VITIMOLOGIA - O Papel Da Vítima e Seus Aspectos Gerais PDF
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RESUMO
Este artigo objetiva trazer uma elucidação sobre a figura da vítima, esclarecendo
que assim como o estudo do criminoso e do delito é de suma importância o estudo
da vítima como um todo, abordando seus aspectos sociológicos, psicológicos e seu
meio social, permitindo uma analise do porquê a mesma se torna vítima. Engloba os
conceitos de Vítima, Vitimologia e Processo de Vitimização. Além das concepções
serão abordados os tipos de vítimas, ou seja, suas classificações e as diversas leis
que vieram ao longo do tempo para suprir a omissão legislativa em relação à vítima.
Conjuntamente com os citados conceitos será abordada a assistência do Estado
para com a vítima do delito.
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Bacharel em Direito pelas Faculdades Integradas Vianna Júnior.
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Graduado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora em dezembro de 1985. Pós-
graduado em Direito Processual (especialização lato sensu), pelo Centro de Estudos e Pós-
Graduação Vianna Júnior/Prisma – 1996.
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INTRODUÇÃO
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Marcília Cruz é formada em Secretariado Executivo pela ESUSPE e em Direito pela Faculdade
Salesiana do Nordeste – FASNE.
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Benjamin Mendelshon, foi professor emérito de criminologia da Universidade Hebraica de Jerusalém
e advogado. No ano de 1947 apresentou sua conferência “Um Novo Horizonte na Ciência
Biopsicossocial – a Vitimologia”.
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fez ou nada provocou para desencadear a situação criminal. Como exemplo tem a
vítima de um incêndio.
Vítima de culpabilidade menor ou vítima por ignorância é aquela em que se
dá certo impulso involuntário ao delito, mas de certa forma existe um grau de culpa
que leva essa pessoa à vitimização. Ou seja, o sujeito por certo grau de culpa ou por
meio de um ato pouco reflexivo se torna vítima. Como exemplo tem a mulher que
provoca um aborto por meios impróprios pagando com sua vida, por sua ignorância.
A próxima classificação é a vítima tão culpável quanto o infrator ou vítima
voluntária. Neste caso, é o tipo de vítima que comete suicídio jogando com a sorte e
ambos podem ser vítimas ou criminoso. Como exemplo tem a Roleta russa, suicídio
por adesão, eutanásia, etc.
Enquadram-se na categoria de vítima mais culpável que o infrator as vítimas
provocadoras, que incitam o autor do crime; as vítimas por imprudência, que
ocasionam o acidente por não se controlarem, ainda que haja uma parcela de culpa
do autor. A vítima provocadora é aquela que por sua própria conduta incita o infrator
a cometer a infração. Tal incitação cria e favorece a explosão prévia à descarga que
significa o crime. Já a vítima por imprudência é a que determina o acidente por falta
de cuidados. Tem-se como exemplo quem deixa o automóvel mal fechado ou com
as chaves no contato.
Englobam-se na categoria de vítima mais culpável ou unicamente culpável a
vítima infratora, vítima simuladora e a vítima imaginária. Quando cometendo uma
infração o agressor vira vítima exclusivamente culpável ou ideal, como é o caso da
legítima defesa, dizemos que a vítima é infratora. Neste caso, o acusado deve ser
absolvido. Em se tratando de vítima simuladora, estamos diante do acusado que
premedita e irresponsavelmente joga a culpa no acusado, recorrendo a qualquer
manobra com a intenção de fazer justiça num erro. Já a vítima imaginária, se trata
geralmente de indivíduos com distúrbios psicopatas de caráter e conduta. É o caso
do paranoico reivindicador, litigioso, interpretativo, perseguidor-perseguido, histérico,
mitomaníaco, demente senil, menor púbere. Só serve para indicar um autor
imaginário ante a justiça penal e temos que evitar que se comentam erros judiciais
com esse tipo de atitude.
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Cartilha elaborada pela Secretaria De Políticas Para as Mulheres sobre a Lei Maria da Penha, com
publicação disponível no site <www.mulheresdedireito.org.br>.
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CONCLUSÃO
ABSTRACT
This article aims to bring an elucidation on the figure of the victim, explaining that just
as the study of the criminal and the crime is of paramount importance to study the
victim as a whole, addressing sociological, psychological and social environment
aspects, allowing an analysis of the why it becomes the victim. Encompasses the
concepts of Victim, Victimology and Victimization Process. Beyond notions will
consider the types of victims, or their ratings and the various laws that have come
over time to meet the legislative omission in relation to the victim. Together with the
above concepts will be addressed with state assistance to the victim of the crime.
REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Geral, vol. I. 15.
ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal – Parte Especial, vol.II. 8. ed. São
Paulo: Impetus, 2010.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 4.ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2009.
PACELLI, Eugênio. Curso de Processo Penal. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2012.