O Que Utilizar em Uma Mixagem em Igrejas PDF

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DICAS:

O que utilizar em uma mixagem em igrejas em mesas


digitais.

Texto Fernando José Peixoto Lopes


Técnico de Áudio
(27) 9-9518-4250 vivo e Whatsapp
fernando@masterdbsound.com.br

APOIO
Antes de tudo, é preciso lembrar-se da mais importante das coisas de nosso trabalho,
o nosso principal cliente, “DEUS” ou “Cristo Jesus”. Agradá-lo é o principal objetivo de
todo o nosso esforço em sequencia vem Pastores, Ministério de Louvor, e membros,
por isso devemos fazer sempre o melhor e ter o melhor para ele.

Por mais perfeita que seja a sua mixagem, soando para a igreja, se ela não consegue
agradar, o nosso objetivo não foi alcançado. Por isso, torna-se fundamental que
desenvolvamos as capacidades de aprender a entender e estudar o que se precisa, de
saber decidir que ferramentas de dinâmicas usarem e como fazer isso no melhor, sem
vir a prejudicar a qualidade final.

Assim, o mínimo que nós devemos saber é o básico de uma forma correta e a prática
em treinamento, e ao depararmos com um canal a ser trabalhado como devemos
saber usar as ferramentas corretamente.

Embora seja óbvio o fato de que os diferentes canais que compõem uma mixagem
interagem, esta interação está longe de ser um obstáculo, a ponto de fazer com que
nos confrontemos com uma indefinição. Afinal, se ficarmos indecisos porque algum
instrumento interfere no som do bumbo e vice-versa, você com certeza não terá
começo por canal nenhum.

Vou me concentrar em pontos básicos:

Entender o porquê aparece à necessidade de se "mexer" no som de um canal e como


se dá o processo de decidir "o que" utilizar.

E a decisão sobre de qual processador usar que irá depender de questões ao gosto de
cada um, e objetivas, no que se refere a ter à sua disposição. Sinceramente acho
inútil determinar como escolher o modelo de certo tipo de equalizador ou dinâmico.

Eu não estaria ajudando, pois estaria "dando o peixe, e não ensinando a pescar".

Antigamente, antes da chegada das mixer Digitais, havia certa "facilidade" neste
aspecto. A gente simplesmente não tinha ferramentas suficientes. Tinha um
equalizador por canal na mesa, mais uns poucos processadores no rack e olhe lá.

Se a mesa fosse realmente boa, tínhamos o luxo de um compressor por canal, o que
facilitava bastante, mas daí até a gente poder escolher qual equalizador ou qual
compressor queria usar havia uma enorme distância.

Quando vejo hoje em dia alguém usando seis ou mais reverbs em uma mixagem, fico
aqui pensando como este profissional faria naquelas épocas. E eu não estou falando
de muito tempo atrás, não.

Até meados da década de 1990 era basicamente isso: poucos recursos e muita
inteligência, bom gosto e muita criatividade.

Mas o que será que determina se precisamos ou não dar forma do som de um canal?
INTERAÇÃO DE INSTRUMENTOS

Imaginemos um recital de música clássica em que uma cantora interpreta uma peça
acompanhada de uma orquestra de cordas. Será que o som que sai dos violinos muda
o som da voz? Ou será que a voz muda o som dos violinos?

De fato, ouvir voz e violinos é diferente de ouvir cada um em separado, mas a


interação deles é um fator artisticamente construtivo, e não destrutivo. Como não há
jeito de "equalizar" os violinos ou a cantora acusticamente, por que será que surge a
necessidade de fazê-lo eletronicamente, num ambiente de mixagem?

A primeira diferença é o jeito como se mixa.

A situação em que ouvimos uma cantora e uma orquestra de cordas ao vivo (e sem
amplificação) equivale eletronicamente a colocarmos um microfone estéreo na
mesma posição e altura de nossos ouvidos. Desta forma, na "mixagem", certamente
não precisaríamos mexer nem no som de um nem de outro, claro tirando as
colorações provocadas pelo microfone.

Na verdade, este tipo de mixagem é extremamente realista, e existem situações,


tipicamente na música clássica, em que se mixa exatamente assim: numa sala de
concerto com uma acústica excepcional, com apenas dois microfones
estrategicamente colocados.

Porém existem dois aspectos importantes que devemos considerar. Mixar deste jeito
nos impede de mexer à vontade no som de cada instrumento, e nem sempre as
performances de todos os músicos são equivalentes em termos de qualidade. Assim,
em nome de termos o poder de controlar à vontade (claro dentro de certos limites) o
som de cada instrumento, mixamos em separado posicionando os microfones da
forma melhor de captação. A possibilidade de mexer diretamente em cada canal é
uma ferramenta criativa importante e por isso universalmente utilizada.

A bateria, por exemplo,

Não há nada menos natural do que colocar um microfone de qualquer jeito, sem
posicioná-lo corretamente, uns especificam que a dois centímetros de distância da
pele de cada tambor, ou do hi-hat (Chimbal).

Bem este é o som real da bateria?

Será que a bateria soa desta forma?

Hoje em dia ouço o som de uma bateria mixada, que me parece uma entidade que
não tem muito a ver com a experiência de se ouvi-la acusticamente. Experimente se
aproximar de uma bateria que esteja sendo tocada e perceba se o que você ouve
chega ao menos perto do que você está escutando. Na maioria é totalmente
diferente. Não vim aqui discutir o que é "melhor", pois isto é uma questão
característica. Objetivamente, porém, o som da bateria moderna mixada hoje em dia
é uma construção que todos nós estamos sendo obrigados a acostumar.

Pois bem, ao mixarmos as coisas separadas e nos preocupamos individualmente com


a qualidade de cada canal. Quando estamos "timbrando" um instrumento, estamos
otimizando o conjunto formado por ele mais o ambiente a sala, o microfone, sua
posição, o cabo e o pré-amplificador, de forma que o resultado mixado seja o mais
funcional possível. Não necessariamente o mais funcional significa o mais "bonito".
Como a gente não sabe ainda o que será preciso fazer neste som quando ele for
somado aos demais, é sempre bom deixar uma margem para manobra, um som mais
próximo do desejado, por causa das limitações de tempo.

Resumindo, então, na mixagem a gente precisa realmente tomar cuidado com a


interação dos diferentes canais para que a soma de todos soe bem, uma vez que o
jeito de otimizar individualmente não leva em conta esta interação.

QUANDO PROCESSAR É PRECISO?

Tomando então um canal que desejamos inserir numa mix. Um bumbo, por exemplo.
Pra quem gosta de matemática, costumo dizer que uma mixagem é um sistema com
mais variáveis do que equações, e, consequentemente, pode ter infinitas soluções ou
nenhuma solução, mas jamais pode ter uma solução única. Pra quem não gosta,
mesmo assim dá pra sacar que não existe "a" mixagem, mas "as possíveis
mixagens". Não há mixagem errada, embora haja muitas mixagens certas.

Dizer que cada plug in de equalizador tem um som ou um comportamento não ajuda
muito. Então, o que buscamos sempre é simplificar. O ser humano tem esse jeito de
resolver os problemas, seja pra levantar uma parede ou pra mandar um foguete pro
espaço. A gente simplifica um problema grande, transformando-o em algo resolvível.
Então, em vez de dizermos que não sabemos o que usar porque esse bumbo tem a
sua individualidade e será acompanhado por mais algumas dezenas de canais,
precisamos é nos apoiar fortemente na única coisa absolutamente definida quando se
começa uma mixagem: a ferramenta que será usada para ouvi-la - nossos ouvidos.

Quando começamos a trabalhar em uma música, a única coisa de que temos certeza
é que nossos ouvidos serão nossos guias e nossos juízes, e é por aí que devemos
começar. Ou seja, voltando ao nosso bumbo primordial, vamos simplesmente ouvir o
que ele tem a dizer. A partir daí a primeira coisa que precisamos gerar é uma opinião
a respeito dele.
FORMANDO UMA OPINIÃO

Se eu julgar que um som precisa ser trabalhado e melhorado, o que posso usar para
isso?
Bom, felizmente as possibilidades não são tantas assim. A princípio, podemos mexer
na resposta, em frequência, no volume e na ambiência. Como estamos trabalhando
apenas em um canal, podemos momentaneamente parar de nos preocupar com sua
interação com os outros. Ocupemo-nos, então, apenas com o som dele. Se julgarmos
que existem regiões de frequência que precisam ser mexidas, inserimos um
equalizador. Se existem muitas variações de volume no canal, podemos inserir um
compressor ou atuar no próprio áudio, alterando o ganho.

Agora, qual equalizador especificamente usar? Qual compressor?

Pois bem, neste ponto eu vou contar o maior segredo para mixagens felizes e
tranquilas: aprenda com tudo o que você fizer. É a velha história da experiência. Em
resumo, se a gente aprende com tudo o que faz, vai montando um estoque de
soluções para os problemas. E os erros e os problemas ensinam muito mais do que os
acertos. Assim, na próxima vez em que você trabalhar em um instrumento, procure
memorizar o tipo de solução que usou. Depois de você corrigir uma "cantada" de
caixa de bateria atenuando 490 Hz em umas três situações, provavelmente já irá
direto nessa frequência na quarta, mesmo que lá na frente seja necessário reajustá-
la. Este será o ponto de partida. E quanto às quais plug-ins ou processadores
efetivamente usar, depois de um tempo você vai observar que existe um grupo
relativamente pequeno de ferramentas que a gente acaba preferindo. Isto não é
errado: é apenas produtivo. Se determinado equalizador lhe deu um resultado bacana
hoje, por que não começar usando ele na próxima vez?

Só que a gente não deve esperar até a hora de uma mixagem para testar as
ferramentas de que dispõe. Assim que temos acesso a um novo equipamento, plug-in
ou processador, precisamos testá-lo o mais rápido possível na maior quantidade de
situações que pudermos. Desta forma, estaremos aumentando nosso vocabulário de
recursos e já poderemos estabelecer mentalmente em que situações poderão valer a
pena usá-lo.

“DEUS SEJA LOUVADO”!

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