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g) H., residente em Aveiro mas de passagem por Lisboa, pretende propor uma ação de
responsabilidade civil extracontratual contra a VALORSUL, S.A., responsável pela
recolha de lixo na cidade, em virtude dos danos que sofreu depois de ter sido
atropelado por um camião do lixo daquela empresa.
h) I. pretende propor uma ação de responsabilidade civil extracontratual por ato
jurisdicional contrário ao Direito da União Europeia em virtude de uma decisão do
Tribunal da Relação de Lisboa transitada em julgado.
j) K., residente em Beja, pretende impugnar o ato de aplicação de uma coima praticado
pela Divisão de Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, por violação de normas
urbanísticas.
I. Comente o Acórdão do STA de 29.10.2009, Proc. n.º 01054/08, através do qual se decidiu
que “não tem interesse pessoal e direto e, por isso, carece de legitimidade ativa aquele que
pretende a anulação do licenciamento de uma grande superfície comercial com o
fundamento de que a sua entrada em funcionamento abalaria seriamente a atividade do seu
estabelecimento comercial, tornando-o economicamente inviável e que tal conduziria ao seu
encerramento e ao consequente despedimento dos seus trabalhadores”.
IV. 120 dos “lesados do papel comercial do BES” pretendem impugnar a medida de
resolução adotada pelo BdP no dia 3 de agosto de 2014. Não sabem, no entanto, se o devem
fazer individualmente, em coligação, ou se, para o efeito, devem constituir uma Associação
defensora dos seus interesses. O que lhes sugeriria?
V. A. pretende impugnar o Regulamento de Avaliação da Faculdade de Direito da Universidade
de Lisboa. Propõe, para o efeito, ação contra o Conselho Pedagógico da Faculdade, órgão
responsável pela aprovação do referido Regulamento. Fez bem?
VI. A CIMA ― Centro de Inspeção Mecânica em Automóveis, S.A., propôs junto do Tribunal
Administrativo de Círculo de Lisboa uma ação de responsabilidade civil extracontratual
contra o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, alegando ser ilícita a falta de
aprovação de uma Portaria que habilite, como previsto na lei, a realização de inspeções
periódicas a motociclos. Consultado sobre o caso, o Prof. Albino Fernandes comenta: “a ação
deveria ter sido proposta contra o Estado, não contra o Ministério do Planeamento e das
Infraestruturas, o que significa também que deveria ter sido citado, para assumir a
representação em juízo, o Ministério Público”. Concorda?
IX. G., empresa do sector da construção, pretende anular o contrato de empreitada celebrado
entre a Ordem dos Advogados e a empresa F., alegando que o mesmo não corresponde, sob
o ponto de vista dos trabalhos a realizar, aos previstos no Caderno de Encargos. Quid iuris?
E se se tratasse de um contrato de prestação de serviços informáticos celebrado entre a
Ordem dos Advogados e uma empresa do sector, e fosse H., Advogado beneficiário desses
serviços, a querer propor uma ação destinada a garantir a sua boa execução?
IV. B., aluno da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, solicita ao Diretor uma
diminuição do valor da propina. Pronunciando-se sobre o requerimento apresentado, o
Diretor limita-se a “indeferir, por falta de fundamento legal”. B. pretende agora impugnar
este ato, mas ouve de um colega a indicação de que o não poderia fazer, porque ao
decidir daquele modo o Diretor teria simplesmente confirmado a proposta que recebeu
dos Serviços Académicos, pelo que, ex vi n.º 1 do artigo 53.º do CPTA, o ato não seria
impugnável. Quid iuris?
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AÇÕES DE CONDENAÇÃO À PRÁTICA DE ATOS DEVIDOS; AÇÕES SOBRE REGULAMENTOS;
AÇÕES SOBRE CONTRATOS; OUTRAS PRETENSÕES
b) Imagine agora que é o Ministério Público que pretende propor uma ação
tendente a resolver a situação de A. E se fosse a Assembleia Municipal?
II. Analise criticamente, sob a perspetiva dos poderes de pronúncia do juiz no contexto de
pedidos de condenação à prática de ato devido, o Acórdão do TCA Norte de 28 de
setembro de 2006, Proc. n.º 00121/04.0BEPRT.
IV. Imagine que C. tinha concorrido a um Concurso Público lançado pela Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa para a celebração de um contrato de empreitada de
obras públicas relativo à ampliação da Biblioteca; ficou, porém, ordenado em 2.º lugar,
tendo sido selecionado como adjudicatário B. Já depois do contrato celebrado entre B. e
a Faculdade, C. apercebe-se que a Faculdade tinha entretanto concedido a B. na
utilização de materiais de qualidade bem mais fraca do que inicialmente previsto no
Caderno de Encargos; por sua vez, B. estava já a incumprir os prazos previstos para as
diversas fases da empreitada. Quid iuris?
a) Imagine ainda que D., empreiteiro que havia decidido não concorrer àquele
Concurso Público justamente em função da alta exigência dos materiais previstos
no Caderno de Encargos, pretende também reagir.
I. A., residente em Braga, não se conforma por não ter sido admitido na prova escrita de
conhecimentos realizada no âmbito do concurso de acesso à carreira diplomática
promovido pela Secretaria-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros e no qual
participaram mais de 100 candidatos. Assim que é notificada da Lista de Ordenação
Final, no dia 15 de dezembro de 2017, pensa: “vou para Tribunal – é evidente que a minha
resposta sobre a política colonial portuguesa em território indiano no século XVI merecia mais do
que 4 valores! Antes disso, porém, vou relaxar e aproveitar o Natal e o fim do ano”. Assim sendo,
A., depois de ter consultado o Dr. Paulo Janelas, reputado especialista, acaba por propor
ação administrativa de impugnação do ato que determinou a aprovação daquela Lista,
fazendo-o junto do TAF de Braga e apenas no dia 20 de janeiro de 2018. Fez bem?
II. Imagine que na sequência da aplicação de uma medida de resolução por parte do
Banco de Portugal a uma instituição bancária, centenas de acionistas e depositantes
propõem ações de impugnação dos atos em que se traduziu a atuação do Banco de
Portugal, todas junto do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa. Consultado pela
imprensa sobre a possibilidade de a jurisdição administrativa e fiscal dar conta de
tamanha agitação processual, o Dr. Paulo Janelas afirma, convincentemente, que “não há
crise: foi justamente para estes casos que a revisão de 2015 do CPTA veio consagrar o novo
processo urgente relativo a procedimentos de massa previsto no artigo 99.º do CPTA”.
Concorda? Em caso negativo, consegue divisar algum mecanismo processual apto a
lidar com situações deste género?
b) Imagine que a ação anterior tinha sido proposta no dia 20 de dezembro de 2017,
numa altura em que, porém, o referido contrato já havia sido celebrado e os
vigilantes da empresa E. se encontravam já a prestar serviços nas instalações do
ICNF. Os serviços jurídicos deste Instituto Público entendem que nada deve ser
feito até que o Tribunal venha a decidir definitivamente o processo. Têm razão?
a) Imagine agora que se tratava das eleições relativas aos órgãos representativos da
Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Deveria F. dirigir-se ao TAC de Lisboa?
VI. Imagine que por alegadas deficiências na sua candidatura, o ISEG recusa a inscrição
de H. no Curso de Mestrado que este há tanto sonhava poder vir a frequentar. Perante o
iminente início das aulas, H. é aconselhado a lançar mão de uma intimação para a proteção
de direitos, liberdades e garantias por um seu amigo jurista, por estar em causa uma
restrição intolerável e injustificável do seu direito fundamental ao ensino superior.
Acompanha H. neste conselho?
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PROVIDÊNCIAS CAUTELARES