ProtocoloRiniteAlergica 13022015FDFDFFMKDMFKD
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RINITE ALÉRGICA
RINITE ALÉRGICA
Prefeito Municipal
Marcio Araujo de Lacerda
Belo Horizonte
2012
Rinite alérgica
Sumário
1. Introdução............................................................................................ 4 8. Objetivos do tratamento da rinite associado
ao tratamento da asma...................................................................... 13
2. Classificação......................................................................................... 6
9. Manejo da rinite alérgica................................................................... 13
3. Co-morbidades..................................................................................... 6 9.1. Evitar os alérgenos - Controle ambiental.................................... 13
9.2. Tratamento medicamentoso....................................................... 13
9.3. Imunoterapia específica.............................................................. 16
4. Complicações....................................................................................... 7 9.4. Cirurgia........................................................................................ 16
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Rinite alérgica
1. Introdução
A rinite alérgica é definida como uma inflamação da mucosa do revesti-
mento nasal, é caracterizada pela presença de um ou mais sintomas: con-
gestão nasal, coriza, espirros e prurido. Os sintomas são induzidos por ex-
posição a alérgenos com formação de anticorpos IgE específicos ligados a
receptores de alta afinidade nos mastócitos.
Tabela 1 Sinais e sintomas de rinite alérgica
O estudo denominado International Study on Asthma and Allergies in Chil-
dhood (ISAAC) no Brasil mostrou que a prevalência média de sintomas relacio- • Prurido: nasal, ocular, palato, conduto auditivo;
nados à rinite alérgica foi 29,6% entre adolescentes e 25,7% entre escolares. • Coriza hialina;
A inflamação alérgica inicia-se quando uma molécula exógena (antígeno), • Espirros, salvas de espirros;
geralmente uma proteína ou glicoproteína, é inalada e se deposita sobre a • Alteração: paladar, olfato e audição;
• Obstrução nasal, voz anasalada;
mucosa nasal. Em indivíduos geneticamente predispostos, a interação do • Respiração oral, roncos noturnos, bruxismo;
antígeno com a IgE ligada à parede dos mastócitos e basófilos gera liberação • Odinofagia;
de mediadores da fase imediata da resposta alérgica, que são responsáveis • Fungação, pigarro;
pelo quadro clínico da doença: espirros, prurido, rinorreia e congestão na- • Olheiras, Linha de Dennie-Morgan (prega ou ruga palpebral inferior)/
sal. Podem ser associados sintomas oculares como prurido e hiperemia de prega no dorso do nariz;
• Cornetos edemaciados e pálidos;
conjuntiva e escleras. • Palato em ogiva, má oclusão dentária.
A fase tardia inicia-se apos 4 a 8 horas da exposição ao alérgeno, sen-
do caracterizada pela infiltração eosinofílica da mucosa nasal. A inflamação Figura 1 Avaliação Clínica da rinite alérgica
alérgica será amplificada por vários mediadores como diversas interleucinas Anamnese
(IL-1, 3, 4, 5, 9 e TNF) moléculas de adesão (ICAMs e VCAMs), leucócitos, Dois ou mais sintomas
• Rinorréia/Coriza
com duração › 1 hora
leucotrienos e produtos de eosinófilos (proteína básica principal, proteína • Obstrução
na maioria dos dias
eosinofílica) que induzem dano tissular através de ruptura da integridade da • Prurido
membrana basal na mucosa nasal. Acredita-se que ocorra remodelamento Perfil predomina prurido Perfil Obstrução
do epitélio nasal semelhante ao que ocorre no epitélio pulmonar. Espirros Especialmente em salvas Poucos ou nenhum
A inflamação neurogênica relaciona a inervação sensorial e autonômica Rinorréia Aquosa Espessa
à resposta alérgica. Esta inervação possui ações importantes no controle da Prurido Sim Não
homeostase e patência nasal, por meio de reflexos locais e outros integra- Obstrução nasal Variável Frequentemente intensa
dos com o sistema nervoso central. Reflexos axônicos são capazes de induzir Ritmo diurno Piora de dia, melhora á noite Constante, dia e noite. Pode piorar à noite
Conjuntivite Frequentemente presente Rara
a liberação de interleucinas que atuam sobre os eosinófilos, induzindo sua
atração, ativação e inibindo sua apoptose celular.
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Rinite alérgica
2. Classificação 4. Complicações
A classificação que prevalece atualmente utiliza sintomas e parâmetros A avaliação do impacto psicossocial das crianças e adolescentes com rini-
de qualidade de vida, e baseia-se na duração e na gravidade dos sintomas. te alérgica não deve ser negligenciado. Distúrbios no sono e anormalidades
craniofaciais são as complicações mais comuns. Porém, podem ser acompa-
nhados de:
Figura 2 Classificação da Rinite Alérgica
• Respiração oral e roncos que podem se agravar levando a um quadro
Intermitente Persistente de hipopnéia ou apnéia do sono;
sintomas sintomas • Problemas no aprendizado e na fala;
• < 4 dias por semana • ≥ 4 dias na semana • Problemas sociais: interferência nas atividades recreativas, de socia-
• ou < 4 semanas • ≥ 4 semanas
lização e bullying.
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Rinite alérgica
Tabela 2 Anamnese e achados clínicos que orientam para o diagnóstico da rinite alérgica
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Rinite alérgica
nhada de sintomas de sufocamento); • Prescrição do soro fisiológico com aplicação com seringas (5ml em
• Tenha história de sonolência excessiva diurna, acompanhada ou cada narina) sempre que necessário;
não de dificuldade no aprendizado escolar; • Orientar medidas de controle ambiental (ANEXO 1).
• Tenha história de atraso na aquisição de leitura fluente, troca de • Realizar grupos operativos de autocuidado.
sílabas, deficit na concentração e raciocínio matemático;
• Tenha história de deficit auditivo ou colocação de tubos de venti-
lação nos ouvidos; 7.3. Atribuições do médico generalista
• Tenha história de dentes desalinhados, mordida cruzada;
• Tenha história de crises recidivantes de manchas e coceira pelo • Acompanhar e monitorar clinicamente os pacientes com rinite de
corpo, sugestivo de dermatite atópica. acordo com a classificação (Figura 2):
• Orientação das mães sobre a Rinite Alérgica e sua associação com a • Rinite intermitente leve – consultas de 6 em 6 meses;
Asma (medidas preventivas e tratamento) através de grupos opera- • Rinite intermitente moderada-grave – consultas de 3 em 3 meses
tivos com estímulo para autocuidado e participação ativa da criança/ ou sob demanda;
adolescente e família; • Rinite persistente leve – consultas de 2 em 2 meses;
• Propiciar atendimento compartilhado; • Rinite persistente moderada-grave – consultas de 1 em 1 mês.
• Os profissionais da ESF devem ofertar o tratamento de cessação do • Orientar técnica de uso da medicação e reavaliar em toda consulta o
tabagismo para os fumantes identificados na família. controle aos agentes desencadeantes;
• O generalista deverá avaliar adesão adequada ao tratamento, uso
correto do medicamento, avaliar abusos ou usos excessivos e até a
7.2. Atribuições do enfermeiro suspensão do tratamento antes da avaliação médica;
• Discutir com o pediatra de apoio os casos duvidosos, de difícil contro-
• Reconhecimento do paciente portador de rinite persistente, usuário le, o diagnóstico diferencial e em todos os casos de resposta insatis-
do centro de saúde. fatória ao tratamento;
• Nas crianças e adolescentes com rinite persistente em uso de medi- • Orientar medidas de controle ambiental (ANEXO 1);
cação nasal, verificar sempre a adesão ao tratamento e a técnica de • Realizar ou encaminhar grupos operativos de autocuidado.
uso (uso correto do espaçador/spray, com a boca fechada, no caso da
medicação inalatória oral e a aplicação correta dos sprays nasais) em
todas as visitas ao centro de saúde. Verificar também a técnica de uso 7.4. Atribuições do médico pediatra
do soro fisiológico para limpeza e umidificação nasal;
• Esclarecer sobre os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos tó- • Ser apoio para o médico generalista organizando na agenda espaços
picos nasais, tais como, efeitos locais eventuais que incluem sensação de discussão dos casos de diagnóstico duvidoso, crianças de difícil
de queimação e irritação das narinas. Poderá ocorrer ressecamento controle;
da cavidade nasal. • Organizar na agenda atendimentos compartilhados com o médico
• Orientar técnica correta de uso da medicação nasal generalista (atendimento em conjunto) para orientá-lo sobre anam-
• Verificar com o responsável pela criança a maneira e a frequência da nese, exame físico, conduta adequada;
limpeza do espaçador (se usar); • Estimular que a Equipe de Saúde de Família conheça seus pacientes
• Orientar em toda a oportunidade sobre o controle ambiental. que apresentem quadro de rinite ou sejam também asmáticos e os
acompanhe de forma adequada;
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Rinite alérgica
da geração são os preferenciais, pela relação mais favorável entre eficácia e aqueles relatarem qualquer mudança na visão devem ser cuidadosamente
segurança. Nas nutrizes, antiH1 de primeira escolha é a loratadina, aprovado monitorizados. Naqueles casos que cursam com edema importante de mu-
como de uso compatível com a amamentação. cosa, é válido considerar a associação com outros fármacos, principalmente
Os descongestionantes sistêmicos reduzem a congestão nasal pela ação associações de anti-histamínico/descongestionante oral, ou ainda, por no
alfa-adrenérgica; estão disponíveis em associação com anti- histamínicos e máximo cinco dias, de descongestionante tópico. Essas associações, por di-
a pseudoefedrina é a droga mais freqüentemente usada. Os descongestio- minuírem a obstrução nasal, facilitam o sono e evitam o abandono do tra-
nantes orais podem causar nervosismo, insônia, irritabilidade e palpitação. tamento. Uma vez atingido o controle sintomático, recomenda-se reduzir a
Os descongestionantes tópicos devem ser evitados pelo seu efeito rebote dosagem do corticoide nasal e retornar aos estágios iniciais do tratamento.
e risco de rinite medicamentosa, com piora da congestão nasal. Os antiH1 Os antileucotrienos cisteínicos atuam competindo com os leucotrienos
de uso tópico (azelastina e levocabastina) aliviam os sintomas dependentes (importantes mediadores inflamatórios da resposta alérgica) na ligação pe-
da ação da histamina, mas não atuam sobre a obstrução nasal e podem ser los receptores. Primeiramente foram lançados para uso na asma persistente,
usadas a partir dos 6 anos de idade. mas estudos comprovando sua eficácia superior ao placebo no controle de
A cromona disponível para o uso nasal tem ação antiinflamatória, é bem sintomas nasais e oculares de pacientes com rinite alérgica justificam seu
tolerada, tem perfil de segurança favorável devido a mínima absorção tó- uso, principalmente se associados aos anti-histamínicos H1.
pica; os inconvenientes incluem a necessidade de no mínimo 4 aplicações Na mais recente revisão, a iniciativa ARIA recomenda o uso de antileuco-
ao dia, inicio lento do efeito ( 2 a 4 semanas), pouca atuação na congestão trienos em pacientes que têm rinite alérgica associada á asma, em pré-es-
nasal, o que pode dificultar a aderência ao tratamento. colares com rinite alérgica persistente, mas ressaltam a preferência no uso
Os corticóides tópicos nasais são eficazes para o alivio de todos os sin- do anti-histamínico H1 oral sobre o antileucotrienos oral na rinite alérgica.
tomas da rinite alérgica. Os corticóides intranasais têm início de ação em A higiene nasal é fundamental no tratamento da rinite e deve ser sempre
trinta minutos e pico de várias horas com eficácia máxima notada após 2 a incentivada. As soluções salinas podem aliviar a irritação tecidual, umedecer
4 semanas de uso. Do ponto de vista clinico, todas as formulações de cor- a mucosa e auxiliar na remoção das secreções. Com isso, proporcionam alí-
ticóide tópico nasais disponíveis são eficazes, as diferenças são observadas vio temporário da obstrução nasal e melhoram o olfato.
quanto à potência tópica e biodisponibilidade sistêmica, sujeitas a variações
Tabela 5 Formulações disponíveis de corticóide tópico nasais
no metabolismo de inativação hepática de primeira passagem das diferentes
formulações, o que implica em diferenças na razão de efeito terapêutico e Biodisponibilidade
Medicação Idade
sistêmico entre as drogas. Vide tabela 5. sistêmica
Os efeitos colaterais locais incluem cefaléia, epistaxe, ressecamento da Beclometasona ≥ 6 anos 40%
mucosa nasal e perfuração do septo, os quais podem ser minimizados com Budesonida ≥ 6 anos 21%
a orientação de evitar a aplicação direta no septo nasal. Alguns pacientes
podem se queixar do gosto ou cheiro dos corticóides nasais. Neste caso, Ciclesonida ≥ 6 anos 0,1%
recomenda-se experimentar outra formulação/ droga de corticóide nasal. Fluticasona ≥ 2 anos ‹ 1%
O uso destas medicações em crianças pode gerar preocupação para com
Mometasona ≥ 2 anos ‹ 1%
os efeitos colaterais, potencializados pelo uso prolongado e muitas vezes em
associação ao corticóide por via inalatória para o tratamento de asma brôn- Triancinolona ≥ 6 anos ND
quica, em especial os efeitos sobre o crescimento linear. Todos os corticos- ND: não disponível
teróides representam um risco para a supressão da função adrenal. Glauco-
ma e cataratas têm sido relatados em pacientes em uso de corticosteróides
inalados ou nasal. Os pacientes com história familiar destas condições e/ou
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Rinite alérgica
9.3. Imunoterapia específica tam para a redução do custo e dos efeitos colaterais e para a melhora da
adesão ao tratamento de pacientes com asma e rinite alérgica persistentes.
É indicada para pacientes não controlados com a farmacoterapia conven-
cional, em pacientes que não desejam fazer uso de medicação contínua ou
naqueles pacientes nos quais os possíveis efeitos colaterais indesejados pos-
sam ser potencializados. Também nos casos onde não é possível afastar o 11. Aspectos da rinite alérgica na faixa etária pediátrica
alérgeno. Deve ser realizada em pacientes comprovadamente sensibilizados
através de testes cutâneos ou IgE específica, por profissionais capacitados • A Rinite alérgica faz parte da “marcha atópica” durante a infância.
(alergologistas) e em locais aptos a tratar eventuais reações sistêmicas. Embora sua prevalência esteja aumentando em escolares e pre-es-
colares, ela é pouco diagnosticada pelos profissionais de saúde. Esta
situação concorre para a banalização da doença pela sociedade;
9.4. Cirurgia • Nos pacientes asmáticos, a rinite deve ser avaliada e tratada e nos
pacientes com rinite, a asma deve ser afastada;
É indicada em pouquíssimos pacientes, sendo rara a indicação na faixa • Além de ser um fator de risco inegável para desenvolver asma, as crian-
pediátrica. ças e adolescentes com Rinite alérgica podem sofrer consequências
desastrosas após alguns anos de doença. As co-morbidades devem
receber atenção adequada. Doenças associadas como asma, conjunti-
vites, rinossinusites, otites e síndrome da apnéia do sono (pior estágio
10. Tratamento da asma e rinite concomitantes do portador de respiração oral) podem levar ao prejuízo importante da
qualidade de vida e necessitam intervenções precoces. Além disso, as
• Algumas drogas são eficazes no tratamento de ambas as doenças: crianças com rinite podem ter comprometimento cognitivo e desem-
asma e rinite, como os glicocorticóides e antileucotrienos; penho escolar prejudicado, quando não tratadas adequadamente;
• Embora os antiH1 sejam mais eficientes para rinite, eles não são con- • Uma estratégia de assistência integral às crianças e adolescentes respi-
tra-indicados no tratamento do paciente com asma; radores orais é o atendimento compartilhado com a participação da ESF,
• O controle da rinite pode melhorar a asma coexistente; ESB, ACS e pediatra de apoio e profissionais do NASF que visa à identifi-
• A segurança dos corticóides tópicos é bem estabelecida. Entretanto cação precoce de sinais e sintomas sistêmicos da rinite alérgica e cons-
em altas doses pode produzir efeitos colaterais especialmente se fo- trução de um plano terapêutico singular considerando todos os recursos
rem administrados na forma nasal e brônquica concomitantemente; da Rede SUS BH (Centro de Especialidades Odontológicas-CEO, Centro
• O tratamento precoce ou prevenção da rinite pode prevenir a ocor- de Reabilitação (CREAB), Programa Saúde na Escola –PSE e outros).
rência de asma ou gravidade dos sintomas brônquicos; • Testes cutâneos podem ser feito em qualquer idade e fornecer infor-
• Inalação nasal de corticóide para tratamento simplificado da asma e mações importantes;
rinite alérgica. • O tratamento da rinite melhora o controle da asma e melhora a qua-
lidade de vida das crianças com asma e rinite alérgica;
A estratégia unificada de tratamento, ou seja, a inalação nasal de corticói- • As bases do tratamento da criança são as mesmas do adulto, atenção
de inalatório para o tratamento de rinite alérgica e asma, que consiste no uso deve ser dada aos efeitos colaterais;
do aerossol dosimetrado administrado através de inalação nasal, com auxílio • Medicação: a estratégia combinada deve ser utilizada para manejar
de máscara facial acoplada a espaçador valvulado de grande volume, teve sua doenças coexistentes das vias aéreas superiores e inferiores;
eficácia demonstrada em três ensaios clínicos recentes. Tais achados apon-
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• As doses das medicações devem ser ajustadas e considerações especiais • 1 a 2 doses /narina a cada 12 horas
observadas. Poucas medicações foram testadas abaixo de dois anos; • 1 dose/narina a cada 6 ou 8 horas
• Corticoides orais devem ser evitados no tratamento da rinite em crian-
ças, gestantes e pacientes com contraindicações conhecidas. Os corti- 4. Budesonida suspensão nasal spray 50 μg /dose.
coides intramusculares devem ser evitados em qualquer faixa etária; • Crianças maiores de 6 anos e adolescentes: Dose 64 a 400 μg /dia.
• Os anti-histamínicos orais não devem ser usados em crianças pré-es- • Maiores de 6 anos: 32μg /narina 1 vez por dia até 100μg/narina
colares com outras doenças alérgicas (dermatite atópica e/ou histó- de 12/12 horas
ria familiar de asma ou alergia, com alto risco de desenvolver asma) • Maiores de 12 anos:
para prevenção de asma ou chieira. Porém, esta recomendação não • 64μg/narina 1 vez por dia
se aplica ao tratamento de outras condições alérgicas concomitantes • 256μg /narina 1 vez por dia
(urticária, dermatite atópica, rinite); • 100μg /narina de 12/12 horas
• Os anti-histamínicos orais não devem ser usados no tratamento da • 200μg /narina 1 vez ao dia
asma como única forma de terapia (por exemplo, o uso do cetotifeno
em crianças asmáticas leves a moderadas) devido ao seu efeito incer- 5. Mometasona spray nasal aquoso 50μg/dose.
to nos sintomas da asma; • Crianças maiores de 2 anos até 5 anos, 11 meses e 29 dias.
• Os descongestionantes nasais não podem ser usados por crianças Dose: 100μg por dia ou 50μg /narina 1 vez por dia.
pré-escolares;
• Os descongestionantes orais não devem ser usados regularmente por Obs: O efeito dos corticóides nasais, diferentemente daquele dos
crianças e adultos. Ao contrário, podem ser benéficos quando usados vasoconstritores nasais, não é imediato. Para obtenção do efeito te-
como medicação de “resgate”, ou quando necessário, por tempo não rapêutico eficaz, necessita-se utilização contínua, até conseguir o
superior a cinco dias; efeito terapêutico máximo. Recomenda-se então, diminuir para a
• Em adultos e crianças com sintomas oculares importantes, as cromo- menor dose possível para controlar os sintomas, e uso em dias alter-
nas (cromoglicato dissódico ) devem ser usadas como primeira opção nados. Deve-se tentar suspender a medicação, sempre que possível.
devido a seu perfil de segurança e tolerabilidade. Efeitos locais eventuais incluem sensação de queimação e irritação
das narinas. Poderá ocorrer ressecamento da cavidade nasal. Em
caso de infecção deverá ser instituída terapêutica adequada.
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Falha
Reveja diagnóstico
Aderência e presença de infecção ou outras causas
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ficadores que podem gerar fungos para o ambiente. O uso desses 9. Ribeiro de Andrade Cl, et al., Unified disease, unified management: Trea-
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