Aula 1 M2 - CÓRNEA Aula de Oftalmologia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 51

OFTALMOLOGIA

Dra Tânia de Oliveira Mendes Crepaldi


Faculdade de Medicina UniRV
CONJUNTIVITES Autolimitada, hiperemia
ocular, secreção purulenta,
BACTERIANAS quemose, fotofobia e dor
discreta
Causada por Neisseria
gonorrhoeae e N.meningitis.
Produção maciça de secreção
purulenta, quemose intensa e
edema palpebral.
Linfadenopatia pré-auricular e
membrana conjuntival. Sem
tratamento pode evoluir para
ceratite, com necrose e
perfuração ocular(15 a 40%
dos casos), DST

Gonocócica
Duração de até 3 semanas,
autolimitada, Agentes mais
comuns são estreptococos,
estafilococos e haemophilus.
Hiperemia, secreção
mucopurulenta, acordam com
pálpebras grudadas

Bacteriana aguda
Bacteriana crônica

Estafilococo é a causa mais comum, duração de


mais de 3 semanas. Colonização de borda
palpebral induzindo reações conjuntival e
corneana pelas toxinas liberadas
Conjuntivite bacteriana neonatal

Causas mais frequentes: clamídia, estreptococos,


estafilococos, haemophilos, moxarella catarrhalis,
escherichia coli e neisseria gonorrhoeae.
Secreção mucopurulenta que pode se apresentar
com pseudomembranas
• MOLUSCO CONTAGIOSO: poxvírus, disseminação por
contato direto na maioria das vezes
INFECÇÕES • Acomete principalmente bordas palpebrais, lesões
VIRAIS nodulares lisas esbranquiçadas ou peroladas, com
umbilicação central
• Toxicidade das partículas virais provoca conjuntivide
folicular crônica, ceratite epitelial e pannus vascular
superior
• Lacrimejamento, prurido, hiperemia e sensação de corpo
estranho
• Pode ter lesões de conjuntiva
MOLUSCO
CONTAGIOSO
• Conjuntivite folicular aguda, geralmente bilateral e
altamente contagiosa
ADENOVÍRUS • A fase aguda dura até 3 semanas
• 4 diferentes apresentações clínicas: 1.epidêmica; 2.febre
faringoconjuntival; 3.folicular não específica;
4.ceratoconjuntivite crônica
• Lacrimejamento, prurido, sensação de corpo estranho,
fotofobia, secreção aquo-mucosa, gânglio pré-auricular
inflamado, reação folicular conjuntival, blefaroedema,
quemose, hemorragias subconjuntivais, pseudomembrana,
ceratite, infiltrados subepiteliais
ADENOVÍRUS
• Proteção
• 3/4 do poder dióptrico ocular
• Não tem vasos
• Tecido do corpo mais
intensamente inervado
• Diâmetro horizontal 11,5 e
vertical 12mm
• Espessura média de 540
micras
CAMADAS DA
CÓRNEA
CERATITE BACTERIANA
Fatores predisponentes: LC,
Úlceras bacterianas geralmente trauma, alterações palpebrais,
Dor ocular, injeção ciliar,
ocorrem com alterações nos cirurgias, ceratite herpética,
fotofobia e baixa de acuidade
mecanismos de defesa uso de corticoide, olho seco,
visual
corneana ceratite neurotrófica,
conjuntivites bacterianas

Exame laboratorial é
Ulceração epitelial, supuração
fundamental, mas o mais
estromal, hipópio, reação de
comum é o tratamento
câmara anterior
empírico
Ceratite
bacteriana
ULCERAÇÃO
• As causadas por fungos filamentosos(Fusarium sp;
Aspergillus sp; Penicillium sp; Scedosporium sp) são
CERATITE mais frequentes em climas quentes, geralmente
relacionadas a infecções pós traumáticas por materiais
FÚNGICA vegetais em olhos previamente saudáveis
• As causadas por leveduras(Candida sp) ocorrem com
mais frequência em olhos com doenças preexistentes,
como atopia, olho seco, uso incorreto de corticoide
• Pacientes inicialmente tem reação inflamatória menor
que as bacterianas, depois se tornam iguais.
• Infiltrados branco-acinzentado com
margens hifadas, lesões satélite e
sobrelevadas, podendo ter placas
endoteliais, anel imune e hipópio.
• O exame laboratorial é
imprescindível na rotina diagnóstica
das úlceras corneanas, porque o
aspecto clínico é muito semelhante
PARASITÁRIAS
Acanthamoeba: protozoário classificado como ameba de vida livre

Maior parte dos casos associado ao uso de lentes de contato, também associado a traumas e
exposição a água contaminada
Irritação, fotofobia e hiperemia, diminuição da sensibilidade corneana

Pode iniciar com alteração epitelial com aspecto de pseudodendrito, confundindo com herpes

Queixa de dor em fase mais avançada é desproporcional à inflamação encontrada

Com a evolução da infecção aparece ceratite estromal necrosante com anel paracentral

Diagnóstico sempre laboratorial, tratamento longo


Acanthamoeba
HERPES VIRUS

Blefaroconjuntivite vesicular,
conjuntivite folicular, linfadenopatia
regional, ceratite epitelial
• HSV-1 (acima da cintura)
• HSV2 (venérea, raro
acometimento ocular)
• Desconforto leve a moderado,
vermelhidão, fotofobia,
lacrimejamento e visão turva

HERPES SIMPLES
HERPES ZOSTER

• Vírus varicela zoster


• Mais 6 e 7 década de vida
• Em idosos sintomas mais graves e com
duração mais prolongada
CLAMÍDIA
• Conjuntivite folicular crônica, problema de saúde pública
• Segundo microorganismo mais frequente como causa de
conjuntivite crônica no adulto, tracoma é a terceira causa de
cegueira no mundo
• Conjuntivite neonatal, contamina pelo canal de parto,
manifesta nos primeiros 10 dias de vida, pode provocar
infecções das vias respiratórias, otite, vaginite e pneumonia
intersticial afebril. Pseudomembrana na conjuntiva tarsal nas
primeiras 3 semanas de vida confirma diagnóstico
CLAMÍDIA
EROSÃO
EPITELIAL
PONTEADA
INFILTRADOS
SUBEPITELIAIS
MELTING
VASCULARIZAÇÃO
MICROSCOPIA
ESPECULAR
TOPOGRAFIA DE CÓRNEA
• Afinamento corneano central ou
paracentral, geralmente inferior,
CERATOCONE progressivo , que faz com que a córnea
apresente um abaulamento em forma de
cone. Pode se anterior ou posterior
• Linhas paralelas, verticais, finas no
estroma corneano, estrias de Vogt
• Cone avançado projeta a pálpebra
inferior para frente e para baixo, quando
olhos são voltados para baixo, sinal de
Munson
• Rotura da membrana de Descemet pode
produzir edema corneal intenso
(hidropsia aguda)
CERATOCONE
DEGENERAÇÃO
MARGINAL PELÚCIDA

Raro
Afinamento corneano periférico
progressivo
• Região inferior
• Principalmente idade adulta
Topografia em
degeneração
marginal pelúcida
CERATOGLOBO

• Ectasia globular ao invés de cônica do


ceratocone
• Afinamento corneano generalizado
• Mais propenso ruptura
PTERÍGIO

• Tecido fibrovascular com formato


triangular que se dispõe sobre a córnea
• Importância da exposição à radiação
ultravioleta para o aparecimento do
pterígio
• Maioria se inicia na conjuntiva bulbar
nasal
• Sensação de corpo estranho, ardência,
irritação, lacrimejamento, astigmatismo
irregular e alteração visual
DISTROFIAS DE CÓRNEA
Opacidades corneais, geralmente bilaterais, não inflamatória, simétricas e avasculares. Início
precoce, usualmente na infância, evolução lenta, sem associação com outras doenças oculares ou
sistêmicas
Distrofias epiteliais: Meesmann, Membrana basal do epitélio

Distrofia da Membrana de Bowman: de Reis-Bucklers

Distrofias estromais: Granular, Macular, Lattice, Avellino, Gelatinosa em Gota, Cristaliniana Central de
Schnyder

Distrofias endoteliais: Córnea Guttata, Fuchs, Polimorfa Posterior, Hereditária Congênita


Distrofia membrana
epitelial basal de Cogan

Map dot Finger print


DISTROFIA
EPITELIAL DE
MEESMAN
DISTROFIA DE
REIS BUCKLERS
DISTROFIA
RETICULAR
DISTROFIA
ENDOTELIAL DE
FUCHS
ARCO SENIL
• Opacidade corneana
periférica mais comum
• Sem condições
predisponentes em idosos
• Em jovens pode estar
relacionada a dislipidemias
CERATOPATIA EM
FAIXA
• Deposição em faixa
relacionada com idade, de
sais de cálcio, na camada de
Bowman, membrana basal
epitelial e estroma anterior
• Ocorre mais frequente por
uveíte crônica, Phithisis bulbi
EROSÃO EPITELIAL
RECORRENTE
• Ligação anormalmente fraca
entre as células do epitélio
corneano e sua membrana
basal
• Traumas mínimos como
interação pálpebra córnea
pode precipitar
descolamento
• Traumas prévios, cirurgias
corneanas ou distrofias
corneanas
XEROFTALMIA

• Aporte inadequado de vitamina A


• Deficiência grave
• Má nutrição, má absorção, alcoolismo crônico
ou dietas altamente seletivas
• A vitamina A é essencial para manutenção das
superfícies epiteliais do corpo, para sistema
imune e para síntese de proteínas
fotorreceptoras da retina
• Cegueira noturna (nictalopia), desconforto e
perda da visão

Você também pode gostar