Resenha Hamilton (Oficial) .
Resenha Hamilton (Oficial) .
Resenha Hamilton (Oficial) .
BRASÍLIA-DF
2018
Nascido filho bastardo em 11 de janeiro de 1755 do escocês James Hamilton e Rachel
Fawcett Levine, na ilha colonial britânica de Nevis, no Caribe, Alexander Hamilton possuía
uma mente afiada, bem como uma vontade indomável. Intelectualmente talentoso, ele buscou
uma educação universitária no King's College (hoje Universidade de Columbia) em Nova York.
Mas não demorou muito para Hamilton abandonasse a escola para perseguir a causa americana
radical, juntando-se aos Filhos da Liberdade. Após a Guerra pela Independência, Hamilton
garantiu uma comissão como capitão em uma empresa de artilharia de Nova York.
Ele primeiro foi noticiado por George Washington durante a campanha de Nova York
e Nova Jersey. Washington reconheceu o comportamento impetuoso de Hamilton, além do
comando da organização e da fidelidade à causa. Em março de 1777, Hamilton havia se firmado
como membro de uma das famílias militares de Washington. Se tornou um ajudante de campo
e foi promovido a tenente-coronel. Com seu colega francês Lafayette, Hamilton e Washington
assumiram um relacionamento pai-filho. Como exercer uma função atrás de uma mesa não era
muito característico de Hamilton, ele ansiava por um comando de combate e desempenhou um
papel fundamental durante o Cerco de Yorktown, onde liderou o ataque americano de sucesso
ao Reduto Britânico.
Como muitos outros que serviram no Exército Continental, Hamilton desprezou o
Congresso como inepto, o que resultou em sua firme convicção de que os novos Estados Unidos
precisavam de um governo central forte. Após a guerra, ele retornou à cidade de Nova York,
onde exerceu a advocacia. Em 1787, ele foi apontado como um dos delegados de Nova York
para a Convenção Constitucional. Lá, ele expôs sua visão do governo americano. Depois que a
Constituição foi redigida, ele, juntamente com a Virginian, James Madison e o colega nova-
iorquino John Jay, escreveu o que ficou conhecido como The Federalist Papers. Esta série de
ensaios, publicados anonimamente, defendeu a ratificação da Constituição.
Após esses acontecimentos, o presidente Washington nomeou Hamilton como o
primeiro secretário do Tesouro, onde ele estabeleceu as bases para um império econômico
americano (Ele também se tornou o chefe de um dos primeiros partidos políticos da América,
os federalistas). E é nesse momento da história que Hamilton destrincha sobre o que será
postulado nesse texto, o seu relatório sobre as manfaturas nos Estados Unidos.
Em primeira instancia, Hamilton parte da atualidade da época, onde as regras
restritivas do comércio exterior limitavam a venda de excedentes agrícolas dos EUA, e defende
o incentivo da manufatura uma vez que havia muita terra disponível (inabitada) se comparado
com a quantidade de americanos que habitavam o país na época. Vale salientar que em nenhum
momento ele deixa a agricultura de lado (que por sinal era um outro setor da economia bastante
presente), muito pelo contrário, ele deixa claro que ambos os setores são complementares para
a economia. Mas mesmo com a disponibilidade de terras para o investimento em manufaturas,
ela ainda é criticada por não agregar na receita do país. Nesse ponto Hamilton concorda com a
crítica, mas em contrapartida ele sugere uma melhora nas condições de trabalho através da força
de produção e no aumento da quantidade de trabalho eficaz para que os manufaturadores
possam sair da chamada parcimônia (estado em que o manufaturador só consegue trazer
benefício para o Estado se economizar) e passem a agregar na receita do pais.
No que tange o estabelecimento e difusão da manufatura, Hamilton explica que esses
dois fatores tem o efeito de tornar a massa de trabalho mais útil e produtiva se comparado com
outros meios de produção. Ele cita, por exemplo, a realidade do fazendeiro que fornece produtos
aos fabricantes onde seu trabalho é improdutivo pois ele consome um valor igual de artigos
manufaturados. Em outras palavras, a parcela fornecida do trabalho de cada um é também
destruída pelos mesmos. Nesse momento o secretário defende a difusão da manufatura como
solução para tal adversidade.
“Se houvesse um artesão e um fazendeiro, o fazendeiro estaria livre para prosseguir
com o cultivo de sua Fazenda. O artesão, ao mesmo tempo, continuaria a produção de
commodities manufaturados a um montante suficiente não só para pagar o agricultor (devido
aos mantimentos e materiais comprados do fazendeiro), mas para fornecer ao próprio artesão
uma oferta de commodities para uso próprio. Sendo assim, haveriam dois valores (ou
quantidades) ao invés de um, ocasionando um aumento dobrado no consumo e na receita do
país” (HAMILTON, 1791, p. 4).
A divisão do trabalho
A ampliação do uso da maquinaria
Mais empregos para as classes da comunidade que comumente, não se
dedicam ao trabalho.
O fomento da imigração de países estrangeiros (fator importantíssimo que
durante o texto ele vai enaltecendo a contribuição destes artesãos, outros ofícios vindos
da Europa, inclusive ratificando a acolhida deles em caso de guerras, etc. pois, era
preciso atrair imigrantes para trabalhar nas manufaturas, já que nos EUA pela facilidade
da terra, a manufatura era segundo plano).
Dar mais ênfase à diversidade de talentos e inclinações que distinguem os
homens entre si.
Abrir um campo mais amplo e variado as empresas. (Uma economia é
melhor quanto mais diversificada, evita estancamentos, causado pelas oscilações do
comercio internacional).
Assegurar e, em alguns casos, criar uma demanda mais certa e regular para
o excedente do produto da terra (argumento de como a manufatura seria importante para
a atividade primária).
Vale ressaltar que nessa época (séc. XVIII) os Estados Unidos era considerado um
Estado fechado para o comercio exterior. E esse fator atrasava o sistema de produção do país
uma vez que se o Estado fosse aberto para tal, ele teria a oportunidade de adquirir do exterior,
todos os tecidos necessários para abastecer sua população (Essa ação garantiria a vantagem da
divisão do trabalho, deixando o fazendeiro livre para cuidar exclusivamente de sua terra por
exemplo). Além disso, o autor ainda cita a questão da produção de tecido (impostos sob a
despesas de terrenos e máquinas e ferramentas, salários dos empregados das fábricas, despesas
de transportes, impostos sob importação e exportação do produto) que se comparado com a
Europa, a mão-de-obra sai muito mais em conta. Sem contar que principais países produtores
da Europa são muito mais dependentes da oferta estrangeira para os materiais de sua fabrica do
que os Estados Unidos. Em outras palavras, a abertura para o comércio extrageiro só traria
benefícios.
Em relação ao papel do Estado, Hamilton sintetiza bem o seu papel de acordo com
algumas considerações feitas durante o seu relatório como a introdução dos bancos (pois este
tem uma forte tendência para estender o ativo Capital de um país) e a ajuda de capital
estrangeiro como fonte de capital para as fábricas pois no momento em que esse capital é
inroduzido no pais, ele pode ser dirigido a qualquer setor, ou seja, ele pode se tornar
subserviente aos interesses tanto da Agricultura quanto do comércio e manufatura (empresas
para melhoria de comunicações publicas como construções de pontes também recebem ajuda
material da mesma fonte). É citado também que um dos principais obstáculos para a
implantação de um novo ramo da indústria em um país, consiste, nas recompensas, prémios e
outras ajudas concedidos pelas nações em que os estabelecimentos são introduzidos. É sabido
que certas nações concedem recompensas pela exportação de commodities, para capacitar seus
próprios trabalhadores além e suplantar (derrubar) todos os concorrentes, nos países para os
quais commodities são enviadas. Assim, os empresários de uma nova commodities tem que
competir não só com a desvantagens de um novo empreendimento, mas com as gratificações e
remunerações que outros governos concedem. Pode-se dizer assim, que é evidente que a
interferência e a ajuda do próprio governo são indispensáveis para a consolidação das fábricas.
Para melhor compreensão sobre o papel do Estado no desenvolvimento das
manufaturas, o autor apura os seguintes aspectos:
Tarifas alfandegárias;
Proibição de artigos rivais ou tarifas equivalentes;
Veto à exportação de matérias-primas necessárias ás manufaturas;
Subsídios pecuniários (este é o incentivo mais eficaz para Hamilton por não,
aumentar o valor de um produto de pronto a sociedade);
Prêmios;
Isenção tarifária para as matérias- das manufaturas;
Reintegração das tarifas cobradas sobre as matérias-primas para as
manufaturas;
Fomento de novos inventos e descobertas nos Estados Unidos e introdução
dos que sejam feitos em outros países, particularmente, os referentes à maquinaria;
Normas prudentes para a inspeção de bens manufaturados;
A agilização das remessas monetárias de um lugar a outro;
A agilização do transporte de mercadorias (estradas e aberturas de canais).