Relatorio de Clinica Final
Relatorio de Clinica Final
Relatorio de Clinica Final
Fortaleza - Cear
2017
GISLAINE SILVA OLIVEIRA
Fortaleza
- Cear
2017
SUMRIO
1. IDENTIFICAO .............................................................................................................. 4
2. INTRODUO .................................................................................................................. 5
3. FUNDAMENTAO TERICA ...................................................................................... 6
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................................ 12
4.1. CASOS ATENDIDOS: ............................................................................................. 13
5. CONCLUSO .................................................................................................................. 20
6. REFERNCIAS ................................................................................................................ 21
7. ANEXOS ........................................................................................................................... 22
1. IDENTIFICAO
Aluna: Gislaine Silva Oliveira
Matricula: 01140926
Endereo:
Telefone:
rea de Estgio: Clnica
Sub-rea de Estgio: Psicanlise
Local do Estgio: Clnica Escola da Faculdade Mauricio de Nassau
Perodo do Estgio: Agosto a dezembro de 2017
CRP: 11/06897
Nome da coordenadora no Campo de estgio: Suzette Telles
2. INTRODUO
Sigmund Freud foi o precursor das primeiras idias de que uma criana poderia ser
analisada a partir das suas experincias e mtodos utilizados no pblico adulto. Em sua obra
Trs Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, (1905) Freud ressalta as caractersticas da
sexualidade infantil.
Antes eram apenas diferenas nas tcnicas e conceitos mais logo depois essas diferenas
foram se tornando mais por motivos polticos e relacionados formao dos analistas.
Outro grande nome que se destacou na analise com crianas foi Donald Woods Winnicott,
psiquiatra e psicanalista, tinha uma relao de amizade e respeito com Melanie Klein, mas resolve
ficar distante dos conflitos ocasionados no Perodo das Controvrsias e acaba seguindo outro
caminho, criou suas teorias baseadas no cuidado materno. O ambiente sinnimo de cuidados
maternos, ou seja, a me, ou algum substituto desta, que ir favorecer, ou dificultar o desenrolar
deste processo. (CAMPOS, 2010, p. 48). Para Winnicott o desenvolvimento do beb se inicia a
partir da dependncia dele nesse ambiente, ao nascer ele passa por duas fases, que seria a
dependncia relativa e absoluta, a fase inicial, que vai do nascimento at os seis meses, na qual
a criana encontra-se num estado de dependncia absoluta em relao ao meio (COSTA, 2010,
p. 49). Na dependncia absoluta, aos quatro meses, o beb j reconhece essa me, e desde o zero
ms depende totalmente do mundo que oferecido por ela, quando se dar inicio a dependncia
relativa, a criana passa a ter uma autonomia. Nessa fase a criana descobre, aos poucos, que
ela e sua me, so separadas, que suas fantasias no correspondem realidade e que depende de
sua me para a satisfao de suas necessidades. (CAMPOS, 2010, p. 50). Para que o beb consiga
realizar essas mudanas de uma fase para outra, assim como perceber que dependia da sua me
para suprir suas necessidades e diferenciar que ele e o meio so unificados, Winnicott acreditava
que o ambiente e a maternagem iriam favorecer tudo isso a criana.
Partindo desse trajeto pode se perceber como muitos desses tericos renovaram e contriburam
para a pratica da psicanlise infantil, atribuindo a ela tcnicas como brincar e abrindo caminhos
para que mais tarde vissem outros tericos como Franoise Dolto e Jacques Lacan, que
contemplaram mais ainda a prtica da anlise infantil.
Desde muito cedo observado, estudado e investigado por estudos cientficos que o
brincar ajuda no desenvolvimento da criana, mais foi depois das descobertas de Freud sobre o
desenvolvimento infantil que ele se dirigiu a investigar mais alguns processos que aconteciam
dentro da infncia. A criana nem sempre foi pensada como um ser que conseguiria expressar
alguma coisa, em tempos mais antigos no existia o conceito de infncia como visto nos dias
de hoje, ao longo do tempo essa caracterizao foi mudando.
Na Idade Mdia no se tinha uma viso das suas caractersticas intelectuais e
comportamentais, ela se relacionava menos com a famlia, e mais com a comunidade, sendo
esta tambm responsvel por sua socializao. Segundo Costa (2010) no que se refere
expresso da sexualidade, assuntos assim eram tratados na frente da criana de forma natural,
pois naquela poca acreditava-se que ela fosse indiferente a esses assuntos e no existia a noo
de que isso poderia modificar a inocncia infantil. No perodo do Renascimento comea a
prevalecer a ideia de que a inocncia infantil precisa ser preservada, e as famlias comeam a
preocupar-se um pouco com a educao dos seus filhos, essas pequenas mudanas
foram acontecendo gradativamente e no final dos sculos XI, X e XX, com a expanso do
capitalismo, a criana passa a ser vista como um lucro para o Estado, algum que estando bem
instrudo, poderia gerar lucros e assegurar o futuro; a famlia passa a se importar mais com a
educao dos filhos assegurando lhe uma formao; a escola entra como disciplinadora abrindo
espao para a pediatria e pedagogia. Todas essas transformaes foram de suma importncia
para que a criana fosse ocupando e sendo reconhecida com a caracterizao que tem hoje, mas
no podemos deixar de ressaltar que os estudos em torno da educao, levaram a mudar a noo
sobre o papel que os pais ocupam na educao dos seus filhos. Sobre isso, Campos (2010, p.13)
diz que entendemos que o desenvolvimento das cincias proporcionou um estudo mais amplo
sobre a criana, porm resultou na desqualificao da famlia como aquela que poderia gerir a
educao dos filhos. Os pais deram a evoluo da cincia o lugar de quem iria instruir seus
filhos, tratando a educao como algo que estava ali para corrigi- los.
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
4.1. CASOS ATENDIDOS:
O primeiro paciente atendido com idade de 13 anos sexo masculino veio acompanhado da
me 33 anos. Queixa apresentada angustia, tristeza, ansiedade e medo de perder a me.
O paciente relatou que sente vontade de se matar e j mutilou os braos fazendo cortes, o
mesmo se culpa da separao pais que se separaram quando ele tinha 10 meses de vida .
Em conversa com a me do paciente a mesma relatou o pai tentou uma aproximao com
filho mais depois fugiu novamente, a mesma tambm disse que se separou do pai por ele bater
nela mais ela no conversa sobre esse assunto com o filho.
Justus (2003), fala que a clnica contempornea se defronta com a queda da funo paterna
como resposta de sustentao existncia do sujeito. O sujeito impedido de ter o enfrentamento
da sua dor de existir, frente os avanos da psicofarmacologia. Fala-se do mercado do gozo, onde
o sujeito s experimenta o gozo, e no a falta, pois eliminado rapidamente pelo medicamento,
pelo consumo ou a droga, que so usados como fuga dessa falta. Cassorla (1991), fala que o
suicdio a maior manifestao autodestrutiva do sujeito, frente a esse tempo em que reina o
consumismo, onde o tempo passa depressa demais, e o homem precisa buscar uma sada para
preencher esse sentimento de desamparo, desistindo de viver.
Aps a triagem o paciente foi encaminhado para atendimento psicoterpico.
O segundo paciente atendido foi uma senhora de 65 anos encaminhada do CAPS pois a mesma
passou por atendimento emergencial no hospital mental de Messejana. A queixa apresentada foi
nervosismo, ansiedade e medo da morte.
A paciente faz uso de medicamento de medicamentos ESC de 10mg, amytril 25mg,
metformina 500mg, fenolraty 200mg, hidrocloritiazida 25mg e cloridrato de propranolol 40 mg,
faz acompanhamento no posto de sau8de prximo de casa por ter presso alta , diabetes e colesterol
alto.
A mesma teve uma crise de medo e nervosismo aps a morte da cachorra de estimao, a
mesma relata que a morte do animal representa que ela vai morre. J segundo Kovcs (2008), o
medo de morrer universal. E a morte faz parte do desenvolvimento humano. O homem tem
conscincia da sua finitude e mortalidade e isso o diferencia dos animais, sendo que na sociedade
ocidental as pessoas agem como se ela no existisse.
A paciente relatou que sente esse medo desde dos 12 anos de idade mais no saber explicar o por
que desse medo da morte, j fez tratamento com psiquiatra aos 25 anos de idade achou que tinha
melhorado e largou o tratamento e a medicao.
A paciente foi encaminhada para atendimento interno psicoterpico e atendimento externo com
psiquiatra.
5. CONCLUSO
Por que as crianas brincam. In: Winnicott, (1957) A Criana e o seu Mundo. Rio de
Janeiro: Zahar Ed. 1977,pp. 161-165.
SEGAL, H. Introduo obra de Melanie Klein. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1975.