Textil
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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2. HISTÓRICO........................................................................................................... 4
3. ENZIMAS .............................................................................................................. 4
4. ETAPAS DO BENEFICIAMENTO TÊXTIL ............................................................ 5
4.1. DESENGOMAGEM ............................................................................................ 6
4.2. PURGA .............................................................................................................. 8
4.3. ALVEJAMENTO ................................................................................................. 9
4.4. TINGIMENTO................................................................................................... 10
4.5. ACABAMENTO ................................................................................................ 11
4.6. TRATAMENTO DE EFLUENTES ..................................................................... 13
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 14
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 15
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1. INTRODUÇÃO
3
2. HISTÓRICO
3. ENZIMAS
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Um catalisador é uma substância que acelera uma reação química, até
torná-la instantânea ou quase instantânea, ao diminuir a energia de ativação.
Como catalisadores, as enzimas atuam em pequena quantidade e se
recuperam indefinidamente. Não levam a cabo reações que sejam
energeticamente desfavoráveis, não modificam o sentido dos equilíbrios
químicos, mas aceleram sua realização.
Algumas enzimas são capazes de aumentar a taxa de certas reações
cerca de 1014 vezes, sem requerer condições extremas de temperatura,
pressão e pH.
A catálise ocorre numa área constituída pelo conjunto de aminoácidos
diretamente envolvidos no processo de catálise, chamados centro ativo da
enzima. O “centro ativo” da enzima ocupa apenas 10 a 20% do volume total da
mesma. É aqui que toma lugar a química enzimática. Devido à sua estrutura
tridimensional, as enzimas são específicas para as reações que catalisam. [4]
Em outras palavras, são específicas para os substratos em que vão atuar.
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Matéria-prima
Desengomagem
Mercerização e
purga
Alvejamento
Tingimento
Tratamento de
Efluentes
Acabamento
Produto
acabado
4.1. DESENGOMAGEM
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A desengomagem é usada para remover a goma aplicada anteriormente para
tecelagem. As fibras sintéticas são geralmente engomadas com gomas solúveis em
água, que são facilmente removidas por lavação com água quente, ou no processo de
cozimento. As fibras naturais, tais como algodão, são muitas vezes engomadas com
gomas ou misturas de gomas e outros materiais. A remoção das gomas antes do
cozimento é necessária porque elas podem reagir e causar a mudança de cor quando
exposto ao hidróxido de sódio no cozimento.
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• Dureza da água: A presença de cálcio e/ou magnésio no banho de
desengomagem aumenta a atividade da enzima. Daí costuma-se empregar
cloreto ou sulfato de cálcio ou magnésio;
• Presença de contaminantes: São agentes que inibem ou até chegam a destruir a
enzima. Normalmente são corpos estranhos ao banho de desengomagem.
4.2. PURGA
4.3. ALVEJAMENTO
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Figura 3 – Equipamento destinado ao alvejamento.
4.4. TINGIMENTO
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A aptidão da lã para a tintura pode ser melhorada por um tratamento enzimático.
Isto resulta da decomposição da barreira hidrófoba pelas lipases lipoproteicas
deixando a fibra mais acessível para o banho aquoso de pigmentos. Além disso, a
decomposição das proteínas no interior da fibra causa um melhor acesso e mobilidade
das moléculas aos pigmentos. Ao mesmo tempo, a melhora da absorção do corante
com o uso da enzima não promove nenhuma danificação visível.
4.5. ACABAMENTO
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resistência. Para que essas perdas sejam apenas moderadas é necessário o controle
das operações do processo, como temperatura, pH e tempo.
Um novo ramo na moda do jeans, o “used look”, roupas com aparência
envelhecida são obtidas com um tratamento conhecido por “stone-wash”. Neste caso
as calças jeans, já prontas para serem vendidas, são lavadas em máquinas com
tambor, nas quais são adicionadas pedras-pomes e até mesmo um agente de
branqueamento. Os fios de urdume, cuja estrutura anular é tingida, são danificados
pela abrasão mecânica nas pedras-pomes de modo que os lugares não tingidos
transluzem. Em conjunto com lugares irregularmente clareados e branqueados surge
então a aparência típica de “washout” ou “used look”. Este processo apresenta
inúmeras desvantagens, pois causa o desgaste rápido e ruptura das máquinas de
lavar, das centrífugas e das secadoras devido aos fragmentos de pedras; provocam
excessiva abrasão, piorando a qualidade do artigo; causam problemas ambientais
(geração de efluentes não biodegradáveis).
As celulases podem substituir as pedras-pomes no desbotamento do jeans,
possuindo a vantagem de propiciar um melhor toque já que não causa grande
degradação da fibra, aspecto de desbotado mais uniforme e menor resistência à
flexão. O controle do pH ao se alcançar a temperatura ótima, bem como a desativação
da enzima ao término da reação são medidas para evitar a danificação do material.
A produção enzimática de lã sem aparência de feltros envolve a aplicação de
proteases.
Essa alteração no toque resulta da ação intensiva das proteases para decompor a
camada escamosa responsável pela formação desses feltros. Durante este processo
ocorre também uma perda da densidade de lã porque as enzimas também agem no
interior da fibra durante a reação.
Mudanças na superfície da lã com o uso dessas enzimas podem propiciar um toque
similar ao da casimira fazendo com que tecidos mais simples tenham o aspecto dos
mais nobres.
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Figura 5 – Equipamento utilizado para fazer stone-wash.
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para removê-los por precipitação ou transformação em outros produtos inócuos;
atuação em concentrações altas e baixas dos contaminantes; aplicação em ampla
faixa de pH, temperatura, salinidade e fácil controle. Podem também mudar as
características de um determinado rejeito para torná-lo mais receptivo ao tratamento,
ou auxiliar na bioconversão dos rejeitos em produtos de maior valor agregado.
Dentre as enzimas utilizadas, pode-se citar as enzimas lignolíticas,
provenientes de fungos da decomposição branca que têm a capacidade de descolorir
os corantes têxteis, mediante a polimerização ou degradação destes. O potencial
destes fungos tem sido atribuído à sua habilidade em degradar uma variedade de
compostos xenobióticos via um mecanismo de radical livre mediado pelas peroxidases
e lacases, enzimas que têm um potencial de oxidação-redução muito elevado em
relação a compostos fenólicos e aminas aromáticas presentes nos efluentes
industriais.
Outros fungos produzem enzimas que agem sobre compostos recalcitrantes
específicos aumentando sua biodegradabilidade ou removendo-os por precipitação,
como a enzima tirosinase, obtida através de cogumelos Agaricus bispora. A tirosinase
atua sobre grupamentos fenólicos presentes na estrutura dos corantes e catalisa duas
reações distintas: a o-hidroxilação de monofenóis a catecóis e a desidrogenação dos
catecóis a o-quinonas.
5. CONCLUSÃO
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específicos visando operar nas condições que propiciem o melhor aproveitamento das
mesmas.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE F.; Remoção de cor de efluentes têxteis com tratamento de lodos ativados e um
polieletrólito orgânico. Tese de mestrado em Engenharia Ambiental, UFSC, Florianópolis,
2003. [3]
BUGG, T., An Introdution to Enzyme and Coenzyme Chemistry, Blackwell Science Ltd,
1997.[4]
http://www.abqct.com.br/artigost/tecnologia_textil_Basica.pdf
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2004/textil/efluentes.htm
http://bath.eprints.org/4068/
http://74.125.47.132/search?q=cache:-
dMYsI5iRJIJ:www.empreende.1afm.com/htm/doc/31f3.PDF+peroxidase+tingimento&cd=6&hl
=de&ct=clnk
http://www.citeve.pt/bin-cache/XPQC1DD5C15916DF7273C88ZKU.pdf
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