Historia Do Inconel
Historia Do Inconel
Historia Do Inconel
Porto Alegre
2009
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Porto Alegre
2009
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I - AGRADECIMENTOS
A Deus.
A minha namorada Aline Tigre pelo amor e atenção.
Aos professores Dr. Iduvirges Lourdes Müller e Dr. Roberto Moreira
Schroeder pela orientação, incentivo e amizade.
A minha família e principalmente a minha mãe Helenita por tudo.
A meus amigos que sempre me incentivaram e me apoiaram ao longo
dessa trajetória.
Aos colegas e bolsistas de iniciação científica do LAPEC (Laboratório de
Pesquisa em Corrosão) pelo companheirismo e colaborações oportunas e também
ao colega Dr. Alexandre F. Gálio pelas ajudas técnicas.
À FAPERGS pelo auxílio financeiro.
À Petrobrás S.A. e Cenpes pelas sugestões.
Ao Conselho de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES)
e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela
bolsa concedida.
A todos que colaboraram direta ou indiretamente na elaboração de meu
trabalho.
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II - SUMÁRIO
I AGRADECIMENTOS ................................................................................. 3
II SUMÁRIO ................................................................................................. 4
III LISTA DE FIGURAS ................................................................................ 6
IV LISTA DE TABELAS ................................................................. ............. 8
V RESUMO.................................................................................................... 9
VI ABSTRACT ............................................................................................ 10
1-INTRODUÇÃO ......................................................................................... 11
4 -RESULTADOS ........................................................................................... 38
4.1 Ensaios de Tração do Material Base: Inconel 625(Chapa) ....................... 38
4.2 Ensaios de Tração do Material Depositado a Partir de Eletrodo Revestido. 39
4.3 Ensaios de Tração da Junta Soldada (chapa- solda- chapa) .................. 40
4.4 Ensaios de Fadiga ................................................................................. 41
4.4.1 Ensaios de fadiga na junta soldada ao ar .............................................. 41
4.4.2 Ensaios de Fadiga da Junta soldada no meio eletrolítico .................... 42
4.5 Curvas de Polarização ............................................................................. 43
4.6 Ensaios de Perda de Massa .................................................................... 45
4.7 Macrografias e Micrografias ................................................................... 45
4.8 Perfil de Dureza ...................................................................................... 47
4.9 Análise do Local de Fratura ...................................................................... 48
4.10 Microscopia Eletrônica de Varredura ..................................................... 49
6 - CONCLUSÕES ...................................................................................... 62
8 – Anexo 1 .................................................................................................. 64
IV - LISTA DE TABELAS
V - RESUMO
VI - ABSTRACT
1- INTRODUÇÃO
esse processo principalmente na junta soldada, sendo que para o Inconel tal
ingresso ainda é objeto de estudo.(3)
A água do mar e seus sais (cloretos, sulfetos, etc) além de gases como CO2
e H2S que acompanham o petróleo são eletrólitos sabidamente bastante
agressivos, podendo através de um processo de corrosão-fadiga causar
fissuração. Este processo poderia envolver um mecanismo de dissolução anódica,
ou fragilização pelo hidrogênio a partir de uma corrosão localizada como pites ou
frestas, que funcionariam como nucleantes do processo, ou ainda a partir de
corrosão generalizada onde uma das reações catódicas é a redução do íon
hidrogênio à gás H2. (4)
O estudo do Inconel 625 quanto ao seu comportamento em relação à
presença do hidrogênio e a participação de outros mecanismos na corrosão-fadiga
seria de grande importância para o conhecimento desse material visando futuras
aplicações com maior grau de confiabilidade. O Inconel 625 tem aplicações
importantes e diversas, como, equipamentos de processos químicos, motores de
aeronaves, componentes de turbinas, microchips, navios e partes de submarinos,
e ainda em reatores nucleares(5). O presente estudo, tem também como meta,
mostrar a possibilidade do uso desse material como revestimento interno
(carcaça) de risers de prospecção de petróleo onde atualmente usa-se aço, e que
tem a configuração segundo a figura 1:
2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Dados mostram que Canadá, EUA, Austrália, África do Sul e Brasil são os
maiores produtores de níquel do mundo. Estima-se que o uso do níquel remonta
aproximadamente ao século IV A.C, juntamente com a era do cobre, primeiro
metal utilizado pelo homem, uma vez que aparece com freqüência nos minerais
deste metal. Bronzes originários da atual Síria tem conteúdos de níquel superiores
a 2%. É similar, em muitos aspectos, ao ferro, porém com uma melhor resistência
à oxidação e à corrosão. É utilizado principalmente na melhoria de resistência
mecânica a altas temperaturas, resistência à corrosão e outras propriedades como
componente em uma ampla faixa de ligas ferrosas e não-ferrosas. Outras
propriedades que se destacam ainda são: a condutividade térmica e elétrica, como
também sua propriedade ferromagnética, propriedades estas que fazem do níquel
e suas ligas, materiais bastante valiosos.(6)
Inconel é o nome comercial (Special Metals Corporation) de uma série de
ligas austeníticas de níquel que possuem porcentagens de níquel, e às vezes
também de cromo, maiores que as de aços inoxidáveis, além de muitos outros
elementos em pequenas quantidades, onde essas adições têm como função,
entre outras, o endurecimento da solução sólida. Essas ligas estão classificadas
em normas, e também são citadas pelas siglas: (7)
-UNS (Unified Numbering Systems), N06625
-ANSI(American National Standards Institute), H34.19, H34.20, H34.22.
-ASTM (American Society for Testing and Materials), B443, B444, B446.
-DIN (Deustcher Industrie Normen), L 331
14
2.3 Corrosão-Fadiga
-Tensões residuais;
-Deformações;
Atualmente são disponíveis modelos razoavelmente acurados para
determinar o fluxo térmico provocado por uma dada condição de soldagem, e isto
fundamentalmente envolve o cálculo dos “ciclos térmicos” dos pontos de interesse,
ou seja, a variação da temperatura nos mesmos com o passar do tempo.(23)
Usualmente, a análise da transferência do calor é realizada pelos três modos
em que a mesma ocorre, ou seja, condução(24), convecção(25) e radiação(26).
Adicionalmente, um conceito básico neste assunto é aquele relativo ao campo de
temperaturas, ou os valores instantâneos da temperatura em pontos no espaço de
interesse ( os quais podem estar situados numa peça, num cordão de solda, etc).
Observe-se, que tal como a temperatura, este campo é uma quantidade escalar.
Quando as temperaturas destes pontos de interesse variam somente em função
da posição que os mesmos ocupam no espaço, o campo é dito encontrar-se no
estado estacionário. Portanto, estando um ponto determinado por suas
coordenadas (x,y,z), a temperatura (T) do mesmo, considerada independente do
tempo, (∂T/∂t = 0), é dada por:
T= f (x,y,z)
Por outro lado, o campo de temperaturas será não-estacionário na medida
em que a temperatura dos seus pontos varia com a posição e, também, com o
tempo:
T= G(x,y,z, t)
Eventualmente, quando (t → ∞) o campo pode tornar-se “assintoticamente
estacionário”. Usualmente, porém, esta distinção não é feita e este estado é
simplesmente dito estacionário.
Desta forma, em qualquer sólido aquecido, formam-se superfícies que
possuem a mesma temperatura, as quais são denominadas “isotermas” do campo
considerado. Na figura 8 estão ilustradas tais superfícies isotérmicas, vistas numa
seção transversal de um corpo metálico sob forma de chapa.
28
liga Inconel 625 obtida a partir de um depósito de solda em uma “cama” de aço
carbono sendo os corpos de prova usinados a partir desse depósito e ensaiados a
fadiga e a corrosão-fadiga. Este estudo interessa diretamente às indústrias
petrolíferas, que podem vir a utilizar essa liga em plataformas marítimas, e têm
tido muitos problemas principalmente em plantas offshore, uma vez que o
movimento das águas podem causar corrosão por fadiga sobre os risers, que
saem das plataformas em direção ao fundo do mar.(38)
32
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
Para realização dos ensaios foi utilizada uma chapa de Inconel 625 cuja
composição química está apresentada na tabela 2 . Essa chapa foi cortada e
soldada com eletrodos revestidos AWS A5.11 de composição química mostrada
na tabela 3. Uma representação esquemática dos corpos de provas e da maneira
como se processou a soldagem pode ser observada nas figuras 8 e 9.
Tabela 2. Composição química do Inconel 625 (39)
Elementos C S Cr Ni Mn Si Mo Ti Nb Fe P Al Co Ta
% (peso) 0,023 0,001 22,3 61,04 0,04 0,13 9 0,21 3,45 3,4 0,004 0,16 0,1 0,02
Há uma adição de nióbio que deve atuar juntamente com o molibdênio para
fortalecer a matriz da liga de alta resistência e, assim, proporcionar boas
propriedades mecânicas sem necessidade de tratamento térmico. (40)
Ni C Mn Fe S Cu Si Cr Nb Mo P
0,10 0,03
55 min max 1 max 7 max 0,02 max 0,5 max 0,75 20 - 23 3,15 - 4,15 8 - 10,1 max
d im e n sõ e s: m m ra i o = 1 5
4. RESULTADOS
800
700
600
Tensão (MPa)
500
400
300
200
100
0
0 5 10 15 20 25 30
Deformação (% )
Fadiga ao Ar
600
500
Tensão (MPa)
400
300
200
100
0
10000 100000 1000000 10000000
Nº de Ciclos
Corrosão-Fadiga
600
500
Tensão (Mpa)
400
300
200
100
0
100000 1000000 10000000 100000000
N° de Ciclos
rompem pelo efeito da fadiga para cargas inferiores a 350 MPa, mostrando que o
meio pouco influi no limite de fadiga dessa liga, já que foi semelhante ao
encontrado ao ar. O limite de número de ciclos empregado nos testes feitos em
presença de meio corrosivo foi também 5 milhões de ciclos.
0.5
-0.5
V
-1
Polarização da chapa
laminada
-1.5
-2
0.00001 0.0001 0.001 0.01 0.1 1 10
mA/ cm^2
0.5
Potencial
-0.5
-1
-1.5
0.0001 0.001 0.01 0.1 1 10 100
Densidade de Corrente (mA/cm^2)
Figura 24 - Zona de transição solda chapa. (obs: pites gerados pelo ataque
químico)
(A) (B)
(C) (D)
(E)
Figura 26 – Macrografias das regiões das fraturas.(A) CP ao ar carga de 450MPa,
(B) CP ao Ar carga de 400 MPa, (C) CP em Solução com carga de 500MPa, (D)
CP em solução com carga de 400MPa, (E) CP em solução com carga de 450MPa
49
600
500
Tensão (Mpa)
400
300
200
100
0
10000 100000 1000000 10000000
N° de Ciclos
Fadiga ao ar solda
500
Tensão (Mpa)
400
300
200
100
0
10000 100000 1000000 10000000
N° de Ciclos
800
500
400
300
200
100
0
100000 1000000 10000000 100000000
N°de Ciclos
(50, 51)
apresenta como se vê em diversas bibliografias uma grande dispersão de
resultados por problemas inerentes ao processo e variáveis que a ele se incluem.
0.5
Potencial
Polarização da
-0.5
chapa laminada
Polarização da
-1 solda
-1.5
0.0001 0.001 0.01 0.1 1 10 100
Densidade de Corrente (mA/cm^2)
6. CONCLUSÕES
Anexo 1
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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37) SCHROEDER, R.M.; MÜLLER, I.L. 7° COTEC – Conferência em Tecnologia
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39) Fornecido pelo fabricante, Philip Corners e CO LTDA, Majestic road ,
Nursling Estate, Southampton, Hampshire.
40) Mankins, W. L.; Nickel and Nickel Alloys, Inco Alloys International,Inc.
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42) Okimoto P.C.; Refino de Grão do Inconel 718 por Tratamentos
Termomecâncicos – Dissertação de mestrado, DEMA, UFSC,2002.
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44)Pfingstag, M.E. Estudo de Coberturas Metálicas Sobre o Aço API 5L X60
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48) Britton J. N.; External Corrosion Control and Inspection of Deep Water
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