ABCP
ABCP
ABCP
FRMAS E ESCORAMENTOS
Itatiba
Dezembro 2007
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FRMAS E ESCORAMENTOS
Monografia apresentada
disciplina Trabalho de Concluso
de Curso, do Curso de Engenharia
Civil da Universidade So
Francisco, sob orientao do Prof.
Dr. Adilson Franco Penteado, como
exigncia parcial do curso de
graduao.
Itatiba
Dezembro 2007
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
O binmio frma / escoramento, cada vez mais vem sendo analisado dentro de um
cronograma na construo civil. Hoje em dia as frmas se apresentam em grande
variabilidade de materiais, como por exemplo, madeira serrada, madeira revestida, ao,
papelo, plstico e alumnio. J o escoramento dividido em dois tipos de materiais:
madeira e ao. E mesmo assim, dentro desses dois materiais temos alternativas, como no
caso do ao, podemos optar por um sistema mais simples e leve, com escoras ou um
sistema mais complexo e pesado, formado por torres, que apesar de ter uma montagem
mais complexa, ele proporciona mais estabilidade para que os operrios possam trabalhar.
Para a escolha de um bom sistema, seja de frma ou escoramento, devemos analisar
algumas variveis e se possvel envolver arquitetos, calculistas e encarregados de executar
o servio no momento de tomar a melhor deciso, pois todos tem participao direta na
construo e suas opinies so determinantes para uma boa escolha. As variveis mais
importantes a serem analisadas so: projeto arquitetnico, projeto estrutural, projeto de
formas, planejamento, produtividade, custos, nmero de reutilizaes, perdas no processo,
movimentao, disponibilidade no mercado, espao no canteiro e segurana. O
levantamento de custos dos materiais mostra que a madeira serrada, comprada em
madeireiras ainda o material que apresenta menor custo. Porm, no devemos avaliar
isso separadamente das outras variveis citadas acima, alm do que temos o custo da mo
de obra, o custo das ferramentas e maquinas para manusear este equipamento, que
acaba se tornando artesanal e ainda corremos o risco de no obter um produto final de to
boa qualidade, como teramos utilizando um sistema de frma ou escoramento
industrializado. Os profissionais da construo civil nos dias de hoje, sejam eles
engenheiros, mestres de obra, encarregados ou operrio, j esto totalmente adaptados
a esses novos sistemas. Como os prazos de entrega das obras esto cada vez menores e a
exigncia de qualidade est cada vez maior, esse tipo de equipamento industrializado, seja
frma ou escoramento, j visto pela grande maioria como indispensvel e insubstituvel na
construo civil. Alm da otimizao da madeira na construo civil, devido preocupao
com o meio ambiente, devido ao aquecimento global. Nos dias atuais, de extrema
importncia analisar vrios fatores para a escolha dos materiais empregados na construo
civil.
Abstract
These two names pattern and support, more and more are being analyzed inside a schedule
on building construction. Nowadays the patterns present itself in a big fickleness of materials,
l for example sawn wood, wood coated, steel, board, plastic and aluminum. The support is
divided into two types of materials: wood and steel. Even so, inside of this two kinds of
materials we have alternatives, like in the case of the steel, we can going for a system
simpler and light, or a system more complex and hard, formed by towers, that, in spite of
have an assembly more complex, it provides more stability in order that the workers can
work. For choice a one good system, in pattern or support, we must analyze some variables
and if possible envelop architects, calculating and people in charge of executing the service
at the moment of taking the best decision, because all of them have participation on building
and their opinions are determining for a good choice. The most important variables to be
analyzed are: architectonic project, structural project, and project of shapes, planning,
productivity, costs, number of re-use, losses into the process, movement, availability in the
market, space into the stonecutter and safety. The search in costs of the materials shows
that the wood sawed, bought in lumber merchant is the material that has minor cost. But we
mustnt evaluate it separately from the another variables named above, beyond this we've
the cost of hand of work, the the cost of the tools and machines to work with this
equipment, and turn out to be handicraft and we have the risk of dont get a good final
product as we could have using a system of pattern or industrialized support. The
professionals of building construction nowadays, as engineers, masters of work, people
in charge or those who work in production, are totaly adapted in these new systems. As
deadlines of delivers of works are each time minors and the requirement of quality is each
time bigger, this kind of industrialized equipment, it may be pattern or support, is already
seen by big majority as indispensable and irreplaceable on building construction, besides of
optimization of wood on building construction, due on the preoccupation with the
environment, due the heating global. Nowadays, it has an extreme importance to analyze
various factors for choice of the materials used on building construction.
SUMRIO
1 INTRODUO .............................................................................................................. 01
1.1 Objetivos .................................................................................................................... 02
2 FRMAS ....................................................................................................................... 03
2.1 Cargas atuantes ......................................................................................................... 04
2.1.1 Cargas devido ao peso do concreto ........................................................................ 04
2.1.2 Cargas devido ao peso das frmas e respectivos escoramentos ........................... 04
2.1.3 Cargas temporrias ................................................................................................. 04
2.2 Materiais alternativos utilizados em frmas ............................................................... 05
2.2.1 Madeira serrada ...................................................................................................... 05
2.2.2 Chapas de madeira revestidas ................................................................................ 06
2.2.3 Ao .......................................................................................................................... 07
2.2.4 Alumnio .................................................................................................................. 08
2.2.5 Plstico .................................................................................................................... 08
2.2.6 Papelo ................................................................................................................... 10
3 ESCORAMENTO .......................................................................................................... 12
3.1 Reescoramento .......................................................................................................... 13
3.1.1 O processo de reescoramento ................................................................................ 14
3.1.2 Prazos para desforma ............................................................................................. 15
3.2 Cargas atuantes ......................................................................................................... 16
3.3 Materiais utilizados ..................................................................................................... 16
3.3.1 Madeira bruta .......................................................................................................... 17
3.3.2 Madeira serrada ...................................................................................................... 18
3.3.3 Metlicos ................................................................................................................. 18
3.3.3.1 Escoras (sistema pontual) .................................................................................... 20
3.3.3.2 Torres metlicas ................................................................................................... 22
4 METODOLOGIA ............................................................................................................ 26
5 SISTEMATIZAO DE FRMAS ................................................................................. 27
5.1 Levantamento de custos ............................................................................................ 32
5.1.1 Dimensionamento de frmas para pilares ............................................................... 33
5.1.2 Dimensionamento de frmas para vigas ................................................................. 35
5.1.3 Dimensionamento de frmas para lajes .................................................................. 36
5.1.4 Totalizao do custo dos materiais para frma serrada ......................................... 36
5.2 Comparativo de custos ............................................................................................... 37
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Lista de Ilustraes
1 INTRODUO
1.1 Objetivos
2 FRMAS
A ABCP mostra que as frmas devem ser projetadas e fabricadas a fim de atender
todas as necessidades enumeradas anteriormente, mantendo sua geometria e posio
dentro de limites aceitveis, s cargas atuantes. Essas cargas so: devido ao peso do
concreto, devido ao peso das frmas e respectivos escoramentos e cargas temporrias.
Sabendo que o concreto fresco no constitui um lquido perfeito, fica difcil determinar
a presso que este exerce contra fundo e laterais das frmas. Ento utilizamos o dado
fornecido pela NBR-6118, que estabelece a massa do concreto como 25 KN/m.
Segundo Moliterno (1989), nos fundo das vigas consideramos a massa do concreto e
acrescemos 10 % devido vibrao do concreto, totalizando assim 2.750 kgf/m, j que se
trata da ao gravitacional agindo diretamente sobre os painis de fundo.
No caso de painis laterais, levam se em conta mais itens, como a altura da pea, a
velocidade de lanamento no interior da frma, o processo de vibrao e at a temperatura,
afirma Moliterno (1989).
Como hoje em dia temos muitos tipos de frmas disponveis no mercado, deve se
consultar o fabricante da frma para obter esse dado, ou no caso da utilizao de madeira
devemos executar um anteprojeto ou ento um esquema de como sero executadas,
constando um memorial de calculo.
Na questo das cargas temporrias, Moliterno (1989) sugere que devemos analisar as
frmas vazias e cheias de concreto.
Quando vazias devemos nos preocupar com a ao dos ventos, embora muitos
projetistas no a considerem, pois j contam com os travamentos contra vibraes, mas,
devemos lembrar que cada caso deve ser analisado sobre uma tica diferente.
Quando cheias, temos que levar em conta a movimentao de pessoas sobre a frma,
equipamentos, o concreto concentrado em determinados pontos antes de ser espalhado.
Isso denominado sobrecarga e como critrio de clculo adota se 0,15 a 0,20 KN/m,
afirma Moliterno (1989).
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Foi o primeiro material a ser utilizado como frma para concreto, hoje em dia pouco
utilizado, apenas quando se deseja que o concreto adquira a textura dos veios da madeira.
Tem como vantagem o baixo custo, facilidade de corte e sua disponibilidade.
A ABCP mostra que, como desvantagem temos a sua baixa durabilidade, dificuldade
de acabamento nas pontas das chapas, necessitando sempre reforos e grande mo de
obra, como mostra a Figura 2.01, sua variabilidade (que exige clculos muitas vezes
superdimensionados) e poucos fornecedores profissionalizados, alm de ser um recurso
natural que precisa ser explorado de maneira sustentvel.
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2.2.3 Ao
Devido ao alto custo inicial deste equipamento, porm com alta produtividade,
geralmente fornecido por empresas especializadas, que trabalham com locao de
equipamentos.
A sua utilizao nos dias de hoje est mais difundida nas construes de muros de
concreto armado, reservatrios, como mostra a Figura 2.04 e fundaes, devido ao alto
custo pouco utilizada em edifcios.
Uma obra com sistemas de escoramentos com mesa voadora e uma grua para
movimentar tanto escoramento, quanto frma, pode fazer a soluo de frmas metlicas
uma soluo interessante, pois, uma vez montada, no necessrio a desmontagem
completa para o transporte, o que gera grande produtividade na obra.
2.2.4 Alumnio
2.2.5 Plstico
Hoje em dia temos vrios tipos de frmas plsticas, como mostram Morikawa e
Demarzo.
PVC, plstico reforado com fibra de vidro, polipropileno, poliuretano e at plsticos
reciclveis.
Alm de o custo ser abaixo do ao e do alumnio, o plstico tem baixo peso, facilitando
o manuseio e a montagem das frmas.
2.2.6 Papelo
Utilizado geralmente para pilares de seo redonda, como mostra a Figura 2.07, tem
como grande vantagem ser alto estruturado, precisando apenas de equipamentos para
posicionamento e prumo. A grande desvantagem desse material que o seu
reaproveitamento zero, pois para a desforma necessrio destruir o molde, como mostra
a ABCP.
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3. ESCORAMENTO
A ABCP define escoramento como uma estrutura provisria composta por um conjunto
de elementos que apiam as frmas de lajes e vigas, suportando as cargas atuantes (peso
prprio do concreto, movimentao de operrios e equipamentos, etc) transmitindo para a
estrutura anterior ou para o piso, at que essa estrutura se torne autoportante, podendo ser
metlico como mostra a Figura 3.01 ou de madeira, como mostra a Figura 3.02 . O
escoramento tambm funciona bem como plataforma, servindo de suporte para
equipamentos, caixas dgua, cilos de concreto ou qualquer outro tipo de material, tal como
a Figura 3.03 demonstra.
guia
longarina Painel da
laje
garfo
gravata tensor
cunha
escora Mo-francesa
prumo
tirante
Sarrafo
nivelamento
cunha
gastalho
3.1 Reescoramento
O processo em obra se inicia com a retirada das formas, as lajes e vigas so escoradas
com algumas escoras para evitar ao, de sobrecarga enquanto se processa a preparao
da concretagem do teto superior.
Para lajes macias o reescoramento segue prescries da Norma Brasileira Reguladora
(NBR) 6118 projeto e execuo de obras de concreto armado item 14.2, que atravs de
ensaios em laboratrios, com equipamentos adequados, confirmam a evoluo das
resistncias do concreto, como citado a seguir:
NBR 6118
14.2 Princpios gerais da anlise estrutural
14.2.1 Objetivo da anlise estrutural
O objetivo da anlise estrutural determinar os efeitos das aes em uma
estrutura, com a finalidade de efetuar verificaes de estados limites
ltimos e de servio.
A anlise estrutural permite estabelecer as distribuies de esforos
internos, tenses, deformaes e deslocamentos, em uma parte ou em
toda a estrutura.
14.2.2 Premissas necessrias anlise estrutural
A anlise deve ser feita com um modelo estrutural realista, que permita
representar de maneira clara todos os caminhos percorridos pelas aes
at os apoios da estrutura e que permita tambm representar a resposta
no linear dos materiais.
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A retirada das frmas e do escoramento somente poder ser feita quando o concreto
estiver suficientemente endurecido para resistir aos esforos que nele atuarem. Um plano
prvio de desforma pode reduzir custos, prazos e melhorar a qualidade.
A desforma deve ser progressiva a fim de impedir o aparecimento de fissuras e
trincas. Tambm indicada a utilizao de pessoal capacitado para executar a desforma.
Sugere se atribuir o encargo da desforma a, no mnimo, um auxiliar de carpintaria (nunca
deixar a cargo de serventes), sob a superviso de um carpinteiro experiente ou um oficial
pedreiro. Evitar utilizar ferramentas que danifiquem as formas ou mesmo a superfcie do
concreto (nunca usar ps de cabras ou pontaletes).
Na tabela 3.01, fornecida pela empresa Mecan Industria e Locao de Equipamentos
para Construo Ltda., esto especificados os prazos de desforma definidos pela norma,
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tanto para concretos com cimento portland comum e cura mida como para concretos
aditivados (com cimento de alta resistncia inicial):
O escoramento deve ser montado de modo que receba as cargas verticais, seja de
laje, vigas ou equipamentos e transmiti las ao solo ou a estrutura de apoio, segundo a
ABCP
J o reescoramento um sistema dinmico, que visa prever, alm do peso prprio da
estrutura, o quanto s estruturas inferiores podem receber dessa carga.
sempre importante estudar junto aos projetistas e calculistas da estrutura a maneira
que ser feito o reescoramento, para que ele possa definir o vo mximo entre escoras, o
prazo que eles devem ficar montadas e o nmero de pavimentos a serem reescorados se
houver mais de um.
Hoje em dia, temos no mercado dois tipos de materiais para serem utilizados no
processo de escoramento. A madeira e o metal. Sendo que a madeira ainda se divide em
dois tipos, a madeira bruta e a madeira serrada.
necessrio um estudo aprofundado para escolher o tipo de material que iremos
utilizar em nossas obras, muitas vezes o mais barato pode sair caro no final, levando em
conta a mo de obra nele aplicada, o tempo utilizado para executar o escoramento e a
qualidade final da estrutura.
Alm desses itens citados acima, ainda temos que observar outros detalhes para a
escolha do material aplicado, como por exemplo: o p direito, necessidade de
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3.3.3 Metlicos
Hoje em dia temos muitas empresas especializadas nesse tipo de equipamento, que
no geral so compostos por ao ou alumnio. Essas empresas trabalham com venda e
locao de equipamentos.
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Segundo Batista e Mascia, so peas de fcil montagem, com formada a partir de dois
tubos que deslizam um dentro do outro, tendo o tubo inferior com dimetro maior do que o
tubo superior, que conhecido por flauta, j que possui furos a cada 10 cm para ajuste
atravs de um pino. No topo da pea superior existe uma luva metlica, com rosca e duas
alas para o ajuste milimtrico.
As escoras, associadas a um acessrio conhecido por cruzeta, Figura 3.07 , que
uma pea metlica feita para receber um caibro de 8 x 8 cm, so ideais para o escoramento
de vigas com a seo maior medindo at 70 centmetros (cm), como mostra na Figura 3.09.
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Uma vantagem desse sistema que ele proporciona maior estabilidade, permitindo
que os operrios caminhem sobre ele, Figura 3.12 para fazer o assoalhamento das lajes,
armao e com o desenvolvimento que j chegamos hoje em dia, nas vigas de periferia de
um edifcio possvel fazer uma plataforma com guarda corpo em balano para trabalho na
face externa da viga, como mostra a Figura 3.13.
24
4. METODOLOGIA
5 SISTEMATIZAO DE FRMAS
dele. necessria uma equipe consciente disso, que trabalhe com equipamentos
adequados e o cuido necessrio para danificar o menos possvel as frmas durante
a desmontagem.
Movimentao: de extrema importncia a escolha do equipamento adequado para
cada tipo de estrutura. Uma grua pode transportar frmas mais pesadas, junto com
concreto, ao e blocos. Se o transporte for manual, deve se optar por um sistema
mais leve. E mesmo quando a opo for pela grua, ela deve ser dimensionada para
o transporte das frmas.
Produtividade: fundamental que os profissionais que iro utilizar as frmas sejam
consultados sobre o sistema escolhido, pois os pequenos detalhes de fabricao dos
painis sugeridos pelos operrios, podem transformar a frma padro na frma ideal
para a obra. Alm de que o tipo de material escolhido deve respeitar a forma de
trabalho planejado.
Espao no canteiro: A obra dever contar com espao maior ou menor dependendo da
escolha do sistema e do material, deve se levar em conta se a fabricao das
frmas ser in loco e os cuidados especiais para armazenamento antes, durante e
aps o uso.
Perdas no processo: Muitas vezes a escolha mais barata se torna mais cara, pois
existe a necessidade de reparos e reposies durante o uso. Existem alternativas
mais durveis, que devem ser analisadas sua viabilidade junto ao cronograma da
obra.
Disponibilidade no mercado: Quando optarmos por uma alternativa que nunca
utilizamos, devemos ficar atentos a sua disponibilidade de entrega, assistncia
tcnica se necessrio, cumprimento dos prazos de entrega e as garantias tcnicas e
comerciais.
Segurana: Escolher material que garanta a segurana dos operrios obrigao
primria do engenheiro.
Caso optarmos pela escolha de madeira, temos as opes de fabrica las na obra ou
ento utilizar o sistema de frma pronta, devemos nos responder as seguintes perguntas:
1. Espao fsico: O canteiro possui rea para uma central de frmas, onde sero
locados o maquinrio necessrio e a matria prima?
2. Aquisio de mquinas: Pretende se disponibilizar verbas para adquirir serras
circulares, desengrossos, serras de fita, que sero necessrias para esta e outras
obras?
3. Mo de obra capacitada: A fabricao de frmas exige profissionais capacitados,
que tenha ateno a pequenos detalhes e grande preciso, esse funcionrios nem
sempre so encontrados com facilidade e geralmente tem salrios mais elevados se
comparando aos encarregados e carpinteiros habituada a montagem de frmas.
interessante para a construtora contratar esse tipo de funcionrio?
4. Cronograma: O prazo de execuo da estrutura permite que as frmas sejam
fabricadas in loco?
5. Preos: Hoje, graas a grande concorrncia e a grande demanda, os preos de
frmas industrializadas se tornaram bastantes competitivos e viveis. Os custos
decorrentes da fabricao das frmas no canteiro so menores do que os preos
oferecidos pelos fabricantes de frmas prontas, levando se em conta todos os itens
citados acima?
Foi feita a escolha do projeto de um andar tipo, para que fossem feitos os oramentos
e as analises dos custos das frmas.
A Tabela 5.02, mostra os custos da frma pronta, obtidos junto a empresa que fabrica
e fornece frmas para concreto. Atravs de contato telefnico, foi enviado cpia do projeto
via email e assim os projetistas e vendedores da empresa forneceram os valores a seguir
Como no iremos levar em conta o frete do equipamento, optaremos pelo menor custo
do equipamento, utilizando os valores da empresa de Frmas metlicas A.
Finalmente, foi feita uma cotao de compra de madeira, para execuo em obra, a
Tabela 5.05, mostra as cotaes feitas em trs empresas.
Da mesma frma como no caso do equipamento metlico para locao, aqui foram
considerados os menores preos, pois no levaremos em conta o frete para entrega do
material.
Foi definida a estruturao das frmas, para que haja uma uniformidade, quanto ao
material que ser utilizado.
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Para levantamento do material, foi adotado que as frmas dos pilares seriam
compostas por uma caixa de compensado 18 mm, com sarrafos de 7,0 cm na vertical,
sendo 3 nas faces maiores e 2 nas faces menores e teramos caibros de 7,5 x 5,0 cm na
horizontal a cada 60 cm nos dois lados maiores da seo, como mostra a Figura 5.01.
Compensado
18 mm
Sarrafo
7,0 cm
Caibro
7,5x5,0
Sarrafo
Sarrafo 7,0 cm 7,0 cm
compensado
18 mm
4 - Sarrafo de
presso
Figura 5.02 - Estruturao da frma das vigas
Fonte: Apresentao interna Mecan
A Tabela 5.07, mostra a quantificao do material usado para a fabricao de frmas das
vigas.
Compensado
Sarrafo 7,0 cm 18 mm
A Tabela 5.08, mostra a quantificao do material utilizado para fabricao das frmas
das lajes.
Aps ser feita a quantificao dos materiais, foi feito o levantamento de custos,
considerando os menores valores, da cotao feita, citada anteriormente na Tabela 5.05.
A Tabela 5.09 mostra a quantidade total de madeira que ser utilizada para execuo
das frmas.
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Madeira R$ 14.982,65
6. SISTEMATIZAO DO ESCORAMENTO
Um outro projeto, com laje pr fabricada, ser utilizado para fazer comparativo entre
escoramento de madeiro e escoramento metlico apenas com escoras. Chamaremos este
de projeto B.
A Tabela 6.02, mostra os valores levantados para as madeiras utilizadas nos
escoramentos.
Para os dois projetos, foram considerados p direito de piso piso de 3,00 m.
Compensado
Barrote 18 mm
5,0x7,5 cm
Pontalete Contra-barrote
15,5x5,5 cm
A quantificao do material para o escoramento das lajes macias e das vigas, ficou
como mostra a Tabela 6.04.
Aps todos os custos serem levantados, podemos fazer uma anlise sobre os
materiais utilizados para escoramento.
Na Tabela 6.06, vemos a diferena de custos entre o escoramento metlico e
escoramento com madeira, feito para o projeto A.
Assim como no caso das frmas, cada obra tem suas peculiaridades e suas
exigncias.
Nesse caso, devemos analisar o cronograma da obra, se este permitir um prazo longo
de execuo, devemos evidentemente optar pela aquisio de madeira para executar o
escoramento, pois no seria vivel pagar a locao de um equipamento que estaria parado
na obra.
Se a obra tiver no cronograma a execuo de nveis de laje diferente a cada semana,
com grandes repeties e grande chance de reaproveitamento do equipamento, utilizando
assim um sistema de reescoramento, o ideal a utilizao do equipamento metlico, pois o
valor da locao mensal chega a ser quase a metade do valor para aquisio de madeira,
sem contar os custos indiretos, como mo de obra empregada para execuo do
escoramento que muito maior quando tratamos de madeira e os custos de reposio
durante a obra, que com a madeira sempre acontece e com o equipamento metlico
praticamente zero. E com um cronograma bem organizado, possvel que mesmo o
equipamento sendo utilizado por mais de dois meses, esse custo sejam menores com a
locao do equipamento metlico.
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Durante todo o perodo de pesquisa trabalho, foram feitas algumas entrevistas com
alguns profissionais da rea da construo civil.
Entre eles, engenheiros, mestres - de obra e carpinteiros.
O senhor Joaquim Gomes, mestre de obras, relatou o seguinte:
A frma metlica a que tem produo mais rpida. Certa vez, trabalhando na construo
de um complexo industrial em Rio Claro, cheguei a executar uma mdia de 10 pilares com
seo 40 x 40 cm e altura de 8 m por dia.
O Engenheiro Alois Silva, que est atuando na construo de 2 edifcios residenciais,
em Campinas/SP, categrico ao dizer que nos dias de hoje, com os cronogramas
apertado que temos, seria impossvel executar uma construo do porte da dele, sem a
utilizao de escoramento metlico e sistema de frmas prontas.
J o Engenheiro Jos Luis, que est atuando na construo de uma universidade,
junto ao senhor Joaquim Gomes, exemplifica o caso deles, que em 4 meses necessitariam
entregar a estrutura dos 3 blocos que l esto sendo construdos e que se no fosse a
agilidade na montagem, facilidade de desforma e o alto ndice de reaproveitamento do
escoramento metlico e da frma pronta, seria impossvel cumprir o prazo programado.
O mestre de obras Jos Luis Roberto, de Piracicaba, que est utilizando
escoramento metlico para execuo da estrutura de um edifcio residencial de 4
pavimentos, relatou que o prazo que ele demora para executar o cimbramento de uma laje,
com 2 carpinteiros e 2 ajudantes, utilizando equipamento metlico de 4 dias, se fosse
utilizado o mesmo nmero de operrios, porm usando madeira para o escoramento, o
prazo de execuo seria de aproximadamente 10 dias, devido as dificuldades de ajustes e
travamentos.
Claudemir dos Santos, mestre de obras, falou mais, disse que o mais valido no
caso da opo por frmas prontas e escoramento metlico o acompanhamento tcnico e
os projetos, pois estes asseguram que a obra no ter nenhum problema ou acidente
durante a execuo da estrutura.
A opinio destes profissionais importante, pois trata se de pessoas que trabalham
diretamente ligadas ao planejamento e execuo de obras de grande porte.
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8 CONCLUSO
Evidentemente, cada obra tem sua peculiaridade, suas exigncias, seu cronograma
definido, seu numero de operrios e suas tecnologias empregadas, o que de grande
importncia quando pretendemos fazer uma analise do binmio frma / escoramento.
O que possvel concluir, aps o termino desse trabalho, que atualmente, o
mercado de hoje nos oferece vrias opes de equipamentos para execuo de uma obra.
Muitas vezes, o oramento estipulado para a obra, no permite a escolha do sistema
mais prtico e que proporcione grande agilidade na construo. O fluxo de caixa de uma
obra, determinante para a escolha do equipamento ideal,
E muitas outras situaes, por falta de planejamento ou conhecimento nos
equipamentos, o profissional acaba fazendo uma escolha ruim.
possvel, atravs de um estudo detalhado, evitar os erros na escolha dos melhores
sistemas de frmas e escoramento.
Apesar de a madeira serrada ter apresentado o menor custo de material, tanto para
frmas quanto para escoramentos, importante sabermos que quando se trata desse
assunto, no basta apenas analisarmos o custo do material ou equipamento empregado,
devemos levar em conta outras variveis, como:
REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS
SILVA, Francisco Alberto Ferreira da. Estruturas de Concreto. Frmas e Escoramentos. Rio
de Janeiro: 1998.
PFEIL, Walter do Couto. Cimbramentos. Rio de Janeiro; So Paulo: LTC Livros Tcnicos e
Cientficos, 1987.
ANEXOS