SEPSE
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SEPSE
SEPSE 3.0
DEFINIÇÕES
A sepse pode ser definida como a resposta sistêmica a uma doença infecciosa, seja ela causada por bactérias, vírus, fungos
ou protozoários. Manifesta-se como diferentes estágios clínicos de um mesmo processo fisiopatológico.
FISIOPATOLOGIA
Definições de síndrome de resposta inflamatória sistêmica, sepse, sepse grave e choque séptico.
Sepse grave Presença dos critérios de sepse associada à disfunção orgânica ou sinais de hipoperfusão.
Hipoperfusão e anormalidades da perfusão podem incluir, mas não estão limitadas a:
hipotensão, hipoxemia, acidose láctica, oligúria e alteração aguda do estado mental.
Choque séptico Estado de falência circulatória aguda caracterizada pela persistência de hipotensão arterial em
paciente séptico, sendo hipotensão definida como pressão arterial sistólica < 90 mmHg,
redução da linha de base > 40 mmHg, ou pressão arterial média
< 60 mmHg, a despeito de adequada reposição volêmica, com necessidade de vasopressores, na
ausência de outras causas de hipotensão.
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Sepse Disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária à resposta desregulada do hospedeiro a uma
infecção.
DISFUNÇÃO ORGÂNICA = ↑ em 2 pontos no escore Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) como
consequência da infecção.
Choque séptico Anormalidade circulatória e celular/metabólica secundária a sepse o suficiente para aumentar
significativamente a mortalidade. Requer a presença de hipotensão com necessidade de vasopressores
para manter pressão arterial média ≥ 65mmHg e lactato ≥ 2mmol/L após adequada ressuscitação
volêmica.
O QUE MUDOU?
ANTES DEPOIS
SEPSE = SIRS + INFECÇÃO SEPSE = SOFA/qSOFA + INFECÇÃO
PACOTES DE TRÊS E DE SEIS HORAS PARA MANEJO DOS PACIENTES COM SEPSE OU CHOQUE SÉPTICO
Recomenda-se que um foco infeccioso passível de controle deva ser procurado e afastado o mais rapidamente possível.
Intervenções visando o controle de foco devem ser feitas assim que clínica e logisticamente possível após o diagnóstico
ter sido feito.
Se cateteres vasculares são fonte possível da infecção, os mesmos devem ser rapidamente retirados após o
estabelecimento de novo acesso.
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TRATAMENTO ANTIMICROBIANO
Recomenda-se terapia empírica de amplo espectro com um ou mais antimicrobianos em pacientes com sepse ou choque
séptico para cobrir todos os agentes prováveis (incluindo bactérias, possíveis fungos ou vírus).
Recomenda-se que o espectro da terapia antimicrobiana empírica seja reduzido assim que o patógeno seja identificado e
a sensibilidade for estabelecida e/ou que seja percebida melhora clínica.
Recomenda-se CONTRA o uso de antimicrobianos profiláticos em pacientes com quadros inflamatórios graves de origem
não infecciosa, como, por exemplo, pancreatite e grandes queimaduras.
Recomenda-se CONTRA o uso de terapia combinada de rotina para o tratamento de sepse e bacteremia em pacientes
neutropênicos.
Se terapia combinada for inicialmente utilizada no choque séptico, recomenda-se desescalonar com descontinuação da
terapia combinada dentro dos primeiros dias se houver melhora clínica e/ou evidência de resolução da infecção. Isso se
aplica tanto a terapia combinada dirigida (para infecção com culturas positivas) como empírica (para infecções com
culturas negativas).
Recomenda-se avaliação diária para desescalonamento da terapia antimicrobiana em pacientes com sepse ou choque
séptico.
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REPOSIÇÃO VOLÊMICA
Recomenda-se a utilização de uma técnica de desafio volêmico se a administração de fluidos for continuada, desde que
as variáveis hemodinâmicas continuem a melhorar.
Recomenda-se cristaloides como fluidos de escola para a ressuscitação inicial e para a reposição volêmica subsequente
em pacientes com sepse ou choque séptico.
Recomenda-se contra o uso de amidos para a reposição de volume intravascular em pacientes com sepse ou choque
séptico.
DROGAS VASOATIVAS
Sugere-se adicionar vasopressina ou adrenalina à noradrenalina com a intenção de aumentar a pressão arterial média
para atingir o alvo, ou adicionar vasopressina para reduzir a dose de noradrenalina.
Sugere-se usar dopamina como vasopressor alternativo à noradrenalina somente em pacientes altamente selecionados,
por exemplo com baixo risco de taquiarritmia ou bradicardia absoluta ou relativa.
Sugere-se usar dobutamina em pacientes com evidências de hipoperfusão persistente, apesar de adequada volemia e uso
de vasopressores – recomendação fraca.
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