Nota Técnica - Fumaça Preta
Nota Técnica - Fumaça Preta
Nota Técnica - Fumaça Preta
NOTA TÉCNICA
1. OBJETIVO GERAL
Dispor sobre a necessidade de realizar o monitoramento de fumaça preta emitida por veículos
automotores utilizados em obras da CAGECE, de forma a mitigar possíveis impactos gerados,
propondo ações de caráter preventivo e corretivo, baseado em normativas ambientais de con-
trole e medição, de acordo com a Escala de Ringelmann.
2. DEFINIÇÕES
2.1 Fumaça Preta: Material particulado suspenso na atmosfera proveniente da queima incom-
pleta do óleo diesel na saída da câmara de combustão em máquinas (tratores, escavadeiras,
retroescavadeiras) e veículos utilizados para transporte de materiais e de trabalhadores .
2.2 Escala de Ringelmann: A escala Ringelmann é uma escala gráfica para avaliação colori-
métrica de densidade de fumaça emitida por veículos movidos a diesel. Por meio dela, é possí -
vel conferir a coloração da fumaça que sai dos veículos e, se necessário, providenciar as corre-
ções.
2.3 Fonte Móvel: Fontes poluentes móveis, como o tráfego de veículos, caminhões e máquinas
pelos caminhos de serviços, vias de acesso e frentes de obras.
2.4 Fonte Estacionária: Fontes poluentes de mobilidade dependente do avanço da frente de
obra.
2.5 GPROJ LPO: Coordenação de Outorga Licenciamento de Projeto e Obras é responsável
pela gestão e controle das obras na Cagece, de forma a garantir a implantação ou ampliação
dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, respeitando as ações de
prevenção, controle e monitoramento de impactos, visando a proteção ao meio ambiente duran-
te a execução das obras.
3. REFERÊNCIAS LEGAIS E NORMATIVAS
4.JUSTIFICATIVA
A emissão de fumaça preta e material particulado dos veículos movidos a diesel contribui para
contínua degradação da qualidade do ar, principalmente nos centros urbanos. A correta manu-
tenção dos veículos é fator indispensável para permitir o controle dos poluentes e materiais par -
ticulados.
O monitoramento da fumaça preta se propõe a efetuar o controle da emissão dos poluentes por
qualquer fonte que utilize o diesel para seu funcionamento. Ou seja, o controle é aplicável não
somente a veículos, mas também a fonte fixas movidas a esse combustível.
A Portaria IBAMA n° 85 de 14 de julho de 1996, considera que a emissão de fumaça preta dos
veículos movidos a óleo Diesel contribui para contínua degradação da qualidade do ar devido à
desregulação ou alteração das características originais dos veículos utilizados.
O Órgão Estadual responsável por este controle é a Superintendência Estadual do Meio Ambi -
ente- Semace, que procedendo conforme disposto em lei, considera a necessidade de efetuar o
monitoramento e o acompanhamento periódico das interferências ambientais das atividades,
em todas as etapas e modalidades do Licenciamento.
5. RECOMENDAÇÕES
O método adotado para o monitoramento da Fumaça Preta deverá ser o da Escala Ringelmann.
O uso desse método é normatizado na legislação ambiental brasileira pela NBR 6016/2015 e
pela Portaria IBAMA n° 85 de 14 de julho de 1996.
A citada Portaria, no seu art. 4°, estabelece que a emissão de fumaça por veículos movidos a
óleo diesel, em qualquer regime de trabalho, não poderá exceder ao padrão n.º 2 (dois), na Es -
cala Ringelmann, quando testados em localidade situada até 500 (quinhentos) metros acima do
nível do mar, e ao padrão n.º 3 (três), na mesma escala, para localidade situada acima daquela
altitude.
Recomenda-se que a medição do índice de fumaça preta emitida pela frota de veículos e
máquinas móveis utilizadas pela contratada seja executada mensalmente, utilizando o Cartão-
Índice de fumaça do tipo Ringelmann, conforme a NBR 6016/2015.
5.1.1 Procedimentos
O monitoramento será realizado por inspeções de emissão de fumaça preta pelos veículos e
máquinas movidas a diesel utilizados nas obras da Cagece, para isso será aplicada a escala
colorimétrica de Ringelmann.A escala colorimétrica de Ringelmann permite por meio de uma
avaliação visual, estabelecer uma escala gráfica da fumaça emitida por veículos e equipamen -
tos. A escala possui cinco padrões com variações uniformes de tonalidades entre o branco e o
preto. As instruções de uso da escala Ringelmann estão apresentadas na Figura 01.
b) Anteparo de cor branca medindo 80 X 80 cm, de fundo branco, para realce da coloração da
fumaça, com haste ( de ferro ou madeira) medindo entre 1,50 a 1,70 m.
5.1.3 Medição
I) O veículo deve estar parado, com a alavanca de marcha na posição neutra, pedal de embrea -
gem não pressionado e o motor em funcionamento sob condições estabilizadas e normais de
operação;
II) Posicionar o anteparo branco por trás do escape de gases, relativamente de frente para ob-
servador.
b) Com o carro parado pressionar o acelerador até atingir a rotação de 2000 RPM; por 10 (dez)
segundos;
c) O observador deve segurar a escala de Ringelmann reduzida com o braço esticado e, olhan-
do através da sua abertura para o ponto de medição contra um fundo claro, preferencialmente
branco, deve avaliar o teor de fuligem, determinando qual dos padrões mais se assemelha à to-
nalidade do gás emitido;
d) Comparar a fumaça (vista pelo orifício) com o padrão colorimétrico, determinando a tonalida-
de da escala que mais se assemelha com a tonalidade (densidade) da fumaça emitida pelo
equipamento.
Fonte: O povo
5.1.3.3 Resultados
a) Para validação dos resultados deve-se repetir 10 (dez) vezes a sequência descrita no item
5.1.3.2, após o acionamento da aceleração, esperar 3 (três) minutos para estabilização e reali -
zação da nova medição. A fumaça observada deve ser contínua por um período de 5 segundos;
b) Anotar na planilha de controle de fumaça preta (ANEXO I), as medições observadas em cada
sequência de aceleração, desconsiderando as três primeiras medições;
c) O grau de escurecimento da fumaça nos veículos avaliados, em regime de funcionamento,
não poderá exercer o padrão n° 2, por mais de 5 segundos consecutivos;
d ) O ensaio é considerado válido quando a diferença entre a maior e a menor leitura não for su-
perior a 1 (uma) unidade da Escala de Ringelmann;
Os limites de emissão de fumaça preta a serem cumpridos por veículos movidos a óleo Diesel,
em qualquer regime são:
Caso o grau de enegrecimento da fumaça exceda os valores descritos acima, medidas cabíveis
imediatas devem ser tomadas para regulação do veículo e atendimento dos padrões propostos
pela normativa apresentada.
No caso da vistoria de emissão de fumaça preta indicar escala 3 ou superior, o veículo ou equi-
pamento deverá ser encaminhado para revisão.
5.3.2 Para veículo ou equipamento de terceiros
Todo equipamento ou veículo, após efetuar a substituição ou manutenção, deverá ser inspecio -
nado quanto à emissão de fumaça preta.
Os resultados das medições devem ser devidamente catalogados na Ficha de Controle (ANE-
XO I) acompanhada do Relatório de Monitoramento de Fumaça Preta, este contendo registros
fotográficos que comprovem as informações apresentadas para análise da gerência. Os docu-
mentos solicitados devem ser entregues em frequência trimestral, a partir da emissão da OS,
em todo o período de execução da obra.
Salienta-se que o relatório elaborado pela contratada deve ser enviado via abertura de processo
virtual ou físico no prazo requerido, estando sujeito à notificação em caso de pendência de en -
trega.
ANEXO I
Planilha para Controle de Fumaça Preta
FP - Frota própria
FT - Frota terceirizada
FI - Frota indireta
**Legenda para utilização na coluna de Providências:
SGQ 360 – Planilha para Controle de Fumaça Preta - Gdemp Gdemp – V02 – 23/02/2023 – Pág 1/1