Apostila Cafe Com Qualidade 2016
Apostila Cafe Com Qualidade 2016
Apostila Cafe Com Qualidade 2016
SUSTENTABILIDADE
(Colheita e Pós-colheita)
VITÓRIA – ES
2016
2
1 – JUSTIFICATIVA
3
2 - CLASSIFICAÇÃO OFICIAL BRASILEIRA DE CAFÉ
QUANTO AO TIPO.
(amostra de 300 gr do café)
TIPO DEFEITOS
2 4
2/3 8
3 12
3/4 19
4 26
4/5 36
5 46
5/6 66
6 86
6/7 123
7 160
7/8 260
8 360
Pior que 8 +360
CARACTERÍSTICA Nº DE
DEFEITOS
1 grão preto .......................................... 1
5 grãos verdes ..................................... 1
2 grãos ardidos ...................................... 1
1 pedra, pau ou torrão grande ............. 5
1 pedra, pau ou torrão regular ............. 2
1 pedra, pau ou torrão pequeno .......... 1
1 côco .................................................. 1
1 casca grande .................................... 1
2 marinheiros ....................................... 1
2 / 3 cascas pequenas ......................... 1
2 / 5 grãos brocados ............................. 1
3 conchas ............................................. 1
5 grãos chochos ou mal granados ........ 1
5 grãos quebrados ................................ 1
4
4- CAUSAS E MODOS DE EVITAR DEFEITOS
Normal 122,5 gr
Verde 97,4 gr
Ardido 77,8 gr
Preto 64,2 gr
FONTE: Cetcaf (1998)
5
A.5 – Diferença do peso médio dos grãos entre as
diferentes peneiras e respectivos defeitos
B – Impurezas.
PEDRA, PAUS E Impurezas presentes no - Efetuar colheita em lona ou peneira.
TORRÕES café beneficiado. - Secagem em terreiro coberto.
C - Beneficiamento:
DEFEITO CAUSA COMO EVITAR
- Cultivar variedade de café que tenha
característica de produzir grãos de
CÔCO Grão de café com casca.
tamanho mais uniforme.
- Regular máquina de beneficiamento.
Casca do grão presente - Regular o ciclone da máquina de
CASCA no café beneficiado beneficiamento
Grão semi-descascado,
MARINHEIRO - Regular máquina de beneficiamento.
com o pergaminho.
FONTE: Cetcaf (2012)
D - Na cultura.
DEFEITO CAUSA COMO EVITAR
6
E – Umidade e quebra de grãos.
QUEBRADO Seca excessiva Umidade de 12%.
- No secador, secar com temperatura
máxima, na massa do café, de 45ºC
para o Cereja Descascado e 60Cº para
UMIDADE Secagem insuficiente.
o natural.
- Usar lenha, cultivada e seca.
- No terreiro usar cobertura plástica.
VERDE /
66-70
VERDE CANA
CEREJA MADURO 50 - 65
PASSA 35 - 50
BOIA / COCO 12 - 35
FONTE: Cetcaf
Obs: usar lavador-separador - acréscimo em peso de 3,5%.
F - Armazenamento:
DEFEITO CAUSA COMO EVITAR
- Armazenagem em local
- Armazenar em ambiente
com muita luminosidade.
com pouca luminosidade,
BRANQUEAMENTO - Grãos que tomaram chuva
seco e ventilado.
após a meia-seca.
7
5 – CLASSIFICAÇÃO DA BEBIDA.
A) Atributos avaliados
FRAGRÂNCIA / ACIDEZ
SABOR
RETROGOSTO
RELAÇÃO SALINIDADE / ACIDEZ
RELAÇÃO AMARGOR / DOÇURA
SENSAÇÃO NA BOCA
EQUILÍBRIO
UNIFORMIDADE
LIMPEZA
CONJUNTO
B) Escala sensorial
FONTE: Abic
8
C) Padrão Nestle Conilon.
BEBIDA SABOR
Estritamente Mole Sabor muito suave e adocicado.
Mole Sabor suave, acentuado e adocicado.
Apenas Mole Sabor suave, porém com leve adstringência.
Dura Sabor adstringente, gosto áspero.
Riada Leve sabor de iodofórmio ou ácido fênico.
Rio Sabor forte, lembrando iodofórmio ou ácido fênico.
Rio Zona Sabor e odor desagradável ao paladar e ao olfato.
FONTE: Cetcaf
9
F) Padrão de bebida para café conilon.
SABOR CARACTERÍSTICA
Suave Gosto característico de café conilon, de intensidade suave.
Médio Gosto característico de café conilon, de intensidade média.
Intenso Gosto característico de café conilon, de intensidade marcante.
Outros gostos, de origem diversa e predominando sobre o gosto
Gosto Estranho
característico de café conilon.
FONTE: Cetcaf
TERREIRO – 7,85
CEREJA DESCASCADO
FOGO INDIRETO – 7,85
TERREIRO – 5,50
FONTE: ABIC/CETCAF
10
H) Arábica x robusta.
Principais Diferenças:
A) Secagem:
11
B) Beneficiamento:
Também é importante que o cafeicultor tenha a sua própria máquina de
beneficiamento. de menor porte, adequada a atender o volume de sua produção .
Ressalta-se a possibilidade de beneficiar o café de terceiros.
Vantagens:
A) Massa específica:
B) Poder calorífico:
Variação do poder calorífico da lenha em função
do teor de umidade.
Teor de umidade (%) Poder calorífico
(k calorias/ kg)
0 4.752
10 4.217
20 3.684
30 3.150
40 2.616
50 2.082
60 1.550
70 1.051
80 482
12
C) Vantagens e desvantagens:
De acordo com Andrade et al. (1984) podem-se enumerar as seguintes
vantagens e desvantagens do uso da lenha como fonte de energia:
Vantagens:
Desvantagens:
D) Cuidados na operação:
Na operação da fornalha o importante é garantir um bom nível de fogo e uma
máxima vazão de entradas de ar pelas aberturadas do ar primário e do misturador
tangencial. Aliadas a isso, devem ser observadas as seguintes recomendações:
1. Conservar limpa a área das grelhas para evitar obstrução à passagem do ar,
assim é favorecido o resfriamento da parte metálica da grelha e aumenta sua
vida útil;
2. Evitar o acúmulo de cinza abaixo das grelhas
3. Distribuir a lenha uniformemente na seção da grelha para garantir melhor
aproveitamento do combustível;
4. Remover periodicamente cinzas em todas as seções da fornalha, isto evita a
emissão de fagulhas na câmara de secagem;
5. Manter fechada a porta de abastecimento durante a operação;
6. Observar se a quantidade de ar é suficiente por meio das chamas e das
cinzas. Se entre as cinzas existir muito carvão é indicativo que falta ar,
portanto, o registro da entrada de ar primário deve ser regulado para uma
abertura maior. Se a queima do combustível for muito rápida é indicativo de
excesso de ar, devendo ser reduzida a abertura da entrada de ar;
13
7. Manter abertas e desobstruídas as entradas de ar primário. Para garantir o
volume de ar necessário para combustão.
8. Manter desobstruídas a área de circulação próxima à fornalha, isto em um
raio de no mínimo 01 metro;
9. Abastecer a fornalha somente com a quantidade de lenha necessária para
manter a temperatura do ar de secagem desejada. O que deve ocorrer em
média a cada 20 minutos;
10. Parar de abastecer a fornalha a pelo menos 1 hora antes de encerrar a
secagem. Isto economiza lenha, pois o calor necessário será obtido do
resfriamento da fornalha e também aumenta a vida útil;
11. Manter fechada as portas dos cinzeiros instaladas no corpo da fornalha e no
misturador tangencial;
12. Ao paralisar o secador devido à queda de energia ou incêndio, o operador
deve:
• Retirar o fogo da fornalha;
• Abrir o registro da chaminé;
• Manter as entradas de ar primário e cinzeiros abertos;
• Manter abertas as portas de abastecimento. Isto deve ser feito para
evitar avarias à fornalha, tais como trincas e rachaduras
13. Limpar e fazer manutenção da fornalha nas entressafras. A limpeza visa
eliminar o abrigo de roedores e outras pragas. A manutenção objetiva garantir
o perfeito rendimento da fornalha, o que representa economia de consumo e
aumenta a vida útil.
14
8 – ANEXOS
TERREIRO COBERTO
15
9 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
16
17