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2. Exemplos:
Pergunta 1. Que importância tem a romanização para a compreensão das características existentes hoje
na nossa língua?
Pergunta 2. Que línguas exercem a função de substrato, superstrato e adstrato do Português?
Pergunta 3. Em que consistem os termos România e romanço?
Pergunta 4. Como se formou a família românica?
Pergunta 5. Quais línguas românicas são faladas atualmente?
1. a. V.
b. F – A apócope é um processo de supressão de segmentos.
c. F – A inserção de um segmento no início de uma palavra designa-se prótese.
d. F – Em ante > antes ocorreu um processo fonológico de inserção, denominado paragoge.
e. V.
f. F – A redução vocálica é um processo fonológico muito comum no português moderno.
g. V.
h. F – Dá-se o nome de sonorização à transformação de uma consoante surda numa consoante sonora.
i. F – A transformação de um segmento numa consoante palatal designa-se palatalização.
j. V.
1
Geografia do Português no mundo (p. 4)
1.
Legenda
5 Crioulos Sino-portugueses
Notas: O português passou a ser recentemente uma das línguas oficiais da Guiné Equatorial.
Etimologia (p. 5)
2.
Palavra Étimos Significado
anemómetro anemo (vento) metro (medida) instrumento que mede a velocidade do vento
barógrafo baro (peso) grafo (que escreve) instrumento que mede as variações da pressão
atmosférica
cacofonia caco (mau) fonia (som) som desagradável ou resultante da junção dos sons de
duas ou mais palavras próximas
democracia demo (povo) cracia (poder) sistema político em que a autoridade emana do
conjunto dos cidadãos, baseando-se nos princípios de
igualdade e liberdade
endocéfalo endo (dentro) céfalo (cabeça) que aparenta não ter cabeça
eneágono enea (nove) gono (ângulo) polígono de nove lados e nove ângulos
hemeroteca hemero (dia) teca (lugar onde se biblioteca ou parte da biblioteca em que se guardam
guarda) as publicações periódicas
hipopótamo hipo (cavalo) potamo (rio) mamífero de grande porte, cujo habitat inclui rios,
represas e lagos
misantropo miso (que odeia) antropo (homem) que ou aquele que tem aversão ao ser humano
2
monóstico mono (um) stico (verso) estrofe com um só verso
necrópole necro (morto) polis (cidade) local destinado à sepultura dos mortos
octaedro octo (oito) edro (base, face) sólido poliédrico que tem oito faces
odontologia odonto (dente) logia (ciência) especialidade que se ocupa das doenças e higiene dos
dentes
onomatopeia onomo (nome) peia (ato de fazer) palavra formada por imitação de um som natural
ortografia orto (reto, justo) grafia (escrita) forma correta de escrever as palavras
poliglota poli (muitos) glota (língua) que sabe ou fala muitas línguas
psicólogo psico (alma) logo (que fala ou trata) profissional que estuda os factos psíquicos
(consciência e comportamento)
quiromancia quiro (mão) mancia (adivinhação) adivinhação pelo exame das linhas da palma da mão
semáforo sema (sinal) foro (local público) posto de sinalização luminosa, automática, nos
cruzamentos de ruas e estradas, para regularização do
trânsito
1. óculo e olho, de oculu(m); clave e chave, de clave(m); rival e rio, de rivu(m); canthu(m), aresta;
cantu(um), canto; são, de sanum, saudável, e são, terceira pessoa do verbo ser.
2.
Étimo Palavras divergentes
3. Exemplo:
a. O trabalho que fizemos foi em vão! / Os convidados vão ao teatro.
b. Rega a salada com um fio de azeite. / Todos os dias fio duas meadas de linho.
c. Não sei como proceder. / Como sempre sopa à refeição.
2. Lexicologia
Arcaísmos e neologismos (p. 7)
3
1. b.; 2. c.; 3. d.; 4. f.; 5. e.; 6. a.; 7. h.; 8. g.; 9. l.; 10. i.; 11. k.; 12 j.
2. francesa, inglesa, inglês, acervo lexical, estrato, francês medieval, hibridismo, latina, anglo-saxónica,
grega, português.
1.
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE
PALAVRAS
Regulares Irregulares
4
d. automóvel: veículo de pelo menos quatro rodas, com motor próprio (acionado geralmente a gasolina,
gasóleo ou gás), usado no transporte de passageiros e de mercadorias – composição morfológica (auto-
+ móvel).
e. sobretudo: principalmente – palavra derivada por prefixação (sobre- + tudo).
2.3. O significado de ubíquo, no contexto em que ocorre, poderá ter o significado “que está difundido
em todo o lado”.
1. Exemplo:
Campo lexical de química: laboratório, ciência, cientista, experiência, reação.
Campo semântico de química: ciência que estuda a natureza, as propriedades e as transformações da
matéria e das substâncias; empatia/atração imediata; química aplicada, química orgânica, química geral,
química mineral.
2.1. Campos lexicais: Odor (“perfumes”, “alfazema”, “rosa”, “cheiro”, “fragâncias”, “perfume”,
“narizes”…); Natureza (“ingredientes naturais”, “plantas”, “alfazema”, “rosa”, “pera”, “alperce”…);
Química (“químicos”, “ésteres”, “álcool”, “ácido butanoico”, “pentanol”…).
2.1.1. O tema do texto é a origem/criação do perfume em termos químicos – daí que se construam dois
campos lexicais complementares (odor/perfume e química). Como, tradicionalmente, os perfumes eram
criados com elementos naturais, alguns destes elementos são também referenciados no texto – daí que
esteja presente o campo lexical de Natureza.”
2.1.2. A palavra “química” pode ser interpretada como ciência que estuda as propriedades da matéria
(perfume) ou como atração imediata (efeito provocado pelo uso de perfume).
3. Funções sintáticas
Funções sintáticas ao nível da frase (p. 12)
1.1.
Funções sintáticas ao nível a frase Constituição
5
Sujeito Predicado Vocativo Modificador da frásica
frase
Quem gosta de animais e Quem gosta será sempre amigos Sujeito composto +
quem os protege será sempre de animais e bem-vindo ao predicado + vocativo
bem-vindo ao canil, amigos. quem os canil
protege
Dizem que o cão foi visto ao [--] Dizem que o Sujeito nulo
amanhecer. cão foi visto ao (indeterminado) +
amanhecer predicado
2.1.
Sujeito Predicado
a. “o companheiro dos quatro adolescentes que vivem “tem todo o ar de ser um grand danois (dogue
as peripécias mais rocambolescas” alemão), raça que pode atingir um metro de altura e
pesar oitenta quilos”
6
2.4. a. De que raça são eles?
b. ele tem todo o ar de ser um grand danois.
c. quando ele se encontrasse em perigo.
d. Ela destinava-se a fazer rir as crianças.
e. Isto/isso é uma característica da raça grand danois.
2.5. “Fisicamente”.
2.6. Exemplos:
a. O Scooby-Doo, caros amigos, treme de medo.
b. O Scooby-Doo treme de medo, surpreendentemente!
1.
Testes para identificação dos complementos do verbo
O complemento direto pode ser substituído:
- pelo pronome pessoal o, a, os, as – Ex.: Encontrei um cão abandonado. Encontrei-o.
- pelo pronome demonstrativo isso / o – Ex.: Ele disse que tinha adotado um cão. Ele disse-o.
Identifica-se fazendo a pergunta Quem é que/o que é que + sujeito + verbo?:
Ex.: O que é que eu encontrei? Um cão abandonado.
O complemento indireto pode ser substituído pelo pronome pessoal lhe, lhes:
Ex.: Dei comida ao cão. Dei-lhe comida.
Identifica-se fazendo a pergunta A quem é que + sujeito + verbo (+ complemento direto)?:
Ex.: A quem é que eu dei comida? Ao cão.
O complemento oblíquo não pode ser substituído pelo pronome lhe, lhes:
Ex.: O cão entrou em casa. *O cão entrou-lhe.
Em geral, sem ele, a frase deixa de ter sentido completo.
Ex.: O cão entrou em casa. *O cão entrou.
O complemento agente da passiva identifica-se fazendo a pergunta Sujeito + verbo na passiva + por quem / por que
coisa?:
Ex.: O cão foi adotado por quem? Pelo rapaz.
Quando, a partir de uma frase passiva, se constrói uma frase ativa, o complemento
agente da passiva passa a ser sujeito:
Ex.: O cão foi adotado pelo rapaz. O rapaz adotou o cão.
2. a. O cão – sujeito simples; vagueava pela praia. – predicado; pela praia – complemento oblíquo.
b. Ninguém – sujeito simples; suspeitou que o cão tivesse dono – predicado; que o cão tivesse dono –
complemento direto [o cão – sujeito; tivesse dono – predicado; dono – complemento direto].
c. [eu] – sujeito nulo subentendido; Concordei em adotar o cão abandonado – predicado; em adotar o
cão abandonado – complemento oblíquo.
d. O Bruno – sujeito simples; emprestou-me uma trela – predicado; me – complemento indireto; uma
trela – complemento direto.
e. [eu] – sujeito nulo subentendido; Coloquei a trela no pescoço do cão – predicado; a trela –
complemento direto; no pescoço do cão – complemento oblíquo.
f. O cão – sujeito simples; é apreciado por todos – predicado; por todos – complemento agente da
passiva.
3.1. a. 3; b. 3; c. 1; d. 1; e. 3; f. 2; g. 1.
3.1.1. a. *Chegou-lhe.
b. *depois de Homer ter-lhe apostado.
c. Quem é que/o que é que o dono abandonou? O dono abandonou-o [o cão].
d. Bart convenceu-o… / Quem é que Bart convenceu? O pai.
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e. *Bart convenceu-lhe o pai…
1. a. V.
b. F – O predicativo do sujeito ocorre com verbos copulativos (ex.: ser, estar, permanecer, ficar,
continuar…).
c. F – O predicativo do complemento direto ocorre com verbos transitivo-predicativos.
d. V.
e. V.
f. V.
g. V.
h. F – Na frase “considero-te meu amigo.”, “te” desempenha a função sintática de complemento direto.
2.1. Predicativo do sujeito → Constituinte: “curioso e inteligente”; Sujeito a que se refere – “o Snoopy”.
Predicativo do complemento direto → Constituinte: “como mascote”; Complemento direto a que se
refere – “o” (“adotou-o”).
8
3.
Tipo de Expressão Constituição
O cão criado por Schultz Predicativo do sujeito “O cão criado por Adjetivo/Grupo
permanece famoso. Schultz” adjetival
1.
→ O modificador do grupo verbal não é selecionado (isto é, exigido) pelo verbo; como tal, pode ser eliminado sem que
a frase deixe de fazer sentido. Pode exprimir uma ideia de tempo, lugar, modo, causa, fim…
adverbiais temporais (Ex.: Walt Disney criou Pluto mal se sentiu inspirado.);
adverbiais finais (Ex.: Walt Disney criou Pluto para recordar a infância.);
adverbiais causais (Ex.: Walt Disney criou Pluto por se sentir inspirado.);
substantivas relativas (Ex.: Walt Disney criou Pluto onde se sentiu inspirado.).
2.1. “para todos os efeitos”; “Enquanto o Pato Donald, o Rato Mickey e o Pateta falam, andam e se
vestem como pessoas”.
2.2. Exemplos:
a. Pluto aparece frequentemente à procura de esquilos ou insetos quando está bom tempo.
b. Pluto aparece frequentemente à procura de esquilos ou insetos aqui e ali.
c. Pluto aparece frequentemente à procura de esquilos ou insetos por causa do seu olfato apurado.
d. Pluto aparece frequentemente à procura de esquilos ou insetos a fim de os poder caçar.
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1. a. F – As funções sintáticas internas ao grupo nominal são o complemento do nome e o modificador
do nome (apositivo e restritivo).
b. F – O modificador restritivo do nome restringe o sentido do nome a que se refere. / O modificador
apositivo do nome adiciona informações relativamente ao nome a que se refere.
c. V.
d. V.
e. V.
f. F – Um nome pode selecionar mais do que um complemento (Ex.: a oferta dos livros à biblioteca).
g. V.
2.1.
Função sintática Forma do constituinte
1. a. 6.; b. 4.
2.1. “presente” – “em quase todas as culturas antigas do mundo”; “Associado” – “à passagem entre a
vida e a morte”; “dotados” – “de um apurado faro”.
2.2. Exemplos:
a. O cão é fiel ao homem.
b. Os homens estão conscientes da fidelidade dos cães.
c. Acredita-se que os cães são hábeis em guiar os homens no mundo dos mortos.
d. No mundo dos mortos, o cão era hostil às almas impuras.
e. O faro dos cães era propício à análise da pureza das almas.
f. Certos da índole das almas, os cães guiam-nas no reino dos mortos.
g. Ele ficou surpreendido com a simbologia dos cães.
h. O cão é útil aos deuses que determinam os percursos das almas.
4. Frase complexa
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Coordenação e subordinação (p. 20)
1.1. a. F – A primeira frase do texto é constituída por três orações (“Os combates dos gladiadores terão
tido origem religiosa/e inicialmente realizavam-se em funerais, /mas, durante o Império, tornaram-se
um desporto sangrento”).
b. F – As orações “ou eram escravos ou eram criminosos” classificam-se como coordenadas disjuntivas.
c. F – A oração introduzida por “logo” é “logo […] ficavam famosos e podiam alcançar a liberdade.”).
d. V.
e. F – A palavra “que” (em “que, em Pompeia, alguém escreveu…”) é uma conjunção subordinativa
consecutiva.
f. F – A oração “pois lutou ele próprio na arena” classifica-se como coordenada explicativa.
g. V.
h. V.
1.2. a. Não só havia diversos tipos de gladiadores, mas/como também cada um deles tinha armas
próprias.
b. Havia diversos tipos de gladiadores e cada um deles tinha armas próprias.
1.3. Exemplos:
a. A vida dos gladiadores era brutal e curta, pois estes sofriam muito.
b. A vida dos gladiadores era brutal e curta, mas estes não desistiam do sonho de liberdade.
c. A vida dos gladiadores era brutal e curta, logo preparavam-se arduamente para as lutas.
1.1.
Oração não finita
Oração finita
infinitiva gerundiva participial
11
“Depois de escapar à morte” x
1.1.1. “depois que venceu várias batalhas”, “para que regressasse a casa”, “Depois que escapou à
morte”, “para que/a fim de que participasse nos violentos jogos do Coliseu”.
1.2.
“que acabou por conquistar o Óscar de Oração subordinada adjetiva Modificador restritivo do nome
Melhor Filme […] Estados Unidos da relativa restritiva
América”
“depois de vencer várias batalhas” Oração subordinada adverbial Modificador (do grupo verbal)
temporal (não finita infinitiva)
“que contribuíram para a expansão Oração subordinada adjetiva Modificador restritivo do nome
territorial do Império Romano” relativa restritiva
“para regressar a casa” Oração subordinada adverbial Modificador (do grupo verbal)
final (não finita infinitiva)
“que o leva até Roma” Oração subordinada adjetiva Modificador restritivo do nome
relativa restritiva
“Depois de escapar à morte” Oração subordinada adverbial Modificador (do grupo verbal)
temporal (não finita infinitiva)
“que, durante a sua ausência, as forças Oração subordinada substantiva Complemento direto
romanas assassinaram a sua família” completiva
“para participar nos violentos jogos do Oração subordinada adverbial Modificador (do grupo verbal)
Coliseu” final (não finita infinitiva)
1.3.1. Exemplos:
a. Maximus tornou-se um gladiador porque era corajoso.
b. Maximus tornou-se gladiador para vencer outros gladiadores.
c. Maximus era tão corajoso que se tornou um gladiador.
d. Quando se tornou gladiador, Maximus venceu outros gladiadores.
e. Embora fosse corajoso, Maximus não venceu outros gladiadores.
e. Maximus era tão corajoso quanto perspicaz.
12
1.1. 1. f.; 2. g.; 3. c.; 4. a.; 5. e.; 6. d.; 7. b., 8. i.; 9. h.
1.1.
Orações subordinadas não finitas e funções sintáticas
As orações subordinadas adverbiais não finitas podem desempenhar duas funções sintáticas distintas:
Também as orações subordinadas substantivas completivas não finitas infinitivas podem desempenhar
diversas funções sintáticas:
2.1.
“onde eram treinados” Oração subordinada adjetiva relativa Modificador restritivo do nome
restritiva
“até chegar a sua vez de lutar Oração subordinada adverbial Modificador (do grupo verbal)
na arena” temporal (não finita infinitiva)
“para aplacar a sede de Oração subordinada adverbial final Modificador (do grupo verbal)
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sangue dos defuntos” (não finita infinitiva)
“o qual, com o tempo, teria Oração subordinada adjetiva Modificador apositivo do nome
sido substituído pelos explicativa
combates de gladiadores”
“em que foi proibido pelo Oração subordinada adjetiva relativa Modificador restritivo do nome
imperador Honório (384– restritiva
423)”
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