3 Preferencias Ufmg

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Microeconomia I

ECN 061

Professora: Kenya Noronha


Preferências
Teoria do consumidor:
Economistas partem do pressuposto de que
consumidores escolhem a melhor cesta de bens que
podem adquirir

•Restrição Orçamentária: “podem adquirir”

•Preferências: “melhor cesta”


Cesta de consumo
• Cestas de consumo: objetos de escolha do
consumidor
• Relação completa dos bens e serviços
envolvidos no problema de escolha que
investigamos
Preferências
• Preferência do consumidor
• Pressupostos sobre preferências
• Curvas de indiferença
• Exemplos de preferências
• Pressupostos adicionais
• Taxa marginal de substituição (TMS)
Preferência do Consumidor

• Considere que a nossa cesta de consumo


consiste de 2 bens: bem 1 (Pepsi) e bem 2
(Pizza)

• x1 e x2: Quantidade do bem 1 e quantidade do


bem 2

• Cesta completa de consumo: X=(x1, x2)


Imagine 2 cestas de consumo:
X = (x1, x2) Y = (y1, y2)
Note que as duas cestas são compostas pelo
bem 1 e pelo bem 2 mas representam
quantidades diferentes de cada bem
Relação de preferências
• Para o consumidor escolher uma cesta no seu
conjunto orçamentário, é preciso que ele possa
ordenar estas cestas

• Como? Através de uma relação de preferência sobre


as cestas de consumo
• Dadas duas cestas quaisquer
X = (x1, x2) e Y= (y1, y2)

- Consumidor precisa ser capaz de dizer “qual é a cesta preferida” ou


“que é indiferente entre elas”.
- Diferentes consumidores podem ter diferentes relações de
preferência
Cesta X (x1, x2) Cesta Y (y1, y2)

X  Y : X é estritamente preferível à Y
Cesta X (x1, x2) Cesta Y (y1, y2)

X ~ Y : consumidor indiferente entre X e Y


Cesta X (x1, x2) Cesta Y (y1, y2)

X  Y : X é fracamente preferível à Y
Relação de preferências
X  Y : X é estritamente preferível à Y

X ~ Y : consumidor indiferente entre X e Y

X  Y : X é fracamente preferível à Y

Não confundir com >, = e ≥


Relação de preferências
Relações de preferências estritas ( ), preferência fraca (
) e indiferença (~) não são conceitos independentes

Se X  Y e Y  X então X ~ Y

Se X  Y e não vale que Y ~ X então X Y


Se X Y e Y X então X ~ Y
Isso pode ocorrer?
Se X  Y pode ocorrer que Y  X?

Essa situação não pode ocorrer. Se isso fosse


observado, diríamos que a escolha desse
consumidor não é consistente.

Teoria econômica supõe que consumidor é


consistente em suas escolhas
Resumindo

Se X  Y então não vale que Y  X


Se X  Y e Y X então X ~ Y

Se X  Y e não vale que Y ~ X então X  Y


Pressupostos sobre Preferências
1. Completas
2. Reflexivas
3. Transitivas

(1), (2) e (3): Garante que preferências dos consumidores sejam


consistentes

Pressupostos (1), (2) e (3) são tão fundamentais que são


consideradas "axiomas".

Axioma= algo que não necessita de comprovação, considerado


verdadeiro
Pressupostos sobre Preferências

1. Preferências são Completas

Dada uma cesta X e Y quaisquer pressupomos que


(x1 , x 2 )(y1 , y 2 ) ou

(y1 , y 2 )(x1 , x 2 ) ou

ambas [(y1 , y 2 ) ~ (x1 , x 2 )]


Pressupostos sobre Preferências

1. Preferências são Completas

Dada uma cesta X e Y quaisquer pressupomos que


(x1 , x 2 )(y1 , y 2 ) ou

(y1 , y 2 )(x1 , x 2 ) ou

ambas [(y1 , y 2 ) ~ (x1 , x 2 )]

É possível comparar quaisquer duas cestas


Pressupostos sobre Preferências

2. Preferências são Reflexivas

Duas cestas são tão boas quanto elas mesmas

(x1 , x 2 )(x1 , x 2 )
Cesta X (x1, x2) Cesta X (x1, x2)


Pressupostos sobre Preferências

3. Preferências são Transitivas


Se
(x1 , x 2 )(y1 , y 2 ) e

(y1 , y2 )(z1 , z 2 ) então

(x1 , x 2 )(z1 , z 2 )
• Axioma da transitividade  hipótese sobre o
comportamento da escolha dos indivíduos.
Garante a consistência das escolhas dos
consumidores.
• Se escolhas não forem transitivas, pode existir
um conjunto de cestas, no qual não é possível
detectar qual é a melhor cesta para o
consumidor.
• O axioma da transitividade garante que o
consumidor está sempre escolhendo a
melhor cesta de bens.
Questões do Varian
1. Se observarmos o consumidor escolher (x1 , x 2 )
quando (y1 , y 2 ) está disponível, poderemos concluir
que (x1 , x 2 )  (y1 , y 2 ) ?

Resposta: Não.
Por que? Consumidor poderia ser indiferente entre as
duas cestas. O que se pode dizer é que:

( x1 , x2 )( y1 , y2 )
Questões do Varian
2. Imaginemos o grupo de pessoas A, B, C e a
relação “pelo menos tão alta quanto”, como
em “A é pelo menos tão alta quanto B”. Essa
relação é transitiva? É completa?

Resposta: Transitiva e Completa. Por que?


Transitiva:
Se “A é pelo menos tão alta quanto B” e “B é
pelo menos tão alta quanto C”, vale dizer que
“A é pelo menos tão alta quanto C”
Completa:
Dada uma cesta X qualquer e uma cesta Y qualquer
pressupomos que (x1 , x 2 )(y1 , y 2 ) ou

(y1 , y 2 )(x1 , x 2 ) ou

ambas (caso o consumidor for indiferent e entre as duas cestas)

Dado um indivíduo A qualquer e um indivíduo B qualquer


posso dizer que A é pelo menos tão alto quanto B
ou que B é pelo menos tão alto quanto A
ou que A e B são do mesmo tamanho
Resposta
3. Considere o mesmo grupo de pessoas A, B e C e
examine a relação “estritamente mais alta que”.
Essa relação é transitiva?

Resposta: Sim

Se A é estritamente mais alto que B


B estritamente mais alto que C então
A é estritamente mais alto que C
Resposta
3. Essa relação é reflexiva?

Resposta: Não
É correto dizer que A é estritamente mais alto
que A?
Resposta
3. Essa relação é completa?

Resposta: Não

Duas pessoas (por exemplo A e B) poderiam ser da


mesma altura. Portanto, essa afirmação exclui a
possibilidade de que duas pessoas tenham o mesmo
tamanho. E se isso ocorre, se A é tão alto quanto B,
essa afirmação “estritamente mais alta” exclui a
possibilidade de ordenar corretamente A e B
Resposta
4. Um técnico de futebol americano de uma faculdade
afirma que , dados dois atacantes A e B, ele sempre
prefere o que for maior e mais rápido.
Essa relação de preferência é transitiva?

Resposta: Sim. Se A é mais alto e mais rápido que B e


se existe um outro atacante C onde é possível dizer
que B é mais alto e mais rápido que C então se o
técnico prefere A a B e B a C, então ele vai preferir A
aC
Resposta
4. Essa relação de preferência é completa?

Resposta: Não. O que aconteceria se A fosse mais rápido que B,


mas A fosse mais baixo?

A: (av, at) B: (bv, bt)


av>bv mas at<bt: quem o técnico preferiria?

 Utilizando apenas esse critério, o técnico teria dificuldade em


escolher o atacante preferido
Curvas de Indiferença
Bem2 Arcabouço teórico construído para
descrever as preferências dos
consumidores  descreve as preferências
de modo gráfico

Curvas de indiferença: descrevem as


cestas que o consumidor percebe
como sendo indiferentes

x2

x1 Bem1
Curvas de Indiferença
Bem2

Conjunto fracamente
preferido: cestas
fracamente preferidas a
(x1, x2)

x2

x1 Bem1
Curvas de Indiferença
Bem2
Mapa de Indiferenças:
Conjunto de curvas de
indiferenças

Bem1
Curvas de Indiferença
Curvas de Indiferenças mais
Bem 2
altas são as mais preferidas

X Y

X Y
x 2=y2

Bem 1
x1 y1
Curvas de Indiferença
Curvas de Indiferenças mais
Bem2
altas são preferidas

X Z

Z
z2

X
x2

x 1=z1 Bem1
x2 z
p
x
p
y
x

x1
Propriedade das Curvas de Indiferença
Bem2 As curvas de indiferença não podem se
cruzar
Suponha três cestas dos
bens 1 e 2: X,Y e Z.

X ~Z
Z ~Y
Por transitividade
X
X~Y
Z Contradição!!!!
X Y
Y

Bem1
Viola o axioma da transitividade
Questão do Varian
5. Uma curva de preferência pode cruzar a si
mesma? Por exemplo, a Figura 3.2 poderia
retratar uma única curva de indiferença?

Sim, uma curva de indiferença pode cruzar a sim


mesma. Só não pode cruzar uma outra curva
de indiferença
Curvas de Indiferença
Bem2

Neste caso, X~Z~Y

Bem1
Curvas de Indiferença
Bem2

Neste caso, X~Z~Y

Bem1
Como se constrói uma curva de
indiferença
• Curva de indiferença mostra diferentes cestas de bens que
garantem ao consumidor o mesmo nível de satisfação 
cestas são indiferentes entre si.

• Como construir esta curva?

• Dado uma cesta, x1, x2, como saber quais cestas são
correspondentes a esta em grau de preferência?

• Para intuitivamente se construir uma curva de indiferença


basta variar a quantidade consumida de um bem, e verificar
qual deve ser a variação no outro (s) bem (s) de modo a
garantir ao consumidor a mesma satisfação.
Curvas de Indiferença
Bem 2

[x1  x1, x 2  x 2] ~ x1, x 2

X '~ X

X
x2
X’
x2+Δx2

Bem 1
x1 x1+Δx1
Exemplos de Preferências
Como seria a representação gráficas das curvas de
indiferença quando dois bens são:

• Substitutos perfeitos?
• Complementares perfeitos?
• Males?
• Neutros?
• Saciedade?
• Bens discretos?
Substitutos Perfeitos
Consumidor está disposto a substituir o consumo
Bem 2 de um bem pelo de outro bem a uma taxa
constante.
Caneta
preta Caso mais simples  substitui os bens a uma
taxa de 1 por 1

Δx2 = Δx1

x2 X
x2+Δx2 X’

Bem 1
x1 x1+Δx1 Caneta azul
Δx2 = Δx1
ΔCP = ΔCA

Importa o número total de canetas consumidas e não com a cor delas


Complementares Perfeitos
São bens consumidos juntos, em proporções fixas.

Ex: Pares de sapatos (Bem 1= Sapato direito, Bem 2 =


sapato esquerdo)

Se aumentarmos o número de sapatos esquerdos,


mantendo o número de sapatos direitos constante, é
indiferente para o consumidor.

Este é um exemplo de uma curva de indiferença


convexa, que não é estritamente convexa.
Consumidor quer consumir os
bens em proporções fixas entre
eles
Bem 2

x2+Δx2

x2

Bem 1
x1 x1+Δx1
Males
• Mal  mercadoria que o consumidor não
gosta

• Consumo gera insatisfação

• Supomos uma cesta escolhida pelo


consumidor em que há uma mercadoria que
se constitui em um mal para este consumidor.

• É necessário que o consumo do outro bem


compense a insatisfação de consumir o mal.
Males
• Exemplo: Consumidor que consome pimentão
e cebola.

• Consumidor não gosta de cebola 


necessário aumentar consumo de pimentões,
à medida que se aumenta o consumo de
cebolas para compensar o consumidor.

• Curvas de indiferença terão inclinação


positiva.

• Não se trata de substituir um bem pelo outro,


mas de elevar o consumo dos dois bens.
A maior satisfação do consumidor ocorre no
Mal sentido para a direita e para baixo: consumidor
estará reduzindo o consumo de cebola e
elevando o consumo de pimentões

x2+Δx2 X’
x2
X

Bem
x1 x1+Δx1
Bens Neutros
• Consumidor não se interessa por ele de nenhuma
forma.

• Indiferente em alterar a quantidade consumida desse


bem  só interessa consumo do outro bem

• Supõe-se que na cesta exista um bem neutro.

• A satisfação do consumidor está inteiramente


relacionada ao consumo do bem não-neutro.
As curvas de indiferença são linhas verticais,
Bem indicando que o consumo do bem 1 não altera
neutro a satisfação do consumidor

Bem
O caso de bens onde existe um nível
de saciedade
• Existe uma cesta de bens que é considerada pelos
consumidores como a melhor cesta em relação a qualquer
outra cesta.

• Para o consumidor qualquer outra cesta próxima desta cesta


indica maior nível de satisfação.

• Exemplo: Torta de chocolate e sorvete.

• Para o consumidor é melhor consumir duas bolas de sorvete e


um pedaço de torta de chocolate em um dia. Este seria o
ponto de saciedade.
x2

Ponto de
Saciedade

x1
A combinação mais próxima desta cesta irá fornecer um
maior nível de satisfação para o consumidor.

x2

Ponto de
Melhor Saciedade

x1
x2

Ponto de
Melhor Saciedade

x1
Quadrante 1:

Inclinação das curvas de


indiferença negativa: dois
males  consumidor tem
demais de ambos os bens.

Redução no consumo de
ambos leva o consumidor para
mais perto do seu ponto de
satisfação (ponto U1)
Quadrante 2:

Curvas de indiferença com


inclinação positiva.

Muito do bem 2 (mal) e pouco


do bem 1

Consumidor quer diminuir o


consumo do bem 2 e
aumentar o consumo de 1
Quadrante 3:

Curvas de indiferença com


inclinação negativa.

Tanto o bem 1 quanto bem 3


são bens.  pouco de ambos

Para se mover para seu ponto


de satisfação, o consumidor
deve aumentar o consumo
dos dois bens
Quadrante 4:

Inclinação positiva

Bem 1 é um mal

Diminuir consumo do bem 1 e


aumentar o de 2  chegar ao
nível de satisfação desejado.
O caso de bens onde existe um
nível de saciedade
• Curvas de indiferença têm uma declividade
negativa quando o consumidor possui "muito
pouco” ou "demais“ de ambos os bens

• Curvas de indiferença têm uma declividade


positiva quando o consumidor possui
"demais" de um dos bens  esse bem se
torna um mal.
Bens Discretos

Bens que por sua própria natureza são representados de forma discreta
(Bem 1): camisa  só podemos comprar quantidades inteiras de camisa
e não 1 camisa e 1/3

Bens não discretos: consumo de forma contínua. Ex. Gasolina 


consumo pode ocorrer de forma fracionada
Bens Discretos

Conjunto de cestas pelo menos tão bom como uma cesta em particular
será um conjunto de segmentos de retas  não é mais um espaço
contínuo
Preferências Bem-Comportadas

1) Monotônicas

2) Convexas
Axioma da Monotonicidade
(Preferências Monotônicas)
1) Consumidor sempre prefere uma maior quantidade
de bens. Estamos falando de bens e não de males

• Supõe-se que não há nível de saciedade (considera-


se apenas situações em que o nível de saciedade não
foi alcançado)

• O que a monotonicidade implica em termos do


formato das curvas de indiferença? Curvas de
indiferença são negativamente inclinadas
Curvas de Indiferença
Bem2
Para que o consumidor
se encontre em uma
posição melhor é
necessário que ele se
Cestas melhores desloque para uma
curva à cima e à
direita.

Movimentos para
baixo e para a
esquerda determinam
Cestas piores situações piores para o
consumidor

Bem1
Axioma da Convexidade Estrita
• As médias de duas cestas são preferidas aos extremos.

• Do ponto de vista econômico está implícita a idéia de que os


bens são consumidos conjuntamente

• Se duas cestas X1 e X2 são indiferentes, então uma


combinação linear é preferida tanto a X1 como a X2.

• Consumidor prefere uma cesta diversificada a uma cesta


contendo um único bem.
Curvas de Indiferença
Bem2

Se as médias são preferidas aos


extremos, todas as médias ponderadas de
X e Y são fracamente preferidas a X e Y,
y2 com X~Y

Cesta média

[tx1 + (1-t) y1 , tx2 +(1-t) y2 ] ( x1 , x2 )

x2 0≤t≥1

Bem1
y1 x1
Preferências não convexas
Bem2 Consumo de azeitona e sorvete
Consumidor gosta dos dois bens mas não
juntos
Indiferente entre consumir 250 gramas de
y2 sorvete e 60 gramas de azeitonas ou entre
60 gramas de sorvete e 250 gramas de
azeitonas
Qualquer dessas duas cestas é melhor 155
gramas de ambos

x2

Bem1
y1 x1
Preferências não convexas
Preferências não convexas:
consumidor irá preferir
x2 especializar-se e consumir
apenas 1 bem

y2
x1 y1
Curvas de Indiferença
Bem2

Por que supor que preferências são convexas?

y2
Na maioria das vezes os bens são consumidos
juntos

O normal é que consumidor queira trocar um


pouco de um bem pelo outro

x2

Bem1
y1 x1
Curvas de Indiferença
Bem2

Essa curva pode retratar o consumo de


azeitonas e sorvete ao longo do mês
y2

x2

Bem1
y1 x1
Preferências não convexas
Bem2
Essa retrataria melhor o
consumo imediato de
azeitonas e sorvete

y2

x2

Bem1
y1 x1
Exercício 6 (Varian)
A figura 3.2 poderia ser uma única curva de
indiferença se as preferências fossem
monotônicas?
Curvas de Indiferença
Bem2

Não. Porque há cestas na curva de indiferença que


têm estritamente mais dos dois bens do que outras
na curva de indiferença.

Bem1
Exercício 7 (Varian)
Se tanto o pimentão quanto anchovas fossem
males, a curva de indiferença teria inclinação
positiva ou negativa?
Exercício 7 (Varian)
Negativa. Se você der mais ao consumidor
anchovas, fará com que ele piore, de forma
que terá de tirar um pouco de pimentão para
fazê-lo voltar para sua curva de indiferença.
Nesse caso, a utilização cresce na direção da
origem
Dois Males
Mal 2

X
x2
X’
x2+Δx2

Mal 1
x1 x1+Δx1
Dois Males
Mal 2

X
x2
Melhor X’
x2+Δx2

Mal 1
x1 x1+Δx1
Exercício 8 (Varian)
Explique por que as preferências convexas
significam que as médias são preferidas aos
extremos

Por que o consumidor prefere fracamente a


média ponderada das duas cestas a qualquer
uma delas.
TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO
Comportamento da Taxa Marginal de
Substituição (TMS) revela muita informação
sobre as preferências

 Quantidade do bem 2 necessária para


compensar (penalizar) o consumidor por um
decréscimo (acréscimo) de uma unidade do
bem 1 de forma a mantê-lo na mesma curva
de indiferença
TMS mostra como o
x2 consumidor deseja substituir
o consumo de um bem pelo
outro

x’

x1
A taxa marginal de
x2 substituição mede a inclinação
da curva de indiferença no
ponto x’

x’

x1
A taxa marginal de
x2 substituição mede a inclinação
da curva de indiferença no
x’ ponto x’

x1
A taxa marginal de
x2 substituição mede a inclinação
da curva de indiferença no
ponto x’

x’

x1
A taxa marginal de
x2 substituição será sempre um
número negativo refletindo a
declividade da curva de
indiferença
x’

x1
x2
x 2 dy
TMS   TMS  
x1 dx
x2
x’
x1

x1
TMS se reduz em
termos absolutos com
aumento de x1 se e
x2
TMS = - 5 somente se preferências
são estritamente
convexas  TMS é
decrescente

TMS = - 0.5
x1
• Como a taxa marginal de substituição é a
inclinação da curva de indiferença, em cada
caso específico das curvas de indiferença,
teremos um comportamento específico
associado à taxa marginal de substituição.
SUBSTITUTOS PERFEITOS
Bem 2

A TMS será constante.

Valor depende da proporção de


troca entre os bens.

Δx2 = Δx1 No caso de troca de 1 por 1, a TMS


será igual a -1

x2 X
x2+Δx2 X’

Bem 1
x1 x1+Δx1
COMPLEMENTARES
PERFEITOS

Bem 2
A TMS é zero ou infinita, mas nunca
um número entre esses dois.

x2+Δx2

x2

Bem 1
x1 x1+Δx1
BENS NEUTROS
Bem A TMS será infinita.
neutro Mede quanto o
consumidor abre mão de
x para ter mais de bem
neutro

Se alguma quantidade
de X é retirada do
consumidor, o mesmo
requer infinitas unidades
extras de bem neutro
para compensá-lo pela
perda incorrida

Bem X
BENS NEUTROS Suponha agora que o bem
neutro seja representado
BemY no eixo X

Nessa representação a
TMS = 0.

Se alguma quantidade do
bem neutro é retirada do
consumidor, o mesmo
requer zero unidades
extras de Y para
compensá-lo pela perda
incorrida.

Bem
Neutro
Monotonicidade: implica que as curvas
de indiferença tenham declividade
negativa.
x2
Para se continuar na mesma curva de
indiferença, a redução de um bem
deve ser compensada pela elevação
do outro.

Monotonicidade implica em uma taxa


marginal de substituição negativa.

x1
Convexidade: implica que a TMS seja
decrescente.
x2 Ou seja a taxa que uma pessoa está
disposta a substituir um bem pelo
outro é decrescente.

Quanto mais temos de um bem


mais propensos estaremos a abrir
mão de um pouco dele em troca de
outro bem

x1
Curva de Indiferença
Outros Ponto F: consumidor está disposta a
Bens abrir mão de uma quantidade maior de
outros bens para conseguir mais
alimentos, dado que nesse ponto
alimento é escasso.
F

Alimento
Curva de Indiferença
Outros À medida que deslocamos na curva de
Bens indiferença, essa taxa de troca (trade-off)
se reduz: quanto mais alimento, menos
ela está disposta a abrir mão de outros
bens
F

Alimento
TMS vs. Preço Relativo
A TMS é a taxa a qual o consumidor deve
substituir um bem pelo outro de forma a
permanecer na mesma curva de indiferença.
Ela depende somente das preferências.
Preço relativo entre os bens é a taxa que o
consumidor consegue substituir um bem pelo
outro no mercado.
O preço relativo é determinado pelo mercado.
Um consumidor otimizador desejará consumir
uma cesta cuja TMS seja igual ao preço
relativo (Capítulo 5).

MAS a TMS e preço relativo NÃO são a mesma


coisa

Dizer que “a TMS é igual ao preço relativo” sem


adicionar alguma qualificação também está
errado
Questão 9 (Varian)
• Qual é a sua taxa marginal de substituição de
notas de R$1,00 por R$5,00?

• Se você abrir mão de uma nota de R$5,00


quantas notas de R$1,00 você precisaria para
ficar tão bem quanto antes?
5 notas de R$ 1,00. Portanto: TMS= -5 ou
-1/5 (dependendo de quem você coloca no eixo
do bem 1)
Questão 10 (Varian)
• Se o bem 1 for “neutro”, qual será sua TMS
pelo bem 2?

• Zero. Se retirar um pouco do bem 1, o


consumidor precisará de zero unidades do
bem 2 para ficar tão bem quanto antes
Questão 11 (Varian)
• Imagine alguns outros bens para os quais suas
preferências podem ser côncavas
Questão 11 (Varian)
• Imagine alguns outros bens para os quais suas
preferências podem ser côncavas

• Qualquer combinação repulsiva de bens:

– Salsicha com leite


– Anchovas e manteiga de amendoim

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