Guilherme de Ockham
Guilherme de Ockham
Guilherme de Ockham
Guilherme de Ockham
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Guilherme de Ockham, em inglês William of Ockham (existem Guilherme de Ockham
várias grafias para o nome deste franciscano: Ockham, Ockham,
Occam, Auquam, Hotham e inclusive, Olram)[1].(Ockham, 1285 —
Munique, 9 de abril de 1347), foi um frade franciscano, filósofo,
lógico e teólogo escolástico inglês, considerado como o
representante mais eminente da escola nominalista, principal
corrente oriunda do pensamento de Roscelino de Compiègne
(1050-1120).
Biografia
Quando ainda em idade precoce, ingressou na Ordem Franciscana, onde estudou Filosofia.Acredita-se que ainda
jovem, foi para a Universidade de Oxford ensinar ciências filosóficas e matemática, mas nunca teria concluído seu
mestrado (o habitual grau de graduação naqueles tempos).[2] Teve contato com outro franciscano, o filósofo e teólogo,
Duns Scot, do qual se tornou discípulo. Escreveu vários ensaios sobre as Sententiarum Libri (Sentenças) do teólogo
Pedro Lombardo.
Um ponto drástico de sua vida ocorreu quando Occam chegou à conclusão de que o papa João XXII estava defendendo
uma heresia acerca da pobreza evangélica.[3] Em função da controvérsia que surgiu, Occam fugiu para Pisa, e, em
seguida, acompanhou o imperador Luís da Baviera para Munique. Em Munique, continuou a atacar a figura do Papa,
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_de_Ockham 1/4
09/09/2018 Guilherme de Ockham – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ockham (http://www.ockam.com.br/) situa a ação humana no indivíduo e suas escolhas reais e concretas, presentes
não em verdade ou entes universais, mas nas coisas e situações particulares, individuais. Distingue faculdades
humanas de faculdades animais, ou seja, o homem possui a capacidade de viver pela arte e pela razão, que no
entendimento do filósofo seriam as faculdades humanas e é por elas que deve agir e não pelas faculdades animais
(seus instintos). Pressupõe-se assim que é de nossa própria natureza a capacidade de escolha exercida por meio do
livre arbítrio, entendida como presente de Deus e da natureza.
O princípio de Ockham
Occam escreveu sua obra cognominada Ordinatio, esta discorria que todo conhecimento racional tem base na
lógica, de acordo com os dados proporcionados pelos sentidos.
Uma vez que nós só conhecemos entidades palpáveis, concretas, os nossos conceitos não passam de meios linguísticos
para expressar uma idéia, portanto, precisam da realidade física, para as comprovações.
Criou a máximas pluralidades não devem ser postas sem necessidade (em latim: pluralitas non est
ponenda sine neccesitate), chamado de a Navalha de Occam, no inglês, Occam's Razor.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_de_Ockham 2/4
09/09/2018 Guilherme de Ockham – Wikipédia, a enciclopédia livre
A Navalha de Ockham
Conceito bastante revolucionário para a época, a Navalha de Occam defende a intuição como ponto de partida para o
conhecimento do universo.
Occam com destreza conseguiu demonstrar que o "Duns Scotus", princípio da economia, conhecido como a "navalha
de Occam", estabelece que "as entidades não devem ser multiplicadas além do necessário, a natureza é por si
econômica e não se multiplica em vão".
O erro do simplismo
O simplismo aparente da Navalha de Occam, se mal aplicado, pode muitas vezes nos induzir a erros de avaliação em
determinados momentos da lógica. Por exemplo, ao efetuarmos determinados experimentos, nem sempre a
simplificação é correta, mesmo que o resultado seja muito próximo, ou até idêntico, porém é bastante útil quando o
utilizamos em experimentos práticos para comprovar se teorias matemáticas num determinado campo são
concordantes.
Simplicidade e perfeição
Nem sempre a simplicidade é a perfeição, mas a perfeição quase sempre é simples. Muitos autores usam a expressão
de que, a simplicidade é a perfeição, quando se lida com experimentos que exigem certo grau de complexidade. Ao
utilizar soluções simplistas de análise, poder-se-á incorrer em erros que podem destruir muitas vezes um trabalho de
anos. Simplicidade não é sinônimo de facilidade ou simplismo. Em geral obter uma visão ou uma explicação simples
para temas complexos exige um esforço maior do que criar visões complexas, mesmo que corretas, sobre o mesmo
tema.
O Cálculo Diferencial e Integral, assim como grande parte das descobertas científicas da humanidade certamente
passou, ao longo de sua história, por inúmeras reformulações decorrentes do aprendizado e realimentação pelas
comunidades científicas (Em geral na física e na matemática) até chegar ao currículo básico de qualquer curso de
matemática de nível superior. A simplicidade é consequência da experiência, da criatividade e da capacidade de
sintetização, além de outros talentos.
Einstein e as simplificações
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_de_Ockham 3/4
09/09/2018 Guilherme de Ockham – Wikipédia, a enciclopédia livre
Provavelmente, quando escreveu que as teorias devem ser tão simples quanto possível, mas nem sempre devemos
escolher as mais simples, Albert Einstein estava se referindo ao princípio de Occam em sua Teoria da Relatividade,
pois sabia que as hipóteses testadas muitas vezes caíam em contradições, apesar do resultado ser aparentemente
perfeitas. Daí pode ter sido a utilização do princípio de Occam em alguns pontos considerados contraditórios em seu
postulado, pois em matemática, às vezes verdades claras à luz das deduções tornam-se contraditórias ao passar para a
linguagem coloquial.
Ver também
Ciência medieval
Escolasticismo
Navalha de Occam
Complexidade
Pensamento sistêmico
Referências
1. MERINO, José A. "História de la Filosofia Medieval", p. 288
2. Brundage, James (2008). Wilfried Hartmann e Kenneth Pennington, ed. The history of medieval canon law in the
classical period (http://books.google.com.br/books/about/The_History_of_Medieval_Canon_Law_in_the.html?id=F
edBbD6ijqYC&redir_esc=y) (em inglês). 6°. [S.l.]: Catholic University of America Press. p. 115. 456 páginas.
ISBN 0813214912. Consultado em 19 de dezembro de 2012.
3. Spade, Paul Vincent, "William of Ockham", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Fall 2008 Edition), Edward
N. Zalta (ed.), URL = <http://plato.stanford.edu/archives/fall2008/entries/ockham/>.
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Guilherme_de_Ockham&oldid=51051347"
Esta página foi editada pela última vez às 13h57min de 18 de janeiro de 2018.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_de_Ockham 4/4