Linguistica
Linguistica
Linguistica
LINGUÍSTICA
LETRAS/PORTUGUÊS
3º PERÍODO
Diocles Igor Castro Pires Alves
Liliane Pereira Barbosa
LINGUÍSTICA
2010
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da lei.
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Maria Ivete Soares de Almeida
Coordenadora da UAB/Unimontes
Fábia Magali Santos Vieira
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
Unidade 1: Linguística Pré-Saussuriana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1 Na Antiguidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2 Da Idade Média ao século XVI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.3 Do século XVII ao século XIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.4 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Unidade 2: Movimentos Linguísticos do Século XX: polo
formalista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.1 Polo formalista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Unidade 3: Movimentos Linguísticos do Século XX: polo
pragmático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.1 Polo pragmático. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.2 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Referências básica, complementar e suplementar . . . . . . . . . . . . . . 55
Atividades de Aprendizagem - AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
APRESENTAÇÃO
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Letras/Português Caderno Didático - 3º Período
Objetivamos:
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B GC
ATIVIDADES GLOSSÁRIO E
A F
DICAS PARA REFLETIR
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UNIDADE 1
LINGUÍSTICA PRÉ-SAUSSURIANA
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Letras/Português Caderno Didático - 3º Período
1.1 NA ANTIGUIDADE
DICAS
1.1.1 Na Índia
A Panini é creditado a
descoberta dos conceitos de Os hindus – povos da civilização oriental –, por razões religiosas,
fonemas, morfemas e raiz,
foram os primeiros povos levados a estudar sua língua - o sânscrito.
conceitos apenas entendido
por alguns linguistas ocidentais Preocuparam-se com os textos sagrados, reunidos nos Vedas, pois não
no século XVIII: fonema - queriam que sofressem alteração alguma no momento de serem cantados
unidade estrutural da língua
ou recitados durante os rituais religiosos. Acreditavam que essas alterações
falada, a sua mudança em uma
palavra conduz a um constituíam sacrilégios.
significado diferente; morfema Depois, os gramáticos – dos quais o mais célebre é Panini (século IV
- menor unidade estrutural da
língua que tem significado e
a.C) – dedicaram-se ao estudo do valor e do empréstimo das palavras do
raiz - forma mais simples de sânscrito e fizeram descrições fonéticas que são consideradas modelo no
uma palavra, que transmite a gênero. Por muito tempo esquecidas, foram elas descobertas pelos sábios
maior parte das informações
sobre o significado. Na
ocidentais nos fins do século XVIII e constituíram, como veremos ainda nessa
descrição da gramática unidade, o ponto de partida indispensável à criação da gramática
sânscrita, cuja visão era comparada.
normativa, Panini também
utilizou conceitos de A descoberta do sânscrito, no século XVIII, possibilitou aos
transformações e recursividade estudiosos ocidentais reconhecer a estrutura interna das palavras,
(conceitos utilizados por depreendendo suas unidades mínimas. Porém, cumpre ressaltar que os
Chomsky no século XX).
Fonte: http://pt.wikipedia.org estudos hindus eram puramente estáticos, relativos apenas ao sânscrito,
efetuados por homens totalmente destituídos de senso histórico, os quais se
limitavam a classificar os fatos sem procurar-lhes a explicação.
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com as coisas não era direta, mas indireta, entretanto, faltava ainda
determinar a natureza delas.
Aristóteles, um seguidor de Platão, propôs três etapas para a
descrição da relação palavras e coisas: “os signos escrito representam os
signos falados; os signos falados representam impressões na alma, e as
impressões na alma são a aparência das coisas reais“ (WEEDWOOD, 2002,
p. 27). Os estudiosos estoicos acrescentaram à sua pesquisa mais uma etapa
entre a fala e a impressão, o conceito (lógos), como sendo uma noção que
pode ser expressa por meio da língua.
Também surgiu o léxis, que não tinha que obrigatoriamente ter
significados. Com as pesquisas se aprofundando, os enunciados foram sendo
estudados cada vez mais em partes menores.
Platão foi o primeiro a classificar essas partes, numa perspectiva
funcional (sintática) e semântica, e não formal. Ele delimitou a ónoma
(nome) correspondente ao sujeito, e a rhema (palavra, frase), ao predicado
(verbo mais adjetivo).
Posteriormente, Aristóteles e os estóicos identificaram mais
algumas classes, porém pelo aspecto formal, como partes do discurso: o
sýndesmo (conjunção), unidade não possuidora de caso e que une o texto,
e o arthron (artigo), unidade possuidora de caso que distingue os nomes
em número e gênero.
Com os sucessivos estudos e pesquisas, essas classes foram ainda
mais refinadas: metoché (particípio), parte do discurso que recebe artigos,
casos (nominais) e flexões de tempo (verbais); antonomasía ou antonymia
(pronome), usada em substituição ao nome; próthesis (preposição) e
epírrhema (advérbio).
Todas as definições dessas nomenclaturas gramaticais, propostas
pelos gregos, foram pautadas nos aspectos de significado do enunciado
(caráter semântico).
Após essa fase da “nomenclatura”, o estudioso Apolônio Díscolo
(séc. II d. C.) fez um estudo mais profundo da sintaxe grega e propôs
diferentes níveis de linguagem: as mesmas regras de organização aplicam-se
“às unidades sonoras mínimas, às sílabas, às palavras e, de fato, aos
enunciados completos” (WEEDWOOD, 2002, p. 32). As suas ideias tiveram
uma participação indireta nos autores pré-modernos ocidentais em razão de
o grego ter sido ignorado pelo Ocidente entre os séculos VI e XV e o acesso a
seus estudos ter se dado por meio de traduções ou adaptações ao latim.
E uma das ideias gramaticais gregas filtrada pelos romanos nesse
período é a da “teoria da frase autosuficiente”, cujo problema de
interpretação/tradução fez com se limitassem a estudar a frase isoladamente.
E essa ideia distorcida permanece até os dias de hoje, quando nas gramáticas
tradicionais a sintaxe é estudada em frases soltas.
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1.1.3 Em Roma
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Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/L
ingu%C3%ADstica_hist%C3%B3ric
o-comparativa
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REFERÊNCIAS
ARNAULD e LANCELOT. Gramática de Port-Royal. 2 ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2001.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lingu%C3%ADstica_hist%C3%B3rico-
comparativa Acesso em: 20 de nov. de 2008.
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2 UNIDADE 2
MOVIMENTOS LINGUÍSTICOS DO SÉCULO XX:
POLO FORMALISTA
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2.1.1 Estruturalismo
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significado =
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2.1.2 Gerativismo
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finito, a maioria das quais nunca ouviu ou emitiu antes (fato já observado por
Humboldt, no século XIX).
O programa gerativista reflete sobre os mecanismos internos
envolvidos no pensamento e na ação humana, pois assumem que a
linguagem deve ser entendida como um órgão - componente do cérebro -,
cujo caráter básico é um reflexo dos
genes. Interessa-lhes os aspectos
inatos da mente/cérebro que geram o
conhecimento da língua, pois estão
preocupados em depreender na
análise das línguas propriedades
comuns, universais da linguagem, que
constituem a Gramática Universal
(GU).
O mecanismo que essa teoria
gerativa instala é dedutivo: parte do
que é abstrato, isto é, de um axioma e
um sistema de regras e chega ao
concreto, ou seja, as frases existentes
na língua, operando, portanto, com Figura 6: Avram Noam Chomsky
Fonte: http://www.chomsky.info
hipóteses a respeito da natureza e funcionamento da linguagem.
Nessa medida, parte do princípio de que a faculdade da linguagem
B GC
é intrínseca à espécie humana: o homem já nasce com ela (faz parte de sua GLOSSÁRIO E
natureza), ou seja, ela é interna ao organismo humano (não é determinada A F
pelo mundo exterior, como afirmam os behavioristas) e deve estar fincada na
Taxionomia: ciência baseada
biologia do cérebro/mente da espécie, destinando-se a constituir a
na classificação de coisas ou
competência linguística de um falante, a qual será por ele utilizada. aos princípios subjacentes da
A aquisição da linguagem, segundo os gerativistas, é um aspecto classificação.
Gramática Universal (GU):
particular do desenvolvimento da capacidade do ser humano de captar e
gramática inata ao ser humano
dominar conhecimentos, e são as ideias e princípios inatos derivados dessa que contém, segundo o
capacidade de pensar que determinam a forma de conhecimento adquirido modelo da teoria inatista de
Noam Chomsky de 1965, as
de maneira restrita e organizada. E, para que os mecanismos inatos sejam
regras de todas as línguas. Pelo
ativados, basta haver condições adequadas (exposição aos dados modelo de 1981, a GU é
linguísticos). constituída apenas de
princípios (leis universais), os
Esse modelo teórico propõe também que, por trás de questões quais todas as línguas possuem.
exclusivamente descritivas sobre o funcionamento da linguagem, há uma
rede complexa e seletiva de operações mentais que orienta o
desenvolvimento linguístico. Assim, postula análises sintáticas de frases
pautadas na diferença entre os níveis “superficial” (estrutura superficial) e
“profundo” (estrutura profunda) do sistema gramatical e sua maior intenção
é “oferecer um meio de análise dos enunciados” que leve “em conta este
nível subjacente da estrutura” (WEEDWOOD, 2002, p. 133).
Ao gerativismo, então, atribui-se a descrição das regras que
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REFERÊNCIAS
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3UNIDADE 3
MOVIMENTOS LINGUÍSTICOS DO SÉCULO XX: POLO
PRAGMÁTICO
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3.1.7 Sociolinguística
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3.1.9 Psicolinguística
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REFERÊNCIAS
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RESUMO
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REFERÊNCIAS
BÁSICAS
COMPLEMENTARES
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SUPLEMENTARES
SITES
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lingu%C3%ADstica_hist%C3%B3rico-
comparativa Acesso em: 20 de nov. de 2008.
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ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
- AA
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A seqüência CORRETA é
a) 1, 5, 2, 4, 3.
b) 4, 1, 2, 3, 5.
c) 2, 5, 1, 4, 3.
d) 1, 3, 2, 4, 5.
e) 1, 2, 3, 4, 5.
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