Lei de Bases Do Sistema Educativo
Lei de Bases Do Sistema Educativo
Lei de Bases Do Sistema Educativo
Lei de Bases do Sistema Educativo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em Portugal, a Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) é a lei que estabelece o quadro geral do sistema
educativo nacional.
Índice
Aprovação e alterações
Estrutura da Lei de Bases do Sistema Educativo
Antecedentes: a Lei n.º 5/73, de 25 de Julho
A génese
A estrutura
Bibliografia
Ver também
Notas
Aprovação e alterações
A Lei de Bases do Sistema Educativo foi aprovada pela Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro, e alterada pelas Leis n.º
115/97, de 19 de Setembro, 49/2005, de 30 de Agosto, e 85/2009, de 27 de Agosto.
As alterações introduzidas pela Lei n.º 115/97 (http://dre.pt/pdf1sdip/1997/09/217A00/50825083.pdf), de 19 de
Setembro, visaram especialmente os seguintes aspectos:[1]
O regime de acesso ao ensino superior, transferindo para as instituições de ensino superior a competência para, no
quadro de um conjunto de princípios que fixou, definir o processo de avaliação da capacidade para a frequência,
bem como o de selecção e seriação dos candidatos;
O sistema de graus, atribuindo às instituições de ensino superior politécnico a capacidade para a atribuição directa
do grau de licenciado.[2]
O sistema de formação de professores: (i) atribuindo às instituições de ensino superior politécnico a competência
para a formação de professores do 3.º ciclo do ensino básico, em condições a definir; (ii) Elevando o nível de
formação dos educadores de infância e dos professores do 1.º ciclo do ensino básico do bacharelato para a
licenciatura.[3]
As alterações introduzidas pela Lei n.º 49/2005 (http://dre.pt/pdf1sdip/2005/08/166A00/51225138.pdf), de 30 de
Agosto, visaram especialmente os seguintes aspectos:[4]
A organização da formação superior com base no paradigma resultante do sistema de créditos europeu;
A adopção do modelo de três ciclos de estudos, previsto no âmbito do Processo de Bolonha, conducentes aos
graus de licenciado, mestre e doutor;
O alargamento ao ensino politécnico da possibilidade de conferir o grau de mestre;
A modificação das condições de acesso ao ensino superior para os que nele não ingressaram na idade de
referência, atribuindo aos estabelecimentos de ensino superior a responsabilidade pela sua selecção;
A criação de condições legais para o reconhecimento da experiência profissional através da sua creditação.
As alterações introduzidas pela Lei n.º 85/2009 (http://dre.pt/pdf1sdip/2009/08/16600/0563505636.pdf), de 27 de
Agosto, visaram especialmente:[5]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Bases_do_Sistema_Educativo 1/4
29/10/2018 Lei de Bases do Sistema Educativo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Revogar a norma que estabelecia que a obrigatoriedade de frequência do ensino básico terminava aos 15 anos,
passando para os 18 anos (nível secundário de educação);
Autorizar o Governo a definir um regime mais amplo quanto à universalidade, obrigatoriedade e gratuitidade na
organização geral do sistema educativo.
Estrutura da Lei de Bases do Sistema Educativo
A Lei de Bases do Sistema Educativo é constituída por 67 artigos, divididos pelos seguintes capítulos, secções e
subsecções:
Capítulo I Âmbito e princípios
Capítulo II Organização do sistema educativo
Secção I Educação préescolar
Secção II Educação escolar
Subsecção I Ensino básico
Subsecção II Ensino secundário
Subsecção III Ensino superior
Subsecção IV Modalidades especiais de educação escolar
Secção III Educação extraescolar
Capítulo III Apoios e complementos educativos
Capítulo IV Recursos humanos
Capítulo V Recursos materiais
Capítulo VI Administração do sistema educativo
Capítulo VII Desenvolvimento e avaliação do sistema educativo
Capítulo VIII Ensino particular e cooperativo
Capítulo IX Disposições finais e transitórias.
Antecedentes: a Lei n.º 5/73, de 25 de Julho
A génese
No final do Estado Novo, sendo Ministro da Educação Nacional Veiga Simão, o Governo apresentou à Assembleia
Nacional uma proposta de lei que visava estabelecer um novo quadro geral do sistema educativo que servisse de base à
reforma então em preparação, [6] e que foi aprovada e publicada como Lei n.º 5/73 (http://dre.pt/pdf1sdip/1973/07/17
300/13151321.pdf), de 25 de Julho.
A Lei de Bases do Sistema de Ensino de 1973 previa uma alteração profunda no sistema educativo, que incluía, entre
outras medidas, o alargamento da escolaridade obrigatória de seis para oito anos, o estabelecimento do ensino básico
(incluindo quatro anos de ensino primário e quatro de ensino preparatório) a unificação dos ensinos liceal e técnico
num único ensino secundário pluricurricular (dividido em dois ciclos de dois anos: curso geral e curso complementar)
e a extinção do ensino médio (sendo os seus estabelecimentos escolares transformados em institutos politécnicos e
integrados no ensino superior). No âmbito da Lei, também seriam alteradas as durações tradicionais do modelo de
quatro estágios ou ciclos de ensino présuperior introduzido no século XIX e ainda hoje seguido, passando dos
4+2+3+2 anos (11 anos de escolaridade) para os 4+4+2+2 anos (12 anos de escolaridade).
Embora não tenha sido revogada até 1986, a Lei n.º 5/73 não chegou a ser, em geral, aplicada. Apesar disso, foram
aplicadas algumas medidas pontuais alinhadas com o que estava previsto naquela Lei. [7]
A estrutura
A Lei n.º 5/73 é constituída por 29 bases, divididas pelos seguintes capítulos, secções e subsecções:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Bases_do_Sistema_Educativo 2/4
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Capítulo I Princípios fundamentais
Capítulo II Estrutura do sistema educativo
Secção 1.ª Disposições gerais
Secção 2.ª Educação préescolar
Secção 3.ª Educação escolar
Subsecção 1.ª Ensino básico
Subsecção 2.ª Ensino secundário
Subsecção 3.ª Ensino profissional
Subsecção 4.ª Ensino superior
Secção 4.ª Educação permanente
Capítulo III Formação dos agentes educativos
Capítulo IV Orientação escolar
Capítulo V Disposições finais
Bibliografia
PIRES, Eurico Lemos.[8] Lei de Bases do Sistema Educativo: apresentação e comentários. Porto: Edições Asa,
5.ª ed., 1999. Prefácio de Bártolo Paiva Campos. ISBN 9789724107868
PORTUGAL. Assembleia da República. Lei de Bases do Sistema Educativo: processo legislativo. Lisboa:
Assembleia da República, 1999.
Ver também
No Brasil, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Notas
1. Cf. o texto do parecer (http://app.parlamento.pt/DARPages/DAR_FS.aspx?Tipo=DAR+II+s%c3%a9rie+A&tp=A&N
umero=41&Legislatura=VII&SessaoLegislativa=2&Data=19970508&Paginas=726%3b727%3b728%3b729%3b73
0%3b731%3b732%3b733&PagIni=0&PagFim=0&Observacoes=Relat%c3%b3rio+e+parecer+da+Comiss%c3%a3o
&Suplemento=.&PagActual=0&PagGrupoActual=0&TipoLink=1&pagFinalDiarioSupl=&idpag=113383&idint=&idact=)
da comissão parlamentar da Educação, Ciência e Cultura sobre a proposta do Governo.
2. Até à aprovação desta lei as instituições de ensino superior politécnico podiam: (i) conferir diplomas de estudos
superiores especializados, equivalentes ao grau de licenciado para efeitos profissionais e académicos; (ii) atribuir o
grau de licenciado quando um curso de estudos superiores especializados formasse um conjunto coerente com um
curso de bacharelato precedente.
3. A Lei n.º 115/97 determinou igualmente que o Governo definiria as condições em que os educadores de infância e
os professores dos ensinos básico e secundário, titulares de um diploma de bacharelato ou equivalente, poderiam
adquirir o grau académico de licenciatura.
4. Cf. a exposição de motivos da Proposta de Lei n.º 7/X (http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=61485
23063446f764c3246795a5868774d546f334e7a67774c325276593342734c576c75615668305a586776634842734e7931
594c6d527659773d3d&fich=ppl7X.doc&Inline=true).
5. Cf. a exposição de motivos da Proposta de Lei n.º 271/X (http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=614
8523063446f764c3246795a5868774d546f334e7a67774c325276593342734c576c75615668305a586776634842734d6a
63784c5667755a47396a&fich=ppl271X.doc&Inline=true).
6. O sumário do Diário do Governo da Lei n.º 5/73, de 25 de Julho, refereselhe como a lei que «aprova as bases a
que deve obedecer a reforma do sistema educativo».
7. Cf. União Europeia; DirectorateGeneral for Education and Culture; Eurydice. Organização do Sistema Educativo
em Portugal: 2006/07 (http://eacea.ec.europa.eu/education/eurydice/documents/eurybase/eurybase_full_reports/PT
_PT.pdf), pg. 9.
8. Eurico Lemos Pires, investigador em sociologia da educação, era deputado à Assembleia da República quando da
apreciação e votação da Lei de Bases do Sistema Educativo. Vogal da Comissão Parlamentar de Educação,
Ciência e Cultura, secretariou a respectiva subcomissão da Lei de Bases do Sistema Educativo.
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