Rotulagem Alimentar

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Rotulagem

Alimentar
um guia para uma escolha consciente

Com o apoio institucional de:


Ficha tcnica

- Ttulo: Rotulagem alimentar: um guia para uma escolha consciente, Coleo E-books APN: N. 42, maro de 2017
- Direo Editorial: Clia Craveiro
- Conceo: Helena Real; Isabel Tristo; Mariana Barbosa
- Corpo redatorial: Clia Craveiro; Isabel Tristo; Mariana Barbosa; Snia Xar; Teresa Rodrigues; Teresa Carvalho; Sandra Dias
- Produo grfica: Associao Portuguesa dos Nutricionistas
- Propriedade: Associao Portuguesa dos Nutricionistas
- Redao: Associao Portuguesa dos Nutricionistas
- Reviso Cientfica: Ana Frias, Ana Leonor Perdigo, Ana Martins, Raquel Abrantes | Nutricionistas

ISBN: 978-989-8631-23-7
Maro de 2017
APN

Com o apoio:

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ndice

Rotulagem alimentar: Composio do rtulo


O que ? guia prtico:
Enquadramento legal - Regulamento (UE) N. - Leitura do rtulo alimentar
1169/2011 - Leitura da informao nutricional
- A quem se aplica - Cuidados no momento da aquisio de produtos
- Menes obrigatrias alimentares
- Apresentao da rotulagem alimentar
- Declarao nutricional Perguntas frequentes
- Apresentao da declarao nutricional
- Informaes voluntrias sobre os gneros Referncias bibliogrficas
alimentcios
- Entrada em vigor e data de aplicao

Alegaes nutricionais e de sade:


- Importncia na escolha dos alimentos
- Definies
- Enquadramento
- Alegaes nutricionais
- Interpretao da informao: exemplos
- Alegaes de sade
introduo

A rotulagem uma ferramenta fundamental no acesso dos consumidores informao sobre os gneros alimentcios, permitindo-
lhes realizar escolhas mais conscientes e informadas e efetuar uma utilizao mais segura e adequada dos mesmos.

A rotulagem alimentar e nutricional de extrema importncia, na medida em que permite aos consumidores fazerem escolhas
alimentares mais adequadas s suas necessidades e preferncias, contribuindo igualmente para um correto armazenamento,
preparao e consumo dos alimentos.

O crescente interesse social pelas questes relacionadas com alimentao e sade , atualmente, um forte determinante das
escolhas alimentares, acentuando o interesse na rotulagem nutricional.

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introduo

A entrada em aplicao do Regulamento (UE) N. 1169/2011 e do Decreto-Lei 26/2016, coloca novas obrigaes e
responsabilidades aos operadores do setor alimentar em matria de informao sobre os gneros alimentcios. Dada a relevncia
desta matria, a Associao Portuguesa dos Nutricionistas desenvolveu este e-book, com o intuito de ajudar o consumidor a
tomar decises informadas e facilitar escolhas alimentares conscientes.

Nota: Qualquer possvel atualizao ao regulamento e Decreto-Lei acima indicados, poder alterar o contedo deste e-book.

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Rotulagem
Alimentar
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rotulagem
alimentar

O que ?
Conjunto de menes e indicaes, marcas de fabrico ou comerciais, imagens ou smbolos, referentes a um gnero
alimentcio, que figurem em qualquer embalagem, documento, aviso, rtulo, anel ou gargantilha que acompanhem ou se refiram
a esse gnero alimentcio;

O rtulo deve fornecer todas as informaes que permitam ao consumidor conhecer o produto e fazer escolhas conscientes,
existindo informaes que tm um carcter obrigatrio e outras que so opcionais.

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rotulagem alimentar

enquadramento
legal
Regulamento (UE)
N. 1169/2011
O presente regulamento estabelece a base para garantir um elevado nvel de defesa do consumidor no que se refere informao
sobre os gneros alimentcios.

Estabelece os princpios, os requisitos e as responsabilidades gerais que regem a informao sobre os gneros alimentcios e, em
particular, a rotulagem dos gneros alimentcios. Estabelece igualmente meios para garantir o direito dos consumidores
informao e procedimentos para a prestao de informaes sobre os gneros alimentcios.

Atualiza e rene, num s documento, a informao relativa rotulagem dos gneros alimentcios e rotulagem nutricional.

Harmoniza as regras de rotulagem e de informao ao consumidor:


- Define novas regras para a rotulagem nutricional, desde dezembro de 2014, para os gneros alimentcios pr-embalados
que j apresentavam a informao nutricional;
- Torna a rotulagem nutricional obrigatria em todos os estados-membros da Unio Europeia, desde dezembro de 2016,
para aqueles que no forneciam qualquer informao nutricional.

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Regulamento (UE)
N. 1169/2011

a quem se aplica

Aos operadores das empresas do setor alimentar, em todas as fases da cadeia alimentar, sempre que as suas atividades
impliquem a prestao de informaes sobre os gneros alimentcios ao consumidor;

A todos os gneros alimentcios destinados ao consumidor final, incluindo os que so fornecidos por estabelecimentos
de restaurao coletiva e os que se destinam a ser fornecidos a esses estabelecimentos;

Aos servios de restaurao coletiva assegurados pelas companhias de transporte, no caso de a partida ocorrer nos territrios dos
Estados-Membros a que o Tratado seja aplicvel.

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Regulamento (UE)
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Menes obrigatrias
Princpios que regem a informao obrigatria sobre os gneros alimentcios
A informao obrigatria, sobre os gneros alimentcios deve pertencer, a uma das seguintes categorias:

Caractersticas
nutricionais, de
Proteo da sade modo a permitir aos
Identidade, composio,
dos consumidores e consumidores, incluindo
propriedades ou outras
utilizao segura do os que devem seguir
caractersticas do gnero
gnero alimentcio, um regime alimentar
alimentcio.
em especial: especial, fazerem
escolhas informadas.

ao impacto na
s caractersticas
sade, incluindo
de composio durabilidade, os riscos e
que possam ter s condies de consequncias
efeitos nocivos conservao e ligados a um
para a sade de utilizao segura; consumo nocivo e
certos grupos de
perigoso do gnero
consumidores;
alimentcio.

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Regulamento (UE)
N. 1169/2011

Menes obrigatrias
1 Denominao do gnero alimentcio

2 Lista de ingredientes

3 Ingredientes ou auxiliares tecnolgicos ou derivados de uma substncia ou produto que provoquem alergias ou intolerncias

4 Quantidade de determinados ingredientes ou categorias de ingredientes

5 Quantidade lquida do gnero alimentcio

6 Data de durabilidade mnima ou a data-limite de consumo

7 Condies especiais de conservao e/ou as condies de utilizao

8 Nome ou a firma e o endereo do operador da empresa do setor alimentar

9 Pas de origem ou o local de provenincia

10 Modo de emprego

11 Ttulo alcoomtrico

12 Declarao nutricional

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Regulamento (UE)
N. 1169/2011

Menes obrigatrias

1 Denominao do gnero alimentcio

Denominao legal ou, na falta desta, uma denominao corrente ou uma denominao descritiva;

No pode ser substituda por uma denominao protegida por direitos de propriedade intelectual, por uma marca comercial ou
por uma denominao de fantasia;

Deve incluir ou ser acompanhada da indicao do estado fsico em que se encontra o gnero alimentcio ou do tratamento
especfico a que foi submetido (ex.: em p, pr-congelado, liofilizado, ultracongelado, concentrado, fumado), quando a omisso
desta indicao for suscetvel de induzir o comprador em erro;

O Regulamento (anexo VI) apresenta menes especficas que acompanham a denominao de certos gneros alimentcios.

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Regulamento (UE)
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Menes obrigatrias
2 Lista de ingredientes
Deve incluir ou ser precedida de um cabealho adequado, constitudo pelo termo ingredientes ou que o inclua;

Deve enumerar todos os ingredientes do gnero alimentcio, por ordem decrescente de peso no momento da sua utilizao;

O Regulamento (anexo VII) contm indicaes para a designao dos ingredientes.

A lista de ingredientes no exigida para os seguintes gneros alimentcios:


Frutas e produtos guas Vinagres de Queijo, manteiga, leite e nata Gneros alimentcios constitudos por um
hortcolas frescos, gaseificadas, fermentao, fermentados, desde que no lhes nico ingrediente, desde que:
incluindo as batatas, cuja quando provenientes tenham sido adicionados outros  1) a denominao do gnero
que no tenham denominao exclusivamente de um ingredientes para alm de produtos alimentcio seja idntica
sido descascados, indique nico produto de base, lcteos, enzimas alimentares denominao do ingrediente, ou
cortados ou esta ltima e desde que no lhes e culturas de microrganismos  2) a denominao do gnero
objeto de outros caracterstica; tenha sido adicionado necessrios para o seu fabrico ou, alimentcio permita determinar
tratamentos qualquer outro no caso dos queijos que no sejam inequivocamente a natureza do
similares; ingrediente; frescos ou fundidos, o sal necessrio ingrediente.
ao seu fabrico;

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Regulamento (UE)
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Menes obrigatrias

2 Lista de ingredientes

No obrigatria a incluso dos seguintes componentes de um gnero alimentcio na lista


de ingredientes:

Os componentes Os aditivos e enzimas alimentares: Os agentes de As substncias que A gua:


de um ingrediente 1) cuja presena num determinado gnero transporte e as no sejam aditivos  1) quando for utilizada,
que, durante o alimentcio se deva unicamente ao facto substncias que alimentares mas durante o processo de
processo de fabrico, de estarem contidos em um ou vrios no sejam aditivos que sejam utilizadas fabrico, unicamente para
tenham sido ingredientes desse gnero, nos termos alimentares mas que da mesma forma e permitir a reconstituio
temporariamente do princpio da transferncia a que se sejam utilizadas da com o mesmo fim de um ingrediente utilizado
separados para refere o artigo 18. o , n. o 1, alneas a) e mesma forma e com que os auxiliares sob forma concentrada ou
serem a seguir b), do Regulamento (CE) n. o 1333/2008, o mesmo fim que os tecnolgicos e que desidratada, ou
reincorporados em e desde que no tenham nenhuma funo agentes de transporte, continuem presentes  2) no caso do lquido de
quantidade que no tecnolgica no produto acabado, ou e que sejam utilizados no produto acabado, cobertura, que no
ultrapasse o teor 2) que sejam utilizados como auxiliares nas doses estritamente mesmo sob uma normalmente consumido.
inicial; tecnolgicos; necessrias; forma alterada;

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Regulamento (UE)
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Menes obrigatrias

3 I ngredientes ou auxiliares tecnolgicos ou derivados de uma


substncia ou produto que provoquem alergias ou intolerncias

Os ingredientes ou auxiliares tecnolgicos que provoquem alergias ou intolerncias alergnios, utilizados no fabrico ou na
preparao de um gnero alimentcio e que continuem presentes no produto acabado, mesmo sob uma forma alterada:
- Devem ser indicados na lista de ingredientes;
- O nome da substncia deve ser realado por uma grafia que a distinga claramente da restante lista de ingredientes (ex.:
a letra ser a negrito ou maisculas ou cor diferente do fundo);
- O Regulamento (anexo II) indica as substncias ou produtos que causam alergia - Substncias ou produtos que provocam
alergias ou intolerncias.

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Regulamento (UE)
N. 1169/2011

Menes obrigatrias
3 I ngredientes ou auxiliares tecnolgicos ou derivados de uma
substncia ou produto que provoquem alergias ou intolerncias

a Cereais que contm glten


Trigo, centeio, cevada, aveia, espelta, khorasan (tambm conhecido como Kamut) ou as suas estirpes hibridizadas e produtos base destes cereais.
Excees: Xaropes de glicose, incluindo dextrose, base de trigo; maltodextrinas base de trigo; xaropes de glicose base de cevada; cereais
utilizados na confeo de destilados alcolicos, incluindo lcool etlico de origem agrcola.

b Crustceos e produtos base de crustceos

c Ovos e produtos base de ovos

d Peixes e produtos base de peixe


Excees: Gelatina de peixe usada como agente de transporte de vitaminas ou de carotenides; gelatina de peixe ou ictiocola usada como
clarificante da cerveja e do vinho.

e Amendoins e produtos base de amendoins

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Regulamento (UE)
N. 1169/2011

Menes obrigatrias
3 I ngredientes ou auxiliares tecnolgicos ou derivados de uma
substncia ou produto que provoquem alergias ou intolerncias

f Soja e produtos base de soja


Excees: leo e gordura de soja totalmente refinados; tocoferis mistos naturais (E 306), D-alfa-tocoferol natural, acetato de D-alfa-tocoferol
natural, succinato de D-alfa-tocoferol natural derivados de soja; fitoesteris e steres de fitoesterol derivados de leos vegetais produzidos a
partir de soja; ster de estanol vegetal produzido a partir de esteris de leo vegetal de soja.

g Leite e produtos base de leite


Excees: Lactossoro utilizado na confeo de destilados alcolicos, incluindo lcool etlico de origem agrcola; lactitol.

h Frutos de casca rija


Amndoas, avels, nozes, castanhas de caju, nozes pcan, castanhas do Brasil, pistcios, nozes de macadmia e produtos base destes frutos.
Excees: Frutos de casca rija utilizados na confeo de destilados alcolicos, incluindo lcool etlico de origem agrcola.

i Aipo e produtos base de aipo

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Regulamento (UE)
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Menes obrigatrias
3 I ngredientes ou auxiliares tecnolgicos ou derivados de uma
substncia ou produto que provoquem alergias ou intolerncias

j Mostarda e produtos base de mostarda

k Sementes de ssamo e produtos base de sementes de ssamo

l Dixido de enxofre e sulfitos

m Tremoo e produtos base de tremoo

n Moluscos e produtos base de moluscos

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Regulamento (UE)
N. 1169/2011

Menes obrigatrias

4 Quantidade de determinados ingredientes ou categorias de ingredientes

obrigatria nos casos em que o ingrediente ou a categoria de ingredientes:


- Figure na denominao do gnero alimentcio, ou possa induzir o consumidor a associa-lo sua denominao;
- Seja destacado no rtulo por palavras, por imagens, ou por uma representao grfica;
- Seja essencial para caracterizar um gnero alimentcio e para o distinguir dos produtos com que possa ser confundido, devido
sua denominao ou ao seu aspeto;
- O Regulamento (anexo VII) indica as regras para a indicao quantitativa dos nutrientes.

5 Quantidade lquida do gnero alimentcio

Expressa, consoante o caso, em: litro, centilitro, mililitro, quilograma ou grama;

Devem usar-se unidades de volume para os lquidos e unidades de massa para os outros produtos;

O Regulamento (anexo IX) define regras de indicao da quantidade lquida.

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Menes obrigatrias

6 Data de durabilidade mnima ou a data-limite de consumo

O Regulamento (anexo X) contm todas as informaes para a indicao apropriada da data.

A indicao da data de durabilidade mnima no exigida nos seguintes casos:


- Frutas e produtos hortcolas frescos, incluindo as batatas, que no tenham sido descascados, cortados ou objeto de outros tratamentos similares;
- Vinhos, vinhos licorosos, vinhos espumantes, vinhos aromatizados e dos produtos similares obtidos a partir de frutas que no sejam uvas, bem
como das bebidas do cdigo NC 2206 00 obtidas a partir de uvas ou de mostos de uvas;
- Bebidas com um ttulo alcoomtrico volmico de 10 % ou mais;
- Produtos de padaria ou de pastelaria que, pela sua natureza, sejam normalmente consumidos no prazo de 24horas aps o fabrico;
- Vinagres;
- Sal de cozinha;
- Acares no estado slido;
- Produtos de confeitaria compostos quase exclusivamente de acares aromatizados e/ou coloridos;
- Pastilhas elsticas e produtos similares para mascar.

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Menes obrigatrias

7 Condies especiais de conservao e/ou as condies de utilizao

Caso os gneros alimentcios exijam condies especiais de conservao e/ou de utilizao, devem ser fornecidas instrues
de utilizao e conservao aps a abertura da embalagem, nomeadamente o prazo de consumo, quando tal for adequado
(ex.: nos iogurtes - Conservar entre 0C e 6C, uma vez que se forem mantidos temperatura ambiente deterioram-se).

8 Nome ou firma e o endereo do operador da empresa do setor alimentar

O operador da empresa do sector alimentar responsvel pela informao sobre os gneros alimentcios deve ser o operador sob
cujo nome ou firma o gnero alimentcio comercializado ou, se esse operador no estiver estabelecido na Unio, o importador
para o mercado da Unio (Regulamento artigo 8. , n.1).

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Menes obrigatrias

9 Pas de origem ou o local de provenincia quando previsto no artigo 26.

A meno do pas ou do local de provenincia obrigatria:


- Sempre que a omisso desta indicao seja suscetvel de induzir em erro o consumidor quanto ao pas ou ao local de
provenincia reais do gnero alimentcio;
- Caso o pas de origem, ou o local de provenincia do gnero alimentcio, sejam indicados e no sejam os mesmos que os do seu
ingrediente primrio, deve igualmente ser indicado o pas de origem, ou o local de provenincia, do ingrediente primrio em
causa; em alternativa, deve ser indicado que o pas de origem, ou o local de provenincia do ingrediente primrio, diferente
do pas de origem, ou do local de provenincia do gnero alimentcio;
- Regulamento (anexo XI) estabelece os tipos de carne para os quais obrigatria esta meno.

10  Modo de emprego

Quando a sua omisso dificultar uma utilizao adequada do gnero alimentcio.

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Menes obrigatrias

11  Ttulo alcoomtrico

Sempre que a bebida apresente um ttulo alcoomtrico superior a 1,2%;

Deve ser seguido do smbolo % vol. e pode ser antecedido pelo termo
lcool ou pela abreviatura alc.;

O Regulamento (anexo XII) descreve as tolerncias para cada tipo de


bebida.

12  Declarao nutricional

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Regulamento (UE)
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Apresentao da
rotulagem alimentar
A informao obrigatria sobre os gneros alimentcios deve estar disponvel e facilmente acessvel ao consumidor.

Gneros alimentcios sem pr-embalagem


Gneros alimentcios pr-embalados
ou embalados nos pontos de venda

a informao obrigatria deve estar apenas obrigatria a indicao dos ingredientes


diretamente na embalagem ou num e constituintes suscetveis de causar alergia
rtulo fixado mesma ou intolerncia alimentar, sendo que as
restantes informaes sero obrigatrias
se o estado-membro adotar medidas
nacionais que assim o exijam

Nota: Encontram-se previstas no DL n 26/2016, de 9 de junho, as


informaes obrigatrias a prestar sobre os gneros alimentcios no
pr-embalados, bem como a forma como devem ser comunicadas.

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Regulamento (UE)
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Apresentao da
rotulagem alimentar
A informao obrigatria sobre os gneros alimentcios:

Deve ser inscrita num local em evidncia, de modo a ser facilmente visvel, claramente legvel e, quando adequado,
indelvel;
Nenhuma outra indicao ou imagem, nem qualquer outro elemento interferente, pode esconder, dissimular, interromper ou desviar
a ateno dessa informao;
Os caracteres utilizados devem ter uma altura mnima de 1,2mm, exceo de embalagens com uma superfcie inferior a 80cm2, em
que a altura dos caracteres deve ser superior a 0,9mm;
As menes de denominao do gnero alimentcio, quantidade lquida e ttulo alcoomtrico do mesmo, devem
estar juntas, no mesmo campo visual;
A informao deve ser redigida numa lngua facilmente compreensvel para os consumidores dos estados-membros em que o gnero
alimentcio comercializado;
Quando a compra de gneros alimentcios efetuada distncia (internet, telefone, catlogo,), a informao obrigatria,
exceo da data de validade, deve estar disponvel antes da concluso da compra e no momento da entrega, no suporte
de venda (ex.: catlogo), ou em qualquer outro meio apropriado, sendo fornecida ao consumidor sem quaisquer custos adicionais.

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Regulamento (UE)
N. 1169/2011
Apresentao da
rotulagem alimentar

Omisso de certas menes obrigatrias

Nas garrafas de vidro destinadas a ser reutilizadas, que estejam marcadas de modo indelvel e que, por esse facto, no
exibam rtulo, nem anel, nem gargantilha, s so obrigatrias as menes denominao do gnero alimentcio, alergnios,
quantidade lquida, data de durabilidade mnima ou data-limite de consumo, e declarao nutricional;

Em embalagens, ou recipientes cuja face maior tenha uma superfcie inferior a 10cm2, as menes obrigatrias, na
embalagem ou no rtulo, so: denominao do gnero alimentcio, alergnios, quantidade lquida e declarao nutricional; a lista de
ingredientes deve ser fornecida por outros meios, ou disponibilizada a pedido do consumidor;

A lista de ingredientes e a declarao nutricional, no so obrigatrias para as bebidas que contenham um teor de
lcool superior a 1,2%.

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Regulamento (UE)
N. 1169/2011
Apresentao da
rotulagem alimentar
Omisso de certas menes obrigatrias

A declarao nutricional no obrigatria para os seguintes gneros alimentcios:

- Produtos no transformados compostos por um nico ingrediente ou categoria de ingredientes;


- Produtos transformados que apenas foram submetidos a maturao e que so compostos por um nico ingrediente ou categoria de ingredientes;
- guas destinadas ao consumo humano, incluindo aquelas cujos nicos ingredientes adicionados so dixido de carbono e/ou aromas;
- Ervas aromticas, especiarias ou respetivas misturas;
- Sal e substitutos do sal;
- Edulcorantes de mesa;
- Extratos de caf e extratos de chicria, gros de caf inteiros ou modos e gros de caf descafeinados inteiros ou modos;
- Infuses de ervas aromticas e de frutos, ch, ch descafeinado, ch instantneo ou solvel, ou extrato de ch, ch instantneo ou solvel, ou
extrato de ch descafeinados, que no contm outros ingredientes adicionados a no ser aromas que no alteram o valor nutricional do ch;
- Vinagres fermentados e substitutos de vinagre, incluindo aqueles cujos nicos ingredientes adicionados sejam aromas;
- Aditivos alimentares;

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Regulamento (UE)
N. 1169/2011
Apresentao da
rotulagem alimentar
Omisso de certas menes obrigatrias

A declarao nutricional no obrigatria para os seguintes gneros alimentcios (cont.):

- Auxiliares tecnolgicos;
- Enzimas alimentares;
- Gelatina;
- Substncias de gelificao;
- Leveduras;
- Em embalagens ou recipientes cuja superfcie maior tenha uma rea inferior a 25cm2;
-P
 roduzidos de forma artesanal, fornecidos diretamente pelo produtor em pequenas quantidades de produto ao consumidor final ou ao comrcio
a retalho local que fornea diretamente o consumidor final;
-P
 astilhas elsticas.

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Regulamento (UE)
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Declarao nutricional

A declarao nutricional OBRIGATRIA inclui:

- Valor energtico kJ e kcal


- Lpidos e cidos gordos saturados g
- Hidratos de carbono e acares g
- Protenas g
- Sal* g

*Pode ser includa uma declarao, na proximidade imediata da declarao nutricional, que indique que o teor de sal se deve exclusivamente presena de sdio naturalmente presente.
Essa declarao no pode ser usada sempre que se tenha adicionado sal durante a transformao ou em resultado da adio de ingredientes que o contm, por exemplo, fiambre, queijo,
azeitonas, anchovas, etc.

O contedo da declarao nutricional obrigatria referida pode ser complementado pela indicao das quantidades de um ou mais
dos seguintes elementos:
- cidos gordos mono e poli-insaturados; - Poliis; - Amido; - Fibra;
- Vitaminas ou sais minerais em quantidades significativas (anexo XIII do Regulamento).

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Regulamento (UE)
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Declarao nutricional
O valor energtico deve ser calculado utilizando os fatores de converso indicados (anexo XIV do Regulamento):

Fatores de converso

- Hidratos de carbono (exceto poliis) 17 kJ/g 4 kcal/g


- Poliis 10 kJ/g 2,4 kcal/g
- Protenas 17 kJ/g 4 kcal/g
- Lpidos 37 kJ/g 9 kcal/g
- Salatrim 25 kJ/g 6 kcal/g
- lcool (etanol) 29 kJ/g 7 kcal/g
- cidos orgnicos 13 kJ/g 3 kcal/g
- Fibra 8 kJ/g 2 kcal/g
- Eritritol 0 kJ/g 0 kcal/g

O valor energtico e as quantidades de nutrientes declarados devem referir-se ao gnero alimentcio tal como este vendido
ou depois de preparado, desde que sejam dadas instrues de preparao pormenorizadas e desde que diga respeito ao gnero
alimentcio pronto para consumo;

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Regulamento (UE)
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Declarao nutricional
Os valores declarados devem ser valores mdios, estabelecidos, conforme o caso, a partir:
- Da anlise do gnero alimentcio efetuada pelo fabricante;
- Do clculo efetuado a partir dos valores mdios conhecidos ou reais relativos aos ingredientes utilizados;
- Do clculo efetuado a partir de dados geralmente estabelecidos e aceites.

Para alm da forma de expresso referida no n. 2 do presente artigo, o valor energtico e as quantidades de nutrientes
referidos no artigo 30., n. 1, 3, 4 e 5, podem ser expressos, conforme o caso, em percentagem das doses de referncia
definidas (anexo XIII), por 100 g ou por 100 ml. Caso sejam dadas informaes nos termos do n. 4, necessrio indicar a seguinte
meno adicional na proximidade imediata das mesmas: Dose de referncia para um adulto mdio (8 400 kJ/2 000 kcal);

Energia ou nutriente Dose de referncia


Pode ainda utilizar-se a expresso por
- Energia 8400 kJ/ 2000 Kcal
poro e/ou unidade de consumo,
- Lpidos totais 70 g
desde que a poro e o nmero de
- cidos gordos saturados 20 g pores ou unidades contidas na
- Hidratos de carbono 260 g embalagem sejam expressas no rtulo,
- Acares 90 g em adio expresso por 100 g ou
- Protenas 50 g 100 ml;
- Sal 6g

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rotulagem alimentar

Regulamento (UE)
N. 1169/2011

Declarao nutricional
As vitaminas e minerais, alm da representao anterior, devem ser expressos em percentagem das doses de referncia por
100 g ou 100 ml;

Vitaminas e sais minerais que podem ser declarados e respetivos valores de referncia do nutriente (VRN)

- Vitamina A (g) 800 - Potssio (mg) 2000


- Vitamina D (g) 5 - Cloreto (mg) 800
- Vitamina E (mg) 12 - Clcio (mg) 800
- Vitamina K (g) 75 - Fsforo (mg) 700
- Vitamina C (mg) 80 - Magnsio (mg) 375
- Tiamina (mg) 1,1 - Ferro (mg) 14
- Riboflavina (mg) 1,4 - Zinco (mg) 10
- Niacina (mg) 16 - Cobre (mg) 1
- Vitamina B6 (mg) 1,4 - Mangans (mg) 2
- cido flico (g) 200 - Fluoreto (mg) 3,5
- Vitamina B12 (g) 2,5 - Selnio (g) 55
- Biotina (g) 50 - Crmio (g) 40
- cido pantotnico (mg) 6 - Molibdnio (g) 50
- Iodo (g) 150

A declarao nutricional no se aplica aos suplementos alimentares nem s guas minerais naturais.

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rotulagem alimentar

Regulamento (UE)
N. 1169/2011
Apresentao da
declarao nutricional

A declarao do valor energtico e quantidades de nutrientes devem ser includas no mesmo campo visual, apresentadas
em conjunto num formato claro e pela ordem de apresentao prevista (anexo XV);

Devem ser apresentadas, se o espao o permitir, em formato tabular, com os nmeros alinhados. Se o espao no for suficiente,
a declarao deve figurar em formato linear;

Estes tipos de apresentao no se aplicam a bebidas alcolicas e gneros alimentcios no pr-embalados;

Se o valor energtico ou a quantidade de nutrientes de um produto for negligencivel, a informao relativa a esses
elementos pode ser substituda por uma meno como Contm quantidades negligenciveis de , na proximidade imediata da
declarao nutricional;

Alm deste tipo de apresentao podem usar-se grficos ou smbolos como complemento, desde que sejam respeitados os
requisitos presentes no artigo 35. do Regulamento.

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rotulagem alimentar

Regulamento (UE)
N. 1169/2011
Apresentao da
declarao nutricional
Na declarao nutricional, as unidades de medida a utilizar, so: quilojoule (kJ) e quilocaloria (kcal) para o valor energtico, e
grama (g), miligrama (mg) ou micrograma (g) para a massa, sendo a ordem de apresentao da informao, sempre que adequado,
a seguinte:

Expresso e apresentao da declarao nutricional

- Energia kJ/kcal NOTA:


- lpidos g (As linhas sombreadas indicam
dos quais as menes obrigatrias)
saturados g
monoinsaturados g
poli-insaturados g
- hidratos de carbono g
dos quais
acares g
poliis g
amido g
- fibra g
- protenas g
- sal g
- vitaminas e sais minerais unidades indicadas no Regulamento (anexo XIII, parte A, ponto 1)

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rotulagem alimentar

Regulamento (UE)
N. 1169/2011
Informaes voluntrias
sobre os gneros alimentcios

As informaes sobre os gneros alimentcios que so prestadas voluntariamente:


- No podem induzir o consumidor em erro;
- No podem ser ambguas nem confusas para o consumidor;
- Se adequado, devem basear-se em dados cientficos relevantes;
- No podem ser apresentadas em prejuzo do espao disponvel para as informaes
obrigatrias.

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rotulagem alimentar

Regulamento (UE)
N. 1169/2011
Entrada em vigor e
data de aplicao

O presente regulamento aplicvel a partir de 13 de dezembro de 2014, exceto:


-o
 artigo 9. , n. 1, alnea l (Lista de menes obrigatrias - Uma declarao nutricional): aplicvel a partir
de 13 de dezembro de 2016;
- anexo VI, parte B (Requisitos especficos relativos designao de carne picada): aplicvel a partir de
1 de janeiro de 2014.

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Alegaes nutricionais e

de sade
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Alegaes nutricionais
e de sade

Importncia na escolha
dos alimentos

O objetivo das regras relativas s alegaes nutricionais e de sade garantir que, na Unio Europeia, qualquer alegao
relativa rotulagem, apresentao de um alimento ou a publicidade, clara, precisa e baseada em evidncia cientfica,
protegendo assim o consumidor e, ao mesmo tempo, promovendo a inovao e assegurado uma concorrncia leal;

A Comisso Europeia apresenta, no seu website, um registo de alegaes nutricionais e de sade autorizadas e
rejeitadas, de modo a assegurar a total transparncia para os consumidores e operadores do setor alimentar. Poder aceder
lista de todas as alegaes de sade permitidas a partir do seguinte link: http://ec.europa.eu/nuhclaims/?event=search

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Alegaes nutricionais
e de sade

definies

Alegao, qualquer mensagem ou representao, no obrigatria nos termos da legislao comunitria ou nacional, incluindo
qualquer representao pictrica, grfica ou simblica, seja qual for a forma que assuma, que declare, sugira ou implique que um
alimento possui caractersticas particulares;

Alegao nutricional, qualquer alegao que declare, sugira ou implique que um alimento possui propriedades nutricionais
benficas particulares devido energia (valor calrico) que fornece, fornece com um valor reduzido ou aumentado, ou no fornece,
e aos nutrientes ou outras substncias que contm, contm em proporo reduzida ou aumentada, ou no contm;

Alegao de sade, qualquer alegao que declare, sugira ou implique a existncia de uma relao entre uma categoria de
alimentos, um alimento ou um dos seus constituintes e a sade;

Alegao de reduo de um risco de doena, qualquer alegao de sade que declare, sugira ou implique que o consumo
de uma categoria de alimentos, de um alimento ou de um dos seus constituintes reduz significativamente um fator de risco de
aparecimento de uma doena humana.

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Alegaes nutricionais
e de sade

enquadramento

Regulamento (CE) N. 1924/2006

Harmoniza as disposies legislativas, regulamentares e administrativas, em matria de alegaes nutricionais e de sade,


assegurando um elevado nvel de proteo dos consumidores;

aplicvel s alegaes nutricionais e de sade feitas em comunicaes comerciais, quer na rotulagem, quer na apresentao ou
na publicidade dos alimentos a fornecer como tal ao consumidor final;

igualmente aplicvel no que respeita aos alimentos destinados ao abastecimento de restaurantes, hospitais, escolas, refeitrios e
outros estabelecimentos de restaurao coletiva.

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Alegaes nutricionais
e de sade

enquadramento

Sempre que se efetuar uma alegao nutricional referente a um nutriente que no conste da declarao nutricional dever
ser includa a informao sobre a quantidade presente, na proximidade da mesma;

As informaes a fornecer so as especificadas no n. 1 do artigo 30. do Regulamento (UE) n. 1169/2011 do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 25 de outubro de 2011;

Sempre que seja feita uma alegao nutricional e/ou de sade para um nutriente referido no n. 2 do artigo 30. do
Regulamento (UE) n. 1169/2011 (cidos gordos monoinsaturados; cidos gordos poli-insaturados; poliis; amido; fibra), deve ser
declarada a quantidade do nutriente em causa;

As quantidades das substncias, objeto de uma alegao nutricional ou de sade, que no constem da rotulagem
nutricional, devem ser indicadas no mesmo campo visual que a rotulagem nutricional, e devem ser expressas nos
termos dos artigos 31., 32. e 33. do Regulamento (UE) n. 1169/2011.

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Alegaes nutricionais
e de sade

enquadramento

As alegaes nutricionais e de sade no devem:


- Ser falsas, ambguas ou enganosas;
- Suscitar dvidas acerca da segurana e/ou da adequao nutricional
de outros alimentos;
- Incentivar ou justificar o consumo excessivo de um dado alimento;
- Declarar, sugerir ou implicar que um regime alimentar equilibrado
e variado no pode fornecer, em geral, quantidades adequadas de
nutrientes;
- Referir alteraes das funes orgnicas que possam suscitar receios
no consumidor.

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Alegaes nutricionais
e de sade

enquadramento

A utilizao de alegaes nutricionais e de sade s permitida se estiverem asseguradas as seguintes condies:


- Ter sido demonstrado que a presena, a ausncia ou o teor reduzido, de um nutriente ou de outra substncia objeto de alegao,
tm um efeito nutricional ou fisiolgico benfico, estabelecido por provas cientficas geralmente aceites;
- O nutriente ou substncia alvo de alegao deve:
- Estar contido no produto final em quantidade significativa que exera o efeito alegado;
- No estar presente ou estar presente em quantidade reduzida, de forma que produza o efeito alegado;
- Encontrar-se numa forma assimilvel pelo organismo.
- A quantidade de alimento suscetvel de ser consumida deve fornecer uma quantidade significativa do nutriente ou substncia
alvo de alegao;
- Se for plausvel que o consumidor mdio compreenda os efeitos benficos expressos na alegao;
- Referir-se ao alimento pronto para consumo de acordo com as instrues do fabricante.

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Alegaes nutricionais
e de sade

ALEGAES NUTRICIONAIS
S so permitidas as alegaes nutricionais que constam no anexo do Regulamento (CE) n. 1924/2006, no anexo do
Regulamento (UE) n. 116/2010 e no anexo do Regulamento (UE) n. 1047/2012, que dizem respeito aos seguintes
nutrientes e constituintes alimentares:

Regulamento (CE) n. 1924/2006


Regulamento (UE) n. 1047/2012 Regulamento (UE) n. 116/2010

Valor energtico cidos gordos mega 3


Gordura Gorduras monoinsaturadas
Gordura saturada Gorduras polinsaturadas
Acares Gorduras insaturadas
Sdio/sal
Fibra
Protenas
Vitaminas e minerais

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Alegaes nutricionais
e de sade

Interpretao da
informao: exemplos
Alegaes nutricionais | Condies de utilizao
Baixo valor energtico Valor energtico

Uma alegao de que um alimento de baixo valor energtico, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para
o consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver mais de 40 kcal (170 kJ)/100 g para os slidos ou mais de 20
kcal (80 kJ)/100 ml para os lquidos. No que respeita aos edulcorantes de mesa, aplicvel o limite de 4 kcal (17 kJ)/poro,
com propriedades edulcorantes equivalentes a 6g de sacarose (aproximadamente uma colher de ch de sacarose).

Valor energtico reduzido


Uma alegao de que um alimento de valor energtico reduzido, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado
para o consumidor, s pode ser feita quando o valor energtico sofrer uma reduo de, pelo menos, 30%, com indicao
da(s) caracterstica(s) que faz(em) com que o valor energtico total do alimento seja reduzido.

Sem valor energtico


Uma alegao de que um alimento no tem valor energtico, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para o
consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver mais de 4 kcal (17 kJ)/100 ml. No que respeita aos edulcorantes
de mesa, aplicvel o limite de 0,4 kcal (1,7 kJ)/poro, com propriedades edulcorantes equivalentes a 6 g de sacarose
(aproximadamente uma colher de ch de sacarose).

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Alegaes nutricionais
e de sade

Interpretao da
informao: exemplos
Alegaes nutricionais | Condies de utilizao
gordura
Baixo teor de gordura
Uma alegao de que um alimento de baixo teor de gordura, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para
o consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver mais de 3 g de gordura por 100 g para os slidos ou de 1,5 g
de gordura por 100 ml para os lquidos (1,8g de gordura por 100 ml para o leite meio gordo).

Sem gordura
Uma alegao de que um alimento no contm gordura, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para o
consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver mais de 0,5 g de gordura por 100 g ou por 100 ml. No entanto,
so proibidas as alegaes do tipo X% isento de gorduras.

Baixo teor de gordura saturada


Uma alegao de que um alimento de baixo teor de gordura saturada, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo
significado para o consumidor, s pode ser feita se a soma dos cidos gordos saturados e dos cidos gordos trans contidos
no produto no exceder 1,5 g/100 g para os slidos ou 0,75 g/100 ml para os lquidos; em qualquer dos casos, a soma dos
cidos gordos saturados e dos cidos gordos trans no pode fornecer mais de 10% do valor energtico.

Sem gordura saturada


Uma alegao de que um alimento no contm gordura saturada, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado
para o consumidor, s pode ser feita quando a soma da gordura saturada e dos cidos gordos trans no exceder 0,1 g de
gordura saturada por 100 g ou por 100 ml.

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Alegaes nutricionais
e de sade

Interpretao da
informao: exemplos

Alegaes nutricionais | Condies de utilizao


acares
Baixo teor de acares
Uma alegao de que um alimento de baixo teor de acares, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado
para o consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver mais de 5 g de acares por 100 g para os slidos ou de
2,5 g de acares por 100 ml para os lquidos.

Sem acares
Uma alegao de que um alimento no contm acares, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para o
consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver mais de 0,5 g de acares por 100 g ou por 100 ml.

Sem adio de acares


Uma alegao de que no foram adicionados acares ao alimento, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado
para o consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver quaisquer monossacridos ou dissacridos adicionados,
nem qualquer outro alimento utilizado pelas suas propriedades edulcorantes. Caso os acares estejam naturalmente
presentes no alimento, o rtulo deve tambm ostentar a seguinte indicao: Contm acares naturalmente presentes.

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Alegaes nutricionais
e de sade

Interpretao da
informao: exemplos
Alegaes nutricionais | Condies de utilizao
Sdio
Baixo teor de sdio/sal
Uma alegao de que um alimento de baixo teor de sdio/sal, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado
para o consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver mais de 0,12 g de sdio, ou o valor equivalente de sal,
por 100 g ou por 100 ml. No que respeita s guas que no as guas minerais naturais abrangidas pela Diretiva 80//777/CEE,
este valor no pode exceder 2 mg de sdio por 100 ml.

Muito baixo teor de sdio/sal


Uma alegao de que um alimento de muito baixo teor de sdio/sal, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado
para o consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver mais de 0,04 g de sdio, ou o valor equivalente de sal,
por 100 g ou por 100 ml. Esta alegao no pode ser utilizada para as guas minerais naturais nem para outras guas.

Sem sdio ou sem sal


Uma alegao de que um alimento no contm sdio ou sal, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para
o consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver mais de 0,005 g de sdio, ou o valor equivalente de sal, por
100 g.

Sem adio de sdio/sal


Uma alegao de que no foi adicionado sdio/sal ao alimento, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado
para o consumidor, s pode ser feita quando o produto no contiver sdio/sal adicionado nem qualquer outro ingrediente
que contenha sdio/sal adicionado e o produto no contiver mais de 0,12 g de sdio, ou o valor equivalente de sal,
por 100 g ou por 100 ml.

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Alegaes nutricionais
e de sade

Interpretao da
informao: exemplos
Alegaes nutricionais | Condies de utilizao
Fibra Protena
Fonte de fibra
Uma alegao de que um alimento uma fonte de fibra, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para o
consumidor, s pode ser feita quando o produto contiver, no mnimo, 3 g de fibra por 100 g ou, pelo menos, 1,5 g de fibra
por 100 kcal.

Alto teor em fibra


Uma alegao de que um alimento tem alto teor em fibra, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para o
consumidor, s pode ser feita quando o produto contiver, no mnimo, 6 g de fibra por 100 g ou, pelo menos, 3 g de fibra por
100 kcal.

Fonte de protena
Uma alegao de que um alimento uma fonte de protena, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para o
consumidor, s pode ser feita quando, pelo menos, 12% do valor energtico do alimento for fornecido por protena.

Alto teor em protena


Uma alegao de que um alimento tem alto teor em protena, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para
o consumidor, s pode ser feita quando, pelo menos, 20% do valor energtico do alimento for fornecido por protena.

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Alegaes nutricionais
e de sade

Interpretao da
informao: exemplos

Vitaminas e Minerais outros


Alegaes nutricionais | Condies de utilizao

Fonte de [nome da(s) vitamina(s)] e/ou [nome do(s) mineral(is)]


Uma alegao de que um alimento uma fonte de vitaminas e/ou de minerais, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo
significado para o consumidor, s pode ser feita quando o produto contiver, pelo menos, a quantidade significativa definida
no anexo XIII do Regulamento 1169/2011.

Alto teor em [nome da(s) vitamina(s)] e/ou [nome do(s) mineral(is)]


Uma alegao de que um alimento tem alto teor em vitaminas e/ou minerais, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo
significado para o consumidor, s pode ser feita quando o produto contiver, pelo menos, o dobro do teor exigido para a
alegao Fonte de [nome da(s) vitamina(s)] e/ou [nome do(s) mineral(is)].

Contm [nome do nutriente ou outra substncia]


Uma alegao de que um alimento contm um nutriente ou outra substncia, para o qual o presente regulamento no
preveja condies especficas, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para o consumidor, s pode ser feita
quando o produto cumprir todas as disposies do presente regulamento que lhe so aplicveis, nomeadamente as do artigo
5.. No que respeita s vitaminas e minerais, so aplicveis as condies exigidas para a alegao Fonte de.

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e de sade

Interpretao da
informao: exemplos
Alegaes nutricionais | Condies de utilizao
outros
Teor de (nome do nutriente) reforado
Uma alegao de que o teor de um ou mais nutrientes, que no vitaminas e minerais, foi reforado, ou qualquer alegao
que possa ter o mesmo significado para o consumidor, s pode ser feita quando o produto preencher as condies da
alegao Fonte de e o reforo do teor for, no mnimo, de 30% em relao a um produto semelhante.

Teor de (nome do nutriente) reduzido


Uma alegao de que o teor de um ou mais nutrientes foi reduzido, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado
para o consumidor, s pode ser feita quando a reduo do teor for, no mnimo, de 30% em relao a um produto semelhante,
exceto no caso dos micronutrientes, para os quais aceitvel uma diferena de 10% em relao aos valores de referncia
estabelecidos na Diretiva 90/496/CEE, e do sdio, ou do valor equivalente de sal, para o qual aceitvel uma diferena
de 25%. A alegao teor de gordura saturada reduzido, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para o
consumidor, s pode ser feita:
a) Se a soma de cidos gordos saturados e de cidos gordos trans no produto objeto da alegao for, pelo menos, 30%
inferior soma de cidos gordos saturados e de cidos gordos trans num produto semelhante;
b) Se o teor de cidos gordos trans no produto objeto da alegao for igual ou inferior ao de um produto semelhante.
A alegao teor de acares reduzido, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo significado para o consumidor, s
pode ser feita se o valor energtico do produto objeto da alegao for igual ou inferior ao valor energtico de um produto
semelhante.

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e de sade

Interpretao da
informao: exemplos
Alegaes nutricionais | Condies de utilizao
outros
Fraco/light
Uma alegao de que o teor de um ou mais nutrientes, que no vitaminas e minerais, foi reforado, ou qualquer alegao
que possa ter o mesmo significado para o consumidor, s pode ser feita quando o produto preencher as condies da
alegao Fonte de e o reforo do teor for, no mnimo, de 30% em relao a um produto semelhante.

Naturalmente/natural
Caso um alimento preencha naturalmente a condio ou condies estabelecidas para a utilizao de uma alegao nutricional,
esta pode ser acompanhada do termo naturalmente/natural.

Fonte de cidos gordos mega-3


Uma alegao de que um alimento uma fonte de cidos gordos mega-3, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo
significado para o consumidor, s pode ser feita quando o produto contiver, pelo menos, 0,3 g de cido alfa-linolnico por 100
g e por 100 kcal, ou pelo menos 40 mg da soma de cido icosapentaenico e cido docosa-hexaenico por 100 g e por 100 kcal.

Alto teor de cidos gordos mega-3


Uma alegao de que um alimento tem alto teor de cidos gordos mega-3, ou qualquer alegao que possa ter o mesmo
significado para o consumidor, s pode ser feita quando o produto contiver, pelo menos, 0,6g de cido alfa-linolnico por 100 g
e por 100 kcal, ou pelo menos 80 mg da soma de cido icosapentaenico e cido docosa-hexaenico por 100 g e por 100 kcal.

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Alegaes nutricionais
e de sade

Interpretao da
informao: exemplos

Alegaes nutricionais | Condies de utilizao outros


Alto teor de gorduras mono-insaturadas
Uma alegao de que um alimento tem um alto teor de gorduras mono-insaturadas, ou qualquer alegao que possa ter o
mesmo significado para o consumidor, s pode ser feita se pelo menos 45% dos cidos gordos presentes no produtos forem
provenientes de gorduras mono-insaturadas e se as gorduras mono-insaturadas fornecerem mais de 20% do valor energtico
do produto.

Alto teor de gorduras poli-insaturadas


Uma alegao de que um alimento tem um alto teor de gorduras poli-insaturadas, ou qualquer alegao que possa ter o
mesmo significado para o consumidor, s pode ser feita se pelo menos 45% dos cidos gordos presentes no produtos forem
provenientes de gorduras poli-insaturadas e se as gorduras poli-insaturadas fornecerem mais de 20% do valor energtico do
produto.

Alto teor de gorduras insaturadas


Uma alegao de que um alimento tem um alto teor de gorduras insaturadas, ou qualquer alegao que possa ter o
mesmo significado para o consumidor, s pode ser feita se pelo menos 70% dos cidos gordos presentes no produto forem
provenientes de gorduras insaturadas e se as gorduras insaturadas fornecerem mais de 20% do valor energtico do produto.

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Alegaes nutricionais
e de sade

ALEGAES DE SADE

S so permitidas as alegaes de sade que indiquem:


- a importncia de um regime alimentar variado e equilibrado e de um modo de vida saudvel;
- a quantidade do alimento e o modo de consumo requeridos para obter o efeito benfico alegado;
- uma observao dirigida a pessoas que deveriam evitar consumir o alimento, caso aplicvel;
- um aviso adequado, no caso dos produtos suscetveis de representar um risco para a sade se consumidos em excesso.

Apenas podem ser feitas alegaes de sade genricas, para uma boa sade geral, se forem acompanhadas por uma alegao
de sade especfica.

54
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Alegaes nutricionais
e de sade

ALEGAES DE SADE

So proibidas alegaes de sade que:


- no estejam autorizadas em conformidade com o regulamento nem includas nas listas das alegaes permitidas;
- sugiram que a sade pode ser afetada pelo facto de no se consumir o alimento;
- faam referncia ao ritmo ou quantificao da perda de peso;
- faam referncia a recomendaes de mdicos ou de profissionais da sade e de associaes que no as associaes
nacionais de profissionais de sade, nutrio ou diettica e associaes caritativas da rea da sade.

55
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Alegaes nutricionais
e de sade

ALEGAES DE SADE

Alegaes de sade genricas | Exemplos:


- Bem-estar - Para um bom dia - Para o Inverno
- Viva melhor - Para a sua boa forma fsica

NOTA:
Estes exemplos so alegaes genricas que tm que ter alegaes de sade autorizadas e que as suportem.

Alegaes de sade especficas | Exemplos:


 O ferro contribui para a formao normal de glbulos vermelhos e de hemoglobina.
A vitamina D contribui para nveis normais de clcio no sangue.
As protenas contribuem para o crescimento da massa muscular.

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Alegaes nutricionais
e de sade

Interpretao da
informao: exemplos

Alegaes de sade

Alegaes de sade que no refiram a reduo de um risco de doena ou o desenvolvimento e a


sade das crianas
Artigo 13. do Regulamento 1924/2006; Regulamento (UE) N. 432/2012 da Comisso

1. As alegaes de sade que descrevam ou faam referncia:


a) Ao papel de um nutriente ou de outra substncia no crescimento, no desenvolvimento e nas funes do organismo;
b) A funes psicolgicas ou comportamentais;
c) Q ue no se destinem a dietas para emagrecimento, ao controlo do peso, reduo do apetite, ao aumento da sensao
de saciedade ou reduo do valor energtico do regime alimentar, desde que:
i) Assentem em provas cientficas geralmente aceites, e
ii) Sejam bem compreendidas pelo consumidor mdio.

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Alegaes nutricionais
e de sade

Interpretao da
informao: exemplos
Alegaes de sade

Alegaes relativas reduo de um risco de doena e Alegaes relativas ao desenvolvimento e


sade das crianas - Artigo 14. do Regulamento 1924/2006; Artigo 1. do Regulamento 1109/2008; Regulamento (UE)
N. 432/2012; Regulamento (UE) N. 2015/1052
No obstante o disposto na alnea b) do n.o1 do artigo 2.o da Diretiva 2000/13/CE, podem ser feitas as alegaes seguidamente
mencionadas desde que tenham sido autorizadas, nos termos do artigo n 3 do art 7 do Regulamento 1169/2011, para
incluso numa lista comunitria de alegaes permitidas juntamente com todas as condies necessrias para a utilizao
dessas alegaes. Para alm dos requisitos gerais estabelecidos no presente regulamento e dos requisitos especficos previstos
no n. 1, no caso das alegaes relativas reduo de um risco de doena, a rotulagem ou, na falta desta, a apresentao ou a
publicidade devem ostentar tambm uma indicao de que a doena objeto da alegao tem mltiplos fatores de risco, e que
alterar um destes fatores pode, ou no, ter efeitos benficos.

Alegaes relativas reduo de um risco de doena | Exemplos:


Os esteris/estanis vegetais contribuem para a manuteno de nveis normais de colesterol no sangue.
Foi demonstrado que os steres de esterol vegetal apresentados como suplemento alimentar em saquinhos de p baixam/
reduzem o colesterol no sangue. O colesterol elevado um fator de risco no desenvolvimento de doena cardaca coronria.

Alegaes relativas ao desenvolvimento e sade das crianas | Exemplos:


O ferro contribui para o desenvolvimento cognitivo normal das crianas.
O iodo contribui para o normal crescimento das crianas.

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O rtulo de um produto alimentar o seu bilhete de identidade;

Tendo em conta a vasta gama de produtos, atualmente existentes no mercado,


torna-se importante que o consumidor esteja informado, de forma a realizar
escolhas alimentares mais conscientes e adequadas.

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leitura do rtulo
alimentar
1 Denominao comercial
Nome comercial pelo qual o produto conhecido, atribudo pela marca.
7 6
PT
XXX OOO
L15XXX55
dd/mm/aa
2 Data limite de consumo e data de durabilidade mnima
CE
Data at qual o produto conserva as propriedades especficas nas condies de conservao adequadas:
2 - Data limite de consumo - Consumir at: dia/ms: utilizada para os alimentos que facilmente se deterioram
Marca
(iogurte, leite, queijo);
Denominao - Data de durabilidade mnima - Consumir de preferncia antes de: dia/ms: aplicada a alimentos com
comercial durao inferior a 3 meses (manteiga, po de forma); Consumir de preferncia antes do fim de: ms/
1 ano: aplicada a alimentos com durabilidade de 3 a 18 meses (cereais de pequeno-almoo, arroz, massa);
indicar apenas o ano: aplicado a alimentos com durao superior a 18 meses (conservas, mel, compotas).

3 Quantidade lquida
Quantidade de produto contida na embalagem, expresso em volume (litro) ou em massa (quilograma).
Slogan do produto
Quando um gnero alimentcio estiver envolvido num lquido, deve ser indicado o peso escorrido.

4 Controlo metrolgico - Letra e


5 Significa que o Instituto Portugus da Qualidade certificou que o contedo declarado pelo fabricante,
8 4 embalador ou distribuidor est dentro das margens de erro permitidas. Encontra-se ao lado da quantidade
3 lquida do produto alimentar.
1Le
Gnero alimentcio pr-embalado

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leitura do rtulo
alimentar
5 Cdigo de barras
constitudo por um conjunto de barras brancas e pretas e 13 dgitos, de leitura tica. O cdigo de barras
7 6
identifica o pas da empresa produtora, o produto dentro da empresa e serve de controlo de stocks e
L15XXX55
PT
XXX OOO dd/mm/aa
vendas.
CE

2 6 Lote
Marca
Permite reconhecer a provenincia do produto e identificar qualquer acidente no circuito de produo
Denominao e de comercializao. Conjunto de unidades de venda (indicado com a letra L seguida de algarismos) de
comercial um produto alimentar que foi produzido, fabricado ou acondicionado em circunstncias praticamente
1 idnticas. facultativo se o rtulo do produto apresentar na data de durabilidade mnima ou data limite de
consumo o dia e o ms. A indicao do lote pode no estar no rtulo, mas na embalagem.

7 Marca de salubridade comunitria


Constituda por 3 siglas, o nome do pas ou cdigo internacional (PT), o cdigo da unidade industrial que
Slogan do produto
fabrica ou produz o produto (XXX OOO) e a sigla da Unio Europeia (EU/CEE), apenas obrigatrio em
produtos com origem animal.

5 8 Logotipo de produtos biolgicos


8 4 O logotipo biolgico da UE apenas utilizado se o produto em causa for produzido em conformidade com
3 os requisitos legais da Unio Europeia.
1Le
Gnero alimentcio pr-embalado

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leitura do rtulo
alimentar
11
9 Denominao de venda
o nome do produto alimentar (ex.: iogurte, leite, bolachas) e no deve ser confundida com a denominao
comercial. Deve constar na sua denominao o estado fsico do produto ou do processamento a que o
produto foi sujeito (ex.: fumado, pasteurizado, congelado, concentrado).
9 Denominao de venda

10 Lista de ingredientes e alergnios


Lista de ingredientes
10 e alergnios Elaborada por ordem decrescente das quantidades de todos os ingredientes que constituem o produto
alimentar. Os ingredientes que provoquem alergias ou intolerncias (alergnios), devem ser indicados na
17 Declarao nutricional
lista de ingredientes por uma grafia que a distinga dos restantes (ex: gua, farinha de trigo, ) . Tambm
devem ser indicados na lista os aditivos adicionados ao produto, designados pela categoria (ex.: antioxidante;
corante), nome especfico (ex.: cido L-ascrbico; dixido de enxofre) ou letra E seguida de 3 algarismos
(ex.: E300; E220). Todos os aditivos alimentares autorizados esto listados pela Unio Europeia, listagem
sujeita a alteraes, atualizaes, em resultado da aprovao/excluso de aditivos.
16 Contm n. pores
E100-E199 Corantes / E200-E299 Conservantes / E300-E399 Antioxidantes / E400-E499
12 Modo de preparao e Emulsionantes, Estabilizadores, Espessantes, Gelificantes e outros
utilizao

11 Ponto verde
13 Condies de conservao
Significa que o fabricante, embalador ou distribuidor contribuiu financeiramente, num sistema de recolha
Nome e morada da
14 entidade seletiva para que as embalagens sejam recolhidas, recicladas ou incineradas, contribuindo para um melhor
ambiente.
15 Regio de origem

Gnero alimentcio pr-embalado

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leitura do rtulo
alimentar
12 Modo de preparao e utilizao
11
Deve constar no rtulo, quando a sua ausncia dificultar uma utilizao adequada do gnero alimentcio
(ex.: Modo de preparao Retire o produto do frigorfico 15min antes de usar).

9 Denominao de venda 13 Condies de conservao


So obrigatrias sempre que a sua omisso no permita uma correta conservao do produto (ex.:
Lista de ingredientes
10 e alergnios Conservar a -18C; Conservar em local fresco e seco).

17 Declarao nutricional 14 Nome e morada da entidade


Nome, firma ou denominao social e morada do embalador, importador ou armazenista, responsvel por
todas as menes presentes no rtulo.

15 Regio de origem
Presente no rtulo quando a sua omisso seja suscetvel de induzir o consumidor em erro relativamente
16 Contm n. pores
origem do produto (ex.: Queijo da Serra; Po de Mafra).

12 Modo de preparao e 16 Nmero de pores


utilizao
Indica o nmero estimado de pores presente na embalagem.
13 Condies de conservao
17 Declarao nutricional
Nome e morada da
14 entidade Descreve o valor energtico e os nutrientes de um gnero alimentcio (ex.: lpidos, hidratos de carbono,
protenas, vitaminas e minerais).
15 Regio de origem

Gnero alimentcio pr-embalado

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Leitura da informao
nutricional
Informao nutricional Por 100 g Por dose %VDR
de produto (50 g)
expresso em, kJ e kcal e resulta do teor de protena, gordura, hidratos de carbono, fibra, cidos
Valor energtico kJ kcal kJ kcal % orgnicos, poliis e lcool. 1 kcal +/- 4 kj

Teor de protenas calculado por meio da frmula: protena = azoto total (Kjeldahl) 6,25
Protenas g g % Responsveis pelo crescimento, manuteno e reparao dos rgos, tecidos e clulas do
organismo. 1 g de protenas fornece 4 kcal

Hidratos de Carbono g g % Qualquer hidrato de carbono metabolizado pelo ser humano (simples e complexos).
Principal fonte de energia para a realizao das funes do organismo.
dos quais: acares g g % 1 g de hidratos de carbono fornece 4 kcal

Os lpidos totais representam cidos gordos saturados; cidos gordos trans; cidos gordos
monoinsaturados; cidos gordos poli-insaturados.
Lpidos g g %
Fornecedores de energia, transporte de algumas vitaminas (A, D, E, K), constituem diversas
dos quais: saturados g g % estruturas celulares, reserva energtica, proteo do frio, dos rgos vitais e de agresses
externas. 1 g de lpidos fornece 9 kcal
Polmeros de hidratos de carbono com trs ou mais unidades monomricas que no so
digeridas nem absorvidas pelo intestino delgado humano. O seu consumo adequado pode ter
Fibra g g %
efeito benfico na preveno de algumas doenas como a obesidade, doenas cardiovasculares
e diferentes tipos de cancro. 1 g de fibra fornece 2 kcal
Teor equivalente de sal calculado por meio da frmula: sal = sdio 2,5
Sal g g % O consumo excessivo pode provocar hipertenso arterial, pelo que a sua adio (sal) deve ser
limitada.

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Cuidados no momento da escolha


de produtos alimentares

Verificar a durabilidade e preferir aqueles que tenham uma data de validade mais prolongada;

Avaliar o estado das embalagens, rejeitar aquelas que se apresentarem amolgadas, opadas, rasgadas ou com sinais de ferrugem.
Nos produtos congelados, verificar se a sua embalagem no se encontra hmida ou com cristais de gelo, pois significa que a cadeia de
frio no foi devidamente assegurada e os produtos podem ter sofrido descongelao;

Averiguar as condies de utilizao e conservao e respeit-las em casa;

Ler atentamente o rtulo e verificar a composio nutricional e a presena de possveis alergnios;

Analisar a lista de ingredientes e preterir os produtos alimentares que iniciem a listagem com ingredientes como acar, gorduras
e sal.

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Perguntas
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Adaptado de: Ministrio da Agricultura. Direo-Geral de Alimentao


e Veterinria. Perguntas e respostas sobre a aplicao do Regulamento
(UE) n. 1169/2011 relativo prestao de informao aos consumidores
sobre os gneros alimentcios (ICGA)

ROTULAGEM GERAL

Disponibilidade e localizao da informao obrigatria sobre os gneros alimentcios


P: No caso de uma embalagem mltipla constituda por unidades embaladas individualmente que vendida pelos
produtores aos grossistas/retalhistas, as menes obrigatrias exigidas devem constar de cada uma das unidades
embaladas individualmente?

R: Esta transao refere-se a uma fase anterior da venda ao consumidor final em que no est envolvida a venda/ o fornecimento a um
estabelecimento de restaurao coletiva. Neste caso, as menes obrigatrias referidas nos artigos 9. e 10. do regulamento ICGA devem
constar de um dos seguintes locais:
- na pr-embalagem (ou seja, na embalagem mltipla);
- num rtulo a ela aposto;
- nos documentos comerciais referentes a esses gneros, se se puder garantir que tais documentos acompanham os gneros alimentcios
a que dizem respeito ou foram enviados antes da entrega ou ao mesmo tempo que a entrega. Nestes casos, todavia, da embalagem
exterior em que os alimentos pr-embalados se apresentam para comercializao devem tambm constar as seguintes menes: a
denominao do gnero alimentcio; a data de durabilidade mnima ou a data-limite de consumo; as condies especiais de conservao
e/ou as condies de utilizao; o nome ou a firma e o endereo do operador da empresa do setor alimentar responsvel.
Assim, cada unidade embalada individualmente no necessita de ser rotulada desta forma.
No entanto, se o grossista/retalhista decidir vender as unidades embaladas individualmente ao consumidor final, deve garantir que figuram
em cada uma delas as menes obrigatrias (artigos 9. e 10. do regulamento ICGA), com base nas informaes que constam da pr-
embalagem.

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Perguntas
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e Veterinria. Perguntas e respostas sobre a aplicao do Regulamento
(UE) n. 1169/2011 relativo prestao de informao aos consumidores
sobre os gneros alimentcios (ICGA)

ROTULAGEM GERAL

Disponibilidade e localizao da informao obrigatria sobre os gneros alimentcios

P: No caso de uma embalagem mltipla vendida aos estabelecimentos de restaurao coletiva e que constituda por
unidades embaladas individualmente, onde devem figurar as menes obrigatrias exigidas?

R: No caso de uma embalagem mltipla destinada a ser vendida aos estabelecimentos de restaurao coletiva e que constituda por
unidades embaladas individualmente, as menes obrigatrias devem figurar diretamente na embalagem mltipla ou num rtulo fixado
mesma.
No entanto, se as unidades embaladas individualmente (que fazem parte da embalagem mltipla) constiturem unidades de venda
destinadas ao consumidor final, as informaes obrigatrias devem tambm constar de cada embalagem individual.
Tendo em considerao as diferentes formas de fornecer alimentos ao consumidor final nos estabelecimentos de restaurao coletiva, deve
salientar-se que as pores individuais (por exemplo, doces de fruta, mel, mostarda) que so apresentadas como parte de uma refeio
no devem ser consideradas como unidades de venda. Assim, ser suficiente que, nesses casos, as informaes alimentares figurem nas
embalagens mltiplas.

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Perguntas
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(UE) n. 1169/2011 relativo prestao de informao aos consumidores
sobre os gneros alimentcios (ICGA)

ROTULAGEM GERAL

Lista de menes obrigatrias

P: No que respeita s instrues de utilizao, um operador de uma empresa do setor alimentar pode usar o smbolo de
uma frigideira ou de um forno sem usar as palavras frigideira ou forno?

R: No. As menes obrigatrias, como o caso das instrues de utilizao, devem ser indicadas atravs de palavras e nmeros. A
utilizao de pictogramas ou smbolos apenas um meio adicional para expressar essas informaes.
No futuro, a Comisso pode adotar atos delegados e de execuo que autorizem que uma ou vrias menes obrigatrias possam ser
expressas atravs de pictogramas ou smbolos em vez de palavras ou nmeros.

P: Como se determina a face de maior superfcie, especialmente quando se trata de latas ou de garrafas?

R: No caso de embalagens retangulares ou em forma de caixa, a determinao da face de maior superfcie o lado completo da embalagem
em causa (altura largura). Quando se trata de embalagens cilndricas (por exemplo, latas) ou em forma de garrafa, com formas irregulares,
a determinao da face de maior superfcie por exemplo, a rea da superfcie excluindo os topos, os fundos, os rebordos no topo e no
fundo das latas, os colos e os gargalos de garrafas e frascos.

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sobre os gneros alimentcios (ICGA)

ROTULAGEM GERAL

Rotulagem dos alergnios (para alimentos pr-embalados)


P: Se o nome de um ingrediente incluir parcialmente, numa nica palavra, o nome de uma substncia/produto que
provoque alergias ou intolerncias (por exemplo leite em p), deve destacar-se a totalidade do nome do ingrediente
ou apenas a parte que se refere substncia/o produto que provoca alergias ou intolerncias?

R: Se o nome do ingrediente for constitudo por duas palavras unidas, deve destacar-se a parte do nome do ingrediente que corresponde
substncia/ao produto constante do anexo II do ICGA. No entanto, o destaque da totalidade do nome do ingrediente em causa tambm
seria considerado conforme aos requisitos legais. Se o nome de um ingrediente consistir em diversas palavras separadas, apenas se deve
realar a substncia/produto que provoca alergias ou intolerncias (ex.:leite em p).

P: Se todos os ingredientes de um gnero alimentcio forem substncias ou produtos que provocam alergias ou
intolerncias, como se pode realar a sua presena?

R: Se todos os ingredientes de um gnero alimentcio forem substncias que provocam alergias ou intolerncias, devem constar todos na
lista de ingredientes e serem realados. Esse destaque pode ser assegurado, por exemplo, atravs dos carateres, do estilo ou da cor do
fundo. Se todos os ingredientes constarem do anexo II do ICGA, devem ser realados em relao a outras informaes obrigatrias, como
o termo ingredientes no ttulo da lista respetiva.

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ROTULAGEM GERAL

Rotulagem dos alergnios (para alimentos pr-embalados)

P: No caso de embalagens ou recipientes cuja superfcie maior seja inferior a 10cm2, como se deve indicar a presena
de substncias ou produtos que provocam alergias ou intolerncias no alimento em questo?

R: Nas embalagens ou recipientes cuja superfcie maior tenha uma rea inferior a 10cm2, a lista de ingredientes pode ser omitida. Contudo,
na falta de uma lista de ingredientes, obrigatrio indicar a presena de substncias ou produtos que provocam alergias ou intolerncias no
alimento em questo mediante o termo contm seguido do nome da substncia ou do produto que provocam alergias ou intolerncias.
A presena de substncias ou produtos que provocam alergias ou intolerncias no precisa de ser indicada se o nome do alimento referir
claramente essa substncia ou produto. De igual modo, neste caso tambm no preciso colocar em destaque nem realar as substncias
ou produtos que provocam alergias ou intolerncias.

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ROTULAGEM GERAL

Rotulagem dos alergnios (para alimentos no pr-embalados)

P: Um operador de uma empresa do setor alimentar pode fornecer informaes sobre substncias ou produtos que
provocam alergias ou intolerncias utilizados no fabrico ou na preparao de um gnero alimentcio no pr-embalado,
apenas e unicamente quando um consumidor o solicitar?

R: No possvel fornecer informaes sobre alergnios e intolerncias nica e simplesmente a pedido do consumidor. A prestao de
informaes sobre alergnios/intolerncias obrigatria sempre que se usem no fabrico de um alimento no pr-embalado as substncias
enumeradas no anexo II do ICGA. Deve estar disponvel e facilmente acessvel, para que o consumidor seja informado de que o alimento
no pr-embalado pode originar problemas em termos de alergnios e intolerncias.

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ROTULAGEM GERAL

Indicao da quantidade lquida

P: Quando a quantidade lquida fornecida numa pr-embalagem constituda por vrias unidades pr-embaladas
individualmente que contenham quantidades diferentes do produto, o operador da empresa do setor alimentar deve
tambm indicar o nmero total de embalagens individuais? Esta indicao pode ser feita atravs de um nmero mdio?

R: No caso dos gneros alimentcios pr-embalados constitudos por duas ou vrias embalagens individuais que no sejam consideradas
como unidades de venda e no contenham a mesma quantidade do mesmo produto, deve indicar-se, para alm da quantidade lquida da
totalidade da embalagem, o nmero total de embalagens individuais.
Sempre que a indicao rigorosa do nmero total de embalagens individuais no for possvel por constrangimentos de ordem tcnica
(ausncia de controlo para a contagem de unidades) ou outros constrangimentos de fabrico, este nmero pode excecionalmente referir-se
ao nmero mdio. Pode igualmente usar-se o termo aproximadamente ou um termo ou abreviatura semelhante.

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DECLARAO NUTRICIONAL

Formas de expresso e de apresentao

P: Podem usar-se outras formas de expresso na declarao nutricional?

R: Para alm das formas de expresso (por 100 g/ml, por poro, percentagem da dose de referncia) e apresentao (nome do nutriente,
valor numrico), indicadas no ICGA, podem usar-se outras formas de expresso e/ou apresentao por meio de grficos ou smbolos, desde
que:
- se baseiem em estudos de consumo rigorosos e cientificamente vlidos, e no induzam o consumidor em erro;
- a sua elaborao seja o resultado duma consulta a um leque amplo de partes interessadas;
- procurem facilitar a compreenso, pelo consumidor, do contributo e da importncia do gnero alimentcio para o valor energtico e
para o teor de nutrientes dos regimes alimentares;
- no caso de outras formas de expresso, se baseiem nas doses de referncia harmonizadas referidas no anexo XIII ou, na sua falta, em
pareceres cientficos geralmente aceites sobre as doses de energia ou de nutrientes;
- sejam objetivas e no discriminatrias;
- a sua aplicao no crie obstculos livre circulao de mercadorias.

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DECLARAO NUTRICIONAL

Contedo da declarao nutricional obrigatria


P: possvel indicar voluntariamente no rtulo quantidades de determinados componentes dos nutrientes, por exemplo,
cidos gordos mega-3 como componentes dos cidos gordos poli-insaturados?

R: No. A declarao nutricional uma lista fechada com o valor energtico e os nutrientes e no pode ser completada com qualquer
informao nutricional suplementar. Contudo, a indicao dessa informao possvel, mas apenas no mbito de uma alegao nutricional,
e deve figurar na rotulagem, no includa na declarao nutricional, mas na sua proximidade. A declarao da presena de mega-3
determina a sua quantificao, que deve ser efetuada na proximidade da alegao nutricional, mas fora desta.

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DECLARAO NUTRICIONAL

Contedo da declarao nutricional obrigatria

P: Qual a informao nutricional que pode ser repetida na embalagem?

R: Algumas das informaes nutricionais que devem constar obrigatoriamente do rtulo podem ser repetidas na embalagem, no campo
visual principal (parte da frente da embalagem) recorrendo a um dos seguintes formatos:
- valor energtico;
- valor energtico juntamente com as quantidades de lpidos, cidos gordos saturados, acares e sal, no mbito de uma alegao
nutricional.
A esta declarao repetida aplicam-se as regras relativas ao tamanho mnimo dos carateres (artigo 13., n. 2, e anexo IV do ICGA).
Mesmo quando est repetida, a declarao nutricional continua a ser uma lista com contedo definido e limitado. No permitida qualquer
informao adicional na declarao nutricional feita no campo visual principal.
Quando repetida, a declarao pode ser expressa unicamente por poro ou por unidade de consumo (desde que a poro/unidade seja
quantificada na proximidade imediata da declarao nutricional e o nmero de pores/unidades esteja indicado na embalagem). Todavia,
o valor energtico deve adicionalmente ser fornecido por 100 g ou por 100 ml.

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DECLARAO NUTRICIONAL

Contedo da declarao nutricional obrigatria

P: Quando a informao nutricional repetida no campo visual principal (parte da frente da embalagem) estiver expressa
como percentagem das doses de referncia, esta informao tambm deve constar da declarao nutricional obrigatria
(parte de trs da embalagem)?

R: A informao nutricional voluntariamente repetida no campo visual principal (parte da frente da embalagem) s deve conter informao
sobre o valor energtico ou sobre este valor juntamente com as quantidades de lpidos, cidos gordos saturados, acares e sal. Esta
informao deve constar igualmente da declarao nutricional obrigatria (parte de trs da embalagem). Contudo, possvel exprimir esta
informao na parte da frente da embalagem como percentagem das doses de referncia (para alm dos valores absolutos) mesmo que
esta forma de expresso no seja utilizada na declarao nutricional obrigatria.

P: Pode usar-se a sigla DR?

R: Sempre que se usar uma sigla, por exemplo, DR em vez de dose de referncia, esta deve estar devidamente explicitada na embalagem.
A meno Dose de referncia para um adulto mdio (8400 kJ/2000 kcal) no pode ser modificada.

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DECLARAO NUTRICIONAL

Apresentao da declarao nutricional obrigatria

P: Podem ser usados apenas smbolos para representar os nutrientes e/ou a energia em vez de palavras?

R: No. As informaes nutricionais obrigatrias e voluntrias devem respeitar um determinado formato, que exige que a energia e os
nutrientes sejam referidos no rtulo pela respetiva denominao.
O princpio geral segundo o qual as informaes obrigatrias devem ser prestadas mediante palavras e nmeros aplica-se igualmente aos
casos em que a informao nutricional fornecida a ttulo voluntrio. Os pictogramas e smbolos podem ser usados de modo complementar.

P: A quantidade de sal declarada no quadro obrigatrio relativo aos valores nutricionais ser calculada por meio da
frmula: sal = sdio 2,5. Deve incluir-se neste clculo a totalidade do sdio com origem em todos os ingredientes, por
exemplo, sacarina sdica, ascorbato de sdio, etc.?

R: Sim, o teor equivalente de sal deve sempre ser derivado do teor total de sdio do produto alimentar por meio da frmula: sal = sdio
2,5.

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Perguntas
frequentes

Adaptado de: Ministrio da Agricultura. Direo-Geral de Alimentao


e Veterinria. Perguntas e respostas sobre a aplicao do Regulamento
(UE) n. 1169/2011 relativo prestao de informao aos consumidores
sobre os gneros alimentcios (ICGA)

DECLARAO NUTRICIONAL

Entrada em vigor e data de aplicao

P: Quando se devem aplicar as novas regras relativas rotulagem nutricional?

R: As novas regras relativas rotulagem nutricional aplicam-se a partir de 13 de dezembro de 2016. Os gneros alimentcios colocados no
mercado ou rotulados antes dessa data podem ser comercializados at ao esgotamento das existncias. Se, no perodo que decorre entre
13 de dezembro de 2014 e 12 de dezembro de 2016, as empresas optarem por fornecer, a ttulo voluntrio, as informaes nutricionais,
estas devem respeitar as regras relativas apresentao e ao contedo estabelecidas no regulamento ICGA.
Se um gnero alimentcio tiver sido objeto de uma alegao nutricional ou de sade ou se lhe tiverem sido adicionados vitaminas e/ou sais
minerais, a declarao nutricional obrigatria deve cumprir os requisitos do regulamento ICGA a partir de 13 de dezembro de 2014.

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Referncias
bibliogrficas

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embalados. 2014

Direo-Geral de Alimentao e Veterinria. Esclarecimento 3/DAH/2014. Aplicao do Regulamento (UE) n. 1169/2001. 2014

Federao das Indstrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA). Associao Portuguesa de Empresas de Distribuio (APED). Informao ao
Consumidor. Guia de Aplicao Regulamento (UE) n 1169, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2011. 1 Edio.
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Instituto do Consumidor, Faculdade de Cincias da Nutrio e Alimentao da Universidade do Porto. Guia para uma escolha alimentar
saudvel a leitura do rtulo. Lisboa. 2002

Instituto do Consumidor, Faculdade de Cincias da Nutrio e Alimentao da Universidade do Porto. Guia: nutrientes, aditivos e alimentos.
Lisboa. 2004

Ministrio da Agricultura. Direo-Geral de Alimentao e Veterinria. Perguntas e respostas sobre a aplicao do Regulamento (UE) n.
1169/2011 relativo prestao de informao aos consumidores sobre os gneros alimentcios (ICGA)

Decreto-Lei n. 560/99 do Ministrio da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas, de 18 de dezembro. 1999. Dirio da Repblica
I Srie-A. N. 293

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Retificao do Regulamento (UE) N. 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro, L331/40
Regulamento (CE) N. 353/2008 da Comisso, de 18 de abril, Jornal Oficial da Unio Europeia L 109/11
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