El Circulo Linguistico de Praga Tesis de 1929
El Circulo Linguistico de Praga Tesis de 1929
El Circulo Linguistico de Praga Tesis de 1929
Funcionalismos em linguística
INTRODUÇÃO
Este capítulo apresenta a você as principais questões relacionadas com as tendências funcionalistas
em linguística, começando por um olhar contrastivo entre os formalismos que caracterizaram a
maior parte do século XX e os funcionalismos que se opuseram a estes a partir dos anos de 1970.
Em seguida, você compreenderá mais a fundo o que são as diversas teorias funcionalistas, divididas
em dois grandes ramos, quais sejam, o funcionalismo europeu e o funcionalismo norte-americano,
além de algumas informações sobre esse tipo de linguística no Brasil. O capítulo se encerra com
uma discussão em detalhe dos principais conceitos propostos por uma linguística funcional.
1 Este capítulo será utilizado apenas para fins didáticos, não sendo permitida sua reprodução e/ou divulgação
completa ou parcial.
De acordo com Marcuschi (2008), Saussure recebeu como legado da linguística histórico-
comparativa a concepção de que a língua pode e deve ser vista como uma instituição social cuja
forma é a de um sistema autônomo de significação, totalmente organizado como um sistema de
signos arbitrários que pode, em consequência, ser estudado em si e por si mesmo, sem
considerações a respeito do uso linguístico ou do contexto, por exemplo.
Esta era uma maneira de ver a língua inteiramente voltada para a sua forma, e não para a sua
função, como se tornou mais comum na linguística contemporânea. Embora Saussure definisse a
língua (langue) como uma instituição social e não individual, o termo “social” não tinha o sentido
que a linguística lhe atribui hoje, isto é, um sentido ligado ao uso da língua pelas pessoas na
sociedade. Nas palavras de Marcuschi, “o mestre genebrino concebia a língua como um fenômeno
social, mas analisava-a como um código e um sistema de signos” (2008, p. 27).
Assim, tanto o estruturalismo como o gerativismo, em suas formas clássicas, negaram
qualquer espaço para considerações sobre o uso concreto da linguagem ou, dizendo de outra
maneira, sobre a sua função. Diversos conceitos, formulados de maneira dicotômica (isto é, na
forma de pares opostos), caracterizaram a linguística formalista do século XX, na maioria dos casos
definindo o que deveria e o que não deveria ser objeto de estudo. O que ficava de fora
invariavelmente tinha a ver com o uso individual, real e concreto da língua e da linguagem. O que
era incluído dizia respeito a considerações sobre o sistema abstrato, desvinculado do uso e apegado
às formas.
Entre as diversas dicotomias, típicas da linguística do século XX e hoje decididamente em
crise, Marcuschi (2008) aponta as seguintes:
2. Os funcionalismos: panorama
Para uma visão de conjunto dos modelos funcionalistas em oposição aos formalistas, veja o
quadro:
Formalismos Funcionalismos
Estudo da linguagem como sistema autônomo Estudo da linguagem em relação com suas
funções sociais
A língua como fenômeno mental A língua como fenômeno social
Os universais linguísticos como derivados de Os universais linguísticos como derivados dos
herança genética usos da linguagem
A aquisição da linguagem como capacidade A aquisição da linguagem como
inata desenvolvimento de necessidades
comunicativas
A: Você é desonesto.
B: Desonesto é você.
Modelos Caracterização
1. Modelos formalistas Foco na estrutura e no sistema linguístico;
estudos da língua como código verbal
(estruturalismo, gerativismo)
2. Modelos pragmáticos Foco na relação entre a língua e seus usuários;
estudos da língua como forma de ação
(pragmática)
3. Modelos sociolinguísticos Foco na percepção e identificação da variação
social da linguagem; estudos da língua em sua
relação com a sociedade (sociolinguística)
4. Modelos cognitivistas Foco na linguagem como fenômeno cognitivo;
estudos da língua numa perspectiva dos
processos e modelos cognitivos (cognitivismo,
sociocognitivismo)
5. Modelos discursivos Foco no discurso, no texto e na enunciação;
estudos da língua numa perspectiva textual e
discursiva (análises do discurso, linguística de
texto, teorias enunciativas)
Observe que os modelos de 2 a 5 podem todos ser considerados funcionalistas num sentido
amplo, uma vez que todos eles se caracterizam por abandonar uma abordagem meramente formal
aos fenômenos da linguagem, embora com ênfases por vezes muito diferentes. Acrescente-se ainda
que as distinções entre um modelo e outro são pouco mais do que distinções didáticas, pois na vida
real os modelos tendem a se comunicar bastante e provavelmente pode-se dizer que nenhum
linguista pratica um determinado modelo sem nenhuma consideração pelos demais. A prática de
aproveitar contribuições teóricas e metodológicas de um e de outro modelo ao invés de se isolar
numa perspectiva única parece ser, ademais, uma marca que a cada dia vai caracterizando a
linguística brasileira por oposição a tendências internacionais.
3. O funcionalismo europeu
Cunha (2008, p. 159) lembra que, embora muitas vezes contrastado com o estruturalismo
clássico, é exatamente das fileiras deste que o funcionalismo emerge. Nesse sentido, as primeiras
análises funcionalistas, especialmente voltadas para os estudos da fonologia, provêm do Círculo
Linguístico de Praga, destacando o papel dos fonemas em distinguir e demarcar as palavras. Nessa
escola, fundada pelo tcheco Vilém Mathesius em 1926, os linguistas não concordavam com a
distinção rígida entre sincronia e diacronia conforme defendida por Saussure, assim como não
aceitavam a ideia de que a língua fosse um sistema homogêneo.
Os linguistas do Círculo de Praga foram responsáveis pelas seguintes contribuições para o
funcionalismo:
Entretanto, foi na área dos estudos fonológicos que a Escola de Praga obteve maior
destaque, em especial com dois de seus mais ilustres representantes, os russos Nikolaj Trubetzkoy e
Roman Jakobson. Responsável por desenvolver os fundamentos da fonologia em geral, Trubetzkoy
nos legou as seguintes contribuições:
Segundo a teoria da Escola de Praga, os fonemas, embora tidos como elementos mínimos do
sistema linguístico, caracterizam-se como feixes de traços distintivos perfeitamente funcionais no
interior do sistema. Dessa forma, se considerarmos o par mínimo /p/ - /b/, temos os seguintes traços,
respectivamente:
/p/ - oclusivo, bilabial, surdo
/b/ - oclusivo, bilabial, sonoro
Portanto, os fonemas /p/ e /b/ distinguem-se tão somente pelo traço de sonoridade. Dizemos
que o /b/ é + sonoro e o /p/ é – sonoro. Essa distinção (+ ou – sonoro) caracteriza ambos os fonemas
como um par mínimo e permite a diferenciação entre palavras como pata x bata, e pico x bico.
De acordo com Trubetzkoy, os fonemas possuem uma função tríplice: distintiva (vista
acima), demarcadora e expressiva. A função demarcadora é responsável por indicar os limites entre
uma e outra palavra na fala. Em português, o acento gráfico, ao indicar a tonicidade da sílaba na
palavra, configura-se como um importante traço suprassegmental do fonema, capaz de demarcar a
diferença entre “fábrica” (substantivo) e “fabrica” (verbo). A função expressiva refere-se à
possibilidade de um fonema ser usado para manifestar o estado emocional do falante, como no
alongamento da vogal em /liiindo/.
a) Eu já li esse livro.
b) Esse livro eu já li.
O que motivaria a colocação de “esse livro” no final da frase seria seu status informacional
como informação nova. Inversamente, em b), o segmento “esse livro” viria para o início do
enunciado por se tratar de informação dada ou velha.
Jan Firbas, no começo dos anos de 1960, denomina tema a parte da sentença que contém
informação dada e, portanto, apresenta menor dinamismo comunicativo. A parte da sentença que
contém informação nova e consequentemente possui um elevado grau de dinamismo chama-se
rema. Trata-se de uma maneira de descrever funcionalmente a ordenação da sentença de acordo
com o status da informação. Veja o diálogo:
Em B, “Maria comprou” representa o tema (informação dada em A) e “uma bolsa preta” é o rema
(informação nova). A ideia é que os segmentos com menor dinamismo comunicativo sejam
expressos no início da sentença, enquanto as partes de maior dinamismo vêm no final.
A contribuição da Escola de Praga, portanto, foi extremamente relevante por enfatizar o
caráter multifuncional da linguagem num contexto em que, como lembra Cunha (2008, p. 161), se
enfocava “o estudo da linguagem enquanto expressão do pensamento”.
Outras contribuições para o funcionalismo na Europa vieram da Escola de Genebra, em que
Charles Bally desenvolveu estudos sobre a estilística e seu impacto sobre o sistema, enquanto Henri
Frei analisou desvios da gramática normativa do ponto de vista funcional.
No âmbito da Escola de Londres, Michael Halliday, na década de 1970, desenvolve uma
teoria funcional que abrange desde as unidades estruturais menores até os textos, além de defender
uma semiótica social em que a linguagem é tratada como sistema semiótico encarado no contexto
dos papéis sociais de cada indivíduo.
Na Holanda, Simon Dik defende, no final da década de 1970, uma sintaxe funcional em três
níveis (sintático, semântico e pragmático), conforme o exemplo:
Em que “João” é sujeito (sintaxe), agente (semântica) e tema (pragmática). Portanto, para Dik, a
linguística deve tratar de regras (1) semânticas, sintáticas, morfológicas e fonológicas (estrutura)
bem como de regras (2) pragmáticas (interação verbal).
Por último, mas não menos importante, cabe aqui uma também rápida referência ao linguista
romeno Eugenio Coseriu, que teve uma longa e produtiva atividade na linguística da segunda
metade do século XX. Essa atividade desenvolveu-se em diversos países onde Coseriu trabalhou ou
os quais visitou, incluindo entre eles a Itália, o Uruguai e a Alemanha, além de passagens pela
Argentina, Brasil e outros países. As publicações de Coseriu abrangem os idiomas romeno, italiano,
espanhol, alemão, inglês e francês.
Para esse linguista tão importante e culto, o estudo de muitos fenômenos linguísticos,
particularmente o estudo dos textos como nível autônomo da linguagem, só poderia se dar como
uma abordagem funcional. Para Coseriu (2007), a “verdadeira” e “própria” linguística do texto
necessariamente deveria receber uma “fundamentação funcional”, pois a mera compreensão do
significado linguístico presente em um texto não garante a compreensão do sentido desse texto.
No exemplo dado por Coseriu, alguém pode entender perfeitamente o conto A metamorfose
de Franz Kafka do ponto de vista do que ele significa, digamos, ao pé da letra: um homem chamado
Gregor Samsa acorda e se vê, numa determinada manhã, transformado em um monstruoso inseto. O
eventual leitor pode compreender ainda os eventos narrados a partir desse fato. Mesmo assim,
poderá não alcançar o sentido do texto num sentido muito mais profundo.
Funcionalismo norte-americano
O grupo da Califórnia, que inclui Talmy Givón, Sandra Thompson, Wallace Chafe e Paul Hopper,
entre outros.
O grupo de Buffalo, Nova Iorque, organizado em torno de Van Valin sob o rótulo de Gramática de
Papel e Referência (Role and Reference Grammar).
O terceiro e último grupo, situado em Berkeley, também na Califórnia, representa uma tendência
funcional-cognitiva promovida por George Lakoff e Ronald Langacker, conforme visto acima.
Como você pode ver, diversidade é, de fato, uma boa palavra para descrever as diversas
formas de funcionalismo.
4. Funcionalismo no Brasil
Em nosso país, os estudos funcionalistas ganharam impulso a partir da década de 1980 com
a constituição de vários grupos de pesquisa e com o espaço criado por esses pesquisadores em
eventos científicos e programas de pós-graduação de várias universidades. Cunha (2008) destaca
como representante pioneiro do funcionalismo no Brasil o trabalho de Rodolfo Ilari, publicado em
1987 com o título Perspectiva funcional da frase portuguesa. Nesse trabalho, o autor explora os
conceitos de tema e rema aplicados à frase em português, seguindo, portanto, na linha do
funcionalismo europeu da Escola de Praga.
Entre os projetos e grupos de pesquisa constituídos segundo os princípios funcionalistas,
Cunha (2008) aponta:
O conhecido Projeto Norma Urbana Culta (NURC), que foi aplicado a cinco capitais
brasileiras, entre elas o Recife. Muitos estudos ainda são feitos hoje com base nos dados
reunidos por esse Projeto.
O Projeto de Estudo do Uso da Língua (Peul), ligado à Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), de tendência sociolinguística, em que se destacou a presença do
linguista Anthony J. Naro. O grupo foi influenciado pelo funcionalismo norte-
americano e, em especial, pelos trabalhos de Talmy Givón.
O Grupo de Estudos Discurso & Gramática, composto por pesquisadores de várias
universidades do Rio de Janeiro e pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), criado por Sebastião Votre e também baseado no funcionalismo norte-
americano, desenvolvendo estudos principalmente na temática da gramaticalização (ver
definição adiante). O livro Manual de linguística, organizado por Mário Eduardo
Martelotta, embora não se dedique exclusivamente ao funcionalismo, foi produzido por
autores ligados ao Grupo.
6.1. Informatividade
(1) Informação dada – Também chamada de informação velha, acontece em duas situações
distintas. A informação pode ser considerada velha ou dada quando: a) já ocorreu no texto ou b)
está disponível no contexto de interação. Chamamos a informação que já ocorreu no texto de
referente textualmente dado. Por sua vez, a informação disponível na situação de fala chama-se
de referente situacionalmente dado. Veja os exemplos dados por Cunha (2008, p. 166):
a) aí o mecânico falou que... (ø) não sabia qual o homem que tinha apertado aquilo ((riso))
e: e:: agora eu queria que você me... me dissesse... alguma coisa que você sabe fazer... Ou que
você... goste de fazer... e como é que se faz isso...
No primeiro caso, o sujeito de “não sabia” é omitido (a omissão é representada pelo símbolo
ø) por já ser conhecido dos interlocutores. Trata-se do referente “o mecânico”, que é dado no
enunciado anterior. Trata-se de um referente textualmente dado.
No segundo caso, somente as pessoas que estão envolvidas na situação de fala expressa pelo
enunciado sabem quem está sendo representado pelo termo “você”. Sabemos que “você” é aquela
pessoa a quem nos dirigimos como interlocutor. Embora não saibamos de quem exatamente se trata
nesse caso, o referente é dado ou velho para os interlocutores. É um exemplo de referente
situacionalmente dado.
(2) Informação nova – é aquela que está sendo introduzida pela primeira vez no discurso. Veja o
exemplo, em que os referentes “um ônibus” e “um caminhão” representam informação nova
para o interlocutor:
c) aí quando chegou... ali na:: descida/ porque é... Barra... Tijuca... né? quando estava quase chegando
a... Tijuca... vinha... um ônibus na:: direção deles... e tinha um caminhão... parado aqui...
Informação disponível – refere-se a uma informação que já consta na mente do ouvinte por
ser geralmente um referente único no contexto. É o caso de termos como “o sol”, “a
lua”, “a terra”, “Pelé” ou nomes de cidade como “Petrópolis”:
d) ... mas... eu fui a Petrópolis com uma amiga... que nunca tinha subido a serra.
e) ... quando ela viu o ônibus passar... mas o ônibus já estava indo... e ela começou a gritar e todo o
ponto de ônibus assim lotado... né? ela começou a gritar pro motorista... mas ela estava um pouco
longe...
6.2. Iconicidade
Este é um princípio caro aos funcionalistas, uma vez que para eles a estrutura da língua
revela a estrutura da experiência, ou o funcionamento da mente. Deste modo, o princípio da
iconicidade expressa a tese de que há uma correlação natural e motivada entre a forma linguística e
sua função, ou entre o código linguístico e o significado, entre a expressão e o conteúdo. O
princípio não é sempre fácil de sustentar, pois em muitos casos a relação forma e função é arbitrária
ou perdeu sua motivação original. Vejamos alguns exemplos em que a relação de motivação
(iconicidade) se perdeu:
A expressão “em boa hora”, além de sofrer alteração fonética e morfológica na sua mudança para
“embora”, ainda passa por alterações semânticas, perdendo a relação com “hora”, isto é, tempo.
Assim, para se recuperar o aspecto icônico em “embora”, será necessário retomar a história da
palavra, ou seja, será necessário entrar em considerações diacrônicas.
Alteração semântica como resultado de processos metafóricos: o termo “entretanto” passa,
no processo histórico, de um sentido temporal para um sentido adversativo, de modo
que sua iconicidade se anula ou fica enfraquecida.
Princípio da integração – o qual estabelece que “os conteúdos que estão mais próximos
cognitivamente também estarão mais integrados no nível da codificação” (CUNHA,
2008, p. 168). Dito de outra forma, significaria que a proximidade mental se reflete
numa proximidade sintática, confirmando a tese funcionalista de que a estrutura
linguística reflete os usos sociais bem como os processos cognitivos. Segundo o
princípio da integração, nas frases a seguir haveria um progressivo distanciamento entre
as ações expressas pelos verbos “ordenar” e “ficar”, “fazer” e “ficar” e “querer” e
“ficar”, respectivamente, que se reflete na ampliação da distância sintática entre a
primeira e a última frase:
Princípio da ordenação sequencial – segundo o qual, em primeiro lugar, tende a haver uma
ordenação linear das orações no discurso representando a sequência temporal em que os
eventos ocorrem:
Sabe como é feito um bom strogonoff... compra o camarão:: limpa o camarão... põe o camarão... boto
cebola... pimentão... tomate... cozinho ele... deixo ele cozinhar um pouquinho assim...
Ligado a esse princípio, existe ainda um subprincípio da relação entre ordem sequencial e
topicalidade. Por esse subprincípio, há uma correlação entre o status informacional e a posição que
o referente assume na frase: informações novas tendem a ocorrer no final da sentença, enquanto as
informações velhas vêm no início:
Tenho vários amigos, mas meu preferido é Carlos. Carlos está sempre comigo nas horas de diversão.
6.3. Marcação
Livros [+ plural]
Livro [– plural]
Cunha (2008, p. 170) salienta que as formas não marcadas apresentam várias características:
Você entendeu qual é a forma marcada (ou seja, qual é a forma menos comum, menos frequente
etc.)? Se você pensou na opção b), está completamente certo. Agora observe como a opção b) é
muito mais expressiva do que a opção a), em que a ordem direta é respeitada.
6.5. Gramaticalização
Neste capítulo, vimos um panorama das teorias funcionalistas que vêm sendo desenvolvidas no
âmbito da Linguística. Para introduzir o capítulo, abordamos a oposição entre formalismos e
funcionalismos como uma possibilidade de síntese do pensamento linguístico que vigorou no século
XX. Em seguida, apresentamos o funcionalismo em geral, para depois nos determos
especificamente nas correntes europeias da teoria bem como no chamado funcionalismo norte-
americano. Depois de algumas informações sobre o impacto do funcionalismo no pensamento
linguístico brasileiro, estudamos os principais conceitos teóricos apresentados pelas correntes
funcionalistas.
Saiba mais
Se você desejar aprofundar o conteúdo deste capítulo, pode encontrar muitos subsídios
disponíveis na Internet. Veja aqui algumas sugestões de leitura:
Para uma boa síntese da abordagem de Pezatti (2004) a respeito do funcionalismo em
linguística, veja a página Web http://teoriadalinguagem.wikispaces.com/Aula+30-04-2009, em
que você encontrará a apresentação PowerPoint preparada pela mestranda Amanda D’Alarme
Gimenez sobre o texto da autora. Se, depois, você desejar ler o texto integral de Pezatti, veja a
referência ao final deste capítulo.
Para uma perspectiva integradora entre linguística formal e linguística funcional, leia o artigo
“Formalismo e funcionalismo: fatias da mesma torta” (OLIVEIRA, 2003), disponível em
http://www.uefs.br/sitientibus/pdf/29/formalismo_e_funcionalismo_fatias_da_mesma_torta.pdf.
Para saber sobre a contribuição do funcionalismo para o ensino de língua portuguesa, confira o
artigo escrito por Mariangela Rios de Oliveira e Maria Marta Cezario, intitulado “PCN à luz do
funcionalismo linguístico” (OLIVEIRA e CESARIO, 2007), disponível no endereço
http://rle.ucpel.tche.br/php/edicoes/v10n1/03Maria.pdf.
Atividades
1. Examinando o livro didático, ainda que superficialmente, você diria que a abordagem contida
nele é predominantemente formalista ou funcionalista? Justifique sua resposta.
2. Entre os temas funcionalistas destacados neste capítulo, quais deles estão contemplados nas
leituras e atividades propostas pelo livro didático? De que forma?
REFERÊNCIAS
CUNHA, Angélica Furtado da. Funcionalismo. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.).
Manual de linguística. São Paulo: Contexto, 2008. p. 157-176.
MARCUSCHI, Luiz A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola, 2008.
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática funcional. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
OLIVEIRA, Luciano Amaral. Formalismo e funcionalismo: fatias da mesma torta. Sitientibus,
Feira de Santana, n. 29, p. 95-104, jul./dez. 2003. Disponível em:
<http://www.uefs.br/sitientibus/pdf/29/formalismo_e_funcionalismo_fatias_da_mesma_torta.pd
f> Acesso em: 29 abr. 2010.
OLIVEIRA, Mariangela Rios de; CEZARIO, Maria Marta. PCN à luz do funcionalismo
linguístico. Linguagem & Ensino, v. 10, n. 1, p. 87-108, jan./jun. 2007. Disponível em:
<http://rle.ucpel.tche.br/php/edicoes/v10n1/03Maria.pdf.> Acesso em: 29 abr. 2010.
PEZATTI, Erotilde Goreti. O funcionalismo em linguística. In: MUSSALIM, Fernanda;
BENTES, Anna Christina (Org.). Introdução à linguística: fundamentos epistemológicos (v.
3). São Paulo: Cortez, 2004. p. 165-218.
WEEDWOOD, Barbara. História concisa da linguística. São Paulo: Parábola, 2002.