Nop Inea 02
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1 OBJETIVO
A verificação da emissão de gases poluentes por veículos automotores do ciclo Otto em uso, exceto
motociclos e assemelhados, deve ser aplicada nos centros de inspeção veicular ou nas unidades
móveis de vistoria do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro – DETRAN-RJ, sendo
obrigatória para o licenciamento anual do veículo.
3 DEFINIÇÕES
4.1 IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Instrução
Normativa IN n° 06, de 08 de junho de 2010.
5 RESPONSABILIDADES GERAIS
FUNÇÃO RESPONSABILIDADE
Responsável legal pela implantação e execução do Programa de
INEA Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso – I/M no Estado do Rio de
Janeiro.
Executar os procedimentos de verificação do controle de emissão de
gases poluentes, em cumprimento ao Convênio de cooperação técnica,
DETRAN-RJ
firmado entre o DETRAN-RJ e o INEA, responsabilizando-se pela
eficácia dos equipamentos de monitoramento e medição utilizados.
Traçar as Diretrizes gerais do Programa de Inspeção e Manutenção de
DIMFIS
Veículos em Uso – I/M no Estado do Rio de Janeiro.
Supervisionar os cumprimentos das atividades de competência da
GEAR
GEAR3 e do DETRAN-RJ.
Gerenciar todas as atividades desenvolvidas para verificação do
controle de emissões de gases/fumaça poluentes; treinar todo pessoal
do DETRAN-RJ e do INEA alocados direto ou indiretamente no
Programa; realizar auditoria permanente quanto ao cumprimento dos
GEAR3
procedimentos de verificação do controle das emissões veiculares;
avaliar os resultados de inspeção e enviar proposta para aprovação do
CONEMA de todas as exigências necessárias para o perfeito
desenvolvimento do Programa de I/M.
6.1.1.7 No banco de gases, a etiqueta de verificação deverá estar protegida com uma plaqueta
removível de acrílico transparente, que impeça a sua remoção por acidente ou vandalismo, e o lacre
deverá estar encapsulado em uma lente de plástico transparente, também removível, com a mesma
finalidade.
6.1.1.8 Ter conjunto de filtros para purga de condensados e descontaminação de gases e partículas,
acionados por solenoides e comando direto de software.
6.1.2 Gabinetes
O gabinete utilizado para acomodar os analisadores de gases deverá atender aos seguintes
requisitos:
6.1.2.1 Gabinete externo robusto, fechado, acomodando todo o conjunto (apenas o monitor, teclado
e mouse podem estar externos), com alças em ambos os lados para a movimentação e com 4
rodízios, sendo dois deles com freio/trava.
6.1.2.2 Gabinete apresentando fechamento traseiro e frontal que impeça ou iniba o acesso não
autorizado ao seu interior, podendo este ser lacrado.
6.1.2.3 Caso o teclado não seja emborrachado e impermeável, deverá apresentar uma proteção com
ventilação com tomada de ar para o exterior.
6.1.2.4 Suporte para fixação/repouso das sondas, captadores e respectiva fiação, com dispositivo
para coleta de pingos de óleo da sonda de temperatura.
6.1.3 Periféricos
6.1.3.2.2 Leitura de temperatura com pistola/termômetro infravermelho, com alimentação DC, com
conexão tipo USB ou Serial ligado à CPU, que transmita os valores lidos para uma interface, sem
interferência do operador.
6.1.4 Software
6.1.4.1 Ser exclusivamente referente à inspeção veicular oficial de emissões, não podendo estar
instaladas versões do software usadas em oficinas.
6.1.4.2 A versão do software deve aparecer claramente nas telas de repouso, quando o equipamento
estiver ocioso.
6.1.4.3 Apresentar de forma ilustrada e objetiva cada etapa do procedimento de inspeção, através de
telas específicas, que só avancem com o cumprimento da etapa anterior, bloqueando ou alertando
qualquer desvio de procedimento de inspeção.
6.1.4.4 Ter um sistema operacional instalado sem funcionalidades desnecessárias para a inspeção
veicular, tais como jogos multimídia, e-mail, aplicativos de troca de mensagens, redes sociais etc.
6.1.4.6 Deverá estar desabilitada qualquer opção para execução automática da inspeção veicular a
partir de drive ou dispositivo externo.
6.1.4.8 As teclas {ctrl}+{alt}+{del}, bem como as teclas funções não usadas (Fn) ou combinações tipo
{alt}+{F4}, que encerrem o processo ou que permitem a interrupção do boot deverão estar
bloqueadas.
6.1.4.9 A configuração da BIOS deverá ser protegida por senha do fabricante e somente o técnico de
manutenção poderá acessar a função.
6.1.4.10 O acesso à operação dos equipamentos somente deverá ser permitido a vistoriadores,
devidamente identificados, cadastrados previamente por supervisores ou chefes dos centros de
inspeção do DETRAN, com senha específica e autonomia para tal.
6.1.4.11 O registro dos vistoriadores no sistema operacional para operar o equipamento deverá ser
sem privilégios de instalação ou alteração do software.
6.1.4.14 Encerrado cada teste, o equipamento deverá automaticamente bloquear o início da próxima
inspeção, somente iniciando um novo teste com o registro da senha do vistoriador.
6.1.4.16 Após a descontaminação do sistema de amostragem, deverá ser feita a leitura do valor
residual de hidrocarbonetos e, caso necessário, uma nova descontaminação deverá ser realizada
após um período de tempo limitado.
6.1.4.18 Os testes de inspeção veicular registrados no banco de dados deverão estar no formato
padrão “txt” (ANSI), seguindo a especificação determinada pelo INEA.
6.1.4.19 Os dados dos testes de inspeção veicular, uma vez registrados no equipamento, não
poderão ser vulneráveis a edição, exclusão, inclusão, cópia ou qualquer outra ação, sem autorização
prévia do INEA e somente poderá ser efetuada pelo técnico de manutenção.
6.1.4.20 A exportação dos dados dos testes de inspeção veicular só deverá se dar por uma saída
USB ou bluetooth ou rede previamente habilitada pelo técnico do DETRAN.
6.1.4.21 Possuir banco de dados protegido com senha especifica da pessoa habilitada a extrair os
dados.
6.1.4.22 Possuir banco de dados dos testes de inspeção veicular, em arquivo do tipo oculto, com
sistema protegido por senha ou criptografado.
6.1.4.23 Possuir banco de dados com recuperação automática, mediante backup periódico.
6.1.4.24 Todos os softwares para fins legais de inspeção veicular de gases ou fumaça deverão
submeter-se a aprovação do INEA, só podendo ser utilizados aqueles que obtiverem o oficio
favorável desta instituição.
6.1.4.25 O software de inspeção de gases ou fumaça em uso, quando necessário, deverá ser
atualizado em função da legislação estadual em vigor ou da correção de problemas.
6.1.4.26 Qualquer alteração na versão em uso deverá ser submetida novamente a aprovação por
parte do INEA, indicando as justificativas e implicações das referidas alterações.
7 PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
O procedimento para inspeção de gases poluentes, para veículos do ciclo Otto, exceto motociclos e
assemelhados, se realizará da seguinte forma:
7.1 O veículo quando recepcionado deverá ser direcionado para a linha de inspeção, sendo
orientado a permanecer com o motor ligado para manter a temperatura de regime. Este
procedimento deverá ser aplicado até o terceiro da fila de espera.
7.2.1 Placa
7.2.2 Categoria
7.2.3 Marca
7.2.4 Tipo
7.2.7 Cilindrada
7.2.13 Modelo
7.3 Proceder a inspeção visual, verificando se o veículo encontra-se apto a realizar a amostragem de
gases poluentes. Para tal, verificar a sequência descrita abaixo:
7.3.4 Combustível abaixo do nível máximo de reserva para a realização da medição de emissão.
Obs.: Nos sistemas de escapamento ou de controle de emissões poderão ser admitidas peças não
originais, desde que não prejudiquem os padrões originais de desempenho, sendo necessária
aprovação destes pelo INMETRO.
7.3.7 Antes da medição das emissões de gases, o vistoriador deverá conectar o sensor do tacômetro
ao motor do veículo para comprovação do valor da rotação de marcha lenta dentro de uma faixa de
900 ± 300 RPM, por 30 segundos. A verificação da velocidade angular do motor deve ser feita com
um tacômetro apropriado, sem que haja a desmontagem de qualquer peça do veículo ou alimentação
pelo terminal de bateria do mesmo.
7.3.8 Também, antes da medição das emissões de gases, o vistoriador deverá verificar a
temperatura do motor pelos seguintes métodos:
7.3.8.1 Medição da temperatura do bloco do motor em até 2 min (mínimo de 45°C para veículos
refrigerados a ar e 70°C para refrigerados a água), através da inserção da sonda de temperatura no
local de onde será retirada a vareta de medição do nível de óleo do cárter. O tamanho da sonda que
será introduzida não deverá alcançar o óleo, não podendo ser maior que a vareta.
7.3.8.2 Leitura, por termômetro infravermelho, da temperatura externa do bloco do motor, a qual não
deve ser inferior a 60ºC, evitando a medição em área muito próxima à tubulação de escapamento.
Este instrumento só será utilizado para motores de difícil acesso à vareta de óleo, com o uso da
senha do chefe do posto ou do supervisor.
7.3.9 Se o valor encontrado nos itens 7.3.7 e 7.3.8 estiverem fora da faixa especificada ou não
conseguirem se manter estáveis dentro do período determinado, o veículo será “REPROVADO” por
funcionamento irregular do motor.
7.4 Constatada quaisquer das irregularidades descritas nos itens 7.3.1 a 7.3.6, o veículo será
"REPROVADO".
7.5 O veículo "REPROVADO" não inicia os procedimentos de medição de gases, sendo então
emitido o Relatório de Inspeção, com a informação dos itens que o reprovaram, encerrando-se a
inspeção.
7.6 Veículos com motor de 2 tempos estará dispensado da amostragem de gases poluentes.
7.7 Para a execução da amostragem de gases poluentes, o vistoriador deverá seguir a sequência
abaixo descrita:
7.7.1 Manter o sensor tacômetro ligado ao motor medindo a rotação, que deverá estar na faixa de
2500 ± 200 RPM, mediante a aceleração, sem uso de carga no motor ou afogador, quando existente,
durante um período de 30 segundos dentro desta faixa, para realização da descontaminação do óleo
do cárter, previamente à medição dos gases de escapamento.
7.7.3 Faz-se inicialmente, avaliação das emissões medidas de CO2, que se inferior a 3%, o veículo
será REPROVADO e emitido o relatório, encerrando-se a inspeção.
7.7.4 Simultaneamente, deverão ser realizadas as medições de concentração de COc, HCc e fator
de diluição dos gases de escapamento do veículo em velocidade angular de marcha lenta.
7.7.5 Se os valores medidos de COc ou HCc não atenderem aos limites de emissão estabelecidos, o
veículo será pré-condicionado mediante a aceleração em velocidade angular de 2.500 ± 200 RPM,
sem carga e sem uso de afogador, durante 3 minutos, e novas medições de COc, HCc e fator de
diluição em marcha lenta serão realizadas.
7.7.6 Ao final da inspeção será emitido o relatório em duas vias com os valores de cada parâmetro
medido, seus respectivos limites e a situação de cada um deles, assim como a situação final do
veículo. Uma das vias deverá ser entregue ao usuário.
7.7.8 Para os veículos com mais de uma saída independente de escapamento, a medição de gases
será realizada individualmente em ambas saídas, refazendo todo o procedimento a partir do item 7.7,
emitindo Relatórios de Inspeção com os maiores valores medidos.
7.7.9 Os veículos bicombustíveis deverão realizar o teste de emissão de gases para cada um dos
combustíveis, primeiramente com o GNV e a seguir com o combustível líquido, refazendo todo o
procedimento a partir do item 7.7, emitindo dois Relatórios de Inspeção.