (6); Lythrum salicaria + (2); Vinca difformis 1.1 (1); Veronica anagallis - aquatica
1.1 (3); Polypogon monspeliensis 1.1 (3); Myosotis debilis + (4).
Localidades: 1 e 3 Moinhos da Rocha (29SPB1513); 2 Ribeira de Squa (29SPB1812); 4 Ribeira
de Algibre - Prximo de Tor (29SNB8716); 5 e 6 Rocha da Pena (29SNB7824).
O COBERTO VEGETAL
174 VI - ASPLENIETEA TRICHOMANIS (Br.-Bl. in Meier & Br.-Bl. 1934) Oberdorfer 1977
Comunidades vegetais, em geral, de fraca cobertura, constitudas por hemicriptfitos, gefitos ou camfitos, que vivem
em fissuras de penhascos, escarpas e muros, mais ou menos, secos (casmfitos), ou mislas de rochas com uma
delgada capa de terra (exocomfitas), de distribuio Holrtica (RIVAS-MARTNEZ, 1959; T. E. DIZ, 1989).
No territrio estudado esta classe est muito bem representada nos afloramentos rochosos de calcrio, onde vivem
espcies endmicas que parecem ter aqui sobrevivido desde os perodos pr-quaternrios.
Caractersticas territoriais: Asplenium trichomanes subsp. quadrivalens.
Foto III/3.7 - Asplenium petrarchae (Gurin) DC.: planta bastante rara em Portugal.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/XVII 175
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 R
rea (m2) 0,25 1,0 1 0,25 0,5 0,5 0,5 1,0 0,5 1,0 E
Altitude (1=10m) 11 15 14 9 27 13 22 20 22 27 S
Grau de cobertura (%) 40 40 40 30 30 50 40 30 40 30 E
Orientao E E S SE SE N SW NW SE SE N
Declive () 90 80 20 15 80 90 90 60 80 60
N de espcies 8 7 6 8 4 6 8 11 12 6 A
N especfico mdio 7.6 S
Caractersticas de comunidade
e unidades superiores
Asplenium petrarchae 3.3 3.3 2.2 1.1 2.2 3.3 3.3 2.2 2.2 2.2 V
Melica minuta + + . . . + . + . . II
Asplenium trichomanes subsp. quadrivalens . . . . . . . + + 1.1 II
Cosentinia vellea . . 1.1 2.2 . . . . . . I
Cheilanthes acrostica . . . . . . . . . . +
Narcissus gaditanus . . . . . . . . + . +
Companheiras
Mucizonia hispida 1.1 3.3 2.2 1.2 1.1 2.2 2.2 + 3.3 + V
Asplenium ceterach . + + 1.1 1.1 1.1 1.1 2.2 2.2 1.1 V
Sedum sediforme 1.1 + + . . + + + + . IV
Geranium purpureum + + . + + . + . . . III
Valantia muralis . 1.1 1.1 1.1 . . 1.1 . . . III
Polypodium interjectum . . . . . + + 1.1 . 1.1 II
Umbilicus rupestris . . . + . . . + . . I
Campanula erinus + . . . . . . . + . I
Antirrhinum onubensis . . . . . . . + + . I
Valantia hispida . . + . . . . . . . I
Trachynia distachya . + . . . . . . . . +
Outros taxa: Biarum arundanum + (1); Calendula suffruticosa subsp. lusitanica + (9); Centranthus calcitrapae + (10);
Elaeoselinum foetidum + (9); Musgos 2.2 (1); Parietaria sp. + (9); Phagnalon saxatile + (8); Prasium majus 1.1 (7); Sedum
rubens + (8); Sideritis romana + (4); Theligonum cynocrambe 1.1 (9).
Localidades: 1 Escarpo (29SNB7111); 2 Corte Neto (29SNB8619); 3 P da Corsa (29SNB6713); 4 Cerro da Cabea
Aguda (29SNB7317); 5 Alfeio (29SNB8313); 6 Bogalho (29SNB8410); 7 Penedos Altos (29SNB9016); 8 Varejota
(29SNB8214); 9 Entre Barrocal (29SNB8514); 10 Barrocal (29SNB8514).
18 - Narcisso calcicolae-gaditani C. Pinto-Gomes, E. Cano, J.A.Torres, R. Paiva-Ferreira & J. Rosa-Pinto ass. nova.
(Quadro III/XVIII: inv. 1 ao 6; typus inv. 6)
Sinecologia e Sinestrutura: Comunidade termomediterrnea, seca a sub-hmida, caracterstica das fissuras das rochas
calcrias, dominada pela presena dos gefitos endmicos Narcissus calcicola e Narcissus gaditanus, que vive em zonas
mais ou menos prximas do litoral, particularmente das superfcies mais elevadas e de exposio ao quadrante norte.
Por vezes tambm ocorre sob a proteco boscosa dos carvalhais de Querceto alpestris-broteroi Sigmetum e mesmo dos
azinhais de Rhamno oleoidis-Querceto rotundifoliae Sigmetum, mas sempre sobre afloramentos rochosos de calcrio.
Sincorologia: A Narcisso calcicolae-gaditani C. Pinto-Gomes, E. Cano, J.A.Torres, R. Paiva-Ferreira & J. Rosa-Pinto ass.
nova. (Typus associatio: Quadro III/XVIII, inv.6) uma comunidade exclusiva do Barrocal Algarvio (Sector Algarviense).
O COBERTO VEGETAL
176 + Parietarietalia muralis Rivas-Martnez in Rivas Goday 1964
Ordem nica da classe.
Caractersticas territoriais: Cymbalaria muralis, Erigeron karvinskianus, Ficus carica, Hyoscyamus albus, Parietaria
judaica, Sonchus tenerrimus, Umbilicus rupestris.
Quadro III/XVIII
Narcisso calcicolae-gaditani C. Pinto-Gomes, E. Cano, J.A.Torres, R. Paiva-Ferreira & J. Rosa-Pinto ass. nova.
(Asplenion glandulosi, Asplenietalia glandulosi, Asplenietea trichomanis)
P
N ordem 1 2 3 4 5 6 R
rea (m2) 4 3 3 2 3 2 E
Altitude (1=10m) 35 30 34 34 24.5 35 S
Grau de cobertura (%) 30 40 20 30 40 40 E
Orientao N N N N N N N
Declive () <5 <5 <5 <5 <5 <5
N espcies 12 11 13 11 11 11 A
N especfico mdio 11.5 S
Caractersticas de comunidade
e unidades superiores
Narcissus calcicola 1.1 1.1 1.1 2.2 2.2 2.2 V
Asplenium trichomanes subsp. quadrivalens 1.1 . + 1.1 + 1.1 V
Narcissus gaditanus . 1.1 + + + 1.1 V
Narcissus obesus 2.2 1.1 +.2 . . . III
Melica minuta + . + 1.1 . . III
Companheiras
Umbilicus rupestris + + + + + 1.1 V
Theligonum cynocrambe 1.1 2.2 1.1 1.1 1.1 1.1 V
Asplenium ceterach 2.2 1.1 + + 1.1 2.2 V
Mucizonia hispida + + + . + + V
Valantia muralis + 1.1 + + . + V
Sedum sediforme + 2.2 . 1.1 2.2 1.1 V
Geranium purpureum 1.1 + . 1.1 1.1 . IV
Centranthus calcitrapae . + + . + + IV
Hyacinthoides hispanica + . + . . 1.1 III
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum . . + + 1.1 . III
Localidades: 1 Rocha de Messines (29SNB6723); 2 Picavessa (29SNB8318); 3 Espargal (29SNB7717);
4 Rocha da Pena (29SNB8024); 5 Cerro da Cabea (29SPB0807); 6 Rocha da Pena (29SNB7923).
(Quadro III/XIX)
No territrio algarvio esta comunidade ocorre normalmente com populaes quase monoespecficas de Parietaria
judaica, prximo de aglomerados populacionais, castelos, rochedos e ambientes urbancolas.
Sincorologia: Embora autores citem o ptimo desta associao no mesomediterrneo, refira-se que esta existe, com
frequncia, em superfcies do termomediterrneo. Apresenta uma distribuio Atlntica e Mediterrneo-Iberolevantina.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/XIX 177
P
N de ordem 1 2 3 4 5 R
rea (m2) 4 2 2 1 4 E
Altitude (1=10m) 14 14 10 13 14 S
Grau de cobertura (%) 20 30 30 30 30 E
Orientao N S NE S W N
Declive() N S NE S W
N de espcies 5 9 11 12 7 A
N especfico mdio 8.8 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Parietaria judaica 2.2 2.3 2.2 2.3 2.3 5
Umbilicus rupestris . + + + + 4
Sonchus tenerrimus + + . + . 3
Ficus carica . . + . 1.1 2
Cymbalaria muralis . . . . +.2 1
Companheiras
Phagnalon saxatile + + + + + 5
Campanula erinus + + + + . 4
Lagurus ovatus . +.1 + + + 4
Piptatherum miliaceum . . + + + 3
Adiantum capillus-veneris . . + +.2 . 2
Geranium purpureum . + + . . 2
Melica ciliata subsp. magnolii . +.1 . +.1 . 2
Oxalis corniculata . . . +.1 . 1
Satureja graeca var. micrantha . . + . . 1
Mercurialis annua . . + . . 1
Gnaphalium luteo-album . . . + . 1
Torilis arvensis subsp. neglecta . +.2 . . . 1
Centranthus calcitrapae . . . 1.2 . 1
Leontodon taraxacoides subsp. hispidus + . . . . 1
Localidades: 1 e 5 Querena - Ribeira da Fonte Menaval (29SNB8818); 2 Moncarapacho
- (29SPB0807); 3 Qt. Freixo-Fonte (29SNB7724); 4 Ribeira de Algibre - Qt. da Ombria
(29SNB8716).
O COBERTO VEGETAL
178 Quadro III/XX
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 R
rea (m2) 0,5 0,5 1 1 0,25 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 E
Altitude (1=10m) 19 25 35,5 26 11 20 24 12 20 38 S
Grau de cobertura (%) 25 40 30 30 60 40 30 60 30 30 E
Orientao S S NW NE NE S S N SE N N
Declive () 10 80 10 40 80 15 20 80 15 60
N de espcies 8 9 11 7 7 8 8 9 10 7 A
N especfico mdio 8.4 S
Caractersticas de comunidade
e unidades superiores
Mucizonia hispida 2.2 3.3 1.1 2.2 4.4 3.3 3.3 3.3 2.2 3.3 V
Umbilicus rupestris . 1.1 + . . + 1.1 + + 1.1 IV
Companheiras
Geranium purpureum + + + + + + + + + + V
Valantia muralis 2.2 + 1.1 1.1 . 2.2 2.2 2.2 1.1 2.2 V
Theligonum cynocrambe + + 1.1 + + . . . + 1.1 IV
Valantia hispida . . . + + 1.1 1.1 1.1 1.1 . IV
Asplenium ceterach + 2.2 1.2 . . . + . + . III
Sedum sediforme . + 1.1 . + . . + + . III
Galium verrucosum . + . + . + . + + . III
Campanula erinus . + . + . + . . . . III
Trachynia distachya + . . . . + + . . . III
Sedum rubens . . . . 1.1 . . . + . II
Prasium majus . . +.1 . . . . + . . II
Centranthus calcitrapae + . . . . . . . . + II
Catapodium rigidum . . . . . . . + . + II
Mercurialis annua + . . . . . . . . . I
Melica minuta . . . . . . + . . . I
Asplenium petrarchae . . . . + . . . . . I
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum . . + . . . . . . . I
Bunium bulbocastanum . . + . . . . . . . I
Polypodium interjectum . . + . . . . . . . I
Localidades: 1 e 9 Cabeo da Cmara (29SNB8308); 2 Passul-Alte (29SNB7522); 3 Ladeira-Bordeira (29SNB9507); 4 Barrocal
(29SNB8514); 5 Escarpo (29SNB7111); 6 Prx. guia-Varejota (29SNB8213); 7 Cabea Aguda (29SNB7317); 8 Bugalho-
-Loul (29SNB8410); 10 - Rocha da Pena (29SNB7924).
O COBERTO VEGETAL
mesomediterrneos do oriente pennsular, e termotemperados, atingindo tambm os territrios meridionais-ocidentais. 179
Caractersticas territoriais: Polypodium x shivasiae, Polypodium cambricum.
Quadro III/XXI
P
N ordem 1 2 3 4 5 6 R
rea (m2) 1 0.5 0.5 0.5 0.5 0.5 E
Altitude (1=10m) 22 15 13 27 42 38 S
Grau de cobertura (%) 60 80 60 80 90 100 E
Orientao N NE N N NE N N
Declive () 40 60 60 60 60 60
N Espcies 7 9 7 8 10 12 A
N especfico mdio 8.8 S
Espcies caractersticas da
comunidade e unidades superiores
Polypodium interjectum 3.4 3.3 3.3 4.4 3.4 4.4 V
Polypodium cambricum . . +.2 2.2 1.2 1.2 IV
Polypodium x shivasiae . . . . + +.2 II
Companheiras
Mucizonia hispida + + 1.1 + + 1.1 V
Asplenium trichomanes subsp. quadrivalens . +.2 2.2 2.2 1.2 2.2 V
Asplenium ceterach 1.1 + . 1.1 1.2 2.2 V
Geranium purpureum + + + + + + IV
Umbilicus rupestris + + + + + 1.1 IV
Sedum sediforme + . . + . + III
Asplenium petrarchae + . + . . . II
Hyacinthoides hispanica . . . . + + II
Narcissus calcicola . . . . + + II
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum . . . . . + I
Valantia muralis . + . . . . I
Campanula erinus . + . . . . I
Prasium majus . + . . . . I
Localidades: 1 Penedos Altos (29SNB9016); 2 Cabeo da Cmara (29SNB8208); 3 Cabea
aguda (29SNB7317); 4 Barrocal (29SNB8514); 5 e 6 Rocha da Pena (29SNB7924).
Aliana terrcola que rene as associaes comofticas siliccolas termo-mesomediterrneas com Sellaginella denticulata.
Caractersticas territoriais: Anogramma leptophylla.
O COBERTO VEGETAL
180 22 - Comunidade de Selaginella denticulata
(Quadro III/XXII)
Sinecologia e Sinestrutura: Comunidade termomediterrnea dominada por cormfitos que colonizam plataformas
terrcolas hmidas e sombrias, que parece corresponder associao Selaginello denticulatae-Anogrammetum
leptophyllae. Embora seja uma associao caracterstica dos substratos silcios e termfilos, estas fitocenoses foram
inventariadas por ns e por GARCIA-FUENTES (1996) em solos argilosos compactos, neutro-basfilos, com um baixo
contedo de carbonatos. No territrio estudado encontra-se frequentemente em locais protegidos e hmidos das
margens das ribeiras do Barrocal, particularmente onde se verifica escorrncia ou ressumncia temporrias de gua.
Variabilidade: Embora estas comunidades paream representar um empobrecimento da associao siliccola Selaginello
denticulatae-Anogrammetum leptophyllae, mantemos apenas as fitocenoses algarvias com o estatuto de comunidade,
at realizao de estudos mais abrangentes sobre estas fitocenoses.
Quadro III/XXII
P
N ordem 1 2 3 4 R
rea (m2) 0,5 0,5 0,5 0,5 E
Altitude (1=10m) 22 10 10 28 S
Grau de cobertura (%) 80 70 80 90 E
Orientao N NE N N N
Declive () 40 60 60 80
N espcies 8 5 5 4 A
N especfico mdio 5.5 S
Caractersticas da comunidade
e unidades superiores
Selaginella denticulata 4.4 3.4 4.4 4.5 4
Anogramma leptophylla . . . + 1
Companheiras
Campanula erinus 1.1 + . . 2
Geranium purpureum + + . . 2
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum + . . + 2
Umbilicus rupestris + . . + 2
Samolus valerandi . 1.1 1.2 . 2
Adiantum capillus-veneris . . + . 1
Apium nodiflorum . . + . 1
Centaurea melitensis 1.1 . . . 1
Valantia muralis 2.2 . . . 1
Blackstonia perfoliata . + . . 1
Asplenium ceterach . . + . 1
Polypodium cambricum + . . . 1
Localidades: 1 Cabeo da Cmara (29SNB8308); 2 Rib. Ondas Prx. Lagoa dos
Cavalos (29SPB0909); 3 Ribeira de Algibre - Estela Monte (29SNB7816); 4 Pico
Alto (29SNB7023).
IX - PHAGNALO-RUMICETEA INDURATI (Rivas Goday & Esteve 1972) Rivas-Martnez, Izco & Costa 1973
Vegetao saxcola, principalmente cameftica, de ptimo Mediterrneo-Iberoatlntico, que coloniza cascalheiras, gretas
amplas de rochas, paredes e taludes rochosos e terrosos.
O COBERTO VEGETAL
+ Phagnalo saxatilis-Rumicetalia indurati Rivas Goday & Esteve 1972 181
Ordem nica da classe.
Caractersticas territoriais: Anarrhinum bellidifolium, Arabis lusitanica, Calendula suffruticosa subsp. algarbiensis,
Crambe hispanica. subsp. glabrata, Dianthus broteri, Elaeoselinum tenuifolium, Lactuca viminea subsp. chondrilliflora,
Rumex intermedius subsp. lusitanicus, Sanguisorba minor subsp. spachiana, Saxifraga granulata var. glaucescens.
Aliana que rene comunidades saxcolas, principalmente camefticas de cascalheiras e rochedos, helifilas e xerfilas,
colonizadoras de gretas amplas de rochedos silcios e mesmo de calcrios duros dolomticos.
(Quadro III/XXIII)
Sinecologia e Sinestrutura: Associao caracterstica dos interstcios de grandes pedras calcrias, que coloniza
cascalheiras e pedregais de ladeiras escarpadas, constituda por camfitos e hemicriptfitos que dominada por Rumex
induratus, Rumex glaucus e acompanhada frequentemente por Saxifraga glaucescens, Phagnalon saxatile, entre outras.
No territrio, ocorre com bastante frequncia nas encostas declivosas da Rocha da Pena, Rocha de Messines e Rocha
dos Soidos, no piso termomediterrneo, sob ombroclima seco a sub-hmido.
Sincorologia: Associao Mediterrnea Ibrica Ocidental que ao atingir os territrios Bticos est representada por esta
raa termfila, detectada no Sector Algarviense, mas que tambm a conhecemos na Provncia Btica.
Variabilidade: Nos territrio algarvios damos a conhecer uma raa termfila, de distribuio btica elaeoselinetosum
tenuifoliae subass. nova (Typus associatio: Quadro III/XXIII, inv. 6), baseada na constante presena da termfila
Elaeoselinum tenuifolium.
Vegetao herbcea vivaz, nitrfila e escionitrfila, de porte e biomassa varivel, prpria de meios antropognicos de
solos alterados, em geral profundos, mais ou menos hmidos, que inclui os ervaais hemicriptofticos (Artemisienea
vulgaris) e os cardais de porte elevado e outras plantas anuais, bianuais e vivazes arrosetadas (Onopordenea acanthii).
uma classe que apresenta o seu ptimo na regio Eurosiberiana, mas que tambm prospera na regio Mediterrrnea,
sobretudo em estaes frescas ou hmidas, particularmente favorveis.
Caractersticas territoriais: Conyza albida, Daucus carota, Lactuca serriola, Lavatera triloba, Marrubium vulgare, Reseda
lutea, Salvia clandestina, Salvia verbenaca.
-- ONOPORDENEA ACANTHII Rivas-Martnez, Bscones, T.E. Daz, Fernndez-Gonzlez & Loidi 2002
Vegetao nitrfila e subnitrfila de terrenos removidos ou locais de repouso de animais, com humidade edfica
varivel onde so preponderantes os grandes cardos (v.g. gnero Onopordum), assim como outras plantas anuais,
bianuais ou vivazes arrosetadas, de florao primaveril ou estival, que apresenta o seu ptimo na regio Mediterrnea
e Eurosiberiana.
Caractersticas territoriais: Carduus tenuiflorus, Centaurea calcitrapa, Chondrilla juncea, Cichorium intybus, Eryngium
campestre, Picnomon acarna, Reseda luteola subsp. gussonei.
O COBERTO VEGETAL
182 + Carthametalia lanati Brullo in Brullo & Marceno 1985
Vegetao ruderal nitrfila, mediterrnea, prpria dos solos removidos, dominada por compostas espinhosas, nas quais
se destacam os gneros Carduus, Cirsium, Onopordum, Carthamus, etc. Por ser a ordem da subclasse que apresenta
maior diversidade florstica e fitocentica, muitos autores consideram-na o centro de disperso da Onopordenea.
Caractersticas territoriais: Atractylis gummifera, Carduncellus caeruleus subsp. caeruleus, Carduus bourgaeanus, Carlina
corymbosa, Carlina racemosa, Carthamus lanatus, Cynoglossum cheirifolium, Cynoglossum clandestinum, Cynoglossum
creticum, Echium creticum subsp. coincyanum, Echium tuberculatum, Foeniculum vulgare subsp. piperitum, Salvia
argentea, Scolymus hispanicus, Verbascum sinuatum.
Quadro III/XXIII
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 6 R
rea (1=10m2) 3 2 4 3 1 2 E
Altitude (1=10m) 25 45 28 29 40 45 S
Grau de cobertura (%) 30 30 30 40 40 40 E
Orientao NW NE N NW NW N N
Declive () 30 35 30 35 30 30
N de Espcies 9 11 11 11 11 16 A
N Especfico Mdio 11.5 S
Caracterstica de associao
e unidades superiores
Rumex induratus 4.4 4.4 4.4 3.4 4.4 4.4 V
Saxifraga granulata subsp. glaucescens + 1.2 +.2 1.2 1.2 2.2 V
Sanguisorba minor subsp. spachiana . + . . +.2 + III
Calendula suffruticosa subsp. lusitanica . . . . + + II
Diferencial de subassociao
Elaeoselinum tenuifolium 1.1 . + 1.1 + + V
Companheiras
Melica minuta + +.2 +.2 1.1 1.1 +.2 V
Asplenium ceterach . + + + + +.2 V
Geranium purpureum . + + + + + V
Sedum sediforme +.2 + . + + + V
Phagnalon saxatile . . 1.1 1.1 + + IV
Umbilicus rupestris + + + . . + IV
Sedum album var. micranthum + + . . . + III
Antirrhinum onubensis . . + + . . II
Arrhenatherum album . . + + . . II
Smilax aspera var. aspera + . . . . + II
Narcissus calcicola . + . . . + I
Centranthus calcitrapae . . . . . + I
Localidades: 1 Amorosa (29SNB5923); 2 Rocha da Pena (29SNB8024); 3 e 4 Rocha de Messines
(29SNB6823); 5 Rocha dos Soidos (29SNB7523); 6 Rocha da Pena (29SNB8024).
O COBERTO VEGETAL
24 - Bourgaeo humilis-Galactitetum tomentosae Rivas Goday 1964 183
(Quadro III/XXIV)
Sinecologia e Sinestrutura: Cardal termo e mesomediterrneo, de fenologia tardi-primaveril a estival, muito frequente
no territrio estudado, constitudo por grandes cardos, que vivem sobretudo nas depresses e margens de caminhos
das reas pastoreadas, sobre solos calcrios argilosos, profundos, mais ou menos descarbonatados, com horizontes
superiores franco-limosos, dominado por compostas espinhosas, nas quais se destaca pelo seu porte quase
arborescente Scolymus hispanicus.
Sinfitossociologia: Trata-se de uma associao nitrfila que representa um estado de substituio avanado da srie
dos azinhais de Rhamno oleoidis-Querceto rotundifoliae Sigmetum.
Variabilidade: Nos locais onde se verifica o aumento de calcrio activo, normalmente, por eroso hdrica dos terrenos
margosos confinantes, regista-se a maior presena de Cynara cardunculus ou outros elementos basfilos, que poder
representar uma variante basfila com Cynara cardunculus (inv.3, 4 e 5).
25 - Notobasio syriacae-Scolymetum maculati Rivas Goday ex Ladero, Socorro, Molero, M. Lpez, Zafra, Marn,
Hurtado & Prez-Raya 1981
(Quadro III/XXV)
Sinecologia e Sinestrutura: Associao de grandes cardos que vive em taludes e bermas de estradas e lindes de
propriedades, sobre solos calcrios margosos, profundos, do termo e mesomediterrneo inferior, sob ombroclima seco
a sub-hmido, dominada pela presena da composta Cynara cardunculus.
Sincorologia: Dada a fidelidade desta comunidade aos solos alterados de substratos margosos, bem com a sua
afinidade climtica aos termo e mesomediterrneo, sob ombroclima seco, poder estimar-se a sua distribuio aos
territrios Bticos (LADERO et al.,1982 & BARTOLOM et al., 1989) e aos territrios Luso-Extremadurenses, bem como
s Ilhas de Ibiza e Fermentera, onde foi pela primeira vez reconhecida (RIVAS-MARTNEZ et al., 1992). Ainda que de
forma residual atinge tambm os territrios Castelhano-Manchegos.
Sinfitossociologia: Esta comunidade representa uma etapa avanada parantrpica de substituio dos zambujais de
Aro italici-Oleetum sylvestris e dos azinhais de Rhmano olioidis-Quercetum rotundifoliae.
-- ARTEMISIENEA VULGARIS
Comunidades hemicriptofticos, principalmente de herbceas nitrfilas pioneiras, ruderais e virias, comportando ainda
associaes ricas em cardos perenes.
Caractersticas territoriais: Picris echioides.
+ Agropyretalia repentis Oberdorfer, Mller & Grs in Oberdorfer, Grs, Korneck, Lohmeyer, Mller, Philippi & Seibert 1967
Ervaais hemicriptofticos nitrfilas, ruderais e virios, mais ou menos hmidos.
Caractersticas territoriais: Aster squamatus, Convolvulus arvensis.
O COBERTO VEGETAL
184 Quadro III/XXIV
P
N ordem 1 2 3 4 5 R
rea (1=10m2) 2 4 5 4 3 E
Altitude (1=10m) 2 11 6 45 27 S
Grau de cobertura (%) 70 80 70 70 60 E
Orientao 5 - - - - N
Declive () W - - - -
N espcies 19 15 23 14 13 A
N especfico mdio 16.8 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Cynara humilis 3.4 4.4 3.4 3.3 3.3 5
Pallenis spinosa + + + + 1.1 5
Scolymus hispanicus . 1.1 1.1 2.2 1.1 4
Carlina corymbosa 2.2 + . . 2.2 3
Atractylis gummifera 3.3 1.1 . . 4.4 3
Daucus carota subsp. maximus . . + + 1.1 3
Carlina racemosa . 3.3 2.2 . . 2
Echinops strigosum . . . . 1.1 1
Companheiras
Bituminaria bituminosa 1.1 + + + 1.1 5
Galactites tomentosa . + 1.1 1.1 + 4
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum + 1.1 + . 1.1 4
Convolvulus althaeoides + + . . 1.1 3
Thymus mastichina . . . + + 2
Sedum sediforme . + . + . 2
Dactylis hispanica subsp. lusitanica . . . + 1.2 2
Ornithogalum narbonense . + . . + 2
Asphodelus ramosus 1.1 . . . + 2
Centaurea pullata subsp. baetica + . + . . 2
Ophrys lutea + . + . . 2
Ophrys speculum + . + . . 2
Stachys germanica subsp. lusitanica . + . . +.1 2
Senecio foliosus . . + 1.1 . 2
Cynoglossum creticum 1.1 . + . . 2
Foeniculum vulgare subsp. piperitum . + 1.1 . . 2
Borago officinalis + . . . . 1
Cynoglossum clandestinum . . 1.2 . . 1
Outros taxa: Andryala integrifolia + (2); Asparagus acutifolius + (5); Avena barbata + (5);
Euphorbia helioscopia 1.1 (4); Ferula communis + (2); Iberis pectinata + (4); Muscari comosum
+ (5); Nigella damascena + (5); Orchis fragrans + (5); Phlomis lychnitis + (5); Serapias parviflora
+ (1); Stachys ocymastrum 1.1 (4); Teucrium spinosum + (5); Tripodion tetraphyllum + (1).
Localidades: 1 Stio das Fontes (29SNB4512); 2 Rib. das Ondas (29SPB0909); 3 Campina
(29SNB8309); 4 Rocha da Pena (29SNB7923); 5 Benafim (29SNB7822).
O COBERTO VEGETAL
comum no territrio Algarviense, particularmente ao longo dos caminhos e estradas, sobre solos alterados e algumas 185
vezes removidos, que sofrem escorrncia temporria.
Sincorologia: uma associao praticamente exclusiva do Territrio Nacional, desenvolvendo-se ao longo do litoral
desde as proximidades de Melides (PAIVA-FERREIRA & PINTO-GOMES, 2002) at Ayamonte, onde penetra, e se est
expandindo. Assim, ampliando a sua corologia, poder-se- referir que caracterstica dos sectores Algarviense e, mais
pontiualmente, Ribatagano-Sadense.
Sinfitossociologia: Ocorre nos domnios climcicos dos azinhais de Rhamno oleoidis-Querceto rotundifoliae Sigmetum e dos
carvalhais de Querco alpestris-broteroi Sigmetum, bem como dos zambujais de Aro italici-Oleetum sylvestris Sigmetum.
Quadro III/XXV
Notobasio syriacae-Scolymetum maculati Rivas Goday ex Ladero, Socorro, Molero, M. Lpez, Zafra, Marn, Hurtado
& Prez-Raya 1981
(Onopordion castellani, Carthametalia lanati, Onopordenea acanthii, Artemisietea vulgaris)
P
N ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 R
rea (1=10m2) 4 2 6 8 8 2 2 8 E
Altitude (1=10m) 19 11 9 11 43 20 22 9 S
Grau de cobertura (%) 80 80 80 80 70 80 70 60 E
Orientao - - - - S S S - N
Declive () - - - - 3 10 15 -
N espcies 11 10 15 9 10 14 14 18 A
N especfico mdio 10.1 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Scolymus hispanicus 2.2 2.2 3.3 2.2 2.2 2.2 3.3 1.1 V
Carlina racemosa 2.2 . 2.2 . 3.3 2.2 2.2 + IV
Foeniculum vulgare subsp. piperitum + + + + + . . + IV
Notobasis syriaca . 1.1 1.1 . . + + 2.2 IV
Daucus carota subsp. maximus . . . + . 1.1 1.1 + IV
Atractylis gummifera . + 1.1 . 2.3 1.1 . . III
Carthamus lanatus . . + 2.2 2.2 . . + III
Cichorium intybus . . + + . . 1.1 + III
Scolymus maculatus . . . . . + + + III
Salvia clandestina + . . . 1.1 . . . II
Carduncellus caeruleus subsp. caeruleus . . . . . + 2.2 . II
Echinops strigosus . . . . 3.3 . . + II
Verbascum sinuatum . . . . . + . + II
Cynara humilis . . . . . . + . I
Echium boissieri . . . . . . . 1.1 I
Marrubium vulgare . . . . . . . + I
Centaurea calcitrapae . . + . . . . . I
Carlina corymbosa . . . . + . . . I
Eryngium campestre . . + . . . . . I
Carduus tenuiflorus . . . . . + . . I
Scabiosa atropurpurea . + . . . . . . I
Companheiras
Cynara cardunculus 4.4 4.4 4.4 4.4 3.3 4.4 3.4 3.3 V
Galactites tomentosa + 1.1 . 1.1 . + 1.1 1.1 IV
Mantisalca salmantica 1.1 1.1 . . + . + . III
Piptatherum miliaceum + + + . . + . . III
Pallenis spinosa . . . + . + + + III
Dittrichia viscosa subsp. revoluta . . + + . + . . III
Anchusa azurea . . . . . . + + II
Outros taxa: Achillea ageratum + (1); Andryala laxiflora + (8); Bituminaria bituminosa + (1); Crepis taraxacifolia +
(4); Euphorbia serrata + (3); Kickxia cirrhosa + (4); Kickxia lanigera var. dealbata+ (8); Ornithogalum narbonense +
(3); Sanguisorba verrucosa + (3); Torilis arvensis subsp. neglecta + (1).
Localizao: 1, 2, 6 Lagos e Relvas (29SNB9508); 3 Estoi (29SNB9806); 4 Foupana - (29SPB0406); 5 Rochas
dos Soidos (29SNB7523); 7 Entre Guilhim e Agostos (29SNB9407); 8 Estrada Cerro de S. Miguel (Prx. de
Moncarapacho) (29SPB0806).
O COBERTO VEGETAL
186 Quadro III/XXVI
P
N ordem 1 2 3 4 5 6 R
rea (m2) 10 10 20 10 20 20 E
Altitude (1=10m) 26 3 13 28 8 16 S
Grau de cobertura (%) 80 80 70 70 95 80 E
Orientao - - - - S N N
Inclinao () - - - - 5 10
N espcies 15 11 13 12 12 15 A
N especfico mdio 13 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Dittrichia viscosa subsp. revoluta 4.4 4.4 3.3 3.3 5.5 4.4 V
Piptatherum miliaceum 2.2 2.2 3.3 3.3 2.2 2.2 V
Foeniculum vulgare subsp. piperitum + +.1 + 1.1 1.1 + V
Daucus maximus 1.1 + 1.1 . + 1.1 V
Scabiosa atropurpurea + 1.1 1.1 . 1.1 . IV
Mantisalca salmantica . . . 1.1 1.1 1.1 III
Scolymus hispanicus . . . . . 1.1 I
Verbascum sinuatum . . . . . 1.1 I
Carlina corymbosa + . . . . . I
Companheiras
Achillea ageratum 2.2 . 1.1 1.1 + + V
Dactylis hispanica subsp. lusitanica + 1.1 1.1 +.2 + . V
Pallenis spinosa + . 1.1 1.1 + . IV
Bituminaria bituminosa 1.1 . . . 1.1 1.1 III
Andryala integrifolia . . . + . + II
Plantago lagopus . . . . + + II
Sonchus asper . + . . + . II
Cynara humilis + . . . . . I
Centaurea calcitrapa . . + . . . I
Atractylis gummifera + . . . . . I
Outros taxa: Borago officinalis + (2); Cichorium endivia subsp. divaricatum + (6); Cistus albidus
+ (3); Crepis taraxacifolia + (4); Cynoglossum creticum + (2); Daucus crinitus + (1); Galactites
tomentosa + (4); Helichrysum stoechas + (3); Hypericum perforatum var. angustifolium 1.1 (3);
Lavatera olbia var. hispida 1.1 (4); Ononis natrix 1.1 (1); Ononis repens 1.1 (6); Parentucellia viscosa
+ (6); Phagnalon saxatile 1.2 (3); Phlomis purpurea + (1); Pistacia lentiscus + (2); Rhamnus alaternus
+ (2); Sanguisorba verrucosa + (4).
Localidades: 1 Benafim (29SNB7822); 2 Estombar (29SNB4512); 3 Paderne (29SNB7015); 4 Pico
Alto (29SNB6923); 5 Moncarapacho (29PB0807); 6 Loul (29SNB8510).
Vegetao nitrfila antropgena, ruderal, viria e escionitrfila, rica em plantas anuais, com centro de disperso Holrtica
e irradiao cosmopolita. Classe bem representada no territrio, estando associada a bitipos alterados pelo homem.
Caractersticas territoriais: Abutilon theophrasti, Aetheorhiza bulbosa, Amaranthus retroflexus, Anthemis cotula, Atriplex
patula, Beta maritima, Bromus hordeaceus, Bromus sterilis, Bromus tectorum, Calendula arvensis, Capsella bursa-pastoris,
Capsella rubella, Centaurea pullata subsp. baetica, Cerastium glomeratum, Chamaemelum mixtum, Chenopodium
album, Coronilla scorpioides, Diplotaxis catholica, Erodium cicutarium, Erodium malacoides, Euphorbia medicaginea,
Euphorbia nutans, Euphorbia pterococca, Euphorbia segetalis var. pinea, Euphorbia serrata, Filago pyramidata, Galium
decipiens, Herniaria lusitanica, Lamarckia aurea, Lolium temulentum, Mercurialis annua, Muscari comosum, Muscari
neglectum, Ononis viscosa subsp. brachycarpa, Otospermum glabrum, Oxalis corniculata, Papaver hybridum, Papaver
somniferum, Phalaris minor, Rumex thyrsoides, Senecio vulgaris, Silene apetala, Sinapis alba, Sinapis arvensis, Solanum
nigrum, Sonchus asper, Sonchus asper subsp. glaucescens, Sonchus oleraceus, Stellaria media, Tragopogon hybridus,
Tribulus terrestris, Trifolium squamosum, Veronica arvensis, Vicia ervilia, Vicia lutea, Vicia lutea var. vestita, Vicia parviflora,
O COBERTO VEGETAL
Vicia peregrina, Vicia sativa s.l., Viola arvensis. 187
-- STELLARIENEA MEDIAE
Subclasse que rene as comunidades de infestantes dos cultivos de Inverno e Primavera, bem como as de Vero.
Caractersticas territoriais: Anagallis arvensis, Anagallis arvensis subsp. caerulea, Anagallis foemina, Chamaemelum
fuscatum, Fumaria muralis, Lamium amplexicaule, Lathyrus aphaca, Raphanus raphanistrum subsp. microcarpus.
+ Solano nigri-Polygonetalia convolvuli (Sissingh in Westhoff, Dijk & Passchier 1946) O. Bols 1962
Vegetao de infestantes dos cultivos no cerealferos de desenvolvimento estivo-outonal, com frutificao Outonal,
das regies Eurosiberiana e Mediterrnea.
Caractersticas territoriais: Amaranthus albus, Amaranthus hibridus, Ammi visnaga, Chrysanthemum segetum, Euphorbia
peplus var. mnima, Euphorbia peplus var. peplus, Fumaria bastardii, Misopates orontium var. orontium, Polygonum
persicaria, Setaria verticillata, Veronica persica, Xanthium strumarium subsp. cavanillesii.
O COBERTO VEGETAL
188 Quadro III/XXVII
P
N ordem 1 2 R
rea m (1=10m) 60 80 E
Altitude (1=10m) 85 80 S
Grau de cobertura (%) 90 80 E
Orientao - - N
Declive () - -
N espcies 26 30 A
N especfico mdio 28 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Ridolfia segetum 3.3 3.3 2
Bupleurum lancifolium 1.2 1.1 2
Centaurea pullata subsp. baetica + + 2
Calendula arvensis 1.1 1.1 2
Ranunculus arvensis + + 2
Papaver dubium + 1.1 2
Sonchus oleraceus + + 2
Phalaris paradoxa . + 1
Rapistrum rugosum . + 1
Companheiras
Avena sterilis 1.1 1.1 2
Biscutella auriculata 1.1 1.1 2
Ornithogalum narbonense 1.1 1.1 2
Stachys ocymastrum 1.1 1.1 2
Convolvulus tricolor 1.1 1.1 2
Trifolium campestre 1.1 1.1 2
Scabiosa atropurpurea 1.1 1.1 2
Euphorbia exigua 1.1 1.1 2
Echium plantagineum + + 2
Galactites tomentosa + + 2
Plantago afra + + 2
Glossopappus macrothus + + 2
Parentucellia viscosa + + 2
Plantago serraria + + 2
Linum tenue + + 2
Carduncellus caeruleus subsp. caeruleus + + 2
Euphorbia pterococca . + 1
Outros taxa: Chrozophora tinctoria + (1); Cynara humilis + (2); Medicago
orbicularis + (2); Ononis pubescens + (2); Urospermum picroides(1).
Sinecologia e Sinestrutura: Associao estival caracterstica de solos pesados, ricos em argilas, prpria de alqueives
pouco ou nada irrigados, bem como de terrenos anteriormente submetidos a cultivos, normalmente de girassol. uma
formao constituda por terfitos dominados pela presena de Chrozophoro tinctoria e do mediterrneo e ibrico-
ocidental Teucrium spinosum.
Sincorologia: Segundo GALN (1996), uma associao termomediterrnea sub-hmida a hmida, da Provncia Btica,
inicialmente descrita para o Sector Hispalense, que tambm ocorre no Barrocal; ampliando assim, a sua distribuio
O COBERTO VEGETAL
para o Sector Algarviense. 189
Sinfitossociologia: Na rea estudada esta associao insere-se na srie dos azinhais de Rhamno oleoidis-Querceto
rotundifoliae Sigmetum e zambujais de Aro italici-Oleeto sylvestris Sigmetum, substituindo fenologicamente a associao
Bupleuro lancifoli-Ridolfietum segeti.
Quadro III/XXVIII
P
N ordem 1 2 R
rea (1=10 m) 40 40 E
Altitude (1=10m) 45 30 S
Grau de cobertura (%) 60 50 E
Orientao - - N
Declive () - -
N espcies 13 21 A
N especfico mdio 17 S
Caractersticas de associao e
unidades superiores
Teucrium spinosum 3.3 3.3 2
Kickxia lanigera var. dealbata 1.1 1.2 2
Chrozophora tinctoria 2.2 1.2 2
Heliotropium europaeum + + 2
Anagallis arvensis subsp. caerulea . + 1
Companheiras
Scolymus hispanicus + + 2
Polygonum aviculare + + 2
Iberis pectinata + + 2
Cynara humilis + + 2
Anchusa azurea + + 2
Amaranthus blitoides + + 2
Convolvulus arvensis 1.1 + 2
Anagallis monelli + + 2
Scolymus maculatus + . 1
Rumex crispus . + 1
Mentha pulegium . + 1
Cleonia lusitanica . + 1
Ononis viscosa subsp. brachycarpa . + 1
Cynara cardunculus . + 1
Ridolfia segetum . + 1
Lolium rigidum . + 1
Iberis ciliata subsp. contracta . + 1
(Quadro III/XXIX)
Sinecologia e Sinestrutura: Vegetao estivo-outonal, prpria de vertissolos inundados temporariamente, que
apresentam uma camada arenosa superfcie, dominada pelo Tanacetum annuum e acompanhada por Kickxia lanigera
var. dealbata, Mentha pulegium, Cynodon dactylon, Pulicaria paludosa, entre muitos outros.
Sincorologia: Associao Btica (Sector Hispalense) e Tingitana (GALN, 1996) que tambm existe no nosso territrio,
ainda que muito pontualmente.
Sinfitossociologia: Tal como a associao anterior, parece pertencer srie dos zambujais de Aro italici-Oleeto
sylvestris Sigmetum.
O COBERTO VEGETAL
190 Quadro III/XXIX
P
N ordem 1 2 R
rea (1=10 m) 2 2 E
Altitude (1=10m) 18 18 S
Grau de cobertura (%) 60 70 E
Orientao - - N
Declive () - -
N espcies 16 13 A
N especfico mdio 14.5 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Tanacetum annuum 3.3 4.4 2
Kickxia lanigera var. dealbata 2.2 2.3 2
Heliotropium europaeum . + 1
Companheiras
Scolymus hispanicus + + 2
Dittrichia viscosa subsp. revoluta 1.1 + 2
Centaurium spicatum 1.1 +.1 2
Cynodon dactylon 2.2 2.2 2
Pulicaria paludosa 1.1 1.1 2
Mentha pulegium 1.1 + 2
Aster squamatus + + 2
Cynara humilis + + 2
Convolvulus arvensis + . 1
Phalaris coerulescens . + 1
Picris echioides + . 1
Carlina racemosa + . 1
Rumex crispus + . 1
Chondrilla juncea + . 1
Localidades: 1 e 2 Lagos e Relvas (29SNB9608).
Aliana que rene associaes de infestantes de cultivos de Vero, das regies Eurosiberiana e Mediterrnea.
Caractersticas territoriais: Digitaria sanguinalis, Euphorbia helioscopia, Fumaria officinalis, Setaria pumila.
** Digitario ischaemi-Setarienion viridis (Sissingh in Westhoff, Dijk & Passchier 1946) Oberdorfer 1957
Associaes de infestantes de cultivos de Vero que prosperam em solos de regadios com boa drenagem, em
diferentes naturezas qumicas, das regies Eurosiberiana e Mediterrnea.
(Quadro III/XXX)
Sinecologia e Sinestrutura: Ervaal teroftico de infestantes, denso, de fenologia estival, associada a cultivos de regadio,
que reveste solos areno-limosos desde o termo ao supramediterrneo, dominado por gramneas, onde se destaca a
presena de Echinochloa crus-galli, Digitaria sanguinalis, Setaria verticillata, entre outros.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/XXX 191
P
N ordem 1 2 3 4 5 R
rea (1=10m2) 3 4 2 2 2 E
Altitude (1=10m) 4 3 13 25 3 S
Grau de cobertura (%) 50 50 60 60 50 E
Orientao - - - W - N
Declive - - - 2 -
N espcies 9 9 11 9 14 A
N especfico mdio 10.4 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Setaria pumila 1.1 2.3 3.4 + + 5
Setaria verticillata 3.3 2.2 1.1 + 1.1 5
Digitaria sanguinalis + 2.2 2.2 1.1 1.1 5
Sorghum halepense . + . + + 3
Euphorbia nutans . . 1.1 + . 2
Sonchus oleraceus . . . + 1.1 2
Xanthium strumarium subsp. cavanillesii . . . . + 1
Companheiras
Echinochloa crus-galli subsp. hispidula 2.2 1.1 2.3 3.3 2.3 5
Portulaca oleracea +.2 + +.2 + + 5
Amaranthus blitoides + . + . + 3
Panicum repens . + + . + 3
Cyperus rotundus + + + 3
Equisetum ramosissimum . + . . + 2
Oxalis pes-caprae + . . . + 2
Piptatherum miliaceum + . . + . 2
Chondrilla juncea . + . . . 1
Physalis ixocarpa . . + . . 1
Heliotropium europaeum . . . . + 1
Paspalum dilatatum . . + . . 1
Localidades: 1 Tr - Rib de Algibre (29SNB8616) ); 2 Quinta do Freixo (29SNB7724); 3 Algoz
(29SNB6316); 4 Moinhos da Rocha (29SPB1513); 5 Silves (29SNB4514).
O COBERTO VEGETAL
192 Quadro III/XXXI
P
N ordem 1 2 3 4 R
rea (1=10m2) 1 2 1 1 E
Altitude (1=10) 24 25 7 8 S
Grau de cobertura (%) 100 100 90 90 E
Orientao - N - E N
Declive - 10 - 3
N espcies 9 12 13 11 A
N especfico mdio 11.3 S
Caractersticas de comunidade
e unidades superiores
Oxalis pes-caprae 5.5 5.5 4.4 4.5 4
Erodium malacoides + 1.1 1.1 1.1 4
Sonchus oleraceus + + + + 4
Platycapnos spicata +.1 . 1.1 + 3
Fumaria officinalis + 1.1 1.1 . 3
Centaurea pullata subsp. baetica . + 1.1 + 3
Fumaria parviflora . + + + 3
Companheiras
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 1.1 1.1 1.1 1.1 4
Arum italicum . 1.1 + + 3
Bromus sterilis + . 1.1 + 3
Silene vulgaris + . + + 3
Diplotaxis catholica . 1.1 . + 2
Reseda luteola subsp. gussonei + + . . 2
Mercurialis annua . 1.1 + . 2
Anthriscus caucalis . 1.1 . . 1
Geranium rotundifolium . . + . 1
Localidades: 1 Loul (29SNB7313); 2 Estoi (29SNB9906); 3 Amorosa (29SNB5923);
4 Amendoeira (29SNB9215).
+ Chenopodietalia muralis Br.-Bl. in Br.-Bl., Gajewski, Wraber & Walas 1936 em. Rivas-Martnez 1977
Ordem que agrupa as comunidades de herbceas ruderais e virias, de estaes ricas em nitratos e fosfatos, com
distribuio Holrtica e irradiaes cosmopolitas, que apresenta o seu ptimo na regio Mediterrnea
Caractersticas territoriais: Amaranthus blitoides, Amaranthus graecizans subsp. sylvestris, Amaranthus hypochondriacus,
Conyza canadensis, Ecballium elaterium, Urtica urens.
Rene comunidades ruderais, de porte elevado, acentuadamente nitrfilas, de ptimo mediterrneo e com irradiao
no mundo eurosiberiano.
Caractersticas territoriais: Chenopodium murale, Chenopodium vulvaria, Conyza bonariensis, Conyza canadensis,
Emex spinosa, Malva nicaeensis, Portulaca oleracea, Xanthium spinosum.
O COBERTO VEGETAL
** Chenopodienion muralis 193
Vegetao ruderal que agrupa associaes de fenologia estivo-outonal.
Caractersticas territoriais: Chenopodion opulifolium, Datura stramonium.
+ Sisymbrietalia officinalis J. Txen in Lohmeyer & al. 1962 em. Rivas-Martnez, Bscones, T.E. Daz, Fernndez-
-Gonzlez & Loidi 1991
Rene a vegetao ruderal e viria, subnitrfila, de desenvolvimento primaveril ou estival, com ptimo mediterrneo e
irradiaes eurosiberianas e irano-turanianas.
Caractersticas territoriais: Borago officinalis, Crepis taraxacifolia, Cynosurus echinatus, Geranium molle, Medicago
polymorpha s.l., Rumex pulcher subsp. woodsii, Scorpiurus muricatus, Sisymbrium officinale, Stachys ocymastrum.
* Hordeion leporini Br.-Bl. in Br.-Bl., Gajewski, Wraber & Walas 1936 corr. O. Bols 1962
Aliana que rene associaes ruderais e virias, nitrfilas a subnitrfilas, de ptimo mediterrneo que alcanam as
regies macaronsicas e californianas. Do ponto de vista da riqueza em substncias nitrogenadas, estas comunidades
ocupam uma posio intermdia entre os ervaais subnitrfilos (Brometalia rubenti-tectori) e os nocivos urbancolas
(Chenopodietalia muralis).
Caractersticas territoriais: Anacyclus radiatus, Asphodelus fistulosus, Chrysanthemum coronarium var. discolor,
Chrysanthemum coronarium var. coronarium, Daucus muricatus, Hirschfeldia incana, Hordeum murinum subsp.
leporinum, Rostraria cristata, Pennisetum villosum, Plantago lagopus var. lagopus, Rostraria cristata.
O COBERTO VEGETAL
194 Quadro III/XXXII
P
N ordem 1 2 3 4 5 R
rea (1=10m2) 3 4 5 4 4 E
Altitude (1=10m) 5 26 6 20 20 S
Grau de cobertura (%) 40 50 80 60 40 E
Orientao - - - - - N
Declive - - - - -
N de espcies 10 12 15 19 16 A
N especfico mdio 12.4 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Chenopodium murale 2.2 3.3 4.4 3.3 2.2 5
Amaranthus blitoides . + + 2.2 + 4
Chenopodium album 1.1 . 2.2 1.1 . 3
Sonchus oleraceus . + 1.1 1.1 . 3
Urtica urens . . + . + 2
Chenopodium opulifolium . . . 1.1 1.1 2
Malva parviflora 1.1 . + . . 2
Solanum nigrum . . . . + 1
Portulaca oleracea . + . . . 1
Companheiras
Misopates orontium + + + + 1.1 5
Plantago lagopus + + . + + 4
Aster squamatus . . + + + 3
Ornithogalum narbonense . + + . + 3
Lactuca serriola . 1.1 1.1 . + 3
Daucus carota + + + . . 3
Polygonum aviculare + . 2.2 . 2.2 3
Amaranthus albus 1.1 + . . . 2
Cynodon dactylon 2.2 . 1.2 . . 2
Sisymbrium officinale . + . . 1.1 2
Cichorium intybus . 1.1 . . 1.2 2
Piptatherum miliaceum 1.2 . 1.2 . . 2
Convolvulus althaeoides . . . . + 1
Heliotropium europaeum . . 2.2 . . 1
Hordeum murinum subsp. leporinum . . . . 1.1 1
Convolvulus arvensis . . . + . 1
Papaver rhoeas . . . . 1.1 1
Localidades: 1 Algoz (29SNB6316); 2 Salir (29SNB7922); 3 S. Bartolomeu de Messines
(29SNB6319) 4 Nave do Baro - Loul (29SNB8420); 5 Nave das Mealhas (29SNB 8520).
O COBERTO VEGETAL
de cultivo abandonados e margens de caminhos, que embora indiferentes quanto natureza qumica do substrato, 195
preferem solos ricos em bases, no muito compactos.
Caractersticas territoriais: Aegilops geniculata, Aegilops neglecta, Aegilops triuncialis, Scorpiurus sulcatus, Taeniatherum
caput-medusae.
Quadro III/XXXIII
P
N ordem 1 2 3 4 R
rea (1=10m2) 2 1 2 2 E
Altitude (1=10m) 8 5 6 8 S
Grau de cobertura (%) 90 100 100 90 E
Orientao - - - - N
Declive () - - - -
N espcies 27 23 21 26 A
N especfico mdio 24.3 S
Caractersticas de associao e
unidades superiores
Anacyclus radiatus 1.2 1.1 2.2 1.1 4
Chrysanthemum coronarium var. coronarium 4.4 5.5 4.5 4.4 4
Plantago lagopus 1.1 +.2 2.2 1.1 4
Calendula arvensis + + + 1.1 4
Erodium moschatum 1.1 1.1 2.2 1.1 4
Chrysanthemum coronarium var. discolor + + 1.1 + 4
Hordeum murinum subsp. leporinum 1.1 +.2 1.1 1.1 4
Bromus matritensis + + . 1.1 3
Papaver hybridum + . + . 2
Erodium malacoides . + . + 2
Echium plantagineum . . + + 2
Bromus hordeaceus . . . + 1
Medicago polymorpha . . + . 1
Centaurea pullata subsp. baetica . . + . 1
Anagallis arvensis var. caerulea . + . . 1
Crepis taraxacifolia . + . . 1
Companheiras
Stachys ocymastrum + + + + 4
Galactites tomentosa + + 1.1 + 4
Vulpia geniculata + 1.1 + + 4
Daucus maximus + + + + 4
Dactylis hispanica subsp. lusitanica + . + 1.1 3
Papaver rhoeas . + + + 3
Avena sterilis 1.1 + . 1.1 3
Lolium rigidum + + . + 3
Pallenis spinosa + . 1.1 + 3
Raphanus raphanistrum subsp. microcarpus . + . + 2
Plantago serraria + . . + 2
Piptatherum miliaceum + . . + 2
Scolymus hispanicus + + . . 2
Foeniculum vulgare subsp. piperitum + + . . 2
Lactuca serriola . . + + 2
Andryala integrifolia . + . + 2
Notobasis syriaca + .+ . . 2
Hedypnois cretica . . + . 1
Outros taxa: Allium ampeloprasum + (1); Anchusa italica + (1); Carthamus lanatus +
(3); Echinops strigosus + (1); Lavatera cretica + (1); Plantago coronopus + (1);
Localidades: 1 Paderne (29SNB7112); 2 Albufeira (29SNB6405); 3 Quelfes
(29SPB0502); 4 Tavira (29SPB1911).
O COBERTO VEGETAL
196 Quadro III/XXXIV
P
N ordem 1 2 3 4 R
rea (1=10m2) 2 2 2 1 E
Altitude (1=10m) 7 18 30 22 S
Grau de cobertura (%) 70 90 80 80 E
Orientao - NE SE S N
Declive () - 5 5 5
N espcies 22 23 27 29 A
N especfico mdio 25,3 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Glossopappus macrotus 4.4 4.4 3.4 3.4 4
Calendula arvensis 1.1 1.1 2.2 1.1 4
Rostraria cristata 1.1 + + 1.1 4
Hordeum murinum subsp. leporinum + 1.1 1.2 1.1 4
Anagallis arvensis + + + . 3
Centaurea pullata subsp. baetica . + . + 2
Lathyrus clymenum var. angustifolia . + . + 2
Echium plantagineum . . + + 2
Medicago polymorpha . . . + 1
Erodium malacoides + . . . 1
Companheiras
Leontodon longirostris + + 1.1 1.1 4
Sherardia arvensis 1.1 2.2 1.1 1.1 4
Fedia cornucopiae + + 1.1 + 4
Convolvulus althaeoides + + + 1.1 4
Bromus diandrus . + + 1.1 3
Scorpiurus muricatus . 1.1 1.1 + 3
Torilis nodosa . + 1.1 + 3
Sanguisorba minor subsp. spachiana + . + + 3
Biscutella auriculata . + 1.1 + 3
Valerianella discoidea 1.1 . + 1.1 3
Medicago minima 1.1 + . + 3
Trifolium scabrum . 1.1 + + 3
Aegilops geniculata + . + 1.1 3
Papaver rhoeas + . + 1.1 3
Torilis arvensis . . + 1.1 2
Diplotaxis catholica . . + + 2
Oxalis pes-caprae . . + + 2
Avena barbata + . + . 2
Euphorbia exigua . + . + 2
Scandix pecten-veneris . + + . 2
Platycapnos spicata + . + . 2
Nigella damascena 1.1 + . . 2
Galium verrucosum + . + . 2
Allium roseum + . . + 2
Chrysanthemum segetum + + . . 2
Silene gallica . + . . 1
Bromus sterilis . . . + 1
Sinapsis alba + . . . 1
Outros taxa: Daucus maximus + (3); Foeniculum vulgare subsp. piperitum + (2);
Linum strictum + (4).
O COBERTO VEGETAL
35 - Bromo tectorum-Stipetum capensis Rivas-Martnez & Izco 1977 197
(Quadro III/XXXV)
Sinecologia e Sinestrutura: Arrelvado termfilo, rico em terfitos graminides de pequeno porte, dominado por Stipa
capensis, com desenvolvimento Primaveral, que ocorre em stios secos, submetidos a fortes insolaes, sobre litossolos
calcrios, mais ou menos descarbonatados, subnitrfilos, do Barrocal.
Sincorologia: Embora apresente o seu ptimo ecolgico na Subprovncia Luso-Extremadurense, irradia para outros
adjacentes.
Sinfitossociologia: Representa uma etapa de substituio avanada dos azinhais de Rhamno oleoidis-Quercetum
rotundifoliae.
Variabilidade: As comunidades de Stipa capensis do Barrocal algarvio embora se desenvolvam sobre calcrios,
so pobres em elementos basfilos, uma vez que esto descarbonatados. Assim, inclumos estas comunidades na
associao Bromo tectorum-Stipetum capensis, descrita como siliccola por RIVAS-MARTNEZ & IZCO (1977). Todavia,
como existe algum calcrio activo superfcie, assiste-se entrada de elementos calccolas, facto que nos leva a propor
uma variante edfica basfila com Atractylis cancellata, Asteriscus aquaticus, Cleonia lusitanica, entre outras.
O COBERTO VEGETAL
198 Quadro III/XXXV
P
N ordem 1 2 3 4 5 R
rea m2 6 4 4 4 6 E
ltitude (1=10m) 24 20 43 10 18 S
Grau de cobertura (%) 70 90 80 80 90 E
Orientao S S - S S N
Declive () 10 10 - 10 5
N espcies 21 18 28 26 28 A
N especfico mdio 24.2 S
Caractersticas de comunidade
e unidades superiores
Stipa capensis 3.4 4.5 4.4 4.4 4.5 5
Trifolium angustifolium 1.1 + + + + 5
Avena sterilis + + + + 1.1 5
Bromus matritensis . + + 2.2 1.1 4
Bromus hordeaceus . + 1.1 . + 3
Medicago orbicularis + + . + . 3
Taeniatherum caput-medusae . + + . + 3
Aegilops geniculata 1.1 . . . 1.2 2
Plantago afra . . . 2.2 + 2
Trigonella monspeliaca + . + . . 2
Trifolium cherleri . . + . + 2
Anagallis arvensis var. caerulea . . . + . 1
Aegilops triuncialis . . . . + 1
Urospermum picroides . . + . . 1
Companheiras
Trifolium campestre + + + + + 5
Trachynia distachya + 1.1 + 2.2 1.1 5
Leontodon longirostris + + + 1.1 + 5
Trifolium stellatum 1.1 1.1 1.1 + 1.1 5
Euphorbia falcata . + + 1.1 + 4
Trifolium scabrum + + . . + 3
Plantago lagopus . . + 1.1 + 3
Medicago minima 1.1 . + . + 3
Dactylis hispanica subsp. lusitanica + . +.2 . + 3
Reichardia intermedia + + + . . 3
Bromus rubens . . + . + 2
Allium pallens + . . . + 2
Euphorbia exigua . . . + + 2
Linum tryginum . . + 1.1 . 2
Vulpia bromoides . . + + . 2
Poa bulbosa +.2 . +.2 . . 2
Misopates orontium . . . . + 1
Outros taxa: Campanula erinus + (3); Centaurea pullata subsp. baetica + (3); Galactites
tomentosa + (4); Echium plantagineum + (5); Gastridium ventricosum + (4); Lamarckia aurea
+ (4); Linum setaceum + (1); Micromeria graeca + (4); Phagnalon saxatile +.1 (4); Plantago
coronopus + (3); Psilurus incurvus +.1 (4); Ruta montana + (4); Tolpis barbata + (4).
Localidades: 1 S. Romo (29SNB9413); 2 Pico Alto (29SNB6923); 3 Rocha da Pena
(29SNB7923); 4 Cabeo da Cmara (29SNB8308); 5 Zimbreira (29SNB6121).
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/XXXVI 199
P
N ordem 1 2 3 4 R
rea m2 1 4 2 4 E
Altitude (1=10m) 24 17 25 36 S
Grau de cobertura (%) 50 60 50 60 E
Orientao S S S S N
Declive () 5 10 10 10
N espcies 18 22 28 27 A
N especfico mdio 23.8 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Gastridium ventricosum 2.3 3.3 2.2 3.3 4
Trifolium stellatum + 1.1 1.1 1.1 4
Taeniatherum caput-medusae + + + + 4
Trifolium angustifolium + 1.1 1.1 + 4
Plantago afra 1.1 1.1 + +.1 4
Medicago truncatula . . 1.1 + 2
Vulpia ciliata . + . + 2
Aegilops triuncialis . + + . 2
Aegilops geniculata . . + + 2
Urospermum picroides . + + . 2
Centaurea melitensis . + . . 1
Companheiras
Trifolium scabrum 1.2 1.1 2.2 + 4
Logfia gallica + + + + 4
Leontodon longirostris + 1.1 + + 4
Euphorbia exigua 1.1 + + 1.1 4
Trachynia distachya + + 1.1 + 4
Tuberaria guttata + 1.1 1.1 + 4
Cleonia lusitanica . + + 1.1 3
Galium parisiense . 1.1 1.1 + 3
Bromus hordeaceus + + . 1.1 3
Poa bulbosa . + + +.2 3
Trifolium campestre 1.1 . + + 3
Sherardia arvensis . . + + 2
Paronychia argentea + . . . 1
Crucianella angustifolia . . . 1.1 1
Valantia muralis . . + . 1
Vulpia bromoides . . . + 1
Theligonum cynocrambe + . . . 1
Outros taxa: Campanula erinus 1.1 (3), + (2); Centranthus calcitrapae + (3, 4);
Hypochoeris glabra + (3, 4); Ruta chalepensis + (3); Tolpis barbata + (3, 4).
Localidades: 1 Picavessa (29SNB8318); 2 Cabea Aguda (29SNB7317); 3 Rocha
da Pena (29SNB7923); 4 Benafim (29SNB7421).
Sincorologia: De momento esta comunidade apenas conhecida, de forma muito pontual, na regio de Albufeira, uma
vez que a Carrichtera annua, ocorre nestas superfcies de forma fincola.
Sinfitossociologia: Comunidade que ocorre em superfcies do mbito climcico do alfarrobal de Vinco difformis-
-Ceratonietum siliquae.
O COBERTO VEGETAL
200
Quadro III/XXXVII
O COBERTO VEGETAL
P
N. ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 R
rea m2 2 2 1 2 2 4 4 4 E
Altitude (1=10m) 240 45 80 100 440 250 270 250 S
Grau de cobertura (%) 90 90 80 70 90 80 80 100 E
Orientao N W N S ---- NW S NE N
Declive () 5 10 15 10 ---- 2 5 5
N espcies 24 23 29 28 18 24 29 30 A
N especfico mdio 25,6 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Aegilops geniculata 4.4 4.4 4.4 2.2 4.4 4.4 4.3 4.4 V
Trifolium stellatum 2.2 1.1 . +.1 + 2.2 + 2.2 V
Trifolium angustifolium . + . + . 1.1 i 1.1 IV
Calendula arvensis + + . + + . + . IV
Aegilops triuncialis 1.1 + 2.2 . 2.1 . . . III
Aegilops neglecta . . + . 2.2 . 1.1 1.1 III
Plantago afra . r 1.1 1.1 . . i . III
Avena sterilis . + + . 1.1 . . . III
Bromus rubens . . . . . + + + III
Medicago rigidula + . . . . . + + III
Stipa capensis . . +.2 1.1 . . . . II
Trifolium cherleri . . . . . 1.1 . 1.2 II
Medicago polymorpha . . . . + + . . II
Taeniatherum caput-medusae . . . . + . + . II
Medicago orbicularis . . . . . 1.1 1.1 . II
Bromus matritensis . . . . . . . 1.1 I
Bellardia trixago . . . . . . . + I
Lolium rigidum . . . . . . . 1.1 I
Bromus lanceolatus . . . . . . . 1.1 I
Sonchus asper + . . . . . . . I
Hedypnois cretica + . . . . . . . I
Companheiras
Medicago minima 3.3 2.2 1.1 3.2 1.1 2.2 2.2 . V
Trifolium campestre 2.2 + 1.1 . . 1.1 + 2.2 IV
Euphorbia exigua 1.1 . + . r + + + IV
Trachynia distachya 2.3 2.2 2.2 1.1 + 2.3 2.3 1.1 V
Bituminaria bituminosa + . 2.1 2.1 I . . + IV
Trifolium scabrum 2.2 . 1.1 2.1 . 2.2 2.1 . IV
Scorpiurus muricatus 1.1 + . . r . i . III
Pallenis spinosa + I . + . . i . III
Avena barbata + I . . . . r 1.1 III
Leontodon taraxacoides subsp. hispidus . + 1.1 + . . r . III
Stachys ocymastrum + . . . . + r + III
Galactites tomentosa + . . + . . . + III
Salvia verbenaca . . . + . . + + III
Atractylis cancellata . r . 1.1 . . 1.1 . III
Tripodion tetraphyllum . 1.2 . 2.3 . + . . III
Ononis repens + . . . . 1.1 . +.1 III
Euphorbia falcata . + . 1.1 . + . . III
Linum tennue . . + + . . . + III
Outros taxa: Ammoides pusilla 2.2 (3); Arisarum vulgare subsp. simorrhinum r (2); Asteriscus aquaticus 2.2 (4);
Astragalus echinatus 1.1 (2); Atractylis gummifera + (6); Briza maxima + (3); Campanula erinus + (6); Carlina
corymbosa + (8); Carlina racemosa 1.1 (7), + (6); Centaurea pullata subsp. baetica r (7), + (1); Centaurium
pulchellum 1.1 (8); Cleonia lusitanica 1.1 (3,4); Convolvulus althaeoides 1.1 (8); Crucianella angustifolia 1.1
(3); Daucus carota + (8); Foeniculum vulgare subsp. piperitum + (4); Gladiolus illyricus subsp. reuteri1.1 (3);
Glossopappus macrothus 1.1 (7); Gynandriris sisyrinchium r (5); Hippocrepis multisiliquosa r (2); Hyoseris scabra
1.1 (4); Jasione blepharodon 1.1 (3); Lavandula luisieri (J. p) i (4); Leontodon longirostris + (6), 1.1 (8); Linum
bienne + (6); Linum tryginum 2.2 (5), + (4); Linum strictum 1.1 (2); Logfia gallica + (3); Medicago arabica +
(1); Mentha pulegium + (8); Muscari comosum r (7), + (8); Nigella damascena + (3); Phagnalon saxatile + (2);
Phlomis purpurea (J. p) + (3); Plantago lagopus 2.2 (4), 1.1 (8); Polygala monspeliaca 1.1 (5, 6); Pyrus bourgaeana
+ (6); Reichardia intermedia 1.1 (4), + (2); Scabiosa atropurpurea + (1); Sedum sediforme 1.1 (5); Selaginella
denticulata 1.2 (3); Serapias parviflora + (1, 3); Sherardia arvensis + (3, 4); Sideritis romana +.1 (4); Trifolium
lappaceum + (7); 1.1 (8); Valantia muralis + (3); Tuberaria guttata 1.1 (3).
Localidades: 5 Rocha da Pena (29SNB7923); 7 Morgado de Apra (29SNB9312); 6 Benafim (29SNB7720); 1 Rib.
da Quinta do Freixo (29SNB7723); 8 Barreiras Brancas (29SNB8811); 4 Cerro dos Fatos (29SNB8209); 3 Cabeo
da Cmara (29SNB8208); 2 Quinta da Figueirinha (29SNB5215).
O COBERTO VEGETAL
201
202 * Cerintho majoris-Fedion cornucopiae Rivas-Martnez & Izco ex Peinado, Martnez-Parras & Bartolom 1986
Rene os arrelvados terofticos subnitrfilos, com fenologia nos finais de Inverno e incio da Primavera, que se
desenvolvem em campos agrcolas abandonados, taludes e bermas de caminhos e estradas. Apresenta o seu ptimo
na Provncia Btica, penetrando nos territrios Tingitanos e Luso-Extremadurenses.
Caractersticas territoriais: Cerinthe major, Convolvulus meonanthus, Convolvulus pentapetaloides, Convolvulus
siculus, Convolvulus tricolor, Fedia cornucopiae, Fedia scorpioides, Glossopappus macrothus, Hedysarum coronarium,
Hedysarum glomeratum, Lavatera trimestris.
O COBERTO VEGETAL
angustifoliae quercetosum broteroi e dos choupais de Salici atrocinerea-Populetum albae. Assim, com a intensa presso 203
humana nestes habitas ribeirinhos estas galerias ripcolas cederam a sua posio aos canaviais de Arundini donacis-
-Convolvuletum sepii.
Quadro III/XXXVIII
P
N ordem 1 2 3 4 R
rea (1=10m) 1 1 2 1 E
Altitude (1=10m) 5 4 6 5 S
Grau de cobertura (%) 60 70 70 60 E
Orientao S S S S N
Declive () 15 10 10 5
N espcies 28 16 23 15 A
N especfico mdio 20.5 S
Caractersticas de comunidade
e unidades superiores
Carrichtera annua 3.3 3.4 3.4 3.3 4
Medicago polymorpha 2.2 . + + 3
Calendula arvensis 1.1 1.1 2.2 . 3
Echium tuberculatum 1.1 . 1.1 . 2
Sonchus asper . . + + 2
Papaver hybridum . . + + 2
Erodium malacoides 1.1 . . . 1
Senecio vulgaris 1.1 . . . 1
Chrysanthemum coronarium 1.1 . . . 1
Astragalus hamosus . + . . 1
Nonea vesicaria . . + . 1
Catapodium rigidum . . . + 1
Plantago afra . . + . 1
Companheiras
Buglossoides arvensis + + 1.1 + 4
Leontodon taraxacoides subsp. hispidus 1.1 + 1.1 + 4
Lobularia maritima 2.2 3.3 . +.1 3
Phagnalon saxatile + + + . 3
Tripodion tetraphyllum + + + . 3
Elaeoselinum foetidum + + + . 3
Oxalis pes-caprae 1.1 + . . 2
Trachynia distachya . . + + 2
Muscari comosum . . + + 2
Galactites tomentosa . + + . 2
Reichardia intermedia . . + + 2
Fedia cornucopiae 2.2 + . . 2
Erodium moschatum . . 1.1 + 2
Carlina corymbosa + + . . 2
Carduus tenuiflorus + + . . 2
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 1.1 . . 1.1 2
Gynandriris sysirinchium + + . 2
Hedypnois cretica . . + . 1
Sherardia arvensis . . 1.1 . 1
Papaver rhoeas . . . + 1
Outros taxa: Allium sphaerocephalon + (1); Atractylis cancellata +.1 (3); Borago
officinalis + (1); Convolvulus althaeoides + (1); Cynoglossum creticum + (1); Euphorbia
exigua 1.2 (1); Euphorbia falcata + (1); Lavatera cretica + (1); Mercurialis annua + (1);
Bituminaria bituminosa + (3); Scorpiurus muricatus + (4); Sedum sediforme + (3);
Localidades: 1 e 3 Cerro da guia (29SNB6405); 2 Patroves - Albufeira (29SNB6405);
4 Quinta da Orada - Albufeira (29SNB6405).
O COBERTO VEGETAL
204
Quadro III/XXXIX
O COBERTO VEGETAL
(Cerintho majoris-Fedion cornucopiae, Thero-Brometalia, Chenopodio-Stellarienea, Stellarietea mediae)
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 R
rea (m2) 1 2 4 2 2 2 2 E
Altitude (1=10m) 12 22 24 13 30 32 19.5 S
Grau de cobertura (%) 80 70 90 70 60 80 80 E
Orientao - - N - - - N N
Declive () - - 2 - - - 5
N de espcies 24 34 33 28 33 32 33 A
N especfico mdio 31 S
Caracterstica de subassociao
Convolvulus pentapetaloides . + 1.1 . 1.1 . . III
Companheiras
Euphorbia exigua + + + + 1.1 1.1 1.1 V
Sherardia arvensis + 1.1 1.1 1.1 2.2 1.1 1.1 V
Reichardia intermedia . + + 1.1 + + + V
Scorpiurus muricatus 2.2 + . + . + + IV
Medicago polymorpha . . 1.1 1.1 2.2 1.1 1.1 IV
Oxalis pes-caprae + + . + + . . III
Galactites tomentosa . + + . + + . III
Valerianella discoidea . +.1 + 1.1 . 1.1 . III
Trifolium stellatum . + + . . + + III
Scandix australis + + + . . + . III
Torilis nodosa . + + . + . 2.2 III
Scandix pecten-veneris + . + . + . + III
Rhagadiolus stellatus + . + 1.1 . + . III
Papaver rhoeas + . . + . . + III
Platycapnos spicata . + 1.1 . 1.1 . . III
Geranium rotundifolium . 1.1 . . + . + III
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum . 2.2 + . 1.1 . . III
Theligonum cynocrambe . 1.1 1.1 . . . 2.2 III
Trachynia distachya . + . 2.2 . . + III
Andryala laxiflora . + . 1.1 . + . III
Muscari comosum . . 1.1 . + + . III
Rapistrum rugosum subsp. linnaeanum . . . 1.1 + + . III
Plantago lagopus + . . . . + + III
Linum bienne + . . . . + + III
Leontodon longirostris . . 1.1 . 1.1 . 2.2 III
Allium roseum + . + + . . . III
Stachys ocymastrum . . + . + . . II
Campanula erinus . + . . . . + II
Galium verrucosum . + . 1.1 . . . II
Convolvulus althaeoides . + . . . 1.1 . II
Euphorbia peplus . 1.1 . . . + . II
Ononis viscosa subsp. breviflora . + . . . . 1.1 II
Medicago minima . . 1.1 1.1 . . . II
Hedypnois cretica . . . . 1.1 + . II
Ornithogalum narbonense + . . . + . . II
Bromus diandrus . . . . 1.1 . 1.1 II
Erodium cicutarium . . . . . + + II
Centranthus calcitrapae . . + . . + . II
Euphorbia falcata . . . 1.1 . + . II
Fumaria officinalis . . . . . . + I
Outros taxa: Aetheorhiza bulbosa + (6); Biarum arundanum + (5); Bupleurum lancifolium + (7); Filago lutescens + (2);
Foeniculum vulgaris + (7); Hyoseris scabra + (2); Kickxia lanigera subsp. dealbata + (7); Lathyrus cicera + (7); Leontodon
taraxacoides subsp. hispidus 1.1 (4); Linum setaceum + (3); Rapistrum rugosum + (2); Scilla peruviana + (3); Scolymus hispanicus
+ (5); Silene colorata + (5); Stachys arvensis 1.1 (2); Trifolium tomentosum + (7); Valantia hispida 1.1 (2); Valantia muralis + (3);
Localidades: 1 Pico alto (29SNB6923); 2 e 3 Parragil (29SNB8013); 4 Estiramantens (29SPB1007); 5 S. Romo
(29SNB9413); 6 Zimbreira (29SNB6121); 7 Alfeio (29SNB8313).
O COBERTO VEGETAL
205
206 Quadro III/XL
P
N ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R
rea (1=10m) 20 10 30 6 20 20 10 20 20 E
Altitude (1=10m) 15 10 10 10 1 2 5 11 24 S
Grau de cobertura (%) 100 100 100 100 100 100 100 100 100 E
Orientao SE E W W E SE S W S N
Inclinao () 2 2 3 2 2 2 60 2 2
N espcies 24 17 10 14 13 19 14 14 14 A
N especfico mdio 15.5 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Arundo donax 5.5 5.5 5.5 5.5 5.5 5.5 5.5 5.5 5.5 V
Calystegia sepium . 2.2 + 1.1 2.2 1.1 . 2.2 2.2 IV
Galium aparine . . . . . . + + + II
Companheiras
Vinca difformis 4.4 2.2 3.3 2.2 2.3 2.2 2.2 2.2 2.2 V
Rubus ulmifolius 1.1 2.2 2.2 1.1 2.2 1.1 2.3 + 2.2 V
Arum italicum . +.1 2.3 + + + 1.1 + 1.1 IV
Fraxinus angustifolia . . 1.1 + 1.1 + 2.2 + IV
Bryonia cretica subsp. dioica . . + . + + 1.1 1.1 1.1 IV
Ranunculus ficaria + . 1.1 + . + 1.1 + . IV
Smilax aspera var. aspera 2.2 1.1 1.1 . . . + . . III
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum . . 1.1 . . + 1.1 . 1.1 III
Smyrnium olusatrum . . . . . + + + + III
Nerium oleander + + . . 2.2 . . . + III
Tamus communis 1.1 . . . . + . + 2.2 III
Oxalis pes-caprae . . + . +.1 . r . . II
Iris foetidissima . . . + + . . . 1.1 II
Vitis sylvestris . . . . + + . . + II
Rosa canina + . . . + . . . + II
Aristolochia paucinervis + . . . . + 1.1 . . II
Lythrum salicaria . . . . + + . + . II
Torilis arvensis . . . . . . r + 2.2 II
Piptatherum miliaceum . . + . + . . . + II
Scirpoides holoschoenus . +.1 +.1 . . . . . . II
Smilax aspera var. altissima . . . . . + +.1 . . II
Acanthus mollis subsp. platyphyllos . . . 1.1 . 2.2 . . . II
Tamarix africana . . . . 2.3 . . . + II
Foeniculum vulgare subsp. piperitum + . . . . . . . 1.1 II
Dorycnium rectum . 1.1 . . . . . . + II
Saponaria officinalis . . . . + . . . + I
Outros taxa: Aristolochia baetica + (6, 8); Asparagus acutifolius + (9); Bupleurum fruticosum + (7); Carex acuta 1.1
(4); Centranthus calcitrapae i (4); Cheirolophus sempervirens + (6, 8); Clematis flammula + (2); Coronilla glauca + (9);
Lonicera periclymenum subsp. hispanica + (1); Olea sylvestris + (1); Oenanthe croccata + (1); Pistacia lentiscus + (9);
Plantago lanceolata + (9); Populus nigra + (4); Salix atrocinerea + (5); Scrophularia canina 1.1 (5); Stachys germanica
subsp. lusitanica + (9).
Localidades: 1 Corte Neto (SNB8619); 2 Lagoa dos Cavalos (29SPB0909); 3 Rib. de Algibre (29SNB8716); 4 Rib.
de Algibre-Tr (29SNB8716); 5 Rib. de Squa (SPB1412); 6 Moinhos da Rocha (29SPB1513); 7 Rib. de Quarteira
(29SNB7211); 8 Rib. de Algibre (29SNB8716); 9 Rib. de Menaval (29SNB8716).
Vegetao escionitrfila que se desenvolve nas orlas de bosques e bermas de muros e rochedos, sobre solos frescos
e ricos em matria orgnica.
O COBERTO VEGETAL
* Galio-Alliarion petiolatae Oberdorfer & Lohmeyer in Oberdorfer, Grs, Korneck, Lohmeyer, Mller, Philippi & Seibert 1967 207
Comunidades herbceas escionitrfilas que habitam locais sombrios criados por bosques e silvados, bem como nas
imediaes de muros e paredes.
Caractersticas territoriais: Smyrnium perfoliatum.
XIII CARDAMINO HIRSUTAE-GERANIETEA PURPUREI (Rivas-Martnez, Fernndez Gonzlez & Loidi, 1999) ex Rivas-
-Martnez, Fernndez Gonzlez & Loidi 2002
Vegetao escionitrfila, formada por plantas anuais, que se desenvolve sombra ou semi-sombra de matagais, rochas,
muros e bosques da regio mediterrnea e dos territrios atlnticos, com Invernos suaves.
Caractersticas territoriais: Anthriscus caucalis, Cardamine hirsuta, Centranthus calcitrapae, Centranthus calcitrapae
var. trichocarpus, Fumaria capreolata, Geranium dissectum, Geranium purpureum, Geranium rotundifolium, Ranunculus
parviflorus, Torilis arvensis subsp. neglecta, Torilis arvensis subsp. purpurea, Torilis nodosa.
O COBERTO VEGETAL
208
Quadro III/XLI
O COBERTO VEGETAL
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 R
rea (m2) 4 10 9 30 10 9 12 6 12 10 E
Altitude (1=10m) 45 43 20 4 11 27 26 24 17 9 S
Grau de cobertura (%) 90 85 80 90 100 90 80 80 80 90 E
Orientao N NE - N NE N - N - - N
Declive () 10 20 - 30 10 10 - 10 - -
N de espcies 13 23 23 5 19 21 26 28 28 21 A
N especfico mdio 20.7 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Smyrnium olusatrum 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 V
Urtica membranacea + + 3.3 . . 3.3 2.2 . 3.3 2.2 IV
Galium aparine . + 1.1 . 2.2 2.2 . . . + III
Urtica dioica . . . . . . . . . + I
Companheiras
Mercurialis annua 1.1 + 1.1 3.3 2.2 1.1 1.1 + . 1.1 V
Carduus tenuiflorus + . + . . + 1.1 + 1.1 1.1 IV
Borago officinalis . + + . + 1.1 + . . + III
Fumaria sepium . . 1.1 . 1.1 2.2 1.1 . . + III
Sonchus oleraceus . . . 1.1 2.2 . 1.1 + . 1.1 III
Hordeum murinum subsp. leporinum . . 1.1 . + 1.1 . + . 2.2 III
Urospermum picroides . + + . . 1.1 1.1 . 1.1 . III
Cynoglossum creticum . . . . + . . + + + II
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 2.2 . 1.1 . 1.1 . . 1.1 . . II
Tamus communis + . . 1.1 1.1 . 1.1 . . II
Bryonia cretica subsp. dioica . . 1.1 . 1.1 2.2 1.1 . . . II
Stachys ocymastrum . . . . + . 1.1 + . + II
Geranium purpureum . 2.2 + . . . + 1.1 . . II
Asparagus albus . . . . + . + . . + II
Galactites tomentosa . . . . + . + . . + II
Torilis nodosa . . 2.2 . . . 2.2 . 2.2 . II
Geranium rotundifolium . 2.2 . + . . . . 2.2 . II
Rhagadiolus edulis . . . . 1.1 . . . + 1.1 II
Anthriscus caucalis . +.1 . . 1.1 . 2.1 . . . II
Silene vulgaris . . . . . 1.1 + + . . II
Euphorbia peplus . . + . . . . + 1.1 . II
Avena barbata . . . . + 1.1 . . + . II
Polypodium interjectum + + . . . . . . . . I
Umbilicus rupestris . . + . . + . . . . I
Rumex pulcher subsp. woodsii . . + . . 1.1 . . . . I
Crepis taraxacifolia . . + . . . 1.1 . . . I
Prasium majus + . . . . . + . . . I
Asparagus acutifolius . . . . + . . +.1 . . I
Cynosurus echinatus . . +.1 . . . 1.1 . . . I
Aristolochia baetica . . . . . . 1.1 . . + I
Silene latifolia 1.1 . . . . . + . . . I
Arum italicum . . 1.1 . . . . 1.1 . . I
Torilis arvensis subsp. neglecta . . 1.1 . . . 2.2 . . . I
Lagurus ovatus . . 1.1 . . . . . . 1.1 I
Piptatherum miliaceum . . . . . + . . . + I
Foeniculum vulgare subsp. piperitum . . . . . . . + 1.1 . I
Lavatera cretica . . . . . . + . + . I
Bromus diandrus . . . . . . . + 2.2 . I
Geranium dissectum 1.1 . . . . . . . 1.1 . I
Sonchus asper subsp. glaucescens . . + . . + . . . . I
Galium verrucosum . + . 1.1 . . . . . . I
Erodium moschatum . . . . . . + . + . I
Sonchus asper . . . . . . . . 1.1 2.2 I
Muscari comosum . . . . . . . . + . +
Outros taxa: Anagallis arvensis subsp. caerulea 1.1 (9); Aristolochia paucinervis 1.1 (6); Brachypodium phoenicoides 1.1 (8);
Briza maxima + (8); Campanula erinus + (9); Carlina corymbosa + (8); Centaurea melitensis 1.1 (9); Centaurea pullata subsp.
baetica + (1); Centranthus calcitrapae + (10); Asplenium ceterach + (2); Chrysanthemum coronarium + (2); Convolvulus
althaeoides 1.1 (6); Delphinium staphisagria + (3); Eryngium campestre 1.1 (7); Erodium malacoides 1.1 (9); Euphorbia
helioscopia + (1); Euphorbia pterococca + (1); Fedia cornucopiae + (5); Galium murale 1.1 (9); Geranium molle 1.1 (7);
Gladiolus illyricus subsp. reuteri + (1); Hyacinthoides hispanica +.2 (2); Iris foetidissima 1.1 (8); Lathyrus articulatus + (2);
Lavatera olbia var. hispida + (2); Lavatera trimestris +.1 (6); Nepeta tuberosa + (10); Nigella damascena + (8); Paeonia broteroi
+ (2); Phalaris caerulescens + (9); Plantago lanceolata + (8); Rubia peregrina + (8); Rubus ulmifolius +.2 (10); Rumex induratus
+.1 (2); Sanguisorba verrucosa + (8); Saxifraga granulata var. glaucescens 2.2 (2); Scilla peruviana 1.1 (8); Sedum album var.
micranthum + (2); Sedum sediforme + (2); Senecio vulgaris + (8); Sherardia arvensis + (8); Stachys arvensis + (9); Stellaria
media + (8); Vinca difformis 3.3 (6).
Localidades: 1 Rocha dos Sodos (29SNB7523); 2 Amorosa (29SNB5923); 3 Almarjinho (29SNB8322); 4 Barrela - Silves
(29SNB4514); 5 Purgatrio (29SNB6914); 6 Benafim pequeno (29SNB7621); 7 Espargal (29SNB7718); 8 Pico Alto
(29SNB6923); 9 Castelo de Paderne (29SNB7112); 10 Cabeo da Cmara (29SNB8208).
O COBERTO VEGETAL
209
210 Quadro III/XLII
P
N de ordem 1 2 R
rea (1=10m2) 8 6 E
Altitude (1=10) 17 18 S
Grau de cobertura (%) 90 90 E
Orientao NE NE N
Declive () 5 5
N de espcies 12 18 A
N especfico mdio 15 S
Companheiras
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 1.1 1.1 2
Plantago lanceolata + 1.1 2
Sanguisorba verrucosa + + 2
Piptatherum miliaceum 1.1 +.1 2
Stachys germanica subsp. lusitanica + 1.1 2
Crepis taraxacifolia 1.1 1.1 2
Sonchus tenerrimus 1.1 1.1 2
Scilla peruviana + + 2
Galactites tomentosa 1.1 1.1 2
Cynosurus echinatus + +.1 2
Silene vulgaris + 1.1 2
Torilis arvensis subsp. neglecta . 2.3 1
Cheirolophus sempervirens . 2.2 1
Smilax aspera . 1.1 1
Vicia sativa subsp. nigra . 1.1 1
Cuscuta planiflora . + 1
Tamus communis . 1.1 1
uma aliana caracterstica da regio mediterrnea que atinge o piso termotemperado da regio Eurosiberiana.
Caractersticas territoriais: Conopodium capillifolium, Fumaria sepium, Galium murale, Geranium columbinum,
Geranium lucidum, Myosotis ramosissima subsp. gracilima, Thlaspi perfoliatum, Valantia muralis, Vicia pubescens.
O COBERTO VEGETAL
+ Origanetalia vulgaris Muller 1962 211
Comunidades calcrias ou mesoeutrficas, sobre solos ricos, tpicos dos territrios centro europeus, alpino-caucsicos,
orocantbricos, temperados submediterrneos e territrios centro ibricos.
Caractersticas territoriais: Carex divulsa.
* Origanion virentis Rivas-Martnez & O. Bols in Rivas-Martnez, T. E. Daz, F. Prieto, Loidi & Penas 1984
Rene associaes termo e mesomediterrneas semi-sombrias, hmicolas, sob ombroclima seco a hmido que orlam
os bosque ombrfilos, principalmente pereniflios (Quercetalia Ilicis) do Mediterrneo-Iberoatlntico.
Caractersticas territoriais: Bartsia aspera, Cephalaria leucantha, Cheirolophus sempervirens, Elaeoselinum foetidum,
Lathyrus annus, Lathyrus clymenum var. angustifolia, Lathyrus clymenum var. purpureus, Lathyrus tingitanus, Lavatera
olbia var. hispida, Origanum virens, Pimpinella villosa, Satureja calamintha.
Quadro III/XLIII
P
N de ordem 1 2 3 4 5 R
rea (1=10m2) 2 2 2 1 2 E
Altitude (1=10m) 22 30 40 27 28 S
Grau de cobertura (%) 70 70 80 60 80 E
Orientao SE E N SW N N
Declive () 10 10 10 5 10
N de espcies 8 10 9 13 14 A
N especfico mdio 10.8 S
Caractersticas da associao e
unidades superiores
Geranium purpureum 3.3 2.2 1.1 1.1 3.3 5
Geranium rotundifolium 1.1 2.1 2.2 2.2 2.3 5
Torilis nodosa . + 1.1 + + 4
Geranium lucidum 1.1 + . + . 3
Fumaria sepium . + + 1.1 . 3
Valantia muralis . + + . + 3
Centranthus calcitrapae . . + + + 3
Torilis arvensis subsp. purpusea . . . . 1.1 1
Companheiras
Theligonum cynocrambe 2.2 3.4 4.4 3.3 3.3 5
Briza maxima + . + + . 3
Nigella damascena 1.1 1.1 . 1.1 . 3
Sherardia arvensis . . + + 1.1 3
Petrorhagia nanteuilii + . . . + 2
Cerastium glomeratum . + . . + 2
Mercurialis annua . . . + . 1
Hordeum murinum subsp. leporinum . . . + . 1
Centaurea melitensis . . . . + 1
Cynosurus echinatus . . . . + 1
Allium pallens . . . . + 1
Outros taxa: Linum tryginum + (2); Trachynia distachya + (1, 4); Trifolium stellatum + (5).
O COBERTO VEGETAL
212 44 - Picrido algarbiensis-Cheirolophetum sempervirentis ass. nova
(Quadro III/XLIV: inv. 1 ao 8; typus inv. 6)
Sinecologia e Sinestrutura: Comunidade basfila, de exigncias mesofticas, semi-sombrias e hmicolas que se desenvolve
nas orlas e clareiras dos carvalhais marcescentes de Quercetum alpestris-broteroi, sobre solos margosos ricos em calcrio
activo. dominada pelo camfito herbceo Cheirolophus sempervirens e acompanhado do endemismo algarviense Picris
algarbiensis, bem como de Cephalaria leucantha, Salvia sclareoides, Satureja calamintha, entre outros. Bioclimaticamente
uma comunidade que apresenta o seu ptimo no piso termomediterrneo, sob ombroclima sub-hmido a hmido.
Face semelhana ecolgica com a associao Leucanthemo sylvatici-Cheirolophetum sempervirentis, descrita para o
Divisrio Portugus e Serra da Arrbida (COSTA et al., 1993). Distinguimo-la pela presena da endmica algarviense Picris
algarbiensis, que vive em solos margosos do Barrocal, num elenco florstico bem definido, bem como pela ausncia de
Leucanthemum sylvaticum, publica-se uma nova associao Picrido algarbiensis-Cheirolophetum sempervirentis ass.
nova (Typus associatio: Quadro III/XLIV, inv.6).
Sincorologia: uma comunidade exclusiva dos calcrios margosos do Sector algarviense, que poder irradiar para
outros territrios adjacentes, com a mesma ecologia.
Sinfitossociologia: Representa a orla herbcea dos carvalhais de Quercetum alpestris-broteroi do Barrocal algarvio com
estrutura edfica bem conservada e contacta frequentemente com os medronhais.
E) Vegetao pratense
XII - HELIANTHEMETEA GUTTATI (Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Ngre 1952) Rivas Goday & Rivas-Martnez 1963 em.
Rivas-Martnez 1978
Vegetao pioneira, de fraca cobertura, constituda por pequenos terfitos de desenvolvimento primaveril, que coloniza
clareiras de matos e outros espaos abertos, com solos incipientes, no hidromrficos nem nitrificados e pobres em
matria orgnica, onde no entram as espcies vivazes. uma classe indiferente natureza qumica do substrato, que
alcana a sua maior biodiversidade na regio Mediterrnea, irradiando para a regio Eurosiberiana, Macaronsica e
Saharo-Sndica septentrional (RIVAS-MARTNEZ et al. 1991).
Caractersticas territoriais: Alyssum simplex, Arenaria leptoclados, Asterolinon linum-stellatum, Cerastium brachypetalum
subsp. tauricum, Crucianella angustifolia, Crupina vulgaris, Delphinium gracile, Evax lusitanica, Evax pygmaea, Galium
parisiense, Helianthemum ledifolium, Helianthemum salicifolium, Herniaria cinerea, Hippocrepis ciliata, Leontodon
longirostris, Leontodon taraxacoides subsp. hispidus, Medicago minima, Mibora minima, Myosotis discolor subsp.
dubia, Pallenis spinosa, Petrorhagia nanteuilii, Sedum rubens, Silene colorata, Trifolium campestre, Trifolium stellatum,
Valerianella dentata, Vicia disperma.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/XLIV 213
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 R
rea m2 (1=10) 10 10 10 10 4 2 12 16 E
Altitude ( 1=10m) 25 14 16 28 10 30 25 20 S
Grau de cobertura (%) 90 80 75 70 95 80 75 80 E
Orientao NE NW N NE N N NW N N
Declive () 10 10 15 10 15 30 25 20
N de espcies 13 16 15 10 12 21 21 22 A
N especfico Mdio 16.3 S
Caractersticas de comunidade
e unidades superiores
Picris algarbiensis 1.1 1.1 2.2 2.2 + 2.2 1.1 1.1 8
Cheirolophus sempervirens 4.4 3.4 3.3 3.3 4.4 3.4 3.3 3.3 8
Origanum virens + 2.2 1.1 1.1 . 1.1 2.2 + 7
Satureja calamintha 1.1 2.3 1.1 1.1 + 1.1 . + 7
Stachys germanica subsp. lusitanica . + . 1.2 . + + . 4
Cephalaria leucantha . . . . 1.1 + 1.1 3.3 4
Bartsia aspera . . . . 1.1 . 1.1 1.2 3
Campanula rapunculus . . . . . + + + 3
Agrimonia eupatoria . . + . . . . . 1
Companheiras
Bupleurum paniculatum + + + + 2.2 . 1.1 2.2 7
Salvia sclareoides + . + . 1.1 2.3 1.1 1.1 6
Sanguisorba minor subsp. spachiana + + . + . + 1.1 1.1 6
Dactylis hispanica 1.2 . . . . + 2.2 +.2 4
Satureja graeca var. micrantha . + + . . + 1.1 . 4
Hypericum perforatum var. angustifolium + 1.1 . . + 1.1 . . 4
Achillea ageratum . + + + . . . . 3
Piptatherum thomasii . 1.1 + . . . + . 3
Teucrium scorodonia subsp. baeticum . + 1.2 1.1 . . . . 3
Staehelina dubia 1.1 . . . . + . + 3
Phlomis purpurea 1.1 . . . . + . + 3
Rubia peregrina 1.1 . . . . . + + 3
Pulicaria odora . . . . 1.1 . 2.2 1.2 3
Asperula hirsuta . . . . 1.1 . + + 3
Galium concatenatum . . . . + . 1.1 1.1 3
Outros taxa: Aristolochia baetica +(2); Atractylis gummifera 1.1 (6); Carex divulsa + (3); Carex flacca 1.1 (6),
1.2 (3); Carex hallerana 1.2 (5;3); Carlina corymbosa 1.1 (6); Centaurium majus 1.1 (6); Cistus albidus + (6);
Cistus salviifolius + (8); Convolvulus althaeoides +(7); Coronilla glauca 1.1(4); Daucus carota +(7); Dittrichia
viscosa subsp. revoluta +(6); Epipactis lusitanica + (2); Geranium purpureum +(7); Limodorum abortivum +(8;
2); Lithodora lusitanica +(6); Melica minuta +(7); Neotinea maculata +(2); Sanguisorba hybrida 2.2 (1), + (3);
Teucrium pseudochamaepitys +(8); Ulex argenteus + (8).
Localidades: 1 S. Romo (29SNB9215); 2 e 3 Rocha Pena (29SNB8023); 4 S. Bartolomeu Messines -
Rocha (29SNB6723); 5 Amendoeira (29SNB9215); 6 Rocha Messines (29SNB6723); 7 Cerro da Bemposta
(29SNB9809); 8 Cerro do Malho (29SNB9809).
Sinecologia e Sinestrutura: Associao calccola, dominada por terfitos efmeros, de pequeno porte e com escassa
cobertura, onde se destaca o endemismo Linaria haenseleri, que ocorre sobre patamares e cornijas de calcrios
dolomticos, no inicio da Primavera. Associao muito prxima da proposta por IZCO, (1974), Saxifrago tridactylites-
O COBERTO VEGETAL
214 -Hornungietum petraeae que se distingue pela ausncia das caractersticas Saxifraga tridactylitis, Chaenorhinum minus,
Arabis parvula, Clypeola microcarpa, entre outras, e pela presena constante do endemismo Linaria haenseleri, exclusivo
dos calcrios dolomticos e descarbonatados do SW Peninsular.
Por outro lado refira-se que a Hornungio petraea-Linarietum haenseleri ass. nova (Typus associatio: Quadro III/
XLV, inv.6) apresenta o seu ptimo no piso termo e mesomediterrneo inferior, sob ombroclima seco a sub-hmido,
enquanto que a Saxifrago tridactylites-Hornungietum petraeae apresenta o seu ptimo no interior da meseta, sob outras
condies bioclimticas.
Quadro III/XLV
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 R
rea m2 0,5 0,5 0,25 0,5 0,25 0,5 E
Altitude (1=10m) 36 45 46 33 45 44 S
Grau de cobertura (%) 60 30 60 70 30 60 E
Orientao N E N N E ---- N
Declive () 5 5 60 5 5 ----
N de espcies 14 19 17 18 17 17 A
N especfico mdio 17 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Linaria haenseleri 2.3 1.1 + 2.2 1.1 2.3 6 V
Hornungia petraea + + +.1 + 1.1 + 6 V
Valantia hispida 1.2 1.1 3.3 2.3 1.1 . 5 V
Euphorbia exigua . + + + + + 5 V
Trachynia distachya . +.1 + + +.1 1.1 5 V
Campanula erinus . + + + + 1.1 5 V
Trifolium stellatum . + . . + + 3 III
Sedum rubens . +.2 + + . + 4 IV
Medicago minima + . . + + + 4 IV
Senecio minutus + 1.1 + . 1.1 . 4 IV
Arenaria leptoclados 1.2 . . +.2 . . 2 II
Leontodon longirostris . . . . . + 1 I
Evax lusitanica . . . . . + 1 I
Tripodion tetraphyllum + . . . . . 1 I
Valerianella discoidea . . . . . 1.1 1 I
Companheiras
Scorpiurus muricatus 1.1 + . + + + 5 V
Galium verrucosum . 1.1 + . 1.1 . 3 III
Sedum sediforme . + + . . + 3 III
Sherardia arvensis 1.1 . . 1.1 . 1.1 3 III
Alyssum simplex . + + . + . 3 III
Sedum album var. micranthum . + + . . . 2 II
Carduus tenuiflorus . 2.1 . . 2.1 . 2 II
Theligonum cynocrambe . 1.1 . . 1.1 . 2 II
Dactylis hispanica . +.2 . . +.2 . 2 II
Arrhenatherum album . +.2 . . +.2 . 2 II
Centranthus calcitrapae + . . +.2 . . 2 II
Valantia muralis 1.1 . . +.2 . . 2 II
Catapodium rigidum + . . + . . 2 II
Lathyrus articulatus + . . + . . 2 II
Outros taxa: Allium sphaerocephalon + (5); Arisarum vulgare subsp. simorrhinum + (1; 4 ); Asplenium
ceterach +.1 (3); Galium murale 2.2 (6); Geranium molle + (3); Geranium purpureum + (3); Medicago
truncatula 1.1 (4); Mucizonia hispida +.2 (3); Ononis reclinata + (6); Reichardia intermedia + (6); Senecio
vulgaris + (4); Trigonella monspeliaca + (6); Umbilicus rupestris + (3).
Localidades: 1 S. Romo (29SNB9413); 2, 3 e 5 Rocha da Pena (29SNB8023); 4 Rocha de Messines
(29SNB6823); 6 Rocha dos Sodos (29SNB7523).
O COBERTO VEGETAL
Sincorologia: uma associao caracterstica dos calcrios do Sector Algarviense, que pode irradiar para os territrios 215
calcrios Luso-Extremadurenses e mesmo para alguns sectores da Provncia Btica.
(Quadro III/XLVI)
Sinecologia e Sinestrutura: Associao de terfitos efmeros, pioneiros, caractersticos dos solos calcrios, mais ou
menos, profundos, ricos em argilas. muito representativa no Barrocal Algarvio, revestindo no princpio da Primavera,
extensas superfcies, imprimindo assim na paisagem um colorido tpico, rastejante, dominado pelo amarelo do
Asteriscus aquaticus e variegado pelo lils da Cleonia lusitanica.
Sincorologia: Associao com o seu ptimo nos pisos termo e mesomediterrneos da Provncia Btica e nas
intercalaes calcrias Luso-Extremadurenses (RIVAS GODAY, 1964; LADERO et al., 1991).
Sinfitossociologia: Representa uma etapa muito avanada de substituio dos bosques existentes no Barrocal
(carvalhais marcescentes de Quercetum alpestris-broteroi, azinhais termomediterrneos de Rhamno oleoidis-Quercetum
rotundifoliae juniperetosum turbinatae, dos Alfarrobais de Vinco difformis-Ceratonietum siliquae juniperetosum turbinatae
e zambujais de Aro italici-Oleetum sylvestris).
Com a utilizao pecuria destes arrelvados podem aparecer os malhadais de Poo bulbosae-Astragalion sesamei ou
mesmo formaes de Thero-Brometalia, se ocorrer mobilizao dos solos ou aumento significativo da nitrificao.
Variabilidade: Quando estas comunidades contactam com litossolos calcrios, perdem a maior parte dos taxa
caractersticos, enriquecendo-se em Sedum rubens, facto que nos permite reconhecer a subassociao sedetosum
rubentis, descrita em SANTOS et al.(1989).
Pastagens vivazes mesoxerfilas, dominadas por hemicriptfitos, que assentam sobre solos ricos em bases, geralmente
profundos, apresentando uma distribuio medioeuropeia e mediterrnea.
Caractersticas territoriais: Aceras antropophorum, Anacamptis pyramidalis, Centaurium erythraea subsp. erythraea,
Centaurium erythraea subsp. grandiflorum, Centaurium erythraea subsp. majus, Ononis repens, Ophrys apifera, Ophrys
attaviria, Ophrys bilunulata, Orchis mascula, Orchis morio, Sanguisorba minor subsp. multicaulis, Spiranthes spiralis.
Arrelvados e prados mediterrneos dominados por Brachypodium phoenicoides, que revestem solos argilosos ou argilo-
-limosos, dos pisos termo a supramediterrneos da Provncia Iberolevantina, podendo tambm irradiar para a Provncia
Mediterrnea Ibrica Ocidental.
Caractersticas territoriais: Allium paniculatum, Allium roseum, Brachypodium phoenicoides var. phoenicoides,Brachy
podium phoenicoides var. mucronatum, Cachrys sicula, Galium concatenatum, Gladiolus communis subsp. byzantinus,
Gladiolus illyricus subsp. reuteri, Hypericum perfoliatum, Mantisalca salmantica, Medicago sativa, Melica ciliata subsp.
magnolii, Narcissus papyraceus subsp. papyraceus, Orchis champagneuxii, Orchis conica, Orchis fragrans, Ophrys
fusca, Orchis italica, Ophrys scolopax, Ophrys speculum, Ophrys sphegifera, Orchis tenera, Salvia sclareoides, Satureja
ascendens, Scorzonera angustifolia, Stipa bromoides.
Associaes tendencialmente mesofticas, dominadas por Brachypodium phoenicoides, prpias dos territrios
mediterrneo-iberolevantinos, que atingem o Oeste ibrico.
O COBERTO VEGETAL
216
Quadro III/XLVI
O COBERTO VEGETAL
(Brachypodion distachyae, Brachypodietalia distachyae, Helianthemetea guttati)
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 R
rea m2 4 4 2 4 5 2 4 2 4 4 4 4 4 5 1 2 2 E
Altitude (1=10m) 20 10 22 32 13 19 25 14 10 10 18 10 24 44 44 45 24 S
Grau de cobertura (%) 70 60 60 70 70 70 80 60 60 60 70 70 60 80 60 60 60 E
Orientao - - S S S E S S - - S - SE - - S N N
Declive () - - 5 5 5 15 2 5 - - 20 - 20 - - 5 20
N de espcies 19 26 26 25 29 28 32 35 26 27 37 32 23 37 28 24 30 A
N especfico mdio 28.5 S
Caractersticas da Associao
e Aliana
Asteriscus aquaticus 3.4 4.4 2.2 4.4 3.3 3.3 2.2 3.3 3.3 2.2 4.4 2.2 1.2 3.3 1.1 1.1 1.2 V
Cleonia lusitanica 3.3 3.3 3.3 3.3 1.1 2.2 3.3 2.2 2.2 3.3 3.3 4.3 3.3 2.2 . . + V
Velezia rgida . . + + + . + + + + 2.2 + + + + + . IV
Campanula erinus . . . + 1.1 1.1 . + + + + + + + . + + IV
Jasione blepharodon . . . . + 1.2 . 1.1 . + 1.1 + . + + + + III
Omphalodes linifolia . . . . . . . . . . . . . . . . 1.1 +
Scabiosa stellata subsp. simplex . . . . . . . . . + . . . . . . . +
.
Diferenciais da Subassociao
Sedum rubens . . . . . . . . . . . . . . 2.2 2.2 2.2 I
Linaria haenseleri . . . . . . . . . . . . . . 1.1 1.1 + I
Companheiras
Trifolium scabrum + + + + 1.2 1.1 + + 2.2 + + 1.1 1.1 + 1.2 1.2 +.2 V
Plantago afra + 1.1 1.1 1.1 . 2.2 + . . 1.1 2.2 2.1 1.1 1.1 . . . IV
Scorpiurus muricatus 1.1 + 1.1 + + 1.1 . . . + 1.1 2.2 . + . . . III
Aegilops geniculata . . + . . 1.1 1.1. 1.1 . . . 2.1 1.1 1.1 + + + III
Medicago doliata . + . . . . . . + . 2.2 . . 1.1 2.2 2.2 2.2 III
Sedum sediforme . + . + . . . . . 1.2 . . . i 1.1 1.1 1.1 III
Sherardia arvensis + + + . + . 1.1 R . . . r . . . . . III
Bituminaria bituminosa +.1 . + + . . . + 1.1 +.2 . . . . . . . II
Poa bulbosa 1.2 . . . . . . . . . +.2 . +.2 . 1.2 . 1.2 II
Convolvulus althaeoides . . . +.1 . . + I . . . . . . 1.1 1.1 . II
Galactites tomentosa . . . . . . + + . . . . . . R r r II
Avena barbata . . . . . . . R . . . . . + i i i II
Trifolium angustifolium . . + . +.2 . +.1 . . + . + . . . . . . II
Anagallis arvensis . . . + . + + . . . + . . . . . . . II
Logfia gallica + . + . . 1.1 . . . . . . + . . . . . I
Outros taxa: Aegilops neglecta r (14); Aegilops triuncialis 1.1 (9); Ajuga iva + (10,2); Allium pallens + (3); Alyssum granatense + (4); Hymenocarpos lotoides 1.1 (1); Asparagus
albus +.1 (2); Astragalus epiglottis + (10, 2, 13); Astragalus sesameus 1.1 (9); Atractylis gummifera + (9); Bellevalia hackelii + (11); Blackstonia perfoliata + (5); Bromus
lanceolatus + (13); Bromus matritenses + (14), i (8); Calendula arvensis + (4); Carlina corymbosa +.2 (14,17); Carlina racemosa + (14), 2.2 (12); Centaurium erythraea + (9),
+.2 (10), r (12); Centaurea melitensis + (2), 1.1 (6); Coronilla scorpioides 1.1 (13, 3); Crepis taraxacifolia + (14); Crucianella angustifolia 1.1 (11); Cuscuta planiflora + (7); Dactylis
hispanica subsp. lusitanica +.1 (14), + (2); Daucus carota + (8, 12); Fedia cornucopiae i (5); Filago lutescens + (1, 4, 10); Gastridium ventricosum 1.1 (11); Glossopappus
macrothus 1.1 (8), r (12); Gynandriris sisyrinchium + (14,17,16); Hippocrepis biflora + (9); Hyoseris scabra 1.1 (14)Isoetes hystrix 1.2 (1), 1.1 (2); Lathyrus amphicarpos 1.1
(14); Linum tryginum + (12), 2.2 (8, 11); Linum setaceum 2.2 (3), 1.1 (7); Medicago orbiculares + (15,16); Satureja graeca var. micrantha r (5); Misopates orontium subsp.
grandiflorum 1.1 (7); Nigella damascena + (11); Ononis pubescens r (5), + (7); ; Pallenis spinosa r (5, 14), + (8); Petrorhagia nanteuilii + (14); Phagnalon saxatile i (5), + (8);
Plantago bellardii 1.1 (11), + (9); Polycarpon tetraphyllum + (6); Ranunculus bullatus + (14); Reichardia intermedia 1.1 (6); Scandix australis r (14); Scabiosa atropurpurea +
(9); Scabiosa semipapposa 1.1 (11); Serapias parviflora + (7); Silene sp. 1.1 (14); Stachys ocymastrum + (7); Trifolium lappaceum r (12), 1.1 (9), + (8); Urospermum picroides
+ (14), + (6); Valantia muralis 2.2 (4); 1.1 (11); Vulpia ciliata 1.1 (17, 16); Tuberaria guttata + (3).
Localidades: 1 - S. Romo(29SNB9413); 2 - Cerro de S. Miguel (29SPB0406); 3 - Zimbral de Baixo (29SNB7517); 4 Estoi (29SNB9906); 5 - Boliqueime (29SNB7211); 6
- Cabea Aguda (29SNB7317); 7 - Esteveira (29SNB7518); 8 - Moncarapacho(29SPB0805); 9 - Cerro de S. Miguel (29SPB0406); 10 - Cerro dos Fatos (29SNB8209); 11 -
Pereiro(29SPB0609); 12 - Vale Loul(29SNB7418); 13 - .Cabea Gorda(29SNB7516); 14 e 15 - Rocha da Pena (29SNB8023); 16 - Rocha dos Soidos (29SNB7523); 17 - Rocha
de Messines (29SNB6823).
O COBERTO VEGETAL
217
218 47 Galio concatenati-Brachypodietum phoenicoidis ass. nova
Sinecologia e Sinestrutura: Associao dominada por hemicriptfitos, onde se destaca a abundncia de Brachypodium
phoenicoides, entre outros, que se desenvolve nos pisos termo e mesomediterrneos, sob ombroclima seco superior
a hmido, sobre solos calcrios ricos em limos e argilas, relativamente profundos e frescos, sofrendo uma acentuada
secura durante o estio.
No territrio estudado, esta associao ocorre em terrenos incultos, sobre solos margosos do Jurssico, em pequenas
manchas que, em funo da humidade, textura do solo e outros factores, fazem variar a sua composio florstica. A
Galio concatenati-Brachypodietum phoenicoidis ass. nova (Typus associatio: Quadro III/XLVII, inv.3) portanto
uma comunidade de maior carcter termfilo. Corologicamente o mais meridional do que os restantes arrelvados
dominados por Brachypodium phoenicoides descritos no sudoeste da Pennsula Ibrica.
Sincorologia: Associao calccola, endmica do Sector Algarviense, podendo surgir na Provncia Mediterrnea Ibrica
Ocidental.
Foto III/3.8 - A ORCHIDACEAE Ophrys apifera Hudson: planta comum nestes arrelvados.
(Quadro III/XLVIII)
Comunidade termomediterrnea, constituda por hemicriptfitos, na qual assume particular destaque o Eryngium
dilatatum e vrias espcies do gnero Serratula. Trata-se de uma comunidade descontnua que se instala, normalmente
em locais de escorrncia temporria de guas superficiais e ou subsuperficiais, sobre solos calcrios margosos ricos
em calcrio activo, de textura argilo-limosa. Durante o Inverno, estes solos apresentam excesso de gua, enquanto que
no Vero secam completamente e fendilham.
Sincorologia: uma comunidade bastante comum nas superfcies margosas do Barrocal e tambm a reconhecemos
no Divisrio Portugus e Ribatagano-Sadense.
Sinfitossociologia: Parece representar uma orla herbcea dos tomilhais de Thymo lotocephali-Coridothymetum capitati
e dos tojais de Siderito lusitanicae-Genistetum algarbiensis.
Variabilidade: Nos locais de maior escorrncia hdrica, o Schoenus nigricans marca uma presena significativa,
parecendo-nos que poder representar uma variante mais higrfila.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/XLVII 219
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R
rea (1=10 m) 6 9 9 10 10 12 4 12 2 E
Altitude (1=10m) 9 11 13 5 10 18 8 24 22 S
Grau de cobertura (%) 90 95 90 100 95 95 100 95 80 E
Orientao - - - N N - - - S N
Declive () - - - 5 5 - - - 5
N espcies 7 17 21 18 15 18 19 21 20 A
N especfico mdio 16.5 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Brachypodium phoenicoides 5.5 4.4 4.4 4.4 4.4 5.5 4.5 5.5 4.4 9 V
Galium concatenatum + + + . + . . + + 6 IV
Allium roseum . . + + . + . + . 4 III
Centaurea occasus 1.1 . . . . . . . . 1 +
Companheiras
Dactylis hispanica subsp. lusitanica . +.2 2.2 +.2 + 2.2 2.2 2.2 1.2 8 V
Asperula hirsuta . 2.2 + 1.1 . 2.2 + + + 7 IV
Convolvulus althaeoides 1.1 2.2 1.1 + + . . . + 6 IV
Scilla peruviana . +.2 + r +.2 +.2 1.1 . 6 IV
Daucus carota . 1.1 . + 1.1 1.1 2.1 + . 6 IV
Avenula occidentalis subsp. stenophylla . . +.2 . + + +.2 . +.2 5 III
Ornithogalum narbonense . . . + + + . + + 5 III
Stachys germanica subsp. lusitanica . . + 1.1 1.1 1.1 . . . 4 III
Micromeria graeca subsp. micrantha . + + . . + . . 2.1 4 III
Eryngium dilatatum . . + . + . . + . 3 II
Scabiosa atropurpurea . . . . . + 1.1 . + 3 II
Carlina corymbosa . 1.2 . + . . . + . 3 II
Rubia peregrina . + . . . + 1.1 . . 3 II
Plantago lanceolata . . + 2.2 . 1.1 . . . 3 II
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum . . 1.1 . 1.1 . . 1.1 . 3 II
Asparagus acutifolius . . + . . . 1.1 + + 3 II
Sanguisorba minor subsp. spachiana . . . . + . + . . 2 II
Epipactis tremolsii . . . . . . . 1.1 + 2 II
Outros taxa: Asphodelus ramosus + (2); Trachynia distachya 1.1 (7;9); Briza maxima + (3); r (5); Campanula rapunculus + (4); Bupleurum
paniculatum + (8); 1.1 (9); Atractylis gummifera + (3); Clematis flammula + (8); Crepis taraxacifolia + (2); r (7); Daphne gnidium + (2); 1.1
(4); Dittrichia viscosa subsp. revoluta + (6); Eryngium campestre 1.1 (5); + (4); Foeniculum vulgare subsp. piperitum + (6); Gladiolus illyricus
subsp. reuteri + (7); Gladiolus italicus 1.1 (4); Glossopappus macrotus + (9); Helichrysum stoechas + (9); +.2 (1); Hyparrhenia hirta 1.2 (3);
Hypericum perforatum var. angustifolium + (6); Jasminum fruticans + (6); Juniperus turbinata 2.1 (7); +.2 (3); Lathyrus angulatus + (8); Lathyrus
clymenum var. angustifolia 1.1 (2); Leontodon taraxacoides subsp. hispidus1.1 (4); Linum setaceum 1.1 (3); Linum strictum + (7); 1.1 (9);
Narcissus papyraceus + (8); Olea sylvestris (J. p) + (7); Ononis repens + (1); Paeonia broteroi + (8); Pallenis spinosa + (7); 1.1 (9); Phlomis
purpurea + (3, 8); Pistacia lentiscus 1.1 (7); Plantago serraria + (1); Bituminaria bituminosa 1.1 (9); Quercus rotundifolia 1.1 (5); Scorzonera
angustifolia + (9); Sedum sediforme+.2 (2); Smilax aspera 2.2 (4); Smilax aspera (J. p) 1.1 (7); Stachys ocymastrum + (2; 7); Staehelina dubia
+ (9); Tamus communis + (6); Urospermum picroides + (2, 3); Vicia disperma + (8); Vinca difformis 1.1 (9); 3.3 (4).
Localidades: 1 Tigarral (29SNB7211); 2 Cerro da Moita-Paderne (29SNB7212); 3 Loul-Venda Nave-Tr (29SNB8617); 4 Rib.
Quinta do Freixo (29SNB7622); 5 Prx. Cerro Fatos (29SNB8209); 6 Prx. Rib. Goldra (29SNB8809); 7 Escarpo (29SNB7111); 8 Prx.
Castelo de. Paderne (29SNB7112); 9 Rib. Algibre - Prx. Granja (29SNB8016).
Representa as comunidades de pastagens de pequeno porte, dominadas por Poa bulbosa e acompanhadas de terfitos,
prprias de locais de passagem e pastoreio de gado ovino, caprino e mesmo bovino, dando origem aos popularmente
conhecidos malhadais. Trata-se de associaes, ricas em terfitos, por evolurem a partir dos arrelvados anuais de
Helianthemetea guttati ou dos subnitrfilos de Thero-Brometalia, de carcter antropozogeno que revestem solos secos,
raramente afectados por fenmenos de hidromorfia e duros, apresentando o seu ptimo no Mediterrneo Ocidental.
Caractersticas territoriais: Bellis annua, Bellis sylvestris subsp. pappulosa, Bellis sylvestris subsp. sylvestris, Gynandriris
O COBERTO VEGETAL
220 sisyrinchium, Leontodon tuberosus, Leucojum autumnale, Ornithogalum orthophyllum subsp. baeticum, Romulea
bulbocodium, Scilla autumnalis.
+ Poetalia bulbosae Rivas Goday & Rivas-Martnez in Rivas Goday & Ladero 1970
nica ordem da classe que engloba trs alianas (RIVAS GODAY & RIVAS-MARTNEZ, 1963; SANTOS et al. 1989;
RIVAS-MARTNEZ et al., 2002): Poo bulbosae-Astragalion sesamei sobre substratos neutro-basfilos, Trifolio subterranei-
-Plantaginetum serrariae sobre solos basfilos e Trifolio subterranei-Periballion de carcter siliccola.
Quadro III/XLVIII
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 R
rea (1=10 m2) 4 2 2 10 20 4 4 4 10 8 2 4 8 E
Altitude (1=10m) 75 90 22 19 20 20 26 14 25 28 7 10 17 S
Grau de cobertura (%) 50 60 50 60 50 60 50 40 60 60 60 80 60 E
Orientao S S S SE SW NE NW SE SW E N - N N
Declive () 5 5 5 30 5 10 10 15 10 20 10 - 3
N de espcies 9 9 12 13 12 12 11 10 13 10 8 10 7 A
N especfico mdio 10,5 S
Caractersticas de comunidade
e unidades superiores
Eryngium dilatatum 3.3 3.3 2.2 3.3 3.3 3.3 3.3 3.3 3.3 3.3 3.3 4.4 3.3 V
Serratula baetica subsp. lusitanica + 1.1 1.1 2.2 . 1.1 2.2 2.2 3.3 2.2 2.2 3.3 2.2 V
Serratula baetica var. sampaiana . + 1.2 . 2.2 1.1 1.1 1.1 1.1 2.2 2.2 1.1 + V
Salvia sclareoides . . . . 2.2 + . . . . 1.1 . + II
Centaurea occasus . . . . . . + . . 1.1 . . + II
Galium concatenatum . . . . . . . + 1.1 1.1 . . . II
Orchis italica . . . . . . . . . . . . + +
Centaurium erythraea . . . + . . . . . . . . . +
Centaurium grandiflorum . . . . . . . . . + . . . +
Gladiolus illyricus subsp. reuteri . . . . . . . + . . . . . +
Companheiras
Carex hallerana . . +.2 2.2 + + 2.2 1.2 + +.2 +.2 1.2 . V
Pulicaria odora . . + 1.1 1.1 . 1.1 1.1 2.2 1.1 + . 1.1 IV
Bupleurum paniculatum . . + 2.2 . 2.2 2.2 1.1 1.1 + 2.2 . 1.1 IV
Asperula hirsuta . . . + + + + 1.1 1.1 + + . . IV
Fumana thymifolia + . + + 1.1 + . + . . . . . III
Thymus lotocephalus + + . + . + . . . . + . . III
Avenula occidentalis . . . 1.1 . . 1.1 . . + + . + II
Dactylis hispanica subsp. lusitanica . . . . . . . . . . + 1.1 1.1 II
Sanguisorba ancistroides + + . . . . . . . . . 1.1 . II
Urginea maritima . + . . . . + . . + . . . II
Hyparrhenia sinaica 1.2 + . . . . . . . . . . . I
Schoenus nigricans 2.2 1.2 . . . . . . . . . . . I
Bartsia aspera . + . . . . + . . . . . . I
Thymbra capitata . . + . . . . . + . . . . I
Serapias parviflora . . . . . . . . + . . . . +
Outros taxa: Achillea ageratum + (12); Briza maxima + (8); Centaurium pulchellum (9); Cuscuta planiflora + (5); Daucus crinitus + (12);
Euphorbia boetica + (6); Fumana laevipes + (3); Lithodora lusitanica + (3); Phagnalon rupeste + (12); Picris algarbiensis + (3); Teucrium
algarviense + (4); Teucrium pseudochamaepitys + (2); Thapsia villosa var. dissecta + (8).
Localidades: 1 Paderne (29SNB7112); 2 Cabeo da Cmara (29SNB8208); 3 Guilhim (29SNB9407); 4 Machados (29SNB9810); 5
Guilhim (29SNB9407); 6 Varejota (29SNB8315); 7 Centieira (29SNB7012); 8 Escarpo (29SNB7111); 9 Palhagueira (29SNB8410);
10 S. Brs de Alportel (29SNB9912); 11 Cerro da Bemposta (29SNB9809); 12 Bugalho (29SNB8410); 13 Tigarral (29SNB7211).
O COBERTO VEGETAL
Caractersticas territoriais: Erodium botrys, Gagea lusitanica, Narcissus serotinus, Parentucellia latifolia, Paronychia 221
argentea, Poa bulbosa, Scorpiurus vermiculatus, Trifolium suffocatum, Trifolium tomentosum.
49 - Trifolio subterranei-Plantaginetum serrariae Martn & Galn in Galn, Morales & Vicente 2000
(Quadro III/XLIX)
Sinecologia e Sinestrutura: Associao de pastagens vivazes, dominadas pelos hemicriptfitos Poa bulbosa e
Plantago serraria, que reveste solos calcrios margosos, ricos em argilas, facto que impede uma drenagem rpida e,
consequentemente, a entrada de alguns elementos caractersticos de Molinio-Arrhenatheretea. Como no existe uma
vocao pecuria no territrio, esta associao pouco frequente. Contudo, foi possvel realizar alguns inventrios,
especialmente, prximos das malhadas, em superfcies termomediterrneas, sob ombroclima seco a sub-hmido que
nos permitem reconhecer este agrupamento.
Sincorologia: Trata-se de uma associao Btica, Tingitana e Lusitano-Anadulsa Litoral.
Sinfitossociologia: um arrelvado dos territrios potenciais das sries dos zambujais (Aro italici-Oleetum sylvestris),
carvalhais (Quercetum alpestris-broteroi) e azinhais (Rhamno oleoidis-Quercetum rotundifoliae juniperetosum turbinatae),
sobre substratos margosos.
+ Sedo-Scleranthetalia Br.-Bl.1955
Ordem com ptimo atlntico-medioeuropeio que agrupa associaes ricas em espcies crassulceas, com afinidades
O COBERTO VEGETAL
222 saxcolas, que colonizam litossolos silceos calco-dolomticos ou vulcnicos.
* Sedion micrantho-sediformis Rivas-Martnez, P. Snchez & Alcaraz ex P. Snchez & Alcaraz 1993
Rene associaes pioneiras, colonizadoras de fissuras trreas calcrias e cavidades (covas e buracos) rochosas, com
abundantes fendas, que se desenvolvem desde o termo ao supramediterrneo, sob ombroclimas que vo desde o
semirido at ao sub-hmido. So dominadas por crassulceas perenes, de pequeno porte, que apresentam o seu
ptimo ecolgico no Mediterrneo-Iberolevantino e irradiando at Provncia Btica e Lusitano-Andaluza Litoral.
Caractersticas territoriais: Sedum album subsp. micranthum, Sedum sediforme.
Quadro III/XLIX
Trifolio subterranei-Plantaginetum serrariae Martn & Galn in Galn, Morales & Vicente 2000
(Plantaginion serrariae, Poetalia bulbosae, Poetea bulbosae)
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 E
rea (m2) 2 1 1 0,5 0,5 0,5 S
Altitude (1=10m) 45 18 37 45 45 29 E
Grau de cobertura (%) 80 70 70 70 90 80 N
Orientao - W - - - N
Declive (%) - 2 - - - 5 A
N de espcies 16 17 21 24 32 17 S
N especfico mdio 21
Caractersticas da Associao
e unidades superiores
Poa bulbosa 3.4 2.2 3.3 3.3 4.4 4.4 V
Plantago serraria 2.2 3.3 1.1 2.2 2.2 + V
Gynandriris sisyrinchium + + + + 1.1 1.1 V
Erodium primulaceum + . + 1.1 1.1 1.1 V
Trifolium tomentosum 1.1 + . + + + V
Scilla autumnalis . + + + + + V
Parentucellia latifolia . . + + + + IV
Bellis annua . . . 1.1 1.1 + III
Companheiras
Scorpiurus muricatus 1.1 + 2.2 + . + V
Euphorbia exigua + + + . +.1 + V
Medicago doliata . . . + + + III
Medicago truncatula . + . . 1.2 + III
Trifolium stellatum + . 2.2 . . + III
Plantago afra 1.1 . . . + + III
Trachynia distachya . 1.1 + . . + III
Trifolium lappaceum 1.1 1.1 . + . . III
Hyoseris scabra . . 2.2 + 1.1 . III
Tuberaria guttata 2.2 . + 3.3 . . III
Trifolium subterraneum . . . . . + I
Trigonella monspeliaca . . . . . + I
Outros taxa: Aegilops geniculata + (5); Alyssum simplex + (4); Tripodion tetraphyllum + (3); 1.1
(2); Arisarum vulgare subsp. simorrhinum +(5); Asphodelus ramosus +(4); Asteriscus aquaticus +
(2); Astragalus echinatus + (5); Avena liliata + (3); Atractylis cancellata + (4); Calendula arvensis +
(5); Cerastium glomeratum 1.1 (5); Chamaemelum nobile var. aurea + (5); Cleonia lusitanica 1.1 (2);
Coronilla scorpioides 1.1 (5); Euphorbia falcata + (5;2); Filago lutescens + (1); Filago pyramidata +
(5); Hippocrepis unisiliquosa + (2); Hypochoeris glabra 2.2 (5); Leontodon longirostris 2.2 (5); Linaria
haenseleri + (5); Linum setaceum 1.1 (5); Linum strictum 2.1 (2); Logfia gallica + (1;3); Medicago
minima 1.1 (5); Petrorhagia nanteuillii 1.1 (4); Plantago bellardii 2.1 (4); + (2); Romulea bulbocodium
1.1 (3;4); Sedum album var. micranthum + (5); Sedum sediforme + (3); Sherardia arvensis 2.2 (3);
+ (5); Stachys arvensis + (5); Stipa capensis 1.1 (4); Tolpis umbellata + (4;1); Trifolium angustifolium
+ (5); Trifolium campestre + (1); 1.1 (3);Trifolium glomeratum 1.1 (4); Trifolium resupinatum + (3);
Trifolium scabrum 1.1 (3); 2.2 (2); Velezia rigida 1.1 (4); Vulpia bromoides 1.1 (4); 2.2 (5).
Localidades: 1 e 5 Rocha da Pena (29SNB7923); 2 Amendoeira (29SNB9413); 3 Cabeo da
Areia (29SNB8221); 4 Rocha dos Soidos (29SNB7523); 6 Pico Alto (29SNB9312).
O COBERTO VEGETAL
223
Fig. III/3.7 - Aspecto particular dos arrelvados da Rocha da Pena: 1 - Carrascal de Asparago albi-Rhamnetum oleoidis; 2 - Arrelvados
vivazes crassiflios de Sedetum micrantho-sediformis; 3 - Arrelvados vivazes de Trifolio subterranei-Plantaginetum serrariae; 4 -
Arrelvados terofticos de Helianthemetea guttati; 5 - Festuco-Brometea; 6 - Cardal de Bourgaeo humilis-Galactitetum tomentosae.
Quadro III/L
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 R
rea (m2) 4 4 1 1 1 1 E
Altitude (1=10m) 8 7 16 27 6 14 S
Grau de cobertura (%) 70 70 60 70 40 40 E
Orientao S - NW S N S N
Declive () 20 - 5 5 10 10
N de espcies 11 12 10 13 12 9 A
N especfico mdio S
Caractersticas da comunidade
e unidades superiores
Plantago albicans 4.4 4.4 3.4 3.3 2.4 2.4 V
Companheiras
Trachynia distachya 1.1 1.1 2.2 1.1 2.2 1.1 V
Linum strictum + + 1.1 + 1.1 + V
Linum tryginum + + + + + + V
Convolvulus althaeoides . . + + + + IV
Bituminaria bituminosa . . . + + 1.1 III
Reichardia intermedia + + . . . + III
Plantago afra . . + 1.1 . III
Scabiosa atropurpurea . + . + . . II
Satureja graeca var. micrantha . . + + . . II
Aegilops geniculata . . 1.1 . . . II
Leontodon taraxacoides subsp. hispidus . . . 1.1 1.1 . II
Crucianella latifolia . . + + . II
Scorpiurus muricatus . 1.1 + . . . II
Ononis repens 1.1 . . + . . II
Dactylis hispanica subsp. lusitanica . . . . + + II
Sedum sediforme . +.2 . . . . I
Phagnalon saxatile + . . . . . I
Scabiosa semipapposa . . . . 1.1 . I
Ononis pubescens . + . . . . I
Outros taxa: Aristolochia paucinervis 1.1 (6); Asteriscus aquaticus + (1); Atractylis gummifer +
(1); Bellardia trixago 1.1 (5); Carlina racemosa 1.1 (4); Carduncellus caeruleus subsp. caeruleus
+ (1); Misopates orontium + (2); Muscari comosum + (2); Ononis viscosa subsp. breviflora +
(1); Pallenis spinosa + (2); Plantago lagopus + (4); Rhagadiolus stellatus + (3).
Localidades: 1 Esteiramatens (29SPB1007); 2 Moncarapacho (29SPB0806); 3 e 6 Estoi
(29SNB9906); 4 Apra (Morgado) (29SNB9312); 5 Quelfes (29SPB0502).
O COBERTO VEGETAL
224 51 - Sedetum micrantho-sediformis O. Bols & Masalles in O. Bols 1981
(Quadro III/LI)
Sinecologia e Sinestrutura: Associao caracterizada pela presena de pequenos camfitos crassiflios, xerotermfilos,
dominada por Sedum album var. micranthum e Sedum sediforme que ocorrem nas fissuras de afloramentos rochosos
de calcrios duros e, sobretudo, em campos de lapis, com solo muito superficial. Apresenta o seu ptimo ecolgico em
ombroclima sub-hmido, sobretudo em orientaes ao quadrante Norte, onde se encontram protegidas da dessecao
por um tapete brioftico.
Sincorologia: Associao conhecida dos territrios iberolevntinos, murciano-almerienses e bticos, que atinge os
territrios lusitano-andaluses litorais.
Sinfitossociologia: Comunidade permanente que contacta com as formaes herbceas de Trifolio subterranei-Plantaginetum
serrariae e Velezio-Astericetum.
Quadro III/LI
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 R
rea (m2) 1 0,5 0,5 0,5 1 1 E
Altitude (1=10m) 40 35 39 37 32 43 S
Grau de cobertura (%) 50 50 60 60 70 60 E
Orientao N N N NW N - N
Declive (%) 20 15 20 40 10 -
N de espcies 5 6 5 7 8 6 A
N especfico mdio 6.2 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Sedum album subsp. micranthum 3.2 3.2 3.3 3.3 4.4. 3.3 6 V
Sedum sediforme 1.2 1.2 2.2 2.2 3.3 2.2 6 V
Companheiras
Geranium purpureum 1.1 + . + + + 5 V
Asplenium ceterach . 1.1 + + . + 4 IV
Valantia muralis + + 2.1 . . . 3 III
Mucizonia hispida . 1.1 + +.1 . . 3 III
Centranthus calcitrapae . . . + + . 2 II
Cerastium glomeratum + . . . + . 2 II
Asphodelus aestivus . . . . + + 2 II
Outros taxa: Catapodium rigidum + (4); Melica minuta +.1 (5); Satureja graeca var. micrantha+ (3);
Polypodium cambricum 1.1 (1).
O COBERTO VEGETAL
Agrupa comunidades graminides vivazes, de porte elevado, profundamente enraizadas, que se desenvolvem sobre 225
solos profundos e eutrficos, permeveis, carentes de hidromorfia, nitrificao ou sais halognicos. Apresenta o seu
ptimo do termo ao supramediterrneo, sob ombroclima semirido a seco, do ocidente da Regio Mediterrnea.
Caractersticas territoriais: Allium baeticum, Leuzea conifera, Ophrys bombyliflora, Ophrys dyris, Ophrys lutea, Ophrys
tenthredinifera, Orchis picta, Ornithogalum gussonei, O. narbonense, Phlomis lychnitis.
Fig. III/3.8 Aspecto geral da paisagem (Albufeira): 1 - Alfarrobal de Vinco difformis-Ceratonietum siliquae juniperetosum turbinatae;
2 - Carrascal de Asparago albi-Rhamnetum oleoidis; 3 - Zimbral de Aristolochio baeticae-Juniperetum turbinatae; 4 - Thymo
lotocephali-Coridothymetum capitatti; 5 - Espartal de Bellevalio hackelli-Stipetum tenacessimae; 7 - Arrelvados termfilos de Carici
depressae-Hyparrhenietum hirtae daucetosum maximi; 8 - Arrelvados terofticos de Velezio rigidae-Astericetum aquaticae; 9 -
Counidade de Carrichtera annua; 10 - Arrelvados terofticos termfilos de Bromo tectori-Stipetum capensis; 11 - Associao viria
nitrfila de Anacyclo radiati-Hordeetum leporini.
Rene os espartais termo e mesomediterrneos, sob ombroclima semirido a sub-hmido, dominados por Stipa
tenacissima e outras gramneas vivazes xerfiticas, que vivem sobre solos ricos em carbonato de clcio. Estes espartais
so originrios das zonas subdesrticas ucranianas, chegando Pennsula Ibrica, atravs da via migratria norte-
-africana, e refugiando-se nos stios mais quentes, donde permanecem como formaes rliquas (IZCO, 1984).
Sinecologia e Sinestrutura: Trata-se de um espartal dominado pela gramnea Stipa tenacissima, acompanhada por
outros hemicriptfitos de porte elevado como Arrhenatherum album, entre muitos outros camfitos herbceos como
Sedum sediforme e gefitos calccolas, endmicos do Sector Algarviense, entre os quais se destaca a Bellevalia hackelii.
Este original espartal vive sobre solos ricos em argilas, mais ou menos profundos, particularmente nas encostas mais
trmicas expostas ao quadrante Sul e nas fendas de afloramentos rochosos de calcrios duros do termomediterrneo,
sob ombroclima seco a xrico, podendo mesmo sobreviver em ombroclimas sub-hmidos a hmidos, mas sempre
como comunidade permanente edafoxerfila.
Sincorologia: A Bellevalio hackelli-Stipetum tenacissimae ass. nova (Typus associatio: Quadro III/LII, inv.8) uma
associao exclusiva dos calcrios do Barrocal Algarvio e dos territrios do Costeiro Vicentino (Sector Algarviense).
Esta situao muito idntica referida por OZENDA (1954) e MAIRE (1926) in DJEBAILI (1984) para o Norte de frica.
O COBERTO VEGETAL
226 Quadro III/LII
P
N Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 R
rea (1=10 m) 2 1 4 2 4 1.2 4 3 4 1 6 6 E
Altitude (1=10m) 19 26 5 15 10 23 16 17 24 19 14 18 S
Grau de cobertura (%) 70 60 60 60 70 70 40 70 60 70 60 60 E
Orientao S ---- S SW S E S S S S S SW N
Declive () 45 ---- 15 10 20 15 30 10 10 20 15 15
N espcies 13 8 11 11 11 16 15 21 15 17 22 19 A
N especfico mdio 14,9 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Stipa tenacissima 4.4 4.4 3.3 3.4 3.4 4.4 2.3 3.4 3.3 3.3 3.3 3.3 V
Bellevalia hackelii . . 1.1 + + + + 1.1 + 1.1 + + IV
Arrhenatherum album . . . 1.1 . 1.1 . + +.1 + . . III
Bituminaria bituminosa . . . + 1.1 + + + . . + . III
Phlomis lychnitis . . . . . . . . . + + + II
Allium pallens . . . . . . . . . . . + +
Phagnalon saxatile + . . . . . . . . . . . +
Companheiras
Thapsia villosa var. minor 1.1 . + 1.1 . + + + + . + + IV
Sedum sediforme + + 1.1 . . 1.1 1.1 +.1 + + 1.1 + IV
Chamaerops humilis + . . . + . + . + + + 2.2 IV
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum . . 1.1 1.1 1.1 + 1.1 1.1 . + 1.1 . IV
Fumana laevipes 1.1 . + . . . . . 2.2 1.1 1.1 2.2 III
Asphodelus ramosus + . + . . . + + . . + + III
Rhamnus oleoides . + . + . + . + . . + 1.1 III
Genista algarbiensis + . . . . + . . . + + + III
Fumana thymifolia 1.1 . . . . . + . . 1.1 1.1 1.1 III
Dactylis hispanica subsp. lusitanica . . . . . +.2 + +.2 . +.2 + + III
Asparagus albus . . + + + . . + + . . . II
Hyparrhenia sinaica . . . . . . + 1.1 1.1 . + + II
Thymbra capitata + . . . . . + . . . + + II
Phlomis purpurea . + . . 1.1 + . . + . . + II
Galium verrucosum . + . + . . . + + . + . II
Gladiolus illyricus subsp. reuteri . . . + . . . + + . . + II
Ruta chalepensis . + . . . . . . . + . + II
Urginea maritima . . . . . + . . . + + . II
Asphodelus aestivus . 1.1 . . . + . . . + . . II
Ulex argenteus . . . . . . . . . + . + I
Pistacia lentiscus . . . . . . . + . . . + I
Olea sylvestris . . . . . . . + . . + . I
Juniperus turbinata . . . . 2.1 . . . . + . . I
Iris xiphium . . . . . . . + +.1 . . . I
Thapsia vilosa var. dissecta . . . . . . . + + . . . I
Cosentinia vellea . . . . . . + + . . . . I
Linum setaceum . . + . 1.1 . . . . . . . I
Cistus albidus . . . . + + . . . . . I
Elaeoselinum tenuifolium . . . . 1.1 . . . . . . . I
Asperula hirsuta 1.1 . . . . . . . . . . . I
Staehelina dubia + . . . . . . . . . . . I
Hyparrhenia hirta . . . . . . . . . . . . +
Centaurea occasus . . . . . . . . . . . . +
Outros taxa: Allium ampeloprasum + (8); Buglossoides arvensis + (4); Carlina corymbosa + (4); Carex hallerana + (1); Colchicum
lusitanum 1.1 (5); Lathyrus sp. + (7); Lavandula luisieri + (12); Linum strictum + (7); Lithodora lusitanica + (6); Melica minuta + (9);
Mucizonia hispida + (3); Osyris lanceolata + (12); Quercus coccifera + (11); Ranunculus gramineus var. luzulifolius + (2); Sonchus asper
+ (4); Teucrium algarbiensis + (10); Teucrium haenseleri + (9); Thymus lotocephalus + (6); Valantia hispida + (2).
Localidades: 1 Tigarral (29SNB7211); 2 Cabeo da Cmara (29SNB8307); 3 e 5 Guilhim (29SNB9406); 4 Cerro de S. Miguel
(29SPB0407); 6 Albufeira (29SNB6405); 7 e 11 Machados (29SNB9709); 8 Lagos e Relvas (29SNB9608); 9 e 10 Cabeo da
Cmara (29SNB8208); 12 Barrocal-prx. de Algibre (29SNB8514).
O COBERTO VEGETAL
Variabilidade e Sintaxonomia: Apesar de RIVAS-MARTNEZ et al.(1990) terem referido para o Sector Algarviense a 227
Avenula algarviensis-Stipetum tenacissimae, nomeadamente para o Cabo de S. Vicente, no se optou por considerar
este Espartal uma vez que a Avenula algarbiensis, nunca foi encontrada no territrio estudado. Por outro lado esta
gramnea s conhecida do litoral ocidental do Promontrio Vicentino, limite mais ocidental da Stipa tenacissima, facto
que poder corresponder a uma raa mais ocidental deste espartal.
Contudo, como no se publicou nenhum Quadro fitossociolgico, nem se tipificou esta comunidade, os espartais
Algrvicos de Stipa tenacissima parecem representar esta nova associao.
O COBERTO VEGETAL
228
Quadro III/LIII
O COBERTO VEGETAL
(Hyparrhenion hirta, Hyparrhenietalia hirtae, Lygeo-Stipetea)
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 R
rea (1=10 m2) 10 12 20 6 20 20 20 4 8 20 20 20 10 E
Altitude (1=10m) 22 18 25 22 27 22 22 27 32 17 22 27 43 S
Grau de cobertura (%) 90 100 90 90 70 90 100 90 95 90 90 100 90 E
Orientao S SE SE S SW E S S S __ SE S S N
Declive () 10 20 10 30 10 10 20 5 25 __ 20 5 30
N espcies 23 17 19 11 19 17 19 24 18 14 16 11 21 A
N especfico mdio 18 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Hyparrhenia hirta 5.5 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 5.5 4.4 4.5 4.4 4.4 5.5 4.5 V
Bituminaria bituminosa 1.1 3.3 2.2 3.3 2.2 3.3 3.3 1.1 2.3 1.1 2.2 2.1 1.1 V
Convolvulus althaeoides 1.1 2.2 1.1 2.2 1.1 . 2.2 + + + + + + IV
Phagnalon saxatile . . . + + 1.1 2.2 r 1.1 + + . 1.1 IV
Gladiolus italicus . + . . . . + . . . + . . II
Daucus crinitus . . . . . . . 1.1 . . + . . I
Allium pallens . . . . . . . . + . . . . +
Diferenciais de subassociao
Daucus maximus 1.1 . + 1.1 + 2.2 . +.2 . 1.1 + . + IV
Companheiras
Dactylis lusitanica . 1.1 . . 2.2 1.1 + 1.1 1.2 + 1.1 +.2 + IV
Pallenis spinosa . 1.1 1.1 2.2 + 1.1 . . + . + + 1.1 III
Stachys germanica subsp. lusitanica +.1 . 1.1 . + . 1.1 1.1 + . 1.2 . . III
Ononis pubescens + 1.1 . . + + 1.1 1.1 . . . . + III
Scabiosa atropurpurea . 1.1 + . . 2.2 1.1 + . . . 1.1 . III
Reichardia intermedia . 1.1 . . 1.1 . + . + . . . + II
Satureja graeca var. micrantha . . + . 1.1 2.2 . . . . + . 1.2 II
Sanguisorba minor 1.1 . . . . 1.1 . 1.1 + . . + + II
Foeniculum vulgare subsp piperitum . . 2.2 . . . 1.1 . . . 2.2 . + II
Helichrysum stoechas . + . . . 1.1 . + . + . . 1.1 II
Plantago lanceolata 1.1 . . . + 1.1 1.1 . . . . . . II
Lathyrus clymenum var. anjustifolia + . . . . . . . . . . 1.1 + II
Asperula hirsuta . 3.3 . 2.3 . . . +.1 . . . . . II
Atractylis gummifera . . . . . . . 1.1 + . + . . II
Stachys ocymastrum . . 1.1 . . . + . + . . . . II
Thapsia villosa var. minor . . . . . . . . . + . + + II
Asphodelus ramosus . . . . . . . . . . 1.1 + + II
Trifolium stellatum + . . . . . . . . + . . + I
Trifolium angustifolium + . . . . . . . . + . . + I
Plantago serraria + . + . . . . . . . . . . I
Hypericum perforatum var. angustifolium . . . . + 1.1 . . . . . . + I
Leontodon taraxacoides subsp. hispidus . . . . + . . . + . . + + I
Briza maxima . . . . . . . r . + . . . I
Sonchus asper . . . r . . . . + . . . . I
Astragalus echinatus . . . r . . . . 1.1 . . . . I
Ornithogalum narbonense . . + . . . . . . . + . . I
Ononis repens . . . . . . . . + . 1.1 . . I
Sedum sediforme . . . . . . . . . . . . 1.1 +
Outros taxa: Aegilops triuncialis + (1); Anagallis arvensis + (1); Arbutus unedo + (7); Arisarum vulgare subsp. simorrhinum +.1 (2); Asparagus
albus + (2); Avena barbata + (5); 1.1 (10); Trachynia distachya 1.1 (8); Carlina corymbosa 2.2 (2); Carlina racemosa + (9); Carduncellus caeruleus
subsp. caeruleus 1.2 (4); Centaurium erythraea + (1); Centaurea pullata subsp. baetica+ (6); r (8); Cynara cardunculus + (1); Cynara humilis 1.1
(8); Cynoglossum clandestinum. + (5); Crepis vesicaria 1.1 (6); Delphinium sp. + (1); Dittrichia viscosa subsp. revoluta 1.1 (7); Euphorbia exigua
+ (1); Fumana thymifolia + (3); Galactites tomentosa + (3); Genista algarbiensis + (1); Geranium dissectum + (3); Hedysarum glomeratum 1.1 (1);
Hypericum tomentosum r (4); Medicago truncatula + (8); Misopates calycinum + (7); Ononis viscosa subsp. breviflora 1.1 (6); Ononis viscosa 1.1
(1); Petrorhagia nanteuilii + (6); Phlomis purpurea + (8); Plantago albicans 1.2 (5); Plantago lagopus + (9); Ranunculus bulbosus subsp. ascendens
+ (3); Rhamnus oleoides + (7); Rostraria cristata + (7); Scilla peruviana + (1); Scolymus hispanicus + (3); Scorzonera angustifolia + (2); Serapias
parviflora + (5; 3); Sherardia arvensis + (1); Sideritis romana i (3); Silene vulgaris r (8); + (10); Sonchus tenerrimus + (10); Thymbra capitata + (2);
Urginea maritima + (7); Urospermum picroides r (8); Vicia disperma 1.1 (2); Vicia sativa r (8);
Localidades: 1 - Lagos e Relvas (29SNB9608); ); 2 - Prx. da Rib. da Goldra (29SNB8809); 3 - Prx. Rib. da Quinta do Freixo (29SNB7622); 4 - Venda
Nova da Tr (29SNB8617); 5 - Cerro do Malho (29SNB7211); 6 - Cerro da Bemposta (29SNB9809); 7 - Barreiras brancas (29SNB8811); 8 - Morgado
de Apra (29SNB9312); 9 - Penina ( 29SNB7112); 10 - Prx. de Corcitos (29SNB8819); 11 - Benafim (29SNB7822); 12 - Quinta do Freixo (29SNB7824);
13 - Rocha da Pena (29SNB8819).
O COBERTO VEGETAL
229
230 Sinfitossociologia: uma comunidade que representa uma etapa de substituio avanada dos zambujais de Aro
italici-Oleetum sylvestris, bem como dos carvalhais de Quercetum alpestris-broteroi e dos azinhais de Rhamno oleoidis-
-Quercetum rotundifoliae juniperetosum turbinatae, sobre substratos margosos .
Variabilidade e Sintaxonomia: Atravs do Quadro III/LIII damos a conhecer uma nova raa geogrfica meridional daucetosum
maximi subass. nova (Typus associatio: Quadro III/LIII, inv.9) do Carici depressae-Hyparrhenietum hirtae, descrita por Br.-
Bl. et al. (1956), para os calcrios do Divisrio Portugus, caracterizada pela presena de Daucus maximus, ausente no
Quadro descrito por Br.-Bl. et al. (1956). Por outro lado esta espcie tambm no ocorre na descrio do Reichardo picroidis-
-Hyparrhenietum hirtae, associao proposta por COSTA et al. (1994) para a Regio de Lisboa. Alis pensamos mesmo que
esta comunidade descrita para a Regio de Lisboa, parece tratar-se do Carici depressae-Hyparrhenietum hirtae.
* Agrostion castellanae Rivas Goday 1958 corr. Rivas Goday & Rivas-Martnez 1963
Arrelvados vivazes caracterizados pela dominncia de Agrostis castellana, que se desenvolvem sobre solos oligotrficos
silceos, com hidromorfia temporria. Distribuem-se pelas reas Mediterrneo Ibrico Ocidentais termomediterreas a
supramditerrneas, hmidas a sub-hmidas.
Caractersticas territoriais: Asphodelus aestivus, Festuca ampla, Narcissus willkommii.
O COBERTO VEGETAL
Sincorologia: Caractersticas dos pisos meso e supramediterrneo da Provncia Mediterrnea Ibrica Ocidental. No 231
entanto a comunidade do Barrocal representa uma ampliao da sua rea de distribuio.
Sinfitossociologia: Entra em contacto com os arrelvados anuais de Pulicario paludosae-Agrostietum pourretii.
Quadro III/LIV
P
N ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R
rea (m2) 1.5 12 20 20 12 12 12 40 2 E
Altitude (1=10m) 23 18 20 22 17 22 14 20 12 S
Grau de Cobertura (%) 50 40 60 60 50 60 60 40 60 E
Orientao SE S S W S SE S S SW N
Inclinao () 10 10 15 15 20 20 20 5 5
N de espcies 14 13 21 17 15 16 18 25 12 A
N especfico mdio 16.8 S
Caractersticas de associao e
unidades superiores
Phagnalon saxatile + 1.1 2.2 + . + + 1.1 + V
Bituminaria bituminosa + + 1.1 1.1 . . 1.1 2.1 2.1 IV
Arrhenatherum album . . . . . . 1.1 +.1 . II
Convolvulus althaeoides . . . . . . + . 2.1 II
Teucrium pseudochamaepitys . . . . . . . +.2 1.1 II
Allium pallens . + . . . . . . . I
Diferenciais de subassociao
Bellevalia hackelii . . 1.1 . + . 1.1 + + IV
Companheiras
Sedum sediforme + + 2.2 1.1 + 3.3 + + 2.2 V
Thapsia villosa var. minor + . . 1.1 + + + + + IV
Urginea maritima . + + + + + + . . IV
Dactylis hispanica subsp. lusitanica . . . +.2 1.2 +.2 1.1 +.2 +.2 III
Fumana laevipes 1.1 2.2 . . + . 3.2 r + IV
Lavandula luisieri 1.1 1.1 . + . + . 2.2 . III
Carlina corymbosa . . 1.1 . . 2.2 . + +.2 III
Tripodion tetraphyllum . . + . . + . 1.1 . II
Trachynia distachya . . + . . . . 1.1 r II
Pallenis spinosa . . 1.1 . . . 1.1 R . II
Linum strictum . . + . . + . + . II
Thymus mastichina . 1.1 2.2 + . . . . . II
Asphodelus aestivus + . . . + 1.1 . . . II
Ruta chalepensis . . . 1.1 1.1 . 2.2 . . II
Helichrysum stoechas . 1.1 + + . . . . . II
Thymbra capitata 2.2 . . . . . . +.2 . II
Satureja graeca var. micrantha . . . + + . + . . II
Leontodon taraxacoides subsp. hispidus . . + . . . . + . II
Atractylis cancellata . . 1.1 . . . . 1.2 . II
Rhamnus oleoides . . . . + . + . . II
Teucrium haenseleri . . . + + . . . . II
Centaurea melitensis . + + . . . . . . II
Ononis pubescens . + + . . . . . . II
Asphodelus ramosus . . . . . . + . . I
Outros taxa: Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 1.1 (4); Asparagus albus + (5); Astragalus echinatus + (8); Bellardia
trixago +(8); Centaurium majus 1.1 (6); Chamaerops humilis + (7); Cleonia lusitanica + (6); Daucus carota + (4); Delphinium
pentagynum 1.1 (5); Fumana thymifolia +.1 (1); Gladiolus illyricus subsp. reuteri+ (2); Genista hirsuta subsp. algarbiensis +
(1); Hypochoeris radicata + (3); Iris xiphium + (5); Lathyrus clymenum var. angustifolia 1.1 (6); Medicago minima + (8); Melica
minuta + (7); Ophrys speculum + (8); Quercus rotundifolia (J. p) + (1); Reichardia intermedia 1.1 (3); Rubia peregrina +(5);
Sanguisorba multicaulis 1.1 (3); Scabiosa stellata 1.1 (3); Scabiosa stellata subsp. simplex 1.1 (6); Scabiosa semipapposa 1.1
(5); Scorpiurus muricatus 1.2 (8); Scorzonera angustifolia 1. 1 (1); Staehelina dubia + (4); Urospermum picroides + (3).
Localidades: 1 Coves (29SNB8420); 2 Prx. de Corcitos (29SNB8819); 3 Nave do Baro (29SNB8419); 4 Esteveira
(29SNB7518); 5 Cerro de S. Miguel (29SPB0406); 6 Cabea Gorda - Espargal (29SNB7516); 7 P da Corsa - Tunes
(29SNB6713); 8 Boliqueime-Barranco do Mouro (29SNB7211); 9 Tigarral (29SNB7211).
O COBERTO VEGETAL
232
Fig. III/3.9 - Aspecto geral de um talude (Pico Alto): 1 - Comunidade de Plantago albicans; 2 - Arrelvados vivazes termfilos de Carici
depressae-Hyparrhenietum hirtae daucetosum maximi; 3 - Arrelvados terofticos de Velezio rigidae-Astericetum aquaticae; 4 -
Cardal de Dauco maximi-Notobasietum syriacae.
O COBERTO VEGETAL
+ Holoschoenetalia vulgaris Br.-Bl. ex Tchou 1948 233
Ordem de distribuio mediterrnea que agrupa associaes de prados e juncais, dominados por hemicriptfitos,
desenvolvidos sobre solos profundos hmidos e mesmo encharcados no Inverno e Primavera, que geralmente so
submetidos a uma dessecao estival moderada, nos horizontes superiores.
Caractersticas territoriais: Blackstonia perfoliata subsp. imperfoliata, Blackstonia perfoliata subsp. perfoliata, Cyperus
eragrostis, Festuca arundinacea subsp. mediterranea, Melilotus indicus, Phalaris coerulescens, Scirpoides holoschoenus.
Quadro III/LV
P
N Ordem 1 2 3 4 R
rea (1=10 m) 2 2 2 2 E
Altitude (1=10m) 16 16 17 17 S
Grau de cobertura (%) 90 95 90 100 E
Orientao ---- ---- ---- ---- N
Declive () ---- ---- ---- ----
N espcies 16 16 18 19 A
N especfico mdio 17.3 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Agrostis castellana 5.5 5.5 5.5 5.5 4
Serapias lingua + . + + 3
Gaudinia fragilis . . . + 1
Companheiras
Agrostis pourretii 1.1 1.1 +.2 1.2 4
Torilis arvensis subsp. neglecta r r 1.1 1.1 4
Leontodon taraxacoides subsp. hispidus + i i i 4
Cynodon dactylon 1.1 2.2 +.2 2.2 4
Convolvulus arvensis 2.1 2.1 2.1 1.1 4
Linum bienne + r r . 3
Avena barbata + . 1.1 + 3
Parentucellia viscosa + + + . 3
Briza maxima . 2.1 + 3.3 3
Geranium dissectum + + . + 3
Mentha pulegium . 1.1 + + 3
Plantago lanceolata + + . . 2
Daucus carota . + . + 2
Scirpoides holoschoenus . . +.2 +.2 2
Holcus lanatus +.2 . . . 1
Outros taxa: Avena sterilis 1.1 (4); Bromus hordeaceus 1.1 (1); Chaetopogon
fasciculatus 1.2 (3); Cynosurus echinatus + (2); Cyperus longus subsp. badius +.1 (2);
Echium plantagineum i (3); Hordeum hystrix + (1); Juncus inflexus 1.1 (2); Leontodon
longirostris +.2 (4); Lotus subbiflorus + (4); Polypogon monspeliensis +.2 (4); Pulicaria
paludosa + (4); Rumex conglomeratus 1.1 (1); Rumex pulcher subsp. woodsii+ (4);
Sonchus asper i (3); Kickxia cirrhosa r (3);
Localidades: 1 e 2 Nave do Baro (29SNB8419); 3 e 4 Nave dos Cordeiros
(29SNB7719).
O COBERTO VEGETAL
234 Quadro III/LVI
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 R
rea (1=10m2) 1.2 1 1.2 1.2 1.2 1.2 E
Altitude (1=10m) 11 14 3 3 12 4 S
Grau de cobertura (%) 80 80 80 90 80 90 E
Orientao E - SE SE - S N
Declive () 2 - 2 2 - 2
N de espcies 12 7 11 8 16 12 A
N especfico mdio 11 S
Caractersticas da comunidade e
unidades superiores
Festuca ampla 4.4 4.4 4.4 4.4 4.5 4.5 V
Agrostis castellana . . . + +.2 +.2 III
Narcissus willkommii . . 2.2 1.2 . +.2 III
Companheiras
Cynodon dactylon . + 1.2 2.2 1.2 1.2 V
Scirpoides holoschoenus 1.2 + + . + + V
Plantago lanceolata . + + + + + V
Pulicaria paludosa 1.1 2.2 . . 2.2 2.2 IV
Blackstonia perfoliata . . + + + + IV
Centaurium pulchellum . . + + + + IV
Mentha pulegium . 1.1 . . 2.2 2.2 III
Juncus articulatus . 1.1 . . 1.2 1.2 III
Carex flacca . . + 1.1 . . II
Achillea ageratum . . . . + + II
Poa trivialis subsp. sylvicola 1.2 . . . . . I
Mentha suaveolens 1.1 . . . . . I
Outros taxa: Campanula rapunculus + (6); Delphinium pentagynum + (2); Dittrichia viscosa subsp.
revoluta + (4); Galium concatenatum + (6); Gastridium ventricosum + (4); Oenanthe croccata
1.1 (6); Phalaris coerulescens + (4); Plantago albicans + (4); Polypogon monspeliensis 1.1 (4);
Piptatherum miliaceum + (6); Potentilla reptans 2.2 (2); Scabiosa atropurpurea + (6); Sonchus asper
+ (6); Scilla peruviana + (6).
Localidades: 1 Rib. das Ondas (29SPB0909); 2 Santa Catarina da Fonte do Bispo (29SPB0812);
3,4 Rb. de Quarteira (29SNB7210); 4,5 Rib. das Ondas (29SPB0909); 6 Tigarral (29SNB7211).
O COBERTO VEGETAL
57 - Holoschoeno-Juncetum acuti Rivas-Martnez & Costa in Rivas-Martnez, Costa, Castroviejo & E. Valds 1980 235
(Quadro III/LVII)
Sinecologia e Sinestrutura: Juncal termo-mesomediterrneo, formado por juncos de porte elevado, que povoam pequenas
depresses, com solos hidromrficos, de textura arglio-limosa e relativamente ricos em ies (RIVAS-MARTNEZ et al.,
1980) que durante a poca das chuvas apresentam o nvel fretico a poucos centmetros da superfcie (Fig. III/3.10).
Na rea estudada ocorre pontualmente e de forma fragmentria, razo pela qual s foi possvel realizar trs inventrios.
Sincorologia: Juncal com ptimo no sudoeste peninsular, particularmente nos territrios Luso-Extremadurenses (RIVAS-
-GODAY, 1964; BELMONTE, 1986) e Gaditano-Algarvienses (RIVAS-MARTNEZ et al, 2002).
Sinfitossociologia: Catenalmente constitui a banda mais externa dos ecossistemas higrofticos dos freixiais de Ficario
ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae quercetosum broteroi e dos choupais de Salici atrocinereae-Populetum albae.
Quadro III/LVII
Holoschoeno-Juncetum acuti Rivas-Martnez & Costa in Rivas-Martnez, Costa, Castroviejo & E. Valds 1980
(Molinio-Holoschoenion vulgaris, Holoschoenetalia vulgaris, Molinio-Arrhenatheretea)
P
N ordem 1 2 3 R
rea (1=10 m) 4 2 1 E
Altitude (1=10m) 19 26 2 S
Grau de cobertura (%) 90 80 70 E
Orientao E W - N
Declive () 2 5 -
N espcies 16 16 14 A
N especfico mdio 15.3 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Scirpoides holoschoenus 2.2 4.4 3.3 3
Agrostis stolonifera +.2 . + 2
Holcus lanatus . + + 2
Equisetum ramosissima . 1.1 . 1
Phalaris caerulescens . . + 1
Dorycnium rectum . + . 1
Companheiras
Mentha pulegium + 1.1 + 3
Juncus acutus 4.4 2.2 2.3 3
Cynodon dactylon 1.2 +.2 + 3
Hypericum tomentosum + . 1.1 2
Juncus inflexus + . + 2
Verbena officinalis + . + 2
Trifolium resupinatum + . + 2
Potentilla reptans + 1.1 . 2
Mentha suaveolens . 1.1 + 2
Poa trivialis subsp. sylvicola . + + 2
Cyperus longus subsp. badius + + . 2
Dittrichia viscosa subsp. revoluta + + . 2
Teucrium scordioides + 1.2 . 2
Antinoria agrostidea subsp. annua + . . 1
Outros Taxa: Fraxinus angustifolia + (2); Piptatherum miliaceum + (2); Rubus
ulmifolius + (3); Torilis arvensis+ (1); Typha domingensis + (1); Vinca difformis
1.1 (2);
Localidades: 1 Lagos e Relva (29SNB9508); 2 Quinta do Freixo (29SNB7724);
3 Rio Squa (29SPB1413).
O COBERTO VEGETAL
236
Fig. III/3.10 - Aspecto geral de uma pequena depresso (Lagos e Relvas): 1 Comunidade de Eleocharis palustris
subsp. vulgaris, 2 Juncais de Mentho suaveolentis-Juncetum inflexi, 3 Juncais de Holoschoeno-Juncetum
acuti, 4 Arrelvados vivazes de Trifolio subterranei-Plantaginetum serrariae, 5 Arrelvados nitrfilos de Thero-
-Brometalia, 6 Cardal de Dauco maximi-Notobasetum syriacae, 7 Arrelvados vivazes termfilos de Carici
depressae-Hyparrhenietum hirtae daucetosum maximi, 8 Alfarrobal cultivado.
O COBERTO VEGETAL
* Mentho-Juncion inflexi De Foucault 1984 237
Aliana que rene prados e juncais, caracterstica de solos hidromrficos, frequentemente encharcados e muito nitrificados.
Caractersticas territoriais: Cyperus longus subsp. badius, Juncus inflexus, Mentha suaveolens.
Quadro III/LVIII
P
N de ordem 1 2 3 4 R
rea (1=10m2) 2 3 2 3 E
Altitude (1=10m) 15 16 3 19 S
Grau de cobertura (%) 95 90 85 100 E
Orientao S - SE SE N
Declive () 2 - 2 2
N de espcies 16 14 19 22 A
N especfico mdio 17.8 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Mentha suaveolens 3.3 2.2 2.2 3.3 4
Juncus inflexus 1.1 4.4 3.3 3.4 4
Holcus lanatus 1.1 +.2 +2 1.2 4
Rumex crispus 1.1 1.1 + 1.1 4
Cyperus longus subsp. badius +.2 1.2 1.2 2.2 4
Plantago major + + . 1.1 3
Verbena officinalis . +.2 1.1 1.1 3
Ranunculus repens . . . 1.1 1
Plantago lanceolata . . . 1.1 1
Prunella vulgaris + . . . 1
Companheiras
Cynodon dactylon 1.2 2.2 +.2 . 3
Rumex pulcher subsp. woodsii . 1.1 . 1.1 2
Piptatherum miliaceum 1.1 . + . 2
Pulicaria paludosa 1.1 + . . 2
Trifolium repens . +.2 . 1.1 2
Dorycnium rectum 2.2 . + . 2
Lythrum junceum . . + . 1
Ranunculus macrophyllus . . . 1.2 1
Phalaris caerulescens . + . . 1
Dittrichia viscosa subsp. revoluta + . . . 1
Mentha pulegium . 3.3 . . 1
Outros taxa: Agrostis castellana 1.1 (2); Apium nodiflorum + (3); Atractylis gummifera
+ (4); Brachypodium sylvaticum 1.1 (1); Calystegia sepium + (1); Carex acuta + (4);
O COBERTO VEGETAL
238 Cynara cardunculus + (4); Cynara humilis + (4); Geranium dissectum 2.2 (4); Hordeum
murinum subsp. leporinum 1.1 (4); Hypericum perforatum var. angustifolium + (1);
Juncus articulatus +.2 (3); Lythrum salicaria 1.1 (3); Oenanthe croccata + (3); Panicum
repens 2.2 (4); Phragmites australis + (3); Poa trivialis subsp. sylvicola 3.3 (4); Rubus
ulmifolius +.2 (1); Salix atrocinerea+ (3); Schoenoplectus tabernaemontani +.2 (3);
Trifolium squamosum 2.2(4); Typha angustifolia +.2 (3); Veronica anagallis-aquatica
+(3); Vicia sativa subsp. nigra 1.1 (4).
Localidades: 1 Rib. Fonte de Menaval (29SNB8818); 2 Lagos e Relvas (29SNB9508);
3 Rio Squa (29SPB1413); 4 Ribeira da Correola (Salir) (29SNB8221).
Arrelvados mediterrneos de exigncias termfilas, dominados por gefitos rizomatosos de origem tropical, que
revestem solos eutrofizados, muito hmidos e temporalmente encharcados.
Caractersticas territoriais: Lythrum junceum, Paspalum dilatatum, Paspalum paspalodes.
** Paspalo-Polypogonenion semiverticillati
Comunidades banhadas por guas doces.
Quadro III/LIX
P
N ordem 1 2 3 4 5 R
rea (1=10 m2) 3 2 2 2 2 E
Altitude (1=10m) 10 3 4 10 4 S
Grau de cobertura (%) 85 80 85 70 90 E
Orientao E S W - - N
Declive () 2 2 2 - -
N espcies 7 10 7 9 12 A
N especfico mdio 9 S
O COBERTO VEGETAL
239
Companheiras
Chara vulgaris 2.2 2.4 1.2 2.2 3.3 5
Sorghum halepense 1.2 +.1 + + + 5
Mentha suaveolens . +.2 + + + 4
Verbena officinalis . + . + + 3
Dittrichia viscosa subsp. revoluta . + + . + 3
Mentha pulegium . + . . + 2
Apium nodiflorum . . . + + 2
Juncus subnodulosus . . . + 1.1 2
Juncus articulatus . 1.1 . . + 2
Scirpoides holoschoenus + . . . . 1
Samolus valerandi + . . . . 1
Centaurium spicatum + . . . . 1
Cynodon dactylon . +.2 . . . 1
Localidades: 1 e 4 Rib. Ondas. Prx. Lagoa dos Cavalos (29SPB0909); 2 Rib de Quarteira
(29SNB7211); 3 e 5 Rib. Algoz (Prx. Tunes) (29SNB6512).
60 - Ranunculo scelerati-Paspaletum paspalodis Rivas Goday 1964 corr. Peinado, Bartolom, Martnez-Parras &
Ollala 1988
(Quadro III/LX)
Sinecologia e Sinestrutura: Arrelvados de hemicriptfitos, dominados por Paspalum paspalodes, muito resistente ao
pisoteio, desenvolvidos nos leitos de cursos de gua que ficam a descoberto durante o estio, sobre cascalheiras e solos
algo nitrificados.
Sincorologia: Descrita para a Provncia Btica por MARTNEZ-PARRAS et al. (1988); BARTOLOM et al. (1989) e GARCA-
-FUENTES (1993; 1996), ocorre tambm no Barrocal, ampliando-se assim a sua corologia ao Sector Algarviense.
Sinfitossociologia: Toma parte da srie dos tamargais (Polygono-Tamariceto africanae Sigmetum) e contacta,
frequentemente, com as comunidades de Panicum repens.
Quadro III/LX
Ranunculo scelerati-Paspaletum paspalodis Rivas Goday 1964 corr. Peinado et al. 1988
(Paspalo-Polypogonenion semiverticillati, Paspalo-Agrostion verticillati, Paspalo-Heleochloetalia, Molinio-Arrhenatheretea)
P
N Ordem 1 2 3 4 R
rea (1=10 m2) 4 3 2 2 E
Altitude (1=10m) 4 10 4 4 S
Grau de Cobertura (%) 60 80 70 60 E
Orientao - - - - N
Declive () - - - -
N Espcies 5 7 6 9 A
N Especifico Mdio 6.8 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Paspalum paspalodes 2.3 4.5 4.4 3.3 4
Companheiras
Heliotropium supinum 2.2 2.2 1.2 2.2 4
Mentha suaveolens + + + + 4
Amaranthus blitoides + . + + 3
Verbena officinalis . . +.1 +.1 2
Oenanthe crocata . + . + 2
Chondrilla juncea . + . + 2
Portulaca oleracea . + . . 1
Apium nodiflorum . . . + 1
Cleome violacea . . + . 1
Dittrichia viscosa subsp. revoluta + . . . 1
Datura stramonium . . . + 1
Polypogon monspeliensis . + . . 1
O COBERTO VEGETAL
240 Localidades: 1 e 3 Ribeira da Squa (29SPB1413); 2-Rib de Algibre (29SNB8716);
4 Ribeira de Tunes - Pr. Algoz (29SNB6512).
Vegetao mediterrnea nanofaneroftica e cameftica de exigncias helifilas e xerfilas, que se desenvolve sobre
solos silceos meso-oligotrficos, pouco evolucionados ou erosionados (RIVAS-MARTNEZ, 1979) de textura coesa e
relativamente ricos em nutrientes (Lavanduletalia stoechadis) ou de textura solta e pobres em nutrientes (Stauracantho
genistoidis-Halimietalia commutati) (MOLINA, 1994) e tambm sobre solos descarbonatados do tipo luviossolos
crmicos e regassolos calcrios (SANTOS et al., 1989). Constituem uma etapa de substituio dos bosques climcicos
dos ecossistemas mediterrneos, particularmente os de caracter seco, uma vez que ao aumentar a oceanicidade, como
consequncia do incremento das precipitaes ou por causas edficas, substituda por outros tipos de mato mais
denso e acidfilo da classe Calluno-Ulicetea (RIVAS-MARTNEZ et al., 1980).
Caractersticas territoriais: Cistus x hybridus nothosubsp. grandiflorus, Cistus salviifolius, Cytinus hypocistis subsp.
macracanthus, Ruta angustifolia, Ruta montana, Thymus mastichina.
+ Lavanduletalia stoechadis Br.-Bl. in Br.-Bl., Molinier & Wagner 1940 em. Rivas-Martnez 1968
Ordem que rene as comunidades de matagais e xarais mediterrneo-ocidentais, desenvolvidos sobre solos silcios
de textura areno-gravosa, coesa ou limosa e relativamente ricos em nutrientes, bem como em solos calcrios
descarbonatados.
Caractersticas territoriais: Cistus crispus, Cistus ladanifer, Cistus monspeliensis, Cistus populifolius subsp. major,
Fritillaria lusitanica var. stenophylla, Lavandula luisieri, Tulipa sylvestris subsp. australis.
61 - Phlomido purpureae-Cistetum albidi Rivas-Martnez, Lous, T.E. Daz, Fernndez-Gonzlez & J.C. Costa 1990
(Quadro III/LXI)
Sinecologia e Sinestrutura: Comunidade neutro-basfila, desenvolvida sobre substratos de calcrios dolomticos,
particularmente em luvissolos crmicos (terra rossa) descarbonatados, por lixiviao do calcrio activo, termomediterrnea
sob ombroclima seco, sub-hmido a hmido. As espcies que do caracter a esta associao so da famlia das Cistceas,
particularmente Cistus albidus e Cistus monspeliensis e das labiadas termfilas Phlomis purpurea e Lavandula luisieri.
Sincorologia: Associao tpica dos calcrios duros dos sectores Algarviense e Ribatagano-Sadense, podendo mesmo
chegar, ainda que muito empobrecida, aos territrios Luso-Extremadurenses mais meridionais.
Sinfitossociologia: Representa uma etapa de substituio dos carrascais, espinhais e mesmo zimbrais de Asparago-
-Rhamnion, desenvolvidos sobre solos calcrios descarbonatados.
XIX - ROSMARINETEA OFFICINALIS Rivas-Martnez, T. E. Daz, F. Prieto, Loidi & Penas in Rivas-Martnez, T. E. Daz,
Fernndez-Gonzles, Izco, Loidi, Lous & Penas 2002
Classe que agrupa as comunidades basfilas de matagais abertos, ricas em camfitos e nanofanerfitos (tomilhais, tojais,
alecrinais, etc.) que prosperam em solos carbonatados, decapitados ou pouco evoludos e frequentemente pedregosos
superfcie. Apresenta o seu ptimo na Provncia Mediterrnea Ibrica Ocidental, do termo ao oromediterrneo, de
O COBERTO VEGETAL
ombroclimas rido a sub-hmido, uma vez que nos mais chuvosos e frios a vegetao desta classe dissipa-se e tende 241
a acantonar-se sobre os litossolos.
De acordo com RIVAS-MARTNEZ et al. (1990) na Pennsula Ibrica que esta classe apresenta o seu mximo de
diversidade biolgica.
Caractersticas territoriais: Anthyllis vulneraria subsp. maura, Argyrolobium zanonii, Cistus albidus, Dorycnium
pentaphyllum, Fumana thymifolia, Globularia alypum, Helichrysum stoechas, Rosmarinus officinalis, Staehelina dubia.
Quadro III/LXI
Phlomido purpureae-Cistetum albidi Rivas-Martnez, Lous, T.E. Daz, Fernndez-Gonzlez & J.C. Costa 1990
(Ulici argentei-Cistion ladaniferi, Lavanduletalia stoechadis, Cisto-Lavanduletea)
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 R
rea m2 (1=10m) 20 10 10 10 10 10 10 10 10 10 E
Altitude (1=10) 14 25 36 15 37 24 24 27 20 32 S
Grau de cobertura (%) 60 70 80 60 80 90 60 90 70 90 E
Orientao NW W - SW N SW SE - W S N
Declive () 10 20 - 10 5 10 5 - 15 5
N de espcies 13 14 21 10 18 13 16 18 19 19 A
N especfico mdio 16 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Cistus monspeliensis 3.3 + 4.4 3.3 4.4 3.3 2.2 4.4 3.3 2.2 V
Cistus albidus 2.2 2.2 + + 1.1 1.1 2.2 2.2 1.1 2.2 V
Phlomis purpurea 1.1 2.2 + 1.1 + + + 2.2 2.2 + V
Lavandula luisieri - 2.2 + + + 2.2 1.1 1.1 1.1 + V
Thymus mastichina + - + - - + - + + + III
Astragalus lusitanicus - - + - - + - - - - I
Tulipa australis - - - - - - + - - - +
Companheiras
Thapsia villosa var. dissecta 1.1 2.2 - 1.1 1.1 + 1.1 + 1.1 1.1 V
Asphodelus aestivus 1.1 1.2 1.1 - 1.1 - + 1.1 2.2 1.1 IV
Rosmarinus officinalis - 4.4 3.3 - 2.2 4.4 4.4 - 3.3 4.4 IV
Teucrium haenseleri - - 1.1 1.2 + - + + - + III
Staehelina dubia + - - - - 1.1 + 1.1 1.1 + III
Rhamnus oleoides + - + - + + + - + - III
Juniperus turbinata + + + - + - + - + - III
Urginea maritima - - - + + - + + + + III
Pistacia terebinthus + + - - + - + - + - III
Sedum sediforme - + + + + - + - - - III
Arisarum simorrhinum - - + 1.1 - + - + - + III
Arrhenatherum album + + - - - - - + 1.1 + III
Jasminum fruticans + - + + + - - - + - III
Colchicum lusitanum - - - - + - - + + - II
Olea sylvestris - + - - - - + - + - II
Ruta chalepensis - - - - - - - + + + II
Helichrysum stoechas - - - - + + - - - + II
Elaeoselinum tenuifolium + + - - - - - - - - I
O COBERTO VEGETAL
242 Quercus coccifera - - - - - - - 1.1 - + I
Outros taxa: Arbutus unedo +(3); Bellevalia hackelii + (10); Bunium bulbocastanum 1.1 (3); Carex hallerana + (3); Chamaerops
humilis + (10); Cytinus hypocistis subsp. macranthus+ (3); Dactylis hispanica subsp. lusitanica +(3); Daphne gnidium + (3);
Leuzea conifera + (8); Melica minuta +(6); Osyris alba + (3); Phagnalon saxatile + (10); Phlomis lychnitis + (9); Phillyrea latifolia
+ (8); Quercus rotundifolia + (2); Scilla peruviana + (8); Stipa tenacissima + (5).
Localidades: 1 Cabea Gorda (29SNB7516); 2 Espargal (29SNB7717), 3 Quinta do Freixo (29SNB7724), 4 Zimbral de
Baixo (29SNB7520); 5 e 9 Loul (29SNB8510); 6 Paderne (29SNB7015); 7 Bugalho - Loul (29SNB8410); 8 Cabea Aguda
(29SNB7317); 10 Cabeo de Areia (29SNB8221).
** Saturejo-Coridothymenion (Rivas Goday & Rivas-Martnez 1969) Rivas-Martnez, Fernndez-Gonzlez & Loidi 1999
Subaliana que engloba os tomilhais e matagais basfilos e termfilos das provncias Btica e Lusitano-Andaluza Litoral.
Sinecologia e Sinestrutura: Comunidade termomediterrnea, dominada por Genista algarbiensis e Ulex argenteus
e normalmente acompanhada por Sideritis arborescens subsp. lusitanica, exclusiva dos solos calcrios margosos
com elevados teores de calcrio total e activo, de textura franco-argiloso a argilo-limoso do Barrocal Algarvio (Sector
Algarviense), sob ombroclima seco a sub-hmido.
Sincorologia: A Siderito lusitanicae-Genistetum algarbiensis ass. nova (Typus associatio: Quadro III/LXII, inv.18)
uma comunidade exclusiva do Sector Algarviense.
Sinfitossociologia: Estes tojais/giestais representam uma etapa dinmica de recuperao nas sries dos azinhais de
Rhamno oleoidis-Querceto rotundifoliae juniperetosum turbinatae e Sigmetum dos carvalhais de Querceto alpestris-
broteroi, ocorrendo assim em contacto com os medronhais e carrascais de Asparago-Rhamnion.
Sintaxonomia: Como esta comunidade tem um significado dinmico do tomilhal, encerra um nmero considervel de
caractersticas de Saturejo-Coridothymenion.
63 - Thymo lotocephali-Coridothymetum capitati Rivas-Martnez, Lous, T.E. Daz, Fernndez-Gonzlez & J.C. Costa 1990
(Quadro III/LXIII)
Sinecologia e Sinestrutura: Associao de tomilhais termomediterrneos, secos a sub-hmidos, dominados por
camfitos, na qual se destaca a presena do endemismo Algarviense Thymus lotocephalus, bem como de Thymbra
capitata, Fumana thymifolia, Teucrium algarbiensis, entre muitos outros. Trata-se de uma fitocenose que vive sobre solos
calcrios, mais ou menos decapitados.
Sincorologia: Associao endmica do Sector Algarviense, exclusiva do Barrocal Algarvio.
Sinfitossociologia: Representa uma etapa de substituio muito afastada dos azinhais e carvalhais climcicos de
Rhamno oleoidis-Quercetum rotundifoliae juniperetosum turbinatae e Quercetum alpestris-broteroi, respectivamente.
O COBERTO VEGETAL
243
Fig. III/3.11 - Aspecto geral da paisagem (Albufeira): Asparago albi-Rhamnetum olioidis, 2 Siderito lusitanicae-
-Genistetum algarbiensis, 3 Thymo lotocephali-Coridothymetum capitatae, 4 Arrelvados vivazes termfilos
de Andropogenetum hirto-pubescens, 5 Arrelvados vivazes termfilos de Carici depressae-Hyparrhenietum
hirtae daucetosum maximi, 6 Tamargal de Polygono equisetiformis-Tamaricetum africanae, 7 Freixial de
Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae quercetosum broteroi, 8 Silvados de Lonicero hispanicae-
-Rubetum ulmifolii, 9 Tabuais de Typho angustifoliae-Phragmiteum australis.
O COBERTO VEGETAL
244
Quadro III/LXII
O COBERTO VEGETAL
(Saturejo-Coridothymenion, Saturejo-Thymbrion capitatae, Rosmarinetalia officinalis, Rosmarinetea officinalis)
P
N Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 R
rea (m) 1=10m 10 10 10 10 10 10 6 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 E
Altitude 1=10 18 30 21 22 24 20 7 15 30 6 29 18 24 28 24 8 7 32 28 S
Grau de Cobertura (%) 80 90 90 80 95 80 70 90 90 90 100 95 90 90 80 90 90 80 90 E
Orientao SW W SE N N - N NE E Se N NE NW SW W NW SW SW W N
Declive () 10 10 10 15 10 - 15 10 5 15 10 10 10 8 15 10 10 10 15
N espcies 20 20 15 20 21 11 17 16 13 28 25 22 25 36 23 25 33 37 29 A
N especfico Mdio 22.5 S
Companheiras
Lavandula luisieri + + 1.1 + 1.1 +.1 1.1 1.1 + 2.2 + + . 1.2 1.1 + + . + V
Phlomis purpurea . + + + . 1.1 + . 1.1 + + 1.1 + + 1.1 . 1.1 + + IV
Rhamnus oleoides + . + + . . . . + . + + + + + + + . + IV
Asperula hirsuta +.1 1.1 + . . . . + . 1.1 1.1 + + + . +.1 . + . IV
Pistacia lentiscus + + . . + . . . . + + . + + + + + + . III
Bupleurum paniculatum . 2.2 + 1.1 . + + + . . . 1.1 + + . 1.2 + . . III
Daphne gnidium + + . + . . . + . . + . + + + . . + III
Juniperus turbinata . + . . . + + + . . . + . + . 1.1 + 1.1 . III
Quercus coccifera . . . + + . . + + . + . + + . . + . + III
Cistus monspeliensis . . . . . 1.1 1.1 + . 1.1 . . . + . + 1.1 + . III
Olea sylvestris + + . . + . . . . + . . . + . . + . + III
Melica minuta . . . + . . . + + . + + . . + . + . . II
Carex hallerana . . . . . . . . . . . + + +.2 . +.2 + +.2 + II
Phagnalon rupestre . . + . . . . . . . . . + + + + + + . II
Dianthus broteroi . . . . . . . . . . . . + + + . + + + II
Leuzea conifera . . . . . . . . . . . . + . 1.1 + + + + II
Rhamnus alaternus . . . . + . . . . + + . . + . + . 1.1 . II
Smilax aspera + . . . . . . . . . + . . + . 1.1 + 1.1 + II
Urginea maritima + . . + . . . . . . . + + . + . + . . II
Lonicera implexa + + . + + . . . . . . . . + . . . . . II
Quercus rotundifolia . + . . + . + . . . + . . . . . + . . II
Chamaerops humilis . . + . . . . . . + . + + . . . + . . II
Cephalaria leucantha . . . . . . + . . 1.1 + . . 2.2 . . . . 1.1 II
Eryngium dilatatum . . . 1.1 . . . + . . . . + . + . + . . II
Carlina corymbosa . + . + . . . . . +.2 . + . . . . . . . II
Serratula lusitanica . . + . . . . . . + + 1.1 . . . . . . . II
Galium concatenatum . . . . . . . . . 1.1 1.1 . . . . . . + 1.1 II
Arbutus unedo . + . . 1.1 . . . . . . . . + . . . . + II
Bartsia aspera . . . . . . + . . + + . . 1.1 . . . . . II
Pulicaria odora 1.1 . . + . . . . . . . 2.2 . . . . + . . II
Avenula stenophylla . . . . . . . . + . + . . . . . + . 1.1 II
Cistus salviifolius 1.1 + + . . . . . . . . . . . . . . . . I
Salvia sclareoides . . . . . . + . . . . . . . . 1.1 . +.2 . I
Phagnalon saxatile . . . . + . . . . . . . . 1.1 + . . . . I
Rubia peregrina . + . . + . . . . . . . . + . . . . . I
Outros taxa: Anemone palmata + (2); Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 2.2 (10), + (13); Asparagus acutifolius + (1,14); Asphodelus ramosus + (10), 1.1 (10); Centaurium majus + (4);
Clematis flamula + (4); Coronilla juncea 1.1 (15); Dittrichia viscosa subsp. revoluta + (5); Hyparrhenia hirta + (1); Iberis ciliata subsp. contracta + (3); Iris xiphium + (15); Lithodora lusitanica
1.2 (1); Ophrys bilunulata + (14); Orchis conica + (14); Osyris lanceolata 1.1 (18,16); Bituminaria bituminosa + (10); Quercus broteroi 1.1 (5); Serratula sampaiana + (11); Scorzonera
angustifolia + (10); Thapsia villosa+ (10); Thymelaea villosa + (7).
Localidades: 1 - Pedra de gua (29SNB7909); 2 - Alfeio (29SNB8313); 3 - Machados (29SNB 9909); 4 e 12 - Cabeo da Cmara (29SNB8208); 5 - Cova dos Carvalheiros (29SNB9808);
6 - Varejota (29SNB8214); 7 e 10 - Prx. Castelo de Paderne (29SNB7112); 8 - Barradinha (29SNB7113); 9 - Morgados (29SNB9312); 11 - Cerro da Bemposta (29SNB9809); 13 - Rocha de
Messines (29SNB6823); 14 e 18 - Malho-Estoi (29SNB9808); 15 - Bogalho (29SNB8410); 16 - Porches (29SNB5409); 17 - Albufeira (29SNB6605); 19 - Neixe (29SNB9309).
O COBERTO VEGETAL
245
246 Foto III/3.11 - Aspecto dos densos tojais algarvios de Siderito lusitanicae-Genistetum algarbiensis.
Quadro III/LXIII
P
N Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 R
rea m2 (1=10m) 80 9 2 4 10 4 20 40 40 40 8 20 4 E
Altitude (1=10m) 7 23 11 14 10 8 7 6 19 29 27 28 30 S
Grau de Cobertura (%) 60 60 70 70 60 70 60 60 50 60 60 60 60 E
Orientao SW SW SE NE N NW N SW N N NW E N N
Declive () 25 15 30 10 5 5 15 15 5 15 10 10 10
N de espcies 17 17 21 19 21 14 9 11 23 14 9 12 15 A
N especfico mdio 15.5 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Thymus lotocephalus 2.2 3.3 4.4 4.4 3.3 4.4 3.3 3.3 1.2 3.3 3.3 3.3 3.3 V
Fumana thymifolia 1.1 . 2.2 2.2 3.3 + 1.1 3.2 2.2 2.2 3.3 2.2 + V
Thymbra capitata 2.2 + 1.1 + . . 1.1 2.2 2.2 2.2 1.1 + 2.2 V
Staehelina dubia + + + + 1.1 . + . 1.1 + 1.1 + 2.2 V
Ulex argenteus . . . + + + + . 1.2 + 1.1 1.1 + IV
Fumana laevipes + 2.2 1.1 . 1.1 . + 1.1 . . . + + IV
Serratula lusitanica . . . 1.1 + 2.2 + . . . 1.1 . + III
Teucrium algarbiense . . . . . 2.2 2.2 1.1 . . +.2 . . II
Argyrolobium zanonii . . . . . . . . + 2.2 . + 1.1 II
Helichrysum stoechas . . . . . . . + + . + + . II
Cistus albidus . . . . . . . + . + . . + II
Teucrium lusitanicum . . . . . . . . . 1.1 . . 1.1 I
Sideritis lusitanica . . . . . . . . . . 1.1 1.1 . I
Genista algarviensis . . . . . . . . . . . + + I
Satureja micrantha . . . . . . . . . . . . + +
Ruta chalepensis . . . . . . . +.1 . . . . . +
Companheiras
Carex hallerana +.2 1.2 +.3 +.2 +.2 . +.2 1.2 +.2 + +.2 + V
Asperula hirsuta + . . + + + + + + . + + + IV
Eryngium dilatatum + + . + + 1.1 . . + . + + + IV
Bupleurum paniculatum + 1.1 . + + + . . 2.2 . . + + IV
Lavandula luisieri . . + . 1.1 . . +.1 2.2 + + . . III
Teucrium pseudochamaepitys . 2.2 . 1.1 2.2 2.2 1.1 . . . + . . III
Urginea maritima . . . + . . . 1.1 . . + + + II
Thapsia villosa var. dissecta . . . . + + . . . + . + + II
Pulicaria odora . . . . . + + 1.2 . . + + . II
Cistus monspeliensis . . . . . + . . + . . . + II
Cistus salviifolius . . . . . . + + . . . 1.1 . II
Avenula occidentalia . . . . . . + . . . + + . II
Phagnalon rupestre . . . . . . . . . . 1.1 1.1 + II
Rhamnus oleoides . . . . . . . + + . + . . II
Ajuga iva . . + . . . + . . . . . . I
Outros taxa: Arbutus unedo +(9); Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 1.1 (2); Asphodelus ramosus +(2); Bartsia aspera 1.1 (7);
Centaurea occasus +(1); Cistus crispus +(6); Daphne gnidium + (9); Elaeoselinum foetidum +(1); Helianthemum rotundifolia +.1 (6);
Hyparrhenia hirta +.2 (3), + (8);Juniperus turbinata + (8); Lithodora lusitanica +(1); Lonicera implexa +(9); Merendera filifolia +(1);
Ophrys bilunulata 1.1 (9); Osyris alba +(9); Phlomis lychnitis +(6); Picris algarbiensis +(9); Salvia sclareoides +.2 (2); Sanguisorba minor
+ (9, 5); Schoenus nigricans +(1); Sedum sediforme +(2); Serapias parviflora 1.1 (9); Serratula sampaiana +(11); Smilax aspera +(1);
Thymelaea villosa +(6).
Localidades: 1 e 3 Tigarral (29SNB7209); 2 Amendoeira (29SNB9214); 4 Estela Montes (29SNB7613); 5 Granja-Monte Seco (29SNB8015);
6 Centieira (29SNB7012); 7 Barradinha (29SNB7113); 8 Albufeira (29SNB6605); 9 Tunes (29SNB6713); 10 Concelho-Apra (29SNB9213);
11 Palhagueira (29SNB8410 ); 12 Nexe (29SNB9309); 13 Altura (29SNB29SNB7115).
O COBERTO VEGETAL
XX RHAMNO-PRUNETEA Rivas Goday & Borja ex Txen 1962 247
Comunidades arbustivas decduas mesofticas e xerofticas, tpicas de orlas de bosques, assim como seriais de bosques
das classes Querco-Fagetea e Salici-Populetea nigrae. So agrupamentos dominados por microfanerfitos arbustivos,
principalmente espinhosos, que se desenvolvem em solos hmicos ricos em nutrientes ou, no caso de comunidades
permanentes, em solos delgados, declivosos e mesmo pedregosos. Distribuem-se pelas regies Mediterrnea e
Eurosiberiana.
Caractersticas territoriais: Crataegus monogyna, Rosa canina, Sambucus nigra.
+ Tamaricetalia africanae Br.-Bl. & O. Bols 1958 em. Izco, Fernndez-Gonzlez & Molina 1984
nica ordem descrita.
O COBERTO VEGETAL
248 Caractersticas territoriais: Nerium oleander, Panicum repens, Polygonum equisetiforme, Tamarix africana.
Quadro III/LXIV
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 R
rea m2 (1=10m) 30 8 6 20 10 E
Altitude ( 1=10m) 16 15 19 15 11 S
Grau de Cobertura (%) 100 90 100 100 100 E
Orientao W S SE - - N
Declive () 3 2 2 - -
N de espcies 10 10 13 16 23 A
N especfico mdio 14.4 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Rubus ulmifolius 5.5 4.4 5.5 5.5 5.5 5
Lonicera periclymenum subsp. hispanica . + + 1.1 + 4
Rosa canina . . 1.1 + . 2
Companheiras
Fraxinus angustifolia +.1 + . + + 4
Arum italicum 1.1 . + + + 4
Scirpoides holoschoenus +.1 + 1.1 + + 5
Piptatherum miliaceum + + 1.1 1.1 + 5
Dittrichia viscosa subsp. revoluta + . . + + 3
Tamus communis . . 1.1 1.1 2.2 3
Vinca difformis . 2.2 . 1.2 . 2
Acanthus mollis subsp. platyphyllos . . . + 2.2 2
Dorycnium rectum . 3.3 1.1 . . 2
Brachypodium sylvaticum . + . . + 2
Arundo donax . + + . . 2
Nerium oleander . . + . + 2
Foeniculum vulgare subsp. piperitum . . . + + 2
Smilax aspera . . . + 1.1 2
Vitis sylvestris . . . + . 1
O COBERTO VEGETAL
249
Populus alba . . . . + 1
Hedera helix . . . . + 1
Equisetum telmateia . . . . + 1
Outros taxa: Achillea ageratum + (4); Agrimonia eupatoria + (1); Asparagus acutifolius + (5);
Asparagus aphyllus + (2); Calystegia sepium 1.1 (3); Carex pendula + (5); Cheirolophus
sempervirens + (3); Festuca ampla + (5); Ficus carica 1.1 (3); Lythrum salicaria + (1); Mentha
suaveolens + (4); Olea sylvestris + (5); Pistacia lentiscus 1.1 (5); Phalaris caerulescens + (1);
Quercus rotundifolia + (5); Ranunculus ficaria + (5); Torilis arvensis subsp. neglecta 1.1 (1);
Localidades: 1 Rib de Algibre(29SNB8817) ; 2 Fonte Benmola (29SNB8818); 3 Rib.
da Corriola (29SNB8221); 4 (Corte Neto) (29SNB8619); 5 Rib. das Ondas-Lagoa dos
Cavalos (29SPB0909).
Fig. III/3.12 - Aspecto geral da Ribeira de Algibre: 1 Tamargal de Polygono equisetiformis-Tamaricetum africanae, 2 Feixial de Ficario
ranunculoiies-Fraxinetum angustifoliae quercetosum broteroi, 3 Loendral de Rubo ulmifolii-Nerietum oleandri aristolochietosum
baeticae, 4 Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifolii, 5 Typho angustifoliae-Phragmitetum australis, 6 Aro italici-Oleetum sylvestris,
7 Rhamno oleoidis-Quercetum rotundifoliae juniperetosum turbinatae.
O COBERTO VEGETAL
250
Aliana que rene loendrais e silvados termo-mesomediterrneos que vivem sobre solos pedregosos dos leitos de
cursos de gua de regime torrencial, com uma forte estiagem, da Subregio Mediterrnea Ocidental.
(Quadro III/LXVI)
Sincorologia: A aristolochietosum baeticae subass. nova (Typus associatio: Quadro III/LXVI, inv.4) uma
subassociao trmica e basfila da Subregio Mediterrnea Ocidental que ocorre pelo menos, em todo o Sector
algarviense. No entanto, poder tambm atingir outros territrios trmicos e basfilos de outros sectores, nomeadamente,
da Provncia Btica e mesmo da Provncia Ibero-Atlntica.
Variabilidade: Os loendrais do Barrocal parecem representar comunidades permanentes freatfitas dos leitos
cascalhentos dos cursos de gua que atravessam os calcrios do territrio estudado. Como contactam habitualmente
com os azinhais de Rhamno oleoidis-Quercetum rotundifoliae juniperetosum turbinatae, enriquecem-se com vegetao
do mbito da Quercetea ilicis, nomeadamente com o elemento basfilo e trmico Aristolochia baetica, ausente em
qualquer associao de Rubo-Nerion oleandri (RIOS, 1994), razo pela qual propomos esta nova raa para os territrios
mais ocidentais da Provncia Lusitano-Andaluza Litoral.
Quadro III/LXV
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 R
rea m2 (1=10m) 10 10 20 10 20 E
Altitude (1=10m) 3 4 3 5 12 S
Grau de cobertura (%) 80 70 70 60 90 E
Orientao W NW E S W N
Declive () 2 2 2 60 2
N de espcies 9 10 12 19 12 A
N especfico mdio 12.4 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Tamarix africana 4.5 4.4 4.4 4.4 4.4 5
Polygonum equisetiforme +.2 +.2 + . + 4
Diferenciais da variante
Nerium oleander 1.1 1.2 1.1 + 1.2 5
Companheiras
Arundo donax + + + 1.2 1.1 5
Lythrum salicaria + + + + . 4
Bupleurum fruticosum . . + + + 3
Fraxinus angustifolia . . + +.2 +.2 3
Arum italicum . . + +.2 +.2 3
Ranunculus ficaria . . . + + 2
Bryonia cretica subsp. dioica . . . + 1.1 2
Iris foetidissima . . . + +.2 2
Nothoscordum gracile . . . r + 2
Aristolochia baetica 1.1 1.1 . . . 2
Olea sylvestris + + . . . 2
O COBERTO VEGETAL
Clematis flammula +.2 + . . . 2 251
Smilax aspera + +.2 . . . 2
Vinca difformis . . . . +.2 1
Outros taxa: Anagallis arvensis subsp. caerulea 1.1 (4); Chrysanthemum coronarium + (4);
Cyperus longus subsp. badius + (3); Festuca arundinacea +.2 (3); Heliotropium supinum +
(3); Oenanthe croccata + (4); Panicum repens +(4); Paspalum paspalodes +.2 (3); Piptatherum
miliaceum + (4); Ranunculus trilobus r (4); Rosa pouzinii + (4); Scirpoides holoschoenus + (2);
Torilis arvensis + (4);
Localidades: 1 Prximo de Algoz (29SNB6512); 2 Prx. Tunes (29SNB6512); 3 Prximo
do Moinho Rocha (Paul) (29SPB1513); 4 Rib. de Quarteira (29SNB7211); 5 Rib. Algibre-Prx.
Algibre-Tr (29SNB8716).
XXII SALICI PURPUREAE-POPULETEA NIGRAE (Rivas-Martnez & Cant ex Rivas-Martnez, Bscones, T.E. Daz,
Fernndez-Gonzlez & Loidi) Rivas-Martnez & Cant 2002
Bosques decduos riprios que se desenvolvem em solos mais ou menos hmidos, tpicos da Regio Eurosiberiana e
Mediterrnea.
Caractersticas territoriais: Brachypodium sylvaticum, Equisetum telmateia, Populus nigra, Saponaria officinalis, Vitis
vinifera subsp. sylvestris.
Caractersticas territoriais: Acanthus mollis subsp. platyphyllos, Aristolochia paucinervis, Bryonia cretica subsp. dioica,
Carex pendula, Populus alba, Ranunculus ficaria, Salix atrocinerea, Salix alba subsp. vitellina, Ulmus minor var. vulgaris,
Vinca difformis.
Quadro III/LXVI
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R
rea (m2) 1=10m 40 300 40 200 200 200 100 200 300 E
Altitude 1=10m 18 4 18 9 5 4 15 230 250 S
Grau de Cobertura (%) 80 80 90 80 80 70 70 80 95 E
Orientao SE SE SW E W NW SE SW SW N
Declive () 5 2 3 3 3 3 2 3 2
N de espcies 10 14 18 11 9 8 12 19 16 A
N especfico mdio 13 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Nerium oleander 3.3 4.4 4.4 4.4 4.4 3.4 4.4 3.3 4.4 V
Rubus ulmifolius . . . 1.1 1.1 +.2 1.3 1.1 2.4 IV
Tamarix africana . . . . . + 1.1 1.1 1.1 III
Caractersticas da subassociao
Aristolochia baetica + + 1.1 2.2 2.2 2.3 + 1.1 +.2 V
Companheiras
Olea sylvestris + 1.1 1.1 + . + . + + IV
Pistacia lentiscus + + . + . . + + + IV
Myrtus communis 2.2 1.1 2.2 + + . 1.1 . . IV
Rosa canina . . + +.1 1.1 +.1 . 2.2 2.2 IV
Tamus communis 1.1 . 1.1 + + . . 2.2 2.2 III
Bupleurum fruticosum . . 1.1 . . . + 2.2 1.1 III
Clematis flammula . + 1.1 . . . + + . III
Fraxinus angustifolia . . . + + . . + + III
Rosa pouzinii 2.2 + . . . . + . . II
O COBERTO VEGETAL
252 67 - Salici atrocinereae-Populetum albae Rivas Goday 1964
Sinecologia e Sinestrutura: Choupais termomediterrneos assentes sobre solos argilosos, mais ou menos hidromrficos,
caracterizados pelo domnio de Populus alba que, por se apresentarem muito degradados face intensa e secular aco
humana nestas superfcies ribeirinhas, apenas ocorrem de forma muito pontual. Assim, s foi possvel realizar quatro
inventrios (Quadro III/LXVII).
Os bosques residuais apresentam um porte elevado, alternando com fragmentos de freixiais, salgueirais, silvados e loendrais,
revestindo pequenas depresses que esto submetidas a inundaes peridicas durante um escasso perodo de tempo.
Sincorologia: Associao caracterstica das vrzeas do Guadiana e dos cursos mdios e baixos dos seus afluentes
(RIVAS GODAY, 1964) que tambm reconhecemos nos cursos de gua do Barrocal (Sector Algarviense).
Sinfitossociologia: Tal como j foi referido, os choupais encontram-se bastante degradados, devido, essencialmente,
ao aproveitamento intensivo destes solos hidromrficos para cultivos de regadio, apresentando como primeira etapa de
substituio dos silvados de Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifolii.
Variabilidade: Apesar de existirem freixiais em contacto com os choupais, poder-se-ia pensar na subassociao
fraxinetosum ficariae de GARCIA-FUENTES (1995). Todavia, no optamos por este sintaxon uma vez que o substrato onde
foram observadas estas comunidades so calcrios duros, mais ou menos descarbonatados e no margosos.
Tendo por base os inventrios realizados e consultando as associaes de choupais apresentadas por GALN (1993);
GARCA-FUENTES (1996); NIETO-CALDERA et al. (1991); NOJERSKI (1985) e MARTNEZ-PARRAS et al. (1987), parece-nos
que os resqucios do choupal estudado representam a associao inicialmente definida por RIVAS GODAY et al. (1964) para
as vrzeas trmicas do Guadiana, uma vez que o cortejo florstico e a ecologia apresentam semelhanas significativas.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/LXVII 253
P
N de Ordem 1 2 3 4 R
rea m2 (1=10m) 40 20 30 20 E
Altitude (m.s.m.) 1=10m 9 16 40 38 S
Grau de Cobertura (%) 90 70 80 80 E
Orientao E W SE SW N
Declive () 2 3 3 2
N de espcies 13 22 23 24 A
N especfico Mdio 20.5 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Populus alba 3.4 3.4 4.3 3.3 4
Arum italicum + + + 1.1 4
Brachypodium sylvaticum + . 2.2 1.1 3
Vinca difformis . . 2.2 1.1 2
Carex pendula . 1.1 . . 1
Companheiras
Smilax altissima 2.2 .2.2 2.2 2.2 4
Rubus ulmifolius 2.2 1.2 1.1 2.2 4
Salix x secalliana + + 1.1 1.1 4
Nerium oleander + 1.2 1.1 +.1 4
Iris foetidissima . +.2 +.1 +.1 3
Tamus communis . 1.1 + + 3
Adiantum capillus veneris + . + + 3
Aristolochia baetica + + . . 2
Arbutus unedo . + 1.1 1.1 3
Smilax aspera . + + + 3
Bupleurum fruticosum . . 1.1 + 2
Arundo donax 1.1 + . . 2
Tamarix africana . 1.1 . + 2
Osyris alba . . 1.1 1.1 2
Olea sylvestris 1.1 + . . 2
Pistacia lentiscus . . + + 2
Clematis flammula . . + + 2
Mentha suaveolens . . + + 2
Calystegia sepium . . + + 2
Dorycnium rectum . . +.1 +.1 2
Vitis sylvestris . . + + 2
Fraxinus angustifolia . . 1.1 + 2
Lythrum salicaria . . + + 2
Outros taxa: Agrimonia eupatoria + (2); Brachypodium phoenicoides 1.2 (2);
Crataegus monogyna subsp. brevispina + (2); Cyperus longus subsp. badius+(1);
Dittrichia viscosa subsp. revoluta + (2); Lonicera hispanica + (2); Myrtus communis
1.1 (2); Potentilla reptans +(1); Sanguisorba hybrida 1.1 (2).
Localidades: 1 Ribeira das Ondas (Lagoa dos Cavalos) (29SPB0909); 2 Entre Rocha
de Messines e Pico Alto (29SNB6512); 3 e 4 Ribeira da Asseca (29SPB1513).
quercetosum broteroi C. Pinto-Gomes & E. Cano in A.Garcia Fuentes, J Cordero, C. Pinto-Gomes, A. Leite, C. Mendias,
M. Luque, J. Carriondo & E.Cano 1998
(Quadro III/3.LXVIII)
Sinecologia e Sinestrutura: Representa os freixiais termo e mesomediterrneos do ocidente peninsular que segundo
O COBERTO VEGETAL
254 RIVAS-MARTNEZ et al. (1980), vivem sobre solos silceos, pseudogleyzados de textura arenosa, excepcionalmente inundados.
Todavia, no nosso territrio este bosque ribeirinho, dominado por Fraxinus angustifolia, ainda que muito fragmentado, ocorre
nas margens das principais ribeiras e ribeiros, sobre fluviossolos calcrios, submetidos a inundaes ocasionais. Por vezes,
estes bosques caduciflios apresentam densidades considerveis, onde participam vrios arbustos sarmentosos e lianas,
entre os quais se destacam um nmero notvel de elementos de Quercetea ilicis. Assim, no parece admirar a existncia de
espcies calccolas como Bupleurum fruticosum, Aristolochia baetica, Iris foetidissima, entre outros.
Sincorologia: Associao Mediterrnea Ibrica Ocidental, com grande representatividade nas provncias Btica e Mediterrnea
Ibrica Ocidental, que atinge os territrios lusitano-andaluses litorais atravs da subassociao quercetosum broteroi.
Sinfitossociologia: Tal como j foi referido, os freixiais do Barrocal apresentam-se muito degradados. Assim, possvel
observar, com bastante abundncia, os silvados de Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifolii que representam a orla e a sua
primeira etapa de substituio. Quando a actividade pecuria utiliza estes bosques, com alguma frequncia, verifica-se a
entrada de comunidades nitrfilas de Urtico membranaceae-Smyrnietum olusatri.
Variabilidade: Nos vales menos encaixados sobre de solos profundos de textura arenosa e com hidromorfia temporal,
em margens e leitos excepcionalmente inundados dos ribeiros, sobretudo nas encostas mais frescas expostas ao
quadrante norte, quando os freixiais entram em contacto com os carvalhais de Quercetum alpestris-broteroi regista-se
a presena de um cortejo florstico, rico em elementos de Quercetea ilicis, onde se destaca a presena de elementos
como Bupleurum fruticosum, Aristolochia baetica, entre outros. Assim, considera-se a presena da subassociao
quercetosum broteroi descrita por PINTO-GOMES & E. CANO in GARCIA-FUENTES et al. (1998).
Salgueirais arbustivos e arbreos, desenvolvidos sobre solos pouco evoludos do leito de rios e ribeiros mediterrneos
e eurosiberianos de caudal irregular, capazes de suportar um perodo de estiagem, mais ou menos, acentuado.
Caractersticas territoriais: Salix neotricha.
Aliana que rene os salgueirais que colonizam os leitos de rios e ribeiros de guas carbonatadas, dos territrios
mediterrnicos e orocantbricos.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/LXVIII 255
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 R
rea m2 (1=10 m) 40 40 30 60 10 30 50 30 50 40 30 30 E
Altitude (1=10 m) 14 10 24 15 50 60 10 14 16 95 40 18 S
Grau de Cobertura (%) 95 80 90 75 95 80 80 80 80 95 80 90 E
Orientao E E - W S - W S W W - SE N
Declive () 3 2 - 3 60 - 3 3 2 3 - 3
N de espcies 10 10 14 19 16 17 16 12 13 18 12 13 A
N especfico Mdio 13.4 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Fraxinus angustifolia 4.4 3.4 3.4 2.2 3.4 4.3 3.3 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 V
Vitis sylvestris 2.2 1.1 1.1 . + 2.2 + 1.1 . 2.2 1.1 1.1 V
Ranunculus ficaria 1.1 . 1.1 + + 1.1 2.2 1.1 1.1 1.1 . 1.1 V
Vinca difformis 2.2 . . . +.2 3.4 + 1.1 1.1 2.2 2.2 2.2 IV
Arum italicum . . 2.2 + + 2.2 1.1 . 1.1 2.2 . 1.1 IV
Brachypodium sylvaticum . . . . . . . . . + 1.1 + II
Bryonia cretica subsp. dioica . . 1.1 . . 2.2 1.1 . . . . . II
Scilla peruviana . . . + . . . . . . . .
Equisetum telmateia . . . . + . . . . . . . +
Caractersticas da subassociao:
Bupleurum fruticosum + + 2.2 + r + +.1 . 2.2 1.1 + . V
Iris foetidissima . 1.2 . + +.2 + . . 1.2 1.1 1.2 +.2 IV
Quercus broteroi . 1.1 1.1 3.3 . . . . . . . .
Companheiras
Arundo donax + + + . 1.2 . 1.2 + 2.2 + 1.1 1.2 V
Rubus ulmifolius 1.1 +.2 +.2 . 2.3 + +.1 1.2 . + 2.2 2.2 V
Nerium oleander + 1.1 . 2.2 . + +.1 3.3 1.2 + + . IV
Smilax aspera var. altissima 2.2 . 1.1 2.2 . 1.1 . . 1.2 1.1 2.2 2.2 III
Tamus communis . . 2.2 . + . 1.1 . . 2.2 . 1.1 III
Tamarix africana + . + . . . 1.1 + . . . . III
Oenanthe crocata . + +.2 . . . + . . + . . III
Narcissus papyraceus . . + . . . . . + + . + II
Salix x secalliana . . . . . . + 1.1 2.2 . . 1.1 II
Oxalis pes-caprae . . . . r 2.2 . + . . . . II
Osyris alba . . . 1.1 . . . . + . . .
Arbutus unedo . . . 1.1 . . . . . . . .
Myrtus communis . . . + . . . . . . . .
Dorycnium rectum . . . . + . . . . . . . +
Outros taxa: Adiantum capillus-veneris +(11); Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 1.1 (9;6); Aristolochia paucinervis1.1 (6); 1.1 (7);
Asparagus acutifolius 1.1 (6); Campanula rapunculus 1.1 (2); + (10); Calystegia sepium 1.1 (5); Centranthus calcitrapae i (5); Clematis
flammula +(11); Ficus carica 1.1 (10); Juniperus turbinata +(6); Lonicera hispanica +(4); Lythrum salicaria +(7); 1.1 (6); Paeonia broteroi
+.2 (3); Phillyrea latifolia 1.1 (4); Piptatherum miliaceum +(8); Pistacia lentiscus 1.1 (4); Punica granatum +(8); Ranunculus ascendens
+(10); Torilis arvensis+ (5).
Localidades: 1 Corte Neto-Moinho da Venda (29SNB8619); 2 Rib. das Ondas (29SPB0909); 3 Rib. Quinta do Freixo (29SNB7223);
4 Amendoeira (29SNB9314); 5 Rib. de Quarteira-Tigarral (29SNB7211); 6 Rib. de Paderne (29SNB7211); ); 7 Rib. de Algibre(29SNB7813);
8 Prx. Fonte Benmola (29SNB8818); 9 Rib. de Algibre Prx. Ponte da Tr (29SNB8716); 10 Rib. de Algibre (Estela Montes) (29SNB7813);
11 Moinhos da Rocha (29SPB1513); 12 Prx. Ponte de Querena (29SNB8818).
Sinecologia e Sinestrutura:
Na regio estudada os salgueirais no so muito frequentes, ocorrendo sempre de forma fragmentria em algumas
O COBERTO VEGETAL
256 ribeiras como a de Algibre (prximo da Fonte da Benmola) e da Asseca. So salgueirais termomediterrneos, dominados
por Salix atrocinerea e Salix salviifolia subsp. australis que vivem em contacto com a gua, representando a primeira
banda arbrea que margina os cursos de gua, sobre solos limosos, calcrios, temporariamente encharcados, com
horizonte pseudogley (hidromrficos) e oligotrficos.
Embora seja um comunidade com cortejo florstico semelhante ao dos salgueirais trmicos Viti viniferae-Salicetum
atrocinerea, descritos por RIVAS-MARTNEZ et al. (1980), parece-nos que a nossa comunidade difere dessa associao
pela ausncia de Salix salviifolia subsp. australis que est sempre presente nos inventrios recolhidos.
Por outro lado COSTA et al. (1996) apresentam uma associao de salgueiral com uma composio e estrutura idntica
da nossa comunidade, mas descrito para os substratos siliciosos. Como as nossas amostragens so poucas e foram
recolhidas em fragmentos de salgueirais, apenas a consideramos como comunidade.
Sincorologia: luz do conhecimento actual, esta comunidade calccola apenas conhecida no Sector Algarviense.
Sinfitossociologia: Estes salgueirais constituem uma etapa madura da Geossrie riparia, representando a primeira banda
arbrea das margens dos cursos de gua, que contactam com freixiais (Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae
quercetosum broteroi) e suas etapas de substituio (Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifolii), bem como as formaes
altas hidrfitas de Typho angustifoliae-Phragmitetum australis.
Variabilidade: A presena destas comunidades, sobre substratos calcrios e contactando com guas enriquecidas em
carbonatos, permite a ocorrncia de espcies calccolas como Bupleurum fruticosum, facto que nos permite pensar em
desenvolver trabalhos mais profundos no sentido de observar a existncia de uma variante calccola com Bupleurum
fruticosum dos salgueirais j descritos por RIVAS-MARTNEZ et al. (1990) ou por COSTA et al. (1996).
Fig. III/3.14 - Aspecto geral do Almarjo: 1 Carvalhal de Quercetum alpestris-broteroi, 2 Medronhal de Aristolochio baeticae-
-Arbutetum unedonis, 3 Freixial de Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifolia quercetosum broteroi, 4 Loendral de Rubio
longifoliae-Nerietum oleandri aristolochietosum baeticae, 5 Arrelvados vivazes de Galio concatenati-Brachypodietum phoenicoidis,
6 Siderito lusitanicae-Genistetum algarbiensis, 7 Arrelvados terofticos de Velezio rigidae-Astericetum aquaticae, 8 Sobreiral de
Myrto communis-Quercetum suberis.
Agrupa os bosques e matagais densos (brenhas, machiais e espinhais) mediterrneos (RIVAS-MARTNEZ & RIVAS
GODAY 1975, AKMAN et al., 1978; BARBERO et al. 1981), frequentemente durilignosos (esclerfilos) e sempervirens,
criadores de sombra, mais ou menos intensa, e formadores de hmus mull florestal (RIVAS-MARTNEZ et al., 1990).
Apesar de indiferentes quanto natureza qumica do substrato, so sensveis a uma hidromorfia acentuada do solo,
temporal ou permanente.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/LXIX 257
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 R
rea (m2) (1=10m) 20 10 30 30 40 E
Altitude (1=10m) 4 3 14 13 14 S
Grau de Cobertura (%) 90 80 90 80 80 E
Orientao SE SE S S W N
Declive () 3 2 3 3 2
N de espcies 13 11 19 13 13 A
N especfico Mdio 13.8 S
Caractersticas de comunidade
e unidades superiores
Salix x secalliana 4.4 3.4 4.4 3.4 4.4 5
Salix salviifolia subsp. australis 2.2 3.3 2.2 3.3 2.2 5
Salix atrocinerea 1.1 1.1 . . 1.1 3
Vitis sylvestris . + + . . 2
Salix neotricha . . + . + 2
Equisetum telmateia . . . 1.1 . 1
Companheiras
Nerium oleander + + 1.2 1.1 + 5
Arundo donax + + + + + 5
Fraxinus angustifolia + + 1.1 + + 5
Rubus ulmifolius + 1.1 + . 1.1 4
Lythrum salicaria . . + 1.1 1.1 3
Iris foetidissima . . + + + 3
Cheirolophus sempervirens . . + + + 3
Rosa pouzinii . 1.1 + . 1.1 3
Bupleurum fruticosum + . + . + 3
Dorycnium rectum . . + + . 2
Tamus communis . . 1.1 + . 2
Carex pendula . . . . 1.1 1
Outros taxa: Arbutus unedo + (1); + (3); Calystegia sepium + (1); + (3); Carex acuta subsp.
mauritanica 1.1 (3); Myrtus communis + (1); + (2); Olea sylvestris + (4); Osyris alba + (4); + (3);
Schoenoplectus tabernaemontani + (1); + (3); Scirpoides holoschoenus + (1); Smilax altissima
1.1 (4); Smilax aspera 1.1 (2); Verbena officinalis + (1); + (2).
Localidades: 1 Ribeira Algibre (Prx. Ponte Querena - 29SNB8817); 2 Rio Squa (Prx. Tavira-
-29SPB1911); 3 Fonte da Benmola (29SNB8818); 4 Rib da Asseca (Prx. da Cascata-
-29SPB1513); 5 Fonte da Benmola (29SNB8818).
O COBERTO VEGETAL
258 De acordo com RIVAS-MARTNEZ et al. (1988) e RIVAS-MARTNEZ et al. (1990), estes bosques constituem a vegetao
climatfila, edaffila permanente ou arbustiva substituinte de uma parte significativa da Regio Mediterrnea dos pisos infra,
termo, meso e supramediterrneo. Assim, uma classe caracterstica da Regio Mediterrnea, com ampla distribuio,
que pode penetrar, ainda que pontualmente e com caracter rliquo, nas regies Eurosiberiana e Saharo-Arbica.
Face marcada oceanedade do territrio estudado, estas formaes apresentam, de uma forma aprecivel, uma
diversidade de arbustos e lianas, na sua maioria, de folhas lustrosas do tipo lauride (Viburnum tinus, Phillyrea media,
Phillyrea latifolia, Smilax aspera var. altissima, Clematis flammula, entre outras), abundantes na Provncia Mediterrnea
Ibrica Ocidental e Lusitano-Andaluza-Ltoral, bem como rvores de folha marcescente como Quercus broteroi, Quercus
canariensis, Quercus faginea s.l., Quercus x jahandiezii e Quercus x marianica.
Caractersticas territoriais: Arisarum vulgare subsp. simorrhinum, Asparagus acutifolius, Biarum arundanum, Carex
hallerana, Clematis cirrhosa, Clematis flammula, Daphne gnidium, Lonicera implexa, Lonicera etrusca, Neotinea maculata,
Olea europaea var. sylvestris, Phillyrea media, Pulicaria odora, Rhamnus alaternus, Rubia peregrina subsp. peregrina,
Rubia peregrina subsp. longifolia, Smilax aspera var. aspera.
* Quercion broteroi Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956 em. Rivas-Martnez 1975 corr. Ladero 1974
Aliana que rene as associaes de bosques pereniflios de sobreiros (Quercus suber) e azinheiras (Quercus rotundifolia),
bem como os marcescentes de carvalhos (Quercus broteroi e Quercus canariensis), exclusivos dos pisos termo, meso
e supramediterrneo inferior, com ombroclima seco a hmido, da Provncia Mediterrnea Ibrica Ocidental e Lusitano-
-Analusa-Liotral (Pennsula Ibrica).
Caractersticas territoriais: Doronicum plantagineum subsp. tournefortii, Epipactis lusitanica, Hyacinthoides hispanica,
Paeonia broteroi, Pyrus bourgaeana, Quercus broteroi, Sanguisorba hybrida.
** Quercenion broteroi
Sintaxon caracterizado pelo seu carcter ocenico, dominado por carvalhais marcescentes e sobreirais umbrfilos.
Caractersticas territoriais: Quercus x marianica, Sanguisorba hybrida.
O COBERTO VEGETAL
bastantes degradados, essencialmente devido secular interveno humama. Assim, no parece estranho o domnio de um 259
medronhal basfilo e mesoftico de Asparago albi-Rhamnion oleoidis que representa a primeira etapa de substituio e a orla
dos carvalhais. O corte destas formaes e a actividade agrcola mais ou menos intensa, do lugar aos matos espinhosos
pertencentes associao Siderito lusitanici-Genistetum algarbiensis ass. nova., do mbito da Saturejo-Coridothymenion.
Se as presses agrcolas se mantm, estes matos cedem o seu lugar aos terfitos do mbito da Velezio-Astericetum. Ao
revs, quando a presso agrcola nestas superfcies cessa, inicia-se a regenerao dos tomilhais de Thymo lotocephali-
-Coridothymetum capitati.
Variabilidade: Estes carvalhais marcescentes diferenciam-se do Arisaro-Quercetum broteroi pela presena de outros
carvalhos termomediterrneos (Quercus canariensis, Quercus x marianica, Quercus x jahandiezii, Quercus faginea subsp.
alpestris), bem como de outras plantas trmicas, como Chamaerops humilis, Genista algarviensis, Ulex argenteus, Aristolochia
baetica, entre muitas outras, que se encontram ausentes nos carvalhais marcescentes do Divisrio Portugus e Superdistrito
Arrabidense (Quadro III/LXXI). Ainda neste contexto, regista-se a ausncia nestes carvalhais de plantas que ocorrem no
Divisrio como Cistus psilosepalus, Antirrhinum linkianum, Ilex aquifolium, Genista tournefortii, Ulex minor, entre outras.
Tambm se destinguem dos carvalhais marcescentes termomediterrneos, sub-hmidos a hmidos de Oleo-Quercetum
broteroi descritos por Galn, A.V. Prez & Cabezudo (in A.V. PREZ et al., 1999) pela presena de Lonicera etrusca,
Quercus faginea subsp. alpestris, Quercus faginea subsp. faginea, entre muitas outras, bem como pela ausncia de
Ruscus hypophyllus, Teucrium fruticans, Rosa sempervirens, entre outros, e de alguns elementos tpicos de solos com
alguma hidromorfia temporal, como o caso de Iris foetidissima, Ranunculus ficaria e Ulex minor, assim como a presena
significativo de Crataegus brevispina. Tais elementos parecem indicar que as condies de Oleo-Quercetum broteroi
tm afinidades temporo-hidromrficas. Por tlimo, se ao nvel das caractersticas h diferenas, o mesmo se verifica
nas suas etapas de substituio. Assim, nos carvalhais algarvios regista-se a constante presena de Ulex argenteus e
Genista algarbiensis (endemismos lusitanicos), bem como a ausncia de Ulex scaber, Calicotome villosa, Genista linifolia,
Eryngium tricuspidatum, Brachypodium retusum, entre outros, que vivem nos carvalhais de Oleo-Quercetum broteroi.
* Querco rotundifoliae-Oleion sylvestris Barbro, Quzel & Rivas-Martnez in Rivas-Martnez, Costa & Izco 1986
Aliana que rene as associaes latemediterrneas boscosas, termfilas e umbrfilas (azinhais, sobreirais, zambujais,
carrascais arborescentes e alfarrobais). So comunidades dominadas por rvores pereniflio-esclerfilas nas quais existe
um sub-bosque rico em lianas e arbustos sensveis aos frios invernais (diferenciais de aliana), que apresentam o seu
ptimo no termomediterrneo, podendo no entanto tambm ocorrer no mesomediterrneo, com ombroclima seco.
Caractersticas territoriais: Scilla monophyllos, Teucrium scorodonia subsp. baeticum.
O COBERTO VEGETAL
260
Quadro III/LXX
O COBERTO VEGETAL
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 R
rea m2 (1=10) 20 60 30 50 40 20 40 40 30 40 40 E
Altitude (1=10m) 24 20 29 20 20 24 20 20 12 38 28 S
Grau de Cobertura (%) 55 100 50 80 75 60 80 100 100 95 95 E
Orientao NW N N N N NW NW NE NW N N N
Declive () 15 15 10 10 5 20 5 10 15 20 30
N de espcies 22 35 26 26 23 27 24 28 34 41 39 A
N especfico mdio 29 S
Caractersticas da Associao
e Aliana
Quercus faginea subsp. broteroi 3.3 3.4 3.2 4.4 3.3 4.3 3.3 4.4 3.3 4.3 4.4 V
Quercus faginea subsp. alpestris 1.1 3.3 1.1 1.1 . 1.1 + 1.1 2.2 1.1 1.1 V
Quercus faginea subsp. faginea 1.1 3.3 1.1 1.1 . 1.1 + 1.1 2.2 1.1 1.1 V
Hyacinthoides hispanica . + 1.1 + + +.2 + 1.1 1.1 2.2 1.1 V
Paeonia broteroi . . . . 2.2 1.1 2.2 2.2 + + 1.1 IV
Quercus x marianica . . . . . . . . + + + II
Companheiras
Arbutus unedo 3.3 2.2 2.2 2.2 2.2 2.3 3.3 3.3 . 2.2 2.2 V
Scilla peruviana 1.1 2.2 . 1.1 + . 2.2 2.2 + + + V
Genista algarbiensis + + + + + . . + + + + V
Phillyrea angustifolia . 2.2 + . r + + . 1.1 1.1 1.1 IV
Pistacia lentiscus 2.2 + + 1.1 . +.2 + + + . . IV
Ulex argenteus . + . + + + + + + . + IV
Quercus coccifera 2.2 + 1.1 . . 2.2 . . + 1.1 1.1 IV
Chamaerops humilis 1.1 + 1.1 . . . + + + + . IV
Myrtus communis . . 1.1 . + . 1.1 + 2.2 + + IV
Cephalanthera longifolia . 2.2 + . . + 1.1 . . + + III
Tamus communis . . . . 1.1 r . 2.2 1.1 1.1 + III
Lithodora lusitanica . + + + . . . . . + + III
Phlomis purpurea + . + + . . . + . . . II
Melica minuta . + . . + . . . + + . II
Pistacia terebinthus . . . . . . . + + 1.1 + II
Juniperus turbinata . . . . . . . . 1.1 + + II
Rhamnus oleoides 1.1 . . . . . + . . + . II
Salvia sclareoides . + . . . r . . +.1 . . II
Cephalaria leucantha . . . 1.1 . . . . . + + II
Epipactis lusitanica . . . . . . . . + + + II
Aristolochia baetica . . . + . . . . . + . I
Ceratonia siliqua 1.1 . . . . . . + . . . I
Osyris alba . + . . . . + . . . . I
Crataegus monogyna . + . . . . . . . . . +
Jasminum fruticans . + . . . . . . . . . +
Outros taxa: Asphodelus albus subsp. villarsii +(9); Avenula occidentalis 1.1 (3); Cistus albidus + (4), + (5); Cistus salviifolius + (4);
Colchicum lusitanum + (9); Dianthus broteroi + (6); Lavandula luisieri + (4); Narcissus calcicola + (10), + (11); Origanum virens + (6);
Rosa canina + (2); Rosmarinus officinalis + (6); Rubus ulmifolius 1.2 (4), + (5); Salvia verbenaca + (8); Satureja ascendens + (4); Teucrium
haenseleri + (6); Thapsia villosa var. dissecta + (3); + (6).
Localidades: (1) S. Romo - Prx Ribeira Mercs (29SNB9215); (2) (3) Amendoeira (29SNB9314); (4) Cova das Carvalheiras-Estoi
(29SNB9809); (5) Prx. Guilhim (Entre Funcheira e Prx. Quinta Colmeia (29SNB9407); (6) Serro Pico Alto -S. Bartolomeu Messines
(29SNB6923); (7) Prx. Estela-Montes-Loul (29SNB8716); (8) Cerro da Bemposta-Estoi (29 SNB9809) ; (9) Almarjo (29SNB9215); (10)
Rocha da Pena (29 SNB 8024); (11); Rocha de Messines (29SNB 6923).
O COBERTO VEGETAL
261
262
Fig. III/3.15 - Aspecto geral da encosta norte da Rocha da Pena: 1 Carvalhal de Quercetum alpestris-broteroi,
2 Medronhal de Aristolochio baeticae-Arbutetum unedonis, 3 Azinhal de Rhamno oleoidis-Quercetum
rotundifoliae juniperetosum turbinatae, 4 Alfarrobal de Vinco difformis-Ceratonietum siliquae juniperetosum
turbinatae, 5 Siderito lusitanicae-Genistetum algarbiensis, 7 Galio concatenati-Brachypodietum phoenicoidis,
8 Velezio rigidae-Astericetum aquaticae, 9 Aristolochio baeticae-Juniperetum turbinatae, 10 Phagnalo
saxatilis-Rumicetum indurati distichoselinetosum tenuifoliae.
Quadro III/LXXI
Comparao entre o Quercetum alpestris-broteroi (A), Oleo-Quercetum broteroi (B) e Arisaro-Quercetum broteroi (C)
Caractersticas de associao
A B C
e unidades superiores
Quercus faginea subsp. broteroi V V V
Arbutus unedo V IV III
Rubia peregrina subsp. longifolia V III V
Viburnum tinus V III III
Daphne gnidium IV V III
Pistacia lentiscus IV V III
Quercus coccifera IV III III
Lonicera implexa IV III I
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum IV I IV
Myrtus communis IV I III
Phillyrea angustifolia IV I I
Olea sylvestris III IV I
Ruscus aculeatus III III V
Quercus rotundifolia III I II
Smilax aspera var. aspera II V II
Rhamnus oleoides II III I
Rhamnus alaternus II II IV
Juniperus turbinata II I I
Anemone palmata II + I
Phillyrea latifolia IV IV
Clematis flammula IV III
Chamaerops humilis IV II
Asparagus acutifolius IV II
(cont. ...)
O COBERTO VEGETAL
(... cont.)
Companheiras principais
Tamus communis III III V
Crataegus brevispina + V III
Phlomis purpurea II IV
Scilla peruviana V I
Carex hallerana V I
Epipactis lusitanica III II
Cephalanthera longifolia III I
Salvia sclareoides II I
Satureja ascendens + I
Genista algarbiensis V
Ulex argenteus IV
Lithodora lusitanica III
Cephalaria leucantha II
Ulex scabra IV
Cistus albidus II
Vinca difformis II
Calicotome villosa I
Pipthatherum paradoxum I
Ranunculus fiacaria I
Retama sphaerocarpa I
Brachypodium gaditanum I
Eryngium tricuspidatum +
Genista linifolia +
Brachypodium retusum +
Genista tournefortii III
Cistus psilosepalus II
Lathyrus latifolius I
Nota: O Quadro III/LXXI tem por base o Quadro III/LXX e os
trabalhos de BRAUN-BLANQUET et al. (1956) e GALN et al. in
PREZ et al. (1999).
O COBERTO VEGETAL
264 71 - Aro italici-Oleetum sylvestris Rivas-Martnez & Cant 2002.
(Quadro III/LXXII)
Sinecologia e Sinestrutura: Bosque climcico dominado por zambujeiros arbreos que se desenvolvem em encostas
termfilas, sobre substratos margosos do Jurssico e mesmo do Trissico, de caracter vrtico. Estes solos neutro-bsicos,
muito ricos em argilas, expandem-se no Inverno com a gua das chuvas e retraem-se muito no Vero face acentuada
secura estival do territrio.
Como a azinheira no resiste a esta variao de gua no solo, s o zambujo (Olea sylvestris var. sylvestris), graas
sua adaptao radicular, consegue viver neste meio de fortes amplitudes hdricas, apresentando um desenvolvimento
arbreo que chega mesmo a atingir os 15m de altura.
uma associao termomediterrnea sub-hmida a hmida, sendo fundamental a ocorrncia de chuvas significativas
que proporcionem os fenmenos de expanso e retraco dos minerais de argila.
Como os zambujais no se encontram bem conservados, por haverem sido, desde h muito, transformados em olivais
e mesmo destrudos, particularmente em vertissolos de superfcies baixas para cederem a sua posio a outras culturas
agrcolas (v.g. Benciate), apenas efectumos dois inventrios.
Sincorologia: Os zambujais distribuem-se por toda a Regio Mediterrnea (BARBERO et al., 1981; BOLS & MOLINIER,
1969; MOLINIER, 1954; NEGRE, 1964; RIVAS-MARTNEZ, 1975; ZOHARY, 1962), constituindo vrias associaes. Os
casos estudados parecem representar o Aro italici-Oleetum sylvestris, uma vez que o territrio apresenta precipitaes
de origem atlntica e um cortejo florstico, bem como as condies ecolgicas, muito semelhantes associao descrita
por BENABID (1984) como Tamo communis-Oleetum sylvestris.
Sinfitossociologia: Tal como foi referido, os zambujais no esto bem conservados, encontrando-se frequentemente
invadidos e orlados por formaes dominadas por lentiscos e espargueiros do mbito Asparago-Rhamnion oleoidis, que
representam a sua primeira etapa de substituio. Intercalando com estas comunidades e tambm em sua substituio
ocorrem os tojais e tomilhais de Saturejo-Coridothymenion.
Todavia, o mais comum so os arrelvados terofticos de Velezio-Astericetum que representam a etapa mais avanada de
substituio destes zambujais.
(Quadro III/LXXIII)
Sinecologia e Sinestrutura: Azinhais termomediterrneos que revestem substratos calcrios margosos e dolomticos
do Barrocal algarvio, em ombroclima seco a sub-hmido, sobretudo em cambissolos clcicos. Trata-se de formaes
boscosas, mais ou menos fechadas, ricas em lianas e elementos termfilos como Aristolochia baetica, Juniperus turbinata,
Asparagus albus, Ceratonia siliqua, Chamaerops humilis, Pistacia lentiscus, Rubia peregrina subsp. longifolia, entre outros.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/LXXII 265
Aro italici-Oleetum sylvestris Rivas-Martnez & Cant 2002
(Querco rotundifoliae-Oleion sylvestris, Quercion broteroi, Quercetalia ilicis, Quercetea ilicis)
P
N de ordem 1 2 R
rea (1=10m2) 40 30 E
Altitude (1=10m) 10 4 S
Grau de cobertura (%) 85 90 E
Orientao SW N N
Declive () <5 5
N de Espcies 25 21 A
N especfico mdio 23 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Olea sylvestris 4.4 4.4 2
Arum italicum 2.2 2.2 2
Smilax altissima 2.3 3.3 2
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 12 2.2 2
Rubia peregrina subsp. longifolia 1.1 + 2
Asparagus acutifolius 1.1 + 2
Ruscus aculeatus +.2 + 2
Osyris lanceolata + + 2
Narcissus papyraceus + +.2 2
Daphne gnidium + . 1
Companheiras
Iris foetidissima 2.3 2.3 2
Vinca difformis 1.1 1.2 2
Phlomis purpurea 1.1 + 2
Tamus communis 1.1 2.2 2
Ceratonia siliqua 3.3 2.2 2
Myrtus communis 1.2 + 2
Pistacia lentiscus 1.1 + 2
Aristolochia baetica 1.2 + 2
Asparagus albus + + 2
Asparagus aphyllus 1.1 . 1
Satureja ascendens + . 1
Oxalis pes-caprae 1.1 . 1
Piptatherum miliaceum + . 1
Rubus ulmifolius +.2 . 1
Brachypodium phoenicoides var. mucronatum +.2 . 1
Bupleurum fruticosum . + 1
Chamaerops humilis . + 1
Scilla peruviana . +.2 1
Localidades: 1 Rocha de Messines (29SNB6512); 2 Tigarral (29SNB7211).
Sincorologia: Segundo RIVAS-MARTNEZ et al. (2002), estes azinhais apresentam uma distribuio lusitano-andaluza-
-litoral. No territrio estudado, ocorrem particularmente nos locais mais inacessveis, desde a parte mais ocidental
(Portimo) at ao limite mais oriental (Tavira).
Sinfitossociologia: As formaes de Rhamno oleoidis-Quercetum rotundifoliae juniperetosum turbinatae subass. nova
(Typus associatio: Quadro III/LXXIII, inv.7) encontram-se, de um modo geral, um pouco degradadas. Contudo, existem
algumas estaes a salpicar o Barrocal, onde o azinhal se apresenta em bom estado de conservao. Como primeira
etapa de substituio ocorre um carrascal termfilo de Asparago albi-Rhamnion oleoidis juniperetosum turbinatae, que
na maioria dos casos tambm surge como a orla do bosque.
Variabilidade - A ausncia de Juniperus turbinata no azinhal descrito por RIVAS-MARTNEZ et al. (2000), permite-nos distinguir
uma raa mais ocidental com Juniperus turbinata. Todavia, nos stios mais hmidos, estes azinhais enriquecem-se com
elementos mesofticos, (v.g. Viburnum tinus e Querci marcescentes), facto que nos leva a propor uma variante mesoftica
com Viburnum tinus.
O COBERTO VEGETAL
266
Quadro III/LXXIII
O COBERTO VEGETAL
a) variante tipica 1-11: b) variante mesoftica 12- 17 (Querco rotundifoliae-Oleion sylvestris, Quercion broteroi, Quercetalia ilicis, Quercetea ilicis)
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 R
rea (m2) 400 60 200 400 300 400 200 400 300 200 400 200 400 400 300 300 400 E
Altitude (1=10m) 19.5 6 36 9 24 13 12 25 18 16 30 22 25 40 37 23 27 S
Grau de cobertura (%) 85 95 95 95 100 100 85 95 100 85 95 80 90 90 90 80 100 E
Orientao S W N W N N N S W S NE SW SW N N N W N
Declive () 10 5 5 10 15 10 10 10 10 5 10 10 20 10 10 10 5
N de espcies 17 17 19 24 25 22 19 17 24 20 27 15 22 34 29 28 23 A
N especfico mdio 22.5 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Quercus rotundifolia 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.5 4.5 4.4 4.4 4.5 4.4 3.3 4.4 V
Daphne gnidium + + 1.1 + + . 1.1 + + 2.2 + 1.1 1.1 + + + + V
Smilax aspera var. altissima 2.2 1.1 1.1 2.2 2.2 2.2 1.1 . 1.1 . 1.1 2.2 1.1 2.3 1.2 2.2 2.2 V
Olea sylvestris 2.2 . 1.1 2.2 2.2 1.1 1.1 2.2 2.2 . +.1 1.1 2.2 + + + 1.1 V
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 2.2 . 2.2 1.1 2.2 + 2.2 2.2 1.1 1.1 . 1.1 2.2 1.1 1.1 . 1.1 V
Rubia longifolia 1.1 . . 1.1 1.1 + 1.1 1.2 2.2 + 1.1 . 1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 V
Quercus coccifera . . 1.1 + + . . . . 1.1 + + + + 1.1 1.1 + IV
Lonicera implexa . . . + 1.1 . + . + . + . 1.1 + 1.1 1.2 2.2 IV
Rhamnus alaternus . . . 1.1 2.2 . 2.2 + 3.3 1.1 1.1 + . + + + 1.1 IV
Asparagus acutifolius 2.2 1.1 . + + . 1.1 . . + . . 1.1 + . + 1.1 III
Ruscus aculeatus . . . +.2 1.2 . + . . . . . . 1.2 +.2 1.2 . II
Phillyrea angustifolia . . . + . + . . . . . . 1.2 . + . + II
Phillyrea latifolia . . 1.1 . . . . 1.1 1.1 . . . . + 1.1 . . II
Phillyrea media . . . . . . . 1.1 . . . . . 1.1 + . . I
Hyacinthoides hispanica . . . . . . . . 1.2 . . . . 1.1 1.1 . . I
Anemone palmata . . . . . . . . . . + . . . . . . +
Diferenciais de subassociao
e variante tipica
Juniperus turbinata + + 1.1 2.2 . 1.1 2.2 . . . . . 2.2 + + . . III
Paeonia broteroi 1.1 . 1.1 . 1.1 2.2 . . . . . . 1.1 1.1 1.1 1.1 . III
Variante mesoftica
Quercus faginea subsp broteroi . . . . . . . . . . . 1.1 . 1.2 1.1 2.2 1.1 II
Quercus x jahandiezii . . . . . . . . . . . . . + . + + I
Viburnum tinus . . . . . . . . . . . . . 2.3 2.2 . . I
Quercus. faginea . . . . . . . . . . . . . . + + . I
Quercus x marianica . . . . . . . . . . . . . . . + + I
Companheiras
Pistacia lentiscus + 1.1 + . + + + + + 1.1 1.1 + + + + 1.2 + V
Aristolochia baetica + 1.1 1.1 1.1 + + 2.2 1.1 1.1 1.1 . + . 1.1 1.1 1.1 . V
Rhamnus oleoides . 1.1 + + + + + + + 2.2 + + + 1.1 1.1 1.1 + IV
Phlomis purpurea . + + + . + . . + + + . . + + + . III
Arbutus unedo . . . 2.2 2.2 1.1 . 1.1 1.1 . 2.2 1.1 1.1 2.2 2.2 1.1 1.1 IV
Chamaerops humilis . + . + + 1.1 1.1 . + 1.2 . + . . . . . III
Ceratonia siliqua + . . . + + . 1.1 + + +.1 . . + 1.1 . + III
Tamus communis 2.2 . . 1.1 1.1 + + 1.1 2.2 . . . . + . . . III
Genista algarbiense . 1.1 . + . + . . + + . . . + + + III
Carex hallerana . +.2 . . . . . . 1.1 +.2 . +.2 +.2 +.2 +.2 . III
Urginea maritima . . . + + . 1.1 . + . + + . . . . + III
Pistacia terebinthus . . . . 2.2 + + . 1.1 . . . . + + . . II
Staehelina dubia . + + . + . . + . + . . . . . . + II
Cistus albidus . + + . . . . . . + + . . . . + . II
Scilla peruviana . . . . + 1.1 . . 1.1 . + . . . . . . II
Epipactis lusitanica + . . . . + . . . . . . . + . + . II
Rosmarinus officinalis . . 1.1 + . . . . . . . . + . . . . I
Asperula hirsuta . . . . . . . . . + + . . . . + . I
Leuzea conifera . . . . . . + + . + . . . . . . . I
Myrtus communis . . . 1.1 . . . 1.1 . . . . . + . . . I
Osyris alba . . . . + . . . . . . . + . . . + I
Prasium majus + . . . . . . . + . . . . . . . . I
Jasminum fruticans 1.1 . . . + . . . . . . . . . . . . I
Asparagus aphyllus . . . + . . . . . . . . . . . . . +
Outros taxa: Arum italicum 1.1 (1); Bunium bulbocastanum + (3); Bupleurum fruticosum + (9); Carlina corymbosa + (10); Cheirolophus sempervirens (16); + (11); Cistus
monspeliensis + (11), + (13); Colchicum lusitanicum + (12); 1.1 (3); Dactylis hispanica subsp. lusitanica1.2 (2); Dianthus broteroi + (15), + (14); Lavandula luisieri +(2), + (11);
Magydaris panacifolia + (16); Melica minuta +.2 (2); Ophrys vernixia + (14); Pulicaria odora + (16); Rumex lusitanicus + (3); Salvia sclareoides 1.1 (6); Satureja calamintha + (14);
Sedum sediforme + (11);Serratula flavescens subsp. mucronata 2.2 (11); Thapsia vilosa + 11); Thymbra capitata + (10); Tulipa australis + (11); Ulex argenteus + (6), + (17).
Localidades: 1 Quinta do Olho-Salir (29SNB8421); 2 e 7 Cabeo da Cmara (29SNB8208); 3 Barranquinho (29SNB8420); 4 Ameijoafas-Paderne (29SNB7214); 5 Gorjes
(29SNB9211); 6 Cerro da guia-Rib. de Algibre (29SNB8315); 8 Cerro da Bemposta (29SNB9808); 9 Goldra (29SNB9009); 10 Guilhim (29SNB9407); 11 Cerro de S. Miguel
(29SNB0407); 12 Entre Momprol e Sobralinho (29SNB8312); 13 Alfarrobeirinha (29SNB9723); 14 e 15 Rocha da Pena (29SNB7924); 16 Amendoeira (29SNB9314); 17 Palhagueira
(29SNB9309).
O COBERTO VEGETAL
267
268
Fig. III/3.16 - Aspecto geral de um zambujal de Aro italici-Oleetum sylvestris no Pico Alto (Rocha de Messines).
73 - Vinco difformis-Ceratonietum siliquae (Martn, Diez-Garretas & Asensi 1992) Rivas-Martnez 2002
O COBERTO VEGETAL
Rondeo e Hispalense da Provncia Btica. Por fim, em 2002 (RIVAS-MARTEZ et al., 2002), segregam-se as comunidades 269
termomediterrneas do Sul Ibrico, sendo-lhes atribudo a designao Vinco difformis-Ceratonietum siliquae.
Sinfitossociologia: uma comunidade permanente, caracterstica de uma ambincia sub-hmida a hmida, que
apresenta como primeira etapa de substituio um carrascal, rico em elementos termfilos (e.g. Prasium majus,
Aristolochia baetica, Pistacia lentiscus, entre outras), filivel no Asparago albi-Rhamnion oleoidis. Nos estdios mais
degradados ocorre o xaral de Phlomido-Cistetum albidi e um tomilhal de Saturejo-Coridothymenion.
Variabilidade: Apesar do cortejo florstico se apresentar muito semelhante ao descrito por MARTIN-OSORIO, et al. (1992)
(Clematido-Ceratonietum siliquae phlomidetosum) e modificado em RIVAS-MARTEZ et al. (2002) para Vinco difformis-
Ceratonietum siliquae, a presena constante de Juniperus turbinata, ausente nas restantes comunidades, permite-
nos propor uma nova raa para os territrios mais ocidentais e meridionais da Pennsula Ibrica (Sector Algarviense):
juniperetosum turbinatae subass. nova (Typus associatio: Quadro III/LXXIV, inv.4).
Fig. III/3.17 - Aspecto geral de um alfarrobal sobre calcrios duros (Albufeira): Alfarrobal de Vinco difformis-
-Ceratonietum siliquae juniperetosum turbinatae, 2 Carrascal de Asparago albi-Rhamnetum oleoidis,
3 Arrelvados terofticos de Velezio rigidae-Astericetum aquaticae.
O COBERTO VEGETAL
270 Quadro III/LXXIV
Vinco difformis-Ceratonietum siliquae (Martn, Diez-Garretas & Asensi 1992) Rivas-Martnez 2002
juniperetosum turbinatae subass. nova
(Querco rotundifoliae-Oleion sylvestris, Quercion broteroi, Quercetalia ilicis, Quercetea ilicis)
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 R
rea m2 (1=10) 30 40 10 30 40 30 50 40 30 30 E
Altitude (1=10m) 19 8 38 7 27 45 8 7 26 20 S
Grau de cobertura (%) 40 50 40 80 30 40 95 90 90 80 E
Orientao S N S - N S N - N SE N
Declive () 10 60 60 - 60 60 10 - 15 15
N de espcies 20 19 19 28 24 26 32 19 30 23 A
N especfico mdio 24 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Ceratonia siliqua 3.3 3.4 3.4 4.4 2.2 3.3 3.4 4.4 3.3 3.3 V
Olea sylvestris 2.2 2.2 2.2 2.2 1.1 2.2 3.3 2.2 2.2 3.3 V
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 1.1 V
Aristolochia baetica + + 1.1 2.2 + 1.1 + 3.3 1.1 . V
Smilax aspera subsp. altissima 1.1 1.2 . 3.3 1.2 . 3.3 3.4 2.3 1.1 IV
Rubia peregrina longifolia + . 1.1 + . + 1.1 1.1 + + IV
Clematis cirrhosa . 2.2 + 3.3 1.1 1.1 . 1.1 1.1 . IV
Rhamnus alaternus . . + . 2.2 1.1 2.2 . 1.1 . III
Ruscus aculeatus . . . + . . +.2 +.2 +.1 . II
Quercus coccifera . . . . . + 1.1 . + + II
Daphne gnidium . . . . + + . . + + II
Lonicera implexa . . . . . . 2.2 1.1 . . I
Asparagus acutifolius . . . . . . 1.1 + . . I
Quercus rotundifolia . . . . . + . . . + I
Smilax aspera subsp. aspera . . . . . . 2.2 + . . I
Phillyrea angustifolia . . . . . . . + + . I
Phillyrea latifolia + . . . . . . . 1.1 . I
Clematis flammula . . . . . . . . . 2.2 +
Diferencial da subassociao
Juniperus turbinata 1.1 2.2 3.3 1.1 1.1 2.2 + + + . V
Companheiras
Rhamnus oleoides 1.1 + 1.1 + 1.1 1.1 2.2 2.2 + 2.2 V
Jasminum fruticans + + + + + 1.2 1.1 + 1.2 1.1 V
Asparagus albus 1.1 1.1 1.1 2.2 1.1 1.2 + 1.1 + 1.1 V
Chamaerops humilis 1.1 + + 1.1 1.1 + + + 2.2 2.2 V
Pistacia lentiscus + 1.1 1.1 2.2 2.2 +.1 2.2 . 2.2 3.3 V
Ruta chalepensis + + + + + + + . + + IV
Urginea maritima . + . + + + + . + 1.1 IV
Plhomis purpurea + + + . . . + + + + IV
Cistus albidus + + . . + . 1.1 . + + III
Elaeoselinum foetidum . 1.1 . 2.2 . . + . + . II
Prasium majus . . + . +.1 1.1 . . 1.1 . II
Polypodium cambricum . +.1 . + . + . +.2 . . II
Sedum sediforme . . + . + + + . . . II
Melica minuta . . . . + +.2 . . . + II
Myrtus communis . . . . . . . . . 1.1 +
Arbutus unedo . . . . . . . . . + +
Outros taxa: Antirrhinum onubensis + (5; 7); Arrhenatherum album +(1); Asparagus aphyllus 1.1(7); Asperula hirsuta + (4); Asplenium
ceterach +(6); Asphodelus ramosus + (6; 7); Calendula suffruticosa subsp. lusitanica + (5; 1); Carex hallerana +.2 (4); Asplenium ceterach
+(9); Cistus monspeliensis + (2); Cosentinia vellea + (7); Dorycnium pentaphyllum +(10); Elaeoselinum tenuifolium + (5); Genista
algarviensis + (9); Hyparrhenia hirta + (7); Lathyrus clymenum subsp angustifolia + (7); Lithodora lusitanica + (4); Lobularia maritima +
(4); Micromeria graeca +(9); Narcissus obesus +.1 (6); Osyris lanceolata + (4); Parietaria mauritanica +(4); Pistacia terebinthus + (1);
Rosmarinus officinalis + (1); Rumex induratus +(9); Satureja calamintha +(9); Sedum album var. micranthum +(6); Serratula lusitanica
+(4); Silene latifolia +(4); Smyrnium olusatrum +.1 (4); Stipa tenacissima + (7); Tamus communis 1.2 (3); Teucrium haenseleri +(10);
Thymbra capitata + (7); Umbilicus rupestris + (5; 3).
Localidades: 1 Penedos Altos (29SNB9016); 2, 8 Albufeira (29SNB6405); 3 e 6 Rocha da Pena (29SNB792310); 7 Algoz
(29SNB6512); 5 e 9 Amorosa (29SNB5923).
O COBERTO VEGETAL
+ Pistacio lentisci-Rhamnetalia alaterni Rivas-Martnez 1975 271
Matagais, brenhas e machias densos, pereniflio-esclerfilos, criadores de escassa sombra, mas formadores de hmus
mull florestal e indiferentes natureza qumica do substrato.
Segundo RIVAS-MARTNEZ et al. (1990) en territrios de ombroclima rido o semirido representan la clmax climtica,
pero en los de ombrotipo lluvioso slo representan comunidades permanentes en determinadas estaciones desfavorables
(arenales, espolones, etc.) si bien lo ms general es que tengan significado de etapas de substitucin de los bosques de
Quercetalia ilicis.
A sua distribuio essencialmente mediterrnea atingindo, como formao rliqua, os pisos mais trmicos da Regio
Eurosiberiana.
Caractersticas territoriais: Anagyris foetida, Asparagus albus, Bupleurum fruticosum, Ceratonia siliqua, Chamaerops
humilis, Coronilla juncea, Coronilla valentina subsp. glauca, Euphorbia characias, Euphorbia clementei, Jasminum
fruticans, Juniperus oxycedrus, Juniperus turbinata, Myrtus communis, Osyris alba, Osyris lanceolata, Phillyrea angustifolia,
Pinus halepensis, Pistacia lentiscus, Pistacia terebinthus, Prasium majus, Quercus coccifera.
75 - Asparago albi-Rhamnetum oleoides Rivas Goday 1959 in Rivas Goday, Borja, Esteve, Galiano, Rigual & Rivas-
-Martnez 1960
(Quadro III/LXXVI)
Sinecologia e Sinestrutura: Carrascal termomediterrneo, dominado por carrascos (Quercus coccifera) e lentiscos
(Pistacia lentiscus) e onde prosperam os espinheiros (Rhamnus oleoides) e os palmitos (Chamaerops humilis), entre
muitos outros elementos caractersticos de Pistacio-Rhamnetalia alaterni. Embora seja indiferente quanto natureza do
substrato, esta associao apresenta o seu ptimo sobre solos ricos em argilas em superfcies termomediterrneas de
ombroclima seco a sub-hmido.
O COBERTO VEGETAL
272 Quadro III/LXXV
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R
rea (m2) 300 300 400 400 300 400 300 400 400 E
Altitude (m) 250 100 450 100 80 240 80 240 70 S
Grau de cobertura (%) 85 90 65 60 85 90 60 30 85 E
Orientao ---- SE - S SW W S N S N
Declive () ---- 5 - 30 10 3 40 80 30
N de espcies 17 16 18 17 15 19 14 17 16 A
N especfico mdio 16,3 S
Caractersticas da associao
e unidades superiores
Pistacia lentiscus 3.3 3.3 2.2 1.1 2.2 3.3 2.2 2.2 3.3 V
Rhamnus oleoides 1.1 2.2 2.2 1.1 2.2 1.1 1.1 1.1 2.2 V
Juniperus turbinata 4.4 3.3 3.3 + 4.4 4.4 2.2 1.1 . V
Olea sylvestris 2.2 3.3 2.3 3.3 2.2 2.2 3.3 . 3.3 V
Jasminum fruticans + + + + + + + . + V
Ceratonia siliqua + + . 2.2 +.1 1.1 1.1 1.1 1.1 V
Chamaerops humilis . 1.1 + + + + 2.2 1.1 2.2 V
Aristolochia baetica + 1.1 1.1 + 1.1 + . + 1.1 V
Phlomis purpurea . + + + + + . . + IV
Asparagus albus . + . 1.1 1.1 . 2.2 1.1 1.1 III
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum . + 1.1 1.1 1.1 . . . . III
Prasium majus . . . + 1.1 . . +.1 1.1 III
Osyris lanceolata . . . . + . 1.1 . 2.2 II
Pistacia terebinthus . . + . . 1.1 . . . II
Lonicera implexa + . . . . . . . + II
Smilax aspera . . . . . . 1.2 1.2 . II
Rhamnus alaternus . . . . . . . 2.2 1.1 II
Phillyrea media . + . . . . . . . I
Daphne gnidium . . . . . . . + . I
Quercus coccifera . . . . . + . . . I
Asparagus aphyllus . . . . + . . . . I
Companheiras
Melica minuta + + + 1.1 + + . + + V
Urginea maritima + + + + . + . + . IV
Cistus albidus + + 1.2 . . + . + . III
Sedum sediforme + . . + . . + + . III
Cistus monspeliensis + + 1.2 . . + . . . III
Staehelina dubia . . . + . . + + + III
Rosmarinus officinalis 1.1 . . . . + . . . II
Thapsia villosa var. dissecta . . . + . + . . . II
Lathyrus clymenum + . . . . + . . . II
Elaeoselinum tenuifolium . . + . . . + . . II
Asphodelus ramosus . . + . . . . + . II
Narcissus gaditanus . . +.1 . . + . . . II
Hyparrhenia hirta + . . . . . + . . II
Colchicum lusitanicum . . 1.1 . . . . . . I
Tamus communis + . . . . . . . . I
Lavandula luisieri . . . . . . . . + I
Localidades: 1 Rocha da Pena (29SNB7923); 2 Albufeira (29SNB6405); 3 Amorosa (29SNB7923); 4 Boliqueime
(29SNB7911); 5 Paderne (29SNB7112); 6 Cabeo da Areia (29SNB8221); 7 Cabeo da Cmara (29SNB8208);
8 Esteveira (29SNB7518); 9 Espargal (29SNB7717).
O COBERTO VEGETAL
273
Fig. III/3.18 - Aspecto geral de um zimbral (Espargal): 1 Zimbral de Aristolochio baeticae-Juniperetum turbinatae, 2 Xaral de
Phlomido-Cistetum albidi, 3 Arrelvados terofticos de Velezio rigidae-Astericetum aquaticae.
O COBERTO VEGETAL
274
Quadro III/LXXVI
O COBERTO VEGETAL
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 R
rea (1=10m2) 30 30 30 30 30 30 20 30 20 30 30 40 40 50 30 30 40 40 20 E
Altitude (1=10m) 37 9 22 25 25 2 2.7 12 2.5 20 2.5 2.3 1.7 4.7 2 1 0.6 1 1.7 S
Grau de cobertura (%) 80 70 95 95 80 90 100 100 90 70 90 90 95 100 100 90 90 95 95 E
Orientao N S W N W S N N N SE W N S SW NE N N - W N
Declive () 3 3 15 10 20 15 5 15 10 15 15 5 5 3 10 5 5 - 5
N de espcies 15 11 16 17 17 23 25 16 22 15 18 32 23 25 22 28 30 20 18 A
N especfico mdio 20.7 S
Caractersticas da Associao
e unidades superiores
Pistacia lentiscus 2.2 3.3 3.3 2.2 2.2 3.3 2.2 3.3 2.2 2.2 2.2 1.1 2.2 1.2 + 2.2 2.2 2.2 2.2 V
Rhamnus oleoides 1.1 1.1 2.2 2.2 1.1 1.1 1.1 2.2 2.2 2.2 2.2 1.1 2.2 1.1 2.2 1.1 1.1 1.2 2.2 V
Olea sylvestris 2.2 3.3 3.3 3.3 2.2 1.1 1.1 2.2 2.2 2.2 . 2.2 2.2 2.3 2.2 2.2 2.2 2.2 1.1 V
Jasminum fruticans 1.1 1.1 2.2 2.2 1.1 + + + +.2 2.2 + 1.1 1.1 + . + 1.1 . . V
Juniperus turbinata 3.3 3.3 4.4 4.4 4.4 2.2 + 3.3 1.1 3.3 2.2 1.1 1.1 2.2 + 2.2 1.1 2.2 + IV
Phlomis purpurea + + + + + . + + . . + + + + + + + . . IV
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum + . 1.1 1.1 1.1 + 1.1 + 1.1 . . 2.2 1.1 2.2 + + 2.2 . . IV
Quercus coccifera . . . . . 4.4 5.5 + 4.4 . 4.4 4.4 4.4 5.5 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 IV
Chamaerops humilis . + . . . 1.1 + + +.2 . 2.2 + . + 1.1 2.2 + +.2 1.1 IV
Lonicera implexa . + 1.1 2.2 1.1 1.1 1.1 + . + 1.1 1.1 . . + + + . . IV
Daphne gnidium + . + . + + . . + . . 1.1 1.1 + + + + + IV
Pistacia terebinthus 1.1 . 1.1 1.1 1.1 . . + . 1.1 + . 1.1 . . + 1.1 . 1.1 III
Smilax aspera . . . +.2 . 2.2 3.3 . 1.1 . 1.1 2.2 +.1 +.1 2.2 2.2 + . . III
Ceratonia siliqua + . 1.1 2.2 2.2 . . 1.1 + 2.2 . 1.1 1.1 +.1 . . . . III
Quercus rotundifolia + . + . . + . . 1.1 + 1.1 . . +.1 . + 1.1 1.1 . III
Asparagus albus . 1.1 . . . . . + + 1.1 . . + . + + . . II
Phillyrea media 1.1 . . . 1.1 . + . . +.1 . + + . . . + . . II
Aristolochia baetica . + 1.1 . . . . 1.1 . 1.1 1.1 1.1 . . . . . . II
Phillyrea angustifolia . . . . . 1.1 . . . . . + 1.1 . . + . + II
Prasium majus . . . + 1.1 . . . . + . . . + . . + . . II
Clematis flammula . . . . . + 1.1 . + . 1.1 . . . . . . . II
Euphorbia clementei . . . . . . . + . . + . . . . . + + . II
Rhamnus alaternus . . . . . . . . 1.1 . . 1.1 . +.1 . . +.1 . . II
Rubia peregrina . . . . . . . . . + 1.1 . . 1.1 . + . . II
Anemone palmata . . . . . . . . . . . . + . . . 2.2 . . I
Asparagus acutifolius . . . . . . . . . . . . . + 1.1 . . . I
Myrtus communis . . . . . . . . . . . . . . . + + . . I
Osyris lanceolata . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2 2.2 I
Asparagus aphyllus . . . . . . . . . . . . . . . . . . + +
Phillyrea latifolia . . . . . . . . . . . + . . . . . . . +
Companheiras
Melica minuta + . . + 1.1 . 1.2 . 2.3 . + 1.1 + . + . + 1.2 +.2 IV
Rosmarinus officinalis + . + + + 1.1 . . + 1.1 . 1.1 . . . + . 1.1 III
Arbutus unedo . . . . . + 2.2 . 1.1 . . 1.1 + . . 1.1 2.2 . + III
Cistus monspeliensis . . . . . + + . + . . . + + + . . . . II
Cistus albidus . . + . . . + . + . . . . 1.1 + . + . . II
Sedum sediforme . + . . . . . . + . . + . +.1 + . . 1.2 . II
Carex hallerana . . . . . . 1.1 . . . . + . . + . . 1.2 . II
Lithodora lusitanica . . . . . . . . . . . . + . . . + + 1.1 II
Tamus communis . . . + + . . . . . . . . . . + + . . II
Lavandula luisieri . . . + . + . . . . . . . . . + . . . I
Serratula flavescens . . . . . . 1.1 . . . . . . . . . . +.2 +.2 I
Arrhenatherum album . . . . . . + . . . . . . . + . + . . I
Dianthus broteri . . . . . . . . +.2 . . 1.1 . . + . . . . I
Ruscus aculeatus . . . . . . . . . . +.2 + . . . . + . . I
Urginea maritima . . . + + . . . . . . . + . . . . . . I
Staehelina dubia . . . . . + + . . . . . . . . . . . . I
Ulex argenteus . . . . . + . . . . . . . . . + . . . I
Antirrhinum onubensis . . . . . . . . + . . + . . . . . . . I
Hyacinthoides hispanica . . . . . . . . . . . . . 1.2 . + . . . I
Thapsia maxima . . . . . . + . . . . + . . . . . . . I
Iris xiphium . . . . . . . . . . . . + . . . . . + I
Ranunculus gramineus var. luzulifolius . . . . . . . . . . . . . . + . + . . I
Lathyrus clymenum . . + . . . . + . . . . . . . . . . . I
Asperula hirsuta . . . . . . . . . . . . . . . + . . . +
Ruta chalepensis . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.1 . +
Stipa tenacissima . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2 . +
Elaeoselinum foetidum . . . . . . . . . . . . . 1.1 . . . . . +
Thymus lotocephalus . . . . . + . . . . . . . . . . . . . +
Bellevalia hackelii . . . . . . + . . . . . . . . . . . . +
Teucrium haenseleri . . . . . . . . . . . . . . . . 1.1 . . +
Thymbra capitata . . . . . . . . . . . . . . . + . . . +
Outros taxa: Aristolochia paucinervis + (16); Bupleurum rigidum subsp. paniculatum; Centaurium erythraea + (18); Ferula communis + (14); Leuzea conifera + (19); Magydaris panacifolia
+.2 (7); Narcissus calcicola +.1 (14); Osyris alba + (6); Polypodium cambricum +.1 (14); Rumex intermedius subsp. lusitanicus+ (15); Rumex sp. + (12); Satureja calamintha + (12); Scilla
peruviana + (16); Serapias parviflora + (12); Serratula baetica subsp. lusitanica +.2(18); Thapsia villosa var. disecta + (12).
Localidades: 1 - Cabeo da Areia (29SNB8221); 2 - Algoz-Afonso Vaz (29SNB6217); 3 - Esteveira (29SNB7518); 4 - Espargal (29SNB7717); 5 - Alto Lavagim (29SNB7519); 6 - Arrifes (Pereiro)
(29SPB0511); 7 - Guilhim (29SNB9608); 8 - Cabeo da Cmara (29SNB8208); 9 - Pico Alto (29NSB6724); 10 - Cabea Aguda (29SNB7317); 18 - Foral (29SNB6617); 11 - Tunes (29SNB6713);
12 - Rocha de Messines (29SNB6823); 13 - Alte-Monte Brito (29SNB7119); 14 - Rocha da Pena (29SNB7923); 15 - Estela Montes (29SNB 7714); 16 - Rapozeira (29SNB8615); 17 - Tavira
(29SPB1513); 18 - Foral (29SNB6617); 19 - Zimbreira (29SNB6122).
O COBERTO VEGETAL
275
276
Fig. III/3.19 - Aspecto geral de um zimbral e de um carrascal (Rocha da Pena): 1 Zimbral de Aristolochio baeticae-Juniperetum
turbinatae, 2 Asparago albi-Rhamnetum oleoidis, 3 Xaral de Phlomido-Cistetum albidi, 4 Arrelvados terofticos de Velezio
rigidae-Astericetum aquaticae, 5 Cascalheiras de Phagnalo saxatilis-Rumicetum indurati distichoselinetosum tenuifoliae.
Sincorologia: Ainda que esta comunidade apresente o seu ptimo na Provncia Lusitano-Andaluza Litoral, tambm
irradia para a Provncia Provncia Btica e Ibrica Ocidental.
Sinfitossociologia: No territrio estudado representam a primeira etapa de substituio dos azinhais termomediterrneos
seco a sub-hmidos de Rhamno-Quercetum rotundifoliae e alfarrobais de Vinco difformis-Ceratonietum siliquae
juniperetosum turbinatae, bem como a alterao acentuada dos zimbrais de Aristolocho baeticae-Juniperetum turbinaae.
Todavia, nas reas de ombroclima sub-hmido a hmido, cuja potencialidade um azinhal com um carcter mesoftico
mais acentuado, este carrascal enriquece-se em elementos como Arbutus unedo, Viburnum tinus, entre outros,
correspondendo a uma variante mesoftica.
O COBERTO VEGETAL
277
Para o estudo da dinmica da vegetao do territrio e sua disposio na paisagem, seguimos, sobretudo, os trabalhos
de RIVAS-MARTNEZ (1976 & 1987) e GHU & RIVAS-MARTNEZ (1981). Tomando por base o conhecimento florstico
e ecolgico das distintas comunidades vegetais do Barrocal, foi possvel entrar num segundo nvel de estudo atravs
das semelhanas espaciais dos agrupamentos vegetais, ligados pela dinmica, no interior de uma mesma srie de
vegetao (Sigmetum ou sinassociao) e ainda num terceiro nvel atravs da anlise dos fenmenos catenais, bem
como das sequncias espaciais determinadas e repetitivas, que ocorrem nas unidades fitotopogrficas de paisagem
(geosigmetum ou geossrie).
3.4.1- Sinfitossociologia
Tambm conhecida por Fitossociologia Dinmica, esta cincia ecolgica analisa e define a paisagem, apresentando
como unidade tipolgica o Sigmetum, que igualmente considerado como srie de vegetao ou sinassociao.
Conceito proposto por RIVAS-MARTNEZ (1976), o sigmetum representa todo o conjunto de comunidades vegetais ou
estdios que se podem observar num espao fsico homogneo (tessela), como resultado do processo da sucesso,
tanto regressiva como progressiva (RIVAS-MARTNEZ, 1996) Assim, a srie inclui o tipo de vegetao representativo
da etapa madura, ou cabea de srie, as comunidades iniciais ou subseriais que a substituem, bem como os espaos
ocupados pelas comunidades existentes e os factores mesolgicos que configuram os seus habitats.
Para a sua denominao substitui-se no binmio fitossociolgico da etapa madura, a declinao etum por eto,
acrescentando-se a palavra sigmetum que vem acompanhada de uma frase identificativa que inclui os factores ecolgicos,
biogeogrficos e edficos mais significativos, bem como a espcie dominante da cabea de srie ou etapa madura.
Embora se reconheam vrias unidades no mbito de cada srie de vegetao, que vo desde a variante, ou faciao,
at hipersrie, no territrio estudado apenas consideramos no nvel superior as sries. Por conseguinte, expomos,
ainda que de forma sinttica, as sries de vegetao climatfilas e edaffilas, reconhecidas na superfcie estudada, com
os diferentes estadios de vegetao e taxa mais representativos.
No estudo das sries, efectuaram-se vrios sigmainventrios em territrios homogneos do ponto de vista dinmico,
que se apresentam agrupados em quadros, transpondo a metodologia sigmatista que utiliza os ndices de abundncia-
dominncia proposto por BRAUN-BLANQUET, bem como de uma simbologia informativa, sobre a distribuio espacial
de cada agrupamento, seguindo os critrios de GHU & RIVAS-MARTNEZ (1981) e GHU (1991), que seguidamente se
indicam (Quadro III/4.1).
O COBERTO VEGETAL
278
Quadro III/LXXVII
O COBERTO VEGETAL
P
N de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 R
rea (1=10m2) 30 30 30 30 30 30 20 4 30 40 30 40 30 40 40 30 30 30 40 E
Altitude (1=10m) 34 20 19 23 22 22 21 36 40 26 20 5 30 28 23 24 38 38 12 S
Grau de cobertura (%) 70 95 85 95 100 100 95 100 100 100 95 100 90 95 100 100 100 95 100 E
Orientao N SW N N N N NE E N NE NW N N N E N N N NW N
Declive () 15 10 20 15 15 20 25 30 15 15 20 10 20 10 10 15 20 20 15
N de espcies 32 28 31 33 30 29 31 34 30 27 34 29 37 32 31 29 27 34 35 A
N especfico mdio 31.2 S
Caractersticas de associao
e unidades superiores
Arbutus unedo 4.4 4.4 4.4 4.5 4.4 4.4 5.5 4.4 4.5 4.4 4.4 4.3 4.4 5.4 4.4 4.4 4.4 4.4 4.4 V
Pistacia lentiscus + 1.1 3.3 2.2 2.2 1.1 1.1 2.3 + 1.1 1.1 1.2 2.2 1.1 2.2 2.2 2.2 2.2 + V
Arisarum vulgare subsp. simorrhinum 1.1 1.1 + 1.1 1.1 1.1 + 1.1 1.1 1.1 1.1 + 1.1 1.1 2.2 2.2 2.2 2.2 1.1 V
Viburnum tinus 1.1 3.3 1.1 2.2 1.1 3.3 3.4 2.2 2.3 2.2 3.3 2.2 1.1 3.3 1.1 2.2 3.3 4.4 4.4 V
Rhamnus oleoides + . 2.2 + 1.1 2.2 + 1.2 + + 1.1 . 2.2 + 2.2 1.1 1.1 2.2 1.1 V
Quercus coccifera . 2.2 2.2 2.2 1.2 + 1.1 2.2 + . 3.3 + 2.2 2.4 2.2 2.2 2.2 1.1 1.2 V
Smilax aspera var. aspera . 2.2 2.2 2.2 1.1 2.2 1.1 1.1 1.1 1.1 . 1.1 2.2 + 1.1 + 2.2 2.2 1.1 V
Rubia peregrina + . + + + + + + . 2.1 + + 2.2 + 1.1 1.1 1.1 1.1 + V
Aristolochia baetica + . 1.1 + 1.1 1.1 . 1.1 + + . 1.1 + . + 1.1 + + 1.1 IV
Lonicera implexa +.1 2.2 1.1 2.2 2.2 1.1 + . . + 2.2 1.2 1.1 . . 1.1 + 2.2 1.2 IV
Phillyrea angustifolia + 1.1 2.2 2.2 + 1.1 1.1 1.1 1.1 . 1.1 . + + + . . . 2.2 IV
Daphne gnidium . + + . + + . + + + + + . . . + + + + IV
Clematis flammula + 2.2 . . 1.2 2.2 . 1.1 . . 2.2 . 2.2 + 1.1 2.2 2.2 2.2 1.1 IV
Olea sylvestris . . + 1.1 2.2 2.2 + *.2 + . 1.1 + 1.1 . 2.2 . . + 1.1 IV
Quercus broteroi . 1.1 + 1.1 . 2.2 + 1.1 1.1 + . . 1.1 + . . 1.1 2.2 + IV
Phlomis purpurea . + + + + + + + + . + . + . + + . + . IV
Chamaerops humilis + 1.1 2.2 1.1 + + 1.1 2.2 + . . . + + . . . . + IV
Ceratonia siliqua + . 2.2 + 1.1 . 1.1 1.2 1.1 . 1.1 + 1.1 . . . + . + IV
Bupleurum fruticosum . . 1.1 . 2.2 2.2 . + . + . 2.2 + + . . + 1.1 1.1 III
Osyris lanceolata + . 2.2 + + . . . . . 1.1 1.1 + . 1.1 . . . + III
Juniperus turbinata . . . . . . . . . + 1.1 1.1 . + + 1.1 + 1.1 1.1 III
Rhamnus alaternus + + + + 2.2 . . . . . 1.1 + 2.2 . . . . . . III
Pistacia terebinthus . . + . + . . . . 1.1 1.1 . . . 2.2 . 1.1 2.2 + III
Asparagus acutifolius . . . . + . . +.2 . . . + + + . + . + . II
Jasminum fruticans . . . . 1.1 . . +.2 . . 2.2 + 1.1 . +.2 . . . 1.1 II
Euphorbia clementei . . . + 1.1 . + + + . . . + . 1.1 . . . . II
Phillyrea media . . . . + 2.2 . . . . . . . . 1.1 +.1 . 1.1 1.1 II
Lonicera etrusca . . . . . . . + + . . . . . . . . . . I
Prasium majus . . . . + . . . . . . . . . . . . + . I
Osyris alba . . . . . . + . +.2 . . . . . . . . . . I
Coronilla glauca . . . . . . . . . + . . . + . . . . . I
Myrtus communis . . . . . . . . . . + . . . . . . + . I
Asparagus albus . . . . . . . . . . . . . . . . . . + +
Companheiras
Hyacinthoides hispanica 1.1 . + + . 1.1 1.1 + 2.2 . . 1.1 1.1 1.1 2.2 2.2 1.1 2.2 1.1 IV
Genista algarbiensis + . + + + . . +.2 + . + + + + + + + . . IV
Smilax aspera var. altissima 1.1 1.1 1.1 3.3 . 2.2 . 1.1 2.2 1.1 +.1 . . 1.1 2.2 1.1 . . 2.2 IV
Paeonia broteroi . 1.1 . + . 1.1 . + . 2.1 + . 1.1 r . 2.2 1.1 1.1 + IV
Ruscus aculeatus +.2 . +.2 . . . 1.1 +.2 . 1.2 . + . +.2 +.2 2.2 +.2 +.2 1.2 IV
Quercus rotundifolia 1.2 + . + + . . . + 1.1 + + + r + 2.2 . . . IV
Carex hallerana +.1 + . . . . + 1.2 +.2 . + + + i.2 . . . + + III
Scilla peruviana + 2.2 + 1.1 1.1 2.2 1.1 + + . . 1.2 + . . . . . . III
Picris algarbiensis . . + + . + + + + + . . + + . . . +.2 . III
Quercus faginea . + . + . 1.1 . . + . . . + + . + + + + III
Tamus communis + . . + 1.2 . . +.2 . 1.1 1.1 . 1.1 . 1.1 1.1 . 1.1 . III
Salvia sclareoides + + + + . . + . + . . + + + . . . . . III
Melica minuta . + + . . . + +.2 . . + . . . +.2 . . . + II
Lithodora lusitanica . + . . . + + . + . + . . . . . . + + II
Rosmarinus officinalis . . + + . + . . . . + . + . . + . . + II
Epipactis lusitanica . . . . . . . + . + . . + + . . 1.1 + . II
Narcissus calcicola +.1 . . . . . . . . + . . . +.2 . . 1.2 + . II
Thapsia villosa var. dissecta . + . . . . + . + . . . . . + + . . . II
Teucrium scorodonia subsp. baeticum . . . . . . . . . + . . . + . . 1.1 + . II
Ulex argenteus + + . . . . + . . . . . . . . . . . + II
Cheirolophus sempervirens 1.2 + . . . . 2.2 . . . . . 1.1 . . . . . . II
Urginea maritima + . . . . . . . . . + + . . + . . . . II
Lavandula luisieri . . . . . + . . . . + . . . + + . . . II
Staehelina dubia + . + + . . . . . . + . . . . . . . . II
Asplenium onopteris . . . . . . . . . 1.2 . . . + . . + . . I
Asplenium ceterach . . . . . . . . . . . . . . . . + + . I
Bunium bulbocastanum . . . . . . + + . . . . . . . . . . . I
Cistus albidus + . . . . . . . . . . + . . . . . . . I
Rubus ulmifolius . . . . . . . . . +.1 . + . . . . . . . I
Vinca difformis . . . . . . 1.1 . . . . . . . . 1.1 . . . I
Campanula rapunculus . . . . . + . . . . . . . . + . . . . I
Colchicum lusitanum . . . . . . . . . . 1.1 . . . 1.1 . . . . I
Anemone palmata . . . . . . . . . . . + + . . . . . . I
Selaginella denticulata . . . . . . . . . . . . . +.2 . . . . +.2 I
Serratula leucantha . + . 1.1 . . . . . . . . . . . . . . . I
Outros taxa: Bellevalia hackelii + (14); Brachypodium phoenicoides 1.2 (1); Narcissus gaditanus 1.1(1); Neotinea maculata +(7); Origanum virens +.2(10); Phagnalon saxatile +(11); Polypodium
cambricum +(10); Polypodium interjectum +(1); Quercus canariensis + (16); Sanguisorba minor subsp. spachiana +(7); Serratula baetica subsp. lusitanica +(16); Sideritis lusitanica +(4);
Thapsia garganica +(9).
Localidades: 1 - S. Miguel (29SPB0406); 2 - Almarjo (29SNB9215); 3 - Machados (29SNB9810); 4 - Entre Carvalhal e Amendoeira (29SNB9014); 5 - Estoi (29SNB9809); 6 - Fonte Benmola
(29SNB8818); 7 - Amendoeira (29SNB9215); 8 - Amendoeira (29SNB9215); 9 - S. Romo (29SNB9414); 10 - Rocha da Pena (29SNB7924); 11 - S. Brs de Alportel (29SNB9214) ; 12 - Tigarral
(29SNB7211); 13 - Botelho-Loul (29SNB9611); 14 - Rocha da Pena (29SNB7924); 15 - Espargal-Alte (29SNB7718); 16 - Benafim-Julia (29SNB7421); 17 e 18 - Rocha da Pena (29SNB7924); 19
- Rib. de Algibre-Estela Montes (29SNB7813).
O COBERTO VEGETAL
279
280 Quadro III/4.1
Tipo Smbolo
Espacial {
Linear /
Pontual
Espacial-pontual ~
Linear e pontual /
Espacial-linear
Disjunta ;
Segundo RIVAS-MARTNEZ (1996), as sries climatfilas desenvolvem-se em solos que apenas recebem gua das
chuvas (domnios climcicos). Para cada srie representada no territrio estudado, apresenta-se a dinmica sucessionista
(natural ou semi-natural) das comunidades que ocorrem na superfcie tesselar, devidamente ilustrada com esquemas
dinmicos e quadros de sigmainventrios.
I - Srie climatfila rliqua, algarviense, termomediterrnea sub-hmida a hmida, de Quercus faginea subsp.
alpestris: Querceto alpestris-broteroi Sigmetum
Srie rliqua de carvalhal marcescente, termomediterrnea, prpria de materiais calcrios margosos do Barrocal algarvio,
sob ombroclima sub-hmido a hmido, exclusiva do Algarve.
Face continuada e forte aco antrpica verificada nestas formaes de antanho, apenas restam alguns fragmentos
que se refugiam, particularmente, nos locais menos acessveis e de maior declive.
O bosque climcico ou etapa madura, corresponde a um carvalhal marcescente denso e pluriestratificado, dominado
por vrias espcies do gnero Quercus, dos quais se destaca Quercus faginea subsp. broteroi e Quercus faginea subsp.
alpestris, entre outros. No sub-bosque abundam vrios arbustos latiflios e lianas como Clematis flammula, Hedera helix,
Aristolochia baetica e Smilax aspera var. altissima.
Fig. III/4.1 - Srie termomediterrnea, rliqua algarviense sub-hmida a hmida, basfila de Querceto alpestris-broteroi
Sigmetum: 1 Carvalhal de Quercetum alpestris-broteroi; 2 Medronhal de Aristolochio baeticae-Arbutetum unedonis;
3 Siderito lusitanicae-Genistetum algarbiensis; 4 Tomilhal de Thymo-Coridothymetum capitati; 5 Arrelvados vivazes
de Galio concatenati-Brachypodietum phoenicoidis; 6 Arrelvados terofticos de Velezio rigidae-Astericetum aquaticae.
O COBERTO VEGETAL
A orla e primeira etapa de substituio destes carvalhais corresponde a um medronhal mesoftico de Aristolochio 281
baeticae-Arbutetum unedonis, rico em Viburnum tinnus que, por vezes, aproveitado para a produo de aguardente de
medronho, atravs da fermentao dos seus frutos.
Como resultado do corte dos carvalhais e medronhais comum observarem-se nestas paisagens os tojais e tomilhais
de Saturejo-Coridothymenion: Siderito lusitanicae-Genistetum algarbiensis e Thymo lotocephali-Coridothymetum capitati.
Nos solos mais descarbonatados estes tojais cedem a sua posio aos xarais de Phlomido purpureae-Cistetum albidi.
Por outro lado, os arroteamentos sucessivos conduzem ao aparecimento das comunidades herbceas terofticas filiveis
na associao Velezio-Astericetum que por pastoreio evolucionam para as pastagens de Medicagini rigidulae-Aegilopetum
geniculatae ou, nos solos mais pisoteados, para as comunidades de Trifolio subterranei-Plantaginetum serrariae.
Quadro III/4.2
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 R
Altitude mdia (m.s.m.) (1=10) 30 30 30 20 30 25 30 35 40 40 E
rea (ha) 40 50 50 40 30 40 50 30 20 30 S
Cobertura 85 90 90 100 90 95 95 95 90 95 E
Exposio dominante N N N N N N N N NE N N
Inclinao dominante 15 15 20 25 20 20 25 30 30 30
A
S
Caractersticas de Sigmetum
Quercetum alpestris-broteroi + + 1 ~ 1 { 1 ~ + ~ + 2 ~1 ~ 2 ~ V
Aristolochio baeticae-Arbutetum unedonis + 3 ~ 4 { 4 { 3 ~ 2 ~ 4 { 4 ~3 ~ 4 ~ V
Thymo lotocephali -Coridothymetum capitati 4 ~ 2 ~ 3 ~ 3 ~ 4 ~ 4 { 3 ~ 3 ~3 ~ 3 ~ V
Galio concatenati-Brachypodietum phoenicoidis + + + + + ~ + / + ~ + + + V
Velezio rigidae-Astericetum aquaticae 1 ~ 1 ~ 1 ~ 1 ~ 1 1 ~ + ~ + ~1 ~ + ~ V
Rhamono oleoidis-Quercetum rotundifoliae 1 { 1 ~ + + + 1 ~ + . 1 ~ 1 ~ V
Picrido algarbiensis-Cheirolophetum sempervirentis . + + / + / + / + / + / + / + + / V
Companheiras
Geranio-Theligonetum cynocrambis + + + + + + + + + + V
Parietario-Galion muralis + + + + + + + + + + V
Asparago albi-Rhamnetum oleoidis 4 { 3 ~ 1 ~ . + ~ 1 ~ 1 ~ . 1 ~ . IV
Polypodion serrati . + + + . . + + + + IV
Trifolio-Plantaginetum serrariae . . + + + + + . . + III
Medicagini-Aegilopetum geniculatae . . + ~ + + ~ + ~ + . . + III
Bartramio-Polypodion serrati . . . + . . + + + + III
Urtico membranaceae-Smyrnietum olusatri . . . . . . + + + + II
Aristolochio baeticae-Juniperetum turbinatae . . . . . . + + + + / II
Comunidade de Serratula lusitanica + / . . + + . . . . . II
Phagnalo-Rumicetum indurati . . . . . . . + + + II
Hornungio-Linarietum haenseleri . . . . . . . + + + II
Phlomido purpureae-Cistetum albidi . . . . . + + ~ . + . II
Sedetum micrantho-sediformis . . . . . . . . . + +
Comunidade Smyrnium perfoliatum . . . . + . . . . . +
Localidades: 1 Cabea aguda (29SNB7317); 2 Espargal (29SNB7717); 3 Rocha dos Soidos (29SNB7523); 4 Rib. das Mercs
(29SNB9215); 5 Cerro do Malho (29SNB9809); 6 Botelho (29SNB8410); 7 Cerro da Zorra 29SPB0407); 8 Rocha de Messines
(29SNB6923); 9 Almarjo (29SNB9215); 10 Rocha da Pena (29SNB8024)..
O COBERTO VEGETAL
282 Quadro III/4.3
Com o aproveitamento agrcola destes zambujais o estrato edfico de hmus desaparece, aflorando as argilas
ricas em calcrio activo, facto que favorece o desenvolvimento dos tojais de substituio, filiveis na Saturejo-
-Coridothymenion, dominados por Genista hirsuta subsp. algarbiensis e Thymbra capitata, correspondendo terceira
etapa de substituio.
Nas clareiras destes bosques, sobre solos frescos e umbrfilos, ocorrem frequentemente algumas manchas de arrelvados
vivazes, dominados por Brachypodium phoenicoides, pertencente associao Galio concatenati-Brachypodietum
phoenicoidis (Quadros III/4.4 e III/4.5).
Por outro lado os arroteamentos sucessivos conduzem ao aparecimento das comunidades herbceas terofticas filiveis
na associao Velezio-Astericetum que, por pastoreio moderado, evolucionam para as pastagens de Medicagini rigidulae-
-Aegilopetum geniculatae ou, nos solos mais pisoteados, para as comunidades de Trifolio subterranei-Plantaginetum serrariae.
H semelhana da srie anterior, se o pastoreio no significativo e as mobilizaes so peridicas instalam-se as
comunidades primocolonizadoras de Thymbra capitata, do mbito do Thymo lotocephali-Coridothymetum capitati, que
se enriquecem com o tomilho endmico Thymus lotocephalus, particularmente sobre solos franco-limosos.
O COBERTO VEGETAL
283
Quadro III/4.4
P
N de Ordem 1 2 R
Altitude mdia (m.s.m.) 1=10 30 30 E
rea (ha) 10 20 S
Cobertura 85 90 E
Exposio dominante S N N
Inclinao dominante 30 15
A
S
Caractersticas de Sigmetum
Aro italici-Oleetum sylvestris 4 ~ 3 ~ 2
Asparago-Rhamnetum oleoidis 3 { 3 ~ 2
Thymo lotocephali-Coridothymetum capitati 3 ~ 2 ~ 2
Galio concatenati-Brachypodietum phoenicoidis + + 2
Velezio rigidae-Astericetum aquaticae 1 ~ 1 ~ 2
Aristolochio baeticae-Arbutetum unedonis . + 1
Companheiras
Trifolio-Plantaginetum serrariae 1 ~ 1 ~ 2
Medicagini-Aegilopetum geniculatae 1 ~ 1 ~ 2
Urtico smirnietum-Smyrnietum + + 2
Comunidade de Serratula lusitanica . + / 1
O COBERTO VEGETAL
284 Quadro III/4.5
III - Srie climatfila e edafoxerfila, btica e algarviense, termomediterrnea seca a sub-hmida, calccola e calco-
-dolomtica da azinheira (Quercus rotundifolia): Rhamno oleoidis-Querceto rotundifoliae Sigmetum, faciao
algarviense com Juniperus turbinata.
Apesar de ocupar uma extenso considervel no territrio estudado, da tapa climcica desta srie apenas existem
pequenas manchas, sobretudo em locais mais acidentados e de substrato pedregoso, onde o azinhal se encontra em
bom estado de conservao. Nestas manchas o bosque climcico corresponde ao azinhal de Rhamno oleoidis-Querceto
rotundifoliae juniperetosum turbinatae, bem estratificado e rico em arbustos e lianas termfilas, que dominado pela
azinheira (Quercus rotundifolia). Alm desta quercnea o bosque rico em Ceratonia siliqua (alfarrobeira), Olea
europaea var. sylvestris (zambujeiro), Chamaerops humilis (palmeira-an ou palmito), Juniperus turbinata (zimbro),
Pistacia terebinthus (cornalheira), entre muitas outras. A presena neste bosque de inmeras lianas como Aristolochia
baetica, Smilax aspera var. altissima (salsaparrilha-bastarda), Rubia peregrina (agarra-saias) e Clematis flammula torna-o
frequentemente impenetrvel.
A destruio do coberto arbreo conduz este bosque a um machial de Asparago albi-Rhamnetum oleoidis, dominado por
Quercus coccifera (carrasco), Pistacia lentiscus (aroeira), Rhamnus oleoides (espinheiro-preto), Lonicera implexa
(madressilva), Smilax aspera var. aspera (salsaparrilha), entre outras. Este machial representa a primeira etapa de
substituio desta srie (Quadros III/4.6 e III/4.7).
Porm, se ocorrer a eliminao do coberto arbreo e arbustivo os machiais cedem a sua posio, nos solos ricos
em calcrio activo, aos tojais/tomilhais de Saturejo-Coridothymenion, onde se destaca Thymbra capitata (tomilho-de-
-creta) e Genista hirsuta subsp. algarbiensis (tojo) e nos solos descarbonatados, aos xarais de Phlomido-Cistetum
albidi, cuja dominncia pertence a Cistus albidus (roselha-grande), Cistus monspeliensis (sargao) e Phlomis
purpurea (marioila).
Nas clareiras destas comunidades arbustivas bem como nas reas desmatadas surgem os arrelvados terofticos filiveis
na associao Velezio-Astericetum que por pastoreio moderado do origem s pastagens de Medicagini rigidulae-
-Aegilopetum geniculatae ou, nos solos mais pisoteados, s comunidades de Poo bulbosae-Astragalion sesamei.
A manuteno do pastoreio moderado, sobretudo nos solos margosos ou ricos em calcrio activo, favorece tambm o
aparecimento e implementao das comunidades de herbceas vivazes dominadas pelo hemicriptfito Brachypodium
phoenicoides, filiveis no Galio concatenati-Brachypodietum phoenicoidis.
Particularmente nos solos calcrios descarbonatados, geralmente em solos pouco evolucionados, onde os afloramentos
rochosos de calcrios dolomticos so abundantes, desenvolvem-se comunidades terofticas efmeras de fenologia
primaveril precoce, filiveis na associao Hornungio petraeae-Linarietum haenseleri.
Em ambientes termfilos e com alguma nitrificao, vivem comunidades de gramneas vivazes, dominadas por
Hyparrhenia hirta, em solos margosos e profundos, e Hyparrhenia sinaica, em solos esquelticos e descarbonatados.
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/4.6
P
N de Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 R
Altitude mdia (m.s.m.) 1=10 35 20 10 10 5 30 25 15 20 30 15 E
rea (ha) 40 40 10 50 20 30 40 30 20 40 40 S
Cobertura 90 80 85 80 90 90 90 80 80 80 95 E
Exposio dominante NE E S S --- N S NE SW SW N N
Inclinao dominante 30 20 15 15 --- 20 15 25 20 20 20
A
S
Caractersticas de Sigmetum
Rhamno oleoidis-Quercetum rotundifoliae juniperetosum turbinatae 4 ~ + + + 1 ~ + 1 ~ 1 ~ 1 ~ + + ~ V
Asparago-Rhamnetum oleoidis juniperetosum turbinatae 2 ~ 4 { 4 { 4 ~ 4 ~ 4 ~ 4 ~ 4 ~ 4 ~ 3 ~ 1 ~ V
Velezio rigidae-Astericetum aquaticae 1 ~ 2 ~ 1 ~ 2 ~ 1 ~ 2 ~ 1 ~ 1 ~ 2 ~ 1 ~ 1 ~ V
Thymo lotocephali -Coridothymetum + . 4 ~ 3 ~ + . 3 ~ 2 ~ 4 ~ 3 ~ 4 { V
Andropogonetum-pubescentis bellevalietosum hackelii . + + + . + + + 1 ~ + + V
Phlomido-Cistetum albidi 1 ~ 3 { 3 { + 2 ~ 3 ~ + + IV
Galio-Brachypodietum phoenicoidis . . + + ~ . . + + + + + IV
Bellevalio-Stipetum tenacissimae . . . . 1 + + + + + III
Carici-Hyparrhenietum hirtae daucetosum maximi . . . . . . . . 1 { + + II
Companheiras
Geranio-Theligonetum cynocrambis + + + + + + + + + + + V
Parietario-Galion muralis + + + + + + + + + + + V
Trifolio-Plantaginetum serrariae . . . + . + + + + + + V
Medicagini-Aegilopetum geniculatae + 1 ~ 1 ~ + + ~ . + ~ 1 ~ 2 ~ + ~ . V
Comunidade de Asplenium petrarchae . . . . . + + . . + + II
Vinco-Ceratonietum siliquae 1 ~ . + . . . . + . + II
Aristolochio-Juniperetum + / + + . . . . + . . . II
Polypodion serrati . . . . + + + + . . . II
Aristolochio-Arbutetum + . . . . . . . . + 2 ~ II
Hornungio-Linarietum haenseleri + . . + . . + . . . . II
Comunidade de Serratula lusitanica . . . + . . . . + + . II
Phagnalo-Rumicetum indurati + . . . . . . . . . . +
Bartramio-Polypodion serrati + . . . . . . . . . . +
Quercetum alpestris-broteroi + . . . . . . . . . . +
Urtico-Smyrnietum + . . . . . . . . . . +
Sedetum micrantho-sediformis + . . . . . . . . . . +
Localidades:1 - Rocha da Pena (29SNB8023); 2 - Cabea aguda (29SNB7317); 3 - Cerro dos Fatos (29SNB); 4- Paderne (29SNB7112); 5 - Estmbar (29SNB4512); 6 - Barrocal
O COBERTO VEGETAL
(29SNB8514); 7- Gralheira (29SNB9215); 8-Cabeo da Cmara (29SNB8208); 9- Alfeio (29SNB8313); 10-Goldra (29SNB8809); 11-Cerro de S. Miguel (29SPB0407).
285
286
Fig. III/4.3 - Srie climatfila e edafoxerfila, btica e algarviense, termomediterrnea seca a sub-hmida, calccola e calco-
dolomtica da azinheira (Quercus rotundifolia): Rhamno oleoidis-Querceto rotundifoliae Sigmetum, faciao algarviense
com Juniperus turbinata: 1 Azinhal de Rhamno oleoidis-Quercetum rotundifoliae juniperetosum turbinatae; 2 Carrascal
de Asparago-Rhamnetum oleoidis; 3 Xaral de Phlomido-Cistetum albidi; 4 Siderito lusitanicae-Genistetum algarbiensis; 5
Arrelvados vivazes de Galio concatenati-Brachypodietum; 6 Tomilhal de Thymo-Coridothymetum capitati; 7 Arrelvados
terofticos de Velezio-Astericetum aquaticae.
Quadro III/4.7
Quercus rotundifolia
Smilax aspera var.altissima
Rhamno oleoidis-Quercetum
Olea europaea var. sylvestris
Bosque de azinhal rotundifoliae juniperetosum
Clematis flammula
turbinatae
Aristolochia baetica
Juniperus turbinata
Asparagus albus
Ceratonia siliqua
Machiais Asparago albi-Rhamnetum oleoidis Rhamnus alaternus
Quercus coccifera
Chamaerops humilis
Rosmarinus officinalis
Matos de substituio Phlomido-Cistetum albidi Cistus albidus
Cistus monspeliensis
Asteriscus aquaticus
Arrelvados anuais Velezio-Astericetum
Cleonia lusitanica
O COBERTO VEGETAL
287
Nas clareiras e orlas destas comunidades, frequente observarem-se os arrelvados terofticos de Velezio-Astericetum
(Quadros III/4.10 e III/4.11).
O COBERTO VEGETAL
288 Quadro III/4.8
P
N de Ordem 1 2 1 R
Altitude mdia (m.s.m.) 1=10 30 5 35 E
rea (ha) 20 10 40 S
Cobertura 70 75 60 E
Exposio dominante N S S N
Inclinao dominante 15 15 30
A
S
Caractersticas de Sigmetum
Vinco difformis -Ceratonietum siliquae juniperetosum turbinatae 3 3 ~ 3 3
Thymo-Coridothymetum capitati 2 ~ 2 ~ + 3
Velezio-Astericetum 1 ~ 1 ~ 1 ~ 3
Phlomido-Cistetum albidi 1 ~ 1 ~ 1 ~ 3
Geranio-Theligonetum cynocrambis + + + 3
Andropogonetum-pubescentis bellevalietosum hackelii . + + 2
Companheiras
Aristolochio-Juniperetum 1 1 1 3
Asparago albi-Rhamnetum oleoidis 2 ~ 2 ~ + 3
Medicagini-Aegilopetum geniculatae 1 ~ 1 ~ + 3
Sedetum micrantho-sediformis + + + 3
Smilaco-Quercetum rotundifoliae + . + 2
Hornungio-Linarietum haenseleri + . + 2
Phagnalo-Rumicetum indurati + . + 2
Parietario-Galion muralis + + +
Comunidade de Asplenium petrarchae . + + 2
Urtico-Smyrnietum + + . 2
Polypodion serrati + . . 1
Bartramio-Polypodion serrati + . . 1
O COBERTO VEGETAL
Quadro III/4.9 289
Asparagus albus
Rhamnus oleoides
Machiais ou Pr-bosques Asparago albi-Rhamnetum oleoidis
Quercus coccifera
Chamaerops humilis
Rosmarinus officinalis
Matos degradados
Phlomido-Cistetum albidi Cistus albidus
predominantes
Cistus monspeliensis
Thymus lotocephalus
Thymbra capitata
Tomilhais Thymo lotocephali- Coridothymetum capitati
Fumana thymifolia
Fumana laevipes
Asteriscus aquaticus
Cleonia lusitanica
Arrelvados anuais Velezio-Astericetum
Velezia rigida
Trachynia distachya
Quadro III/4.10
P
Altitude mdia (m.s.m.) (1=10) 40 35 30 30 R
rea (ha) 20 30 20 10 E
N de Ordem 1 2 3 4 S
Cobertura 80 70 70 70 E
Exposio dominante -- -- S W N
Inclinao dominante -- -- 20 25
A
S
Caractersticas de Sigmetum
Aristolochio-Juniperetum 4 ~ 3 ~ 3 4 ~ 4
Velezio-Astericetum 1 ~ 1 ~ 1 ~ 1 ~ 4
Phlomido-Cistetum albidi 2 ~ 2 ~ 3 ~ 2 ~ 4
Geranio-Theligonetum cynocrambis + + + + 4
Companheiras
Andropogonetum-pubescentis bellevalietosum hackelii + + + + 4
Medicagini-Aegilopetum geniculatae 1 ~ 1 ~ 1 ~ 1 ~ 4
Parietario-Galion muralis + + + + 4
Sedetum micrantho-sediformis + + + + 4
Hornungio-Linarietum haenseleri + + + . 3
Polypodion serrati + . . . 1
Localidades: 1 Rocha da Pena (29SNB7923); 2 Rocha de Messines (29SNB6512); 3 Cabea aguda
(29SNB73137); 4 Espargal (29SNB7717).
O COBERTO VEGETAL
290 Quadro III/4.11
Rosmarinus officinalis
Matos degradados Cistus albidus
Phlomido-Cistetum albidi
predominantes Cistus monspeliensis
Phlomis purpurea
Asteriscus aquaticus
Cleonia lusitanica
Arrelvados anuais Velezio-Astericetum
Velezia rigida
Trachynia distachya
So sries que se instalam nas margens das linhas de gua, sobre solos hmidos, em condies especiais, sob a
influncia de fenmenos de encharcamento, deposio e eroso.
Catenalmente, no territrio estudado, a srie do freixo constitui a banda mais afastada do leito, instalando-se sobre solos
profundos, bastante produtivos, de textura franco-limosa. Assim, estabelecem-se cultivos intensivos, sobretudo de regadio,
na rea potencial dos freixiais. Por essa razo, so raros os freixiais que se encontram em bom estado de conservao.
A etapa madura corresponde a um bosque caduciflio, mais ou menos sombrio, de Ficario ranunculoidis-Fraxinetum
angustifoliae quercetosum broteroi, dominado pelo freixo Fraxinus angustifolia.
Fig. III/4.6 Srie edafohigrfila ribeirinha, termo e mesomediterrneas, Iberoatlntica, do freixo (Fraxinus angustifolia): Ficario ranunculoidis-
-Fraxineto angustifoliae Sigmetum, contactando com os resqucios da srie dos salgueirais: 1 Freixial de Ficario ranunculoidis-Fraxinetum
angustifoliae quercetosum broteroi; 2 Silvados de Lonicero-Rubetum ulmifolii; 3 Holoschoeno- Juncetum acuti; 4 Comunidade de
Salix atrocinerea e Salix salviifolia subsp australis; 5 Tabuais de Typho angustifoliae-Phragmitetum australis.
O COBERTO VEGETAL
VII - Srie edafohigrfila ribeirinha, luso-extremadurense, btica e lusitano-andaluza litoral, termomediterrnea da 291
tamargueira (Tamarix africana): Polygono equisetiformis-Tamariceto africanae Sigmetum.
A cabea de srie corresponde a um tamargal arborescente, dominado pela Tamarix africana (tamargueira), que
ocupa solos arenosos, argilosos ou cascalhentos dos leitos das linhas de gua. Em contacto com esta comunidade
frequente a presena dos caniais de Typho-Phragmitetum australis e dos juncais de Holoschoeno-Juncetum acuti. Estas
comunidades esto sujeitas a um longo perodo de seca no Vero e a fortes inundaes durante a poca das chuvas,
provocando fenmenos erosivos e de sedimentao.
A alterao destes tamargais favorece a instalao de tabuais, dominados por tabas (Typha angustifolia; Typha
domingensis) e juncos (Schoenoplectus lacustris; Scirpoides holoschoenus), entre outros, pertencentes associao
Typho angustifoliae-Phragmitetum australis (Quadros III/4.14 e III/4.15).
Quadro III/4.12
P
N de ordem 3 2 1 R
Altitude mdia (m.s.m.) 1=10 6 12 14 E
rea (ha) 20 5 5 S
Cobertura 90 90 95 E
Exposio dominante S W S N
Inclinao dominante 2 3 2
A
S
Caractersticas de Sigmetum
Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae quercetosum broteroi 4 / 3 / 4 / 3
Lonicero-Rubetum ulmifolii 3 / 3 / 3 / 3
Narcisso willkommii-Festucetum amplae . + + 2
Holoschoeno-Juncetum acuti . . + 1
Companheiras
Arundini donacis-Convolvuletum sepii 2 / 2 / 1 / 3
Comunidade de Oxalis pes-caprae 1 / 1 / 1 / 3
Rubo ulmifolii-Nerietum oleandri 1 / + / + / 3
Polygono equisetiformis-Tamaricetum africanae + / + / + / 3
Phlomido-Brachypodietum phoenicoidis galietosum concatenatae + + + 3
Typho angustifoliae-Phragmitetum australis 1 / +/ + / 3
Comunidade de Oenanthe crocata + / + / + / 2
Urtico membranaceae-Smyrnietum olusatri . + + 2
Comunidade de Salix atrocinerea e Salix salviifolia subsp. australis . + / 1 / 2
Carici-Hyparrhenietum hirtae daucetosum maximi . + 1
Eucladio-Adiantetum capilli-veneris . . + 1
Localidades: 1 Fonte da Benmola (29SNB8818); 2 Ribeira de Algibre (29SNB7813); 3 Ribeira de
Quarteira (29SNB7211).
Quadro III/4.13
O COBERTO VEGETAL
292
Fig. III/4.7 Srie edafohigrfila ribeirinha, luso-extremadurense, btica e lusitano-andaluza litoral, termomediterrnea da tamargueira
(Tamarix africana): Polygono-Tamariceto africanae Sigmetum e helifila, termo-mesomediterrnea do loendro (Nerium oleander):
Rubo ulmifoliae-Nerieto oleandri Sigmetum: 1 Tamargal de Polygono equisetiformis-Tamaricetum africanae; 2 Tabuais de Typho
angustifoliae-Phragmitetum australis; 3 Loendrais de Rubo ulmifolii-Nerietum oleandri aristolochietosum baeticae; 4 Narcisso
willkommii-Festucetum amplae; 5 Comunidade de Oenanthe crocata; 6 Silvados de Lonicero-Rubetum ulmifolii.
A cabea de srie corresponde a um loendral de Rubo ulmifolii-Nerietum oleandri que vive nos leitos dos cursos de gua
de regime torrencial do Sudoeste Peninsular. uma comunidade praticamente monoespecfica, presidida pelo Nerium
oleander (loendro), frequentemente entrelaado por lianas termfilas, como a Aristolochia baetica (balsamina).
Nas clareiras e orlas deste loendral, ocorrem arrelvados vivazes, quase monospecficos, dominados por Festuca ampla:
Narcisso willkommii-Festucetum amplae (Quadros III/4.16 e III/4.17).
Quadro III/4.14
P
N de ordem 3 2 1 S
Altitude mdia (m.s.m.) 1=10 6 12 14 R
rea (ha) 20 5 5 E
Cobertura 90 90 95 E
Exposio dominante S W S N
Inclinao dominante 2 3 2
A
S
Caractersticas de Sigmetum
Polygono equisetiformis-Tamaricetum africanae 3 / 3 / 3 / 3
Typho angustifoliae-Phragmitetum australis 1 / +/ + / 3
Lonicero-Rubetum ulmifolii
Companheiras
Arundini donacis-Convolvuletum sepii 2 / 2 / 1 / 3
Rubo ulmifolii-Nerietum oleandri aristolochietosum baeticae 1 / + / + / 3
Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae 4 / 3 / 4 / 3
Narcisso willkommii-Festucetum amplae + + 2
Comunidade de Oenanthe crocata + / + / + / 2
Urtico membranaceae-Smyrnietum olusatri + + 2
Comunidade de Salix atrocinerea e Salix salviifolia subsp. australis + / 1 / 2
Localidades: 1 Fonte da Benmola (29SNB8818); 2 Ribeira de Algibre (29SNB7813); 3 Ribeira de
Quarteira (29SNB7211).
O COBERTO VEGETAL
IX - Srie edafohigrfila ribeirinha, luso-estremadurense e gaditano-algarviense, termo-mesomediterrnea, do 293
choupo-branco (Populus alba): Salici atrocinereae-Populeto albae Sigmetum.
Ainda que a sua representao seja muito fraca, a etapa madura desta srie corresponde a um bosque termfilo, de
porte elevado, dominado pelo choupo-branco (Populus alba), que ocupa a segunda banda de vegetao, sobre solos
argilosos, mais ou menos, submetidos a inundaes peridicas.
Como estes bosques se encontram muito alterados, frequente observarem-se os silvados de Lonicero-Rubetum
ulmifolii e juncais de Holoschoeno-Juncetum acuti, que representam as principais etapas de substituio destes
choupais (Quadros III/4.18 e III/4.19).
Por outro lado, a entrada de gado nestes bosques favorece a instalao de comunidades escionitrfilas de Smyrnium
olusatrum.
Quadro III/4.15
Quadro III/4.16
P
N de ordem 1 2 3 4 R
Altitude mdia (m.s.m.) 1=10 3 12 4 20 E
rea (ha) 1 5 5 2 S
Cobertura 65 70 75 70 E
Exposio dominante W E S SW N
Inclinao dominante 2 3 3 2
A
S
Caractersticas de Sigmetum
Rubo ulmifolii-Nerietum oleandri aristolochietosum baeticae 4 / 4 / 4 / 4 / 4
Narcisso willkommii-Festucetum amplae + + + 1 / 4
Comunidade de Oenanthe crocata . + + + 4
Companheiras
Polygono equisetiformis-Tamaricetum africanae + / + + + 4
Heliotropio-Paspaletum paspaloidis + / + + + 4
Lonicero-Rubetum ulmifolii 1 / + 1 / 1 / 4
Arundini donacis-Convolvuletum sepium . + + + 3
Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae quercetosum broteroi . + + / + / 3
Typho angustifoliae-Phragmitetum australis . . + / 1 / 2
Holoschoeno-Juncetum acuti . . . + 1
Localidades: 1 Ribeira de Algoz (29SNB6412); 2 Ribeira das Ondas (29SPB0909); 3 Ribeira de Quarteira (29SNB7211);
4 Ribeira da Quinta do Freixo (29SNB7723).
O COBERTO VEGETAL
294 Quadro III/4.17
Fig. III/4. 8 Srie edafohigrfila ribeirinha, luso-estremadurense e gaditano-algarviense, termo-mesomediterrnea, do choupo- branco
(Populus alba): Salici atrocinereae-Populeto albae Sigmetum: 1 Choupal de Salici atrocinereae-Populetum albae; 2 Silvados de
Lonicero-Rubetum ulmifolii; 3 Juncais de Holoschoeno-Juncetum acuti.
Sob esta designao inclumos os salgueirais de Salix salviifolia subsp. australis (borrazeira-branca), que apenas
ocorrem em alguns troos de cursos de gua com pouca estiagem, cuja cabea de srie apresenta dificuldades de
enquadramento sintaxonmico.
Constitui a primeira banda de vegetao que surge nas margens dos cursos de guas carbonatadas. A etapa madura
corresponde a um bosque arborescente de porte significativo, que chega a atingir os dez metros de altura, dominado por
Salix salviifolia subsp. australis (borrazeira-branca) e acompanhado frequentemente por Salix atrocinerea (borrazeira-negra),
bem como pelo hbrido de ambos, Salix x secalliana.
A orlar estes salgueirais surgem os silvados de Lonicero-Rubetum ulmifolii e os juncais de Holoschoeno-Juncetum acuti
que representam as principais etapas de substituio destes salgueirais (Quadro III/4.20).
3.4.1.3 Microsigmeta
No mbito da Sinfitossociologia, para alm das sries de vegetao, surge um outro conceito que pretende explicar o
posicionamento e funcionamento na paisagem de comunidades extremes, sem carcter dinmico: o microsigmetum ou
microsrie. Assim, um microsigmetum uma comunidade vegetal permanente e uniestratificada, que no est inserida
numa lgica serial (RIVAS-MARTNEZ, 1996). Por consequncia, quando a vegetao de um determinado microsigmetum
O COBERTO VEGETAL
destruda, independentemente da fonte promotora da degradao, o sistema evoluir para essa mesma comunidade 295
(isto se as condies ecolgicas do local se mantiverem). Isto tem como consequncia a instalao de vrias associaes
que exploram diferentes valores desses mesmos gradientes. So estas condies biofsicas, muito prprias do bitopo,
que permitem e regulam o desenvolvimento mximo de que cada uma das comunidades vegetais instaladas e, por
consequncia, o seu equilbrio dinmico. Como resultado dos gradientes ecolgicos em cada bitopo especfico, os
microsigmeta ir-se-o a instalar. O mosaico vegetal assim formado, designa-se por microgeosigmetum (ou conjunto de
vrios microsigmeta), que se estuda no terceiro nvel da fitossociologia: a Geosinfitossociologia.
Quadro III/4.18
P
N de ordem 1 2 R
Altitude mdia (m.s.m.) 1=10 3 12 E
rea (ha) 1 0.5 S
Cobertura 85 80 E
Exposio dominante E W N
Inclinao dominante 2 2
A
S
Caractersticas de Sigmetum
Salici atrocinereae-Populetum albae 4 / 4 / 2
Lonicero-Rubetum ulmifolii 3 / 3 / 2
Holoschoeno-Juncetum acuti + / + 2
Comunidade de Oenanthe crocata . + 1
Companheiras
Polygono equisetiformis-Tamaricetum africanae + / + 2
Comunidade de Salix atrocinerea e Salix salviifolia subsp australis + / + 2
Heliotropio-Paspaletum paspaloidis + / + 2
Helosciadetum nodiflori 1 + 2
Typho angustifoliae-Phragmitetum australis + / + 2
Arundini donacis-Convolvuletum sepii . + 1
Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae quercetosum broteroi . + 1
Localidades: 1 Ribeira das Ondas (29SPB0909); 2 Pico Alto (29SNB9312).
Quadro III/4.19
Normalmente, estas comunidades ocupam territrios de reduzida dimenso, mas com caractersticas muito particulares.
Algumas excepes no que concerne rea de ocorrncia so os meios hiperhalfilos estuarinos (sapais), as dunas
litorais ou as turfeiras de altitude, que se desenvolvem, em alguns casos, por vrios hectares.
Exemplos explcitos de microsigmeta no Barrocal surgem atravs das comunidades tpicas de bitopos rupcolas e de bitopos
temporariamente inundados. Se no primeiro caso a ausncia de solo um factor limitante para que se imponha uma dinmica
serial, j no caso dos microsigmeta higrfilos, num curto espao, assistimos a uma enorme variao de factores ecolgicos
que influem na disposio das comunidades vegetais. Entre outros, realamos a peridiocidade de inundao (subterrnea e
superfcie), a altura do espelho de gua e o grau de perturbao (e.g. zooantropognica), entre outras.
Como comunidades higrfilas (microsigmeta) de bitopos lnticos, temporrios (lagos, polders, etc) salientam-se: comunidade
de Ranunculus saniculifolius, Eryngio corniculatae-Preslietum cervinae, comunidade de Verbena supina, comunidade de
Eleocharis palustris subsp. vulgaris, Junco pygmaei-Isoetetum velatae e Gaudinio fragilis-Agrostietum castellanae.
O COBERTO VEGETAL
296 Quadro III/4.20
Para alm destas associaes vegetais, ao longo dos rios e ribeiros do Barrocal, desenvolvem-se outras comunidades
igualmente de carcter permanente: Typho angustifoliae-Phragmitetum australis, Bolboschoenetum maritimi, comunidade
de Oenanthe croccata e Helosciadetum nodiflori.
Nos ambientes rochosos, o mosaico vegetal tambm composto por comunidades tipicamente casmofticas (Eucladio-
-Adiantetum capilli-veneris, comunidade de Asplenium petrarchae, Narcisso calcicolae-gaditani, Parietarietum judaicae)
e outras casmocomofticas e de cascalheiras de encosta (comunidade de Polypodium cambricum e Polypodium
interjectum, Phagnalo saxatilis-Rumicetum indurati distichoselinetosum tenuifoliae).
Por fim, so em grande nmero as comunidades cujas taxas de desenvolvimento dependem directamente da aco
humana e das perturbaes indirectamente por si perpetradas (e.g. gado), nomeadamente ao nvel das mobilizies
e acrescento de nutrientes ao solo, sistemas de pousio, periodicidade de fogo, entre outras: Inuletum revolutae,
Notobasio syriacae-Scolymetum maculati, Chrozophoro tinctoriae-Teucrietum spinosi, Kickxio lanigerae-Tanacetetum
annui, comunidade de Oxalis pes-caprae, Chenopodietum muralis, Anacyclo radiati-Hordeetum leporini, Hordeo leporini-
-Glossopappetum macroti, Medicagini rigidulae-Aegilopetum geniculatae, comunidade de Carrichtera annuae e Echium
tuberculatum e Fedio cornucopiae-Sinapietum mairei.
3.4.2 - Geosinfitossociologia
Tambm conhecida por Fitossociologia Catenal, a Geosinfitossociologia considerada por muitos especialistas como
a verdadeira fitossociologia da paisagem, uma vez que analisa as relaes geogrficas e catenais existentes, entre as
diferentes sries de vegetao contguas (GHU, 1987). Deve-se, especialmente, a RIVAS-MARTNEZ (1976) a clarificao
deste conceito, uma vez que foi o primeiro a distinguir de forma clara o nvel catenal do serial.
Neste sentido, realizmos vrios geosigmainventrios no mosaico tesselar do Barrocal, utilizando a metodologia
sigmatista, com indicao da forma dos agrupamentos, que incluem as diferentes sries reconhecidas na superfcie
estudada, com indicao da apreciao da ocupao espacial, aplicando os coeficientes utilizados na anlise
sinfitossociologia (GHU, 1991).
O COBERTO VEGETAL
Por outro lado, o recente abandono dos terrenos agrcolas favorece o aparecimento e mesmo domnio do carrascal de 297
Asparago-Rhamnion, bem como a recuperao dos azinhais.
Nos locais de ombroclima sub-hmido a hmido, em solos, mais ou menos, profundos, os azinhais cedem a sua posio
srie dos carvalhais Querceto alpestris-broteroi Sigmetum, que embora paream uma verdadeira manta de retalhos, em
tempos remotos apresentaram maior extenso. A indiciar esta promissora recuperao existem j encostas, sobretudo
de exposio Norte, completamente revestidas com densos medronhais, onde a presena de jovens exemplares de
carvalhos marcescentes uma constante.
A vegetao florestal higrfila da geossrie ribeirinha constituda, essencialmente por salgueirais, tamargais (Polygono-
-Tamariceto africanae Sigmetum), loendrais (Rubo-Nerieto oleandri Sigmetum) e freixiais (Ficario-Fraxineto angustifoliae
Sigmetum). A primeira banda de vegetao, ainda no leito, corresponde a um tamargal e a um salgueiral de porte
arborescente, que pode contactar com os loendrais arbustivos, sobretudo em cursos de gua temporrios, de fracos
caudais, com substrato rochoso (Quadro III/4.22). Numa banda de vegetao, mais afastada do curso de gua, frequente
observarem-se, apenas, fragmentos das sries dos freixiais e mais raramente dos choupais, devido instalao de
hortas e outros cultivos importantes para a economia familiar.
Quadro III/4.21
N de ordem 6 7 3 5 4 2 1
rea (ha) 400 400 400 200 400 300 200
Cobertura 70 70 90 95 90 80 80
Sigmasintaxa caractersticos
Rhamno oleoidis-Querceto rotundifoliae Sigmetum 4 ~ 4 { 4 ~ 4 { 4 ~ 1 ~ 4 ~
Querceto alpestris-broteroi Sigmetum . + 1 ~ 2 ~ + 3 ~ 1 ~
Aro italici-Oleetum sylvestris Sigmetum . . . . + + +
Microsigmeta rpicolas + + + + + + +
Aristolochio baeticae-Junipereto Sigmetum . . 1 ~ . 2 ~ + / + /
Vinco difformis-Ceratonieto siliquae Sigmetum . . + . + 1 / 1 /
Outros Sigmasintaxa
Rubo-Nerieto oleandri Sigmetum + + 2 / 1 / 1 / + 1 /
Ficario-Fraxineto angustifoliae Sigmetum + + + + + +
Polygono-Tamariceto africanae Sigmetum . . 1 / 1 / 1 / + 1 /
Comunidade de Salix atrocinerea e Salix salviifolia . . + . . . .
Localidades: 1 Rocha da Pena (29SNB7923); 2 Rocha de Messines (29SNB8818); 3 Benafim (29SNB8817);
4 Espargal (29SNB7717); 5 Botelho (29SNB8410); 6 Cerro de S. Miguel (29SPB0407); 7 Amendoeira
(29SNB9215).
Quadro III/4.22
N de ordem 6 7 3 5 4 2 1
rea (ha) 400 400 400 200 400 300 200
Cobertura 70 70 90 95 90 80 80
Sigmasintaxa caractersticos
Rubo-Nerieto oleandri Sigmetum + + 2 / 1 / 1 / + 1 /
Ficario-Fraxineto angustifoliae Sigmetum + + + + + +
Polygono-Tamariceto africanae Sigmetum . . 1 / 1 / 1 / + 1 /
Comunidade de Salix atrocinerea e Salix salviifolia subsp. australis . . + . . . .
Complexos de vegetao anfbios . . . . + . .
Localidades: 1 Rocha da Pena (29SNB7923); 2 Rocha de Messines (29SNB8818); 3 Benafim (29SNB8817); 4 Espargal
(29SNB7717); 5 Botelho (29SNB8410); 6 Cerro de S. Miguel (29SPB0407); 7 Amendoeira (29SNB9215).
O COBERTO VEGETAL
298
Em relao s sries edafoxerfilas, destaque-se a presena dos zimbrais de Aristolochio-Juniperetum Sigmetum nas
encostas de forte pendente, sobre solos esquelticos, e nas cristas e penhascos calcrios dolomticos, mais ou menos,
prximos do mar, sob influncia dos ventos dessecantes; bem como a srie dos alfarrobais Vinco-Ceratonieto siliquae
Sigmetum, que preferem as bases dos promontrios rochosos, sobre solos pouco evoludos, de calcrios compactos.
Nos meios palustres (e.g. Nave do Baro) assinalou-se a presena de um microgeosigmetum anfbio, intercalado com
complexos de vegetao higrfilos no temporrios tpico de habitats temporariamente encharcados: Comunidade de
Ranunculus saniculifolius, Eryngio corniculatae-Preslietum cervinae, Comunidade de Verbena supina, Comunidade de
Eleocharis palustris subsp. vulgaris, Junco pygmaei-Isoetetum velatae, Pulicario paludosae-Agrostietum pourretii, Loto
subbiflori-Chaetopogonetum fasciculati e Gaudinio fragilis-Agrostietum castellanae microgeosigmetum.
Fig. III/4. 10 Transectos de vegetao nos territrios Fig. III/4. 11 Transectos de vegetao nos territrios
algarvios II: 1 Geossrie higrfila; 2 Rhamno-Querceto algarvios III: 1 Geossrie higrfila; 2 Querceto alpestris-
rotundifoliae Sigmetum; 3 Aristolochio-Juniperetum -broteroi Sigmetum; 3 Rhamno-Querceto rotundifoliae
Sigmetum; 4 Querceto alpestris-broteroi Sigmetum. Sigmetum; 4 Aristolochio-Juniperetum Sigmetum;
5 Vinco-Ceratonieto siliquae Sigmetum.
Fig. III/4. 12 Transectos de vegetao nos territrios Fig. III/4. 13 Transectos de vegetao nos territrios
algarvios IV: 1 Geossrie higrfila; 2 Rhamno-Querceto algarvios V: 1 Geossrie higrfila; 2 Querceto alpestris-
rotundifoliae Sigmetum; 3 Aristolochio-Juniperetum -broteroi Sigmetum; 3 Rhamno-Querceto rotundifoliae
Sigmetum. Sigmetum; 4 Aristolochio-Juniperetum Sigmetum;
5 Aro-Oleetum sylvestris Sigmetum.
O COBERTO VEGETAL
CAPTULO IV
CARTOGRAFIA DA VEGETAO
301
4.1 - VEGETAO ACTUAL
Como resultado da fotointerpretao, realizada atravs de fotografias areas, obtidas na banda dos infravermelhos
(vulgarmente conhecidas por falsa cor), no ano de 1990, escala aproximada de 1:15000 (vo Acel), e da posterior
confirmao no terreno, efectuada durante a primavera de 1997, esboamos uma cartografia do uso do solo (Fig. I/6.1),
bem como da vegetao potencial e dos Habitats e das espcies dos diferentes anexos da Directiva 92/43/CEE, da
superfcie estudada.
Embora no exista uma cartografia da vegetao actual do Barrocal algarvio, a Fig. I/6.1 (pg. 44), que esboa a ocupao
do solo, destaca levemente a vegetao que se observa actualmente na paisagem.. Tal facto constitui um instrumento
interessante de diagnose e interpretao ambiental, reflectindo a intensa e secular acco humana, ao longo dos tempos,
nestes territrios.
Assim, compreende-se o grau de interveno existente, expresso atravs do domnio claro das exploraes agrcolas
que inclui os sistemas culturais complexos, estufas, viveiros, olivais, vinhas, citrinos, alfarrobais, amendoais e outros
pomares, como os de pomoideas e prunoideas, entre outras.
Contudo o, mais ou menos, recente abandono dos campos agrcolas permite e favorece a rpida regenerao do coberto
vegetal espontneo, sobretudo das etapas primocolonizadoras, nas quais se destacam os tomilhais, xarais, tojais e
mesmo os machiais de carrasco e medronheiro, bem como, ainda que menos frequente, os bosques climatfilos de
azinheiras e carvalhos marcescentes.
Ainda nesta cartografia apresentam-se as reas sujeitas a exploraes de inertes, com particular destaque para as
pedreiras.
4. 2 - VEGETAO POTENCIAL
Conceito criado por TXEN (1956), a vegetao potencial uma comunidade estvel que existiria numa determinada
rea, como consequncia da sucesso progressiva, se o homem deixasse de interferir e alterar os ecossistemas (RIVAS-
MARTNEZ, 1997). O mesmo autor refere que, na prtica, embora se considere a vegetao potencial como sinnimo de
clmax e igual a vegetao primitiva, devemos distinguir vegetao potencial climatfila das comunidades permanentes
(sries edaffilas).
Assim, apresenta-se na Fig. IV/2.2, o esboo cartogrfico das sries climatfilas e edafoxerfilas, e na Fig. IV/2.2 das
sries edafohigrfilas reconhecidas no territrio estudado.
CARTOGRAFIA DA VEGETAO
302
A promulgao do Decreto-Lei 226/97, de 27 de Agosto, transpe para a ordem jurdica interna a Directiva 92/43/CEE,
de 21 de Maio, relativa conservao dos habitats naturais e da flora e fauna selvagem, criando um novo marco, com
novos procedimentos operativos, para as estratgias de Conservao da Natureza e preservao da Biodiversidade,
quer ao nvel da variabilidade gentica intra-especfica, quer ao nvel da diversidade de espcies e da multiplicidade de
habitats naturais e semi-naturais. Recentemente, foi incorporada informao adicional a este diploma legal, atravs da
publicao do Decreto-Lei n. 49/2005 de 24 de Fevereiro.
Assim, o Estado Portugus compromete-se a contribur activamente com a constituio de uma rede ecolgica de
zonas especiais de conservao (vulgo Rede Natura 2000), que pretende restabelecer, conservar e valorizar os habitats
naturais com especial interesse para a conservao e das espcies ameaadas na actualidade.
No contexto Portugus e mesmo Europeu, o Barrocal encerra uma biodiversidade significativa que urge divulgar, tendo
em vista a sua conservao. A testemunhar esta riqueza, refira-se a presena de mais de duas dezenas dos habitats
naturais do Anexo I, dos quais cinco so prioritrios e algumas espcies do Anexo II, cuja presena representa a nica
estao conhecida no globo terrestre, entre outros (Fig. IV/3.1).
Entre os habitats naturais de interesse comunitrio, cuja conservao necessita a designao de zonas especiais de
conservao, reconheceram-se, na superfcie estudada, os seguintes:
CARTOGRAFIA DA VEGETAO
303
3260 - Cursos de gua dos pisos basal a montano com vegetao da Ranunculion fluitantis e da Callitricho-Batrachion
3280 - Cursos de gua mediterrnicos permanentes da Paspalo-Agrostidion com cortinas arbreas ribeirinhas de Salix e
Populus alba
3290 - Cursos de gua mediterrnicos intermitentes da Paspalo-Agrostidion
4030 - Charnecas secas europeias
5330 - Matos termomediterrnicos pr-desrticos
6110 - *Prados rupcolas calcrios ou basfilos da Alysso-Sedion albi
6210 - Prados secos seminaturais e facies arbustivas em substrato calcrio (Festuco-Brometalia) (*importantes habitats
de orqudeas)
6220 - *Subestepes de gramneas e anuais da Thero-Brachypodietea
6310 - Montados de Quercus spp. de folha perene
6420 - Pradarias hmidas mediterrnicas de ervas altas da Molinio-Holoschoenion
6430 - Comunidades de ervas altas higrfilas das orlas basais e dos pisos montano a alpino
7220 - *Nascentes petrificantes com formao de travertinos (Cratoneurion)
8130 - Depsitos mediterrnicos ocidentais e termfilos
8210 - Vertentes rochosas calcrias com vegetao casmoftica
8220 - Vertentes rochosas siliciosas com vegetao casmoftica
8240 - *Lages calcrias
8310 - Grutas no exploradas pelo turismo
91B0 - Freixiais termfilos de Fraxinus angustifolia
92A0 - Florestas-galerias de Salix alba e Populus alba
9240 - Carvalhais ibricos de Quercus faginea e Quercus canariensis
92D0 - Galerias e matos ribeirinhos meridionais (Nerio-Tamaricetea e Securinegion tinctoriae)
9320 - Florestas de Olea e Ceratonia
9340 - Florestas de Quercus ilex e Quercus rotundifolia
9560 - *Florestas endmicas de Juniperus spp.
Fig. IV/3.1 Mapa dos Habitats Naturais e Semi-Naturais (Anexo I, Directiva 92/43/CEE).
CARTOGRAFIA DA VEGETAO
304
B - Espcies dos Anexo II, IV e V da Directiva 92/43/CEE
Embora na rea estudada existam vrias espcies vegetais que integram os anexos da Directiva, apenas destacamos
as do Anexo II: Tuberaria major, Thymus lotocephalus e Plantago algarviensis, Narcissus calcicola, bem como a Bellevalia
hackellii (Anexo IV) e o Doronicum plantagineum subsp. tournefortii (Anexo V), por se encontrarem muito vulnerveis,
cuja extino consideramos eminente (Fig. IV/
Fig. IV/3.2 Mapa da distribuio dos taxa integrados nos Anexos II, IV e V da Directiva 92/43/CEE.
CARTOGRAFIA DA VEGETAO
CAPTULO V
ORDENAMENTO E CONSERVAO
DA NATUREZA
5.1 - PRINCIPAIS AMEAAS FLORA E VEGETAO AUTCTONES 307
Conhecidas as particularidades biofsicas e a flora do Barrocal, bem como as suas comunidades vegetais e respectivas
sries de vegetao, esboou-se cartograficamente a distribuio espacial das fitocenoses e das espcies, com maior
interesse para a conservao.
Embora, desde h muito, as comunidades humanas, se tenham instalado e transformado estas superfcies para
aproveitarem os recursos existentes, ainda possvel observar manchas de vegetao natural e semi-natural, com
interessantes potencialidades produtivas e estticas, que desempenham um papel importante na manuteno de
ecossistemas com elevado interesse cientfico e paisagstico, fundamentais para a preservao e valorizao da
biodiversidade.
Assim, durante milnios, assistiu-se a um processo de humanizao destes territrios, onde o Homem, em relativo
equilbrio com a Natureza, introduziu alteraes nestas paisagens, resultantes de aces colectivas, baseadas num
conhecimento e sensibilidade dos processos naturais, sem provocar degradaes incontrolveis e destruidoras do
ambiente propcio vida humana, nos seus aspectos mltiplos e complementares (ABREU, 1989).
Mais recentemente, e segundo o mesmo autor, este equilbrio foi sendo seriamente comprometido medida que
aumentou o domnio sobre os meios de interveno, cada vez mais poderosos, levando-nos a reconhecer que existe
uma real contradio entre os crescentes conhecimentos tcnico-centficos e a sua aplicao ao meio em que vivemos, e
de que dependemos. Alis, a utilizao irresponsvel destes conhecimentos demonstra mesmo um completo desprezo
pelo esforo despendido e saber acumulado por sucessivas geraes, bem como um absoluto desrespeito pelas que
se seguiro.
Como o Algarve possui excelentes condies naturais para o desenvolvimento da actividade turstica e agrcola, entre
outras, a ocupao desordenada do solo est a comprometer o aproveitamento racional de recursos fundamentais para
um desenvolvimento equilibrado da Regio, com reflexos negativos a mdio e a longo prazo (P.R.O.T. ALGARVE, 1990).
Por conseguinte, urgente sensibilizar as entidades responsveis pelo Ordenamento, para o interesse de organizar e
distribuir os usos e funes no Barrocal, de modo a inverter e a corrigir os factores de desequilbrio no uso e ocupao
do solo, tendo sempre em vista a recuperao, conservao e valorizao dos habitats naturais e consequentemente, o
desenvolvimento sustentvel.
Neste sentido, apresentamos seguidamente as principais ameaas flora e vegetao do Barrocal, bem como os
No Barrocal, como principais ameaas flora e vegetao autctones, destacam-se, entre outras, a destruio directa
e degradao dos habitats e a invaso de espcies exticas.
Deve-se sobretudo crescente urbanizao e edificao dispersa, ilegal e legalmente autorizada, directa ou
indirectamente, ligada ao turismo (incluindo a proliferao de infra-estruturas), que se tm desenvolvido principalmente
desde a dcada de 80. Tal facto tem contribudo significativamente para a descaracterizao da paisagem, rompendo o
equilbrio entre as reas construdas e os espaos livres de construo.
Mas a actividade agrcola intensiva, nomeadamente atravs da introduo das culturas de estufas, da drenagem de
superfcies temporariamente encharcadas, e mesmo pelo aumento considervel do plantio de pomares, particularmente
de citrinos em zonas de proteco aos sistemas aquferos, tambm tem contribudo activamente para a destruio
de habitats de elevado valor ecolgico, cuja presena representa muitas vezes o nico local conhecido em territrio
nacional e at no globo terrestre.
Foto V/1.3 - O avano das reas agrcolas em reas com interesse para a conservao da natureza.
Outro factor importante de destruio dos habitats a abertura de vias de comunicao, no s, por atravessarem
zonas sensveis de elevado valor ecolgico, mas tambm por facilitarem o acesso a habitats e espcies ameaados de
extino. Relembre-se o que foi referido anteriormente para os poucos ncleos boscosos que restam no Barrocal. O
acesso facilitado aos enclaves topogrficos mais recondidos, coloca em eminente risco tais formaes.
Face posio geogrfica e s condies climticas amenas existentes nesta Regio, desde h muito que no Algarve,
com o comrcio internacional e as viagens dos descobridores, tem-se introduzido um nmero considervel de espcies
exticas, particularmente com a incorporao de novos cultivos com fins forrageiros, alimentares, fibras txteis, etc. e,
mais recentemente, atravs das plantas com discutvel valor ornamental, utilizadas em jardinaria.
Os habitats perturbados, como os terrenos removidos, bermas de estradas e caminhos, zonas peri-urbanas e baldios,
orlas de sistemas fluviais permanentes e temporrios, charcas e albufeiras, entre outros, so os mais vulnerveis a esta
invaso, uma vez que existem espaos abertos, mais ou menos, ruderalizados, com novas condies para as espcies
nativas. Por outro lado, como as espcies invasoras apresentam estratgias de disperso rpida e alta competitividade,
depressa colonizam superfcies extensas, facto que constitui uma ameaa significativa para a conservao da
biodiversidade e um considervel impacto que falsifica a paisagem que a Natureza modelou.
O acesso indiscriminado, sobretudo atravs de veculos motorizados, a zonas de elevada sensibilidade ecolgica, tem
provocado fortes impactes em comunidades de elevado interesse cientfico. O mesmo acontece com as actividades
ldicas e de lazer, que degradam e chegam mesmo a contaminar habitats prioritrios para a conservao. Associadas
ou no a estas actividades, saliente-se a ocorrncia de inmeras lixeiras que salpicam esta paisagem, onde abundam as
sucatas de viaturas e electrodomsticos, entre outros detritos, de aroma pouco agradvel.
Por ltimo, refira-se ainda a colheita indiscriminada de plantas raras e endmicas, com interesse ornamental, sobretudo
de bolbosas, que ameaam, de forma significativa, as populaes algarvias remanescentes.
O Barrocal sem dvida um territrio com grande individualidade morfo-ecolgica, apresentando um nmero
considervel de habitas de elevado interesse cientfico, paisagstico e econmico, que urge conservar e valorizar, uma
vez que constituem o suporte da vida silvestre e asseguram a manuteno da biodiversidade.
Para preservar e valorizar estes valores, fundamental assegurar uma verdadeira rede de conservao contnua
que integre todos os stios com valores naturais de elevado interesse, bem como todas as situaes, mais ou
menos, naturalizadas que interferem nos processos ecolgicos, responsveis pelo funcionamento e equilbrio dos
ecossistemas.
Neste sentido, e reflectindo a necessidade de conservar e restabelecer os habitats naturais e de espcies ameaadas, o
Governo Portugus, atravs do Decreto Lei n. 226/97, de 27 de Agosto de 1997 transpe para o direito interno a Directiva
92/43/CEE, de 21 de Maio, relativa conservao dos habitats naturais e da flora e fauna selvagens, recentemente
revisto pelo Decreto-Lei n49/2005.
A proposta de Stios de elevado interesse para a conservao da natureza que seguidamente apresentamos, baseia-se na
Directiva supra referida e apenas inclui as reas consideradas de maior interesse e indispensveis para a manuteno da
biodiversidade. Tal no significa a excluso de reas, actualmente degradadas, com forte potencial para a conservao
da natureza, da rede de conservao contnua, uma vez que no se pretende a criao de ilhas de conservao.
Assim, inclumos todos os Stios de interesse comunitrio, j aprovados, tanto na primeira como na segunda fase da
lista Nacional de Stios do Continente para a superfcie estudada (Fig. V/2.1), bem como outros locais susceptveis de
virem a ser classificados como zonas de proteco especial ou mesmo em reas de conservao de mbito regional e
local (Fig. V/2.2).
A - Ribeira de Quarteira
Includo na primeira fase na Lista Nacional de Stios e aprovado na segunda fase com a referncia PTCON0038, este Stio
parece uma verdadeira miragem, pois no meio de tanta alterao, ocorre um pequeno troo da Ribeira de Quarteira e
sua envolvncia, onde o Homem no rompeu o equilbrio com a Natureza.
Assim, nas encostas adjacentes, comum observarem-se habitats prioritrios e outros que, no sendo prioritrios
para a conservao, em territrio nacional, so exclusivos do Barrocal, como os tomilhais/tojais termfilos de Eryngio-
Ulicion erinacei (5334) ricos em Thymbra capitata e no endemismo algarvio Genista hirsuta subsp. algarviensis, bem
como carrascais termfilos com Chamaerops humilis (5333). ainda nestes ambientes que vivem espcies prioritrias
do Anexo II da Directiva 92/43/CEE, como exemplo o tomilho-cabeudo (Thymus lotocephalus) (1682) e plantas
endmicas e raras, que em territrio Nacional, so exclusivas deste stio.
Ao longo das margens da Ribeira, alm da presena de vrios habitats do Anexo I da Directiva anteriormente citados,
dos quais se destacam, entre outros, tamargais e loendrais termfilos (92D0), canaviais (6431) e freixiais (91B0), registe-
se a ocorrncia, no leito de cheia, da nica populao, conhecida no mundo, do endemismo Narcissus willkommii. Este
narciso era considerado extinto, h mais de duas dcadas, pela maior parte dos botnicos nacionais e internacionais.
Embora existam ainda outros argumentos a demonstrarem o interesse deste stio em ter integrado a denominada
rede Natura 2000, os acima expostos so mais que suficientes para documentar o elevado valor ecolgico destas
superfcies.
B - Barrocal
A designao de Barrocal (PTCON0049) deve-se, sobretudo, ao facto deste stio abranger uma ampla superfcie do
Barrocal algarvio e tambm por ser representativa desta paisagem calcria, de relevo ondulado, datado do Jurssico,
que encerra uma incalculvel biodiversidade.
Proposto inicialmente com a designao de Rocha da Pena-Espargal e, posteriormente, com o nome de Barrocal, foi
includo, na proposta preliminar da Lista Nacional de Stios (Continente) no Caldeiro, onde a realidade morfo-ecolgica
completamente distinta. Por essa razo, na segunda fase foi individualizado do Stio Caldeiro (PTCON0057).
A testemunhar o elevado valor biocentico, refira-se que este Stio inclui os bitopos Corine Barrocal de Alte, Gruta da
Igrejinha dos Soidos, Grutas da salustreira e Gruta da Rocha da Pena e os stios j classificados Fonte Benmola e
Rocha da Pena, apresentando mais de trs dezenas de habitats do Anexo I da Directiva, dos quais seis so prioritrios
(3170, 6110, 6210, 6220, 7220 e 9560), bem como a presena de espcies endmicas e raras, ameaadas de extino
em territrio Nacional, algumas das quais integram o Anexo II da mesma Directiva, com o estatuto de prioritrias.
Dos habitas presentes que integram o Anexo I, destaque-se a existncia dos bosques rliquos de carvalhais
termomediterrneos marcescentes de Quercus broteroi (9240) e de zimbros de Juniperus turbinata (9560), bem como das
O mesmo acontece com algumas espcies, pois alm das prioritrias Tuberaria major, em perigo de extino (1585) e
Thymus lotocephalus (1682), existem algumas plantas endmicas, exclusivas do Algarve, por vezes, com uma rea muito
limitada, que no chega a ultrapassar o hectare, como o caso do Plantago algarviense (1742).
Por outro lado, alm das Grutas, tambm neste stio que ocorrem verdadeiros monumentos geomorfolgicos, como
exemplo a cornija da Rocha da Pena e o Poldje da Nave do Baro, entre outros, sempre associados a habitats e espcies
de grande interesse cientfico que constituem um forte atractivo paisagstico. Alis, a Rocha da Pena representa o
nico local conhecido do endemismo lusitnico Doronicum plantagineum subsp. tournefortii que vive nos bosques
de azinheira (Quercus rotundifolia). O mesmo se pode referir para a lagoa da Nave do Baro, pois nestes charcos
temporrios (3170) que certas comunidades anfbias tm a sua melhor expresso em Portugal.
C - Cerro da Cabea
Stio com alto valor ecolgico, dotado de um potencial florstico e vegetal considervel, onde predominam os afloramentos
rochosos de calcrios dolomticos espessos, datados do Malm inferior, que cobrem mais de 50% da superfcie. Este
facto levou-nos a admitir a existncia do Habitat prioritrio Lages calcrias (8240).
precisamente neste ambiente rochoso de calcrios crsicos que se desenvolvem importantes populaes de
orqudeas, includas no habitat prioritrio 6210 da referida Directiva e as melhores comunidades de cosmfitos, em
territrio Nacional, que integram o rarssimo Asplenium petrarchae. Ainda nas fendas das rochas calcrias, registe-se
a presena de uma pequena populao de Narcissus calcicola, com caracteres morfo-ecolgicos distintos, da espcie
descrita por MENDONA para o Divisrio portugus, facto que nos leva a pensar, e a confirmar em estudos posteriores,
na existncia de um novo narciso para a Cincia.
Alm destes fortes elementos, assinale-se ainda a presena dos carrascais termfilos de Asparago-Rhamnion, ricos em
Chamaerops humilis (5333), que nas suas clareiras so revestidos pelos arrelvados anuais xerfiticos de Brachypodion
distachyi (habitat prioritrio 6220), entre muitos outros.
A existncia de mais de uma dezena de habitats do Anexo I da Directiva, dos quais quatro so prioritrios, e outros,
tendo em territrio Nacional a sua melhor representatividade nestas superfcies, bem como de espcies endmicas do
Anexo II da mesma Directiva, levou sua integrao na Lista Nacional de Stios (PTCON0050).
Face secular e intensa aco humana nesta superfcie, predominam os carrascais termfilos de Asparago-Rhamnion,
ricos em Chamaerops humilis (5333) e os tomilhais/ tojais termfilos, endmicos do Barrocal Algarvio, de Eryngio-
Ulicion erinacei (5334), ricos em Thymbra capitata e no endemismo algarvio Sideritis arborescens subsp. lusitanica, bem
como os arrelvados anuais xerfiticos de Brachypodion distachyi (habitat prioritrio 6220).
Nas partes mais elevadas, em afloramentos rochosos de calcrios crsicos desenvolvem-se importantes populaes de
orqudeas, includas no habitat prioritrio da referida Directiva (6210), bem como uma pequena populao do endemismo
lusitnico Narcissus calcicola que integra o anexo II da Directiva, com caracteres morfo-ecolgicos distintos, idnticos
aos da populao do Cerro da Cabea. Assim, sua presena neste Cabeo representa a segunda estao conhecida.
Apesar das degradaes a que tem sido submetido e embora no integre nenhuma proposta da lista Nacional de Stios,
indispensvel a conservao deste Cabeo, no s pela existncia de mais de uma dezena de habitats e mesmo
de algumas espcies endmicas de Portugal da Directiva que apresentam a sua melhor expresso nestes territrios
algarvios, mas tambm por ser importante para a proteco aos sistemas aquferos e para a estabilidade ecolgica e
consequentemente, para a utilizao sustentvel dos recursos naturais locais e regionais.
Para a estabilidade ecolgica e para o desenvolvimento sustentvel desta Regio, para alm dos stios j referidos,
ainda fundamental e imprescindvel, incluir outras reas que, embora exibam degradaes significativas, apresentam
um elevado potencial para a Conservao da Natureza.
Assim, e apenas a ttulo elucidativo, refiram-se as elevaes, com alinhamento E-W, mais prximas do Mar, como Nexe
(358 m), Guilhim (314 m), Malho (345 m) e S. Miguel (411 m), bem como outros stios de pequenas dimenses, como
o Cerro da guia, nas proximidades de Albufeira, que apesar de se encontrarem com muitas edificaes dispersas,
degradando e descaracterizando esta paisagem de elevado valor cnico, ainda encerram muitos habitats e espcies
endmicas da Directiva, raros e ameaados de extino, em territrio nacional. Detentores deste conhecimento, os
gestores do territrio persistem em sacrificar a riqueza de todos, em deterimento do bem estar de muito poucos.
Para preservar e valorizar os stios e, consequentemente, os habitats presentes mais representativos e de maior interesse
para a conservao existentes no Barrocal algarvio, fundamental que os usos e a gesto desenvolvida seja compatvel
com a manuteno da diversidade biolgica.
Embora existam vrias leis e regulamentos relativos conservao da Natureza e ao ordenamento do territrio (v.g.
Decreto-lei n226/97), o certo que a maior parte deles so ignorados, mesmo pelos servios oficiais.
Assim, em primeiro lugar, dever-se- divulgar e explicar o patrimnio natural existente, sobretudo as espcies e os
habitats prioritrios mais relevantes, uma vez que s possvel conservar o que se conhece. Neste sentido a aposta na
educao e divulgao, particularmente nas camadas mais jovens da populao e tcnicos, directa ou indirectamente
envolvidos no processo de ordenamento, bem como nos gestores, proprietrios e utilizadores deste territrio, deve ser
considerada uma prioridade actual.
Neste contexto, o melhor conhecimento das potencialidades intrnsecas de cada stio de interesse para a conservao,
pode induzir redescoberta de um desenvolvimento socio-econmico, se existir uma efectiva rendibilidade econmica,
nomeadamente atravs de subsdios, em todas as actividades que beneficiem e valorizem a conservao dos diferentes
tipos de habitats e de espcies da fauna e flora ameaadas de extino.
Alis, se os gestores e agricultores obtiverem considerveis proveitos econmicos, atravs da conservao das
espcies e dos habitats, passam a colaborar e a participar activamente nos processos e estratgias da conservao da
Natureza, desenvolvendo apenas as actividades e os usos que promovam a manuteno da biodiversidade. Por outro
lado, pretende-se desenvolver uma gesto integrada destes habitats que contemple funes de proteco, produo,
sociais e paisagistas, entre outras, de modo a contribuir para a diminuio do despovoamento rural, indevidamente
designado, pela maior parte dos tcnicos e polticos, por desertificao humana.
Todavia, como cada habitat tem a sua particularidade, para a manuteno da biodiversidade existente, fundamental
desenvolver actividades de gesto diferenciadas e adequadas a cada tipo. Apenas a ttulo de exemplo refira-se que
as medidas de conservao de um bosque de carvalhal marcescente de Quercus broteroi no so as mesmas para
conservar as comunidades anfbias dos charcos temporrios.
Como no do mbito deste trabalho apresentar as medidas de gesto especificas, fundamentais para a conservao
dos diferentes habitats e espcies da flora, existentes no Barrocal, com maior interesse, indicam-se, seguidamente,
as principais medidas de gesto de carcter geral consideradas indispensveis para a conservao da biodiversidade
destes territrios:
- Manter a diversidade paisagista, atravs da manuteno do mosaico cultural tradicional e das actividadesagro-
pastoris, promovendo os usos tradicionais compatveis com a conservao.
- Conservar os bosques naturais e todas as manchas de vegetao com elevado interesse.
- Proteger e valorizar as linhas de gua, nomeadamente atravs do controle da carga dos efluentes e da
recuperao da galeria ripcola.
- Acompanhar as aces de reflorestao, de modo a conservar os bosques naturais j existentes, tais como
carvalhais e zimbrais rliquos, azinhais, alfarrobais e zambujais. Sempre que possvel dever-se- promover
a regenerao natural e, caso no seja vivel, reintroduzir as espcies autctones.
- Reforar a vigilncia e a fiscalizao, de modo a impedir a colheita de espcies ameaadas de extino, e
em simultneo criar alternativas para as espcies ornamentais com valor comercial.
- Ordenar e condicionar o acesso s actividades tursticas e de lazer nas reas de maior sensibilidade
ecolgica, dando particular ateno s viaturas de todo o terreno e mesmo aos velocpedes com motor
auxiliar. Concomitantemente dever ser determinada a capacidade de carga de visitantes nessas reas.
- Ordenar a construo urbana ou de infra-estruturas, cumprindo as condicionantes de ordenamento
urbanstico existentes, de modo a impedir e a corrigir a construo dispersa.
- Controlar as espcies infestantes, como Oxalis, Agave, Opuntia, entre outras.
- Condicionar o desenvolvimento da agricultura intensiva, bem como as drenagens dos terrenos agrcolas e
disciplinar as bombagens de gua.
- Ordenar e controlar a explorao de recursos geolgicos.
- Eliminar as lixeiras dispersas, a cu aberto que no s apresentam um forte impacte visual como tambm
degradam e destroem os habitats.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
AKMAN, Y., M. BARBERO & P. QUZEL (1978), Contribution ltude de la vgtation forestiere dAnatolie mditerranenne.
Phytocoenol. 5 (1) : 1-79.
ALCARAZ, F., P. SNCHEZ-GMEZ, A. TORRE, S. RIOS & J. ALVAREZ ROGEL (1991)- Datos sobre la vegetacin de Murcia
(Espan). Guia geobotnica-XI Jornadas de Fitosociologia.
ALMEIDA, C. (1979) - Inventrio de Grutas do Algarve. Relat. Ind.. Departamento de Geologia da Faculd. de Cincias
da Univ. de Lisboa. Lisboa.
ALMEIDA, C. (1982) - Hidrogeoqumica nos Macios Carbonatados do Algarve. V Semana Geoqumica. Resumos das
comunicaes. Aveiro.
ALMEIDA, C. (1985)- Hidrogeologia do Algarve Central. Dissertao para obteno do grau de Doutor em Geologia.
Departamento de Geologia da Faculd. de Cincias da Univ. de Lisboa. Lisboa.
ARROYO, E. (1994) - Cartografa de la vegetacin presente en la Sierra de Castrl: Bases para la Conservacin de las
comunidades vegetles. Tesis Doctoral. Ind. Universidad de Granada.
ASENSI, A. & J. M. NIETO CALDERA (1981)- Vegetacin aqutica, halfila y halonitrfila de la provincia de Mlaga. Trab.
y monograf. Dep. Bot. Mlaga. 2 : 105-122.
BAMPS, P. (ed.) (1969-1990) - Distributiones plantarum Africanarum 1-38. Jardin Botanique National de Blgique.
Bruxelles.
BARBERO, M., P. QUZEL & S. RIVAS-MARTNEZ (1981)- Contribution ltude des groupements forestiers du Maroc.
Phytocoenol. 9 (3) : 311-412.
BARKMAN, J. J., J. MORAVEC & S. RAUSCHERT (1988) - Cdigo de nomenclatura fitossociolgica (Trad. J. IZCO & M. J.
del ARCO-AGUILAR, 1988). Opusc. Bot. Pharm. Complutensis 4: 9-74.
BARRADAS, F. H. (1988) - Os Solos e seu enquadramento na regio do Algarve. Ministrio. da Agricultura, Pescas e
Alimentao. - Direco Regional de Agricultura do Algarve Faro
BARROS-GOMES B. (1878)- Carta xylographica de Portugal. In Cartas elementares de Portugal para uso das escolas.
Lallemant Frres Typ., Lisboa.
BARTOLOM, C., M. PEINADO, J. M. MARTNEZ PARRAS, F. ALCARAZ, J. ALVAREZ & M. DE LA CRUZ (1989)- Esquema
sintaxonmica de la vegetacin nitrfila de Andaluca (Espan). IX Jornadas de Fitosociologia.
BELMONTE, M. D. (1986)- Estudio de la Flora y Vegetacin de la comarca y Sierra de las Corchuelas. Parque Natural de
Monfrage (Cceres). Tesis Doctoral ind. Universidad. Complutense de Madrid.
BOCQUET, G., B. WIDLER & H. KIEFER (1978) - The Messian Model - A new outlook for the floristics and systematics of
the mediterranean area. Candollea 33: 269-287.
BOLS. O. (1950) - Vegetacin de las Comarcas Barcelonesas. Instituto Espanl de Estudios Mediterrneos.
BOLS, O. (1962)- El paisaje vegetal barcelons. Facultad de Filosofia y Letras. Universidad de Barcelona.
BOLS, O. & R. MOLINIER (1969) - Vue densemble de la vgtation des Iles Balares. Vegetatio 17 . 251-270.
BOLS, O. , R. MOLINIER & P. MONTSERRAT (1970) - Observations phytosociologiques dans lile de Minorque. Acta
Geobot. Barcinonensia, 5: 1-150 Barcelona.
BOLS, O. DE, J. VIGO, R. MASALLES & J. M. NINOT (1993)- Flora Manual dels Paisos Catalans. 2 ed. Editorial Prtie.
S. A.. Barcelona.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
322 BRAMO, L. (1947) - The Soil Map of Portugal. Comptes rendus de la Confrance de Pdologie Mditerranenne. Alger-
Montpellier.
BRAMO, L., S. GARCIA, S. MARQUES & A TEIXEIRA. (1950) - The Soil Map of Portugal Fourth International Congress of
Soil Science. 1 Hoitsema Brothers-Groningen (Netherlands). Amsterdam
BRAUN-BLANQUET, J. (1919) - Essai sur les notions dlement et de territoire phytogographiques. Arch. Sci. Phys. Nat.,
Sr. 5, 1: 497-512.
BRAUN-BLANQUET, J. (1966) - Vegetationsskizzen aus dem BasKenland mit ausblicken auf das weitereibero-Atlanticum,
1 Teil. Vegetatio 13 (3): 117-147.
BRAUN-BLANQUET J., A R. PINTO DA SILVA & ROZEIRA (1956) Rsultats de deux excursions gobotaniques travers
le Portugal septentrional et moyen. II Chenais a feuilles caduques (Quercion occidentale) et chenais a feuilles persistantes
(Quercion fagineae) au Portugal. Agron. Lusit. 18 (3); 167-234.
BRAUN-BLANQUET J. (1979) - Fitossociologia. Bases para el estudio de las comunidades vegetales. Ed. H. Blume.
Madrid.
BRAUN-BLANQUET & PAVILLARD (1928) - Vocabulaire de Sociologie Vgtale. Ed. 3. Roumgous & Dhan,
Montpellier.
BRAUN-BLANQUET, J. & O. BOLS (1957)- Les groupements vgtaux du bassin moyen de lEbre et leur dynamisme.
Anales Estac . Exp Aula Dei (Zaragosa) 5 (1/4) : 1-256.
BRAUN-BLANQUET; P. SILVA & ROZEIRA (1964)- Resultats de deux excursions gobotaniques travers le Portugal
septentrional et moyen. III. Landes Cistes et Ericaces (Cisto-Lavanduletea et Calluno-Ulicetea) Agron. Lusit. 23 (4) :
229-313.
BRITO, R. S. de (1992) - A Romanizao do Actual territrio Portugus in. Histria de Portugal. Direco de Jos Mattoso.
I vol.: 203-299. Circulo de Leitores, Lda e Autores.
CANT, P. (1984) - Revisin del gnero Serratula L. (Asteraceae) en la Pennsula Ibrica. Lazaroa 6: 7-80.
CANT, P. (1988) - Comentarios sobre el Genero Serratula L. (Asteraceae) en Portugal. Lagascalia 15 (Extra) : 377-382.
CAPELO, J. (1996)- Nota sintaxonomia das orlas herbceas florestais do SW da Pennsula Ibrica. Silva Lusitana. 4 (1)
: 123-125.
CARDOSO, C. (1965) - Os Solos de Portugal. Sua classificao, caracterizao e gnese I - A Sul do Rio Tejo. Dir. Geral
de Servios Agronmicos. Lisboa.
CARDOSO, J. C. (1974) - A Classificao dos Solos de Portugal. Nova verso. Bolt. de Solos. 17. SROA
CARDOSO, J. C., M. T. BESSA & M. B. MARADO (1973) - Carta de Solos de Portugal 1:1 000 000. Agron. Lusit. 33 (1-4):
481-602.
CASTROVIEJO, S., M. LANZ, G. LPEZ GONZLEZ, P. MONTSERRAT, F. MUOZ GARMENDIA, J. PAIVA & L. VILLAR
(eds.). (1986) - Flora Ibrica. Plantas vasculares de la Pennsula Ibrica e Islas Baleares.: Lycopodiaceae-Papaveraceae.
Vol. I . Real Jardim Botnico, C.S.I.C. Madrid.
CASTROVIEJO, S., M. LANZ, G. LPEZ GONZLEZ, P. MONTSERRAT, F. MUOZ GARMENDIA, J. PAIVA & L. VILLAR (eds.).
(1990) - Flora Ibrica. Plantas vasculares de la Pennsula Ibrica e Islas Baleares.: Platanaceae-Plumbaginaceae.(Partim).
Vol. II . Real Jardim Botnico, C.S.I.C. Madrid.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CASTROVIEJO, S., C. AEDO, C. GMEZ CAMPO, M. LANZ, P. MONTSERRAT, R. MORALES, F. MUOZ GARMENDIA, 323
G. NIETO FELINIER, E. RICO, S. TALAVERA, L. VILLAR. (eds.). (1993a) - Flora Ibrica. Plantas vasculares de la Pennsula
Ibrica e Islas Baleares.- Cruciferae-Monotropaceae Vol. IV. . Real Jardim Botnico, C.S.I.C. Madrid.
CASTROVIEJO, S., C. AEDO, M. LANZ, R. MORALES, F. MUOZ GARMENDIA, G. NIETO FELINIER & J. PAIVA (1997)
- Flora Ibrica. Plantasvasculares de la Pennsula Ibrica e Islas Baleares - Ebenaceae-Saxifragaceae. Vol. V. Real Jardim
Botnico, C.S.I.C. Madrid.
CASTROVIEJO, S., C. AEDO, C. BENED, M. LANZ, F. MUOZ GARMENDIA, G. NIETO FELINIER & J. PAIVA (1997a)
- Flora Ibrica. Plantas vasculares de la Pennsula Ibrica e Islas Baleares - Haloragaceae-Euphorbiaceae. Vol. VIII. Real
Jardim Botnico, C.S.I.C. Madrid.
CASTROVIEJO, S., F. MUOZ GARMENDIA & C. NAVARRO (1998) - Flora Ibrica. Plantas vasculares de la Pennsula
Ibrica e Islas Baleares Rosaceae. Vol. VI. Real Jardim Botnico, C.S.I.C. Madrid.
CASTROVIEJO, S., C. AEDO, C. ROMRO-ZARCO, L. SEZ, F. J. SALGUEIRO, S. TALAVERA & M. VELAYOS (1999) - Flora
Ibrica. Plantas vasculares de la Pennsula Ibrica e Islas Baleares Leguminosae (partim). Vol. VII (I). Real Jardim
Botnico, C.S.I.C. Madrid.
CASTROVIEJO, S., C. AEDO, A. HERRERO, C. ROMRO-ZARCO, F. J. SALGUEIRO, S. TALAVERA & M. VELAYOS (2000)
- Flora Ibrica. Plantas vasculares de la Pennsula Ibrica e Islas Baleares Leguminosae (partim). Vol. VII (II). Real Jardim
Botnico, C.S.I.C. Madrid.
CASTROVIEJO, S., C. AEDO, J. J. ALDASORO, I. C. HEDGE, A. HERRERO, F. SALES, J. PAIVA & M. VELAYOS (2001) - Flora
Ibrica. Plantas vasculares de la Pennsula Ibrica e Islas Baleares Myoporacea-Campanulaceae. Vol. XIV. Real Jardim
Botnico, C.S.I.C. Madrid.
CASTROVIEJO, S., C. AEDO, J. J. ALDASORO, I. C. HEDGE, A. HERRERO, F. SALES, J. PAIVA & M. VELAYOS (2003) -
Flora Ibrica. Plantas vasculares de la Pennsula Ibrica e Islas Baleares Araliaceae-Umbellifereae. Vol. X. Real Jardim
Botnico, C.S.I.C. Madrid.
CHOFFAT, P.(1887) - Recherches sur les terrains secondaire au Sud du Sado. Com. Trab. Geol. Portugal, Tomo 1 (2): 222-
312. Lisboa.
CAVACO, C. (1976) - O Algarve Oriental, as vilas, o campo e o mar. I Vol. Gabinete do Planeamento da Regio do Algarve,
Faro.
CHOFFAT, P.(1887) - Recherches sur les terrains secondaire au Sud du Sado. Com. Trab. Geol. Portugal, Tomo 1 (2): 222-
312. Lisboa.
CHOFFAT, R.(1909) - Excursions botaniques en Espagne et Portugal. Bull. Soc. Bot. Genve. Sr. 2, 1: 13-96, 133-179.
COSTA, M. I. S. (1990). - Um exerccio de Cartografia autoftica para o Algarve. Estao Agronmica Nacional. Oeiras.
COSTA, J. C. (1991) - Flora e Vegetao do Parque Natural da Ria Formosa. Tese de Dout. Univ. Tec. Lisb., Inst. Sup.
Agro. Lisboa
COSTA, J. C., LADERO, M., DAZ, T., LOUS, M., ESPRITO- SANTO, M. D., VASCONCELOS, T., MONTEIRO, A. & AMOR,
A. (1993)- Vegetao da Serra de Sintra. In: Guia geobotnico da excurso das XIII Jornadas de Fitossociologia: 1-98 Dep.
Bot. Eng. Biol., ISA Universidade Tcnica de Lisboa. Lisboa.
COSTA, J. C., J. CAPELO, M. LOUS & C. AGUIAR (1994) - Communauts de Juniperus au Portugal. Col. Phytosociol.
XXII : 499-514.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
324 COSTA, J. C., J. CAPELO & M. LOUS (1994a)- Os bosques de Zambujeiro (Olea europaea L. var. sylvestris Miller):
Vegetao Potencial dos vertissolos das reas termomediterrnicas da Extremadura Portuguesa. Ana. Inst. Sup. Agron.
44(2): 497-513.
COSTA, J.C.; M. LOUS & A. P. PAES (1996)- As comunidades ribeirinhas da bacia hidrogrfica do rio Sado (Alentejo,
Portugal). Actas do I Colquio Internacional de Ecologia da Vegetao:291-320.
DAGET, P. (1977) - Les bioclimat mditerranen: analyse des formes climatiques par les systems dEmberger. Vegetatio
34(2): 87-103.
DAVEAU , M. J. (1897) - Gographie Botanique du Portugal. I. La flore litoralle du Portugal. Bol. Soc. Brot. , Sr. 1, 14 :
3-54.
DAVEAU , M. J. (1898) - Le Palmier nain et le caroubier en Portugal. Ann. Soc. Hort. Hist. Nat Hrault 38 : 166-170.
DAVEAU ,. J. (1902) - Notes Phytostatiques - Aperu sur la Vegetation de lAlentejo et de l Algarve, s.l.
DELFORGE, P. (1994) - Guide des Orchides d Europe, dAfrique du Nord et du Proche-Orient. Delachaux et Niestl.
Paris.
DENYS, E. (1980) - A tentative phytogeographical division of tropical Africa based on a mathematical analysis of
distribution maps. Bull. Jard. Bot. Nat. Blgique 50: 465-504.
DEVY-VARETA, N. (1986) - Para uma Geografia histrica da floresta portuguesa (Do declnio das matas medievais
poltica florestal do Renascimento - sc. XV e XVI in Revista da Faculdade de Letras-Geografia. I srie. Vol. II: 5-40.
DEWEY, J. PITMAN III, C. W. & BONNIN, J. (1973) - Plate Tectonics and the evolution of the Alpine System, Geol. Soc.
Of America Bull. V (84): 3137-3180.
DAZ GONZLEZ, T. E.(1989)- Biogeografia y Sintaxonomia de comunidades rupicolas (Ensayo preliminar para uma
revision de la classe Asplenietea Trichomanis en la Peninsula Ibrica, Baleares e Canrias. IX Jornadas Internacionales
de Fitosociologia. Alcal de Henares.
DAZ GONZLEZ, T. E. & A. GARCA GONZLEZ (1995)- Diversidad de los Madroales de la Pennsula Ibrica: Estudo
comparativo. Universidad de Oviedo. Oviedo. Trab. indito.
DJEBAILI, S. (1984)- Recherches Phytosociologiques et ecologiques sur la vegetacin des hautes plaines stepiques et
de lAtlas Saharien Algerieno Algarvio. 3 Congr. Algarv. Textos das comunicaes (68): 513-521.
ESPRITO-SANTO, M. D. (1988) - Flora do Barrocal Algarvio ALTE. Depart. de Bot. - Inst. Sup. Agron. Lisboa.
ESPRITO-SANTO, M. D. (1989) - Flora do Barrocal Algarvio Ocidental (Do Burgau ao Cabo de S. Vicente) Depart. de Bot.
- Inst. Sup. Agron. Lisboa.
ESPRITO-SANTO, M. D., M. F. LOUS, J. C. COSTA & I. MOREIRA (1992) - Flora da via longitudinal do Algarve (Transecto
da Guia a Santa Rita). Junta Autnoma das Estradas. Lisboa.
ESPRITO-SANTO, M. D., M. F. LOUS, J. C. COSTA & I. MOREIRA (1992 a) - Flore Spontane des Verger de Caroubiers
et Amandiers en Algarve (Portugal). Act. IXme Colloque International sur la Biologie des Mauvaises Herbes: 229-237.
Dijon. France.
FAO - UNESCO (1987) - Soil Map of the World (1: 5 000 000) World Soil Ressources Report 60. Amended Fourth Drapht.
Roma
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
FEIO, M. (1949) - Les Bas Alentejo et Algarve . Livret-guide de lexcursion E. 16me. Congr. Intern. Gogr., Lisbonne 207 325
p.
FEIO, M. (1951) - A evoluo do relevo do Baixo Alentejo e Algarve. Comum. dos S.G. P. Tomo XXXII (2 parte). Serv. Geol.
De Portugal.
FEIO, M. & G. ALMEIDA (1980) - The Carob tree climate in Portugal. Portugal Acta Biol. (A) 16 (1-4): 19-23.
FERNNDEZ ARERES, M. P. & al. (1987)- Estudio del Cheilanthion hispanicae Rivas Goday 1955 em. Seng de Rivas &
Rivas-Martnez 1979 y Comunidades afines en el sector Orensano-Sanabriense (Provncia Carpetano-Ibrico-Leonesa).
Lazaroa 7 : 207-220. Madrid.
FERNNDEZ-CASAS, J. (1985) - Asientos para un Atlas corolgico de la Flora Occidental. Mapas 1-4. Fontqueria 8:
23-30.
FLAHAUT, CH. (1900) - Projet de nomenclature phytogographique. Actes Congrs Intern. Bot. : 427-251.
FRANCO, J. A. (1971) - Nova Flora de Portugal (Continente e Aores). Vol. I. Ed. do Autor, Lisboa.
FRANCO, J. A. (1984) - Nova Flora de Portugal (Continente e Aores). Vol. II. Ed. do Autor, Lisboa.
FRANCO J. A. & M. L. ROCHA-AFONSO (1994) - Nova Flora de Portugal (Continente e Aores). Vol. III. (Fasc. I). Ed.
Escolar
FRANCO J. A. & M. L. ROCHA-AFONSO (1998) - Nova Flora de Portugal (Continente e Aores). Vol. III (Fasc.II). Ed.
Escolar
FRANCO J. A. & M. L. ROCHA-AFONSO (2003) - Nova Flora de Portugal (Continente e Aores). Vol. III (Fasc.III). Ed.
Escolar
FRANCO, P., O. RANGEL & G. LOZANO (1986)- Estudios ecolgicos en la cordillera Oriental-II las comunidades vegetales
de los alrededores de la laguna de Chingaza (Cundimarca). Caldasia 15 : 220-248.
GALN DE MERA, A.(1993)- Flora y Vegetacion de los Terminos Municipales de Alcala de los Gazules y Medina Sidonia
(Cadiz, Espaa). Tesis Doctoral . Universidad Complutense de Madrid. Madrid.
GALN DE MERA, A. (1996)- Datos sobre las comunidades de la aliana Diplotaxion erucoides en el SW de la Peninsula
Ibrica. Investigaciones de la Biosfera 1 : 11-14.
GALLEGO, M. J., F. MUOZ-GARMENDIA & C. NAVARRO. (1993) - 3 Xolantha, sect. 1. Tuberaria, in Fl. Iber. 3: 353-355
GARCA FUENTES, A. (1993)- Estudio fitosociolgico de malas hierbas del olivar en el valle del Guadalquivir (Jan). Tesis
de Licenciatura ind. Dep. Biol. Animal, vegetal y Ecologia. Univ. Jan. Jan.
GARCA FUENTES, A. (1996)- Vegetacin y Flrula del alto valle del Guadalquivir: modelos de regeneracin Tesis
Doctoral.- Universidad de Jan- Jan
GHU, J. M. & S. RIVAS-MARTNEZ (1981) - Notions fondamentales de Phytosociologie in Syntaxonomie. J. Cramer,
Vaduz.
GARCA FUENTES, A. (1993)- Estudio fitosociolgico de malas hierbas del olivar en el valle del Guadalquivir (Jan). Tesis
de Licenciatura ind. Dep. Biol. Animal, vegetal y Ecologia. Univ. Jan. Jan.
GARCA FUENTES, A. (1996)- Vegetacin y Flrula del alto valle del Guadalquivir: modelos de regeneracin Tesis
Doctoral.- Universidad de Jan- Jan.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
326 GARCA FUENTES, A. & E. CANO-CARMONA (1995)- Malas hierbas del Olivar Giennense. Dip. Prov. De Jan Institut. De
Estudios Giennense. Jan.
GAUSSEN H. (1940) - Le milieu physique et la fort au Portugal. Rev. Gogr. Pyrnes S.-Ouest. 11:219-267.
GHU, J. M. (1987) Des complexes de groupements vgtaux la phytosociologie paysagre contemporaine. Inf. Bot.
Ital. 18: 53-83.
GHU, J. M. (1991) - Vgtations et paysages littoraux de type Cantabro-Atlantique. Ber. Reinh. Tuxen-Ges. 3: 59-128.
GMEZ MERCADO, F. (1989)- Cartografia y estudio de la vegetation de la Sierra de Carzola Tesis Doctoral : Univ. de
Granada ind.
GMEZ MERCADO F. & VALLE TENDERO (1992)- Pastizales higrfilos en el sector subbtico. Stud. Bot. 10 : 39-52.
GOUVEIA, A. M. (1938) - Algarve (aspectos fisiogrficos). IAC., Lisboa, 161 p., est. 11; 1 esboo geol. Fig. 4. Lisboa.
GRILO, J. T. T. (1953) - Contribuio para uma Carta-Esboo dos Solos de Portugal. Inst. Sup. Agron. - Univ. Tcn. de
Lisboa. Lisboa
GUERLESQUIN M. & J. - L. MERIAUX (1981) - Characees et Vgtations des Milieux Aquatiques du Nord de la France.
Colloques phytosociologiques. 10: 415-444.
GUERREIRO, M.G. (1989) - O Algarve Mediterrneo no Contexto Nacional in . O Algarve na Perspectiva da Antropologia
Ecolgica: 361-381, INIC. Lisboa.
HENRIQUES, J. (1890) - Exploraes botnicas em Portugal por Tournefort. Bol. Soc. Brot., 8: 191-247.
HENRIQUES, J. A. (1905) - Subsdio para o conhecimento da flora portuguesa. Gramneas (Gramineae). Bol. Soc. Brot.,
Sr. 1, 20: VII-XV, 1-183.
IZCO, J. (1970) Elementos y comunidades trmico-mediterrneas en la Planicie Carpetana. Anal. Inst. Bot. Cavanilles
26 : 463-481.
IZCO, J. (1974) - Pastizales terofticos de la Provincia de Madrid. Thero-Brachypodion y Sedo Ctenopsion. Anal. Inst. Bot.
Cavanilles 31 (1) : 209-224.
IZCO J. (1977) - Revisin sinttica de los pastizales del suborden Bromenalia rubenti-tectori. Colloques Phytosociologiques
6 : 37-58.
IZCO J. (1984) Madrid Verde. Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentacin. Comunidad de Madrid.
JALAS, J. & J. SUOMINEN (1967) - Mapping the distribution of european vascular plants. Mem. Soc. Fauna e Flora
fennica; 43: 60-72.
JONES M. PUGH (1980) - Ceratonia in the Algarve , its distribution and associated vegetation. Portug. Acta Biol. (A) 16:
59-66.
LADERO, M. & O. SOCORRO (1982) Acerca del tratamiento sistemtico de Ononis viscosa L. subsp. crotalarioides
(Cosson) Sirj. 7-67.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
LADERO, M., O. SOCORRO, J. MOLERO MESA, M. LOPEZ GUADALUPE, M. L. ZAFRA, G. MARIN, J. HURTADO & F. P. 327
RAYA (1982) Algunas consideraciones sobre las comunidades nitrfilas de Granada (Espaa). Anales Jard. Bot. Madrid
37 (2): 737-763.
LADERO, M.; C. J. VALLE; M. T. SANTOS; A. AMOR; M. D. ESPIRITO SANTO; M. F. LOUS & C. COSTA (1991)- Sobre
Vegetacin y flora rupcola de las intercalaciones calcreas de los sectores divisrio portugus y Beirense litoral.
Candollea 46 (1) : 53-59.
LAMBINON, J., J. E. DE LANGHE, L. DELVOSALLE & J. DUVIGNEAUD (1992 ) - Novelle Flore de Blgique, du Grand-
Duch de Luxembourg, du Nord de la France et des Rgions voisines (Ptridophytes et Spermatophtes). 4 Ed. Editions
du Patrimoine du Jardim Botanique National de Blgique. Meise.
LAUTENSACH, H. (1931 ) - A individualidade geogrfica de Portugal no conjunto da Pennsula Ibrica. Bol. Soc. Gerogr.
Lisboa 49 (11-12): 61-72.
LEAL DE OLIVEIRA, A. F. (1980 ) - Contribution towards the caracterization of spontaneous vegetation with carob in
Algarve. Ecological and cultural expansion, zones of carob. Portug. Acta Biol. (A) 16 (1-4):311-316.
LEAL DE OLIVEIRA, A. F. & M. H. PEREIRA DIAS (1984) - Rocha da Pena. Acidente geobotnico, histrico e paisagstico,
patrimnio algarvio a salvaguardar. 3 Congr. Algarve. Aldeia de Montechorro, 19-22 Janeiro, 1:539-567.
LOIDI, J., IDOIA BIURRUN & MERCEDES HERRERA (1997) - Las vegetacin del centro-septentrional de Espaa. Itinera
Geobotanica. 9 : 16-618.
LOIDI, J., IDOIA BIURRUN & MERCEDES HERRERA (1997) - Las vegetacin del centro-septentrional de Espaa. Itinera
Geobotanica. 9 : 16-618.
LPEZ, GONZLEZ. (1982) - La guia de Incafo de los rboles y arbustos de la Pennsula Ibrica. Madrid
LOUS, M., F. (1985 ) - Impacte Ambiental de Pormenor do Sistema 3 de Origens e Aduo de gua ao Sotavento
Algarvio (Flora e Vegetao). Centro de Bot. Aplic. Agrc. Univ. Tc. Lisboa. Lisboa.
LOUS, M. F., M. D. ESPRITO-SANTO, & J. C. COSTA (1987 ) - Bitopos do Algarve - Espcies Endmicas e Raras. Depart.
de Bot. - Inst. Sup. Agron. Lisboa.
LOUS, M. F., M. D. ESPRITO-SANTO, M. L. ROSA & J. P. LUZ (1989 ) - Estevais do Centro e Sul de Portugal (Alguns
tipos). Stud. Bot. 8: 67-77.
MACHADO, J. PEDRO (1991) - Grande Dicionrio da Lngua Portuguesa. Publicaes Alfa; Circulo dos Leitores; Lisboa.
MAGALHES, J. R. (1993) - A Estrutura das Trocas in. Histria de Portugal. Direco de Jos Mattoso. III Vol.: 315-353.
Circulo de Leitores, Lda e Autores.
MALATO-BELIZ, J. V. C. (1978) - Catlogo das plantas infestantes das searas de trigo. 1. Aristolochiaceae-Lythraceae.
Empresa Pblica de Abastecimento de Cereais, Lisboa.
MALATO-BELIZ, J. V. C. (1982) - Catlogo das plantas infestantes das searas de trigo. 1. Umbelliferae-Araceae. Empresa
Pblica de Abastecimento de Cereais, Lisboa.
MALATO-BELIZ, J. V. C. (1986) - O Barrocal Algarvio. Col. Parques Naturais 17. Servio Nacional de Parques, Reservas e
Patrimnio Paisagstico. Lisboa.
MALATO-BELIZ, J. & PINTO-GOMES, C. (1992) - Notas de Florstica. Anais da Universidade de vora. 2: 93-102.
MANIQUE E ALBUQUERQUE, J. P. DE (1945) - Zonas fito-climticas e regies naturais do Continente portugus. Bol.
Soc. Brot. Sr. 2, 19: 569-591.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
328 MANIQUE E ALBUQUERQUE, J. P. DE (1954) - Carta ecolgica de Portugal (Memria descritiva) Repartio de Estudos,
Informao e Propaganda, Direco Geral dos Servios de Agrcolas. Lisboa
MANUPPELLA, G. (1988) - Litoestratigrafia e tectnica da Bacia Algarvia pendant le Jurassique. Geonovas (Lisboa) 10:
67-71.
MANUPPELLA, G, B. MARQUES, M. RAMALHO & R. ROCHA (1984) - Cartografia geolgica do Algarve. 3 Congresso
sobre o Algarve - Racal Clube V. 2: 693-702.
MARTIN OSRIO, V. E., B. DEZ GARRETAS & A. ASENSI MARFIL (1992)- Las formaciones de Ceratonia siliqua L. en la
provincia corolgica Btica Stud. Bot. 10 : 53-56.
MARTNEZ-PARRAS, J.M., PEINADO, M. & ALCARAZ, J. (1984): Estudio de la serie mesomediterrnea basfila de la
encina (Paeonio-Querceto rotundifoliae S.). Lazaroa 5: 119-129.
MARTNEZ-PARRAS, J. M., M. PEINADO LORCA, C. BARTOLOME ESTEBAN & J. MOLERO MESA (1988)- Algumas
comunidades vegetales higrfilas e higronitrfilas estivo-autumnales de la provincia de Granada. Act. Bot. Barcinonensia
37 : 271-279
MATOSO, J. (1989) - O Algarve na Histria Regional Portuguesa da Idade Mdia in. O Algarve na Perspectiva da
Antropologia Ecolgica: 11-22, INIC, Lisboa
MAURIN, Y., A. MAURIN & A. PREVOT (1982)- Portugal 82 - Algarve. Relat. de expedio Geolgica a Portugal. Soc.
Languedoc de Speleol. France.
MENDES, J. C. & M. R. GUERREIRO (1990) - O Clima de Portugal - Estatsticas Climatolgicas em Portugal Continental
(Perodo 1951-1980).47 (1). Instituto Nacional de Meteorologia e Geofsica. Lisboa
MENNENA, J. (1985) - The first plant distribution. Map. Taxon 34(1) 115-117.
MRIAUX, J. L. (1978) Etude analytique et comparative de la vgtation aquatique detangs et marais du Nord de la
France (Valle de la Sense et Bassin houiller du Nord-Pas-de-Calais) Docum. Phytosociologiques, vol. III: 1-244.
MOLINA ABRIL, J. A. (1994)- Resumen sintaxonomia de las comunidades vegetales de Francia y Espanha hasta el rango
de alianza. Col. Phytosociol. XXll : 55-110.
MOLINA, J. ANTNIO (1996)- Sobre la Vegetacin de los humedales de la Peninsula Ibrica (1. Phragmiti-Magnocaricetea).
Lazaroa 16 : 27-88.
MOLINIER R. (1954)- Les climax cotiers de la mditerranen occidentale. Vegetatio 4 (5) : 284-308.
MYRE, M. & A. R. PINTO DA SILVA (1949) - La gobotanique au Portugal pendant les dernires annes (1938-1946).
Vegetatio 1: 184-191.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
NIETO CALDERA, J. M.; A. PREZ LA TORRE & B. CABEZUDO (1991)- Biogeografia y sries de Vegetacin de la provincia 329
de Mlaga (Espaa). Acta Bot. Malacitana, Mlaga 16 (2) : 5-189.
NOGUEIRA, I. & J. ORMONDE (1986) - XX. ASPLENIACEAE. 3 Asplenium, in Fl. Iber. 1: 90-104
BON DE CASTRO & RIVERA NUNEZ (1990) - Sideritis algarviensis Rivera & bon, Espcie Nueva de la Flora Ibrica.
Ana. Jard. Bot., 47 (2): 500-502.
BON DE CASTRO, C & D. RIVERA NUNEZ (1994) - A Taxonomic Revision of the Section Sideritis (Genus Sideritis)
(Labiatae). Phanerogamarum Monographiae 21: 1-460. J. Cramer. Berlin - Stuttgard.
PAIVA, J. & I. NOGUEIRA (1993) - LX. Malvaceae. 5 Abutilon, in Fl. Iber. 3: 201-203
PAIVA-FERREIRA, R. & PINTO-GOMES, C. (2002a) - Flora e Vegetao da Faixa Litoral Envolvente Lagoa de Santo Andr.
Quercetea 4. 133-140.
PEINADO LORCA, M, J. M. MARTNEZ PARRAS & C. BARTOLOM (1986)- Notas sobre vegetacin nitrfila II: Algumas
novedades ftosociolgicas en Andaluca. Stud. Bot. 5: 53-69.
PEIXOTO, J. PINTO & al. (eds.) (1985) - Histria e Desenvolvimento da Cincia em Portugal at ao sc. XX. II vol. 15-19
Abr. Lisboa. Publ. do II Centenrio da Academia das Cincias de Lisboa.
PREZ CARRO, F. J. (1990)- Flora pteridofita de la cordillera Cantbrica y sus estribaciones. Memoria Tesis Doctoral. Univ.
de Leon.
PREZ RAYA, F. & J. M. LPEZ NIETO (1991)- Vegetacin aqutica y heloftica de la depressin de Padul (Granada). Acta
Bot. Malacit. 16 (2) : 373-389.
PICHI-SERMOLLI, R. E. G. (1979) - A survey of the pteridological flora of the Mediterranean Region. Webbia 34 (1):175-
242.
PINTO-GOMES, C. (1995) - A Serra de Ficalho. Flora e Vegetao. Ministrio do Ambiente e Recursos Naturais - Direco
Regional do Ambiente e Recursos Naturais do Alentejo vora.
PINTO-GOMES, C. (1996) - Distribuio Geogrfica e Estatuto de Ameaa das Espcies da Flora a Proteger (Relatrio
Final). Departamento de Ecologia. Universidade de vora.
PINTO-GOMES, C. & PAIVA-FERREIRA, R. (2005) - Cartografia das Sries de Vegetao da rea de Interveno da
Comisso Regional de Reflorestao do Algarve. Universidade de vora. Documento tcnico, D.R.F. - Algarve.
PINTO DA SILVA, A. R. (1986) - Departamento de Fitossistemtica e Geobotnica. In: Estao Agronmica Nacional,
50 anos de actividade. Estao Agronmica Nacional. Oeiras.
PINTO DA SILVA, A. R., J. A. BACELAR, F. M. CATARINO, A. I. CORREIA, A. ESCUDEIRO, M. G. SERRA & C. M. RODRIGUES
(1991) - A Flora da Serra de Sintra. Catlogo. Sep. Portugaliae Acta Biolgica. Ser. B, 15:5-258.
PIRES, A. J. COSTA (1952) - Subsdios para o estudo fitogeogrfico do concelho de Faro (Contribution ltude
phytogographique de la commune de Faro). Rel. Fin. Inst. Sup. Agron. Lisboa. (Mimeogr.)
QUZEL, P. (1978) - Analysis of the flora of Mediterranean and Saharan frica. Ann. Missouri Bot. Gard.. 65: 479-534.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
330 QUZEL, P. & S. SANTA (1962- 1963) - Nouvelle flore dAlgrie. CNRS. Paris.
QUZEL, P. (1985) - Definition of the Mediterranen Region and the origin of its flora. In GMEZ CAMPO, C. (ed.) - Plant
conservation in the Mediterranean area. Dr. W. Junk Publishers. Dordrecht..
RAUNKJAER, C. ( 1934 ) - The life forms of Plants and statistical Plant Geography. London, Clarendon Press.
RIBEIRO, O. ( 1980 ) - Le Caroubier, ses conditions naturelles, son expansion, ses rapports avec l griculture. Portug.
Acta Biol. (A) 16 (1-4): 3-10.
ROS, R. (1994) El Paisage vegetal de las riberas del ro Segura (SE. de Espaa) Tesis Doctoral ind. Departamento de
Biologa Vegetale (Botnica). Universidad de Murcia.
RIVAS-GODAY, S. (1957)- Nuevos ordens y alianas de Helianthemetea annua Br.-Bl. Anales Inst. Bot. Cavanilles 15 :
539-651.
RIVAS-GODAY, S. (1970)- Revisin de las comunidades hispanicas de la classe Isoeto-Nanojuncetea Br.- Bl. & Tx. 1943
Anales Inst. Bot. Cavanilles 27: 225-276.
RIVAS-GODAY & RIVAS-MARTNEZ (1963)- Estudio y clasificacin de los pastizales espaoles. Pub. Ministrio Agricultura.
277 : 1-269. Madrid.
RIVAS-GODAY & RIVAS-MARTNEZ (1967) - Matorrales y tomillares de la Pennsula Ibrica comprendidos en la clase
Ononido-Rosmarinetea Br.-Bl. 1947. Anal. Jard. Bot. Madrid, 25 : 7-201.
RIVAS-GODAY, S. (1964) - Vegetacin y Flrula de la Cuenca Extremea del Guadiana (Vegetacin y Flrula de la Provncia
de Badajoz). Dip. Prov. Badajoz.
RIVAS-GODAY, S. & ESTEVE CHUECA F. (1972)- Flora serpentinicola espaola- Nota Segunda - Anales de la Real Acad. de
Farmacia. XXXVIII (3) : 409-462.
RIVAS-GODAY, S. & J. BORJA-CARBONELL (1961)- Estudio de vegetacin y flrula del Macizo de Gdar y Jabalambre.
Anal. Inst. Bot. Cavanilles. XIX : 238-257.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1959)- Roca, clima y comunidades rupicolas. Sinopis de las alianzas hispanas de Asplenietea
rupestris. Anales R. Acad. Farmacia 2: 153-168.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1976) Sinfitosociologa, una nueva metodologa para el estudio del paisage vegetale. Anal. Inst.
Bot. Cavanilles. 33: 177-188.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1978) - De plantis hispaniai notulae systematicae, chorologicae et ecologicae, III . Anales Inst. Bot.
Cavanilles 34 (2) : 539-552.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1979) - Brezales y Jarales de Europa Occidental. (Revisin fitosociologica de las clases Calluno-
Ulicetea y Cisto-Lavanduletea). Lazaroa, 1: 5-127.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1981) - Les tages bioclimatiques de la vgetacin de la Pninsule Ibrique. Anal. Jard. Bot.
Madrid. 37 (2): 251-268.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1982) - Vegetatio Matritensis, I. Datos sobre la vegetacin flotante dulceacucola de la classe
Lemnetea minoris. Lazaroa 4 : 149-154.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1985) - Biogeografia y vegetacin. Discurso de Ingresso en la Real Academia de Cincias Exactas,
Fisicas y Naturales. Madrid.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
RIVAS-MARTNEZ, S. (1987) - Memoria del Mapa de Series de Vegetacin de Espaa. I.C.O.N.A. Srie Tecnica. Publ. 331
Ministerio Agricultura, Pesca y Alimentacin. Madrid.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1987a)- Nociones sobre Fitosociologia, Biogeografia y Climatologa.. In PEINADO LORCA, M. & S.
RIVAS-MARTNEZ (eds.). La vegetacin de Espaa. Univ. de Alcal de Henares. Madrid.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1994) - Bases para una nueva clasificacin bioclimtica de la Tierra. Folia Botanica Matritensis 13:
1-27. Universidad Complutense de Madrid.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1995) - Clasificacin bioclimtica de la Tierra. Folia Botanica Matritensis 16: 1-33. Universidad de
Leon.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1996) - La Fitosociologa en Espaa. Avances en Fitosociologa: 175-191. Universidad del Pais
Basco.
RIVAS-MARTNEZ, S. (1996a) - Geobotnica y Bioclimatologia. Discurso del Acto de Investidura como Doctor Honoris
causa. Universidad de Granada. Granada.
RIVAS- MARTNEZ, S. & S. RIVAS GODAY (1975)- Schma de la classe Quercetea ilicis dans la Pninsule Ibrique. Col.
Inter. C.N.R.S. 235 : 431-445.
RIVAS-MARTNEZ, S. & IZCO, J. (1977)- Sobre la vegetacin teroftica subnitrfila mediterrnea (Brometalia rubenti-
tectori). Anal. Inst. Bot. Cavanilles. 34 (1) : 355-381. Madrid.
RIVAS-MARTNEZ, S. & J. V. C. MALATO-BELIZ (1977) Vegetatio Hispanie. Notula V. Anal. del Inst. Bot. Cavan. 34 (2):
539-552.
RIVAS-MARTNEZ, S.; CASTROVIEJO, S.; & VALDS, E. (1980)- Vegetacin de Doana (Huelva, Espaa) Lazaroa. 2 : 5-
189.
RIVAS-MARTNEZ, S., F. FERNNDEZ-GONZLEZ, & D. SNCHEZ MATA (1986)- Datos sobre la vegetacin del Sistema
Central y Sierra Nevada Opu. Bot. Pharm. Compl. 2 : 3-136.
RIVAS-MARTNEZ, S. P. CANT, F. FERNNDEZ GONZLEZ & D. SNCHEZ MATA (1988)- Ensayo preliminar para uma
revisin de la classe Quercetea ilicis en Espaa y Portugal. Folia Bot. Matritensis 4: 1-20.
RIVAS-MARTNEZ, S., M. LOUSA, T. DAZ, F: FERNNDEZ-GONZLEZ & J. C. COSTA (1990a)- La vegetacin del sur de
Portugal. Itinera Geobot. 3 : 5-126.
RIVAS-MARTNEZ, S., FERNNDEZ GONZLEZ, D. SNCHEZ MATA & J. M. PIZARRO (1990)- Vegetacin de la Sierra de
Guadarrama. Itinera Geobot. 4 : 3-132.
RIVAS-MARTNEZ, S., J. C. BASCONES, T. E. DAZ, F. FERNNDEZ-GONZLEZ & J. LOIDI (1991)- Vegetacin del Pirineo
occidental y Navarra. Itinera Geobot. 5 : 5-456.
RIVAS-MARTNEZ, S. & C. SENZ LAIN (1991) - Enumeracin de los Quercus de la Pennsula Ibrica. Rivasgodaya 6:
101-110.
RIVAS-MARTNEZ, S., M. COSTA & J. LOIDI (1992)- La Vegetacin de las islas de Ibiza y Fermentera (Islas Baleares,
Espaa). Itinera Geobot. 6 : 92-236.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
332 RIVAS-MARTNEZ, S., FERNNDEZ-GONZLEZ & LOIDI, J. (1997)- Syntaxonomical synopsis of the North America natural
potencial vegetation communities, I (Compendio Sintaxonmico de la vegetacin natural potencial de Norteamrica, I)
Itinera Geobotanica 10: 5-148.
RIVAS-MARTNEZ, S.; LOIDI, X.; COSTA, M.C.T.; DAZ, T.E.; PENAS, A. (1999) Iter Ibericum A.D. MIM. Itenera
Geobotnica 13. AEFA.5-347.
RIVAS-MARTNEZ, S.; FERNNDEZ-GONZLEZ, F.; LOIDI, X.; LOUS, M. & PENAS, A. (2001) Syntaxonomical Checklist
of Vascular Plant Communities of Spain and Portugal to Association Level. Itin Geob.14.AEFA. 341 p
RIVAS-MARTNEZ, S.; DAZ, T.E.; FERNNDEZ-GONZLEZ, F.; IZCO, J.; LOIDI, X.; LOUS, M. & PENAS, A. (2002)
Vascular Plant Communities of Spain and Portugal: Addenda to the Syntaxonomical Checklist of 2001.Itin Geob.15(1;2).
AEFA. 922 p
RIOS RUIZ, S. (1996)- El Paisage Vegetal de las Riberas del Ro Segura (S. E. de Espaa). Tesis Doctoral. Universidade de
Murcia. Murcia.
ROCHA, R. B. & B. MARQUES (1979) - Le Jurassique de l Algarve (Portugal). Esquisse Stratigraphique et Evolution
Paleographique. Bol. Soc. Geol. de Portugal. 21(2-3): 137-151.
ROTHMALER, W. (1939a) - Importncia da fitogeografia nos estudos agronmicos. Palestras Agronmicos, Lisboa 2 (1):
49-60. SAMPAIO G. 1988. Flora Portuguesa (3 ed.). Ed. Imprensa Portuguesa, Porto.
SNCHEZ MATA, D. (1989)- Flora y vegetacin del macizo oriental de la Sierra de Gredos (vila). Dip. Prov. de vila
Institucin Gran Duque de Alba.
SANTOS, M. T. (1987) - Vegetacin y Flora vascular desarroladas sobre suelos bsicos (dibasas y calizas) de la Provincia
de Cceres. Resumen Tesis Doctoral. Ed. Universidad de Salamanca.
SANTOS, M. T., M. LADERO & AMOR (1989)- Vegetacin de las intercalaciones bsicas de la provincia de Cceres
(Extremadura, Espaa: Studia Bot. 7 : 9-147.
SO JOS, FREI DE (1577) - Chorografia do Reyno do Algarve, Manuscrito Conservado na Biblioteca Nacional de Lisboa,
n 109.
SAUVAGE, C. (1978)- Excursion botanique au Portugal. 20 Mai-1 Juin 1976. Laboratoire de Systmatique et Gobotanique
Mediterranennes, Universit des Sciences et Technique du Languedoc, Montpelier. (Mimeogr.)
SERGIO, C., M. SIM-SIM, C. CASAS, R. M. CROS & M. BURGUS (1984) - A Vegetao Briolgica das Formaes
Calcrias de Portugal - II. O Barrocal Algarvio e o Promontrio Sacro. Bol. Soc. Brot., Sr. 2, 57: 275-307.
SERVIO DE .RECONHECIMENTO E .ORDENAMENTO AGRRIO (1970) - Carta de Solos de Portugal (esc. 1: 50 000).
Secretaria de Estado da Agricultura. Lisboa.
SILVA, M. J. B. LOURENO DA (1988) - Hidrogeologia do Miocnico do Algarve (Portugal). Dissertao para a obteno
do grau de Doutor em Geologia. Universidade de Lisboa. Lisboa
SIMES, P. (1989) - O Sistema Silvo-Agro-Pecurio do Barrocal, Algarvio in. O Algarve na Perspectiva da Antropologia
Ecolgica: 333-360. INIC. Lisboa.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
SOUSA, A. de (1993) in. Histria de Portugal. Direco de Jos Mattoso. II vol.: 310-389. Circulo de Leitores, Lda e 333
Autores.
TALAVERA S., C. AEDO, S. CASTROVIEJO, C. ROMERO-ZARCO, L. SEZ, F. SALGUEIRO & M. VELYOS, 1986. - Flora Ibrica.
Plantas Vasculares de la Pennsula Ibrica e Islas Baleares - Leguminosae (partim). Real Jardn Botnico de Madrid, 7(1), 578
p.
TEIXEIRA, C. & F. GONALVES (1980) - Introduo Geologia de Portugal. Inst. Nac. Invest. Lisboa.
TORRES CORDERO, J. A. (1997) Estudio de la Vegetacin de las Sierras de Pandera y Alta Coloma (Jen). Tesis
Doctoral. Ind. Universidad de. (Jen)
TORRES CORDERO, J.A.; VALLE, F.; PINTO, C; GARCIA-FUENTES, A.; SALAZAR, C. & CANO, E. (2002) - Arbutus unedo
L. Communities in southern Iberian Peninsula mountais. Plant Ecologya 160: 207-223.
TUTIN, T. G., V. H. HEYWOOD, N. A. BURGES, D. M. MOORE, D. H. VALENTINE, S. M. WALTERS & D. A. WEBB (Eds.)
(1964-1980) - Flora Europaea. 5 vol. Cambrigde University Press.
TXEN, R. (1937) - Die Planzengesellschaften Nordwest Deutschlands. Mitt. Flor.-Soz. Arbeitsgem. in Niedersachsen 3:
1-70. Hannover.
TXEN, R. (1956) - Die heutige potentielle natrliche Vegetation als Gegenstand der Vegetationskartierung. Angew.
Pflanzensoziol., Stolzenau 13: 5-42.
VALDS, B., S. TALAVERA &. F. GALIANO (eds.) (1987) - Flora vascular de Andaluca Occidental. 1-3 Ketres. Editora, S.
A. Barcelona.
VASCONCELLOS, J. DE CARVALHO E (1929) - Vantagens das herborizaes regionais. Bol. Est. Agron. Nac. , Sr. C . 4:
3-16.
VASCONCELLOS, J. DE CARVALHO E (1943) - O ressurgimento florestal do Pas sob o ponto de vista fitogeogrfico.
Anais do Inst. Sup. Agron. Univ. Tcn. Lisboa., 14: 65-72.
VASCONCELLOS, J. DE CARVALHO E & J. DO AMARAL FRANCO (1954) - Carvalhos de Portugal. Anais do Inst. Sup.
Agron. Univ. Tcn. Lisboa., 21: 1-136.
WALTERS, S. M. (1951) - The study of plant distribution. In: Lousley, J.E. (ed.). The study of the distribution of British
plants. Botanical Society of the British Isles Oxford: 12-23
WILLKOMM, M. (1855) - Enumeratio plantarum novarum et rariorum quae in Hispania australi regnoque Algarbiorum
annis 1845 et 1846 legit. Denkschr Akad. Wiss. (Math-Naturwiss), Wien 10.
WILLKOMM, M. (1896) - Grundzuge der Pflanzenverbreitung auf der Iberichen Halbinsel. In A. Engler u. O. Drude: Die
Vegetation der Erde. Leipzig.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
NDICES DE
Nomes Comuns | Gneros Florsticos | Fitossociolgico
336
ndice de Nomes Comuns
A Alface-dos-rios 113
Abrolhos 62; 123 Alface-silvestre 86
Abrtea 55 Alfafa 121
Abrteas 55 Alfarrobeira 42; 64; 123; 124; 282; 284; 287
Aafro-bastardo 67 Alfavaca-de-cobra 101
Acanto 49 Alfavaca-dos-montes 56
Acanto-bastardo 97 Alforvas 125
Acelga-brava 57 Algebo 127
Adelfa 96 Alho 50
Aderno 102 Alho-de-cheiro 96
Aderno-bastardo 109 Alho-negro 51
Aderno-das-folhas-estreitas 102 Alho-rosado 51
Aderno-das-folhas-largas 102 Alho-sem-mau-cheiro 96
Agarra-saias 110; 282; 284; 287 Almeiro 66
Agerato 49 Almeira 68
Agrao 102 Alpista 102
Agrio 110 Alpista-brava 102
Agrio-menor 110 Alpvre 97
Agrimnia 49 Alquequenje-bastardo 103
Agrimnia-bastarda 113 Ameixeira-europeia 106
Agrio 110 Amendoeira 106
Agrio-da-gua 110 Amor-de-hortelo 78
Agrio-do-rio 110 Anafe-menor 93
Agulha-de-pastor 114 Angira 52
Agulha-de-pastor-moscada 74 Andrage 110
Agulheira-menor 114 Aneixa 109
Ailanto 50 Anmona 52
lamo 106 Ansarinha-malhada 67
lamo-branco 106 Aristolquia-btica 54
lamo-lbico 106 Aristolquia-longa 54
lamo-negro 106 Aroeira 41; 103; 282; 284; 287
Albafor 69 Arroz-dos-telhados 115
Albarr branca 126 Arruda 111
Albarr ordinria 126 Arrudo 112
Albarr-do-per 114 Arzola 129
Alcachofra-brava 69 Aveia 56
Alcachofra-de-S. Joo 69 Avenca 49
Alcanache 101 Avenca-negra 55
Alecrim 110; 287 Avenco 55
Alecrim-das-paredes 102 Avenco-peludo 55
Alecrim-dos-muros 102 Azedo 111
Alegra-campo 119 Azeda-romana 111
Alfa 121 Azedinhas 111
Alface-brava-menor 86 Azevm 90
Alface-de-porco 81 Azuraque 67
Alface-do-monte 52
Alisma 50; 131; 155; 158; 165; 167; 168; 170; 171; 172 Asplenium 34; 37; 55; 135; 148; 174; 175; 176; 178; 179; 180;
182; 209; 214; 224; 258; 270; 279; 285; 288; 296; 314
Allium 37; 38; 50; 51; 195; 196; 198; 203; 205; 207; 211; 214;
215; 217; 219; 224; 225; 226; 228; 230; 231 Aster 55; 183; 190; 194
Alyssum 51; 194; 212; 214; 217; 222 Asteriscus 37; 55; 197; 198; 199; 201; 215; 216; 222; 223; 282;
284; 286; 289; 290
Amaranthus 51, 186; 187; 189; 191; 192; 194; 239
Asterolinon 37; 55; 212
Ammi 37; 51; 187
Astragalus 34; 37; 38; 40; 56; 136; 194; 201; 203; 217; 221; 222;
Ammoides 37; 51; 201; 212 229; 231; 240; 241
Anacamptis 52; 215 Atractylis 37; 56; 182; 184; 185; 186; 197; 198; 201; 203; 212;
Anacyclus 37; 52; 193; 195 213; 216; 217; 219; 222; 223; 229; 231; 237
Anagallis 37; 52; 127; 155; 157; 158; 165; 167; 169; 171; 172; Atriplex 56; 186
173; 187; 189; 195; 196; 198; 204; 209; 217; 229; 237; 250 Avena 56; 163; 184; 188; 194; 195; 196; 198; 200; 201; 209; 217;
Anagyris 37; 52; 271 222; 229; 233
Anchusa 37; 52; 185; 189; 195 Avenula 34; 38; 56; 219; 220; 227; 245; 246; 261
Anogramma 52; 179; 180 Bartsia 57; 132; 211; 213; 220; 245; 246
Anthemis 52; 186 Bellardia 37; 57; 194; 200; 204; 223; 231
Anthriscus 53; 192; 207; 209 Bellevalia 34; 40; 57; 136; 217; 225; 226; 230; 231; 241; 275;
279; 304
Anthyllis 37; 38; 53; 227; 240
Bellis 37; 57; 219; 222
Antinoria 53; 159; 235
Beta 57; 186
Antirrhinum 53; 175; 182; 259; 270; 275
Biarum 57; 175; 205; 258
Aphanes 53
Bidens 34; 58
Apium 53; 154; 155; 158; 167; 169; 170; 171; 172; 173; 180;
237; 238; 239 Bifora 37; 58
Arabis 37; 53; 131; 133; 181; 214 Bituminaria 58; 184; 185; 186; 201; 203; 217; 219; 223; 224; 226;
228; 231; 245
Arbutus 34; 37; 54; 229; 241; 243; 246; 251; 253; 255; 257; 261;
262; 267; 270; 275; 276; 278; 282 Blackstonia 38; 39; 58; 166; 173; 180; 217; 233; 234
Bolboschoenus 58; 166; 167; 168; 169; 171
Carduncellus 34; 37; 61; 182; 185; 188; 223; 229; 230 Convolvulus 37; 38; 67; 136; 161; 163; 165; 166; 169; 172; 183;
184; 188; 189; 190; 194; 196; 201; 202; 203; 204; 205; 209; 213;
Carduus 39; 61; 181; 182; 185; 203; 208; 214 217; 219; 223; 224; 228; 231; 233
Carex 37; 39; 61; 62; 63; 133; 206; 211; 213; 220; 226; 232; 234; Conyza 67; 181; 192
236; 237; 241; 243; 245; 248; 250; 253; 257; 258; 260; 263; 267;
270; 275; 279 Coronilla 37; 68; 186; 199; 206; 213; 217; 222; 243; 263; 271;
279
Carlina 37; 38; 62; 182; 184; 185; 186; 190; 201; 203; 209; 213;
217; 219; 223; 226; 229; 231; 245; 267 Corrigiola 34; 38; 68; 158; 166; 171
Carpobrotus 62 Cortaderia 68
Carrichtera 34; 37; 62; 133; 150; 194; 197; 199; 203; 232; 296 Cosentinia 37; 68; 174; 175; 226; 270
Carthamus 37; 62; 182; 185; 195 Crambe 37; 68; 181
Catapodium 62; 178; 194; 203; 204; 214; 216; 224 Crassula 39; 68
Centaurea 34; 37; 38; 40; 58; 62; 63; 130; 133; 134; 180; 181; Crataegus 68; 243; 253; 259; 261; 263
184; 185; 186; 188; 192; 194; 195; 196; 198; 199; 201; 204; 209; Crepis 68; 185; 186; 193; 195; 209; 210; 217; 219; 229; 232
211; 217; 219; 220; 226; 227; 229; 231; 246
Crucianella 37; 38; 68; 136; 199; 201; 212; 217; 223
Centaurium 37; 38; 63; 158; 166; 190; 201; 213; 215; 217; 220;
229; 231; 234; 238; 245; 275 Crupina 37; 68; 212
Centranthus 37; 63; 175; 176; 177; 178; 182; 199; 205; 206; 207; Cuscuta 37; 69; 163; 210; 217; 220
209; 211; 214; 224; 255
Cydonia 69
Cephalanthera 64; 261; 263
Cymbalaria 69; 176; 177
Cephalaria 37; 64; 211; 212; 213; 245; 261; 263
Cynara 37; 69; 182; 183; 184; 185; 186; 188; 189; 190; 229; 237
Cerastium 64; 186; 204; 211; 212; 222; 224
Cynodon 69; 162; 163; 169; 172; 189; 190; 194; 233; 234; 235;
Ceratonia 34; 37; 42; 64; 251; 261; 263; 264; 265; 267; 270; 271; 237; 238
272; 274; 278; 282; 284; 286; 287; 289; 303
Cynoglossum 34; 37; 38; 69; 182; 184; 186; 203; 208; 229
Cerinthe 37; 64; 202
Cynosurus 37; 69; 165; 193; 209; 210; 211; 233
Chaetopogon 38; 64; 160; 163; 165; 233
Cyperus 69; 167; 170; 171; 172; 187; 191; 233; 235; 236; 237;
Chamaemelum 37; 38; 64; 165; 186; 187; 222; 236 250; 253
Chamaerops 34; 37; 64; 226; 231; 241; 243; 259; 261; 262; 264; Cytinus 69; 70; 137; 240; 241
Echinaria 37; 72; 212 Gastridium 39; 79; 198; 199; 217; 234
Echinops 38; 72; 182; 184; 185; 195 Genista 34; 39; 40; 79; 80; 138; 226; 229; 231; 242; 244; 246;
251; 259; 261; 263; 267; 270; 276; 279; 282; 284
Echium 38; 72; 132; 150; 182; 185; 188; 195; 196; 197; 198; 203;
233; 296 Geranium 37; 39; 80; 175; 176; 177; 178; 179; 180; 182; 192;
193; 205; 207; 208; 209; 210; 211; 213; 214; 224; 229; 233; 237
Elaeoselinum 72; 73; 137; 175; 181; 182; 203; 211; 226; 241;
246; 270; 272; 275 Gladiolus 37; 38; 39; 80; 201; 209; 215; 219; 220; 224; 226; 228;
231
Eleocharis 73; 148; 162; 163; 165; 170; 172; 236; 295; 298
Glaucium 80
Emex 37; 73; 192
Globularia 37; 80; 134; 240
Epilobium 73; 173; 202
Glossopappus 81; 188; 193; 196; 201; 202; 204; 217; 219
Epipactis 38; 39; 72; 73; 213; 219; 258; 261; 263; 267; 279; 329
Gnaphalium 81; 164; 177
Equisetum 73; 167; 171; 191; 232; 235; 248; 250; 255; 257
Gomphocarpus 81
Erica 37; 38; 39; 73; 263; 276
Gratiola 39; 81
Erigeron 73; 176
Gynandriris 37; 81; 201; 203; 217; 219; 222
Erodium 37; 74; 186; 192; 195; 196; 203; 204; 205; 209; 221;
222
Eryngium 39; 74; 137; 151; 159; 160; 161; 162; 163; 165; 172; H
181; 185; 209; 218; 219; 220; 233; 245; 246; 259; 263; 282; 284 Halimium 39; 81
Eucalyptus 74 Hedera 81; 248; 280
Eupatorium 74 Hedypnois 37; 81; 194; 195; 200; 203; 205
Euphorbia 34; 37; 38; 74; 75; 76; 138; 161; 163; 171; 173; 184; Hedysarum 37; 38; 81; 202; 229
185; 186; 187; 188; 190; 191; 196; 198; 199; 201; 203; 204; 205;
209; 212; 214; 216; 220; 222; 229; 233; 271; 274; 278 Helianthemum 37; 81; 82; 135; 212; 217; 240; 241; 245; 321
Evax 37; 76; 212; 214; 217 Helianthus 82
Exaculum 38; 76; 164 Helichrysum 37; 82; 186; 219; 228; 231; 240; 241; 244; 246
Heliotropium 37; 82; 164; 166; 187; 189; 190; 191; 194; 239;
250
J
M
Jasione 38; 85; 201; 212; 216
Magydaris 38; 92; 206; 267; 275
Jasminum 37; 85; 219; 241; 251; 261; 263; 267; 270; 271; 272;
274; 278 Malva 37; 88; 92; 192; 194
Juglans 85 Mantisalca 37; 92; 185; 186; 215
Juncus 39; 85; 86; 154; 157; 158; 159; 160; 161; 162; 163; 165; Marrubium 92; 181; 185
166; 167; 169; 170; 171; 172; 233; 234; 235; 236; 237; 238; 291;
295; 296 Medicago 37; 92; 93; 188; 193; 194; 195; 196; 198; 199; 200;
201; 203; 205; 212; 214; 215; 216; 217; 222; 229; 231
Juniperus 34; 37; 38; 40; 86; 219; 226; 241; 245; 246; 251; 255;
261; 262; 264; 265; 266; 269; 270; 271; 272; 274; 278; 282; 283; Melica 37; 38; 93; 174; 175; 176; 177; 178; 182; 213; 215; 224;
284; 285; 286; 287; 288; 289; 290; 303; 313 226; 231; 241; 245; 261; 263; 267; 270; 272; 275; 279
Melilotus 37; 93; 233
K Melissa 93
Kickxia 37; 38; 86; 164; 165; 166; 185; 187; 189; 190; 205; 233 Mentha 39; 93; 154; 158; 161; 166; 167; 169; 170; 171; 172; 173;
189; 190; 201; 233; 234; 235; 236; 237; 238; 239; 248; 251; 253
Kundmannia 37; 86; 138; 207
Mercurialis 38; 93; 177; 178; 186; 192; 203; 208; 211
Merendera 38; 93; 132; 221; 246
L
Mibora 39; 93; 212
Lactuca 37; 86; 181; 194; 195
Micropus 37; 93; 212
Lagurus 87; 177; 194; 209
Micropyrum 93
Lamarckia 37; 87; 186; 198
Misopates 39; 94; 187; 194; 198; 217; 223; 229
Lamium 87; 187
Mucizonia 39; 94; 148; 175; 176; 177; 178; 179; 214; 224; 226
Lathyrus 34; 37; 38; 41; 87; 88; 187; 196; 205; 209; 211; 214;
217; 219; 226; 229; 231; 263; 270; 272; 275 Muscari 37; 94; 184; 186; 201; 203; 205; 209; 223
Laurus 88 Myoporum 94
Myosotis 39; 94; 158; 168; 173; 210; 212
Nerium 37; 96; 167; 206; 247; 248; 250; 251; 253; 255; 257; 292; Phalaris 37; 102; 168; 170; 186; 187; 188; 190; 194; 194; 209;
294 233; 234; 235; 237; 248
Nicotiana 34; 96 Phillyrea 37; 38; 102; 241; 251; 255; 258; 260; 261; 262; 263;
266; 270; 271; 272; 274; 275; 278
Nigella 37; 96; 184; 187; 196; 201; 209; 211; 217
Phlomis 38; 102; 103; 184; 186; 201; 213; 219; 225; 226; 229;
Nonea 38; 96; 194; 203 240; 241; 244; 246; 261; 263; 265; 267; 271; 272; 274; 278; 284;
287; 289; 290
Nothoscordum 96; 250
Phragmites 103; 165; 237
Notobasis 37; 96; 185; 195
Physalis 103; 191
Picnomon 37; 103; 181
O
Picris 37; 40; 103; 183; 190; 211; 212; 213; 220; 246
Oenanthe 39; 96; 148; 167; 168; 169; 170; 171; 206; 234; 237;
239; 250; 251; 255; 291; 292; 293; 294; 295; 296 Pimpinella 103; 211
Olea 34; 36; 37; 41; 96; 206; 219; 226; 241; 245; 248; 250; 251; Pinus 37; 39; 103; 271
253; 257; 258; 260; 262; 264; 265; 266; 270; 271; 272; 274; 278;
282; 283; 284; 285; 287; 289; 290; 303 Piptatherum 37; 103; 170; 177; 183; 184; 185; 186; 191; 194;
195; 206; 209; 210; 213; 234; 235; 237; 248; 250; 255; 265
Omphalodes 38; 96; 212; 216
Pistacia 37; 41; 103; 104; 186; 206; 219; 226; 241; 244; 248; 251;
Ononis 37; 38; 39; 97; 186; 188; 189; 201; 205; 212; 214; 215; 253; 255; 261; 262; 263; 264; 265; 267; 269; 270; 271; 271; 272;
217; 219; 223; 228; 229; 231; 241 274; 278; 282; 284; 285
Onopordum 97; 181; 182 Plantago 37; 39; 40; 50; 104; 130; 140; 151; 165; 186; 188; 193;
194; 195; 198; 199; 200; 201; 203; 204; 205; 206; 209; 210; 217;
Ophrys 37; 39; 97; 98; 140; 184; 215; 218; 224; 225; 231; 243; 219; 221; 222; 223; 229; 232; 233; 234; 236; 237; 304; 314
245; 267
Platycapnos 38; 104; 192; 196; 205
Opuntia 98; 316
Plumbago 37; 104
Orchis 37; 38; 98; 99; 184; 215; 220; 225; 245
Poa 39; 104; 105; 198; 199; 217; 219; 221; 222; 234; 235; 237
Origanum 38; 99; 211; 213; 261; 279
Polycarpon 37; 39; 105; 217
Orlaya 37; 99
Polygala 37; 105; 201; 212; 217
Ornithogalum 37; 38; 99; 184; 185; 188; 194; 205; 219; 220; 225;
229 Polygonum 37; 105; 171; 187; 189; 194; 247; 250
Ornithopus 37; 99 Polypodium 37; 39; 105; 148; 175; 178; 179; 180; 209; 224; 270;
275; 279; 296
Orobanche 37; 100
Polypogon 106; 161; 162; 163; 170; 171; 172; 173; 233; 234;
Osyris 34; 37; 100; 226; 241; 243; 245; 253; 255; 257; 261; 263; 239
265; 267; 270; 271; 272; 275; 276; 278
Populus 106; 206; 248; 250; 252; 253; 293; 294; 295; 303
Otospermum 100; 186
Portulaca 106; 191; 192; 194; 239
Oxalis 100; 149; 177; 186; 191; 192; 196; 203; 205; 206; 255;
265; 291; 296; 316 Potamogeton 106; 147; 156; 157; 158; 167
Potentilla 106; 234; 235; 236; 253
P Prasium 34, 37; 106; 140; 175; 178; 179; 209; 267; 269; 270; 271;
272; 274; 278; 285
Paeonia 100; 209; 219; 255; 258; 260; 263; 266; 279
Prunella 106; 232; 237
Pallenis 37; 100; 184; 185; 186; 195; 201; 212; 217; 219; 223;
228; 231 Prunus 106
Panicum 101; 191; 237; 238; 239; 247; 250 Psilurus 37; 106; 198
Papaver 37; 101; 186; 186; 187; 187; 188; 194; 195; 195; 196; Pterospartum 107
203; 205
Pulicaria 37; 38; 107; 154; 160; 161; 162; 163; 165; 166; 172;
R Scilla 38; 39; 114; 205; 209; 210; 219; 220; 222; 229; 234; 241;
251; 255; 259; 261; 263; 265; 267; 275; 279
Ranunculus 37; 38; 39; 108; 109; 147; 156; 157; 158; 159; 162;
172; 187; 188; 206; 207; 217; 221; 226; 229; 230; 233; 236; 237; Scirpoides 114; 167; 169; 170; 206; 233; 234; 235; 238; 248; 250;
248; 250; 255; 259; 263; 275; 291; 295; 298; 257; 291
Raphanus 38; 109; 187; 195; 204 Schoenoplectus 114; 157; 158; 165; 166; 167; 237; 257; 291;
293
Rapistrum 109; 187; 188; 205
Scolymus 38; 114; 115; 182; 183; 184; 185; 186; 189; 190; 195;
Reichardia 37; 109; 198; 201; 203; 204; 214; 217; 223; 228; 231 205; 229
Reseda 109; 181; 192 Scorpiurus 38; 115; 193; 195; 196; 201; 203; 204; 214; 217; 221;
222; 223; 231
Retama 34; 109; 263
Scorzonera 115; 194; 215; 219; 229; 231; 245
Rhagadiolus 37; 109; 192; 205; 207; 208; 223
Scrophularia 34; 39; 115; 171; 202; 206
Rhamnus 34; 37; 109; 110; 186; 226; 229; 231; 241; 244; 245;
258; 260; 261; 262; 266; 267; 270; 271; 272; 274; 278; 282; 284; Sedum 38; 47; 115; 175; 176; 178; 179; 182; 184; 201; 203; 209;
286; 287; 289; 290 212; 214; 215; 216; 217; 219; 222; 223; 224; 225; 226; 229; 231;
241; 246; 267; 270; 272; 275
Rhus 110
Selaginella 38; 116; 178; 180; 201; 279
Ricinus 110; 251
Senecio 38; 116; 141; 184; 186; 194; 203; 204; 209; 214; 232
Ridolfia 37; 110; 187; 188; 189
Serapias 38; 116; 184; 201; 217; 220; 229; 230; 233; 246; 275
Romulea 37; 110; 220; 222
Serratula 34; 39; 40; 116; 117; 135; 141; 151; 218; 220; 232; 241;
Rorippa 110; 154; 157; 158; 167; 169; 171; 172 245; 246; 267; 270; 275; 279; 281; 282; 283; 284; 285
Rosa 11; 100; 110; 138; 148; 151; 175; 176; 206; 232; 234; 243; Setaria 117; 187; 190; 191
248; 250; 251; 257; 259; 261; 263; 291; 291; 296
Sherardia 117; 187; 196; 199; 201; 203; 204; 209; 211; 214; 217;
Rosmarinus 37; 110; 240; 241; 261; 267; 270; 272; 275; 279; 287; 222; 229
287; 289; 290
Sideritis 34; 38; 40; 117; 118; 141; 142; 175; 201; 212; 217; 229;
Rostraria 37; 110; 193; 196; 229 242; 244; 246; 276; 279; 282; 284; 315
Rubia 38; 110; 209; 213; 219; 231; 245; 251; 258; 260; 262; 264; Silene 38; 118; 186; 187; 192; 194; 196; 205; 209; 210; 212; 217;
265; 266; 270; 274; 278; 282; 284; 287 229; 270
Rubus 39; 110; 170; 206; 209; 235; 237; 246; 247; 248; 251; 253; Silybum 38; 118
255; 257; 261; 265; 279; 291; 294; 295; 296
Sinapis 38; 119; 186
Rumex 34; 37; 38; 39; 111; 162; 170; 180; 181; 182; 186; 189;
190; 193; 194; 209; 230; 233; 236; 237; 267; 270; 275 Sisymbrium 119; 193; 194
Ruscus 111; 258; 259; 260; 262; 263; 265; 266; 270; 275; 279 Smilax 38; 119; 182; 206; 210; 219; 245; 246; 248; 250; 251; 253;
255; 257; 258; 260; 262; 263; 265; 266; 270; 272; 274; 278; 279;
Ruta 37; 38; 111; 112; 198; 199; 226; 231; 240; 241; 244; 246; 280; 282; 284; 285; 286; 287
270; 275
Smyrnium 38; 119; 150; 206; 207; 208; 210; 270; 281; 293; 235
Solanum 34; 119; 186; 194
S
Solenopsis 119
Sagina 112
Sonchus 38; 119; 120; 176; 177; 186; 188; 191; 192; 194; 200;
Salix 37; 39; 112; 153; 167; 206; 237; 250; 253; 254; 255; 256; 203; 204; 208; 209; 210; 226; 229; 233; 234
257; 290; 291; 292; 294; 295; 296; 297; 303; 335
Sorghum 120; 190; 191; 238
Salvia 37; 39; 112; 181; 182; 185; 201; 212; 213; 215; 220; 243;
245; 261; 263; 267; 279 Spartium 38; 120
Sambucus 113; 246 Spergula 120
Samolus 113; 171; 173; 180; 238 Spergularia 120; 163
Sanguisorba 37; 39; 113; 174; 181; 182; 185; 186; 196; 209; 210; Spiranthes 120; 215
Stauracanthus 39; 40; 120 Typha 125; 158; 165; 166; 167; 170; 171; 235; 237; 291; 293
Taeniatherum 38; 121; 195; 198; 199; 200 Umbilicus 39; 126; 175; 176; 177; 178; 179; 180; 182; 209; 214;
270
Tamarix 38; 121; 206; 247; 250; 251; 253; 255; 291; 292; 293
Urginea 38; 126; 220; 226; 229; 231; 241; 243; 245; 246; 267;
Tamus 39; 121; 206; 208; 210; 219; 248; 251; 253; 255; 257; 261; 270; 272; 275; 279
263; 265; 267; 270; 272; 275; 279; 284
Urospermum 38; 126; 188; 194; 198; 199; 208; 217; 219; 229;
Tanacetum 38; 121; 187; 189; 190 231
Teesdalia 38; 121 Urtica 38; 126; 192; 194; 202; 207; 208
Teucrium 34; 38; 39; 40; 121; 122; 132; 142; 167; 171; 184; 187;
188; 189; 213; 220; 224; 226; 231; 235; 241; 242; 244; 245; 259;
261; 263; 270; 275; 276; 279 V
Thapsia 38; 39; 122; 220; 226; 229; 230; 230; 231; 241; 245; 246; Valantia 38; 126; 175; 176; 177; 178; 179; 180; 199; 201; 205;
261; 267; 272; 275; 279 210; 211; 212; 214; 217; 224; 226
Theligonum 38; 122; 175; 176; 177; 178; 199; 205; 211; 214 Valeriana 38; 127
Thlaspi 38; 122; 210 Valerianella 38; 127; 196; 205; 212; 214; 217
Thymbra 38; 69; 122; 220; 226; 229; 231; 242; 244; 245; 267; Velezia 38; 127; 212; 216; 222; 289; 290
270; 275; 281; 282; 284; 289; 309; 312 Verbascum 38; 39; 127; 182; 185; 186
Thymelaea 39; 122; 245; 246 Verbena 38; 127; 147; 164; 166; 235; 236; 237; 238; 239; 257;
Thymus 34; 40; 47; 123; 142; 184; 220; 226; 231; 240; 241; 242; 295; 298
244; 246; 275; 281; 282; 284; 289; 312; 314 Veronica 127; 155; 157; 158; 165; 167; 169; 171; 172; 173; 186;
Tolpis 39; 123; 198; 199; 222 187; 237
Torilis 38; 123; 177; 185; 196; 205; 206; 207; 208; 209; 210; 211; Viburnum 38; 127; 251; 258; 260; 262; 265; 267; 276; 278; 281
233; 235; 248; 250; 255 Vicia 38; 39; 41; 127; 128; 186; 187; 210; 212; 219; 229; 237
Tragopogon 38; 123; 186 Viola 38; 128; 187; 258
Trachynia 123; 175; 178; 198; 199; 201; 203; 205; 211; 212; 214; Vitis 38; 128; 206; 248; 250; 251; 253; 255; 257
216; 219; 222; 223; 229; 231; 289; 290
Vulpia 39; 129; 194; 195; 198; 199; 217; 222
Tribulus 123; 186
Trifolium 38; 39; 100; 123; 124; 125; 163; 165; 186; 188; 194;
196; 198; 199; 200; 201; 204; 205; 211; 212; 214; 216; 217; 221; X
222; 229; 235; 236; 237
Xanthium 129; 187; 191; 192
Trigonella 125; 194; 198; 214; 222
Agrostietalia castellanae 50; 61; 89; 108; 111; 116; 122; 151; Cerintho majoris-Fedion cornucopiae 64; 67; 150; 202; 204
230; 233; 234 Charetalia hispidae 147; 154
Agrostion castellanae 38; 55; 76; 96; 140; 151; 230; 233; 234 Charetea fragilis 147; 154;
Agrostion salmanticae 50; 147; 160; 163 Charetum vulgaris 147; 154; 163
Anacyclo radiati-Hordeetum leporini 150; 193; 195; 232; 296 Charion vulgaris 64; 147; 154
Andropogonetum hirto-pubescentis 151; 230; 231 Chenopodienion muralis 70; 149; 193; 194
Anomodonto-Polypodietalia 105; 116; 148; 178; 179; 180 Chenopodietalia muralis 51; 67; 71; 126; 149; 192; 193
Anomodonto-Polypodietea 148; 178; 179; 180 Chenopodietum muralis 149; 193; 194; 296
aristolochietosum baeticae 25; 153; 232; 247; 249; 251; 252; Chenopodion muralis 65; 67; 73; 92; 106; 129; 149; 192; 194
256; 292; 293; 294
Chrozophoro tinctoriae-Teucrietum spinosi 149; 188; 189; 296
Aristolochio baeticae-Arbutetum unedonis 153; 262; 276; 277;
278; 280; 281; 287; 283 Cicendion 65; 76; 85; 86; 147; 163; 165
Aristolochio baeticae-Juniperetum turbinatae 40; 153; 232; 262; CISTO-LAVANDULETEA 25; 66; 69; 111; 112; 123; 152; 239; 241
271; 272; 273; 276; 281; 285; 288; 290
Comunidade de Asplenium petrarchae 148; 174; 175; 285; 288;
Aro italici-Oleetum sylvestris 153; 168; 183; 185; 193; 215; 221; 296
230; 249; 264; 265; 268; 282; 283; 284; 297
Comunidade de Carrichtera annuae e Echium tuberculatum 150;
Artemisienea vulgaris 76; 103; 149; 181; 183; 186 296
Artemisietea vulgaris 67; 70; 86; 92; 109; 112; 149; 181; 184; Comunidade de Eleocharis palustris subsp. vulgaris 148; 162;
185; 186 163; 170; 172; 236; 295; 298
Arundini donacis-Convolvuletum sepium 25; 150; 202; 206; 293 Comunidade de Lemna minor 147; 155; 156
Asparago albi-Rhamnetum oleoidis 153; 160; 168; 225; 232; 269; Comunidade de Mucizonia hispida 148; 177; 178
276; 281; 282; 284; 287; 286; 289
Comunidade de Oenanthe crocata 148; 169; 170; 291; 292; 293;
Asparago albi-Rhamnion oleoidis 153; 225; 259; 265; 269; 271; 294; 295
272; 274; 278
Comunidade de Oxalis pes-caprae 149; 191; 192; 291;296
Asplenietalia glandulosi 55; 68; 93; 102; 113; 148; 174; 175; 176
Comunidade de Panico repens 152
Asplenietea trichomanis 55; 148; 174; 175; 176
Comunidade de Plantago albicans 151; 221; 223
Asplenion glandulosi 140; 48; 174; 175; 176
Comunidade de Polypodium cambricum e Polypodium
interjectum 148; 179; 296
B Comunidade de Potamogeton nodosus e Potamogeton pusillus
147; 157; 158
bellevalietosum hackelii 151; 230; 231; 285; 287; 288; 289
Comunidade de Ranunculus saniculifolius 147; 157; 159; 162;
Bellevalio hackelli-Stipetum tenacissimae 151; 225 295; 298
Bolboschoenetum maritimi 148; 168; 169; 296 Comunidade de Salix atrocinerea e Salix salviifolia subsp. australis
Bourgaeo humilis-Galactitetum tomentosae 149; 183; 184 153; 255; 257; 291; 292; 296; 297
Brachypodietalia phoenicoidis 50; 51; 58; 60; 78; 80; 83; 92; 93; Comunidade de Sellaginella denticulata 148
95; 98; 99; 112; 113; 115; 121; 138; 151; 215; 219; 220 Comunidade de Serratula baetica subsp. lusitanica e Eryngium
Brachypodion phoenicoidis 56; 116; 151; 215; 219; 220 dilatatum 151; 218; 220
Bromo-Oryzopsion miliaceae 149; 183; 186 Comunidade de Smyrnium perfoliatum 150; 207; 210
Bromo tectorum-Stipetum capensis 150; 197; 198 Comunidade de Verbena supina 147; 164; 166; 295; 298
Bupleuro lancifolii-Ridolfietum segeti 149; 187; 188 Convolvuletalia sepium 73; 115; 150; 202; 206
convolvuletosum pentapetaloidis 150; 202; 204
NDICE FITOSSOCIOLGICO
352 D I
daucetosum maximi 151; 223; 227; 228; 230; 232; 236; 243; Inuletum revolutae 149; 184; 186; 296
252; 285; 291
Isoeto-Nanojuncetea 63; 68; 83; 85; 86; 90; 91; 93; 94; 108;
Digitario ischaemi-Setarienion viridis 149; 190; 191 127; 147; 157; 161; 162; 163; 165; 166
Diplotaxion erucoidis 65; 66; 69; 82; 104; 121; 122; 149; 187;
189; 190
J
Junco pygmaei-Isoetetum velati 147; 160
E
juniperetosum turbinatae 153; 160; 193; 202; 215; 221; 225;
elaeoselinetosum tenuifoliae 149; 181; 182 230; 232; 242; 249; 262; 264; 265; 266; 268; 269; 270; 276;
284; 285; 286; 287; 288; 289
Eryngio corniculatae-Preslietum cervinae 147; 160; 162; 163;
164; 295; 298
Eryngio-Ulicion erinacei 38; 50; 55; 79; 84; 113; 116; 117; 118; K
121; 122; 126; 132; 141; 142; 152; 312; 315
Kickxio lanigerae-Tanacetetum annui 149; 189; 190; 296
Eucladio-Adiantetum capilli-veneris 148; 173; 291
L
F
Lavanduletalia stoechadis 66; 77; 125; 152; 239; 240; 241
FESTUCO-BROMETEA 49; 52; 63; 97; 99; 113; 120; 151; 215;
219; 220; 225 Lemnetalia minoris 147; 155
Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae 25; 153; 168; 235; Lemnetea 147; 155
237; 238; 243; 246; 253; 254; 255; 256; 290; 291; 292; 293; 295 Lemnion minoris 147; 155
Fraxino angustifoliae-Ulmenion minoris 153; 252; 255 Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifolii 152; 237; 247; 248; 249;
Fumarion wirtgenii-agrariae 77; 100; 149; 191; 192 252; 254; 256
Loto subbiflori-Chaetopogonetum fasciculati 147; 160; 162; 163;
164; 165; 298
G
Lygeo-Stipetalia 50; 89; 97; 98; 99; 102; 151; 224; 226
Galio-Alliarion petiolatae 119; 150; 207; 208; 210
LYGEO-STIPETEA 50; 51; 54; 58; 67; 71; 80; 98; 102; 122; 140;
Galio aparines-Alliarietalia petiolatae 71; 92; 150; 206; 208; 210 142; 151; 224; 226; 228; 231
Galio concatenati-Brachypodietum phoenicoidis 26; 27; 151;
218; 219; 256; 262; 280; 281; 282; 283; 284
M
Gastridio ventricosi-Trifolietum scabri 150; 197; 199
Medicagini rigidulae-Aegilopetum geniculatae 150; 197; 200;
Gaudinio fragilis-Agrostietum castellanae 151; 160; 230; 233; 281; 296
295; 298
Melampyro-Holcetalia 150
Geranio purpurei-Cardaminetalia hirsutae 150; 211
Mentho-Juncion inflexi 69; 86; 93; 152; 236; 237
Geranio pusilli-Anthriscion caucalidis 150; 207; 211
Mentho suaveolentis-Juncetum inflexi 152; 236; 237
Geranio rotundifolli-Theligonetum cynocrambis 150; 210; 211
MOLINIO-ARRHENATHERETEA 61; 68; 73; 82; 94; 101; 104;
Glycerio-Sparganion 94; 148; 168; 170 106; 114; 116; 152; 169; 221; 232; 235; 237; 238; 239
Molinio-Holoschoenion vulgaris 75; 90; 108; 152; 233; 235
H
HELIANTHEMETEA GUTTATI 150; 162; 212; 214; 216; 219; 225 N
Helosciadetum nodiflori 148; 169; 170; 171; 295; 296 Nanocyperetalia 81; 147; 164; 166
Holoschoenetalia vulgaris 58; 69; 76; 93; 102; 114; 152; 233; Narcisso calcicolae-gaditani 148; 175; 176; 296
235
Narcisso willkommii-Festucetum amplae 151; 232; 234; 290;
Holoschoeno-Juncetum acuti 152; 235; 236; 290; 291; 293; 294; 291; 292; 293; 294
295; 296
Nasturtio-Glycerietalia 50; 148; 168; 170; 171; 172
Hordeion leporini 52; 55; 65; 70; 82; 83; 101; 104; 110; 111;
149; 193; 195 Nasturtion officinalis 53; 110; 148; 169; 171; 172
Hordeo leporini-Glossopappetum macroti 150; 193; 196 NERIO-TAMARICETEA 153; 247; 250; 251; 303
Hornungio petraea-Linarietum haenseleri 151; 213; 214 Notobasio syriacae-Scolymetum maculati 149; 183; 185; 296
Hyparrhenietalia hirtae 52; 53; 83; 151; 224; 227; 228; 231 O
Hyparrhenion hirtae 62; 70; 89; 151; 227 Onopordenea acanthii 60; 61; 62; 65; 66; 74; 103; 109; 149;
181; 184; 185
NDICE FITOSSOCIOLGICO
Onopordion castellani 62; 69; 70; 72; 96; 97; 115; 149; 182; Preslion cervinae 147; 159; 161; 162 353
184; 185
Prunetalia spinosae 152; 243; 248
Origanion virentis 38; 57; 64; 72; 87; 88; 99; 103; 113; 150; 211;
213 Pruno-Rubion ulmifolii 90; 110; 152; 243; 248
Pulicario uliginosae-Agrostietum salmanticae 147; 161; 163
P
Parietarietalia 69; 73; 76; 83; 101; 120; 126; 148; 176; 177; 178 Q
Parietarietea judaicae 53; 148 Quercenion broteroi 108; 113; 153; 258; 260
Parietarietum judaicae 148; 176; 177; 296 Quercetalia ilicis 52; 55; 59; 102; 107; 108; 111; 119; 127; 128;
Parietario-Galion muralis 63; 94; 148; 176; 177; 178; 281; 285; 146; 153; 210; 211; 258; 260; 265; 266; 270; 271; 276
288; 289 QUERCETEA ILICIS 54; 57; 61; 66; 70; 90; 96; 107; 109; 110;
Paspalo-Agrostion verticillati 152; 237; 238; 239 119; 146; 153; 240; 249; 254; 256; 260; 265; 266; 270; 272;
274; 278
Paspalo-Heleochloetalia 152; 237; 238; 239
quercetosum broteroi 25; 153; 203; 235; 237; 238; 243; 249;
Paspalo-Polypogonenion semiverticillati 238; 239 253; 254; 255; 256; 290; 291; 293; 295
Phagnalo-Rumicetea indurati 115; 149; 180; 182 Quercetum alpestri-broteroi 153
Phagnalo saxatilis-Rumicetalia indurati 68; 73; 149; 181; 182 Quercion broteroi 38; 71; 73; 83; 100; 107; 153; 258; 260; 265;
266; 270
Phagnalo saxatilis-Rumicetum indurati 149; 181; 182; 262; 276;
296 Querco rotundifoliae-Oleion sylvestris 146; 153; 259; 265; 266;
270
Phalaridenion arundinaceae 96; 102; 148; 168; 170
Phlomido purpureae-Cistetum albidi 24; 40; 152; 160; 240; 241;
281 R
Phragmitetalia 114; 125; 147; 165; 167; 169 Ranunculion aquatilis 60; 109; 147; 156; 158; 159
Phragmitenion communis 148; 165; 167 Ranunculo scelerati-Paspaletum paspalodis 152; 239
Phragmition communis 125; 147; 165; 167; 169 Rhamno oleoidis-Quercetum rotundifoliae 24; 25; 146; 153; 160;
193; 197; 202; 215; 221; 225; 242; 249; 262; 264; 265; 266;
Phragmito-Magnocaricetea 50; 73; 91; 103; 127; 147; 164; 167; 268; 285; 286
169; 170; 171; 172
RHAMNO-PRUNETEA 68; 110; 113; 152; 243; 248
Picrido algarbiensis-Cheirolophetum sempervirentis 150; 212;
213; 281 Roemerion hybridae 68; 110; 113; 152; 246; 248
Pistacio lentisci-Rhamnetalia alaterni 153; 271; 272; 274; 278 Rosenion carioti-pouzinii 70; 79; 87; 99; 149; 187; 188; 152; 243
Plantaginetalia majoris 50; 61; 64; 83; 84; 90; 104; 106; 109; Rosmarinetalia officinalis 70; 97; 152; 240; 244; 246
111; 124; 127; 152; 236; 237
ROSMARINETEA OFFICINALIS 66; 77; 110; 120; 152; 240; 244;
Plantaginion serrariae 74; 93; 104; 108; 151; 221; 222 246
Poetalia bulbosae 74; 78; 95; 101; 105; 115; 124; 125; 151; 220; Rubo ulmifolii-Nerietum oleandri 25; 153; 232; 247; 249; 251;
222; 223 252; 291; 292; 293; 294
POETEA BULBOSAE 57; 81; 89; 99; 110; 114; 151; 219; 222; Rubo ulmifolii-Nerion oleandri 153; 249; 251
223
Rumici indurati-Dianthion lusitani 149; 181; 182
Polygono-Chenopodion polyspermi 71; 75; 77; 117; 149; 190;
191
Polygono equisetiformis-Tamaricetum africanae 25; 153; 232; S
243; 247; 248; 249; 250; 291; 292; 293; 295 Salicetalia purpureae 112; 153; 254; 257
Polypodion serrati 105; 148; 178; 179; 281; 285; 288; 289 Salici atrocinereae-Populetum albae 25; 153; 235; 238; 252; 253;
Poo bulbosae-Astragalion sesamei 56; 104; 124; 151; 215; 220; 294; 295
221; 223; 284 Salicion discolori-neotrichae 153; 254; 257
Populenion albae 153; 251; 253 SALICI PURPUREAE-POPULETEA NIGRAE 153; 250; 253; 255;
Populetalia albae 49; 54; 59; 62; 106; 108; 112; 126; 128; 153; 257
250; 253; 255 Saturejo-Coridothymenion 40; 152; 242; 244; 246; 259; 264;
Populion albae 54; 153; 251; 253; 255 269; 281; 284
Potametalia 106; 147; 156; 157; 158; 159 Scirpenion maritimi 58; 148; 166; 169
Potametea 147; 156; 157; 158; 159 sedetosum rubentis 151; 215; 216
Potametum lucentis 147; 156; 157 Sedetum micrantho-sediformis 151; 224; 225; 281; 285; 288;
289
Potamion 147; 156; 157
NDICE FITOSSOCIOLGICO
354 Sedion micrantho-sediformis 115; 151; 222; 224 Tamaricetalia africanae 153; 247; 250; 251
Sedo-Scleranthetalia 151; 221; 224 Tamaricion africanae 153; 247; 250
SEDO-SCLERANTHETEA 151; 221; 224 Thero-Brometalia 51; 56; 57; 59; 62; 81; 83; 87; 90; 91; 92; 93;
96; 102; 104; 111; 114; 115; 116; 118; 121; 123; 124; 125; 126;
Selaginello denticulatae-Anogrammion leptophyllae 148; 179 150; 194; 198; 199; 200; 203; 204; 215; 219
Setario glaucae-Echinochloetum coloni 149; 190; 191 Thymo lotocephali-Coridothymetum capitati 26; 27; 152; 168;
Siderito lusitanicae-Genistetum algarbiensis 152; 218; 242; 244; 218; 242; 246; 281; 282; 283; 284; 289
256; 262; 280; 281; 282; 283; 284; 286 Trachynietalia distachyae 50; 53; 58; 60; 76; 83; 87; 90; 91; 93;
Sisymbrietalia officinalis 58; 68; 69; 80; 92; 119; 120; 149; 192; 99; 106; 111; 118; 123; 124; 125; 129; 151; 212
193; 195; 196 Trachynion distachyae 55; 151; 212
Smyrnienion olusatri 51; 86; 119; 126; 150; 207; 208; 210 TRIFOLIO-GERANIETEA 49; 61; 67; 83; 118; 150; 210; 213
Solano nigri-Polygonetalia convolvuli 75; 149; 187; 189; 190; Trifolio subterranei-Plantaginetum serrariae 151; 221; 222; 224;
191; 192 225; 236; 281; 282
Stachyo lusitanicae-Cheirolophenion sempervirentis 65; 150; 211 Typho angustifoliae-Phragmitetum australis 148; 158; 166; 167;
Stellarienea mediae 52; 53; 64; 77; 87; 109; 149; 187; 188; 189; 168; 249; 256; 290; 291; 292; 293; 295; 296
190; 191; 192 U
Stellarietea mediae 49; 51; 52; 56; 57; 59; 60; 61; 63; 64; 65; Ulici argentei-Cistion ladaniferi 152; 240; 241
68; 71; 74; 75; 76; 77; 78; 82; 87; 90; 93; 94; 97; 100; 101; 102;
111; 116; 118; 119; 120; 123; 124; 127; 128; 138; 149; 186; Urtico membranaceae-Smyrnietum olusatri 150; 207; 208; 254;
188; 189; 190; 191; 192; 194; 195; 196; 198; 199; 200; 203; 204 281; 291; 292
Stipion tenacissimae 57; 121; 136; 151; 225; 226 V
STIPO GIGANTEAE-AGROSTIETEA CASTELLANAE 151; 230; 233; Velezio rigidae-Astericetum aquaticae 151; 160; 168; 197; 215;
234 216; 223; 232; 252; 256; 262; 269; 273; 276; 280; 281; 282;
283; 285; 285
Verbenion supinae 82; 127; 147; 164; 166
T
Vinco difformis-Ceratonietum siliquae 34; 153; 215; 232; 262;
Taeniathero-Aegilopion geniculatae 49; 115; 121; 150; 194; 198; 268; 269; 270; 276; 287; 289
199; 200; 203
NDICE FITOSSOCIOLGICO