Manual MIP 2018
Manual MIP 2018
Manual MIP 2018
Versão 2018.3.8.w
Brasília
2018
Ministério da Fazenda
SECRETÁRIO-EXECUTIVO
Eduardo Refinetti Guardia
SUBSECRETÁRIA DE RELAÇÕES
FINANCEIRAS INTERGOVERNAMENTAIS
Pricilla Maria Santana
Permitida a reprodução total ou parcial desta publicação desde que citada a fonte.
Sumário
1. Apresentação ........................................................................................................................................................ 2
1.1 O Manual para Instrução de Pleitos (MIP) .................................................................................................... 2
2. Atribuições ........................................................................................................................................................... 4
2.1 Do Ministério da Fazenda .............................................................................................................................. 4
2.2 Das Instituições Financeiras ........................................................................................................................... 4
2.3 Do Banco Central do Brasil ........................................................................................................................... 6
2.4 Do órgão jurídico dos Estados, Distrito Federal ou Municípios .................................................................... 6
2.5 Do órgão técnico dos Estados, Distrito Federal ou Municípios ..................................................................... 7
2.6 Do gestor dos Estados, Distrito Federal ou Municípios ................................................................................. 7
2.7 Do Tribunal de Contas ................................................................................................................................... 7
3. Atendimento ao público ...................................................................................................................................... 9
3.1 Considerações iniciais .................................................................................................................................... 9
3.2 Canais de atendimento ................................................................................................................................... 9
4. Tipos de operações de crédito .......................................................................................................................... 13
4.1 Tipos de operações de crédito ...................................................................................................................... 13
5. Fluxos e procedimentos ..................................................................................................................................... 16
5.1 Fluxo (em passos) da operação de crédito interno sem garantia .................................................................. 16
5.2 Fluxo (em passos) da operação de crédito interno com garantia ................................................................. 16
5.3 Fluxo (em passos) da operação de crédito externo ...................................................................................... 17
5.4 Arquivamento e desarquivamento de PVL .................................................................................................. 19
5.5 Competência para assinatura de PVL e CDP ............................................................................................... 19
6. Validade das verificações de limites ................................................................................................................ 22
6.1 Validade das verificações de limites ............................................................................................................ 22
7. Operação de crédito interno ............................................................................................................................. 27
7.1 Considerações iniciais .................................................................................................................................. 27
7.2 Documentos e informações .......................................................................................................................... 29
7.3 Limites e Condições ..................................................................................................................................... 29
7.4 Operações de crédito para pagamento de precatórios .................................................................................. 30
7.5 Roteiro de conferência de documentos ........................................................................................................ 30
8. Regularização de operações de crédito ............................................................................................................ 35
8.1 Fundamentação legal .................................................................................................................................... 35
8.2 Documentos para regularização de operações de crédito ............................................................................ 35
8.3 Limites e condições ...................................................................................................................................... 36
9. Operação de crédito externo ............................................................................................................................ 39
9.1 Considerações iniciais sobre as operações de crédito externo ..................................................................... 39
9.2 Documentos e informações .......................................................................................................................... 39
9.3 Limites e condições ...................................................................................................................................... 40
10. Operações de reestruturação e recomposição do principal de dívidas ...................................................... 42
10.1 Considerações iniciais ................................................................................................................................ 42
10.2 Documentos e informações específicos ..................................................................................................... 42
10.3 Limites e Condições ................................................................................................................................... 43
11. Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) ............................................................................................. 45
11.1 Considerações iniciais ................................................................................................................................ 45
11.2 Documentos e informações ........................................................................................................................ 46
11.3 Limites e condições .................................................................................................................................... 47
12. Concessão de garantia por Estados, Distrito Federal e Municípios ........................................................... 49
12.1 Considerações iniciais ................................................................................................................................ 49
12.2 Documentos e informações ........................................................................................................................ 49
12.3 Limites e condições .................................................................................................................................... 49
12.4 Elevação do limite para concessão de garantias para 32% da RCL ........................................................... 50
13. Concessão de garantia da União .................................................................................................................... 52
13.1 Considerações iniciais sobre a garantia da União ...................................................................................... 52
13.2 Condições da garantia da União ................................................................................................................. 52
13.3 Limites da garantia da União ..................................................................................................................... 54
13.4 Documentos e informações complementares ............................................................................................. 54
13.5 Registro de Operações Financeiras - ROF ................................................................................................. 54
13.6 Solicitação de análise de aditivo contratual ............................................................................................... 55
13.7 Operações de crédito interno ou externo garantidas pela União ................................................................ 56
13.8 Orientações e modelos ............................................................................................................................... 64
14. Operações de crédito de empresas estatais não dependentes ...................................................................... 68
14.1 Concessão de garantia da União a operações de crédito de empresas estatais não dependentes ............... 68
15. Cadastro da Dívida Pública (CDP) ................................................................................................................ 73
Informações sobre o Cadastro da Dívida Pública .............................................................................................. 73
16. Operação de Crédito Interno verificada diretamente pelas Instituições Financeiras (PVL-IF) ............. 74
16.1 Informações gerais sobre o PVL-IF ........................................................................................................... 74
16.2 Lei Complementar nº 148/2014 ................................................................................................................. 74
16.3 Portaria MF nº 413/2016 e alterações da Portaria MF nº 501/2017 ........................................................... 75
16.4 Prazo de validade da verificação dos limites e condições .......................................................................... 77
16.5 Cumprimento do inciso IV, art. 5º e inciso VI, art. 21, ambos da RSF nº 43/2001 ................................... 77
16.6 Observância do disposto no § 4º, art. 24 da RSF nº 43/2001 ..................................................................... 78
17. Limites e condições de endividamento .......................................................................................................... 81
17.1 Limites ........................................................................................................................................................ 81
17.2 Critério de projeção da Receita Corrente Líquida (RCL) .......................................................................... 83
17.2.1 Fator de atualização anual 2014 .............................................................................................................. 83
17.2.2 Fator de atualização anual 2015 .............................................................................................................. 83
17.2.3 Fator de atualização anual 2016 .............................................................................................................. 84
17.2.4 Fator de atualização anual 2017 .............................................................................................................. 84
17.2.5 Fator de Atualização anual 2018 (atual) ................................................................................................. 84
17.3 Condições ................................................................................................................................................... 86
18. Orientações e modelos de documentos .......................................................................................................... 88
18.01 Instruções de caráter geral ........................................................................................................................ 88
18.02 Pedido de Verificação de Limites e Condições (PVL/Proposta Firme) ................................................... 89
18.03 Demonstrativo da Receita Corrente Líquida ............................................................................................ 90
18.04 Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida ....................................................................................... 91
18.05 Cronograma de Liberações das Operações Contratadas, Autorizadas e em Tramitação ......................... 91
18.06 Cronograma de Pagamentos das Dívidas Contratadas e a Contratar ....................................................... 92
18.07 Parecer do Órgão Jurídico e Declaração do Chefe do Poder Executivo .................................................. 92
18.08 Parecer do Órgão Técnico ........................................................................................................................ 93
18.09 Declaração de Não Reciprocidade (somente para ARO) ......................................................................... 93
18.10 Autorização do Órgão Legislativo ........................................................................................................... 93
18.11 Anexo nº 1 da Lei nº 4.320/1964 ............................................................................................................. 94
18.12 Comprovação da adimplência financeira e do adimplemento de obrigações .......................................... 94
18.13 Obrigações de transparência .................................................................................................................... 97
18.14 Orientações para análise e entrega de Certidão do Tribunal de Contas ................................................... 99
19. Casos Especiais .............................................................................................................................................. 104
19.1 Informações e documentos necessários quando houver primeira liberação no exercício seguinte ......... 104
19.2 Documentos a providenciar, caso a análise ocorra de 2 a 30 de janeiro .................................................. 104
19.3 Documentos a providenciar, caso a análise aconteça a partir de 31 de janeiro ....................................... 106
19.4 Limitações impostas para contratação de operações de crédito em ano eleitoral ................................... 107
20. Aditivos, renegociações e repactuações ao amparo da LC nº 156/2016 ................................................... 110
20.1 Considerações iniciais .............................................................................................................................. 110
20.2 Aditivos de que trata o artigo 1º da LC n° 156/2016 ............................................................................... 112
20.3 Aditivos de que tratam os artigos 3º e 5º da LC n° 156/2016 .................................................................. 113
20.4 Renegociações de operações com funding BNDES de que trata o artigo 2º da LC n° 156/2016 ............ 113
20.5 Celebração de termos aditivos do novo PAF de que tratam os artigos 8º a 10 da LC n° 156/2016 ........ 115
20.6 Repactuações junto ao FGTS de que trata o artigo 13 da LC n° 156/2016 ............................................. 116
20.7 Consulta pública das operações tratadas nesse Capítulo .......................................................................... 120
21. Operações de crédito no âmbito da Lei Complementar nº 159, de 2017 ................................................. 121
21.1Considerações iniciais .............................................................................................................................. 121
21.2 Procedimentos e documentação aplicáveis às operações de crédito a serem contratadas com base ....... 123
nos incisos I a VII do artigo 11 da LC nº 159, de 2017
21.3 Consulta pública das operações tratadas nesse Capítulo .......................................................................... 126
22. Punições pela contratação irregular de operações de crédito ................................................................... 127
22.1 Tabela de punições ................................................................................................................................... 127
23. Histórico de Versões do MIP ........................................................................................................................ 130
23.01 Alterações da versão 2015.4 .................................................................................................................. 130
23.02 Alterações da versão 2016.5.5.w ............................................................................................................ 130
23.03 Alterações da versão 2017.1.11.w .......................................................................................................... 131
23.04 Alterações da versão 2017.1.31.w .......................................................................................................... 131
23.05 Alterações da versão 2017.2.20.w .......................................................................................................... 132
23.06 Alterações da versão 2017.3.10.w .......................................................................................................... 132
23.07 Alterações da versão 2017.5.25.w .......................................................................................................... 132
23.08 Alterações da versão 2017.6.9.w ............................................................................................................ 133
23.09 Alterações da versão 2017.7.3.w ............................................................................................................ 133
23.10 Alterações da versão 2017.8.31.w .......................................................................................................... 134
23.11 Alterações da versão 2017.9.12.w .......................................................................................................... 134
23.12 Alterações da versão 2017.10.20.w ........................................................................................................ 136
23.13 Alterações da versão 2017.11.1.w .......................................................................................................... 137
23.14 Alterações da versão 2018.3.8.w (atual) ................................................................................................ 137
NOTAS DE RODAPÉ ......................................................................................................................................... 139
Manual para Instrução de Pleitos (MIP)
1. Apresentação
O Manual para Instrução de Pleitos (MIP) regulamenta os procedimentos de instrução dos pedidos de análise
dirigidos ao Ministério da Fazenda – MF (verificação de limites e condições e análise da concessão de garantia).
Pretende-se, assim, orientar os técnicos dos Entes pleiteantes no adequado fornecimento das informações
necessárias para a análise da proposta.
Este Manual discrimina, por tipo de operação de crédito e concessão de garantia, os procedimentos para
contratação, as condições ou vedações aplicáveis, os limites de endividamento a que estão submetidos, bem como
os documentos exigidos pelo Senado Federal e a sua forma de apresentação. São utilizados modelos de documentos
previamente definidos ou instruções de caráter técnico. Adicionalmente, são fornecidas informações específicas
acerca de exigências que não dependem exclusivamente do Ente pleiteante, mas que devem ser igualmente
apresentadas.
A título de informação complementar, as punições de caráter pessoal, definidas em Lei, constam de capítulo
específico (Capítulo 20), o qual merece a devida atenção por parte dos gestores públicos, tendo em vista suas
responsabilidades institucionais e pessoais.
Deve-se ressaltar que nada substitui a responsabilidade individual do gestor público, cuja decisão de contratar
envolve não somente os aspectos formais, mas, sobretudo, uma ótica permanente voltada à responsabilidade na
gestão fiscal, em sentido amplo.
A LRF pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o
equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a
obediência a limites e condições no que tange, dentre outros itens, à operação de crédito.
Este Manual, adicionalmente, informa quais são as condições e os documentos necessários para outras análises,
relacionadas às operações de crédito. A primeira a se destacar é aquela referente à concessão de garantia da União
em operações de crédito, igualmente realizada pela Secretaria do Tesouro Nacional. Há, ainda, um capítulo
específico referente a operações das empresas estatais não dependentes, com garantia da União, ou operações
externas sem garantia, as quais requerem pronunciamento prévio do Ministério da Fazenda para fins de
cadastramento pelo Banco Central do Brasil, bem como das operações a serem analisadas diretamente pelas
Instituições Financeiras, nos termos da Lei Complementar n° 148/2014.
2. Atribuições
● verificação dos limites e condições para a contratação de operações de crédito (art. 32 da LRF e RSF nº 43/2001);
● pronunciamento prévio ao credenciamento de estados e municípios, pelo Banco Central do Brasil (BCB), para
fins da contratação de operações de crédito externo (Resoluções CMN nº 2.515/1998 e 3.844/2010,
regulamentadas pela Circular 3.491/2010, todas do BCB, nos termos do Decreto nº 93.872/1986);
● análise dos pedidos de concessão de garantia da União (art. 40 da LRF e RSF nº 48/2007);
● registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, materializado no Cadastro da
Dívida Pública (CDP) (§ 4º do art. 32 da LRF, regulamentado pela Portaria STN nº 756/2015);
● recepção de dados contábeis e fiscais dos entes da Federação, dentre os quais, o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária (RREO) e o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) (arts. 51 a 54 da LRF e Portaria STN nº 743/2015).
Destaca-se que as análises de operações de crédito do Ministério da Fazenda são eminentemente de caráter
vinculado, não comportando aspectos de conveniência e oportunidade nos itens de verificação, os quais se
encontram normatizados, seja na própria LRF, seja em Resoluções do Senado Federal ou em Portarias da STN.
Adicionalmente, sempre que necessário, os aspectos relacionados à interpretação jurídica são submetidos à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), de maneira a consolidar interpretações que são aplicadas a todos
os casos semelhantes.
A concessão da garantia da União, por outro lado, constitui ato administrativo próprio do Ministério da Fazenda.
O procedimento acima descrito não é válido no caso de instituições financeiras estrangeiras, organismos
internacionais ou instituições não financeiras. Para esses casos, o pedido deve ser protocolado pelo próprio Ente.
Os procedimentos definidos pelo CMN envolvem, portanto, uma maior participação das instituições financeiras,
que passam a acompanhar desde as etapas iniciais os aspectos que envolvem a contratação, considerando, inclusive,
os riscos inerentes à sua condição, sob a ótica da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece:
Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de crédito com Ente da Federação,
exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de que a
operação atende às condições e limites estabelecidos.
1º A operação realizada com infração do disposto nesta Lei Complementar será considerada
nula, procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o
pagamento de juros e demais encargos financeiros.
Por outro lado, as instituições financeiras ganham um papel relevante de orientar, de maneira mais direta, os
Deve-se observar que todas as propostas de operação de crédito firmadas por instituições financeiras integrantes do
Sistema Financeiro Nacional devem seguir as regras de concessão de crédito ao setor público ditadas pela
Resolução CMN nº 4.589/2017, e alterações. A garantia da disponibilidade de recursos frente às restrições da
legislação somente poderá ser concedida pelo agente financeiro e, sobretudo, quando da assinatura da proposta
firme entre as partes.
§ 1º Para fins do disposto no caput, as instituições autorizadas a operar com o setor público
deverão, na forma estabelecida pela Secretaria do Tesouro Nacional, centralizar o
recebimento de todos os documentos necessários à completa verificação dos limites e das
condições definidos em lei e demais atos normativos, nos termos do art. 32 da Lei
Complementar nº 101, de 2000. (grifo nosso)
Art. 2º - Não terá validade a proposta firme emitida sem a verificação completa da instrução
documental na forma do art. 1º devendo ser o pedido restituído à instituição financeira a fim
de que seja novamente instruído.
Adicionalmente, deve-se destacar que, tendo em vista a alteração introduzida pela RSF nº 29/2009, a verificação da
adimplência dar-se-á no momento da formalização dos contratos. Assim, é de exclusiva responsabilidade do agente
financeiro o acompanhamento das obrigações a que se referem o art. 16 e o inciso VIII do art. 21 da RSF nº
Considerando que a efetiva verificação ocorrerá, portanto, no momento da assinatura do contrato, não há mais a
necessidade de verificação prévia desses requisitos por parte do Ministério da Fazenda. Logo, recomenda-se aos
Entes federativos o acompanhamento das adimplências, de maneira a não restar pendências para a finalização do
processo de contratação.
Vale lembrar que, em consonância ao que estabelece o art. 33 da LRF, a instituição financeira credora também se
responsabiliza pela observância da Lei, devendo certificar-se de que, por ocasião da assinatura do contrato, o
beneficiário da operação atenda às exigências previstas, sob pena de arcar com a nulidade da operação de crédito e
a devolução dos encargos incidentes.
As instituições financeiras, nos termos do art. 10 da Lei Complementar nº 148, de 25 de novembro de 2014,
poderão (a partir de 5/2/2017) realizar diretamente a verificação de limites e condições prevista no art. 32 da Lei
Complementar nº 101/2001 desde que sigam os critérios definidos na Portaria MF nº 413, de 4 de novembro de
2016. Instruções a respeito desta previsão estão contidas no capítulo 16.
Nos termos do que estabelece a Lei nº 4.595/64, dentre outras, pode ser destacada a seguinte atribuição:
Nas operações externas com garantia da União, a participação do órgão jurídico do mutuário durante o processo de
negociação do contrato é igualmente relevante, uma vez que será necessária sua manifestação, após a negociação,
sobre a legalidade das obrigações assumidas pelo mutuário de acordo com a minuta contratual negociada, conforme
art. 6º, inc. VI, da Portaria MEFP nº 497/1990. A depender do credor da operação, poderá ser ainda necessária a
emissão de parecer final sobre a validade e a exigibilidade do contrato assinado, bem como sobre a legitimidade do
Compete também aos Tribunais de Contas apurar eventuais denúncias e irregularidades que sejam de seu
conhecimento, de maneira a dar cumprimento à adequada instrução dos pleitos.
Em face do exposto, esta STN, ao concluir a análise dos pleitos de operação de crédito, encaminha ao Tribunal de
Contas competente o parecer do órgão jurídico para dar conhecimento ao Tribunal das informações prestadas pelo
Ente ao Ministério da Fazenda.
3. Atendimento ao público
Para dirimir dúvidas técnicas concernentes à verificação do cumprimento de limites e condições para contratação
de operações de crédito e concessão de garantia da União, a STN disponibiliza alguns canais de comunicação,
destacando-se o Fale Conosco SADIPEM, a ouvidoria e o atendimento presencial. Essas formas de atendimento
são colocadas à disposição das instituições financeiras e dos entes federativos.
O acompanhamento dos Pedidos de Verificação de Limites e Condições (PVL) a que se referem este Manual pode
ser realizado por meio da página sadipem.tesouro.gov.br, na opção “Consultar Operações de Crédito”, em que estão
disponibilizadas as informações sobre a situação de cada PVL.
Conforme definido pela Resolução CMN 3.751/2009, no caso de operações internas, cabe aos agentes financeiros a
centralização e o encaminhamento da documentação completa, nos termos deste Manual, à Secretaria do Tesouro
Nacional/MF.
Deve-se destacar que, desde 2007, as Instituições Financeiras estão recebendo treinamento para auxiliar os Entes na
instrução de pleitos e, desse modo, dúvidas adicionais devem ser preferencialmente direcionadas a essas
Instituições, inclusive por terem melhor condição de conferir atenção direta ao Estado ou ao Município.
Caso haja efetiva necessidade de comunicação direta com a STN, deverão ser observados alguns procedimentos
específicos para cada via de consulta, descritos a seguir, esclarecendo ainda que as regras de conduta dos servidores
da STN em relação aos representantes do Ente solicitante são normatizadas.
Fale Conosco
O Fale Conosco é o nosso principal canal de atendimento. Acesse-o por meio do endereço
www.tesouro.gov.br/fale-conosco-sadipem.
Nesse canal, é possível relatar problemas, esclarecer dúvidas, dentre outros serviços relacionados a operações de
crédito de Estados e Municípios, garantias da União, Cadastro da Dívida Pública e sobre o sistema SADIPEM.
Caso tenha dúvidas de como enviar um chamado pelo Fale Conosco, acesse o Tutorial.
A Secretaria do Tesouro Nacional realiza periodicamente eventos e treinamento sobre os módulos do SADIPEM:
Operações de crédito (PVL) e Cadastro da Dívida Pública (CDP). Para realizar e acompanhar a inscrição em
eventos, baixar material, avaliar e expedir certificado dos eventos realizados acesse
www.tesouro.gov.br/eventos-sadipem.
Em resposta aos Pedidos de Verificação de Limites e Condições, desde o dia 02/10/2017, com a implementação do
SEI – Sistema Eletrônico de Informações do Ministério da Fazenda, os ofícios da Secretaria do Tesouro Nacional
passaram a ser assinados eletronicamente e encaminhados aos entes e às instituições financeiras, exclusivamente
por meio eletrônico, para os endereços de e-mail constantes do cadastro do SADIPEM.
O acompanhamento do andamento dos PVL pode ser realizado por meio da página sadipem.tesouro.gov.br, na
opção “Consultar Operações de Crédito”, em que estão disponibilizadas as informações sobre a situação de cada
processo. Nesse mesmo endereço, também é possível consultar o status e as dívidas do Cadastro da Dívida Pública
(CDP), na opção "Consultar CDP".
Consultas presenciais
Havendo efetiva necessidade de consulta presencial, a reunião deverá ser agendada com antecedência mínima de
O interessado deverá adiantar, em seu pedido de audiência, os pontos a serem tratados, sugestões de datas e
horários a serem confirmados pela STN, bem como os nomes dos participantes. Os formulários com as memórias
das reuniões serão incluídos no processo administrativo objeto da consulta.
Para propiciar segurança ao processo, no interesse comum, as reuniões serão gravadas em sistema de áudio e
vídeo.
A operação de crédito por ARO destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro, e deverá
ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano.
As demais operações de crédito destinam-se a cobrir desequilíbrio orçamentário ou a financiar obras, mediante
contratos ou emissão de títulos da dívida pública. A operação é denominada operação de crédito interno quando
contratada com credores situados no País e operação de crédito externo quando contratada com agências de
países estrangeiros, organismos internacionais ou instituições financeiras estrangeiras. As operações de
reestruturação e recomposição do principal de dívidas têm enquadramento especial quando significarem a troca
de dívida (efeito permutativo) com base em encargos mais favoráveis ao Ente.
O conceito de operação de crédito da LRF é bastante amplo. Dessa maneira, há operações que eventualmente
podem não ser caracterizadas como operações de crédito pelo sistema financeiro, mas se enquadram no conceito da
LRF, devendo, portanto, ser objeto de verificação prévia pelo Ministério da Fazenda.
As operações de crédito tradicionais são aquelas relativas aos contratos de financiamento, empréstimo ou mútuo. A
legislação englobou no mesmo conceito, ainda, as operações assemelhadas, tais como a compra financiada de bens
ou serviços, o arrendamento mercantil e as operações de derivativos financeiros, inclusive operações dessas
categorias realizadas com instituição não financeira.
Adicionalmente, há operações que, apesar de não se constituírem operações de crédito em sentido estrito, foram
equiparadas àquelas por força da legislação, por representarem compromissos financeiros e terem sido consideradas
relevantes pelo legislador. O § 1º do art. 29 da LRF dispõe que se equipara a operação de crédito a assunção, o
reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação. Adicionalmente, o § 1º do art. 3º da RSF nº
43/2001 estabelece as seguintes equiparações a operação de crédito: a) recebimento antecipado de valores de
empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto,
salvo lucros e dividendos, na forma da legislação; b) assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou
operação assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de
títulos de crédito; c) assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a
posteriori de bens e serviços.
Neste Manual, serão discriminados os procedimentos referentes aos seguintes tipos de pleitos:
A Concessão de Garantia não é considerada operação de crédito, conforme inciso IV do art. 29 da LRF, mas está
igualmente sujeita à verificação prévia de seus limites e condições de realização. É obrigação de natureza
contingente, definida como “compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada”. Trata-se de garantia a obrigação de terceiros. A garantia, real ou
fidejussória, de obrigação própria do ente, portanto, não se enquadra neste conceito.
5. Fluxos e procedimentos
1. O ente da Federação ou a instituição financeira encaminha, por intermédio do SADIPEM, Pedido de Verificação
de Limites e Condições (PVL). Siga para o passo 2.
2. O PVL aguarda análise na fila única de pleitos. Siga para o passo 3.
3. Análise do pleito. O prazo de conclusão para pleitos que atendem aos requisitos mínimos é de dez dias úteis,
conforme definido no art. 31 da RSF nº 43/2001. Siga para o passo 4.
4. Caso os documentos estejam corretos e não exista questionamento jurídico, siga para o passo 7. Caso não
estejam corretos e/ou exista questionamento jurídico, siga para o passo 5.
5. É encaminhado ofício de exigência à instituição financeira e, caso exista questionamento jurídico, consulta-se a
PGFN. A instituição financeira é informada a respeito da eventual consulta. Siga para o passo 6.
6. Após os novos documentos serem enviados por intermédio do SADIPEM, e, se for o caso, após a resposta da
PGFN ao questionamento jurídico, o processo retorna à fila única de pleitos (retorne ao passo 2). Caso o ente
não envie os documentos solicitados em até 60 dias, o pleito pode ser arquivado. Nesse caso, siga para o passo 8.
Observação: A partir de 30/01/2017, a Lei Autorizadora, Parecer do Órgão Jurídico, Parecer do Órgão Técnico,
Certidão do Tribunal de Contas, Comprovante do Encaminhamento de Contas ao Poder Executivo do Estado,
Anexo 1 da Lei 4.320 antes da exigibilidade do 1º RREO e demais documentos deverão ser enviados anexados
ao processo no SADIPEM.
7. São encaminhados ofícios ao ente da Federação e à instituição financeira comunicando o cumprimento, por parte
do ente, dos limites e condições para a contratação da operação pleiteada. Siga para o passo 8.
8. O processo é arquivado.
A iniciativa, no primeiro caso, é do próprio interessado pela operação de crédito ou da instituição financeira
credora, que deverá solicitar à STN, via Fale Conosco SADIPEM, o arquivamento do PVL.
Observe que o pedido de arquivamento somente se aplica a PVL em tramitação, isto é, enquanto não há
manifestação final da STN pelo deferimento ou indeferimento do pleito. Por consequência, mudanças de status que
ocorram após o deferimento, como a não contratação da operação de crédito, não ensejam pedido de arquivamento
do PVL. Essa atualização do status da contratação, contudo, deve ser registrada oportunamente na declaração do
Cadastro da Dívida Pública (CDP) do exercício a que se refere.
Art. 4º Serão observados os seguintes procedimentos e prazos para análise dos Pedidos de
Verificação de Limites e Condições:
[...]
III - Não atendidas as exigências para adequação de documentos no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, o Pedido de Verificação de Limites e Condições poderá ser arquivado,
podendo ser reaberto conforme procedimentos estabelecidos no MIP.
Para essa possibilidade, portanto, a iniciativa de arquivamento é da STN, que, após verificar a inércia de 60 dias no
não atendimento das exigências solicitadas, procederá ao arquivamento do PVL pleiteado.
Em ambos os casos, não haverá notificação específica para o ente ou credor informando do arquivamento da
operação, cujo status poderá ser consultado no SADIPEM.
Por fim, é importante destacar que, permanecendo o interesse na contratação, o ente ou a instituição financeira
credora poderá, a qualquer tempo, encaminhar um novo PVL para análise da STN ou solicitar, por meio do Fale
Conosco SADIPEM, a reabertura de um PVL arquivado, desde que não tenha transcorrido mais de 12 meses da sua
data de arquivamento.
A assinatura por agente competente é requisito de validade para o Pedido de Verificação de Limites e Condições
(PVL) e para a declaração do Cadastro de Dívida Pública (CDP).
A competência, por parte do Ente Federado, é do Titular do Poder Executivo (Governador ou Prefeito, conforme o
caso), que deverá assinar todos os PVL e CDP do qual o Ente seja interessado.
O cadastramento no sistema de Titulares do Poder Executivo é realizado automaticamente no SADIPEM por meio
de carregamento de dados oriundos da Justiça Eleitoral. Todavia, em se verificando a ausência de cadastro, a
autoridade deve:
● acessar o sistema e nele realizar seu próprio cadastro, selecionando o perfil “Chefe de Ente”;
● solicitar ativação do perfil, por meio do canal Fale Conosco SADIPEM. Na solicitação deve ser anexado
comprovante da titularidade do Poder Executivo;
● aguardar análise e validação do cadastro pela Equipe SADIPEM.
Instituição Financeira
Quando o PVL se referir a uma operação de crédito com instituição financeira nacional, será necessária uma
assinatura adicional: a da instituição credora da operação.
A competência, nesse caso, recai sobre o agente constituído para esse fim no estatuto da organização (ou em
documento equivalente). O cadastramento do agente competente deverá ser requisitado à STN, via Fale Conosco
SADIPEM, com envio de documento que comprove essa competência.
Delegação de Competência
Em ambos os casos, a competência para assinatura pode ser delegada. Para ser considerada válida, exige-se o
encaminhamento à STN, via Fale Conosco SADIPEM, de normativo que comprove a delegação formal.
Em resumo
● PVL relativo a operação de crédito com instituição financeira nacional: requer duas assinaturas, uma do Titular
do Poder Executivo e outra de um “Responsável de Organização” da instituição financeira credora da operação
pleiteada;
● Demais PVL e declaração do CDP: requer apenas a assinatura do Titular do Poder Executivo do ente federado a
que se refere o PVL ou a declaração;
● Delegação de competência: deve ser enviado à STN o normativo comprobatório da delegação formal.
Art. 44. As resoluções do Senado Federal que autorizarem as operações de crédito objeto
desta Resolução, bem como a verificação dos limites e condições previstos no art. 32 da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, incluirão, ao menos, as seguintes informações:
I - valor da operação e moeda em que será realizada, bem como o critério de atualização
monetária;
II - objetivo da operação e órgão executor;
III - condições financeiras básicas da operação, inclusive cronograma de liberação de
recursos; e
IV - prazo para o exercício da autorização, que será de, no mínimo, 180 (cento e oitenta)
dias e, no máximo, 540 (quinhentos e quarenta) dias para as operações de dívidas fundadas
externas, e de, no mínimo, 90 (noventa) dias e, no máximo, 270 (duzentos e setenta) dias,
para as demais operações de crédito.
§ 1º Nas operações de crédito autorizadas em conformidade com o inciso III do art. 12, a
condição de excepcionalidade será expressamente mencionada no ato de autorização.
§ 2º Nas operações de crédito externo com garantia da União, a concessão da garantia será
expressamente mencionada no ato de autorização. (grifos nossos)
A Lei Complementar nº 101, de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF), em seu artigo 32, § 6º, incluído pela
Lei Complementar nº 159, de 2017, dispõe que:
§ 6o O prazo de validade da verificação dos limites e das condições de que trata este artigo e
da análise realizada para a concessão de garantia pela União será de, no mínimo, 90 (noventa)
dias e, no máximo, 270 (duzentos e setenta) dias, a critério do Ministério da Fazenda.
A Portaria MF nº 151, de 12/04/2018, regulamenta o dispositivo acima destacado e, assim, estabelece os critérios
para a fixação do prazo de validade para a verificação dos limites, realizada pelo Ministério da Fazenda, para os
pleitos de operações de crédito de Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do estabelecido do art. 32 da
LRF. Segue o artigo da Portaria:
Art. 1º Em relação a cada pleito de Estados, Distrito Federal e Municípios para realização de
operação de crédito, a Secretaria do Tesouro Nacional ou a instituição financeira credora, em
conformidade com o disposto no art. 10 da Lei Complementar nº 148, de 2014, efetuará a
verificação dos limites e das condições de que trata o art. 32 da Lei Complementar nº 101, de
2000, bem como a análise para a concessão de garantia pela União, as quais constarão de
sua manifestação, para a qual serão atribuídos os seguintes prazos de validade:
I - 90 (noventa) dias: se o cálculo de qualquer dos limites a que se referem os incisos I, II e III
do art. 7º da Resolução do Senado Federal nº 43, de 2001, resultar em percentual de
comprometimento igual ou superior a 90%;
II - 180 (cento e oitenta) dias: se, no cálculo a que se referem os incisos I, II e III do art. 7º da
As verificações de limites e condições realizadas diretamente pelas instituições financeiras, nos termos da Lei
Complementar nº 148/2014 e da Portaria MF nº 413/2016, alterada pela Portaria MF nº 501/2017, também se
sujeitam ao regramento disposto pela Portaria MF nº 151/2018, conforme disposto no caput do artigo 1º.
O quadro abaixo resume os critérios objetivos no estabelecimento do prazo de validade das verificações de limites
e condições pelo Ministério da Fazenda, com base nos cálculos constantes do Capítulo 17.
Especificamente em seus §§ 2º, 3º e 4º do artigo 1º, a Portaria MF nº 151/2018 trata da verificação complementar
de limites e condições a ser realizada após o encerramento do exercício em que a operação de crédito tenha tido seu
pleito deferido:
"(...) §2º Para operações de crédito que contem com a garantia da União, encerrado o
I - diretamente pela instituição financeira credora, caso a verificação tenha sido realizada nos
termos do ato normativo que regulamenta o art. 10 da Lei Complementar nº 148, de 2014; ou
II - pela Secretaria do Tesouro Nacional, nos demais casos.
Como se pode observar, a referida Portaria dispõe que, após o encerramento do exercício em que a verificação de
limites e condições tenha sido concluída, caso a operação de crédito não tenha sido contratada será necessária nova
análise. Nos termos dos §§ 2º e 3º do artigo 1º da Portaria MF nº 151, de 12/04/2018, e desde que dentro do prazo
de validade da verificação, esta análise será complementar e realizada, a pedido do ente, pela STN ou pela
instituição financeira (naqueles casos que se enquadrem no ato normativo que regulamenta o art. 10 da LC nº
148/2014).
i. do cumprimento da Regra de Ouro dos exercícios corrente e anterior (art. 167, inciso III da Constituição
Federal);
ii. da existência de prévia e expressa autorização legal; e
iii. da inclusão no orçamento em curso ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação
pleiteada.
De acordo com o § 4º da referida Portaria, o prazo de validade da verificação complementar da operação de crédito
pleiteada fluirá pelo período de validade restante, tendo por referência a data da verificação vigente de limites e
condições.
Definidas as condições da operação, a instituição financeira escolhida adotará as providências cabíveis relativas ao
regulamento do crédito ao setor público (Resolução nº 4.589/2017 e alterações), estabelecido pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN) e operacionalizado pelo Banco Central do Brasil (BACEN), na qualidade de entidade
executiva do CMN.
Essas providências não serão necessárias quando a operação de crédito não envolver instituição integrante do
Sistema Financeiro Nacional. É o caso de uma operação de crédito externo ou interno cujo credor não seja uma
instituição financeira (instituição não financeira).
As instituições financeiras, nos termos do art. 10 da Lei Complementar nº 148, de 25 de novembro de 2014,
deverão (a partir de 01/01/2018) realizar diretamente a verificação de limites e condições prevista no art. 32 da Lei
Complementar nº 101/2001 desde que sigam os critérios definidos na Portaria MF nº 413, de 4 de novembro de
2016. Mais informações no capítulo 16.
Uma vez que a Portaria STN nº 9, de 05/01/2017 estabeleceu o envio de pedido de verificação de limites, condições
e garantia da União por meio do Sistema de Análise da Dívida Pública, Operações de Crédito e Garantias da União,
Estados e Municípios – SADIPEM, é necessário que tanto o Ente Federativo quanto a Instituição Financeira
possuam Certificado Digital, a fim de que possam ter acesso ao referido sistema. Informações adicionais sobre
Atendidas todas as condições relativas ao regulamento do crédito ao setor público, a Instituição Financeira deve
cadastrar o Pedido de Verificação de Limites e Condições (PVL) da operação pretendida no SADIPEM, contendo
todos os documentos necessários à análise do pleito definidos neste Manual.
No caso de operações de crédito interno com entidades não integrantes do Sistema Financeiro Nacional
(instituições não financeiras), o envio do PVL no SADIPEM poderá ser feito pelo próprio Ente interessado.
O atendimento dos requisitos prévios para a realização de operações de crédito significa, em outros termos, o
cumprimento regular da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Instituição Financeira, com base nos dados fornecidos pelo Ente, é responsável por cadastrar o PVL e
informações sobre o pleito no SADIPEM, por meio de certificado digital. Após esse procedimento, o PVL é
enviado ao Chefe do Poder Executivo do Ente, a fim de que este possa ratificar as referidas informações do pleito
cadastradas no SADIPEM, também utilizando certificado digital. Se porventura, o Chefe do Poder Executivo
verificar alguma inconsistência nessas informações apresentadas pela Instituição Financeira, este poderá retificar
tais informações e enviar o PVL, com dados ajustados, ao crivo da Instituição Financeira. Uma vez a Instituição
Financeira e o Chefe do Poder Executivo do Ente estejam de acordo com as informações sobre o pleito da operação
de crédito contidas no SADIPEM, o PVL é enviado, por meio desse sistema, para análise da STN.
Durante o preenchimento do PVL no SADIPEM, também devem ser enviados, como “Documentos Anexos” nesse
sistema:
● Lei Autorizadora;
● Parecer do Órgão Jurídico;
● Parecer do Órgão Técnico;
● Certidão do Tribunal de Contas;
● Comprovante do Encaminhamento das Contas ao Poder Executivo do Estado, somente para municípios;
● Anexo 1 da Lei nº 4320, somente necessário até 30/03 do exercício corrente; e
● Minutas Contratuais, somente se for operação crédito com garantia da União
Conforme estabelecido no art. 2º da Resolução do CMN 3.751/2009, proposta firme emitida sem a verificação
completa da instrução documental na forma do art. 1º não terá validade, devendo o pedido ser restituído à
instituição financeira a fim de que seja novamente instruído. Adicionalmente, a STN informará ao Banco Central
do Brasil a emissão de proposta firme em desacordo com os termos estabelecidos na Resolução, conforme disposto
no parágrafo único do art. 2º. Contudo, com o advento do SADIPEM, as propostas firmes inseridas nesse sistema
podem ser devolvidas à Instituição Financeira para que estas façam ajustes dentro do próprio SADIPEM e,
posteriormente, encaminhar PVL corrigido à análise da STN, não havendo necessidade, portanto, de restituição dos
documentos à Instituição Financeira.
Dessa forma, para efeito de cumprimento desse seção, a STN fará uma pré-análise dos documentos encaminhados
por meio do SADIPEM, sendo necessária a observância do Roteiro de conferência de documentos para envio à
STN – Operações de Crédito Interno (seção 7.8).
A STN manifesta-se no prazo de até 10 dias úteis, após análise dos itens necessários (Art. 31 da RSF 43/2001). A
análise é realizada conforme a ordem cronológica de protocolo do pleito ou das informações complementares.
Ressalte-se que o prazo para início da análise está sujeito à quantidade de operações protocoladas no período,
aspecto sobre o qual não há perfeita previsibilidade.
Se as informações inseridas no SADIPEM não estiverem completas, a STN solicitará à instituição financeira ou ao
Ente interessado (nos casos de operações com instituição não financeira) os documentos e informações
complementares, por meio de ofício, sendo então concedido prazo de até 60 dias corridos para encaminhamento. É
importante lembrar a necessidade de rápido atendimento à solicitação de informações complementares, pois muitos
dos documentos têm validade limitada, em razão das exigências da LRF.
Nos termos do art. 4º, inciso III, da Portaria STN nº 9/2017, ao findar esse prazo e se não houver resposta às
solicitações, o pleito poderá ser arquivado. Persistindo o interesse das partes na verificação dos limites e condições
relativos à realização de operações de crédito, bastará ser solicitada a reanálise do pleito, devendo ser observado se
Cabe ressaltar que documentos adicionais, não previstos na legislação antes citada, eventualmente
considerados necessários à análise dos pleitos, poderão ser solicitados pela STN, em conformidade com o
disposto no § 1º do art. 25 da RSF nº 43/2001. Poderá também a instituição financeira, à época da contratação,
solicitar documentos ou informações adicionais que lhe deem conforto para a assinatura dos contratos.
Recomenda-se aos Entes e instituições contratantes o constante acompanhamento dos aspectos caracterizados no
Capítulo 18 - Comprovação da adimplência financeira e do adimplemento de obrigações.
As operações de crédito abaixo listadas têm tratamento excepcional (exceção) em relação aos limites de
endividamento:
● Contratadas pelos Estados e pelos Municípios com a União, organismos multilaterais de crédito ou instituições
oficiais federais de crédito ou de fomento, com a finalidade de financiar projetos de investimento para a melhoria
da administração das receitas e da gestão fiscal, financeira e patrimonial, no âmbito de programa proposto pelo
Poder Executivo Federal;
● Contratadas no âmbito do Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente - Reluz, estabelecido com base na
Lei nº 9.991, de 24/07/2000 (*);
● Contratadas diretamente com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ou com seus
agentes financeiros credenciados, no âmbito do programa de empréstimo aos Estados e ao Distrito Federal de que
tratam os artigos 9-H e 9-N da Resolução nº 2.827, de 30/03/2001, do Conselho Monetário Nacional (CMN), e
suas alterações;
● As operações de reestruturação e recomposição do principal de dívidas (capítulo 10 deste Manual); e
● As operações financeiras no limite das perdas apuradas entre a média recebida nos exercícios de 2013 e 2014 e
nos anos de 2015 e 2016, dando em garantia os royalties a serem recebidos (RSF n° 2/2015). (**)
(*) As operações no âmbito do Reluz, que tenham sido contratadas até a data da publicação da RSF nº 19/2003,
sem autorização prévia do Ministério da Fazenda, devem ser apenas comunicadas pelo Estado, pelo Distrito
Deve-se lembrar que, uma vez protocolizadas nesta STN por meio do SADIPEM, os fluxos de tais operações terão
os seus efeitos contabilizados para fins da verificação do cumprimento de limites e condições para contratação de
outras operações de crédito.
Ademais, o art. 167, X, da Constituição Federal veda a concessão de empréstimos pelas instituições financeiras
integrantes dos Governos Federal e estaduais para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. De forma semelhante, o inciso I, § 1º, art. 35 da LRF veda a
realização de operação de crédito entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação para financiar, direta
ou indiretamente, despesas correntes.
Considerando que os precatórios podem referir-se a despesas correntes, inclusive de pessoal, as operações de
crédito aqui tratadas, cujos credores sejam instituições financeiras estatais, deverão ser protocolizadas no
SADIPEM acompanhadas de quadro demonstrativo contendo a relação dos precatórios a serem quitados por grupo
de natureza de despesa.
O roteiro objetiva avaliar as condições para anexação de documentos no SADIPEM, com o propósito de permitir a
conclusão da análise de forma mais célere, obedecendo às regras estabelecidas na Resolução CMN nº 3.751/2009.
Cabe observar que essa é a conferência mínima necessária para abertura de processo pela STN e que todos os
documentos devem estar "válidos" (atualizados) nas datas das assinaturas do PVL pelo ente e pela instituição
financeira no SADIPEM.
Todos os documentos deverão ser anexados no SADIPEM conforme as orientações do Capítulo 18 deste Manual.
Será aceita a publicação em diário oficial eletrônico ou no endereço eletrônico do Ente na internet.
No caso de a certidão apresentar prazo de validade, essa deverá estar válida na data de envio do documento pelo
SADIPEM. Já aquelas em que a validade não seja explicitada, será considerado como tal a data de exigibilidade da
publicação do Relatório Resumido de Execução Orçamentária e /ou de Gestão Fiscal.
● Informação sobre o art. 167, inciso III da CF/88 (ou §2º do art. 12 da LRF) - Exercício analisado
● Informação sobre o art. 167, inciso III da CF/88 (ou §2º do art. 12 da LRF) - Exercícios ainda não analisados
● Informação sobre o art. 23 da LRF - Exercício analisado
● Informação sobre o art. 23 da LRF - Exercícios ainda não analisados
● Informação sobre o art. 23 da LRF - Exercício em curso
● Informação sobre o art. 33 da LRF - Exercício analisado
● Informação sobre o art. 37 da LRF - Exercício analisado
● Informação sobre o art. 52 da LRF (Poder Executivo) - Exercício analisado
● Informação sobre o art. 52 da LRF (Poder Executivo) - Exercícios ainda não analisados
● Informação sobre o art. 52 da LRF (Poder Executivo) - Exercício em curso
● Informação sobre o art. 55, § 2º da LRF - Exercício analisado
● Informação sobre o art. 55, § 2º da LRF - Exercícios ainda não analisados
● Informação sobre o art. 55, § 2º da LRF - Exercício em curso
● Discriminar com clareza o último exercício analisado
● Prazo de validade
As informações deverão estar com o status “Homologado” ou “Retificado” no Siconfi, para o Balanço Anual dos
exercícios anteriores. Devem estar homologados ou retificados no Siconfi os RREOs referentes ao exercício
anterior e ao exercício em curso (atual) do Poder Executivo, na forma da Portaria STN nº 896, de 31/10/2017.
Também devem estar homologados no Siconfi os RGFs referentes ao exercício anterior e ao exercício em curso
(atual) de todos os Poderes e Órgãos elencados no art. 20 da LRF, inclusive as defensorias públicas quando houver
esse órgão na estrutura do ente da Federação. Os entes da Federação que possuem defensoria pública são a União, o
DF e os Estados.
● Homologação do RREO
● Homologação do RGF para todos poderes e órgãos
● Homologação do Balanço Anual
Nos termos da Portaria STN nº 756, de 18/12/2015, providenciar a finalização do CDP no SADIPEM.
O CDP deverá estar com a situação “Regular” no SADIPEM. Entre 31/01 e 31/12 de cada exercício, deverá estar
com o status “Atualizado e homologado”, e os valores da “Dívida Consolidada” e das “Garantias Concedidas”
informados na coluna “Valor no RGF” da aba “Comparativo RGF” deverão ser iguais aos informados no Relatório
de Gestão Fiscal correspondente.
Para mais informações sobre o CDP e seu preenchimento, acesse o Manual do SADIPEM, no endereço
https://conteudo.tesouro.gov.br/manuais/sadipem/114-6-cadastro-da-divida-publica-cdp.
§ 2º Caso a irregularidade seja constatada pelo Ministério da Fazenda, este deverá informar,
também, ao Senado Federal.
[...]
§ 4º Em se constatando a existência de operação de crédito nos termos do disposto no caput,
contratada junto a instituição financeira ou não financeira dentro dos limites e condições
estabelecidos por esta Resolução, pelo Ministério da Fazenda, a realização de nova operação
de crédito pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município é condicionada à
regularização da operação.
§ 5º A solicitação da regularização a que se refere o § 4º deve ser encaminhada ao Ministério
da Fazenda, aplicando-se nesse caso as mesmas exigências feitas por esta Resolução aos
pleitos regulares.
§ 6º A verificação dos limites e condições das operações em processo de regularização a que
se refere o § 4º terá como data de referência aquela em que for protocolado o pedido de
regularização.
§ 7º A conclusão do processo de regularização de que tratam os §§ 4º e 6º será encaminhada
pelo Ministério da Fazenda ao Poder Legislativo local e ao Tribunal de Contas a que estiver
jurisdicionado o pleiteante.”
A Portaria STN nº 9/2017, estabelece procedimentos de comunicação pelo Ministério da Fazenda ao Poder
Legislativo local, ao Tribunal de Contas e ao Senado Federal em caso de constatação de irregularidades na
instrução de processos de autorização regidos pela RSF nº 43/2001:
Ressalte-se que os pedidos de regularização de operação devem ser instruídos observando-se os seguintes aspectos
particulares:
● O Pedido de Verificação de Limites e Condições com instituições não financeiras pode ser assinado
eletronicamente apenas pelo Chefe do Poder Executivo, informando o total inicialmente parcelado e o valor a ser
regularizado, que corresponde ao valor da amortização a partir do início do exercício em curso;
● O Pedido de Verificação de Limites e Condições com instituições financeiras deve ser assinado eletronicamente
pelo Chefe do Poder Executivo e pelo representante da Instituição Financeira, informando o total inicialmente
parcelado e o valor a ser regularizado, que corresponde ao valor da amortização a partir do início do exercício em
curso;
● Por se tratar de dívida consolidada do ente, a operação a ser regularizada deve ser informada no CDP (devem ser
anexados em formato PDF o contrato e eventuais aditivos);
● Deverá ser anexada no SADIPEM a lei específica que autorizou a confissão e o parcelamento de dívida com
instituição não financeira ou a lei que autorizou a contratação da operação com instituição financeira;
● O cronograma financeiro da operação deve refletir a amortização e encargos da dívida restante;
● Não se aplica a comprovação de inclusão dos recursos da operação no orçamento vigente, a menos que ainda haja
valores a desembolsar;
● O Parecer do Órgão Jurídico deve referir-se à regularização da operação;
● O Parecer do Órgão Técnico deve atestar a relação custo-benefício e o interesse econômico-social da operação;
● Devem ser anexados no SADIPEM os Termos de assunção, confissão ou reconhecimento da dívida e contratos da
operação a ser regularizada, bem como eventuais aditivos
● Documentos adicionais considerados necessários à análise da regularização poderão ser solicitados pela STN, em
conformidade com o disposto no § 1º do art. 25 da RSF nº 43/2001.
Caso a operação já esteja quitada, é necessário somente a anexação do termo de quitação da dívida, por meio do
SADIPEM, assinado pelo representante da instituição financeira ou não financeira, nos termos do Parecer -
PGFN/CAF/nº 1.252/2006 e Nota nº 1189/2010/COPEM/STN
De modo geral, para regularização de operação de crédito, deverão ser atendidos os limites e as condições,
detalhados no Capítulo 17.
Regra de exceção
A RSF nº 43/2001, com alteração dada pela RSF nº 10/2010, traz um caso particular de regularização em seu art.
21, § 6º, conforme abaixo transcrito:
Nesse caso, as operações equiparadas à de crédito, enquadradas no §6° do art. 21, deverão ser informadas na aba
“Notas Explicativas” de operações de crédito em andamento. Caso tenham sido contratadas ao longo do exercício
vigente, ou não constem no RGF do exercício anterior, deverão ser anexados no SADIPEM (i) o termo de
reconhecimento ou confissão da dívida e eventuais aditivos e (ii) a lei específica que autorize a operação.
O dispositivo trazido pelo § 6º remete ao conceito de operações equiparadas a operação de crédito, nos termos do §
1º do art. 29 da LC nº 101/2000, no qual a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da
Federação equipara-se à operação de crédito, conforme definição consagrada pelo inciso III, art. 29 da LRF. Assim,
a alteração introduzida pela RSF nº 10/2010 abrange tão somente aqueles parcelamentos realizados com
instituições não financeiras provenientes de obrigações já constituídas, mediante contratos de confissão ou
reconhecimento de dívidas. São casos exemplificativos que se enquadram na definição do § 6º, os parcelamentos
de água e esgoto e de energia elétrica. Cabe esclarecer que a PGFN, nos Pareceres PGFN/CAF/nº141/2011, de
03/02/2011, PGFN/CAF/nº147/2011, de 07/02/2011, PGFN/CAF/nº177/2011, de 03/02/2011, e Parecer/CAF/nº
1.951/2011 entendeu que:
● A aplicação do disposto no § 6º do art. 21 da RSF nº 43/2001 é válida somente para confissão e parcelamento
realizados após a RSF nº 10/2010, de 29/04/2010. Por se tratar de uma norma excepcional, que retira da esfera
de controle do Ministério da Fazenda os entes que realizaram as operações ali previstas, sua interpretação deva
ser restritiva e irretroativa;
● A autorização Legislativa deve ser anterior ao parcelamento, haja vista que se trata de autorização e não de
ratificação. Assim, o parcelamento celebrado antes da autorização legislativa deve ser considerado como
operação irregular; Dessa forma, nesse caso, a operação deve ser regularizada com base na documentação
mencionada no art. 21 da RSF nº 43/2001;
● A autorização Legislativa, quando não definir de forma explicita, tem validade indefinida, com vigência até que
venha outro diploma legal que o revogue;
Dessa forma, se as operações de regularização atenderem aos requisitos estabelecidos no Art. 21, §6º da RSF nº
43/2001, não há necessidade de cadastrá-las no SADIPEM.
Todas as operações de crédito que não se enquadrarem na regra de exceção disposta no art. 21, § 6º da RSF nº
43/2001, com alteração dada pela RSF nº 10, de 29/04/2010, seja com instituição financeira ou não financeira,
contratadas sem o prévio conhecimento do Ministério da Fazenda são consideradas irregulares. Contudo, as
operações de crédito internas firmadas com instituições financeiras e não financeiras podem ser regularizadas,
conforme disposto anteriormente, caso não tenham seguido todo o trâmite necessário de análise.
A contratação está sujeita à autorização específica do Senado Federal (art. 52, inciso V, da CF/88 e art. 28 da
RSF nº 43/2001). Conforme já relatado, é atribuição do Ministério da Fazenda a instrução do processo de
autorização, que será encaminhado, após análise, ao Senado Federal.
Caso haja a constatação de que a documentação recebida não é suficiente para a sua análise, a Secretaria do
Tesouro Nacional solicitará a complementação dos documentos e informações. Caso não haja limites para contratar
ou o Ente não atenda às condições para receber garantia da União, o pedido poderá ser arquivado mediante
comunicação ao interessado. Na ocorrência de fatos novos que justifiquem, e persistindo o interesse, o interessado
poderá solicitar a reanálise do pleito.
Em operações de crédito externo, normalmente o credor exige garantia da União. Quando isso ocorre, a operação
estará sujeita a análise específica, nos termos e condições definidos na RSF nº 48/2007. Para tanto, deve ser
solicitada a concessão de garantia da União, observando as instruções específicas no capítulo 13 deste Manual.
Cabe destacar que, para a realização da operação de crédito externo, antes de sua tramitação final na STN, após a
negociação das minutas contratuais do Acordo de Empréstimo, é necessário atender ao disposto pelas Resoluções
nº 2515, de 29/6/1998 e nº 3844, de 23/3/2010 do Banco Central do Brasil, no que concerne ao Registro de Capital
Estrangeiro no módulo Registro de Operações Financeiras – ROF do Registro Declaratório Eletrônico – RDE, junto
ao Departamento Econômico (Depec), da Diretoria de Política Econômica (Dipec), do Banco Central do Brasil.
É de se registrar, por oportuno, que, para apreciação do pleito, o Senado Federal exige tradução juramentada dos
contratos.
Os contratos relativos a operações de crédito externo não podem conter qualquer cláusula:
● De natureza política;
● Atentatória à soberania nacional e à ordem pública;
● Contrária à Constituição e às leis brasileiras; e
● Que implique compensação automática de débitos e créditos.
Recomenda-se que a documentação enviada venha acompanhada de proposta firme da instituição financeira, no
caso de operações com bancos privados. Já no caso de operações com organismos internacionais, ou com bancos de
governos estrangeiros (operações bilaterais) recomenda-se que as condições financeiras apresentadas no Pedido de
Verificação de Limites e Condições já tenham sido objeto de avaliação e opção pelo mutuário com auxílio do
banco, de forma a evitar sua alteração durante ou após as negociações formais. Consulte os modelos e orientações
deste Manual para cada um dos documentos no Capítulo 18.
Cabe ressaltar que documentos adicionais, não previstos na legislação antes citada, eventualmente
considerados necessários à análise dos pleitos, poderão ser solicitados pela STN, em conformidade com o
disposto no § 1º do art. 25 da RSF nº 43/2001.
Ressalte-se ainda que é de exclusiva responsabilidade do agente financeiro ou do contratante a comprovação das
adimplências a que se referem o art. 16 e o inciso VIII (INSS, FGTS, CRP, RFB/PGFN e Dívida Ativa da União)
do art. 21 da RSF nº 43/2001, não havendo mais verificação prévia desses requisitos por parte da STN. Entretanto,
a verificação da adimplência no tocante aos itens citados será realizada pela PGFN previamente à assinatura do
contrato de garantia.
Ademais, o Ente deverá estar em situação de regularidade quanto ao pagamento de precatórios ou quanto ao regime
especial instituído pelo art. 97 do ADCT (Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
Na seção 18.12, há informações de como deve ser realizada a comprovação da citadas regularidades.
O seu enquadramento, contudo, depende de uma série de avaliações sobre os efeitos da operação no endividamento
do Ente. Deve-se constituir necessariamente troca de dívida, ou seja, não deve afetar o endividamento já
constituído. Deve, ainda, substituir obrigação mais cara por obrigação a custo e condições mais favoráveis, sem o
qual não poderia valer-se da exceção quanto aos limites de endividamento. A interpretação, amparada em
pronunciamento da PGFN, apoia-se nos princípios gerais da Lei de Responsabilidade Fiscal e na competência do
Senado Federal no que tange à limitação do endividamento público.
Para que a operação de reestruturação de dívida seja enquadrada na exceção do art. 7º, § 7º da RSF nº 43/2001, é
necessário que o pleito atenda os seguintes pré-requisitos, caso contrário será enquadrado como operação de
crédito regular, sem qualquer exceção:
● Inexistência de novos recursos: o Ente deve utilizar todos os recursos recebidos da reestruturação para abater e/ou
quitar dívidas existentes, ou seja, a proposta apresentada deverá trazer claramente esse dispositivo;
● Valor presente (VP) da dívida reestruturada menor ou igual ao valor presente da dívida anterior e níveis prudentes
de risco assumidos com a nova operação: esse quesito assegura que a reestruturação representa um alívio fiscal
em relação à situação atual. A análise financeira da operação seria complementada pelo estudo comparativo da
taxa interna de retorno de cada dívida reestruturada em relação à nova dívida;
● Reestruturação de principal de dívida: a operação de reestruturação deve indicar claramente que se destina ao
pagamento de principal de dívida, sendo vedada a utilização da exceção para o financiamento de fluxo de dívida;
e
● Ausência de carência e de esquema de pagamento customizado.
Pedido do Chefe do Poder Executivo: informar as condições financeiras da operação de acordo com as condições
estabelecidas ou negociadas com o Banco; apresentar proposta firme com as opções definitivas, de maneira a
propiciar análise conclusiva de custo e risco para fins de enquadramento no parágrafo 7o do art. 7o da RSF nº
43/2001. O pedido deverá guardar coerência com a Lei Autorizadora, ou seja, os valores deverão ser expressos na
mesma moeda, bem como com o Cronograma Financeiro da Operação.
Informar as datas de pagamento das dívidas e as condições do pré-pagamento acordadas com os respectivos
credores das obrigações originais (pagamento pelo valor de face, valor econômico ou outro).
Cabe ressaltar ainda que é de exclusiva responsabilidade do agente financeiro ou contratante a comprovação das
adimplências a que se referem o art. 16 e o inciso VIII (INSS, FGTS, CRP, RFB/PGFN e Dívida Ativa da União)
do art. 21 da RSF nº 43/2001, não havendo mais verificação prévia desses requisitos por parte da STN. Contudo,
recomenda-se a observância dos aspectos caracterizados no Capítulo 18.
Desde que atendidos os pré-requisitos para enquadramento, as operações nesta modalidade gozam de exceção
quanto à aplicação dos limites de endividamento previstos no art. 7º da RSF nº 43/2001.
Deve-se observar, contudo, a aplicação do limite a que se refere o inciso III do art. 167 da Constituição Federal, nos
termos do art. 6º da RSF nº 43/2001.
Caso não atendam aos pré-requisitos, eventual operação que se pretenda seja enquadrada como reestruturação de
dívidas deverá ser tratada como operação de crédito regular, ou seja, sujeita aos limites de endividamento do art. 7º
da RSF nº 43/2001.
Definidas as condições da operação, a instituição financeira escolhida adotará as providências cabíveis relativas ao
contingenciamento do crédito ao setor público, estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e
operacionalizado pelo Banco Central do Brasil (BACEN), na condição de entidade executiva do CMN.
Atendidas todas as condições relativas ao contingenciamento do crédito ao setor público, o BACEN comunicará à
instituição financeira a aprovação do protocolo de intenções. Somente após a aprovação do protocolo de intenções,
a Instituição Financeira cadastrará a operação no SADIPEM e encaminhará à STN toda a documentação necessária
à análise do pleito.
De acordo com a RSF nº 43/2001, a STN possui um prazo de até 10 dias úteis para se pronunciar, após análise dos
itens necessários (inciso II do art. 31 da RSF nº 43/2001 e art. 4º, inciso I, da Portaria STN nº 9/2017).
Dentro desse prazo, se a documentação examinada não estiver completa e/ou correta, a STN solicitará à instituição
financeira ou ao Ente interessado (nos casos de operações externas com instituição não financeira) os documentos
complementares, sendo então concedido prazo de até 60 dias corridos. É importante lembrar a necessidade de
rápido atendimento das informações complementares, pois muitos dos documentos têm validade limitada, devendo
ser necessárias novas complementações.
Nos termos do inciso III, do art. 4º, da Portaria STN nº 9/2017, ao findar esse prazo e não houver resposta às
solicitações, o pleito poderá ser arquivado. Persistindo o interesse das partes na verificação dos limites e condições
relativos à realização de operações de crédito, bastará ser solicitada a reanálise do pleito. Este pedido poderá ser
requerido pelo Ente por meio do envio de ofício ou pelo Fale Conosco do SADIPEM. Deve-se atentar para que esse
procedimento seja realizado por meio da Instituição Financeira, de acordo com o que dispõe o art. 1º, § 3º da
Resolução CMN nº 3.751/2009.
Conforme estabelecido no art. 2º da citada Resolução, proposta firme emitida sem a verificação completa da
instrução documental na forma do art. 1º não terá validade, devendo o pedido ser restituído à instituição financeira
a fim de que seja novamente instruído. Adicionalmente, a STN informará ao Banco Central do Brasil a emissão de
proposta firme em desacordo com os termos estabelecidos na Resolução, conforme disposto no parágrafo único do
mesmo art. 2º.
No caso do atendimento das exigências dos normativos acima citados, a STN solicitará ao BACEN que promova a
realização do leilão da taxa de juros da operação (§ 1º do art. 37 da RSF nº 43/2001).
Por intermédio do leilão, será dado conhecimento da proposta firme a todo o sistema financeiro sendo permitido, a
qualquer instituição financeira, inclusive àquela que enviou a referida proposta, oferecer a mesma operação com
juros inferiores.
Após a divulgação do resultado do leilão e antes da contratação da operação, a instituição financeira vencedora
deverá encaminhar ao Ministério da Fazenda declaração (Capítulo 18 – Declaração de não reciprocidade) assinada
pelo representante legal da instituição financeira e pelo Chefe do Poder Executivo, de que não há qualquer
reciprocidade ou condição especial que represente custo adicional ao expresso pela taxa de juros da operação (§ 6º
do art. 37 da RSF nº 43/2001).
A instituição financeira vencedora do leilão deverá contratar a operação no prazo de até 5 dias úteis do resultado do
leilão, comunicando ao BACEN. Não havendo comunicação neste prazo, o BACEN determinará o cancelamento
do leilão. Se após o cancelamento do leilão houver interesse do município em retomar a operação, deverá haver
nova solicitação de instituição financeira ao BACEN (observar as regras específicas sobre leilão vigentes à época
da contratação).
● Documentação prevista nos incisos I,II,IV a VII e XI a XIII do art. 21 da RSF nº 43/2001 (considerando-se o
disposto no § 1º, art. 32 da RSF nº 43/2001, o requisito do inciso VIII do art. 21 será comprovado à instituição
financeira ou ao contratante por ocasião da assinatura do contrato);
● Solicitação da instituição financeira que tenha apresentado, ao Estado, ao Distrito Federal ou ao Município,
proposta firme de operação de crédito, contendo cronograma de reembolso, montante, prazo, juros e garantias; e
● Documento, assinado pelo Chefe do Poder Executivo, discriminando as condições da operação proposta pela
instituição financeira e contendo declaração de concordância com as mesmas.
O art. 37 da RSF nº 43/2001, além de tratar do trâmite e da divulgação do resultado do processo competitivo
eletrônico a serem realizados pelo Banco Central do Brasil, exige declaração da não ocorrência de reciprocidade ou
condição especial que represente custo adicional ao expresso pela taxa de juros da operação, assinada pelo
representante da instituição financeira e pelo chefe do Poder Executivo.
Consulte os modelos e orientações deste Manual para cada um dos documentos no Capítulo 18.
Cabe ressaltar que documentos adicionais, não previstos na legislação antes citada, eventualmente
considerados necessários à análise dos pleitos, poderão ser solicitados pela STN, em conformidade com o
disposto no § 1º do art. 25 da RSF nº 43/2001. Poderá também a instituição financeira, à época da contratação,
Cabe ressaltar ainda que é de exclusiva responsabilidade do agente financeiro ou contratante a comprovação das
adimplências a que se referem o art. 16 e o inciso VIII (INSS, FGTS, CRP, RFB/PGFN e Dívida Ativa da União)
do art. 21 da RSF nº 43/2001, não havendo mais verificação prévia desses requisitos por parte da STN. Contudo,
recomenda-se a observância dos aspectos caracterizados no Capítulo 18.
O art. 10 da RSF nº 43/2001 dispõe que o saldo devedor das operações de crédito por antecipação de receita
orçamentária não poderá exceder, no exercício em que estiver sendo apurado, a 7% da receita corrente líquida,
definida no art. 4º da RSF nº 43/2001, observado o disposto na referida Resolução.
O art. 15, § 2º da RSF nº 43/2001 veda a contratação de operação de ARO no último ano do exercício do chefe do
Poder Executivo.
● Não serão aceitas propostas que cobrem outros encargos que não a taxa de juros da operação, a qual deve ser,
obrigatoriamente, prefixada ou indexada à Taxa Básica Financeira – TBF; e
● A proposta firme não poderá apresentar taxa de juros superior a uma vez e meia a TBF vigente no dia do seu
encaminhamento.
O pedido ao Ministério da Fazenda para verificação dos limites e condições origina-se de solicitação de garantia
formulado ao Ente para que este se responsabilize por pagamentos de obrigações terceiros em caso de
inadimplência. A garantia pode assumir diversas formas, seja a forma de garantia fidejussória ou garantia real de
bens públicos.
Sujeitam-se à proibição estabelecida no § 6º do art. 40 da Lei de Responsabilidade Fiscal, qual seja: “é vedado às
entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda
que com recursos de fundos.”
Essa vedação não se aplica à concessão de garantia por empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à
prestação de contragarantia nas mesmas condições; e também não se aplica à concessão de garantia por instituição
financeira a empresa nacional (nos termos do § 7º do art. 40 da LRF).
● Declaração de que não tenha sido chamado a honrar, nos últimos 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data da
análise, quaisquer garantias anteriormente prestadas, informação que será encaminhada ao Tribunal de Contas do
garantidor (ver item 6 em 12.2);
● Demonstrativo da dívida consolidada líquida (não é necessário o envio desse demonstrativo, pois será
utilizado o último RGF exigível homologado no Siconfi);
● Certidão expedida pelo Tribunal de Contas competente atestando o cumprimento do art. 23, com certificação do
cumprimento dos limites especificados no art. 20 por poder/órgão, informando inclusive os valores monetários e
respectivos percentuais em relação à receita corrente líquida relativamente ao último exercício analisado, aos
exercícios ainda não analisados e, quando pertinente, ao exercício em curso; e
● Cumprimento do Programa de Ajuste Fiscal acordado com a União, nos termos da Lei nº 9.496/1997 (não é
necessário o envio de comprovação, pois será realizada consulta ao órgão responsável durante a análise do
pleito).
Cabe ressaltar que documentos adicionais, não previstos na legislação antes citada, eventualmente
considerados necessários à análise dos pleitos, poderão ser solicitados pela STN, em conformidade com o
disposto no § 1º do art. 25 da RSF nº 43/2001.
A garantia da União é regulamentada pelo art. 40 da Lei de Responsabilidade Fiscal, pela RSF nº 48/2007, pela
Portaria MEFP nº 497/1990 e por legislação complementar.
Recentemente, a STN instituiu, através da Portaria STN n° 763, de 21/12/2015, o Comitê de Garantias, um fórum
colegiado interno que tem por objetivo subsidiar a atuação da Secretaria no que se refere à concessão de garantias
pela União. O Comitê tem como atribuições definir diretrizes para a concessão da garantia e para a análise de
contragarantias, definir procedimentos operacionais para a análise dos pleitos, estabelecer limites prudenciais de
concessão de garantias, avaliar tecnicamente os pleitos de concessão de garantia, entre outras.
O Ministro da Fazenda detém a competência de firmar os contratos de garantia em nome da União, os quais
deverão ser avaliados, do ponto de vista jurídico, pela PGFN, por meio da Coordenação-Geral de Operações
Financeiras da União (PGFN/COF), quando a operação for externa, e da Coordenação-Geral de Assuntos
Financeiros da União (PGFN/CAF), quando se tratar de operação interna. A competência do Ministro da Fazenda
para assinar os contratos encontra-se subdelegada a determinados Procuradores da Fazenda.
Do ponto de vista da análise da capacidade de pagamento, para receber a garantia da União, o Ente deverá estar
elegível nos termos da Portaria MF nº 501/2017.
As contragarantias deverão conter necessariamente todas as transferências federais, as receitas próprias dos Entes e
ainda outras garantias em direito admitidas, caso as demais não sejam satisfatórias. Para a análise do grau de
comprometimento das transferências federais, poderão ser solicitadas informações específicas.
Ademais, o custo efetivo da operação pleiteada deve estar compreendido dentro dos limites estabelecidos pelo
Comitê de Garantias, instituído por meio da Portaria STN n° 763 de 21/12/2015.
No caso de concessão de garantia para empresas não dependentes de Estado, DF e Município deverão apresentar
também:
● Autorização do Conselho de Administração e/ou da Diretoria, conforme estatuto da empresa, que identifique as
características principais da operação a ser contratada;
O saldo atual das obrigações garantidas pode ser verificado no "Anexo 3 - Demonstrativo das Garantias e
Contragarantias de Valores", do último RGF publicado da União, que pode ser consultado no sítio do Siconfi (
siconfi.tesouro.gov.br).
Deve-se destacar que todo pleiteante à concessão de garantia da União, no caso de operação de crédito externo,
deverá, preliminarmente, obter a Recomendação da Comissão de Financiamentos Externos – COFIEX. Este
documento, expedido por aquela Comissão, autoriza a preparação de projetos/programas de entidades públicas
(passíveis de obter financiamento externo) e deve ser acompanhado da comprovação do cumprimento de eventuais
ressalvas. Para maiores informações a respeito da Recomendação da COFIEX, consulte o Manual de
Financiamentos Externos, no sítio da Secretaria de Assuntos Internacionais do MPOG (
www.planejamento.gov.br/assuntos/assuntos-internacionais).
Cabe ressaltar, ainda, que, tendo em vista as alterações introduzidas pela RSF nº 41/2009, a comprovação de
adimplência do Ente garantido quanto aos pagamentos de tributos, empréstimos e financiamentos devidos à União
e suas entidades controladas, bem como à prestação de contas de recursos anteriormente dela recebidos
(adimplência financeira e de prestação de contas de recursos recebidos da União), deverá abranger os CNPJs da
Administração Direta de todos os poderes e se dará por ocasião da assinatura do respectivo contrato de garantia.
Além da consulta juntamente ao órgão certificador, há a opção de verificação de adimplência por meio do Serviço
Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias – CAUC, em sti.tesouro.gov.br. O CAUC é um serviço de
consulta unificada de requisitos fiscais para transferências voluntárias e pode ser um instrumento útil de
monitoramento por parte dos Entes federados.
Nos termos do art. 40 da LRF e da RSF nº 48/2008, a verificação da adimplência é feita utilizando-se todos os
CNPJs da Administração Direta do Estado, Distrito Federal ou Município, englobando todos os seus Poderes.
É importante que a lista de CNPJs da administração direta constante do CAUC se mantenha atualizada
para a consulta no momento da assinatura do contrato. O CAUC possibilita, com uma única consulta, verificar,
junto aos cadastros dos órgãos responsáveis, a existência de certidões negativas de débito.
Importante ressaltar que, no dia 07/06/2017, foi publicado o Decreto nº 9.075, de 06/06/2017, o qual revogou o art.
98 do Decreto nº 93.872/86. Dessa forma, não há mais necessidade de manifestação da STN no ROF, bem como
credenciamento da operação pelo Banco Central. Sendo assim, caberá à STN verificar se as condições financeiras
inseridas no ROF estão de acordo com as condições negociadas com os respectivos credores.
As orientações abaixo se referem, assim, a operações de crédito interno, estando em linha, no entanto, com o que
prevê a SEAIN para operações de crédito externo.
Quando se trata de uma operação de crédito interno garantida pela União, o pleito deve ingressar na STN, que
verificará, entre outras coisas, se o aditivo enseja nova análise de limites e condições, o que ocorre se se posterga o
prazo de pagamento ou se o aditivo gera maior ônus financeiro à entidade garantida; a STN verificará, também, se
os riscos financeiros já assumidos pela União se elevam em virtude do aditivo.
Esta análise também ocorre no caso de operações de crédito externo, depois da deliberação do GTEC.
A lista dos documentos necessários para que a STN possa analisar o pleito e encaminhá-lo à PGFN, a quem cabe a
análise jurídica prévia à ratificação da garantia dada pelo Ministro da Fazenda, varia conforme o tipo de aditivo e a
abrangência das alterações que causa no contrato.
Como regra geral, deve ser encaminhada uma solicitação de análise de aditivo, assinada pela instituição financeira,
que contenha breve descrição das alterações pretendidas, além da justificativa a respeito das mesmas.
Caso o aditivo implique em inclusão de novos componentes de gastos a serem financiados com os recursos do
empréstimo, é necessário que os interessados providenciem a adequação e a atualização do parecer do órgão
técnico, documento encaminhado à STN quando da solicitação de análise de limites e condições. O novo parecer
não pode estar defasado e deve dispor sobre o custo-benefício e o interesse econômico e social das novas
destinações de recursos.
Caso o aditivo implique em inclusão de novos componentes de gastos, o chefe do poder executivo deve declarar,
em documento a ser enviado à STN, que esses novos componentes constam na lei orçamentária anual e no PPA
vigente, indicando número e data das leis, e que a lei autorizadora da operação permite essa inclusão.
Para a análise de aditivos que prevejam a prorrogação do prazo de desembolso, é necessário que se informe o valor
Quando o aditivo pretende postergar o prazo de pagamento, ou seja, “esticar” o prazo total, ou pretende elevar o
ônus financeiro do mutuário, os interessados devem justificar tais alterações, além de detalhar os valores, prazos,
taxas e encargos envolvidos, e depois, sob orientação da STN, ingressar com o pleito no SADIPEM, como se se
tratasse de nova operação de crédito, pois que a legislação envolvida assim o determina.
Caso a instituição financeira entenda que o aditivo pretendido implique em aditar, também, o contrato de garantia
e/ou o contrato de contragarantia, deve enviar proposta de minuta de aditivos a esses.
A análise de aditivos porventura já assinados é a mesma, assim como os documentos necessários. A minuta do
aditivo, neste caso, deverá ser substituída pela cópia do aditivo assinado.
A análise de aditivo ao contrato de empréstimo não poderá ser finalizada caso aditivos anteriores careçam de
análise. Ou seja, se for remetida à STN a solicitação de análise do 3º aditivo ao contrato de empréstimo, por
exemplo, o 1º e o 2º aditivos já devem ter sido objetos de análise. Caso contrário, a instituição financeira deve
enviar todos os 3 aditivos para análise. Essa orientação é especialmente válida para operações de crédito interno,
visto que para operações de crédito externo o rito de análise de aditivo contratual está há mais tempo estabelecido,
inexistindo aditivos já assinados e não analisados.
Depois de analisar o aditivo e não tendo nada a opor ao mesmo, a STN encaminha o pleito à PGFN. Esta também
poderá solicitar novos documentos, se preciso. O pleito é, por fim, encaminhado ao Ministro da Fazenda, que
poderá ratificar a garantia anteriormente concedida, com base na documentação explicitada e nos pareceres da STN
e da PGFN.
Caso haja alguma alteração no aditivo pretendido, antes de sua assinatura, o mesmo deverá ser reanalisado pela
STN e pela PGFN, mesmo que já tenha sido objeto de manifestação favorável do Ministro da Fazenda. Assim, é
importante que a solicitação de análise de aditivo já seja instruída com a minuta final do aditivo pretendido.
Atualmente, todos esses documentos devem ser protocolados na STN, em meio físico.
Assim, o ente federativo e a instituição financeira devem acessar o SADIPEM e preencher os formulários nele
contido com todas as informações necessárias para o envio eletrônico do pleito a esta Secretaria, inclusive os
documentos anexos, e estão discriminados nos roteiros de conferência constantes deste capítulo.
O referido roteiro objetiva avaliar as condições para anexação de documentos no SADIPEM, com o propósito de
permitir a conclusão da análise de forma mais célere.
Cabe observar que essa é a conferência mínima necessária para análise do processo na STN e que todos os
documentos devem estar "válidos" (atualizados).
A lei autorizadora deverá observar, além das instruções discriminadas no Capítulo 18, as informações detalhadas a
seguir.
As contragarantias também deverão ser vinculadas em lei e deverão ser suficientes para cobrir a amortização e
demais encargos da operação.
A critério do Ministério da Fazenda, serão admitidas como contragarantias à garantia da União em operação de
crédito:
● Estados: cotas de repartição das receitas tributárias previstas nos artigos 157 e 159, complementadas pelas
receitas próprias de impostos estabelecidas no art. 155 da Constituição Federal, nos termos do § 4º, do art. 167,
bem como outras garantias em direito admitidas.
● Distrito Federal: cotas de repartição das receitas tributárias, previstas nos artigos 157, 158 e 159,
complementadas pelas receitas próprias de impostos estabelecidas nos artigos 155 e 156 da Constituição Federal,
nos termos do § 4º, do art. 167, bem como outras garantias em direito admitidas.
● Municípios: cotas de repartição das receitas tributárias previstas nos artigos 158 e 159, complementadas pelas
receitas próprias de impostos estabelecidas no art. 156 da Constituição Federal, nos termos do § 4º, do art. 167,
bem como outras garantias em direito admitidas.
Além disso, o valor da contratação deverá ser expresso na moeda que irá constar do contrato de empréstimo
(US$ - dólares dos Estados Unidos da América ou outra moeda da carteira de intermediação do credor). Deve-se
evitar trazer ao corpo da lei a fixação do valor da operação em reais, tendo em vista que a variação cambial até a
autorização poderá não comportar o valor pretendido da operação de crédito, bem como maiores detalhamentos das
condições financeiras da operação de crédito.
Caso as condições financeiras venham a ser mencionadas na lei autorizadora, deverão garantir a necessária
flexibilidade para eventuais alterações dos termos financeiros em decorrência de políticas do credor ou por ocasião
das negociações contratuais (exemplo: o esquema de amortização poderá ser reduzido ou haver a inclusão de novos
encargos ou alterações na taxa de juros).
Quando se tratar de empréstimos de políticas públicas, no caso do BIRD Development Policy Loans (DPL), e no
BID Policy Based Loans (PBL), bem como no caso de Sector Wide Approach (Swap) ou de Program for Results
(PforR) (empréstimos baseados em reembolso por performance de execução), é importante constar no texto da lei
autorizadora a modalidade do empréstimo, bem como a destinação dos seus recursos, na forma do exemplo a seguir:
O Parecer do Órgão Jurídico deverá ser assinado pelo representante do Órgão Jurídico e pelo Chefe do Poder
Executivo. Este documento, considerado obrigatório pela legislação, é instrumento fundamental para a tomada de
decisão do Chefe do Poder Executivo, quanto ao atendimento dos requisitos legais para contratação e deve estar
amparado em fatos e informações seguras, com o devido comprometimento da administração.
O Parecer deverá apresentar a estrutura mínima do modelo mencionado, de forma a atender a todos os aspectos
relacionados na legislação, objetivando conferir o devido amparo ao processo de avaliação do Ministério da
Fazenda, bem como segurança e celeridade das análises.
Sugere-se a inclusão das sentenças indicadas no modelo em cada item da estrutura do Parecer, de forma que não
surjam dúvidas quanto à abrangência ou conteúdo da opinião jurídica, circunstância que poderia acarretar análises
adicionais ou pedidos de informação complementares, que significam necessariamente atrasos no andamento do
processo e ineficiência para o conjunto das operações em análise.
Uma cópia do Parecer do Órgão Jurídico, com todas as informações prestadas pelo Ente, será enviada pela STN ao
Tribunal de Contas competente ao término da análise dos pleitos.
No caso de a certidão apresentar prazo de validade, essa deverá estar válida na data de envio do documento por
meio do SADIPEM. Entretanto, uma vez que os processos de operações com garantia da União são encaminhados
à PGFN para sua análise, a certidão deverá estar válida nesta época. Para aquelas certidões em que a validade não
seja explicitada, será considerado como tal a data de publicação de Relatório de Gestão Fiscal (RGF) exigível pela
LRF
● Informação sobre o art. 167, inciso III da CF/88 (ou §2º do art. 12 da LRF) - Exercício analisado Informação
sobre o art. 167, inciso III da CF/88 (ou §2º do art. 12 da LRF) - Exercício ainda não analisado**
● Informação sobre o art. 198 da CF/88 – Último exercício fechado* e o anterior***
● Informação sobre o art. 212 da CF/88 – Último exercício fechado*
● Informação sobre o art. 11 da LRF - Último exercício fechado*
● Informação sobre o art. 23 da LRF - Exercício analisado
● Informação sobre o art. 23 da LRF - Exercício ainda não analisado
● Informação sobre o art. 23 da LRF - Exercício em curso
● Homologação do RREO
● Homologação do RGF de todos poderes e órgãos
● Homologação do Balanço Anual
Este não é um documento que precisa ser enviado, mas é um item que será verificado.
Nos termos da Portaria STN nº 756, de 18/12/2015, providenciar a finalização do CDP no SADIPEM.
O CDP deverá estar com a situação “Regular” no SADIPEM. Entre 31/01 e 31/12 de cada exercício, deverá estar
com o status “Atualizado e homologado”, e os valores da “Dívida Consolidada” e das “Garantias Concedidas”
Para mais informações sobre o CDP e seu preenchimento, acesse o Manual do SADIPEM, no endereço
https://conteudo.tesouro.gov.br/manuais/sadipem/114-6-cadastro-da-divida-publica-cdp.
Recomendação da COFIEX
Exigível somente no caso de operações de crédito externo.
Caso a Recomendação da COFIEX tenha sido alterada por uma ou mais resoluções da COFIEX, estas deverão ser
encaminhadas à STN.
Deverá ser anexada no SADIPEM a minuta do contrato de empréstimo, bem como do contrato de garantia
fornecida pelo credor.
Os contratos não podem conter qualquer cláusula de natureza política, atentatória à soberania nacional e à ordem
pública, contrária à Constituição e às leis brasileiras e que implique compensação automática de débitos e créditos.
Após a negociação das minutas contratuais, o Ente deverá encaminhar à PGFN tradução juramentada das referidas
minutas, tendo em vista que a Casa Civil da Presidência da República e o Senado Federal não analisam documentos
em língua estrangeira.
● Minuta do contrato de empréstimo fornecida pelo credor: deverá estar atualizada com as condições
financeiras da operação a ser realizada, em conformidade com a documentação para verificação dos limites e
condições encaminhada a esta Secretaria. Os termos da minuta do contrato de empréstimo devem estar
satisfatórios ao garantidor;
● Minuta do contrato de garantia: deverá ser encaminhada, devidamente preenchida, conforme modelo
disponível em tesouro.gov.br/manuais/mip/arquivo;
● Minuta de contragarantia: deverá ser encaminhada, devidamente preenchida, conforme modelo disponível em
tesouro.gov.br/manuais/mip/arquivo.
Ademais, a minuta do contrato de empréstimo ou financiamento para operação de crédito interno deve apresentar
os seguintes requisitos mínimos:
Salienta-se que as minutas contratuais a serem encaminhadas, além de apresentar esses requisitos mínimos, também
devem indicar demais cláusulas relativas a operações de crédito firmadas com Entes da Federação.
Além disso, é desejável que a minuta contratual não preveja situação de vencimento antecipado em prazo inferior
ao necessário para que a União possa honrar os compromissos financeiros do Ente inadimplente ao contrato em
questão. O mencionado prazo para que a União possa efetuar o pagamento de parcela não paga pelo Ente
encontra-se discriminado na minuta do contrato de garantia, disponível em:
https://conteudo.tesouro.gov.br/manuais/mip/arquivo.
Por fim, existem alguns itens vedados para operações de crédito interno com garantia da União, que não devem
constar na minuta do contrato de financiamento, conforme a seguir:
● Vedação de utilização dos recursos para reembolso de despesas já realizadas: A Portaria MF nº 501, de 23 de
novembro de 2017, em seu artigo 12, parágrafo único, indica que não será elegível à garantia da União operação
de crédito interno que tenha finalidade de reembolso de despesas realizadas em período anterior ao da contratação.
Além disso, a PGFN, por meio do Parecer PGFN/CAF/Nº 938/2017, entende que o arcabouço legal existente não
permite a realização de operações de crédito por entes subnacionais que se destinem a reembolso de despesa, pois
estaria em desacordo com o art. 35, § 1º, inciso I da LRF. Dessa maneira, a minuta contratual (ou quaisquer
outros documentos) não poderão prever a possibilidade de utilização de recursos de operação de crédito mediante
reembolso, ou mediante quaisquer outros instrumentos que custeiem despesas já realizadas (pagas ou não) pelo
Ente.
● Vedação à securitização do crédito em contratos a serem garantidos pela União: O Grupo Estratégico do
Comitê de Garantias da STN, em sua 4ª Reunião Extraordinária, decidiu que deve ser vedada qualquer
securitização de operação de crédito que contem com garantia da União. Só está dispensada dessa vedação os
empréstimos concedidos por organismos multilaterais. Dessa forma, para as operações de crédito interno com
Os documentos encaminhados deverão seguir, além das particularidades de cada um, os seguintes preceitos, de
forma a conferir agilidade e segurança ao processo de análise:
Para tanto, o cronograma de dispêndio deverá ser utilizado para o cálculo da Taxa Interna de Retorno ou
metodologia equivalente que determine o custo efetivo da operação para fins da análise financeira da operação.
No caso de tratar-se de operação de crédito externo, deve-se demonstrar a avaliação das fontes alternativas de
financiamento, apresentando justificativa para a escolha do financiador, bem como se existem outros possíveis
financiadores.
Lei autorizadora
A lei autorizadora deverá observar, além das instruções discriminadas no Capítulo 18, as informações detalhadas a
seguir.
As contragarantias também deverão ser vinculadas em lei e deverão ser suficientes para cobrir a amortização e
demais encargos da operação.
● Estados: cotas de repartição das receitas tributárias previstas nos artigos 157 e 159, complementadas pelas
receitas próprias de impostos estabelecidas no art. 155 da Constituição Federal, nos termos do § 4º, do art. 167,
bem como outras garantias em direito admitidas.
● Distrito Federal: cotas de repartição das receitas tributárias, previstas nos artigos 157, 158 e 159,
complementadas pelas receitas próprias de impostos estabelecidas nos artigos 155 e 156 da Constituição Federal,
nos termos do § 4º, do art. 167, bem como outras garantias em direito admitidas.
● Municípios: cotas de repartição das receitas tributárias previstas nos artigos 158 e 159, complementadas pelas
receitas próprias de impostos estabelecidas no art. 156 da Constituição Federal, nos termos do § 4º, do art. 167,
bem como outras garantias em direito admitidas.
Além disso, o valor da contratação deverá ser expresso na moeda que irá constar do contrato de empréstimo
(dólares dos Estados Unidos da América ou outra moeda da carteira de intermediação do credor). Deve-se evitar
trazer ao corpo da lei a fixação do valor da operação em reais, tendo em vista que a variação cambial até a
autorização poderá não comportar o valor pretendido da operação de crédito, bem como maiores detalhamentos das
condições financeiras da operação de crédito.
Caso as condições financeiras venham a ser mencionadas na lei autorizadora, deverão garantir a necessária
flexibilidade para eventuais alterações dos termos financeiros em decorrência de políticas do credor ou por ocasião
das negociações contratuais (exemplo: o esquema de amortização poderá ser reduzido ou haver a inclusão de novos
encargos ou alterações na taxa de juros).
Quando se tratar de empréstimos de políticas públicas, no caso do BIRD Development Policy Loans (DPL), e no
BID Policy Based Loans (PBL), bem como no caso de Sector Wide Approach (Swap) ou de Program for Results
(PforR) (empréstimos baseados em reembolso por performance de execução), é importante constar no texto da lei
autorizadora a modalidade do empréstimo, bem como a destinação dos seus recursos, na forma do exemplo a seguir:
Os contratos não podem conter qualquer cláusula de natureza política, atentatória à soberania nacional e à ordem
pública, contrária à Constituição e às leis brasileiras e que implique compensação automática de débitos e créditos.
Após a negociação das minutas contratuais, o Ente deverá encaminhar à PGFN tradução juramentada das referidas
minutas, tendo em vista que a Casa Civil da Presidência da República e o Senado Federal não analisam documentos
em língua estrangeira.
● Minuta do contrato de empréstimo fornecida pelo credor: deverá estar atualizada com as condições
financeiras da operação a ser realizada, em conformidade com a documentação para verificação dos limites e
condições encaminhada a esta Secretaria. Os termos da minuta do contrato de empréstimo devem estar
satisfatórios ao garantidor;
● Minuta do contrato de garantia: deverá ser encaminhada, devidamente preenchida, conforme modelo
disponível em conteudo.tesouro.gov.br/manuais/mip/arquivo;
● Minuta de contragarantia: deverá ser encaminhada, devidamente preenchida, conforme modelo disponível em
conteudo.tesouro.gov.br/manuais/mip/arquivo.
Cabe destacar que, além da manifestação favorável por parte da STN, operações de crédito externo e a concessão
de garantia da União a esse tipo de operação necessitam de autorização do Senado Federal.
Além disso, a concessão de garantia pela União a operações de crédito de interesse de empresas estatais não
dependentes está condicionada pela legislação ao oferecimento de contragarantias tanto pela empresa pleiteante
quanto pelo seu ente controlador.
Atualmente, o SADIPEM não permite que pleitos de interesse de empresas estatais sejam instruídos de forma
digital, motivo pelo qual o interessado deverá enviar à STN, em meio físico, os documentos e informações abaixo
listados:
1. Ofício do presidente da empresa dirigido ao(à) Secretário(a) do Tesouro Nacional com solicitação de concessão
de garantia pela União;
2. Autorização do órgão competente da empresa para contratar a operação de crédito e para oferecer
contragarantias à garantia da União;
3. Relação das contragarantias oferecidas pela empresa à União;
4. Autorização legislativa para que o ente controlador ofereça contragarantias à garantia da União;
5. Recomendação/Resolução da COFIEX, em caso de operação de crédito externo;
6. Parecer técnico;
7. Cronograma financeiro da operação;
8. Cronograma da dívida interna e externa da empresa;
9. Declaração do Chefe do Poder Executivo do ente controlador;
10. Minutas dos contratos a serem celebrados;
11. Informações para análise da capacidade de pagamento da empresa;
12. Credenciamento da operação no Banco Central do Brasil, em caso de operação de crédito externo; e
13. Adimplência da empresa junto à União e suas entidades controladas.
Este documento deve indicar: o nome do programa/projeto, o seu objetivo, o credor, o valor da operação e as
condições financeiras da operação pleiteada.
Além disso, recomenda-se a inclusão de informação dos contatos da empresa, telefônico e correio eletrônico, para
que sejam efetuadas as trocas de comunicações.
Trata-se de cópia da ata da reunião em que tal autorização foi concedida, que deverá ser encaminhada por meio de
ofício assinado pelo representante legal da empresa e conter as principais características da operação a ser
contratada.
As instruções para a concessão de garantias por parte dos entes, bem como as contragarantias a serem oferecidas e
que devem constar na lei autorizadora encontram-se no Capítulo 12 deste Manual.
6) Parecer técnico
Parecer assinado por responsável técnico e pelo presidente da empresa ou pelo diretor competente em que se deve
demonstrar, entre outros aspectos da operação, a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da
operação, e o estudo das fontes alternativas ao financiamento pretendido. Em caso de operação de crédito externo,
incluir ainda a estimativa de taxa interna de retorno – TIR e o cronograma de execução do projeto/programa.
1. a inclusão da operação no Plano Plurianual – PPA vigente, indicando o número e a data da lei, o ano de início da
vigência do PPA e os programas e ações pertinentes;
2. a inclusão do programa/projeto da operação no orçamento de investimento, indicando o número e a data da Lei
Orçamentária Anual – LOA do referido orçamento, bem como as fontes e ações do orçamento relativas à
operação de crédito; e
3. que a empresa pleiteante não se enquadra nos conceitos de empresa estatal dependente definidos pelo artigo 2º,
inciso III, da LRF e pelo artigo 2º, inciso II, da Resolução do Senado Federal nº 43, de 2001.
● - Demonstrações Contábeis dos últimos 4 (quatro) exercícios, auditadas por auditoria independente;
● - Fluxo de Caixa Projetado, pelo método direto até o final da operação, acompanhado de memorial explicativo
das principais premissas econômico-financeiras operacionais, regulatórias e legais assumidas;
● - Em se tratando de subsidiárias e controladas, se houver a previsão de aporte de capital pela controladora, fluxo
de caixa projetado da holding nas mesmas condições do item anterior;
● - Plano de negócio da empresa;
● - Se a empresa possui contratos com cláusulas restritivas, indicação dos efeitos dessas cláusulas e a quais
contratos estão associados; e
● - Contato da empresa, de forma a solicitar correções ou informações adicionais, caso necessário.
A manifestação favorável da STN está condicionada à análise positiva da capacidade de pagamento da empresa, de
acordo com metodologia adotada por esta Secretaria (STN/COPAR). Informações complementares poderão ser
solicitadas à empresa requerente.
Legislação aplicável
❍ - LRF;
❍ - Lei nº 10.552/2002;
❍ - RSF nº 43/2001 e 48/2007;
❍ - Decreto nº 93.872/1986;
❍ - Decreto nº 9.075/2017 – COFIEX;
❍ - Portaria MEFP nº 497/1990.
Adverte-se que as interpretações da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN quanto à Lei Complementar
nº 148/2014 e quanto a outros dispositivos legais constantes neste capítulo tem por objetivo orientar as instituições
financeiras sobre procedimentos que esta Secretaria entende adequados e que a utilização do SADIPEM para a
verificação dos limites e condições relativos à realização de operações de crédito diretamente pelas instituições
financeiras, nos termos do art. 10 da Lei Complementar nº 148/2014 e da Portaria MF nº 413/2016, não implicam
em qualquer responsabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional, cabendo à instituição financeira e seus
representantes, sob as penas da lei, a observância de toda a legislação vigente aplicável ao assunto, em especial
quanto à Portaria MF nº 413/2016, à Resolução do Senado Federal nº 43/2001, à Lei Complementar nº 101/2000 e
ao PARECER/PGFN/CAF/Nº 1856/2016, de 15 de dezembro de 2016.
Art. 10. O Ministério da Fazenda, mediante ato normativo, estabelecerá critérios para a
verificação prevista no art. 32 da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000,
diretamente pelas instituições financeiras de que trata o art. 33 da citada Lei Complementar,
levando em consideração o valor da operação de crédito e a situação econômico-financeira
do ente da Federação, de maneira a atender aos princípios da eficiência e da economicidade.
O valor da operação de crédito e a situação econômico-financeira referidos no caput do art. 10 foram estabelecidos
pelo Ministério da Fazenda por intermédio da Portaria MF nº 413/2016.
Art. 1º Estabelecer os seguintes critérios para que a verificação de limites e condições prevista
no art. 32 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, seja feita diretamente pelas
instituições financeiras, conforme o art. 10 da Lei Complementar nº 148, de 25 de novembro
de 2014:
II - a relação entre o valor da Dívida Consolidada (DC) e a Receita Corrente Líquida (RCL)
do ente federado não poderá ser superior a 1,00 (um).
Ressalta-se que o inciso II, art. 1º faz referência à relação entre a Dívida Consolidada (DC) e a Receita Corrente
Líquida, diferente, portanto, do limite previsto no inciso III, art. 7º da Resolução do Senado Federal nº 43/2001, o
qual considera a relação entre Dívida Consolidada Líquida (DCL) e a Receita Corrente Líquida.
§ 3º Uma vez iniciada a verificação de limites e condições prevista no caput, esta será
O §3º, art. 1º prevê que iniciada a verificação de limites e condições pelo responsável selecionado pelo ente, fica
vedada nova solicitação de verificação da mesma operação pleiteada para outra instituição financeira ou para a
Secretaria do Tesouro Nacional, exceto quando arquivada pelo responsável selecionado anteriormente.
§5º Os pleitos que se enquadrem nos critérios estabelecidos nos incisos I e II deste artigo
encaminhados à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) após 01/01/2018 serão devolvidos às
respectivas instituições financeiras (Parágrafo acrescido pela Portaria MF nº 501/2017).
Os §§4º e 5º, adicionados pela Portaria MF nº 501/2017, estabelecem que, uma vez atendidas as condições para
análise do pleito pela Instituição Financeira, a verificação de limites e condições não mais será realizada pela STN,
sendo devolvidos, a partir de 2018, os pleitos encaminhados à STN, que se enquadrem nessas condições.
Art. 2º Não poderá ser realizada diretamente pelas instituições financeiras a verificação de
limites e condições de
I - operações de crédito internas com garantia da União ou externas, nos termos do art. 23 da
Resolução nº 43, do Senado Federal, de 2001;
III - operações de crédito que possuam a mesma finalidade de outras operações já contratadas
pelo ente federado se a soma dos seus valores ultrapassar o limite estabelecido no inciso I do
art. 1º desta Portaria. (Inciso regovado pela Portaria MF nº 501/2017).
Art. 3º Deverão ser remetidos à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) os pleitos que não
atenderem aos arts. 1º e 2º desta Portaria para que proceda à verificação de limites e
condições, nos termos do art. 32 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e da
Resolução do Senado Federal nº 43, de 2001.
Art. 4º A instituição financeira que realizar a verificação de limites e condições nos termos do
art. 1° desta Portaria deverá:
A informação da contratação da operação de crédito, prevista na alínea “b”, inciso I do art. 4º, deverá ser realizada
por intermédio de função específica do SADIPEM. Ao logar no SADIPEM com seu perfil, o usuário deverá
consultar o PVL deferido cuja contratação deseja registrar. Ao selecioná-lo, deverá clicar no botão específico
"Registro de Contratação" e concluir o procedimento.
Art. 5º O não cumprimento do previsto nesta Portaria tornará a operação de crédito irregular,
sem prejuízo de outras penalidades previstas na legislação aplicável.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação.
16.5 Cumprimento do inciso IV, art. 5º e inciso VI, art. 21, ambos da
RSF nº 43/2001
O inciso IV, art. 5º da RSF n° 43/2001 prevê que:
No caso de entes que possuam acordos de refinanciamento firmados com a União (Lei nº 9.496, de 11/9/1997, ou
MP 2.185-35, de 24/8/2001), constantes da relação disponível na seção "Download de arquivos", a verificação se a
operação de crédito pretendida representa violação dos acordos de refinanciamento firmados com a União deverá
ser realizada mediante consulta, na qual conste o número do PVL, à Coordenação-Geral das Relações e Análise
Financeira dos Estados e Municípios (COREM/STN) por intermédio de ofício encaminhado à Secretaria do
Tesouro Nacional – STN, para o endereço abaixo:
Ressalta-se que a resposta desta Secretaria guardará consonância com as informações do PVL constantes no
SADIPEM na data da análise e que eventuais alterações demandarão nova consulta.
A instituição financeira deverá verificar a adimplência nas datas do deferimento do pleito de verificação e da
assinatura do contrato mediante acesso ao Sistema de Acompanhamento de Haveres Financeiros junto a Estados e
Municípios (SAHEM), disponível em sahem.tesouro.gov.br.
Eventual ocorrência de inadimplência, que venha a ser registrada na consulta eletrônica relativa ao inciso VI do art.
21 da RSF nº 43/2001, também implica que, enquanto perdurar a situação de inadimplência, a contratação de
operação de crédito constitui violação do contrato de refinanciamento, nos termos do inciso IV do art. 5º da RSF nº
43/2001.
O status “Regularizado” significa que a operação não representa óbice à realização de nova operação de crédito.
Cabe ressaltar que caso a instituição financeira constate irregularidade durante a análise de processos de verificação
de limites e condições regidos pela RSF nº 43/2001, ainda não constatada pela STN, deverá solicitar que o ente a
17.1 Limites
Regra de Ouro
O cumprimento do limite a que se refere o inciso III do art. 167 da Constituição Federal deverá ser comprovado
mediante apuração das operações de crédito e das despesas de capital conforme os critérios definidos no § 3º do art.
32 da LRF e art. 6º da RSF nº 43/2001:
Art. 6º O cumprimento do limite a que se refere o inciso III do art. 167 da Constituição
Federal deverá ser comprovado mediante apuração das operações de crédito e das despesas
de capital conforme os critérios definidos no art. 32, § 3º, da Lei Complementar nº 101, de 4
de maio de 2000.
§ 2º Não serão computados como despesas de capital, para os fins deste artigo:
● Para o caso de operações de crédito com liberação prevista para mais de um exercício, este limite será calculado
levando em consideração o cronograma anual de ingresso, projetando-se a receita corrente líquida de acordo com
os critérios estabelecidos no § 6º do art. 7º da RSF nº 43/2001 (§ 1º do art. 7º da RSF nº 43/2001).
● No caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita corrente líquida;
● No caso dos Municípios: 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita corrente líquida;
O limite acima poderá ser elevado para 32% (trinta e dois por cento) da receita corrente líquida, desde que
cumulativamente, quando aplicável, o garantidor:
Crescimento do PIB
2010 1,0752822567
2011 1,0397442308
2012 1,0192117599
2013 1,0300482267
2014 1,0050395574
2015 0,9645423661
2016 0,9653728428
2017 1,0098543643
17.3 Condições
O não atendimento de algum dos requisitos mínimos definidos pela RSF nº 43/2001 impede a continuidade do
processo de análise e, por conseguinte, a conclusão da verificação de limites e condições da operação pleiteada. De
acordo com a legislação, é vedada a contratação de operação de crédito interno:
● Se as despesas com pessoal não estiverem enquadradas nos limites previstos no art. 20 da LRF, com ressalva
prevista no inciso III do § 3º do art. 23 da mesma Lei;
● Se o Ente houver contratado alguma operação que se equipare a operação de crédito cujos limites e condições não
tenham sido objeto de análise e de Parecer favorável pela STN, e não seja objeto de aplicação do disposto no §6°,
art. 21 da RSF n° 43/2001;
● Se os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não publicarem o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária até trinta dias após o encerramento de cada bimestre. Tal vedação persistirá até a regularização
dessa pendência (§ 2º do art. 52 da LRF);
● Se os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não publicarem o Relatório de Gestão Fiscal até trinta dias após
o encerramento de cada quadrimestre. Tal vedação persistirá até a regularização dessa pendência (§ 3º do art. 55
da LRF, com ressalva prevista na letra “b” do art. 63 da mesma Lei);
● Se os Estados (considerado o Distrito Federal) e os Municípios não encaminharem suas contas ao Poder
Executivo da União até 31 de maio e 30 de abril, respectivamente. Aos Municípios cabe, também, encaminhar
cópia de suas contas ao Poder Executivo do respectivo Estado (inciso I do § 1º do art. 51 da LRF). A vedação
persistirá até a regularização dessa pendência (§ 2º do art. 51 da LRF);
● Se houver violação dos acordos de refinanciamento firmados com a União (inciso IV do art. 5º da RSF nº
43/2001);
● Se houver garantia ao Estado, ao Distrito Federal ou ao Município por instituição financeira por ele controlada
(art. 17 da RSF nº 43/2001); e
● Se o Ente da Federação tiver dívida honrada pela União ou pelo Estado, em decorrência de garantia prestada em
operação de crédito. Tal vedação persistirá até a total liquidação da mencionada dívida (§ 10 do art. 40 da LRF e
§ 4º do art. 18 da RSF nº 43/2001).
● Antes do dia dez de janeiro de cada ano (inciso I do art. 38 da LRF; inciso I do art. 14 da RSF nº 43/2001);
● Enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada (inciso IV-a do art. 38 da LRF
e inciso IV do art. 14 da RSF nº 43/2001);
● No último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo (inciso IV-b do art. 38 da LRF e § 2º do art. 15 da RSF
nº 43/2001);
● Se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros prefixada ou indexada à Taxa Básica Financeira - TBF
(inciso III do art. 38 da LRF e inciso III do art. 14 da RSF nº 43/2001).
Encontram-se ainda definidas as seguintes condições para a contratação de operação por ARO:
● O valor da operação pretendida não poderá exceder o limite fixado na lei autorizadora (inciso I do art. 22 da RSF
nº 43/2001);
● A taxa de juros das operações por ARO não poderá ser superior a uma vez e meia a TBF (1,5xTBF) vigente no
dia do encaminhamento da proposta firme (§ 4o do art. 37 da RSF nº 43/2001); e
● A operação deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano
de contratação (inciso II do art. 38 da LRF e inciso II do art. 14 da RSF nº 43/2001).
Diante do exposto, o ente federativo e a instituição financeira devem acessar o SADIPEM e preencher os
formulários nele contidos com todas as informações necessárias para o envio eletrônico do pleito a esta Secretaria.
A seguinte relação de documentos deve ser enviada como “documentos anexos” no SADIPEM:
● Lei Autorizadora;
● Parecer do Órgão Jurídico;
● Parecer do Órgão Técnico;
● Certidão do Tribunal de Contas;
● Comprovante do Encaminhamento das Contas ao Poder Executivo do Estado, somente para municípios;
● Anexo 1 da Lei nº 4.320/1964, somente necessário até 30/03 do exercício corrente; e
● Minutas Contratuais, somente se for operação crédito com garantia da União.
Cabe ressaltar que documentos adicionais, não previstos na legislação antes citada, eventualmente
considerados necessários à análise dos pleitos, poderão ser solicitados pela STN, em conformidade com o
disposto no §1º do art. 25 da RSF nº 43/2001. Poderá também a instituição financeira, à época da
contratação, solicitar documentos ou informações adicionais que lhe dê conforto para a assinatura dos
contratos.
Os documentos anexos deverão seguir, além das particularidades de cada um, os seguintes preceitos, de forma a
conferir agilidade e segurança ao processo de análise:
❍
Digitalizados, no formato PDF, de originais. Neste caso, o Ente interessado deve manter a guarda de tal
documento por um período mínimo de cinco anos a contar do prazo final da operação; ou
❍
Eletrônicos, quando assinados digitalmente por meio de Certificado Digital;
No caso das operações de crédito internas com instituições financeiras, nos termos da Resolução CMN nº 3.751, de
2009, somente deverá ser emitida a Proposta Firme (o Pedido formal de Verificação de Limites e Condições) da
operação de crédito se observados os seguintes requisitos:
● A completa instrução documental do pleito na forma e abrangência regulamentadas pelo Ministério da Fazenda,
de acordo com a competência conferida pela RSF nº 43/2001; e
● O enquadramento da operação pleiteada nos limites ou regras de contingenciamento do crédito ao setor público,
conforme resoluções do Conselho Monetário Nacional.
Além disso, de acordo com o art. 33 da Lei de Responsabilidade Fiscal, a Instituição Financeira é responsável por
verificar o cumprimento, por parte do tomador, no momento da contratação, dos limites e condições estabelecidos,
sob pena de nulidade da operação. Nesse sentido, a atuação das instituições financeiras tem sido relevante na
agilidade da instrução e no acompanhamento dos processos.
Para as operações de crédito internas com instituições financeiras, o PVL poderá indicar o prazo de validade do
documento, que deverá ser compatível com as regras relativas ao enquadramento da operação nos limites de
contingenciamento de crédito ao setor público, tendo em vista que compete às instituições financeiras a observância
das regras e limites estabelecidos na Resolução CMN nº 4.589/2017. Para as operações a serem realizadas com
recursos de destaque de capital, o agente financeiro também poderá definir o prazo limite para contratação. No caso
de não ser informada a data de validade, esta será considerada indeterminada.
A descrição das taxas e encargos deve guardar conformidade com os termos do contrato a ser assinado. Caso a taxa
de juros seja variável, deve-se evitar a indicação de um percentual fixo de referência, mesmo que esta referência
diga respeito ao patamar que o índice variável atinge no presente.
● "Taxa de juros anual, equivalente a Libor Trimestral acrescida do custo de captação do banco e da margem
aplicável para empréstimos do capital ordinário do banco”. Assim, mesmo que se tenha, hoje, o valor de todas as
três variáveis (Libor, custo de captação e margem), não se deve somá-las e indicar, no PVL, como taxa de juros
“X,XX ao ano”. A descrição completa como “Taxa de juros anual, equivalente a Libor Trimestral acrescida do
custo de captação do banco e da margem aplicável para empréstimos do capital ordinário do banco” é preferível;
● "Taxa de juros anual, equivalente a Libor Semestral acrescida de spread variável”
● "Taxa de juros anual, equivalente a Libor Semestral acrescida de spread de X,XX% a.a. pelo período de 8 anos a
partir da data da vigência do contrato. Após esse período, Libor 6 meses mais spread de X,XX% a.a.” Perceba-se
que neste caso é seguro indicar o valor do spread, pois ele é fixo;
● Em operações com uma taxa variável mais spread fixo: “Taxa de juros anual, composta pela TJLP mais X,XX%”.
Aqui, “TJLP” serve apenas como referência;
● Em operações com taxa fixa: “X,XX% a.a.”
Como descrição de encargos e comissões, deve-se indicar o valor, a base de cálculo e a periodicidade/forma de
pagamento. Seguem exemplos:
Cabe destacar, ainda que, em operações em moeda estrangeira, a variação cambial não deve ser indicada como
componente de taxa de juros, e sim como indexador.
Para que a Secretaria do Tesouro Nacional possa se comunicar com o ente da Federação ou com a instituição
financeira, objetivando o envio de documentos e informações a respeito do PVL, é necessário que as informações
dos usuários do SADIPEM estejam sempre atualizadas, incluindo o número de telefone e o endereço de e-mail.
A STN utilizará os dados do Demonstrativo da DCL (DDCL) do último RGF exigível homologado no Siconfi,
tendo em vista que o art. 21, § 4º da RSF nº 43/2001 possibilita ao Ministério da Fazenda dispensar a apresentação
desse demonstrativo caso já disponha das informações contidas nesse documento em seus bancos de dados. Dessa
forma, o último RGF exigível (conforme art. 55 § 2º e art. 63, inciso II, ambos da LRF) deverá estar homologado
no Siconfi, nas datas informadas no artigo 18.13 deste manual.
O ente da Federação deverá atentar para o correto preenchimento desse Demonstrativo, de forma que os valores
sejam corretamente alocados nos campos correspondentes. Deverá ser dada especial atenção aos campos “Outras
Dívidas”, “Dívida Com Instituição Não Financeira” e “Demais Dívidas Contratuais”, cujos valores deverão ser
informados em conformidade com o disposto no Manual de Demonstrativos Fiscais (disponível em
www.tesouro.gov.br/mdf).
Cabe destacar, ainda, que os dados do DDCL do 3º quadrimestre (ou do 2º semestre) de determinado exercício,
bem como a coluna "Saldo do Exercício Anterior" do DDCL do exercício seguinte, deverão ser compatíveis com os
valores dos tipos de dívida informados no CDP do mesmo exercício. Dessa forma, a título de exemplo, conclui-se
que os dados do DDCL do 3º quadrimestre de 2015 e da coluna "Saldo do Exercício Anterior" dos DDCL do
exercício 2016 de determinado ente deverão ser compatíveis com os valores dos tipos de dívida informados no
CDP 2015. Para mais informações sobre o CDP, acesse o Manual SADIPEM (
conteudo.tesouro.gov.br/manuais/sadipem).
A não observância do correto preenchimento desse Demonstrativo pode acarretar análises adicionais ou pedidos de
informações complementares, que significam necessariamente atrasos no andamento do processo e ineficiência
para o conjunto das operações em análise.
No cronograma constarão todas as previsões de liberação das operações de dívida fundada interna e externa bem
como de liberação das operações de crédito por antecipação de receita orçamentária realizadas no exercício em
curso, exclusive a operação pleiteada, e de operações contratadas em exercícios anteriores que ainda possuam
parcelas a liberar.
Observar que os valores das operações de crédito em moedas estrangeiras deverão ser convertidos para Real com
base na cotação de venda da taxa de câmbio disponível no site do Banco Central referente ao último dia do período
a que se refere o último RREO exigível. Portanto, caso o último RREO exigível no momento da análise seja o
referente ao 5º bimestre de determinado exercício, a taxa de câmbio deverá ser a do dia 31/10 do respectivo
exercício ou, caso essa data não seja um dia útil, a do dia útil imediatamente anterior.
No cronograma constarão todas as previsões de pagamento anual das dívidas consolidadas interna e externa,
contratadas e/ou a contratar, exclusive a operação pleiteada, com discriminação do principal, dos juros e dos
demais encargos.
Caso não exista compatibilidade entre o valor constante do total de amortizações da Dívida Consolidada do
Cronograma de Pagamentos (constante da aba “Operações Contratadas” do SADIPEM) e aquele informado na
rubrica "Dívida Consolidada" do Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida (DDCL) do 3º quadrimestre (ou 2º
semestre) do exercício anterior ou, na mesma rubrica, na coluna "saldo do exercício anterior" do último RGF
exigível do exercício em curso (o que for mais atual), decorrente, por exemplo, de juros vincendos referentes à Lei
nº 9.496/97, deverá ser informado na aba “Notas Explicativas” do SADIPEM as razões e valores dessa diferença.
O Parecer do Órgão Jurídico deverá ser enviado como “Documento Anexo” no SADIPEM (o modelo do
documento está disponível em conteudo.tesouro.gov.br/manuais/mip/arquivo).
O Parecer do Órgão Jurídico deverá ser assinado pelo representante do Órgão Jurídico e pelo Chefe do Poder
Executivo. Este documento, considerado obrigatório pela legislação, é instrumento fundamental para a tomada de
decisão do Chefe do Poder Executivo, quanto ao atendimento dos requisitos legais para contratação e deve estar
amparado em fatos e informações seguras, com o devido comprometimento da administração.
O Parecer deverá apresentar a estrutura mínima do modelo mencionado, de forma a atender a todos os aspectos
relacionados na legislação, objetivando conferir o devido amparo ao processo de avaliação do Ministério da
Fazenda, bem como segurança e celeridade das análises.
Sugere-se a inclusão das sentenças indicadas no modelo em cada item da estrutura do Parecer, de forma que não
surjam dúvidas quanto à abrangência ou conteúdo da opinião jurídica, circunstância que poderia acarretar análises
adicionais ou pedidos de informação complementares, que significam necessariamente atrasos no andamento do
processo e ineficiência para o conjunto das operações em análise.
Uma cópia do Parecer do Órgão Jurídico, com todas as informações prestadas pelo Ente, será enviada pela STN ao
Tribunal de Contas competente ao término da análise dos pleitos.
O Parecer deverá ser assinado pelo representante do órgão técnico, devidamente identificado (no mínimo, nome e
cargo), e conter o “de acordo” do Chefe do Poder Executivo.
Esta autorização também poderá constar na Lei Orçamentária Anual ou em lei que autorize créditos adicionais
(inciso I do § 1º do art. 32 da LRF), desde que atenda às características descritas no parágrafo anterior.
No caso de operações com a garantia da União, deve ser incluída na Lei a autorização para conceder
contragarantias. As contragarantias deverão conter necessariamente todas as transferências federais, as receitas
próprias dos Entes e ainda outras garantias em direito admitidas.
No caso da verificação de limites e condições prevista no art. 32 da Lei Complementar nº 101/2001, realizada (a
partir de 5/2/2017) diretamente pelas instituições financeiras, nos termos do art. 10 da Lei Complementar nº 148, de
25 de novembro de 2014, desde que sigam os critérios definidos na Portaria MF nº 413, de 4 de novembro de 2016,
com o propósito de facilitar a observância da vedação do inciso III, art. 2º desta Portaria, a finalidade da lei deve
ser a mais detalhada possível. Maiores informações no capítulo 16.
O documento deverá ser anexado no SADIPEM até 30 de março do exercício em curso, tendo em vista que, a partir
dessa data, os dados necessários serão coletados do Balanço Orçamentário, parte integrante do RREO do último
bimestre exigível do exercício em curso, homologado no Siconfi.
Deve ser enviado como “Documento Anexo” do SADIPEM exemplar da publicação na imprensa ou documento
baseado no modelo disponível na página conteudo.tesouro.gov.br/manuais/mip/arquivo.
Deve ser anexado no SADIPEM apenas o Anexo nº 1 da Lei n° 4.320/64, não sendo necessárias outras partes da
Lei Orçamentária.
obrigações
É de responsabilidade do agente financeiro ou do contratante a comprovação das adimplências a que se refere o
inciso VIII do art. 21 da RSF nº 43/2001 (INSS, FGTS, CRP, RFB/PGFN e Dívida Ativa da União), não havendo
mais verificação prévia desses requisitos por parte da STN. A partir desta alteração de procedimentos, a verificação
se efetiva somente na formalização dos instrumentos contratuais, permitindo, assim, uma maior flexibilidade para
que o ente possa gerenciar sua situação cadastral ao longo do processo.
Ressalte-se, assim, que é responsabilidade do ente manter-se em situação de regularidade. A contratação ficará
condicionada à apresentação, perante o agente financeiro ou o contratante, de todas as certidões exigidas por lei
válidas na data da contratação, não sendo necessário, portanto, encaminhá-las a esta Secretaria para a verificação
dos requisitos prévios à contratação de operações de crédito. Logo, recomenda-se aos entes Federativos o
acompanhamento nos sites da CAIXA (FGTS) e do SRF/PGFN (PIS-PASEP, FINSOCIAL, COFINS, INSS).
No caso de empréstimos e financiamentos a serem contratados com instituições federais, na forma regulamentada
pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, a legislação exige o cumprimento da Lei nº 9.717, de
27/11/1998, comprovado por meio do Certificado de Regularidade Previdenciária - CRP (inciso VIII do art. 21 da
RSF nº 43/2001).
Considera-se Regime Próprio de Previdência Social o sistema de previdência, estabelecido no âmbito de cada ente
da Federação, que assegure, por lei, a todos os servidores titulares de cargo efetivo, pelo menos os benefícios de
aposentadoria e pensão por morte previstos no art. 40 da Constituição Federal.
O Certificado de Regularidade Previdenciária poderá ser obtido na página da Previdência Social. Esse certificado é
a única comprovação que não se verifica para cada CNPJ, mas para o Ente em questão, sendo necessário somente
quando a operação for contratada com instituição financeira federal.
Há, ainda, a opção de verificação de adimplência por meio do Serviço Auxiliar de Informações para Transferências
Voluntárias (CAUC), em sti.tesouro.gov.br. O link possui, além da opção de consulta, uma lista de perguntas e
respostas mais frequentes e, caso o Ente não tenha a lista de CNPJs atualizada, observar o art. 13 da Instrução
Normativa STN nº 2, de 02/02/2012.
O CAUC é um serviço de consulta unificada de requisitos fiscais para transferências voluntárias e pode ser um
instrumento útil de monitoramento por parte dos entes da Federação, lembrando que o serviço possui apenas treze
requisitos, sendo que os demais devem ser comprovados por documentos.
No caso de operações com análise de garantia da União, a verificação de adimplência será feita para os
CNPJs ligados à Administração Direta de todos os poderes.
Cabe ressaltar que, tendo em vista a determinação para que o contratante verifique diretamente a adimplência
financeira, reserva-se a estas instituições eventual entendimento jurídico quanto à maneira ou procedimentos de se
obter a comprovação de adimplência à época da contratação.
A prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional far-se-á mediante apresentação de certidão conjunta
emitida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB e pela PGFN, com informações da situação do sujeito
passivo quanto aos tributos administrados pela RFB e à Dívida Ativa da União (art. 5º do Decreto nº 6.106, de
30/4/2007, Instrução Normativa RFB nº 734, de 2/5/2007, e Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 3, de 2/5/2007).
A adimplência do CNPJ que represente a pessoa jurídica do mutuário ou tomador da operação de crédito com
instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional é pré-requisito para a contratação de operação de crédito,
conforme disposto no art. 16 da RSF nº 43/2001.
A adimplência do tomador é verificada por meio do acesso ao Sistema do Banco Central (SISBACEN), no Sistema
de Registro de Operações de Crédito com o Setor Público (Cadip). Dessa forma, também não é necessário o envio
de comprovante para esse item, devendo somente manter a adimplência do ente.
Ademais, por ocasião da assinatura dos instrumentos contratuais, o ente deverá estar cumprindo o disposto no
inciso IV do § 10º do art. 97 do ADCT, da Emenda Constitucional nº 62, de 9 de dezembro de 2009.
Além disso, conforme disposto no art. 5º, IV da RSF nº 43/2001, é vedado aos estados, ao Distrito Federal e aos
municípios realizar operação de crédito que represente violação dos acordos de refinanciamento firmados com a
União.
No caso dos municípios que não tenham firmado acordo de refinanciamento com a União, no âmbito da MP nº
2.185/2001 e da Lei nº 8.727/93, nenhum documento ou verificação adicional são necessários.
No caso dos Estados que tenham firmado acordos de refinanciamento com a União no âmbito da Lei nº 9.496/97 e
da Lei nº 8.727/93, a STN verificará se o referido Ente cumpre os requisitos previstos nos contratos celebrados, se a
operação em referência está prevista no Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal do Estado (Lei nº 9.496/97),
bem como se a referida operação de crédito não representa violação aos acordos de refinanciamento firmados com
a União. Para qualquer consulta e/ou regularização com relação a esse assunto, o interessado deverá entrar em
contato com a Coordenação-Geral das Relações e Análise Financeira dos Estados e Municípios (COREM/STN),
pelos telefones (61) 3412-3042 e (61) 3412-3043.
Observe-se que, com base na Lei nº 12.348, de 15 de dezembro de 2010, a Portaria STN nº 693, de 20/12/2010,
dispensou os municípios relacionados nos anexos I e II da mesma Portaria da remessa do balancete da execução
orçamentária mensal, do cronograma de compromissos da dívida vincenda previstos na Lei nº 8.727/93 e na MP nº
2.185-35/2001, e da remessa do balanço anual, previsto na MP nº 2.185-35/2001, assim como dispensou os
municípios do anexo II da verificação do cumprimento dos requisitos constantes do art. 9º da MP nº 2.185-35/2001.
A exceção aplica-se apenas aos municípios que não utilizam dos limites de pagamento previstos no art. 2º da Lei nº
8.727/93 e no inciso V do art. 2º da MP 2.185-35/2001 e não abrange os municípios que apresentem pendências
financeiras decorrentes de ação judicial que tenha como litígio o refinanciamento de dívida.
Para os entes que possuem financiamentos e refinanciamentos concedidos pela União, mediante informação da
Secretaria do Tesouro Nacional, deverá ser exigida pelo contratante, no ato da assinatura do contrato, informação
relativa à comprovação de que trata o inciso VI do art. 21 da RSF nº 43/2001, e do disposto no inciso IV do art. 5º
da referida Resolução.
Caso não seja possível realizar consulta ao Cadastro de Entidades Devedoras Inadimplentes – CEDIN, o ente
deverá anexar no SADIPEM certidão emitida pelo tribunal competente atestando a regularidade de pagamento e a
sua periodicidade, ou declaração de regularidade de pagamento de precatórios, e sua respectiva periodicidade,
emitida pelo Chefe do Poder Executivo ou pelo Secretário da Fazenda, com protocolo da declaração junto ao
Tribunal de Justiça competente.
Para comprovação de encaminhamento, por parte dos entes da Federação, de suas contas ao Poder Executivo da
União, a STN realizará a verificação por meio do Siconfi (siconfi.tesouro.gov.br) e do CAUC (
sti.tesouro.gov.br/cauc).
No caso de município, deverá ser anexado no SADIPEM comprovação de que encaminhou cópia de suas contas ao
Poder Executivo do respectivo estado, conforme inciso I do § 1º do art. 51 da LRF, por meio de:
● Original do ofício constando o protocolo de encaminhamento das contas relativas ao exercício anterior à
Secretaria de Fazenda do respectivo Estado; ou
● Impressão da certidão de entrega, quando a Secretaria de Fazenda do Estado disponibilizar sítio na internet para
isso; ou
● “Histórico das Contas Anuais” do Siconfi. Essa comprovação será válida somente para os municípios dos
estados que haviam realizado convênio com a CAIXA para disponibilização de acesso ao SISTN e
intercâmbio de dados e informações.
Constitui obrigação dos estados, dos municípios e do Distrito Federal o envio de informações contábeis para fins de
consolidação pela União, conforme o art. 51 da LRF, bem como informações sobre suas operações de crédito e os
relatórios fiscais previstos na LRF.
As informações para o cálculo, pelo Tesouro Nacional, dos limites de endividamento dos estados, dos municípios e
do Distrito Federal devem ser extraídas do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e do Relatório
de Gestão Fiscal (RGF). Esses relatórios devem estar homologados no Siconfi de acordo com suas datas de
exigibilidade.
Devem estar homologados ou retificados no Siconfi os RREOs referentes ao exercício anterior e ao exercício em
curso (atual) do Poder Executivo, na forma da Portaria STN nº 896, de 31/10/2017. Também devem estar
homologados no Siconfi os RGFs referentes ao exercício anterior e ao exercício em curso (atual) de todos os
Poderes e Órgãos elencados no art. 20 da LRF, inclusive as defensorias públicas quando houver esse órgão na
estrutura do ente da Federação. Os Balanços Anuais deverão apresentar o status "Homologado" ou “Retificado”. O
último CDP exigível, por sua vez, deverá estar “Finalizado” ou "Retificado" no SADIPEM, apresentando o status
de “Regular”.
O Ente que deixar de homologar ou finalizar essas informações no Siconfi ou no SADIPEM, conforme o caso, até
as datas de exigibilidade requeridas, não poderá contratar operações de crédito.
Relatório Prazo
CDP - Anual 30 de janeiro
RREO - 1º Bimestre 30 de março
RREO - 2º Bimestre 30 de maio
*Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes que optarem por divulgar semestralmente o Relatório de Gestão Fiscal, nos termos do art. 63
da LRF.
Em relação às contas do último exercício analisado, a certidão deverá atestar o cumprimento do disposto nos
seguintes artigos (alínea “a” do inciso IV do art. 21 da RSF nº 43/2001):
Em relação às contas dos exercícios ainda não analisados, e, quando pertinente, do exercício em curso, a certidão
deverá atestar o cumprimento do disposto nos seguintes artigos (alínea “b” do inciso IV do art. 21 da RSF nº
43/2001):
● Em relação às contas do último exercício fechado, o cumprimento do disposto nos arts. 198 e 212 da
Constituição Federal, representando o cumprimento dos gastos com saúde, indicando o percentual aplicado (com
a redação da EC nº 29/2000) e o cumprimento dos gastos com educação, indicando o percentual aplicado (art. 10,
II, “b” da RSF nº 48/2007), respectivamente; bem como o cumprimento do art. 11 da LRF (pleno cumprimento
das competências tributárias). Considera-se último exercício fechado o último para o qual seja exigível a
publicação do RREO do 6° bimestre. Exemplo: Entre 31/01/2016 e 30/01/2017, o último exercício fechado é
2015.
● Em relação às contas do exercício anterior ao último exercício fechado, o cumprimento do disposto no artigo
198 da Constituição Federal, representando o cumprimento dos gastos com saúde, indicando o percentual
aplicado (com a redação da EC nº 29/2000).
● Em relação aos atestes a respeito dos gastos com saúde (art. 198 da CF/88), cabe ressaltar que, segundo
entendimento da PGFN, caso se constate aplicação inferior ao mínimo no exercício anterior ao último exercício
fechado, a certidão deve atestar que a parcela faltante foi aplicada no último exercício fechado, conforme previsto
no art. 25 da LC n° 141/2012. Caso haja aplicação inferior ao mínimo no último exercício fechado, a garantia da
União só poderá ser concedida caso se comprove que a parcela faltante já foi efetivamente gasta no exercício em
curso como compensação a essa falta.
● Em relação às contas do último exercício fechado, o cumprimento do disposto nos artigos 198 e 212 da
Constituição Federal, representando o cumprimento dos gastos com saúde, indicando o percentual aplicado (com
a redação da EC nº 29/2000) e o cumprimento dos gastos com educação, indicando o percentual aplicado (art. 10,
II, “b” da RSF nº 48/2007), respectivamente. Considera-se último exercício fechado o último para o qual seja
exigível a publicação do RREO do 6° bimestre. Exemplo: Entre 31/01/2016 e 30/01/2017, o último exercício
fechado é 2015.
● Em relação às contas do exercício anterior ao último exercício fechado, o cumprimento do disposto no artigo
198 da Constituição Federal, representando o cumprimento dos gastos com saúde, indicando o percentual
aplicado (com a redação da EC nº 29/2000).
● Em relação aos atestes a respeito dos gastos com saúde (art. 198 da CF/88), cabe ressaltar que, segundo
entendimento da PGFN, caso se constate aplicação inferior ao mínimo no exercício anterior ao último exercício
fechado, a certidão deve atestar que a parcela faltante foi aplicada no último exercício fechado, conforme previsto
no art. 25 da LC n° 141/2012. Caso haja aplicação inferior ao mínimo no último exercício fechado, a garantia da
União só poderá ser concedida caso se comprove que a parcela faltante já foi efetivamente gasta no exercício em
curso como compensação a essa falta.
● Em relação ao art. 11 da LRF (pleno cumprimento das competências tributárias) deve ser atestado pelo Tribunal
de Contas tanto o último exercício analisado, quanto os exercícios ainda não analisados e o exercício em
Observações
Relativamente ao art. 23 e em conformidade com o disposto no § 1º do art. 25 da RSF nº 43/2001, a certidão deve
atestar o cumprimento dos limites por Poder e por órgão, informando inclusive os respectivos valores monetários e
percentuais em relação à receita corrente líquida:
● Para Municípios:
❍ Despesa verificada para o Poder Executivo; e
❍ Despesa verificada para o Poder Legislativo (incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver).
● Para o Distrito Federal:
❍ Despesa verificada para o Poder Executivo; e
❍ Despesa verificada para o Poder Legislativo (incluído o Tribunal de Contas do Distrito Federal).
● Para Estados:
❍ Despesa verificada para o Poder Executivo;
❍ Despesa verificada para o Poder Legislativo (incluído o Tribunal de Contas do Estado, e o Tribunal de Contas
dos Municípios, quando houver);
❍ Despesa verificada para o Poder Judiciário; e
❍ Despesa verificada para o Ministério Público.
A certidão deverá atestar com clareza e objetividade o cumprimento ou descumprimento dos itens previstos nos
normativos mencionados.
Não serão aceitas certidões que sejam omissas com relação a algum dos itens requeridos.
Atentar para o fato de o Supremo Tribunal Federal ter deferido medida cautelar (Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 2.238) para conferir ao art. 12, § 2º da LRF interpretação conforme o inciso III do art. 167
da Constituição Federal, de forma que a proibição não abrange créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. Assim, o Tribunal de Contas deve atestar o art. 12,
§ 2º ou, alternativamente, o art. 167, III da Constituição Federal.
No caso específico do § 2º do art. 55 da LRF, observar o fato de que é solicitada a comprovação de publicação do
RGF inclusive em meio eletrônico. Assim, caso a certidão não seja clara quanto ao cumprimento integral do artigo,
será solicitado novo documento.
Quando da comprovação de cumprimento das solicitações por parte do Tribunal de Contas, deverá ser informado
que o ateste se refere a todos os períodos abrangidos (ex.: se emitida em setembro do ano em curso a certidão
deverá atestar o cumprimento dos itens solicitados em relação aos 1º, 2º, 3º e 4º bimestres e aos 1º e 2º
quadrimestres – ou 1º semestre).
Com exceção do art. 23 da LRF, que deverá discriminar o cumprimento da despesa com pessoal por Poder e órgão,
todos os artigos deverão referir-se ao ente (o art. 55, § 2º da LRF poderá ser apresentado de forma consolidada –
Caso a certidão não apresente a verificação de cada um dos itens, recomenda-se retornar ao Tribunal para incluir o
item faltante, de forma a não prejudicar o andamento do processo.
Caso já tenha sido elaborada a Lei Orçamentária relativa ao exercício posterior, deve ser indicado que os recursos
provenientes da operação de crédito pleiteada estão inclusos na Lei Orçamentária Anual (LOA) do exercício
posterior, indicando ainda o número da LOA.
Com relação à inclusão orçamentária, atestar que os recursos provenientes da operação de crédito pleiteada estão
inclusos no orçamento vigente, nos termos do inciso II do § 1º do art. 32 da LRF.
Durante o mês de janeiro, a compatibilidade entre a Dívida Consolidada informada na subcoluna “Amortização”
da coluna “Dívida Consolidada” do Cronograma de Pagamento e o saldo da Dívida Consolidada do Relatório de
Gestão Fiscal – RGF, poderá ser feita com base no último RGF exigível (para os municípios com publicação
quadrimestral, com o RGF do 2° quadrimestre do exercício anterior, e para os municípios com publicação
semestral, com o RGF do 1° semestre do exercício anterior), acrescidos dos valores recebidos e deduzidas as
amortizações realizadas até o final daquele exercício. Em outras palavras, o valor a ser informado na subcoluna
“Amortização” da coluna “Dívida Consolidada” do Cronograma de Pagamento deve ser correspondente à dívida
consolidada do Ente na posição de 31 de dezembro do exercício anterior.
Amortizações realizadas no 3º
R$ 8.500.048,22
Quadrimestre/2º semestre de 20XX
Importante ressaltar que esses valores serão utilizados também para o cálculo da regra de ouro do exercício em
curso.
Caso, durante o mês de janeiro, o ente já possua a informação relativa ao valor da Dívida Consolidada ao final do
3° quadrimestre/2º semestre do exercício anterior, a compatibilidade mencionada poderá ser feita com base nesse
valor. Ainda assim, também deverão ser informados na aba “Notas Explicativas”, os valores de operações de
crédito recebidas e as amortizações de dívida realizadas no 3º quadrimestre/2º semestre do exercício anterior.
Após 30 de janeiro, e para o restante do ano, o somatório dos valores de pagamento do principal deve ser
compatível com o saldo da "Dívida Consolidada" do final do exercício anterior, informado no Demonstrativo da
Dívida Consolidada Líquida (DCL), tendo em vista que já será exigida a publicação do RGF referente ao 3º
quadrimestre do exercício anterior (ou 2º semestre do exercício anterior).
Informações contábeis
O campo “Informações do RREO do exercício anterior - Balanço Orçamentário” deve ser preenchido com dados do
fechamento do exercício.
Já o campo “Despesas de capital do exercício em curso”, deve ser preenchido com dados do Anexo I da LOA do
exercício em curso.
Art. 15. É vedada a contratação de operação de crédito nos 120 (cento e vinte) dias
anteriores ao final do mandato do Chefe do Poder Executivo do Estado, do Distrito Federal
ou do Município.
1º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput deste artigo:
I - o refinanciamento da dívida mobiliária;
II - as operações de crédito autorizadas pelo Senado Federal ou pelo Ministério da Fazenda,
em nome do Senado Federal, no âmbito desta Resolução, até 120 (cento e vinte) dias antes do
final do mandato do Chefe do Poder Executivo;
III – as operações de crédito destinadas ao financiamento de infraestrutura para a realização
(...) dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, autorizadas pelo CMN.
2º No caso de operações por antecipação de receita orçamentária, a contratação é vedada no
último ano de exercício do mandato do chefe do Poder Executivo.
Em regra geral, as operações cujos limites e condições forem verificados até 120 dias antes do final do mandato do
Chefe do Poder Executivo, poderão ser contratadas junto às instituições financeiras ainda dentro do exercício,
obedecendo o prazo estipulado por esta Secretaria (270, 180 ou 90 dias, conforme Portaria STN n° 9/2017).
Durante o mencionado prazo de 120 dias, os pleitos de operações de crédito a serem protocolados na STN deverão
prever o primeiro desembolso da operação a partir do exercício seguinte, e a correspondente inclusão orçamentária
no Projeto de Lei Orçamentária do exercício seguinte. Nesse período, ainda que a análise da operação seja
concluída, a contratação só poderá ocorrer após o encerramento do exercício.
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas
tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
(...)
VI - nos três meses que antecedem o pleito:
a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos
Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos
destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em
andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência
e de calamidade pública.
Entendimentos da AGU
Nos links a seguir encontram-se os entendimentos da AGU a respeito desse tema, aplicáveis na presente data.
● Celebração de aditivos aos contratos de refinanciamento de dívidas firmados entre União e estados e DF com
base na Lei nº 9.496, de 11 de setembro de 1997, e aos contratos de abertura de crédito firmados com os estados
ao amparo da Medida Provisória nº 2.192-70, de 24 de agosto de 2001, conforme artigos 1º, 3º e 5º da LC nº
156/2016;
● Renegociação dos contratos de empréstimos e financiamentos celebrados até 31 de dezembro de 2015 entre as
instituições públicas federais e estados e DF, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social – BNDES, consoante artigo 2º da LC nº 156/2016;
● Celebração de termo aditivo para fins de adequação do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal – PAF, nos
termos dos artigos 8° a 10 da LC nº 156/2016; e
● Repactuação, por parte da administração direta e indireta de estados, DF e municípios, junto ao Agente Operador
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, no caso, a Caixa Econômica Federal – CAIXA, de dívidas
decorrentes de financiamentos obtidos com recursos do Fundo cuja contratação se deu até 1º de junho de 2001,
inclusive aquelas refinanciadas no âmbito da Lei nº 8.727, de 05 de novembro de 1993, nos termos dos artigos 12
e 13 da LC nº 156/2016.
Com relação à dispensa para as operações de que tratam os artigos 1º, 2º e 13 da LC nº 156/2016 de requisitos
legais para contratação com a União, para contratação de operação de crédito e para concessão de garantia,
inclusive aqueles constantes da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal –
LRF, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, por meio do Parecer PGFN/CAF nº 584/2017, entende
que se faz necessária a verificação de exigências que, embora estejam consignadas em artigo da LRF afastado pelos
citados artigos da LC nº 156/2016, têm origem na Constituição Federal, conforme se extrai da passagem abaixo:
(...) é necessário distinguir, dentre os requisitos exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, aqueles que
têm origem na própria lei e os que, embora mencionados no art. 32 da referida Lei Complementar, têm
origem na Constituição Federal. No caso dos requisitos que têm origem na LRF, os três dispositivos da LC nº
156, de 2016 [os artigos 1º, 2º e 13], mencionados na Nota da STN, a despeito da redação diferenciada,
dispensam o cumprimento e, consequentemente, a verificação pelo Ministério da Fazenda, quando da
realização das operações de crédito autorizadas pela citada Lei Complementar. Vale destacar a esse respeito,
o inciso VI do art. 32 da LRF, que menciona como requisito a ser verificado pelo Ministério da Fazenda a
“observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei Complementar”. Ou seja, mesmo aqueles
requisitos para a realização de operações de crédito que não estejam elencados explicitamente nos incisos I a
V do § 1º da LRF, porém, tenham origem em outros dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal não
precisam ser cumpridos pelo ente contratante e, consequentemente, não precisam sofrer verificação por parte
do Ministério da Fazenda, para os fins dos arts. 1º, 2º e 13 da Lei Complementar nº 156, de 2016.
Por outro lado, em relação às exigências do art. 32 da LRF que têm origem na Constituição Federal, quais
sejam os dispostos nos incisos I a V do § 1º do mencionado artigo, continuam sendo exigidos e,
consequentemente, devem ser verificados pelo Ministério da Fazenda, como condição para a realização das
operações em tela.
(...)
Quanto às operações que envolvem a concessão de garantia pela União, permanece necessária, ainda, a análise da
suficiência das contragarantias oferecidas, conforme entendimento consignado no Parecer PGFN/CAF nº 594/2017.
Com a publicação da Resolução do Senado Federal – RSF nº 10/2017, as renegociações contratuais enquadradas na
LC nº 156/2016 ficam excepcionalizadas, ainda, dos requisitos de que tratam as RSF nº 40/2001, nº 43/2001 e nº
48/2007.
Dessa maneira, os entes interessados em: (i) aditar contratos de refinanciamento de dívidas com a União ao amparo
do artigo 1º da LC nº 156/2016; (ii) renegociar contratos com fundamento no artigo 2º da LC nº 156/2016; e/ou (iii)
repactuar as dívidas decorrentes de financiamentos com recursos do FGTS com base no artigo 13 da LC nº
156/2016, deverão atender os requisitos elencados nos incisos I, II e V do § 1º do artigo 32 da LRF:
Art. 32 (...)
1º O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos,
demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o atendimento das
seguintes condições:
I - existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos
adicionais ou lei específica;
II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exceto no caso
de operações por antecipação de receita;
(...)
V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição;
Além dos Estados e do Distrito Federal, também podem repactuar dívidas ao amparo do artigo 13 da LC nº
156/2016 os municípios e as administrações indiretas de entes subnacionais, bem como empresas estatais não
dependentes, desde que cumpram os requisitos do mencionado artigo.
Ademais, para os casos de operações garantidas pela União, é necessária, por parte desta STN, a análise da
suficiência das contragarantias oferecidas pelo pleiteante.
No que tange ao aditamento contratual mencionado no artigo 3º e ao parcelamento previsto no artigo 5º, ambos da
LC nº 156/2016, sua formalização será sujeita à verificação de todos os limites e condições para a realização de
operações de crédito previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal e na Resolução do Senado Federal nº 43, de 2001,
aplicando-se o procedimento disposto nos demais capítulos deste Manual.
Além da própria LC nº 156/2016, dos Pareceres PGFN mencionados e da Resolução do Senado nº 10/2017, a
Portaria do Ministério da Fazenda – MF nº 379, de 09 de agosto de 2017, regulamenta os procedimentos para as
renegociações de dívidas a serem realizadas ao amparo dos artigos 1º, 2º, 3º, 5º, 12-A e 13 da Lei Complementar nº
156, de 28 de dezembro de 2016.
Conforme explicitado no item 20.1 do presente Manual, embora o § 6º do artigo 1º da LC 156/2016 dispense os
requisitos legais para contratação com a União, faz-se necessário o atendimento dos requisitos elencados nos
incisos I, II e V do § 1º do artigo 32 da LRF, cuja verificação será realizada por esta Secretaria do Tesouro
Nacional – STN.
a) autorização legislativa específica para a realização do aditamento (modelo de lei está disponível na seção
“Download de arquivos”, nome: “[LC 156/2016 - Art.1º] Modelo de autorização legislativa”); e
b) declaração do Chefe do Poder Executivo atestando o cumprimento do inciso III do artigo 167 da Constituição
Federal, conforme modelo disponível na seção “Download de arquivos” (nome: “[LC 156/2016 - Art.1º] Modelo de
ofício de solicitação”).
Nos termos do § 3º do artigo 10 da Portaria MF nº 379/2017, a verificação de limites e condições para fins da
celebração de aditivo contratual ao amparo do artigo 1º da LC nº 156/2016 terá prazo de validade de 270 dias,
limitado ao fim do exercício em que for realizada.
Após manifestação favorável da STN, o processo será encaminhado à PGFN para apreciação e formalização dos
instrumentos contratuais.
Por ocasião da assinatura dos instrumentos contratuais, deverá ser apresentada, pelo ente, comprovação do
protocolo junto ao juízo competente de pedido de desistência de eventuais ações judiciais que tenham por objeto a
dívida ou contrato renegociado.
Necessário atentar para o prazo limite estabelecido pela LC nº 156/2016 para a assinatura de tais aditivos. Nos
termos do § 7º do artigo 1º da referida LC, o prazo fixado é de 360 dias contados a partir da publicação da Lei
Complementar, neste caso, o dia 23 de dezembro de 2017.
Para o caso de entes que tenham interesse em celebrar os aditivos de que tratam os artigos 3º e 5º da LC nº
156/2016, deve ser mencionado, no ofício de solicitação do aditivo de que trata o artigo 1º da LC nº 156/2016, o
interesse no aditamento contratual de que tratam os artigos 3º e/ou 5º, conforme modelo de ofício disponível na
seção “Download de documentos” deste MIP sob a denominação “[LC 156/2016 - Art.1º] Modelo de ofício de
solicitação”.
A partir do envio do ofício, a STN procederá à abertura do respectivo Pedido de Verificação de Limites – PVL e os
trâmites concernentes à verificação de limites e condições serão realizados por meio exclusivo do SADIPEM,
ocorrendo a troca de informações e documentos necessários por intermédio de tal Sistema. O ente interessado será
informado, por meio do SADIPEM e de mensagem eletrônica, acerca dos demais documentos necessários à correta
instrução do pleito.
Recebida a documentação, a STN procederá à análise e manifestar-se-á quanto ao cumprimento dos limites e das
condições para a celebração do aditivo contratual. Caso seja constatado que os documentos recebidos não são
suficientes ou não estão adequados, será solicitada a adequação ou, ainda, a complementação destes.
Após manifestação favorável da STN, o processo será encaminhado à PGFN para apreciação e formalização dos
instrumentos contratuais.
Art. 2º Ficam dispensados os requisitos legais para contratação de operação de crédito e para concessão de
garantia, exigidos nos arts. 32 e 40 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, nas renegociações dos
contratos de empréstimos e financiamentos celebrados até 31 de dezembro de 2015 entre as instituições públicas
federais e os Estados e o Distrito Federal, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social - BNDES.
Parágrafo único. Para aplicação do disposto neste artigo, as renegociações deverão ser firmadas em até trezentos
e sessenta dias contados da publicação desta Lei Complementar.
O parágrafo único do artigo 2º estabelece o prazo de até 360 dias contados da data de publicação da referida Lei
Complementar, ou seja, 23 de dezembro de 2017, para a celebração das renegociações.
Ademais, consoante as Resoluções do Conselho Monetário Nacional – CMN n° 4.556/2017 e n° 4.566/2017, que
alteraram a Resolução nº 2.827/2001, as referidas renegociações têm condições definidas e restringem-se às
seguintes linhas de crédito:
● PEF I,
● PEF II,
● PROINVESTE,
● PROPAC
Conforme explicitado no item 20.1 do presente Manual, embora o artigo 2º da LC 156/2016 dispense os requisitos
legais para contratação de operação de crédito e para concessão de garantia exigidos nos artigos 32 e 40 da LRF,
permanece necessário o atendimento dos requisitos elencados nos incisos I, II e V do § 1º do artigo 32 da LRF, cuja
verificação será realizada por esta STN. Além disso, para as operações que originalmente contam com a garantia da
União, deverá ser analisada a suficiência das contragarantias oferecidas.
● O ofício de pedido para a realização da renegociação contratual e, se for o caso, para a manutenção de garantia
pela União, assinado pelo responsável da instituição financeira credora da operação de crédito a ser renegociada e
Nos termos do § 3º do artigo 10 da Portaria MF nº 379/2017, a verificação de limites e condições para fins da
celebração de aditivo contratual ao amparo do artigo 1º da LC nº 156/2016 terá prazo de validade de 270 dias,
limitado ao fim do exercício em que for realizada.
Para as operações sem garantia da União, o ente e a instituição financeira serão informados acerca da conclusão da
análise pela STN.
No caso de operações com garantia da União, após análise da STN o pleito será encaminhado à apreciação da
PGFN e, após manifestação favorável desta, será submetido ao Ministro de Estado da Fazenda para manifestação
sobre a manutenção da garantia pela União. Autorizada a manutenção, proceder-se-á às assinaturas contratuais.
Necessário atentar para o prazo limite estabelecido pela LC nº 156/2016 para a celebração das renegociações. Nos
termos do parágrafo único do artigo 2º da referida LC, o prazo fixado é de 360 dias contados a partir da publicação
da Lei Complementar, neste caso, o dia 23 de dezembro de 2017.
Cabe destacar, ainda, que, conforme Parecer PGFN/CAF nº 584/2017, por ocasião da formalização das
renegociações a serem efetuadas com base no artigo 2º da LC nº 156/2016 com garantia da União, deverão ser
verificadas as certidões comprobatórias da capacidade do ente para contratar com a União aplicáveis ao presente
caso considerando o disposto no Medida Provisória nº 801/2017.
Observe-se que, embora a celebração dos aditivos de que tratam os artigos 8º a 10 da LC nº 156/2016 não seja o
escopo deste Manual e não esteja sujeita aos procedimentos estabelecidos na Portaria MF nº 379/2017, tendo em
Para tal celebração e adesão ao novo PAF, se faz necessária a aprovação de lei autorizativa. Para a celebração dos
aditivos de que tratam os artigos 1º, 3º e 5º, tratados nas seções 20.2 e 20.3 deste Manual, foi disponibilizado
modelo de lei que contempla a adesão ao novo PAF (na seção “Download de arquivos” deste Manual). Assim, o
ente pode utilizar tal modelo para fins de embasar sua proposta de lei autorizativa aplicável ao PAF, observando
que deverá formatar e adequar a lei à sua necessidade (se o ente for aderir somente ao PAF e não ao alongamento,
deve ser mantido somente o artigo 1° do modelo, acompanhado do conteúdo do inciso III e, caso necessário, do
conteúdo do inciso IV).
Após a publicação da autorização legislativa, deverá ser enviado ofício para a Coordenação-Geral de Relações e
Análise Financeira dos Estados e Municípios – COREM desta STN solicitando assinatura do termo aditivo relativo
ao PAF.
Art. 12. É a União autorizada a efetuar a quitação das obrigações assumidas com base na Lei no 8.727, de 5
de novembro de 1993, que envolvam recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
perante a Caixa Econômica Federal, mediante cessão definitiva dos direitos creditórios derivados das
operações firmadas ao amparo da referida Lei com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, ou com as
respectivas entidades da administração indireta.
Parágrafo único. As operações de que trata o caput são aquelas para as quais foram mantidos os prazos, os
encargos financeiros e as demais condições pactuadas nos contratos originais, inclusive aquelas para as
quais houve renegociação nos termos da Resolução no 353, de 19 de dezembro de 2000, do Conselho
Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - CCFGTS.
Por sua vez, o artigo 13 da LC nº 156/2016 estabelece que a cessão autorizada pelo artigo 12 está condicionada à
repactuação, pelo ente subnacional envolvido ou a respectiva entidade da administração indireta junto ao Agente
Operador do FGTS, da totalidade de suas dívidas decorrentes de financiamentos obtidos com recursos do Fundo
derivadas de operações de crédito contratadas até 1º de junho de 2001:
Art. 13. A cessão de que trata o art. 12 desta Lei Complementar só poderá ser realizada caso o Estado, o
Distrito Federal e o Município, ou a respectiva entidade da administração indireta, celebre,
concomitantemente, perante o agente operador do FGTS, repactuação da totalidade de suas dívidas
decorrentes de financiamentos obtidos com recursos do FGTS, vencidas e vincendas, derivadas de operações
de crédito contratadas até 1o de junho de 2001, abrangidas ou não pela Lei nº 8.727, de 5 de novembro de
1993, ainda que essas dívidas tenham sido objeto de renegociação anterior.
§ 1º É a União autorizada a conceder garantia à repactuação prevista no caput deste artigo, mediante
concessão de contragarantias por parte dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, representadas por
suas receitas próprias e pelos recursos de que tratam os arts. 155, 156, 157, 158 e as alíneas “a” e “b” do
inciso I e o inciso II do caput do art. 159 da Constituição Federal, conforme o caso.
§ 3º Para fins da repactuação prevista no caput, estão dispensados todos os requisitos legais exigidos para a
contratação com a União, bem como fica dispensada a verificação dos requisitos exigidos pela Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, para a realização de operações de crédito e para a concessão
de garantia pela União, sem prejuízo do disposto nos incisos VII e VIII do art. 52 da Constituição Federal.
Conforme explicitado no item 20.1 do presente Manual, embora o § 3º do artigo 13 da LC 156/2016 dispense a
observância dos requisitos legais para contratação com a União, bem como os requisitos estabelecidos pela LRF
para realização das mencionadas repactuações e para a obtenção de garantia da União, permanece necessário o
atendimento dos requisitos elencados nos incisos I, II e V do § 1º do artigo 32 da LRF, cuja verificação será
realizada por esta STN. Além disso, operações com garantia da União ficam sujeitas à análise da suficiência das
contragarantias oferecidas.
As repactuações supramencionadas podem ser efetuadas por estados, DF e municípios, administração direta ou
indireta. A depender da entidade pleiteante, os requisitos a serem observados para a efetivação da repactuação são
distintos, podendo ser separados em dois grupos: aqueles aplicáveis aos entes subnacionais e aqueles aplicáveis às
empresas estatais não dependentes. Para fins dessa divisão, aplicam-se os conceitos de ente e empresa dependente
extraídos do disposto no artigo 2º e respectivos incisos combinado com o artigo 1º, § 3º, inciso I, todos da LRF, que
estabelecem:
Art. 1º (...)
§3º Nas referências:
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o
Ministério Público;
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;
Assim, dado que as empresas estatais não dependentes não estão compreendidas no conceito de ente, não estando
sujeitas, portanto, à LRF, para fins das repactuações amparadas pelo artigo 13 da LC 156/2016 faz-se necessário
distinguir a documentação necessária para os entes subnacionais daquela a ser exigida nas repactuações de interesse
de empresas estatais não dependentes. As seções a seguir especificam tal distinção.
156/2016
Conforme disposto no artigo 5º da Portaria MF nº 379/2017, para as repactuações a serem firmadas ao amparo do
disposto no artigo 13 da LC nº 156/2016, pela administração direta de estados, Distrito Federal e municípios e seus
respectivos fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes junto ao Agente Operador do FGTS –
CAIXA, é necessário que o ente/entidade interessado envie à CAIXA, responsável pelo encaminhamento dos
pleitos à Coordenação-Geral de Haveres Financeiros – COAFI da STN, a seguinte documentação EM MEIO
FÍSICO:
● Ofício de pedido para a realização da renegociação e para a concessão de garantia pela União, assinado pelo
responsável do Agente Operador do FGTS e pelo Chefe do Poder Executivo, e, no caso de entidades da
administração indireta, também por seu responsável, conforme modelo disponível na seção “Download de
arquivos” (nome: “[LC 156/2016 - Art.13] Modelo de ofício de solicitação (padrão Adm. Direta e Estatais
Dependentes)”);
● Autorização legislativa para a repactuação e para a vinculação das receitas do ente em contragarantia à garantia
da União (modelo de lei está disponível na seção “Download de arquivos”, cujo nome é: “[LC 156/2016 - Art.13]
Modelo de autorização legislativa (padrão Adm. Direta e Estatais Dependentes)”);
● No caso de empresas estatais dependentes, ata da reunião em que houve a autorização do órgão responsável da
empresa, conforme seu estatuto, para realizar a repactuação;
● Declaração do Chefe do Poder Executivo, conforme modelo disponível na seção “Download de arquivos” (nome:
“[LC 156/2016 - Art.13] Modelo de declaração do chefe do Poder Executivo (padrão Adm. Direta e Estatais
dependentes)”);
● Minuta do instrumento contratual de repactuação a ser celebrado, contendo o detalhamento das condições
financeiras que envolvem a operação; e
● Minutas dos contratos de garantia e contragarantia preenchidas, conforme modelos disponíveis na seção
“Download de arquivos”.
● Ofício de pedido de concessão de garantia pela União, assinado pelo responsável do Agente Operador do FGTS e
pelo Presidente da Empresa, conforme modelo disponível na seção “Download de arquivos” (nome: “[LC
156/2016 - Art.13] Modelo de ofício de solicitação (padrão Estatais não dependentes)”);
● Ata da reunião em que houve a autorização do órgão responsável da empresa, conforme seu estatuto, para realizar
a repactuação;
● Autorização legislativa que permita ao ente controlador oferecer suas receitas em contragarantia à garantia da
União (modelo de lei está disponível na seção “Download de arquivos”, cujo nome é: “[LC 156/2016 - Art.13]
Modelo de autorização legislativa (padrão Estatais não dependentes)”);
● Declaração do Chefe do Poder Executivo e do responsável pela administração financeira do Ente, conforme
modelo disponível na seção “Download de arquivos” (nome: “[LC 156/2016 - Art.13] Modelo de declaração do
chefe do Poder Executivo (padrão Estatais não dependentes)”);
Nos termos do § 3º do artigo 10 da Portaria MF nº 379/2017, a verificação de limites e condições para realizada
pela STN terá prazo de validade de 270 dias, limitado ao fim do exercício em que for realizada.
Após a análise da STN, o pleito será encaminhado à PGFN para realização dos trâmites relativos à concessão de
garantia da União. Com manifestação favorável da PGFN, o pedido será submetido ao Ministro de Estado da
Fazenda para manifestação sobre concessão da garantia pela União e, caso autorizada, realizar-se-ão as assinaturas
dos contratos de garantia e contragarantia.
A última etapa do processo consistirá na celebração concomitante dos contratos de cessão de crédito e de
repactuação de dívidas, mediante os quais, respectivamente, a União transferirá para o FGTS os créditos por ela
detidos contra os entes subnacionais e empresas a eles vinculadas, e o Agente Operador - CAIXA promoverá a
repactuação dessas obrigações sob novas condições financeiras junto ao FGTS.
O RRF é voltado para estados e DF que se encontrem em quadro de dívida excessiva e elevado nível de rigidez de
gastos com pessoal e de serviço da dívida, cuja consequência é grave crise de liquidez e insolvência. Um dos
fundamentos para a instituição de um mecanismo tal como o RRF é a dificuldade que tais entes enfrentam para
reorganizar suas finanças sem o amparo de instrumentos auxiliares que permitam o reequacionamento de seus
passivos e fluxos de pagamentos.
Com relação às operações de crédito, o artigo 11 da LC nº 159/2017 restringe sua realização a determinadas
finalidades, conforme segue:
Art. 11. Enquanto vigorar o Regime de Recuperação Fiscal, poderão ser contratadas operações de crédito
para as seguintes finalidades:
III - financiamento dos leilões de que trata o inciso VII do § 1º do art. 2º;
Além disso, o § 1º do citado artigo 11 da LC nº 159/2017 estabelece que tais operações de crédito contarão com a
garantia da União, devendo ser vinculadas contragarantias pelo ente pleiteante.
Dado o contexto de edição da referida Lei Complementar, uma das concessões feitas foi a dispensa dos requisitos
legais exigidos para a contratação de operações de crédito e para a concessão de garantia, inclusive os constantes na
Com relação a tal dispensa de requisitos, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, por meio do Parecer
PGFN/CAF nº 1196/2017, entende que permanece necessária a análise da suficiência das contragarantias
oferecidas à garantia da União, bem como a verificação de exigências que, embora estejam consignadas em
dispositivos afastados pela LC nº 159/2017, têm origem na Constituição Federal, conforme se extrai da conclusão
abaixo:
“16. Em face do exposto, respondo às questões formuladas nas letras ‘a’ e ‘b’ do item 12 da Nota da STN, no
sentido de que:
a) Uma vez oferecida pelos estados ou pelo Distrito Federal a contragarantia para a concessão pela União da
garantia de que trata o § 1º do art. 11 da Lei Complementar nº 159, de 2017, é obrigatória a verificação pela STN
da idoneidade e suficiência das contragarantias oferecidas.
b) Para a realização das operações de crédito de que trata o § 1º do art. 11 da Lei Complementar nº 159, de 2017,
é necessário que a STN verifique não apenas os itens constantes dos incisos I a V do art. 32 da LRF, como todos os
demais requisitos para a realização de tais operações que têm origem na Constituição Federal.”
Outro aspecto a ser observado é que, conforme Parecer PGFN/CAF/Nº 1362/2017, as operações de reestruturação
de dívidas com o sistema financeiro a serem pleiteadas por entes no RRF com fundamento no inciso IV do artigo
11 da LC nº 159/2017, para fins de enquadramento no conceito de reestruturação, devem atender às seguintes
premissas constantes na Nota Conjunta nº 22/2008/STN, de 30 de abril de 2008, e na Nota nº
55/2015/GABIN/STN/MF-DF, de 27 de agosto de 2015:
I - os recursos recebidos na operação de reestruturação devem ser destinados ao abatimento e/ou quitação de
dívidas preexistentes;
II - valor presente da dívida reestruturada menor ou igual ao valor presente da dívida anterior e níveis
prudentes de risco assumidos com a nova operação;
Com a publicação da Resolução do Senado Federal – RSF nº 10/2017, as renegociações contratuais enquadradas na
LC nº 159/2017 ficam excepcionalizadas, ainda, dos requisitos de que tratam as Resoluções do Senado Federal –
RSF nº 40 e nº 43, de 2001, e nº 48, de 2007.
Assim, em resumo, os entes em Regime de Recuperação Fiscal, ao pleitearem operações de crédito ao amparo do
Art. 32 (...)
§1º O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e
jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o
atendimento das seguintes condições:
I - existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos
adicionais ou lei específica;
II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exceto no caso
de operações por antecipação de receita;
Além disso, uma vez que tais operações serão garantidas pela União, é necessária, por parte da STN, a análise da
suficiência das contragarantias oferecidas pelo pleiteante.
Com a finalidade de esclarecer os trâmites aplicáveis às operações de crédito a serem efetuadas ao amparo da LC nº
159/2017, o presente capítulo trata sobre os documentos que deverão ser apresentados pelos entes e sobre os
procedimentos a que tais pleitos estão sujeitos.
A próxima seção detalha os procedimentos e a documentação que deve ser apresentada à STN para fins de
contratação de operações de crédito com base nos incisos I a VII do artigo 11 da LC nº 159/2017.
1. Ofício de pedido para a realização da operação de crédito e para concessão de garantia pela União, assinado pelo
responsável da instituição financeira credora e pelo Chefe do Poder Executivo do ente interessado, com efeitos
de proposta firme, conforme modelo disponível na seção “Download de arquivos” - nome: "[LC 159/2017]
Modelo de ofício de solicitação - operações internas (novas operações)”.
2. Autorização legislativa para a realização da operação de crédito e para a vinculação de contragarantias à garantia
da União - modelo de lei está disponível na seção “Download de arquivos”, com a denominação: "[LC 159/2017]
Modelo de autorização legislativa (novas operações)";
3. Declaração do Chefe do Poder Executivo, conforme modelo disponível na seção “Download de arquivos” -
nome: “[LC 159/2017] Modelo de declaração do chefe do Poder Executivo (novas operações)";
4. Resolução da Comissão de Financiamentos Externos – COFIEX, em caso de operação de crédito externo;
5. Manifestação do Conselho de Supervisão do respectivo RRF acerca do pleito;
6. Minuta do contrato de empréstimo/financiamento a ser celebrado;
7. Minutas dos contratos de garantia e contragarantia preenchidas, conforme modelos disponíveis na seção
“Download de arquivos” - nomes: “Modelo de contrato de garantia para operações de crédito interno (padrão
Estado)” e “Modelo de contrato de contragarantia (padrão Estado)”, respectivamente.
A manifestação do Conselho de Supervisão, tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 8º da Lei
Complementar nº 159, de 2017, e no inciso XIV do art. 23 do Decreto nº 9.109, de 2017, deve confirmar a previsão
da operação de crédito, da reestruturação ou do aditamento contratual no Plano de Recuperação Fiscal do ente
interessado e:
I -em caso de operação de crédito ou reestruturação, atestar a compatibilidade do valor pleiteado com aquele
previsto no Plano de Recuperação Fiscal do ente interessado e com o necessário para a obtenção do equilíbrio fiscal;
ou
II - em caso de aditamento de que trata o § 7º do art. 11 da Lei Complementar nº 159, de 2017, atestar a
compatibilidade das alterações contratuais pleiteadas com aquelas previstas no Plano de Recuperação Fiscal do ente
interessado e com o necessário para a obtenção do equilíbrio fiscal.
Caso a operação de crédito, a reestruturação ou o aditamento contratual pleiteado não esteja previsto no Plano de
Recuperação Fiscal do ente interessado, a manifestação do Conselho de Supervisão deve recomendar ao Ministério
da Fazenda sua inclusão no Plano e atestar que o pleito é compatível com o necessário à obtenção do equilíbrio
fiscal.
i. os recursos recebidos na operação de reestruturação devem ser destinados ao abatimento e/ou quitação de dívidas
preexistentes;
ii. valor presente da dívida reestruturada menor ou igual ao valor presente da dívida anterior e níveis prudentes de
risco assumidos com a nova operação;
A documentação a ser apresentada pelo pleiteante em caso de operações de reestruturação de dívidas consiste na
mesma discriminada na seção anterior e aplicável para quaisquer das operações dos incisos I a VII do artigo 11 da
LC nº 159/2017. Porém, o ente e a instituição financeira devem atentar, previamente ao envio dos documentos, se
as premissas acima elencadas estão atendidas.
Caso o pleito de reestruturação não atenda a quaisquer das premissas, será enquadrado como operação de crédito
ordinária, devendo obedecer ao disposto na Lei Complementar nº 159/2017 e no Decreto nº 9.109/2017.
b) avaliação da empresa a ser privatizada, realizada nos termos do artigo 9º do Decreto nº 9.109, de 27 de julho de
2017.
Concluída a análise, a instituição financeira será informada acerca da emissão de parecer pela STN.
Em caso de operação de crédito interno, posteriormente à análise pela PGFN, o pleito será submetido ao Ministro
de Estado da Fazenda para manifestação acerca da inclusão do pleito no Plano de Recuperação Fiscal do ente
interessado, com base em recomendação do Conselho de Supervisão, nos termos do inciso II, art. 7º da Lei
Complementar 159, de 19 de maio de 2017, se for o caso, e sobre a concessão ou a manutenção da garantia da
União.
Cabe destacar, ainda, que por ocasião da formalização das operações de crédito a serem efetuadas no âmbito do
Regime de Recuperação Fiscal, deverão ser verificadas as certidões comprobatórias da capacidade do ente para
contratar com a União aplicáveis ao presente caso, tais como adimplências relativas aos precatórios (parágrafo
único do artigo 104 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT) e à previdência e assistência
social (§ 3º do artigo 195 da Constituição Federal).
Todas as versões do MIP podem ser consultadas na página de "Legislações do Tesouro Nacional", disponível em
www.tesouro.gov.br/legislacao.
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Exclusão. A seção 14.2 tratava de operações de crédito externo sem garantia da União pleiteadas
por empresas estatais não dependentes. Tais operações apenas tramitavam pela STN para fins de
14.2
manifestação do ROF/Banco Central. Com a revogação do artigo 98 do Decreto 93.872/1986, essa
manifestação não é mais necessária.
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NOTAS DE RODAPÉ