PFI Relatorio de Gestao 2015 2016

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MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL


Fundo PIS–PASEP

PRESTAÇÃO DE CONTAS ORDINÁRIA ANUAL


RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO FINANCEIRO 2015-2016

Brasília, setembro/2016
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL
Fundo PIS–PASEP

PRESTAÇÃO DE CONTAS ORDINÁRIA ANUAL


RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO FINANCEIRO 2015-2016

Relatório de Gestão apresentado aos


órgãos de controle interno e externo e à
sociedade como prestação de contas
anual a que esta Unidade Jurisdicionada
está obrigada nos termos do art. 70 da
Constituição Federal, elaborado de
acordo com as disposições da Instrução
Normativa TCU nº 63/2010, da Decisão
Normativa TCU nº 146/2015, da
Portaria TCU nº 321/2015 e da Portaria
CGU nº 500/2016.

Brasília, 8 de setembro de 2016

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

MINISTRO DA FAZENDA
Henrique Meirelles
SECRETÁRIO-EXECUTIVO
Eduardo Refinetti Guardia
SECRETÁRIA DO TESOURO NACIONAL
Ana Paula Vitali Janes Vescovi
SUBSECRETÁRIOS
Adriano Pereira de Paula
Pricilla Maria Santana
Líscio Fábio de Brasil Camargo
Pedro Jucá Maciel
José Franco Medeiros de Morais
Gildenora Batista Dantas Milhomem
CONSELHO DIRETOR DO FUNDO PIS-PASEP
Adriano Pereira de Paula - Coordenador
Charles Carvalho Guedes
Maria Camozita Bessa Maia
Manoel Joaquim de Carvalho Filho
Marco Antônio Nunes Bastos
Raimundo Alves de Oliveira
Maurício Marins Machado
Eliezer de Lima Lopes
Márcio Ubiratan Britto Jardim
Danielle Kineipp de Souza
Marcos Perioto
José Gonzaga da Cruz
Maria Aparecida do Amaral Godói Faria
Remi Castioni

SECRETARIA-EXECUTIVA DO CONSELHO DIRETOR DO FUNDO PIS-PASEP


Leonardo da Silva Guimarães Martins da Costa - Secretário-Executivo
Gustavo Alves Tillmann - Secretário-Executivo Substituto
Rogério Ferreira Vieira – Apoio
CONTATOS:
Secretaria-Executiva do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP
Ministério da Fazenda – Secretaria do Tesouro Nacional
Esplanada dos Ministérios, bloco P, Ed. anexo, Ala B, sala 126
70048-900 - Brasília-DF

Tel: (61) 3412-3988


Correio Eletrônico: gefup.cofis.df.stn@fazenda.gov.br
Home Page: http://www.tesouro.fazenda.gov.br

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Lista de abreviações
AGU – Advocacia-Geral da União
ASCOM/STN – Assessoria de Comunicação do Tesouro
BB – Banco do Brasil
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAIXA – Caixa Econômica Federal
CGU – Controladoria-Geral da União
CMN – Conselho Monetário Nacional
CODEFAT - Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador
FINAME - Agência Especial de Financiamento Industrial
FMM – Fundo da Marinha Mercante
FPS – Fundo de Participação Social
GAFIN – Grupo de Apoio Financeiro ao Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP
IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado
IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
MF – Ministério da Fazenda
PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
PGFN - Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
PIS – Programa de Integração Social
RAC – Reserva para Ajuste de Cotas
RLA – Resultado Líquido Adicional
STN – Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda
TCU – Tribunal de Contas da União

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................ 9
1 VISÃO GERAL DA UNIDADE ............................................................................................................. 10
1.1 Finalidade, Competências, Normas e Breve Histórico ............................................................................ 10
1.2 Organograma ...................................................................................................................................... 15
2 PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL E DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO/OPERACIONAL 16
2.1 Planejamento Organizacional ............................................................................................................... 16
2.2 Informações Sobre Resultados da Gestão – Programas PIS e PASEP ....................................................... 17
2.2.1 Programa de Integração Social – PIS............................................................................................... 17
2.2.2 Principais ações do PIS .................................................................................................................. 17
2.2.3 Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP ................................................ 23
2.2.4 Principais ações do PASEP ............................................................................................................ 23
2.3 Informações sobre Resultados da Gestão - Fundo PIS-PASEP ................................................................ 27
2.3.1 Empréstimos e disponibilidades dos agentes; aplicações do BNDES .................................................. 27
2.3.2 Receitas e despesas ........................................................................................................................ 30
2.3.3 Reservas, provisões e distribuição de resultados ............................................................................... 31
2.3.4 Contas administradas ..................................................................................................................... 33
2.3.5 Pagamentos e evolução do patrimônio ............................................................................................. 34
2.4 Plano de Ações de Divulgação do Conselho Diretor ............................................................................... 38
2.4.1 Histórico e execução das ações ....................................................................................................... 38
2.4.2 Ações em relação ao previsto ......................................................................................................... 40
2.4.3 Resultados apurados ...................................................................................................................... 42
2.5 Descrição Sintética dos Objetivos do Exercício ...................................................................................... 43
2.6 Desempenho Operacional .................................................................................................................... 43
2.7 Execução Orçamentária ....................................................................................................................... 45
3 GOVERNANÇA ..................................................................................................................................... 46
3.1 Descrição das Estruturas de Governança ............................................................................................... 46
3.2 Gestão de Riscos e Controles Internos ................................................................................................... 46
3.3 Informações sobre a Empresa de Auditoria Independente Contratada ....................................................... 46
4 RELACIONAMENTO COM A SOCIEDADE ...................................................................................... 49
5 DESEMPENHO FINANCEIRO E INFORMAÇÕES CONTÁBEIS ..................................................... 50
6 CONFORMIDADE DA GESTÃO E DEMANDAS DE ÓRGÃO DE CONTROLE ............................ 51
6.1 Tratamento de Determinações e Recomendações do TCU ....................................................................... 51
6.2 Tratamento de Recomendações do Órgão de Controle Interno ................................................................. 52
7 OUTRAS INFORMAÇÕES - FPS, Carteira FMM e Troca Interprogramas .......................................... 55
7.1 Fundo de Participação Social - FPS ...................................................................................................... 55
7.1.1 Aplicações .................................................................................................................................... 55
7.1.2 Rentabilidade e Transferências ....................................................................................................... 56
7.1.3 Patrimônio .................................................................................................................................... 56

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

7.2 Carteira de Financiamentos Transferida do FMM................................................................................... 57


7.3 Troca Interprogramas .......................................................................................................................... 58
8 CONCLUSÕES – AVALIAÇÃO DO ADMINISTRADOR .................................................................. 59
9 ANEXOS ................................................................................................................................................. 61
9.1 Avaliação do Funcionamento dos Controles Internos – CAIXA .............................................................. 61
9.2 Avaliação do Funcionamento dos Controles Internos – BB ..................................................................... 70
9.3 Avaliação do Funcionamento dos Controles Internos – BNDES .............................................................. 73
9.4 Relatório dos Auditores Independentes ................................................................................................. 74
9.5 Demonstrações Contábeis do Exercício ................................................................................................. 76

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Lista de tabelas
Tabela 1 - Evolução das contas com saldo de quotas no PIS .................................................................... 19
Tabela 2 – Saques pagos pelo PIS por natureza e por eventos .................................................................. 20
Tabela 3 – Saldos das aplicações do BNDES com recursos do PIS ......................................................... 21
Tabela 4 - Retorno de empréstimos e financiamentos do PIS pelo BNDES .......................................... 22
Tabela 5 - Demonstrativo do saldo do Giro CAIXA – Recursos PIS ...................................................... 23
Tabela 6 – Contas ativas do PASEP com saldo ............................................................................................ 24
Tabela 7 – Saques pagos pelo PASEP por natureza e por eventos ........................................................... 24
Tabela 8 - Saldo das aplicações do BNDES com recursos do PASEP .................................................... 25
Tabela 9 - Retorno de empréstimos e financiamentos do PASEP pelo BNDES ................................... 26
Tabela 10 - Número de operações e valores aplicados por programa ...................................................... 27
Tabela 11 – Empréstimos e recebíveis por agentes ..................................................................................... 28
Tabela 12 - Disponibilidades do Fundo junto aos agentes ......................................................................... 28
Tabela 13 - Saldo das aplicações do BNDES em programas de investimento ...................................... 29
Tabela 14 – Receitas por espécie ..................................................................................................................... 30
Tabela 15 – Despesas por espécie ................................................................................................................... 30
Tabela 16 – Créditos aos participantes ........................................................................................................... 31
Tabela 17 – Valorização anual dos saldos dos participantes ..................................................................... 32
Tabela 18 - Indicadores financeiros no exercício ......................................................................................... 32
Tabela 19 - Destinação dos resultados do exercício .................................................................................... 33
Tabela 20 - Evolução das contas ativas do PIS-PASEP com saldo .......................................................... 33
Tabela 21 - % das Contas Ativas do PIS-PASEP por Saldo em 30/06/2016 ......................................... 34
Tabela 22 – % das Contas Ativas do Pis-pasep por Idade em 30/06/2016 ............................................. 34
Tabela 23 – Saques pagos pelo PIS-PASEP por natureza e por eventos................................................. 35
Tabela 24 – Participação dos programas nos pagamento realizados ........................................................ 35
Tabela 25 - Devolução de recursos pelo BNDES ........................................................................................ 36
Tabela 26 – Evolução do Patrimônio Líquido .............................................................................................. 36
Tabela 27 – Provisões, Reservas e Retenções ............................................................................................... 37
Tabela 28 - Demonstrativo das metas físicas e financeiras ........................................................................ 45
Tabela 29 – Ingressos, aplicações e disponibilidades mensais do FPS ................................................... 55
Tabela 30 – Rentabilidade nominal do FPS .................................................................................................. 56
Tabela 31 - Evolução das transferências do FPS ao PIS-PASEP ............................................................. 56
Tabela 32 – Evolução do Patrimônio Líquido do FPS ................................................................................ 57

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Tabela 33 – Retorno dos Contratos Transferidos do FMM ........................................................................ 57


Tabela 34 – Situação dos Contratos Transferidos do FMM ....................................................................... 58
Tabela 35 - Quantidade e saldo total das contas transferidas .................................................................... 58

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

A P R E S E N TA ÇÃ O

Este relatório de gestão está organizado de acordo com as disposições da Instrução


Normativa TCU nº 63, de 2010, da Decisão Normativa TCU nº 146, de 2015, da Portaria TCU nº
321, de 2015, e da Portaria CGU nº 500, de 2016. Corresponde ao 40º Exercício Financeiro do
Fundo PIS-PASEP e abrange as atividades do período de 1º/07/2015 a 30/06/2016.
Como o exercício financeiro do Fundo PIS-PASEP se desenvolve entre os meses de
julho de um ano a junho do ano seguinte, o relatório de gestão e a prestação de contas aos órgãos de
controle interno e externos são elaborados e encaminhados respeitando os prazos legalmente
definidos a contar a partir do final do mês de junho.
O presente documento reúne as informações prestadas pelo Banco do Brasil - BB,
acerca do PASEP, pela Caixa Econômica Federal - CAIXA, acerca do PIS, e pelo Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, a respeito da aplicação dos recursos do PIS-
PASEP. O texto pode ser dividido em quatro partes principais. A primeira, trata da identificação e
apresentação do Fundo PIS-PASEP, incluindo sua finalidade, competências, normas e breve
histórico. Em seguida, são apresentadas as informações relativas à gestão do Fundo no exercício
2015-2016, contemplando o planejamento e os resultados alcançados. A terceira parte trata de
governança, relacionamento com a sociedade, informações contábeis, demandas dos órgãos de
controle e outras informações pertinentes. Por fim, a quarta e última parte traz a avaliação do
administrador sobre o desempenho do Fundo no exercício financeiro 2015-2016. Sob o aspecto
formal, o texto se divide em introdução (apresentação), desenvolvimento (seções 1 a 7), conclusão
(seção 8).
De forma bastante resumida, as principais realizações da gestão no exercício
financeiro 2015-2016 foram: (i) a valorização total dos saldos dos participantes no período de
julho/2015 a junho/2016 em percentual superior à da caderneta de poupança; e (ii) o aumento da
quantidade de saques de principal resultante das ações de divulgação do Fundo PIS-PASEP.
O Relatório de Gestão compõe a base documental das prestações de contas do Fundo
PIS-PASEP que será encaminhada aos órgãos de controle governamental. Uma cópia deste
documento estará disponível para consultas no endereço eletrônico
https://www.tesouro.fazenda.gov.br/fundo-pis-pasep, e os demais documentos da Prestação de
Contas do exercício à disposição para consulta junto à Secretaria-Executiva do Conselho Diretor do
Fundo PIS-PASEP.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

1 V IS Ã O GE R A L D A U N I DA DE

1.1 Finalidade, Competências, Normas e Breve Histórico


O Fundo PIS-PASEP, criado pela Lei Complementar nº 26, de 11 de setembro de
1975, e regido pelo Decreto nº 4.751, de 17 de junho de 2003, é um fundo contábil, de natureza
financeira, constituído pelos valores do Programa de Integração Social - PIS e do Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, existentes em 30 de junho de 1976.
Desde 5 de outubro de 1988 o Fundo não conta com o ingresso dos recursos
provenientes de arrecadação de contribuições, uma vez que o art. 239 da Constituição Federal lhes
deu outra destinação, a saber, financiar o Programa do Seguro-Desemprego e o Abono de um
salário mínimo, previsto em seu § 3º, administrados pelo Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador - CODEFAT, vinculado ao Ministério do Trabalho. Os patrimônios
acumulados no PIS e no PASEP arrecadados até 4 de outubro de 1988, no entanto, foram
preservados em benefício dos cotistas e estão sob responsabilidade do Conselho Diretor do Fundo
PIS-PASEP, vinculado à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.
O Fundo encontra-se fechado para novos participantes e a participação dos atuais
cotistas é encerrada em definitivo quando estes realizam o levantamento integral de suas cotas, ou
seja, realizam o saque total de seus recursos junto ao PIS-PASEP. Pela legislação vigente, isso é
possível por ocasião de aposentadoria, transferência para reserva (militar), reforma (militar),
invalidez, ou morte do titular, sendo o saldo, no último caso, pago aos seus dependentes, conforme
previsões da LC nº 26/1975. Também é autorizado o levantamento de cotas em situações de
acometimento do participante ou dependente por neoplasia maligna (Resolução PIS-PASEP nº
01/1996), infecção por vírus HIV (Resolução PIS-PASEP nº 05/2002), ou por doenças listadas na
Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2998/2001 (Resolução PIS-PASEP nº 03/2014); pelo cotista
com idade igual ou superior a setenta anos (Resolução PIS-PASEP nº 06/2002); e pela condição de
idoso ou portador de deficiência alcançado pelo Benefício da Prestação Continuada (Resolução PIS-
PASEP nº 03/1997).
A Lei Complementar nº 26/1975 estabeleceu que a partir de 1º de julho de 1976 os
fundos constituídos com os recursos do Programa de Integração Social - PIS e do Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, instituídos pelas Leis Complementares nºs
7 e 8, de 7 de setembro e de 3 de dezembro de 1970, respectivamente, fossem unificados sob a
denominação de PIS-PASEP. Posteriormente a Lei Complementar foi regulamentada pelo Decreto
nº 78.276, de 17 de agosto 1976, hoje regida pelo Decreto nº 4.751, de 17 de junho de 2003.
Os objetivos iniciais do PIS e do PASEP consistiam em integrar o empregado na
vida e no desenvolvimento das empresas e em assegurar ao trabalhador da iniciativa privada e ao
servidor público a fruição de patrimônio individual de formação progressiva, estimulando a
poupança, corrigindo distorções na distribuição de renda e possibilitando a paralela utilização dos
recursos acumulados em favor do desenvolvimento econômico-social. Com a Constituição de 1988,
os objetivos da arrecadação para o PIS e PASEP foram modificados para custear os Programas do
seguro-desemprego e do abono aos trabalhadores que ganham, em média, até dois salários mínimos
de remuneração mensal. Os patrimônios acumulados no PIS e no PASEP arrecadados até a
promulgação da Carta Magna foram preservados em benefício dos cotistas, com fidelidade aos
objetivos originais de formação de patrimônio do trabalhador.
Atualmente, todos os créditos efetuados nas contas dos trabalhadores são oriundos
integralmente das operações do próprio Fundo PIS-PASEP, uma vez que este não conta mais com
ingressos de arrecadação de contribuições. Constituem recursos do Fundo PIS-PASEP:
i. o retorno, por via de amortização, dos recursos aplicados em operações de
empréstimos e financiamentos, incluído o total das receitas obtidas em tais
operações;

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

ii. o resultado de toda e qualquer operação financeira realizada, compreendendo,


quando for o caso, multa contratual e honorários; e
iii. os resultados das aplicações do Fundo de Participação Social - FPS.
O Fundo de Participação Social – FPS foi instituído pelo Decreto nº 79.459, de 30 de
março de 1977, como subconta do Fundo PIS-PASEP, tendo como objetivo promover a
participação dos trabalhadores no capital de empresas nacionais registradas na Comissão de Valores
Mobiliários, através de investimentos sob a forma de ações, com vistas a contribuir para o
desenvolvimento e fortalecimento do mercado de capitais.
O Fundo PIS-PASEP é gerido por Conselho Diretor vinculado à Secretaria do
Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, como estabelece o Decreto nº 1.608, de 28 de agosto
de 1995, e investido da representação ativa e passiva do Fundo, estando as suas atribuições
definidas no Decreto nº 4.751/2003. O Conselho Diretor do Fundo é composto por representantes,
titular e suplente, do Ministério da Fazenda, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão, do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, do Ministério do Trabalho, da Secretaria
do Tesouro Nacional, além de representantes dos Participantes do PIS e dos Participantes do
PASEP.
Ao Conselho Diretor, no exercício da gestão do Fundo PIS-PASEP, compete (art. 8º
do Decreto nº 4.751/2003):
a) elaborar e aprovar o Plano de Contas;
b) ao término de cada exercício financeiro, calcular a atualização monetária do
saldo credor das contas individuais dos participantes; calcular a incidência de
juros sobre o saldo credor atualizado das mesmas contas individuais; constituir
as provisões e reservas indispensáveis; levantar o montante das despesas de
administração; apurar e atribuir aos participantes o resultado líquido adicional
das operações realizadas, se houver;
c) autorizar, nas épocas próprias, que sejam feitos nas contas individuais dos
participantes os créditos de que trata o artigo 4º do referido Decreto nº
4.751/2003;
d) aprovar, anualmente, o orçamento do Fundo PIS-PASEP e sua reformulação;
e) elaborar, anualmente, o balanço do Fundo PIS-PASEP, seus demonstrativos e
relatórios;
f) levantar balancetes mensais;
g) requisitar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
as informações sobre os recursos do Fundo repassados, as aplicações realizadas e
seus respectivos resultados;
h) prestar informações, fornecer dados e documentação e emitir parecer, por
solicitação do Conselho Monetário Nacional e do Ministro de Estado da
Fazenda, em relação ao Fundo PIS-PASEP, ao Programa de Integração Social -
PIS e ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP;
i) autorizar, fixando as épocas próprias, o processamento das solicitações de saque
e de retirada e os correspondentes pagamentos;
j) baixar normas operacionais necessárias à estruturação, organização e
funcionamento do Fundo PIS-PASEP, compatíveis com a execução do Programa
de Integração Social - PIS e do Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público - PASEP;

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

k) emitir parecer sobre os balancetes mensais, balanços anuais e demais


demonstrações contábeis e financeiras do PIS-PASEP;
l) definir as tarifas de remuneração da Caixa Econômica Federal e do Banco do
Brasil S.A., na qualidade de administradores do PIS e do PASEP,
respectivamente; e
m) resolver os casos omissos, inclusive quanto aos pedidos de saques de quotas do
PIS-PASEP.
A composição do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP no exercício financeiro
2015-2016 foi a seguinte:

Representação da Secretaria do Tesouro Nacional:


WILLIAM BAGHDASSARIAN (Titular) – Coordenador após 21/03/2016
FABIANA MAGALHÃES ALMEIDA RODOPOULOS (Suplente) após 21/03/2016
OTAVIO LADEIRA DE MEDEIROS (Titular) – Coordenador até 20/03/2016
MARCUS PEREIRA AUCÉLIO (Suplente) até 20/03/2016

Representação do Ministério da Fazenda:


MARIA CAMOZITA BESSA MAIA (Titular)
MANOEL JOAQUIM DE CARVALHO FILHO (Suplente)

Representação do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão:


MARCOS ADOLFO RIBEIRO FERRARI (Titular)
MAURÍCIO MARINS MACHADO (Suplente)

Representação do Ministério do Trabalho:


MÁRCIO UBIRATAN BRITTO JARDIM (Titular)
DANIELLE KINEIPP DE SOUZA (Suplente)

Representação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços:


MARCO ANTÔNIO NUNES BASTOS (Titular)
RAIMUNDO ALVES DE OLIVEIRA (Suplente)

Representação dos participantes do PIS:


MARCOS PERIOTO (Titular)
JOSÉ GONZAGA DA CRUZ (Suplente)

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Representação dos participantes do PASEP:


MARIA APARECIDA DO AMARAL GODÓI FARIA (Titular)
REMI CASTIONI (Suplente)

Secretaria-Executiva do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP:


LEONARDO DA SILVA GUIMARÃES MARTINS DA COSTA (Secretário-Executivo)
GUSTAVO ALVES TILLMANN (Substituto)

Entre o fechamento do exercício do Fundo PIS-PASEP, em 30.06.2016, e a


elaboração deste Relatório, foram incluídos os seguintes conselheiros, que substituíram os
anteriores:
Representação da Secretaria do Tesouro Nacional:
ADRIANO PEREIRA DE PAULA (Titular) – Coordenador
CHARLES CARVALHO GUEDES (Suplente)

Representação do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão:


MAURÍCIO MARINS MACHADO (Titular)
ELIEZER DE LIMA LOPES (Suplente)

Mesmo com o advento da Lei Complementar nº 26/1975, que unificou os fundos


constituídos com os recursos do PIS e do PASEP, os Programas continuaram operacionalmente
separados e com patrimônios distintos.
São agentes administradores e operadores do PIS e do PASEP a Caixa Econômica
Federal e o Banco do Brasil, respectivamente, conforme determinação das leis de criação de cada
Programa (Leis Complementares nºs 7 e 8, ambas de 1970).
À Caixa Econômica Federal cabem, em relação ao Programa de Integração Social -
PIS, as seguintes atribuições (Decreto nº 4.751/2003, art. 9º, e Resolução CMN nº 2.655, de 5 de
outubro de 1999):
a) manter, em nome dos empregados e trabalhadores avulsos, as correspondentes
contas individuais a que aludem o art. 5º da Lei Complementar nº 07/1970 e
normas complementares;
b) creditar nas contas individuais, quando autorizada pelo Conselho Diretor às
parcelas e benefícios de que trata o artigo 4º do Decreto nº 4.751/2003;
c) processar as solicitações de saque e de retirada e efetuar os correspondentes
pagamentos, nas épocas próprias, quando autorizada pelo Conselho Diretor, na
forma e para os fins previstos na Lei Complementar nº 26/1975, e no Decreto nº
4.751/2003;
d) fornecer, nas épocas próprias e sempre que for solicitado, ao gestor do Fundo
PIS-PASEP informações, dados e documentação, em relação a repasses de
recursos, cadastro de empregados e trabalhadores avulsos vinculados ao referido
Programa, contas individuais de participantes e solicitações de saque e de retirada
e efetuar seus correspondentes pagamentos;

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

e) cumprir e fazer cumprir as normas operacionais baixadas pelo gestor do Fundo


PIS-PASEP; e
f) aplicar recursos oriundos do Fundo PIS-PASEP em capital de giro de empresas
nacionais, preferentemente às micro, pequenas e médias.
Ao Banco do Brasil S.A. cabem, em relação ao Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público - PASEP, as seguintes atribuições (Decreto nº 4.751/2003, art. 10, e
Resolução CMN nº 2.655, de 5 de outubro de 1999):
a) manter, em nome dos servidores e empregados, as contas individuais a que se
refere o art. 5º da Lei Complementar nº 08/1970 e normas complementares;
b) creditar nas contas individuais, quando autorizado pelo Conselho Diretor às
parcelas e benefícios de que trata o artigo 4º do Decreto nº 4.751/2003;
c) processar as solicitações de saque e de retirada e efetuar os correspondentes
pagamentos, nas épocas próprias, quando autorizado pelo Conselho Diretor, na
forma e para os fins previstos na Lei Complementar nº 26/1975, e no Decreto nº
4.751/2003;
d) fornecer, nas épocas próprias e sempre que for solicitado, ao gestor do Fundo
PIS-PASEP informações, dados e documentação, em relação a repasses de
recursos, cadastro de servidores e empregados vinculados ao referido Programa,
contas individuais de participantes e solicitações de saque e de retirada e efetuar
seus correspondentes pagamentos;
e) cumprir e fazer cumprir as normas operacionais baixadas pelo gestor do Fundo
PIS-PASEP; e
f) aplicar recursos oriundos do Fundo PIS-PASEP em capital de giro de empresas
nacionais, preferentemente às micro, pequenas e médias.
Cabe ainda ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES a
aplicação dos recursos do Fundo, conforme prevê a Lei Complementar nº 19, de 25 de junho de
1974. De acordo com o disposto nos Decretos nºs 74.333, de 30/07/1974, e 76.342, de 26/09/1975,
o BNDES deve realizar investimentos em programas e subprogramas especiais voltados para:
i. produção de insumos básicos;
ii. produção de equipamentos básicos;
iii. expansão do mercado interno para equipamentos nacionais;
iv. infra-estrutura;
v. sistemas de distribuição e comercialização de mercadorias de consumo básico;
vi. fortalecimento da empresa privada nacional; e
vii. operações no mercado de capitais.
Ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES estão
destinadas as seguintes incumbências:
a) aplicar, de forma unificada, diretamente ou através de seus agentes financeiros,
os recursos gerados pelo Programa de Integração Social - PIS e pelo Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, destinando-os,
preferencialmente, a programas especiais de investimentos elaborados e revistos
periodicamente, segundo as diretrizes e prazos de vigência dos Planos Nacionais
de Desenvolvimento - PND (Lei Complementar nº 19/1974);

14
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

b) elaborar os programas especiais e processar a aplicação dos recursos de que trata


o inciso anterior em investimentos e financiamentos, consoante as diretrizes de
aplicação aprovadas pelo Presidente da República (Lei Complementar nº 19, art.
1º parágrafo único); e
c) realizar operações no mercado de capitais com recursos do Fundo de Participação
Social - FPS, baseando-se em critérios eminentemente técnicos e aplicando, no
que couber, a regulamentação pertinente aos Fundos Mútuos de Investimentos
(Decreto nº 76.342/1975, art. 2º; Decreto nº 79.459/1977 e Regulamento do FPS,
art. 7º).
Outras autoridades, órgãos e instituições participam direta ou indiretamente, da
administração do Fundo, realizando ações, em suas respectivas áreas de competência, que acabam
por afetar o patrimônio dos trabalhadores. Os órgãos, entidades e autoridades que também intervêm
na administração do patrimônio do Fundo PIS-PASEP são os seguintes:
a) Conselho Monetário Nacional;
b) Ministério da Fazenda;
c) Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;
d) Advocacia-Geral da União.
Ao Conselho Monetário Nacional compete estabelecer regras para administração e a
aplicação dos recursos do Fundo PIS-PASEP (art. 2º da Lei nº 10.199, de 14 de fevereiro de 2001).
Ao Ministério da Fazenda cabe, por ação do Ministro de Estado, a atribuição de
designar os membros do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP, nos termos do artigo 7º do
Decreto nº 4.751/2003.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN atua como órgão consultivo nas
questões de natureza jurídica.
Ademais, foi atribuída à Advocacia Geral da União a incumbência de representar e
defender, em juízo, o Fundo PIS-PASEP (Lei nº 9.028, de 12/04/1995).
Com relação aos subsídios para tomada de decisões, o Conselho Diretor do Fundo
PIS-PASEP conta com o Grupo de Apoio Financeiro (GAFIN), formado pela CAIXA, BB e
BNDES, coordenado pela Secretaria-Executiva. Além disso, o Conselho conta com a assessoria
eventual do Tesouro Nacional, sempre que necessário. São elaboradas notas técnicas e explicativas
pelo GAFIN para elucidação de questões específicas a serem submetidas a deliberação no
Conselho.
Por fim, as contas do Fundo PIS-PASEP são auditadas por empresa de auditoria
independente, anualmente.

1.2 Organograma
O Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP está vinculado à Secretaria do Tesouro
Nacional (STN) do Ministério da Fazenda, como estabelece o Decreto nº 1.608, de 28 de agosto de
1995. Conforme o Decreto, a STN deve prover os recursos humanos, financeiros e materiais
necessários ao funcionamento do Conselho Diretor do Fundo. Dessa forma, o Conselho Diretor não
mantém recursos humanos próprios, pois vale-se de dois servidores da STN para a execução de suas
atividades – o Secretário-Executivo e um assistente técnico-administrativo. Tendo em vista a
simplicidade da estrutura administrativa de apenas dois servidores, não existe organograma
específico para o Fundo PIS-PASEP.

15
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

2 P LA N E J A ME N T O O R GA N I Z A C IO N A L E DE S E MP E N HO
O R ÇA ME N TÁ R I O / O P E R A C IO N A L

2.1 Planejamento Organizacional


O art. 3º da LC nº 26/1975, prevê que, no final de cada exercício financeiro, que
corresponde ao período de 1º de julho de cada ano a 30 de junho do ano subsequente, sejam
creditadas nas contas individuais dos participantes do PIS-PASEP as quantias correspondentes à
correção monetária, juros de 3% e o Resultado Líquido Adicional - RLA, se houver. O RLA é
proveniente do resultado das operações realizadas com os recursos do Fundo PIS-PASEP, depois de
deduzidas as despesas administrativas e as provisões de reserva cuja constituição seja indispensável.
A mesma Lei Complementar permite ao cotista sacar, ao final do exercício, as parcelas referentes
aos rendimentos (juros e RLA).
Como parte dos créditos realizados anualmente nas contas individuais do Fundo é
definida legalmente, resta ao Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP buscar adotar medidas que
proporcionem equilibrar o acesso dos cotistas aos seus respectivos saldos, a geração de
investimentos produtivos seguros ao Fundo, a proteção do patrimônio do Fundo para a cobertura de
despesas administrativas, as provisões necessárias ao exercício, e a distribuição aos participantes do
maior valor possível em termos de resultados operacionais.
O Fundo PIS-PASEP não faz parte do Orçamento da União, porém elabora o
orçamento anual e sua reformulação em conformidade com parâmetros definidos pelo Grupo de
Apoio Financeiro (GAFIN), que reúne representantes do Banco do Brasil, Caixa Econômica
Federal, BNDES e a Secretaria-Executiva do Conselho. A execução orçamentária é acompanhada e
avaliada pelo Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP trimestralmente ao longo de seu exercício
financeiro, confrontando os dados realizados com os orçados.
Os agentes administradores, Banco do Brasil e CAIXA, e o agente aplicador dos
recursos do Fundo PIS-PASEP, BNDES, encaminham mensalmente ao Conselho Diretor balancetes
individuais contendo a evolução dos valores do Fundo sob suas responsabilidades. Os balancetes
mensais também são analisados pelo Conselho em suas reuniões trimestrais.
Com relação ao FPS, que é um fundo de renda variável, no exercício 2012-2013 o
processo de desmobilização da carteira do FPS foi retomado, após aprovação pelo Conselho Diretor
de proposta do BNDES com base em análise do cenário da Bolsa de Valores. No exercício
2015-2016 não houve venda de ações, devido ao fraco desempenho da Bolsa de Valores.
Nas subseções seguintes serão apresentados os resultados das atividades relativas ao
PIS, ao PASEP e ao agregado do Fundo PIS-PASEP.
Destaca-se, no exercício 2015-2016, o Plano de Ações de Divulgação do Conselho
Diretor, que será tratado em detalhes na subseção 2.4.

16
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

2.2 Informações Sobre Resultados da Gestão – Programas PIS e PASEP


2.2.1 Programa de Integração Social – PIS
A Caixa Econômica Federal atua como agente administrador do Programa de
Integração Social - PIS em conformidade com o disposto no artigo 9º do Decreto nº. 4.751/2003,
competindo-lhe:
I. manter, em nome dos empregados e trabalhadores avulsos, as correspondentes
contas individuais a que aludem o artigo 5º da Lei Complementar nº. 7, de 7 de
setembro de 1970, e normas complementares;
II. creditar nas contas individuais, quando autorizado pelo Conselho Diretor do
Fundo PIS-PASEP, as parcelas e benefícios de que trata o artigo 4º desse
Decreto;
III. processar as solicitações de saque e de retirada e efetuar os correspondentes
pagamentos, nas épocas próprias, quando autorizada pelo Conselho Diretor do
Fundo PIS-PASEP, na forma e para os fins previstos na Lei Complementar nº.
26, de 11 de setembro de 1975, e nesse Decreto;
IV. fornecer ao Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP, nas épocas próprias e
sempre que forem solicitados, informações, dados e documentação relativos aos
repasses de recursos, cadastro de empregados vinculados ao Programa, contas
individuais de participantes e solicitações de saque e de retirada e seus
correspondentes pagamentos; e,
V. cumprir e fazer cumprir as normas operacionais baixadas pelo Conselho Diretor
do Fundo PIS-PASEP.
A CAIXA é contratada pelo Conselho-Diretor do Fundo PIS-PASEP para a prestação
dos serviços de manutenção de contas, pagamentos de quotas e rendimentos do PIS, processamento
dos dados, atendimento aos participantes do Fundo PIS-PASEP e disponibilização de acesso às
informações cadastrais ao Conselho Diretor do Fundo.
Anualmente, ao fim do exercício financeiro, o agente operador do PIS apresenta ao
Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP o relatório de prestação de contas do Programa, de onde
foram extraídas as informações da operação do PIS reunidas no presente relatório de gestão,
complementadas com as informações do BNDES e da execução orçamentária do Fundo PIS-
PASEP.

2.2.2 Principais ações do PIS

2.2.2.1 Cadastro, pagamento e manutenção de contas


Em relação à operação do programa para o exercício de 2015/2016, a CAIXA
voltou-se principalmente para continuidade da qualificação do cadastro e do atendimento no
pagamento dos rendimentos do PIS, bem como na manutenção das ações para mitigação de riscos
na liberação e saque de quotas.
a) Depuração PIS x PASEP
É o processo executado pela CAIXA que tem por objetivo identificar e regularizar a
multiplicidade de cadastro de uma mesma pessoa nas bases PIS e PASEP, de forma que apenas uma
inscrição fique ativa.
Nesse exercício foi realizada a depuração PIS X PASEP, que foi executada no mês de
abril/2016. O resultado foi a formação de 888.621 elos entre inscrições PIS e PASEP.

17
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Essa depuração antecede a Troca Interprogramas que viabiliza a transferência das inscrições e
respectivos saldos entre os programas PIS e PASEP, administrados pela CAIXA e Banco do Brasil,
respectivamente, em função da alteração da natureza jurídica do vínculo empregatício informado na
Relação Anual de Informações Sociais- RAIS.
b) Ações para maximizar a efetividade de pagamentos
Por se tratar de medidas com bons resultados, a CAIXA deu continuidade, no exercício, a
várias ações que possibilitaram uma ampla divulgação do calendário de pagamentos e significativo
volume de pagamentos realizados, a saber:
I. Pagamento de rendimentos por meio de crédito em conta;
II. Campanha de divulgação nacional e regional do calendário de pagamentos na mídia;
III. Campanha de divulgação nacional do calendário de pagamentos com a confecção de 33
mil cartazes e mais de 11 milhões de filipetas, com novos leiautes, afixados nos pontos
de atendimento CAIXA
IV. Por meio do canal internet e do Disque-CAIXA, além da informação sobre o calendário
e dos critérios para pagamento, o trabalhador pode obter a confirmação da
disponibilidade do seu benefício mediante a informação de sua inscrição PIS;
V. Nesse exercício, o CODEFAT custeou o envio de malas diretas para empresas e
trabalhadores com direito ao Abono Salarial, o que promoveu também o saque dos
rendimentos contidos nesse benefício;
VI. Na segunda metade de 2015 foram enviadas 652.997 malas diretas de divulgação
direcionada para informar o direito de saque aos participantes com idade igual ou
superior a setenta anos e que ainda possuem saldo nas contas individuais. Essa ação
gerou impacto na quantidade de cotas pagas pelo evento 70 (saques por idade igual ou
superior a 70 anos) no período de novembro/15 a março/16.
VII. Em 31 de março de 2016 ocorreu o lançamento do Aplicativo CAIXA Trabalhador
para celulares smarthphones, que permite acesso rápido e simples a informações de
interesse dos trabalhadores. Por meio do aplicativo o trabalhador pode consultar
rendimentos do PIS disponíveis para saque, consultar o calendário de pagamento e a
rede de atendimento e esclarecer dúvidas.
c) Ações para mitigação de riscos
Durante o exercício, a CAIXA prosseguiu com as medidas sistêmico-operacionais
implantadas para garantir a conformidade nos processos, minimizando eventuais riscos de
liberação/pagamento indevidos.
Permanecem as medidas de mitigação com base na análise de ocorrências verificadas em
termos de liberação, concentração de eventos de saque, valores, entre outros critérios explorados no
âmbito das agências e unidades da CAIXA.
Além das medidas citadas, continuamos efetuando o bloqueio preventivo, a depender do
valor, para que o desbloqueio sistêmico do pagamento só ocorra após a processo de ateste da
conformidade documental.
Estas ações se justificam à medida que conferem maior grau de segurança nos processos de
liberação de quotas sem impactar o atendimento ao beneficiário.

18
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

d) Manutenção de contas
A manutenção do cadastro dos trabalhadores vinculados ao PIS resultou, no
exercício, num total de 137.211.020 contas, das quais 93.867.840 são ativas e 43.343.180 inativas.
Contas inativas são aquelas identificadas em situação de duplicidade com outra conta, convertidas
para o PASEP ou canceladas.
Do total de 93.867.840 de contas ativas, 24.785.640 apresentavam saldo de cotas ao
final do exercício de 2015-2016, o que representa uma diminuição em 2,66% em relação ao
exercício anterior. As contas com saldo são as que interessam ao Fundo PIS-PASEP, pois seus
titulares são cotistas do Fundo. As contas sem saldo de cotas são aquelas cadastradas após 5 de
outubro de 1988 ou encerradas após o resgate integral de valores motivado por um dos eventos
previstos na legislação.
Dessa forma, ao final do exercício 2015-2016, aproximadamente 24,8 milhões de
trabalhadores ainda possuíam recursos junto ao Fundo PIS-PASEP por sua participação no PIS,
sendo, portanto cotistas do Fundo.
A evolução, nos últimos exercícios financeiros, do número de contas com saldo de
cotas do PIS e o valor que compreendem pode ser vista na tabela a seguir. Os números se referem
ao final dos exercícios.

TABELA 1 - EVOLUÇÃO DAS CONTAS COM SALDO DE QUOTAS NO PIS

Quotas
Exercício
Quantidade Variação % Valor (Em R$) Variação %
2015/2016 24.785.640 -2,66 28.118.332.368,23 1,82
2014/2015 25.462.668 -2,09 27.616.002.229,18 2,50
2013/2014 26.005.541 -1,93 26.942.892.395,28 3,19
2012/2013 26.516.039 -2,13 26.110.341.626,16 2,28
2011/2012 27.094.263 -1,86 25.526.502,028,20 2,25
2010/2011 27.606.834 -1,92 24.965.698.425,55 3,25
2009/2010 28.147.927 -2,03 24.180.044.854,96 3,92
2008/2009 28.729.835 -3,85 23.267.401.202,80 4,79
2007/2008 29.361.600 -3,84 22.202.965.784,06 5,20
Fonte: CAIXA/SUFAB/GEBES

2.2.2.2 Pagamento de cotas e rendimentos


No exercício foram efetuados 743.836 saques de quotas, no valor de
R$ 923.473 mil. O valor médio dos saques foi de R$ 1.241,50 e apresentou decrescimento de 1,32%
em relação à média do exercício 2014-2015 (R$ 1.258,13).
Por evento, a distribuição da quantidade de saques de cotas (principal) do PIS nos
últimos dois exercícios foi a seguinte:

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 2 – SAQUES PAGOS PELO PIS POR NATUREZA E POR EVENTOS


Exercício
Natureza / Eventos 2015/2016 2014/2015
Qtde R$ mil Qtde R$ mil
PRINCIPAL (1) 743.836 923.473 557.171 700.993
- Aposentadoria 417.145 560.549 429.329 565.198
- Invalidez/Reforma 16.906 16.160 20.629 19.209
- Transf. P/Reserva 62 84 38 55
- Falecimento 75.255 75.715 57.048 53.420
- SIDA/AIDS 1.882 1.866 1.692 1.614
- Neoplasia Maligna 14.322 17.400 12.458 14.913
- Benefício assistencial 25.314 30.493 26.351 30.986
- Idade 189.549 216.298 7.205 12.039
- MPAS/MS 2.998/2001 253 495 -- --
- Determinação judicial 3.148 3.868 2.421 2.959
Complementação de
rendimentosi -- 545 -- 600
RENDIMENTOS (2) 10.925.478 493.249 12.069.239 495.741
TOTAL (1+2) 1.416.722 1.196.734
Fonte: CAIXA/SUFAB/GEBES

Quanto ao pagamento de rendimentos, 10.925.478 trabalhadores efetuaram o saque.


Da quantidade rendimentos pagos, 7.900.322 foram rendimentos puros e 3.025.156 foram
rendimentos contidos no Abono Salarial. Conforme o cronograma aprovado pelo Conselho Diretor,
é facultado aos participantes o saque dos rendimentos creditados nas contas, compostos pelos juros
e RLA, referentes ao exercício imediatamente anterior.
O valor total de rendimentos pagos foi de R$ 493.249 mil e o valor médio dos saques
foi R$ 45,15, um aumento de 9,92% em relação ao exercício 2014/2015, que foi de R$ 41,07.
Convém lembrar que os rendimentos não sacados pelo participante permanecem em sua conta
individual para capitalização do saldo.
Cabe ainda observar que a nova condição de saque de cotas (principal) por doenças
listadas na Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2998/2001 (Resolução PIS-PASEP nº 03/2014)
foi paga na modalidade “Determinação Judicial” no exercício 2014/2015.

2.2.2.3 Concessão de empréstimos e financiamentos


As aplicações dos recursos do PIS, até 30 de junho de 1974, com base na autorização
do Conselho Monetário Nacional, eram realizadas exclusivamente pela CAIXA, de forma direta ou
por meio de agentes financeiros credenciados.
A partir de 1º de julho de 1974, com o advento da Lei Complementar nº 19/1974, os
recursos do PIS e do PASEP passaram a ser aplicados de forma unificada pelo BNDES,

i O pagamento de rendimentos em terminais de auto-atendimento prevê o arredondamento do valor para a unidade de Real
imediatamente superior. Para registrar os centavos retirados do saldo de quotas do participante, foi criado um código de saque
denominado Complemento de Rendimentos.

20
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

preferencialmente em programas especiais de investimentos elaborados e revistos periodicamente,


segundo diretrizes e prazos de vigência dos Planos Nacionais de Desenvolvimento – PND.
Assim, o BNDES é responsável pela aplicação da maior parte dos recursos do Fundo,
na proporção de aproximadamente 90% do total. Contudo, o Conselho Monetário Nacional
autorizou a CAIXA e o Banco do Brasil a continuar aplicando uma parte complementar dos
recursos em financiamentos de capital de giro, conforme Resolução nº 298 do CMN, de 30 de junho
de 1974.
O BNDES registrou, ao final do exercício financeiro 2015-2016, o montante de
R$ 27.900.695 mil de saldo de aplicações com recursos do PIS, distribuído da seguinte forma:

TABELA 3 – SALDOS DAS APLICAÇÕES DO BNDES COM RECURSOS DO PIS

(Em R$ mil)
PROGRAMAS E SUBPROGRAMAS
PIS PIS-PASEP
FINAME (MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS) 15.887.312 18.873.025
INFRA-ESTRUTURA 11.862.230 14.091.507
- Mobilidade Urbana 6.244.272 7.417.762
- Proj. Estruturadores Transp. Urbano 5.553.138 6.596.743
- Energia 36.528 43.393
- Naval 27.489 32.655
- Ferrovia 803 954
OPERAÇÕES NO MERCADO DE CAPITAIS - FPS 66.514 79.902
INSUMOS BÁSICOS 19.716 23.422
- Celulose e papel 14.297 16.984
- Metalurgia e não ferrosos 5.419 6.438
ALIMENTO E BEBIDA 18.804 22.337
OUTROS PROGRAMAS 46.118 54.785
TOTAL 27.900.695 33.144.978
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

Os recursos do PIS-PASEP aplicados em financiamentos por meio do BNDES


retornam ao Fundo corrigidos pela TJLP, de acordo com a Lei 9.365, de 16 de dezembro de 1996.
Os retornos dos empréstimos com a parcela do PIS ocorreram conforme o seguinte fluxo:

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 4 - RETORNO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS DO PIS PELO BNDES

Principal Juros Recebidos


Mês Valor (Em R$ mil) Valor (Em R$ mil)
Julho/2015 584.629 137.387
Agosto 584.920 130.447
Setembro 585.044 126.800
Outubro 615.680 119.840
Novembro 597.235 116.831
Dezembro 580.559 117.398
Janeiro/2016 141.169 52.395
Fevereiro 24.720 62.707
Março 29.648 88.897
Abril 108.639 84.030
Maio 198.441 78.254
Junho 602.873 346.114
TOTAL 4.653.557 1.461.100
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União
O BNDES efetuou repasses mensais no valor de R$ 165.000 mil à Caixa, de
julho/2015 a dezembro/2015, e de R$ 135.000 mil de janeiro/2016 a junho/2016, para fazer frente à
demanda de saques principal e rendimentos dos cotistas no exercício 2015-2016.
Pela Resolução do Banco Central nº 2.655, de 5 de outubro de 1999, a aplicação pela
Caixa dos recursos do PIS remunera o Fundo PIS-PASEP com a TR mais juros de 6% a.a.
A CAIXA, em consonância com a política de crédito do Governo Federal e com a
Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, desenvolve estratégias para fomentar o desenvolvimento
deste segmento, priorizando a destinação dos empréstimos com recursos do PIS para setores
relevantes, a exemplo das empresas que participam de Arranjos Produtivos Locais - APL, apoiados
pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio - MDIC e pelo Serviço de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE.
O recurso do PIS à disposição da CAIXA para financiamento de capital de giro
totalizou, em 30 de junho de 2016, R$ 815.480.925,68, representados por 46.950 contratos ativos,
A tabela a seguir destaca o saldo líquido da carteira, onde estão considerados o
volume de contratos e respectivos valores mensais de empréstimo, deduzidos os valores liquidados
durante o exercício:

22
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 5 - DEMONSTRATIVO DO SALDO DO GIRO CAIXA – RECURSOS PIS

Mês/ano Quantidade ativa Saldo do mês (R$)


jul/15 46.602 701.888.228,34
ago/15 49.104 791.668.253,57
set/15 47.991 776.157.088,21
out/15 47.409 746.228.826,61
nov/15 46.879 712.444.178,32
dez/15 45.455 676.881.822,53
jan/16 45.427 641.589.300,51
fev/16 46.133 609.476.645,00
mar/16 44.709 590.687.633,86
abr/16 44.029 601.535.592,92
mai/16 45.119 647.406.316,15
jun/16 46.950 815.480.925,68
Fonte: CAIXA/SUEMP

2.2.3 Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP


O Banco do Brasil é o agente administrador do Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público – PASEP. Em conformidade com o disposto no artigo 10º do
Decreto nº 4.751/2003, compete ao Banco, em relação ao PASEP, a execução das mesmas rotinas
que cabem à Caixa com relação ao PIS.
O Banco do Brasil também é contratado pelo Conselho-Diretor do Fundo PIS-
PASEP para a prestação dos serviços de manutenção de contas, pagamentos de quotas e
rendimentos do PASEP, processamento dos dados, atendimento aos participantes do Fundo PIS-
PASEP e disponibilização de acesso às informações cadastrais ao Conselho Diretor do Fundo.
Da mesma maneira que a CAIXA e o BNDES, o Banco do Brasil apresenta ao
Conselho Diretor o relatório de prestação de contas relacionadas ao PASEP no exercício, fonte de
onde foram retirados os dados a seguir, complementados por informações da Diretoria de Governo
do Banco, pelos dados do BNDES, e pela execução orçamentária do Fundo PIS-PASEP.

2.2.4 Principais ações do PASEP

2.2.4.1 Cadastro e manutenção de contas


O PASEP possui algumas características distintas do PIS que diferenciam a
administração do seu cadastro e das contas por parte de seu agente operador. A quantidade de
inscritos sob o PASEP é bem menor comparativamente ao PIS, uma vez que a quantidade de
servidores públicos e empregados públicos é inferior à quantidade de trabalhadores em atividade na
iniciativa privada.
Em 30/06/2016 existiam 4.811.282 contas ativas de participantes com saldo credor
no PASEP, contra 5.152.545 em 30.06.2015.

23
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 6 – CONTAS ATIVAS DO PASEP COM SALDO

Final do Exercício Quantidade


2015/2016 4.811.282
2014/2015 5.152.545
2013/2014 5.346.825
2012/2013 5.483.186
2011/2012 5.671.712
2010/2011 5.860.976
2009/2010 6.008.145
2008/2009 6.119.194
2007/2008 6.228.083
Fonte: BB/DIGOV

2.2.4.2 Pagamento de cotas e rendimentos


Conforme o cronograma aprovado pelo Conselho Diretor, é facultado aos
participantes o saque dos rendimentos creditados nas contas, compostos pelos juros e RLA,
referentes ao exercício imediatamente anterior. Convém lembrar que os rendimentos não sacados
pelo participante permanecem em sua conta individual para capitalização do saldo.
A tabela a seguir espelha a evolução dos saques pagos nos dois últimos exercícios,
por natureza e por eventos:

TABELA 7 – SAQUES PAGOS PELO PASEP POR NATUREZA E POR EVENTOS


Exercício
Natureza / Eventos 2015/16 2014/15
Qtde Em R$ mil Qtde Em R$ mil
PRINCIPAL (1) 288.873 415.160 196.464 235.243
- Aposentadoria 186.333 228.870 172.608 208.723
- Reforma Militar 2.252 1.487 2.341 1.617
- Invalidez 1.256 1.378 1.536 1.688
- Transf. P/Reserva 8.739 5.246 7.438 4.873
- Falecimento 17.845 33.858 8.078 10.296
- SIDA/AIDS 179 228 141 203
- Neoplasia Maligna 2.350 3.110 2.270 3.097
- Benefício assistencial 777 1.196 795 1.300
- Idade 68.921 139.392 1.191 3.298
- MPAS/MS 2.998/2001 182 318 -- --
- Determinação judicial 39 77 66 148
RENDIMENTOS (2) 2.354.758 121.692 2.510.102 116.088
TOTAL (1+2) 536.852 351.331
Fonte: BB/DIGOV

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Exercício Financeiro 2015-2016

Da quantidade de 2.354.758 rendimentos pagos em 2015-2016, 1.881.571 foram


rendimentos puros e 473.187 foram rendimentos contidos no Abono Salarial.
Cabe observar que a nova condição de saque de cotas (principal) por doenças listadas
na Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2998/2001 (Resolução PIS-PASEP nº 03/2014) foi paga
na modalidade “Determinação Judicial” no exercício 2014-2015.

2.2.4.3 Concessão de empréstimos e financiamentos


O BNDES registrou, ao final do exercício financeiro 2015-2016, o montante de
R$ 5.244.283 mil de saldo de aplicações com recursos do PASEP, distribuído da seguinte maneira:
TABELA 8 - SALDO DAS APLICAÇÕES DO BNDES COM RECURSOS DO PASEP

(Em R$ mil)
PROGRAMAS E SUBPROGRAMAS
PASEP PIS-PASEP
FINAME (MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS) 2.985.714 18.873.025
INFRA-ESTRUTURA 2.229.276 14.091.507
- Mobilidade Urbana 1.173.490 7.417.762
- Proj. Estruturadores Transp. Urbano 1.043.605 6.596.743
- Energia 6.865 43.393
- Naval 5.166 32.655
- Ferrovia 151 954
OPERAÇÕES NO MERCADO DE CAPITAIS - FPS 13.387 79.902
INSUMOS BÁSICOS 3.705 23.422
- Celulose e papel 2.687 16.984
- Metalurgia e não ferrosos 1.018 6.438
ALIMENTO E BEBIDA 3.534 22.337
OUTROS PROGRAMAS 8.667 54.785
TOTAL 5.244.283 33.144.978
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

Os retornos dos empréstimos e financiamentos operados pelo BNDES com a parcela


de recursos do PASEP ocorreram conforme o seguinte fluxo:

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TABELA 9 - RETORNO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS DO PASEP PELO BNDES

Principal Juros Recebidos


Valor em R$
Mês Valor em R$ mil
mil
Julho/2015 110.117 25.877
Agosto 110.420 24.625
Setembro 110.608 23.973
Outubro 116.662 22.708
Novembro 113.420 22.187
Dezembro 110.501 22.345
Janeiro/2016 26.889 9.981
Fevereiro 4.709 11.944
Março 5.648 16.933
Abril 20.417 15.792
Maio 37.125 14.641
Junho 112.279 64.460
TOTAL 878.796 275.466
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

O BNDES efetuou repasses mensais no valor de R$ 20.000 mil ao Banco do Brasil,


de julho/2015 a dezembro de /2015, e de R$ 50.000 mil de janeiro/2016 a junho/2016, para fazer
frente à demanda de saques principal e rendimentos dos cotistas no exercício 2015-2016.
O Banco do Brasil aplica os recursos disponíveis sob sua responsabilidade em linhas
de capital de giro, em conformidade com a Resolução CMN 2.655/1999, remunerando o Fundo
PIS-PASEP pela Taxa Referencial – TR acrescida de juros de 6% a.a. (seis por cento ao ano).
Na Tabela a seguir estão demonstrados a quantidade de operações e os valores
aplicados por linha de crédito. Os dados informados são provenientes da base de dados do BB.

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Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 10 - NÚMERO DE OPERAÇÕES E VALORES APLICADOS POR PROGRAMA

Linha de Crédito Finalidade Quantidade Valor


de Operações aplicado
(Em R$ mil)
BB Capital de Giro Financiar o giro operacional e demais 137.672 1.462.965
necessidades de capital de giro das empresas,
como quitação de tributos e pagamento de 13º
salário dos empregados acrescidos dos encargos
sociais.
BB Giro APL Reforço de capital de giro para suprir 389 4.958
necessidades financeiras das empresas
vinculadas ao seu fluxo de caixa, não existindo
necessidade de comprovação do direcionamento
do crédito.
BB Giro Saúde Reforço de capital de giro para empresas do 7 605
segmento de saúde.
BB Giro13º Salário Reforço de capital de giro das empresas para 41 129
pagamento do 13º salário de seus empregados,
acrescido dos encargos sociais.
Posição junho/2016 Fonte: Relatório BB

O valor total de R$ 1.468.657 mil das quatro linhas de crédito se refere a Empréstimo
para Capital de Giro, e não inclui os Encargos Financeiros a Apropriar de R$ 10.305 mil nos
Empréstimos e Recebíveis Banco do Brasil S.A. de R$ 1.478.962 mil, evidenciados nas
demonstrações contábeis e resumido na Tabela 11.

2.3 Informações sobre Resultados da Gestão - Fundo PIS-PASEP


Apresentados cada um dos Programas, seguem as informações referentes ao
desempenho consolidado do Fundo PIS-PASEP.

2.3.1 Empréstimos e disponibilidades dos agentes; aplicações do BNDES


Os financiamentos de capital de giro no Banco do Brasil e na Caixa Econômica
Federal destinam-se ao desenvolvimento de programas especiais através de concessão de créditos às
atividades de diversos setores da economia nacional, preferencialmente às micro e pequenas
empresas. São regulamentados pela Resolução CMN nº 2.655/1999 (rentabilidade para o Fundo de
TR + 6% a.a.) e referem-se à aplicação de disponibilidades e a saldos residuais de operações
anteriores a 1º/07/1974, data a partir da qual, por determinação da Lei Complementar nº 19/1974, os
recursos passaram a ser aplicados de forma unificada pelo BNDES.
As operações de crédito no BNDES representam as liberações contratuais de curto e
longo prazos, acrescidas das variações monetárias e encargos financeiros a que estão sujeitas,
conforme índices e taxas oficiais. As operações de financiamentos e repasses de curto e longo
prazos, realizadas para apoiar as atividades produtivas de setores estratégicos do país, foram
destinadas a investimentos. A rentabilidade mínima é a TJLP para os contratos indexados em
moeda nacional. Esses recursos são retornados ao Fundo na medida em que são efetuados os
pagamentos de cotas e rendimentos, quando da necessidade de disponibilidade.

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Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 11 – EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS POR AGENTES

AGENTE 2015/2016 2014/2015


(Em R$ mil) (Em R$ mil)
BANCO DO BRASIL 1.478.962 1.431.314
CAIXA 815.481 707.646
BNDES 33.065.076 33.720.661
Provisão p. Risco de Crédito (BNDES) (29.521) (13.229)
TOTAL 35.329.998 35.846.392
Fonte: Notas explicativas das demonstrações do Fundo PIS-PASEP

Quanto às disponibilidades, estão incluídas: disponibilidades para pagamento de


saques (Recursos Retidos), os valores sob o Fundo de Participação Social e outros não aplicadas
pelos agentes (Recursos a Aplicar), que são remuneradas pelo BB, BNDES e CAIXA com base em
100% da taxa de rentabilidade das aplicações realizadas no Banco Central do Brasil, constituindo
receita do Fundo, conforme art. 3º da Resolução CMN nº 2.655/1999. São os seguintes os
montantes dessas disponibilidades em posse dos agentes:

TABELA 12 - DISPONIBILIDADES DO FUNDO JUNTO AOS AGENTES

RUBRICAS em 30 jun/2016 em 30 jun/2015


(R$ mil) (R$ mil)
RECURSOS RETIDOS 1.950.698 1.403.494
- Banco do Brasil 615.736 565.941
- Caixa 1.334.962 837.553
RECURSOS A APLICAR 1.362.950 537.754
- Banco do Brasil 417.751 415.630
- Caixa 7.097 97.463
- BNDES 923.416 14.677
- FPS 14.686 9.984
TOTAL 3.313.648 1.941.248
Fonte: Notas explicativas das demonstrações do Fundo PIS-PASEP

Em relação à parcela dos recursos sob responsabilidade do BNDES, as aplicações


estão distribuídas entre os seguintes programas e subprogramas:

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Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 13 - SALDO DAS APLICAÇÕES DO BNDES EM PROGRAMAS DE INVESTIMENTO

PIS-PASEP (Em R$ mil) Composição


PROGRAMAS E SUBPROGRAMAS
2014/15 2015/16 Percentual
FINAME - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS (1) 33.138.944 18.873.025 56,94%
INFRA-ESTRUTURA 217.186 14.091.507 42,51%
- Mobilidade Urbana - 7.417.762 22,38%
- Proj. Estruturadores Transp. Urbano - 6.596.743 19,90%
- Energia 146.540 43.393 0,13%
- Naval 65.928 32.655 0,10%
- Ferrovia 4.718 954 0,00%
OPERAÇÕES NO MERCADO DE CAPITAIS – FPS 96.347 79.902 0,24%
INSUMOS BÁSICOS 71.435 23.422 0,07%
- Celulose e papel 61.426 16.984 0,05%
- Metalurgia e não ferrosos 10.009 6.438 0,02%
ALIMENTO E BEBIDA 30.939 22.337 0,07%
OUTROS PROGRAMAS 262.157 54.785 0,17%
TOTAL 33.817.008 33.144.978 100,00%
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

(1) Os recursos aplicados na FINAME encontram-se distribuídos nos seguintes setores: Serviços: 10.522.149;
Indústria de Transformação: 5.830.788; Comércio: 1.426.582; Agropecuária e Pesca: 912.163; e Indústria
Extrativa: 181.343.
O Fundo PIS-PASEP é uma importante fonte para os financiamentos da Agência
Especial de Financiamento Industrial – FINAME, vinculada ao BNDES, que oferece crédito a
empresas para a aquisição de máquinas e equipamentos nacionais novos. Na tabela anterior verifica-
se que a linha FINAME concentra 56,94% das aplicações de recursos do PIS-PASEP administrados
pelo BNDES.
Os recursos aplicados pelo BNDES no mercado de capitais, por intermédio do Fundo
de Participação Social - FPS, registraram no encerramento do balanço R$ 79.902 mil. O valor
registrado ao final do exercício diminuiu 17,07% em relação ao fechamento anterior, devido à
desvalorização de ações.
Do total dos recursos aplicados pelo BNDES, R$ 32.655 mil estavam em
empréstimos ao setor naval. Esse montante corresponde à carteira transferida do Fundo da Marinha
Mercante - FMM, recebida em troca de créditos do Fundo PIS-PASEP contra o Tesouro Nacional.
Por fim, o valor de empréstimos e recebíveis BNDES da Tabela 11, de
R$ 33.065.076 mil, somado à Operação no Mercado de Capitais – FPS de R$ 79.902 mil da
Tabela 13, perfaz o total de R$ 33.144.978 mil da mesma Tabela 13.

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Exercício Financeiro 2015-2016

2.3.2 Receitas e despesas


As receitas atingiram a importância de R$ 2.937.019 mil no período.

TABELA 14 – RECEITAS POR ESPÉCIE

Excc 2015/2016 Excc 2014/2015


RUBRICAS
Valor (Em R$ mil) Valor (Em R$ mil)
Rendas de Operações de Crédito 2.619.405 1.934.793
Rendas de Recursos Disponíveis 309.172 186.893
Ganhos com Negociação de Ativos Financeiros 2.962 1.761
Rendimentos de Títulos de Renda Variável 303 1.570
Atualização de Cotas de Fundos Mútuos 621 454
Recuperação de Crédito 4.546 6.579
Outras Receitas Operacionais 10 8
TOTAL 2.937.019 2.132.058
Fonte: Demonstração do Resultado do Fundo PIS-PASEP

A rubrica Rendas de Recursos Disponíveis, no montante de R$ 309.172 mil,


representa a remuneração dos recursos em liquidez imediata junto aos agentes, enquanto não
utilizados em suas finalidades específicas (empréstimos, financiamentos, aplicações, pagamentos de
saques e despesas).
Quanto às despesas, foi registrado o valor de R$ 1.577.651 mil, distribuído entre as
seguintes fontes:

TABELA 15 – DESPESAS POR ESPÉCIE

Excc 2015/2016 Excc 2014/2015


RUBRICAS
Valor (Em R$ mil) Valor (Em R$ mil)
Atualização Monetária sobre Cotas (372.666) --
Juros sobre Cotas Corrigidas com Participantes (1.065.218) (1.042.059)
Despesas de Comissão com Agentes (105.836) (81.849)
- Banco do Brasil S.A. (30.203) (23.604)
- Caixa Econômica Federal (74.985) (57.384)
- BNDES (648) (861)
Despesas com Auditorias Independente (157) (154)
Despesas de Provisão para Risco de Crédito (16.292) (12.907)
Atualização de títulos de renda variável (17.078) (8.891)
Perdas com Negociação de Ativos Financeiros -- (5.479)
Perdas com Operações de Crédito (4) --
Despesas de Atualização de Obrigações Diversas (399) --
Despesas Eventuais (1) (3.482)
TOTAL (1.577.651) (1.154.821)
Fonte: Demonstração do Resultado do Fundo PIS-PASEP

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Exercício Financeiro 2015-2016

A participação mais significativa nas despesas refere-se à rubrica Despesas de Juros


sobre Cotas Corrigidas com Participantes, responsável por 67,52% do total. Essa despesa
corresponde aos juros legalmente previstos e creditados anualmente nas contas individuais dos
participantes. Ao contrário do exercício 2015-2016, no exercício financeiro 2014-2015 não houve
despesa com a atualização monetária sobre cotas, tendo em vista o percentual de atualização
previsto na alínea “a” do art. 3º da Lei Complementar nº 26/1975, que tem por base a Taxa de Juros
de Longo Prazo – TJLP ajustada por fator de redução, que foi igual a zero naquele exercício, em
conformidade com o art. 12 da Lei nº 9.365, de 16 de dezembro de 1996 e a Resolução BACEN nº
2.131, de 21 de dezembro de 1994.
Diante dos valores de receitas e despesas registradas na operação do Fundo, o
resultado do exercício atingiu o montante de R$ 1.359.368 mil, contra R$ 977.237 mil em
2014-2015. Em comparação com exercício anterior, o resultado aumentou devido principalmente às
rendas de operação de crédito e de recursos disponíveis, mas foi reduzido pela despesa de
atualização monetária sobre cotas que não existiu em 2014-2015.

2.3.3 Reservas, provisões e distribuição de resultados


No exercício 2015-2016 foram distribuídos aos participantes do Fundo R$ 2.503.102 mil
sob as seguintes formas previstas na Lei Complementar nº 26/1975:

TABELA 16 – CRÉDITOS AOS PARTICIPANTES

DISCRIMINAÇÃO PIS PASEP PIS-PASEP Composição %


R$ mil R$ mil R$ mil
Atualização Monetária 298.211 74.455 372.666 14,89%
Juros de 3% a.a. 852.375 212.843 1.065.218 42,56%
Resultado Líquido Adicional 852.375 212.843 1.065.218 42,56%
TOTAL 2.002.961 500.141 2.503.102 100,00%
Participação % 80,02% 19,98% 100,00%
Fonte: Patrimônio Líquido e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido do Fundo PIS-PASEP

De acordo com o art. 12 da Lei nº 9.365, de 16 de dezembro de 1996, a atualização


monetária das cotas do Fundo PIS-PASEP deve ser baseada na Taxa de Juros de Longo Prazo –
TJLP ajustada por fator de redução definido pelo Conselho Monetário Nacional. Como a TJLP foi
mantida acima de 6% ao ano durante todo o exercício, pela Resolução BACEN nº 2.131, de 21 de
dezembro de 1994, o índice resultante da aplicação do fator de redução à TJLP neste nível é maior
que zero. Assim, o valor adotado na distribuição da atualização monetária de cotas ao final do
exercício financeiro deriva do cálculo estabelecido na legislação.
Para que a distribuição de resultados fosse realizada de maneira proporcional à
participação de cada cotista no Fundo PIS-PASEP, foram creditados os seguintes percentuais de
valorização aos saldos das contas individuais dos participantes:

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 17 – VALORIZAÇÃO ANUAL DOS SALDOS DOS PARTICIPANTES

Exercícios Atualização monetária Juros Resultado líquido adicional Total


2015/2016 1,061% 3,00% 3,00% 7,125%
2014/2015 0,000% 3,00% 2,375% 5,375%
2013/2014 0,000% 3,00% 2,00% 5,00%
2012/2013 0,000% 3,00% 2,25% 5,25%
2011/2012 0,000% 3,00% 3,00% 6,00%
2010/2011 0,000% 3,00% 3,00% 6,00%
2009/2010 0,000% 3,00% 3,00% 6,00%
2008/2009 0,236% 3,00% 3,00% 6,25%
Fonte: arquivos do PIS-PASEP

Conforme a Resolução PIS-PASEP nº 1 de 21/06/2016 (Resolução do Conselho


Diretor do Fundo), adicionalmente foi creditada nas contas dos participantes valorização de 1,40%,
correspondendo à distribuição de parte do saldo da rubrica “Reserva para Ajustes de Cotas - RAC”
registrado no balanço do ano anterior. Assim, o total de créditos distribuídos aos participantes no
exercício 2015-2016 atingiu montante de R$ 2.988.104 mil e representa uma valorização dos saldos
em 8,62% no período entre 1º/07/2015 e 30/06/2016. A tabela a seguir traz a valorização das contas
do Fundo PIS-PASEP em comparação com os indicadores da Poupança do mesmo período.

TABELA 18 - INDICADORES FINANCEIROS NO EXERCÍCIO

Fundo PIS-PASEP Poupança (antiga) Poupança (nova)


Percentual acumulado
entre julho/2014 e 8,62% 8,39% 8,39%
junho/2015
Fontes: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e calculadora do
cidadão (Banco Central).

Vale destacar, o total de créditos efetuados nas contas dos trabalhadores, a exemplo
do que vem acontecendo desde o exercício 1989-1990, originou-se tão-somente do resultado das
operações com os recursos do Fundo, uma vez que o mesmo não conta mais com ingressos de
arrecadação de contribuições.
A destinação do resultado do exercício de R$ 1.359.367 mil foi distribuída em: (i)
R$ 1.065.218 mil para créditos aos participantes como Resultado Líquido Adicional; (ii)
R$ 313.330 mil em favor da “Reserva para Ajuste de Cotas”; (iii) (R$ 5.872 mil) diminuindo o
saldo da “Retenção das Atualizações da Carteira do FPS”; e (iv) (R$ 13.309 mil) diminuindo o
saldo da “Reserva para Equacionar Rendas - FMM”.

32
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 19 - DESTINAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO

Excc 2015/16 Excc 2014/15

Valor (Em R$ mil) Valor (Em R$ mil)

DESTINAÇÃO DO RESULTADO 1.359.367 977.237

Resultado Líquido Adicional 1.065.218 824.934

Reserva para Ajuste de Cotas 313.330 166.631

Retenção das Atualizações da Carteira do FPS (5.872) (14.977)

Reserva para Equacionar Rendas – FMM (13.309) 649


Fonte: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido do Fundo PIS-PASEP

2.3.4 Contas administradas


Ao final do exercício financeiro 2015-2016, foram computadas no cadastro de
participantes do PIS e do PASEP um total 29.596.922 contas com saldo, sendo 83,74% vinculadas
ao PIS e 16,26% ao PASEP. Nesse número não estão incluídas as contas cadastradas a partir de 5 de
outubro de 1988, pois como as contribuições recolhidas em nome do PIS e do PASEP após essa
data passaram a ser destinadas à cobertura de benefícios do Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT): seus titulares não são mais participantes do Fundo PIS-PASEP. Portanto, a última
distribuição de arrecadação foi feita com base na Relação Anual de Informações Sociais - RAIS
ano-base 1988, beneficiando somente os cadastrados até esse exercício.

TABELA 20 - EVOLUÇÃO DAS CONTAS ATIVAS DO PIS-PASEP COM SALDO

Exercício PIS PASEP PIS-PASEP Variação - %


2015/2016 24.785.640 4.811.282 29.596.922 (3,33)
2014/2015 25.462.668 5.152.545 30.615.213 (2,35)
2013/2014 26.005.541 5.346.825 31.352.366 (2,02)
2012/2013 26.516.039 5.483.186 31.999.225 (2,34)
2011/2012 27.094.263 5.671.712 32.765.975 (2,10)
2010/2011 27.606.834 5.860.976 33.467.810 (2,01)
2009/2010 28.147.927 6.008.145 34.156.072 (1,99)
2008/2009 28.729.835 6.119.194 34.849.029 (2,08)
2007/2008 29.361.600 6.228.083 35.589.683 (1,89)
Fontes: CAIXA/GEBES e BB/DIGOV

A queda gradual no número de contas ativas é esperada, pois não há entrada de


novos participantes no Fundo PIS-PASEP e existe o natural desligamento de cotistas do fundo
quando se efetua o resgate integral de cotas, por ocorrência de uma das modalidades de saque
previstas na legislação. O saldo médio dessas contas é baixo, situando-se na faixa de R$ 1.187,00
em 30.06.2016, sem considerar a atualização monetária de 1,061%, e sem os rendimentos, que
podem ser sacados.
Os perfis dos cotistas por saldo e por idade são mostrados nas tabelas abaixo.

33
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 21 - % DAS CONTAS ATIVAS DO PIS-PASEP POR SALDO EM 30/06/2016

Saldo na Conta Individual (R$) % de cotistas


Até 200,00 14,83
De 200,01 a 500,00 18,49
De 500,01 a 750,00 16,14
De 750,01 a 1.500,00 27,20
Acima de 1.500,00 23,34
TOTAL 100,00
Fontes: CAIXA e BB

TABELA 22 – % DAS CONTAS ATIVAS DO PIS-PASEP POR IDADE EM 30/06/2016

Faixa de Idade (anos) % de % de saldo


cotistas total nas
contas
Até 49 20,47 9,97
De 50 a 54 23,63 19,34
De 55 a 59 20,05 21,17
De 60 a 64 13,47 17,14
De 65 a 69 7,22 10,02
De 70 ou mais 15,16 22,36
TOTAL 100,00 100,00
Fontes: CAIXA e BB

2.3.5 Pagamentos e evolução do patrimônio


No período foram pagos saques no montante de R$ 1.953.574. mil, sendo 31,48%
relativos a rendimentos e 68,52% a saque de principal (resgate de cotas). Comparando-se com o
exercício anterior, o valor total dos saques aumentou 26,19%. O universo de pessoas que sacaram
rendimentos decresceu 8,91%, enquanto que o de beneficiadas com saque de cotas (principal)
aumentou 37,03%.

34
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

TABELA 23 – SAQUES PAGOS PELO PIS-PASEP POR NATUREZA E POR EVENTOS


Exercício
Natureza / Eventos 2015/16 2014/15
Qtde Em R$ mil Qtde Em R$ mil
PRINCIPAL (1) 1.032.709 1.338.633 753.635 936.236
- Aposentadoria 603.478 789.419 601.937 773.921
- Invalidez /Reforma 20.414 19.025 24.506 22.514
- Transf. P/Reserva 8.801 5.330 7.476 4.928
- Falecimento 93.100 109.573 65.126 63.716
- SIDA/AIDS 2.061 2.094 1.833 1.817
- Neoplasia Maligna 16.672 20.510 14.728 18.010
- Benefício assistencial 26.091 31.689 27.146 32.286
- Idade 258.470 355.690 8.396 15.337
- P.I. MPAS/MS 2.998/2001 435 813 -- --
- Determinação judicial 3.187 3.945 2.487 3.107
ii
Complementação de rendimentos -- 545 -- 600
RENDIMENTOS (2) 13.280.236 614.941 14.579.341 611.829
TOTAL (1+2) 1.953.574 1.548.065
Fontes: CAIXA/SUFAB/GEBES e BB/DIGOV

Da quantidade de 13.280.236 rendimentos pagos em 2015-2016, 9.781.893 foram


rendimentos puros e 3.498.343 foram rendimentos contidos no Abono Salarial (pagos no Abono).
Cabe observar que a nova condição de saque de cotas (principal) por doenças listadas
na Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2998/2001 (Resolução PIS-PASEP nº 03/2014) foi paga
na modalidade “Determinação Judicial” no exercício 2014-2015.
Em termos de operações e desembolsos por programa, a participação do PIS e do
PASEP é mostrada na Tabela a seguir.
TABELA 24 – PARTICIPAÇÃO DOS PROGRAMAS NOS PAGAMENTO REALIZADOS

Modalidades PIS PASEP


de pagamento
Operações Desembolsos Operações Desembolsos
Principal 72,0% 69,0% 28,0% 31,0%
Rendimentos 82,3% 80,2% 17,7% 19,8%
Fonte: tabelas anteriores

A participação mais destacada de um Programa frente ao outro nos pagamentos


realizados deve-se ao fato do PIS possuir uma base de participantes mais de cinco vezes maior que
a do PASEP.

iiReferente ao arredondamento realizado para permitir o pagamento de rendimentos do PIS via terminais de auto-
atendimento. Vide Nota em Ações do PIS.

35
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Quanto aos repasses, o BNDES realiza transferências mensais aos agentes


operadores, CAIXA e Banco do Brasil, para o pagamento de saques de cotistas. No exercício
financeiro de 2015-2016 o BNDES transferiu um total de R$ 2.220.000 mil ao Banco do Brasil e à
CAIXA para os saques de principal e rendimentos dos cotistas do PASEP e do PIS, conforme o
seguinte fluxo:
TABELA 25 - DEVOLUÇÃO DE RECURSOS PELO BNDES

Em R$ mil
Mês PIS PASEP PIS-PASEP
Julho/2015 165.000 20.000 185.000
Agosto 165.000 20.000 185.000
Setembro 165.000 20.000 185.000
Outubro 165.000 20.000 185.000
Novembro 165.000 20.000 185.000
Dezembro 165.000 20.000 185.000
Janeiro/2016 135.000 50.000 185.000
Fevereiro 135.000 50.000 185.000
Março 135.000 50.000 185.000
Abril 135.000 50.000 185.000
Maio 135.000 50.000 185.000
Junho 135.000 50.000 185.000
TOTAL 1.800.000 420.000 2.220.000
Fonte: BNDES- Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

O patrimônio líquido do Fundo PIS-PASEP atingiu, em 30/06/2016, o montante de


R$ 38.738.264 mil, valor 2,23% superior em valor nominal ao registrado no final do exercício
anterior.
TABELA 26 – EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CRESCIMENTO
EXERCÍCIO PIS PASEP PIS-PASEP
ANUAL %
Em R$ mil Em R$ mil Em R$ mil
2015/2016 30.956.070 7.782.194 38.738.264 2,23
2014/2015 30.112.839 7.780.933 37.893.772 1,26
2013/2014 29.686.540 7.735.431 37.421.971 1,14
2012/2013 29.308.269 7.691.326 36.999.595 1,25
2011/2012 29.173.707 7.369.986 36.543.693 1,28
2010/2011 28.639.094 7.440.978 36.080.071 0,32
2009/2010 28.470.828 7.494.826 35.965.654 5,82
2008/2009 26.853.233 7.133.864 33.987.097 0,04
2007/2008 26.757.607 7.217.270 33.974.877 4,46
Fontes: CAIXA/SUBES/GEBES, BB/DIGOV e Balanço Patrimonial do Fundo PIS-PASEP

As reservas e provisões têm contribuído para o objetivo institucional de "formar


crescente patrimônio individual para os participantes", seja resguardando o patrimônio do Fundo de

36
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

contingências, seja assegurando a remuneração adequada das contas individuais, conforme os


ditames da legislação específica. A descrição dos itens segue na Tabela abaixo.

TABELA 27 – PROVISÕES, RESERVAS E RETENÇÕES

Saldos de: 2015/16 2014/15


R$(mil) R$(mil)
Provisões (Ativo) (29.521) (13.229)
Provisão para Risco de Crédito (1) (29.521) (13.229)
Reservas e Retenções (Passivo) 1.096.510 1.287.338
Reserva para Ajuste de Cotas (2) 1.036.154 1.207.801
Reserva para Equacionar Rendas - FMM (3) 13.062 26.371
Retenção das Atualizações da Carteira do FPS (4) 47.294 53.166
(1) Constituída de 0,5% do montante do realizável ao término do exercício financeiro correspondente a operações do
PIS-PASEP contratadas com Fundo da Marinha Mercante - FMM, de curso normal ou com atraso de até 180 dias e
de 100% para as operações com atraso superior a 180 dias, na forma da Resolução PIS-PASEP nº 1, de 13 de abril
de 2000.
(2) Registra as sobras do resultado do exercício; visa a atender, durante o período, ao ajuste de cotas e ressarcimento de
prejuízos causados aos participantes, inclusive decisões judiciais adversas ao Fundo.
(3) Constituída aplicando-se 40% sobre o saldo estimado dos contratos transferidos do FMM e 100% sobre o saldo
estimado do reembolso de descontos contratuais (AFRMM) da carteira de financiamentos do FMM no final do
exercício, de acordo com as 75ª e 129ª Reuniões do Conselho Diretor.
(4) Registra o valor líquido correspondente à parte de atualização da carteira de aplicações do Fundo FPS, objetivando
se assegurar contra riscos ou eventuais ocorrências significativas no mercado que opera, conforme o Voto
PIS-PASEP nº 12/2016.

37
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

2.4 Plano de Ações de Divulgação do Conselho Diretor


2.4.1 Histórico e execução das ações
Em razão do número expressivo de cotistas que já possuem o direito de receber os
valores depositados em suas contas individuais, em setembro de 2015 o TCU recomendou ao
Conselho Diretor que elaborasse um plano de ação para que se pudesse dar ampla publicidade sobre
o Fundo, constando desse plano os recursos e procedimentos a serem utilizados, os indicadores que
serão utilizados para confirmar sua divulgação e o prazo para a conclusão desse trabalho. Ademais,
em dezembro/2014 a Controladoria-Geral da União já havia indicado, em suas recomendações ao
Conselho Diretor, a necessidade de aperfeiçoar as formas de divulgação. A Assessoria de
Comunicação da STN (ASCOM/STN) elaborou o Plano, discutido com a Secretaria-Executiva do
Conselho e os agentes CAIXA e BB. O Plano foi aprovado pelo Conselho Diretor na reunião de
14.01.2016, e protocolizado no TCU em 19.01.2016.
Embora faça parte do Plano, já estava em andamento desde 2015 o envio de mala
direta do PIS (CAIXA) aos cotistas de 70 anos ou mais, por iniciativa do Conselho Diretor,
operação cuja viabilização se iniciou em 2014. Tal postagem começou em novembro e terminou em
fevereiro, completando 652.997 correspondências. No âmbito do PASEP, o BB providenciou o
envio das notificações para esse público, que foram postadas em abril, no total de 265.939 cartas.
Houve ainda publicação a partir de março/2016 de mensagem no contracheque
online dos servidores públicos federais no SIGEPE
(https://seguranca.sigepe.planejamento.gov.br/sigepe-seguranca-web/public/login/login.jsf), com o
seguinte texto: “Aposentados e maiores de 70 anos inscritos no PASEP até 1988 têm direito ao
saque de cotas. Saiba mais: www.bb.com.br/pasep.”
A respeito da divulgação não direcionada, foi desenvolvida ação piloto de releases
nos sítios do Tesouro, Ministério do Trabalho e Ministério do Planejamento em 17.03.2016, logo
após o término do calendário de pagamento do Abono, para não haver confusão entre o direito de
saque de cotas e o direito de saque do abono salarial, considerando a tentativa de se fazer uma
divulgação uniforme durante o período abrangido pelo Plano, já que o efeito da mala direta da
CAIXA começou a se exaurir em março, e a do BB ainda não havia começado. A publicação no
sítio do Ministério da Fazenda (MF) ficaria para uma etapa posterior, pois costuma ter repercussão
maior, e a ideia do Plano foi mitigar a possibilidade de deslocamento massivo dos beneficiários aos
agentes financeiros em curto intervalo de tempo, o que poderia comprometer a qualidade do
atendimento prestado. Houve repercussão dos releases em 4 matérias publicadas, identificadas pela
Assessoria de Comunicação da STN.
Entretanto, não houve percepção da CAIXA e do BB de aumentos de saques
expressivos em março, decorrentes da mensagem no contracheque dos servidores e do piloto de
releases acima referido, ao contrário do que ocorreu com a mala direta.
Em 11.04.2016, o Tesouro Nacional teve de fazer nota à imprensa para esclarecer
equívocos ocorridos em duas notícias publicadas, respectivamente, pelo jornal Estado de São Paulo
em 10.04.2016, e pela Folha de São Paulo em 11.04.2016, a respeito da divulgação do Fundo PIS-
PASEP. Foram utilizados nesse release conteúdos que já estavam em estudo pela ASCOM/STN,
sendo a publicação feita nos sítios do Tesouro Nacional e do Ministério da Fazenda. Tal nota teve
grande repercussão na Imprensa e se fez necessária para deixar claro que a divulgação por meio de
mala direta já havia se iniciado desde o final de 2015, sem nenhum cunho político. Houve
repercussão em 67 matérias publicadas, identificadas pela Assessoria de Comunicação da STN.
Nessas, há muita similaridade nos textos porque vários veículos locais compram conteúdo de
agências de notícias.

38
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Por esse motivo, o Conselho decidiu, em 19.04.2016, pelo início imediato da


campanha de divulgação à imprensa, que inicialmente estava prevista para julho, de forma a
aproveitar o timing da nota elaborada e divulgada pela STN, considerando principalmente: (i) a
necessidade da execução das ações de forma a assegurar uma divulgação uniforme durante o
período abrangido pelo Plano de Divulgação, e de mitigar a possibilidade do deslocamento massivo
dos beneficiários aos agentes financeiros em um curto intervalo de tempo, o que poderia
comprometer a qualidade do atendimento prestado; (ii) a exaustão dos efeitos da mala direta da
CAIXA, o que representava antes a maior preocupação em termos de qualidade de atendimento aos
participantes, pois a quantidade de cotistas do PIS é muito maior que a do PASEP, para número de
agências da CAIXA menor que o do Banco do Brasil; (iii) que não foram detectados tanto no Banco
do Brasil quanto na CAIXA aumentos expressivos de saques em função das divulgações piloto em
17.03.2016 nos sítios do Tesouro, Ministério do Trabalho e Ministério do Planejamento; e (iv) que
não foram observados efeitos da mensagem no contracheque online dos servidores na quantidade de
saques do BB.
Quanto ao sítio do Fundo PIS-PASEP na STN (www.tesouro.fazenda.gov.br/fundo-
pis-pasep), foram atualizados os conteúdos, com infográfico para melhor visualização das perguntas
e respostas mais frequentes.
Já em 10.05.2016 foi elaborado pelo Tesouro novo release, publicado nos sítios do
MF e da STN, com várias novas informações de divulgação, repercutindo em 15 matérias
publicadas, identificadas pela ASCOM/STN.
Na mesma data, a Secretaria-Executiva do Conselho Diretor enviou aos conselheiros
titulares e suplentes representantes dos trabalhadores o mesmo modelo de release para efeito de
divulgação a sindicatos e organizações voltadas a aposentados e pensionistas. Foi solicitado àqueles
conselheiros apoio nesse sentido, dada a capilaridade que seus sindicatos têm com as entidades que
são o público-alvo.
Em 16.05.2016, foi apresentada no programa de rádio “Voz do Brasil” entrevista do
Secretário do Tesouro Nacional sobre a campanha de divulgação do PIS-PASEP, com ênfase à mala
direta enviada aos cotistas de 70 anos ou mais, e à facilidade do saque desse público mediante
apresentação apenas do documento de identidade nas agências da CAIXA ou do BB.
Logo depois, em 23.05.2016, o Secretário do Tesouro Nacional deu entrevista à
Rádio Nacional sobre o Fundo PIS-PASEP, visando a informar os cotistas de seus direitos.
Esclareceu que pode ter direito ao saque quem contribuiu até 1988 e orientou quem tem dúvida a
procurar agências da CAIXA e do Banco do Brasil, para descobrir se tem saldo. Ademais, informou
que os documentos necessários para o saque podem ser obtidos de antemão nos sítios da CAIXA e
do BB (www.caixa.gov.br/pis e www.bb.com.br/pasep).
No mês de junho, as ações de divulgação em releases do MF e em entrevistas foram
interrompidas, por sugestão do Banco do Brasil e da CAIXA. Considerando que o sistema do PIS e
do PASEP ficaria fechado para pagamentos de 01.07.2016 a 25.07.2016, em função dos
processamentos do fechamento de exercício do Fundo PIS-PASEP e do pagamento de Abono do
Fundo de Amparo ao Trabalhador, a sugestão foi para que o Conselho não realizasse novas ações
de incentivo a saque de principal do PASEP até 25.07.2016, a fim de evitar insatisfação e
reclamações de participantes que eventualmente comparecessem às agências dos bancos para fazer
o saque e não conseguissem em função do bloqueio previsto.

39
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

2.4.2 Ações em relação ao previsto


No Plano de janeiro/2016 constavam as seguintes ações:

Ação Objetivo Responsáveis Público-alvo Meio Períodoiii

1. Divulgação Criar uma Definição do


Imprensa Sites e mídias sociais do De julho a
de releases agenda cronograma: (direto), Tesouro Nacional e do setembro de
relevante de Conselho Diretorsindicatos Ministério da Fazenda, 2016
marcos para do PIS-PASEP,
organizações Mailing de imprensa da
divulgação de ASCOM/STN e
voltadas ao ACS/MF e mailing da
releases com ACS/MF. atendimento ASCOM/STN de
valor-notícia à de sindicatos e organizações
Redação dos
imprensa e aos aposentados voltadas ao atendimento
releases:
sindicatos, de e de aposentados e
ASCOM/STN e
forma a pensionistas pensionistas
ACS/MF
estimular a (direto) e
divulgação Divulgação: cotistas
espontânea do ASCOM/STN e (indireto)
Fundo e do ACS/MF
direito ao
saque aos
inscritos até
1988

2.Desenvolvime Elaborar e Conteúdo/ Imprensa, Sites e mídias sociais do Desenvolvi-


nto e publicação publicar sindicatos e Tesouro Nacional e do mento:
Atualização:
de FAQ perguntas e organizações Ministério da Fazenda, janeiro/2016
respostas às Conselho Diretor voltadas ao Mailing de imprensa da
Publicação/
dúvidas mais do Fundo PIS- atendimento ACS/MF e mailing da
divulgação:
frequentes dos PASEP Revisão: de ASCOM/STN de
a partir do
usuários ASCOM/STN e aposentados sindicatos e organizações
início de
ACS/MF e voltadas ao atendimento
divulgação
pensionistas de aposentados e
na imprensa
e cotistas pensionistas

3.Divulgação de Comunicar Definição da Aposentados Contracheque online De fevereiro


mensagem no aposentados e mensagem: e disponível no Portal de a maio de
contracheque e pensionistas ASCOM/STN, pensionistas Gestão de Pessoas 2016
na área de inscritos no ACS/MF e do regime
notícias voltada Fundo PIS- Conselho Diretor próprio
a aposentados e PASEP até do Fundo PIS- federal
pensionistas - 1988 sobre a PASEP
Regime Próprio possibilidade
Divulgação:
de saque
Secretaria de
Gestão Pública do
Ministério do
Planejamento
(Segep/MP)

iii
A execução das ações foi planejada de forma a assegurar uma divulgação uniforme durante o período abrangido pelo
plano. Esse cuidado foi necessário para mitigar a possibilidade do deslocamento massivo dos beneficiários aos agentes
financeiros em um curto intervalo de tempo, o que poderia comprometer a qualidade do atendimento prestado.

40
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Ação Objetivo Responsáveis Público-alvo Meio Períodoiv

- A Voz do Brasil
4.Matérias e Ampliar a Produção e Cotistas do De julho a
- TV Brasil- NBR
reportagens na divulgação do veiculação: EBC Fundo PIS- setembro de
Notícias
NBR/Voz do Fundo PIS- (diversos veículos) PASEP 2016
- Redes Sociais da NBR
Brasil PASEP e
Prestação das - NBR Entrevista
comunicar os
informações/ - Spot para ser divulgado
possíveis
no satélite usado por
beneficiários concessão de
todas as rádios
sobre a entrevistas:
associadas à Voz do
possibilidade Conselho Diretor
Brasil e ao Sistema
de saque do Fundo PIS-
Radiobrás
PASEP

5.Envio de mala Comunicar os Produção e Cotistas do Mala direta Início:


direta aos cotistas com divulgação: Banco Fundo PIS- novembro de
beneficiários mais de 70 do Brasil e Caixa PASEP com 2015
identificados anos sobre o Econômica Federal mais de 70
Término:
direito ao anos
maio/2016
saque
(previsão)

Conforme já observado no Histórico e Execução das Ações, o Conselho decidiu, em


19.04.2016, pelo início imediato da campanha de divulgação à imprensa, que inicialmente estava
prevista para julho, de forma a aproveitar o timing da nota elaborada e divulgada pela STN,
considerando principalmente: (i) a necessidade da execução das ações de forma a assegurar uma
divulgação uniforme durante o período abrangido pelo Plano de Divulgação, e de mitigar a
possibilidade do deslocamento massivo dos beneficiários aos agentes financeiros em um curto
intervalo de tempo, o que poderia comprometer a qualidade do atendimento prestado; (ii) a exaustão
dos efeitos da mala direta da CAIXA, o que representava antes a maior preocupação em termos de
qualidade de atendimento aos participantes, pois a quantidade de cotistas do PIS é muito maior que
a do PASEP, para número de agências da CAIXA menor que o do Banco do Brasil; (iii) que não
foram detectados tanto no Banco do Brasil quanto na CAIXA aumentos expressivos de saques em
função das divulgações piloto em 17.03.2016 nos sítios do Tesouro, Ministério do Trabalho e
Ministério do Planejamento; e (iv) que não foram observados efeitos da mensagem no contracheque
online dos servidores na quantidade de saques do BB.

iv
A execução das ações foi planejada de forma a assegurar uma divulgação uniforme durante o período abrangido pelo
plano. Esse cuidado foi necessário para mitigar a possibilidade do deslocamento massivo dos beneficiários aos agentes
financeiros em um curto intervalo de tempo, o que poderia comprometer a qualidade do atendimento prestado.

41
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

2.4.3 Resultados apurados


Considerando as informações apresentadas no Histórico e Execução das Ações:

Resultado Final Indicadores Metas e Execução

Percentual de execução do plano Meta: de 80 a 100% de execução,


de comunicação considerando que as ações (itens de 1 a
5) tenham o mesmo peso
Execução: 100% (todos os cinco itens de
ações foram executados)

Número de matérias publicadas Meta: Ampliar a divulgação em 5% a


Ampliação da divulgação sobre o em jornais impressos e portais cada mês, considerando, para efeitos de
Fundo PIS-PASEP e do direito ao mensuração, o número de publicações
saque dos saldos da conta individual verificado em julho como linha de base.
Execução:
Foram divulgados pela STN releases nas
seguintes datas:
17/03 (piloto) – Repercussão: 4 matérias
11/04 – Repercussão: 67 matérias
10/05 – Repercussão: 15 matérias
Para efeito de mensuração da meta,
serão desconsideradas as repercussões
observadas na divulgação-piloto (março)
e na divulgação reativa realizada em
abril de 2016, cuja abrangência é
explicada pelo momento político atípico,
conforme consta deste Relatório (p. 38).
A linha de base para a mensuração,
portanto, será a de maio/2016. No mês
de junho não foram realizadas
divulgações a pedido dos agentes Caixa e
Banco do Brasil.

Percentual de malas diretas Meta: 40%


enviadas pelos agentes Banco do
Malas Diretas PIS = 652.997
Brasil e Caixa Econômica Federal
em relação ao total de cotistas de Malas Diretas PASEP = 265.939
70 anos ou mais em 30.06.2015
Cotistas em 30.06.2015 = 4.618.740v
Execução: 19,90%
= (652.997+265.939) / 4.618.740

v Conforme informações da CAIXA e do BB

42
Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

2.5 Descrição Sintética dos Objetivos do Exercício

No exercício o Fundo procurou incentivar especialmente os saques de principal


àqueles que possivelmente não têm conhecimento de que já têm esse direito, por meio das
divulgações sobre o PIS-PASEP descritas na seção anterior.
A propósito, indicadores de gestão buscam mensurar quão bem as ações executadas
pelo Fundo estão alinhadas com os seus objetivos. No caso do PIS-PASEP adota-se a comparação
de referências do orçamento anual inicial para avaliar o desempenho.
O desempenho dos programas nesse exercício foi mensurado por meio de três
indicadores:
a) Indicador de Pagamento de Rendimentos (IPR)
b) Indicador de Pagamento de Principal (IPP).
c) Indicador de Desvio nos Custos Administrativos (IDCA).

O IPR (indicador de efetividade) mede a quantidade de pagamento de rendimentos


(puros e contidos no Abono), que são os juros mais resultado líquido adicional, se houver, sacados
pelos participantes, em relação à quantidade de contas ativas com saldo no fechamento do exercício
anterior.
O IPP (indicador de eficácia) mede a quantidade e valores de pagamento de principal
(cotas) por aposentadoria e demais modalidades de saques, em relação ao orçamento inicial.
O IDCA (indicador de eficiência) mede a realização do custo administrativo em
relação ao valor do orçamento inicial (despesas de comissão com o Banco do Brasil, Caixa
Econômica Federal e BNDES).

2.6 Desempenho Operacional

A medição dos indicadores utilizados para avaliar o desempenho do Fundo PIS-


PASEP é efetuada a partir dos dados relativos às movimentações orçamentárias e financeiras, tendo
por base o orçamento anual inicial, com posição encerrada no exercício financeiro, considerando os
saldos do dia 30 de junho, a partir das seguintes fórmulas:
Indicador de Pagamento de Rendimentos:
Quantidade de rendimentos pagos
IPR 
Quantidade de contas ativas com saldo no fechamento do exercícioanterior

IPR = 13.280.236 / 30.615.213 = 43,38%


Esse número significa que 43,38% dos participantes com saldo no final do exercício
anterior sacaram seus rendimentos ao longo do exercício de 2015/2016. Essa retirada
é facultativa, conforme a Lei Complementar nº 26/1975, artigo 4º, § 2º, portanto esse
indicador dificilmente chegará próximo dos 100%, principalmente porque o baixo
valor médio do rendimento desperta pouco interesse do cotista no saque. Se
observada a Tabela 23, o valor médio pago foi de apenas R$ 46,30. Cabe lembrar

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

que os recursos não sacados pelos participantes permaneceram nas suas contas
individuais para capitalização. O indicador considerando a quantidade de
rendimentos previstas, totalizou:
IPR = 15.428.384 / 30.615.213 = 50,39%
O indicador realizou, portanto, 86,09% do que foi previsto no orçamento inicial
(43,38% / 50.39%).

Indicador de Pagamento de Principal:


Total de saques realizados
IPP 
Total de saques orçados
 Em quantidades de saques:
IPP = 1.032.709 / 1.609.142 = 64,18%
 Em valor dos saques (em R$ mil):
IPP = 1.338.633 / 2.276.962 = 58,79%
Esse indicador foi executado em quantidade e valor bem menores que os previstos
porque havia uma expectativa maior de atingimento do público da mala direta, referente à
divulgação do Fundo PIS-PASEP que ocorreu ao longo do exercício. Como não havia série
histórica para tal iniciativa, os agentes tiveram dificuldade em realizar previsão mais acurada.
Entretanto, em decorrência da divulgação iniciada no exercício 2015-2016, houve aumento
expressivo na quantidade de saque de principal em relação a 2014-2015, como se pode comparar na
Tabela 23:
Aumento de saques de principal em relação ao exercício anterior
 Em quantidades de saques totais: 1.032.709 - 753.635 = 279.074 saques
 Em valor dos saques (em R$ mil): 1.338.633 - 936.236 = R$ 402.397 mil
Esse aumento foi devido principalmente aos saques por idade, em decorrência das malas diretas
enviadas aos cotistas com idade de 70 anos ou mais, que têm o direito ao saque:
 Em quantidades de saques por idade: 258.470 - 8.396 = 250.074 saques
 Em valor dos saques (em R$ mil): 355.690 - 15.337 = R$ 340.353 mil.

Indicador de Desvio nos Custos Administrativos:


Custo realizado
IDCA 
Custo orçado
 Em valor (em R$ mil):
IDCA = 105.836 / 140.822 = 75,16%
Esse indicador foi executado em valor menor que o previsto porque depende
diretamente do pagamento de principal, executado também em valor menor do que o previsto.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

2.7 Execução Orçamentária

Além dos indicadores de desempenho, outras metas físicas e financeiras relevantes,


definidas no orçamento inicial, estão comparadas com os valores realizados ao final do exercício
financeiro, conforme tabela abaixo.

TABELA 28 - DEMONSTRATIVO DAS METAS FÍSICAS E FINANCEIRAS

Prevista (em mil) Realizada (em mil) Realizada/Prevista (%)


Metas físicas
pagamento de rendimentos 15.428 13.280 86,08%
pagamentos de principal 1.609 1.033 64,20%

Metas financeiras
pagamento de rendimentos 665.068 614.941 92,46%
pagamentos de principal 2.276.962 1.338.632 58,79%
Receitas Orçamentárias 2.887.900 2.931.684 101,52%
Despesas Orçamentárias 1.457.332 1.572.315 107,89%
Resultado do Exercício 1.430.568 1.359.369 95,02%
Fontes: Orçamento Anual Inicial, Execução Orçamentária do 4º trimestre e tabelas deste Relatório

Por fim, cabe lembrar que no inciso IV do art. 8º do Decreto nº 4.751/2003 existe a
determinação para o Conselho Diretor aprovar anualmente, além do o orçamento inicial, sua
reformulação. Dessa forma, no orçamento reformulado há revisão dos números previstos no inicial,
para comparação com a execução orçamentária, mas para efeito dos indicadores e metas neste
Relatório utilizaram-se apenas os números do orçamento inicial, conforme recomendado pela CGU
(ver subseção 6.2 deste Relatório).

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

3 GO V E R N A N ÇA

3.1 Descrição das Estruturas de Governança

O conteúdo desta subseção já foi detalhado na seção 1, onde se evidenciaram na


Visão Geral da Unidade as competências do Conselho Diretor e dos demais atores envolvidos com
o Fundo, quais sejam, em resumo: (i) CAIXA - agente administrador e operador do PIS;
(ii) BB - agente administrador e operador do PASEP; (iii) BNDES - agente aplicador; (iv)
GAFIN - grupo de apoio ao Conselho; (v) STN - assessoria eventual; (vi) MF - designação dos
membros do Conselho; CMN - regras para administração e aplicação dos recursos;
PGFN - consultoria jurídica; e AGU - defesa em juízo.

3.2 Gestão de Riscos e Controles Internos

A CAIXA, o BB e o BNDES, que são administradores, operadores e aplicadores do


Fundo, apresentaram na seção de Anexos suas avaliações de funcionamento dos controles internos.
A avaliação do Fundo PIS-PASEP é o conjunto dessas avaliações, já que o Tesouro Nacional, ao
qual o Conselho Diretor está vinculado, não tem estrutura de controle interno, e o quadro de pessoal
do Conselho envolve apenas o Secretário-Executivo e um assistente técnico-administrativo. A
Avaliação da CAIXA está na subseção 9.1, a do BB na 9.2 e a do BNDES na 9.3.

3.3 Informações sobre a Empresa de Auditoria Independente Contratada

Responsável pela contratação


De acordo com a Resolução nº 07, de 05 de dezembro de 2002, do Conselho Diretor
do Fundo PIS-PASEP, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES fica
autorizado a contratar, anualmente, a partir do exercício financeiro 2002/2003, por meio de licitação
pública, firma especializada para executar no Banco do Brasil S.A., na Caixa Econômica Federal e
no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social os serviços de auditoria independente
nas contas do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, do Programa
de Integração Social – PIS e do Fundo de Participação PIS-PASEP e Fundo de Participação Social
– FPS, respectivamente. O Parágrafo único da Resolução menciona que os custos das auditorias
correrão por conta do Fundo de Participação PIS-PASEP.
Sistemática de contratação:
Processo de licitação sob a modalidade de “Pregão Eletrônico”. PREGÃO
ELETRÔNICO AA nº 14/2015 – BNDES, cujo Aviso de Licitação foi publicado no DOU do dia
30/04/2015, seção 3, p. 136, e o Aviso de Reabertura no DOU do dia 25/05/2015, seção 3, p. 129,
foi homologado pelo Sr. Superintendente da Área de Administração, em 04/08/2015, e cujo Aviso
de Homologação foi publicado no DOU do dia 06/08/2015, seção 3, p.113, tendo sido adjudicado
seu objeto ao Licitante MACIEL AUDITORES S/S – EPP.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Dados da empresa:
Nome: MACIEL AUDITORES S/S - EPP
Endereço sede: Avenida Bastian, nº 366, bairro Menino de Deus, Porto Alegre - RS
CNPJ sede: 13.098.174/0001-80.
Remuneração pelo contrato:
O BNDES pagará à CONTRATADA, pelo objeto contratado, o valor global de até
R$ 396.890,00 (trezentos e noventa e seis mil, oitocentos e noventa reais). O contrato foi celebrado
em 07/10/2015, com duração de 60 (sessenta) meses e abrangerá a auditoria nas contas do Fundo de
Participação PIS-PASEP de cinco exercícios financeiros, a saber:
a) primeiro exercício financeiro – de 01/07/2015 a 30/06/2016;
b) segundo exercício financeiro – de 01/07/2016 a 30/06/2017;
c) terceiro exercício financeiro – de 01/07/2017 a 30/06/2018;
d) quarto exercício financeiro – de 01/07/2018 a 30/06/2019; e
e) quinto exercício financeiro – de 01/07/2019 a 30/06/2020.

Tipo de serviços expressamente contratados:


AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (em moeda nacional): deverá ser
realizada de acordo com o disposto nas normas profissionais em vigor e consoante a Norma
Brasileira de Contabilidade NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a
Condução da Auditoria em Conformidade com as Normas de Auditoria, tendo por objetivo a
emissão de relatório de auditoria, incluindo opinião sobre as demonstrações contábeis em 30
de junho de 2016, usando como referência os princípios de contabilidade de aceitação geral
e observando as regulamentações contábeis e a legislação aplicáveis. A auditoria deverá ser
conduzida em base de testes, de natureza, amplitude e profundidade requeridas pelas
circunstâncias. Os exames a serem efetuados deverão ter por base os registros contábeis
relativos ao período de 1º de julho de 2015 a 30 de junho de 2016, inclusive qualquer
documentação pertinente mantida pela Secretaria Executiva do Conselho Diretor do Fundo
de Participação PIS-PASEP, bem como os registros gerados por sistemas computadorizados
e por outros mantidos pelo BNDES, Banco do Brasil S.A e pela Caixa Econômica Federal.
AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS: em complementação às auditorias das
demonstrações contábeis, o Contratado deverá proceder ao exame e avaliação dos controles
contábeis, financeiros e demais controles, bem como dos procedimentos que tenham
afinidade com o objeto auditado. O resultado da avaliação, assim como as irregularidades
porventura constatadas pelos testes, deverão ser explicitados em relatório e, se relevantes,
reportados, por escrito, ao BNDES.
A consistência de dados entre os controles analíticos e contábeis deverá merecer ênfase,
quando houver a avaliação dos controles internos.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

PRODUTOS
RELATÓRIO PRINCIPAL (DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS) – deverá ser
elaborado de forma concisa, em português, contendo as demonstrações contábeis (balanço
patrimonial, demonstração do resultado, demonstração das mutações do patrimônio líquido,
demonstração do fluxo de caixa e correspondentes notas explicativas), o relatório de
auditoria incluindo opinião sobre as demonstrações contábeis em 30 de junho de 2016, de
acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TA 700 – Formação da Opinião e
Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis.
RELATÓRIO DE CONTROLES INTERNOS – deverá conter comentários sobre as
constatações decorrentes do ambiente de controle existente, inclusive sobre fatos relevantes
que forem identificados pelos testes de auditoria. Nesses comentários, decorrentes da
avaliação de que trata o subitem 1.2, o Contratado consignará: a) os reflexos dos fatos
constatados sobre o Relatório de auditoria das demonstrações contábeis; b) as
recomendações para a adoção de medidas corretivas cabíveis e c) os comentários da
administração do Fundo sobre as referidas constatações e recomendações.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

4 R E LA C IO N A ME N TO CO M A S O C IE DA DE

Ao presente Relatório de Gestão será dada publicidade, conforme o disposto no art.30,


da Instrução Normativa SFC/MF nº 02, de 20 de dezembro de 2000, com disponibilização do
arquivo eletrônico na área reservada ao Fundo PIS-PASEP sob a página da Secretaria do Tesouro
Nacional na internet, no endereço: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/fundo-pis-pasep, onde
estão também outras informações referentes ao Fundo.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

5 D E S E M P E N HO F IN A N CE IR O E IN F O R MA ÇÕ E S
CO N TÁ BE I S

O desempenho financeiro já foi apresentado ao longo da seção 2, tendo em vista que o


Fundo PIS-PASEP está fora do Orçamento da União.
As demonstrações contábeis consolidadas do Fundo PIS-PASEP, apresentadas na
subseção 9.5, foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por
Ações e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil que
compreendem as orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),
aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), bem como as normas e procedimentos
legais previstos no roteiro contábil do Fundo PIS-PASEP.
Por fim, o Relatório do Auditor Independente está na subseção 9.4.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

6 CO N F O R MI DA D E DA G E S TÃ O E DE MA N DA S D E Ó R GÃ O
D E CO N TR O LE

6.1 Tratamento de Determinações e Recomendações do TCU


Conforme o Acórdão nº 5716/2015 – TCU – 1ª Câmara, de 29.09.2015, o Tribunal:
(i) determinou ao BB que adote controles em seus sistemas que permitam registrar de
forma segregada os valores aplicados em capital de giro derivados do patrimônio do PASEP
daqueles pertencentes ao Banco. Essa determinação está atendida, e o registro de forma segregada
está apresentado na Tabela 10 deste Relatório;
(ii) determinou ao BNDES que encaminhe à CGU os contratos firmados entre o
BNDES e o FINAME para operações com recursos do Fundo PIS-PASEP, bem como relatório do
FINAME com as seguintes informações: nome do mutuário/CNPJ ou CPF, valor do financiamento,
objeto contratado, data do financiamento, vencimento do financiamento, setor da economia em que
será aplicado o crédito. Em cumprimento, o BNDES enviou em 23.02.2016 à CGU o Ofício
AT-017/2016 com a Nota AF/DECAP nº 04/2016, de 18.02.2016, acompanhada de mídia
eletrônica;
(iii) recomendou ao Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP que elabore um plano de
ação, no prazo de 120 dias, para que se possa dar ampla publicidade sobre o Fundo PIS-PASEP,
constando desse plano os recursos e procedimentos a serem utilizados, os indicadores que serão
utilizados para confirmar sua divulgação e o prazo para conclusão desse trabalho. O Plano de Ações
de Divulgação do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP foi protocolizado no TCU em
19.01.2016, sob o número 54.596.080-7, por meio do Ofício do Coordenador do Conselho nº
11/GEFUP/COFIS/SUPOF/STN/MF-DF; e
(iv) recomendou ao Ministério do Trabalho e Emprego que indique os representantes
do PIS e do PASEP, consoante definido nos §2º e 3º do art. 7º do Decreto 4751/2003. Tais
representantes foram indicados e depois designados pelo MF para o Conselho Diretor, em
22.07.2015, conforme Portarias GMF nºs 576,577,578 e 579.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

6.2 Tratamento de Recomendações do Órgão de Controle Interno

Na auditoria de gestão da CGU referente ao exercício 2013-2014 houve onze


recomendações, todas contempladas no Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP de 2014-2015.
Dessas, em 30.06.2016 o Sistema Monitor da CGU (Sistema de Acompanhamento de
Recomendações) considerava ainda em monitoramento as seguintes:

Relatório de cumprimento das recomendações do órgão de controle interno

Unidade Jurisdicionada
Denominação Completa Código SIORG
Fundo PIS-PASEP Não se aplica
Recomendações do OCI
Recomendações Expedidas pelo OCI
Ordem Identificação do Relatório de Auditoria Item do RA Comunicação Expedida
Ofício nº 32732/2014/DEFAZ
03 201407626 1.1.1.5 I/DE/SFC/CGU-PR de
10.12.2014
Órgão/Entidade Objeto da Recomendação Código SIORG
BNDES Não se aplica
Descrição da Recomendação
Desenvolver controles internos que auxiliem os gestores do Fundo PIS/PASEP a acompanhar os retornos dos
financiamentos concedidos por intermédio da FINAME.
Providências Adotadas
Setor Responsável pela Implementação Código SIORG
BNDES Não se aplica
Síntese da Providência Adotada
O BNDES encaminhou à CGU os contratos firmados entre o BNDES e o FINAME para operações com recursos do
Fundo PIS-PASEP, bem como relatório com as seguintes informações: nome do mutuário/CNPJ ou CPF, valor do
financiamento, objeto contratado, data do financiamento, vencimento do financiamento, setor da economia em que será
aplicado o crédito. Em 23.02.2016 foi enviado pelo Banco à CGU o Ofício AT-017/2016 com a Nota AF/DECAP nº
04/2016, de 18.02.2016, acompanhada de mídia eletrônica.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

Relatório de cumprimento das recomendações do órgão de controle interno


Unidade Jurisdicionada
Denominação Completa Código SIORG
Fundo PIS-PASEP Não se aplica
Recomendações do OCI
Recomendações Expedidas pelo OCI
Ordem Identificação do Relatório de Auditoria Item do RA Comunicação Expedida
Ofício nº 32732/2014/DEFAZ
11 201407626 3.1.1.1 I/DE/SFC/CGU-PR de
10.12.2014
Órgão/Entidade Objeto da Recomendação Código SIORG
Fundo PIS-PASEP Não se aplica
Descrição da Recomendação (a) e (c)
a)Utilizar como metas previstas para o cálculo do indicador de eficácia (Indicador de Pagamento de Rendimentos – IPR) o
total de cotistas e rendimentos de sua base e não o total de rendimentos orçados.

c) Abster-se de fazer ajustes nas quantidades e valores estipulados, no início do exercício, como metas de referência para
seus indicadores de desempenho.
Providências Adotadas
Setor Responsável pela Implementação Código SIORG
Conselho Diretor Não se aplica
Síntese da Providência Adotada
a)Neste Relatório o IPR foi calculado conforme a recomendação (ver seção 2.6):
Quantidade de rendimentos pagos
IPR 
Quantidade de contas ativas com saldo no fechamento do exercício anterior

c)Conforme recomendado, foram utilizadas as quantidades e os valores do orçamento anual inicial como metas de
referência, e não mais as quantidades e valores do orçamento reformulado. Isso foi descrito na subseção 2.7.

Situação das recomendações do OCI que permanecem pendentes de atendimento no exercício


Unidade Jurisdicionada
Denominação Completa Código SIORG
Fundo PIS-PASEP Não se aplica
Recomendações do OCI
Recomendações Expedidas pelo OCI
Ordem Identificação do Relatório de Auditoria Item do RA Comunicação Expedida
11 201407626 3.1.1.1
Órgão/Entidade Objeto da Recomendação Código SIORG
Fundo PIS-PASEP Não se aplica
Descrição das Recomendações (b) e (d)
b)Utilizar como metas previstas para o cálculo do seu indicador de efetividade (Indicador de Pagamento de Principal –
IPP), no mínimo, o total de cotistas e o valor das cotas com direito a saque por motivos de aposentadoria, falecimento ou
por idade superior a 70 anos ao invés do total de saques orçados.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

d)Viabilizar a realização de estudos específicos para se obter os quantitativos e saldos totais dos cotistas aposentados e
falecidos, a fim de subsidiar o estabelecimento das metas anuais do Fundo de Participação PIS/PASEP.
Providências Adotadas
Setor Responsável pela Implementação Código SIORG
CAIXA e BB Não se aplica
Justificativa para o seu não Cumprimento e Providências Adotadas
Nas condições atuais a CAIXA não tem como identificar os cotistas do PIS que já estão aposentados, de forma a estimular
o saque das quotas por esse motivo. Existe negociação em andamento com o INSS/DATAPREV para recepção das
informações de aposentados e de óbitos (SISOB) para tratamento e inclusão no Cadastro NIS (previsto para o exercício
2016/2017). Essa ação possibilitará a identificação de cotistas do PIS nessas situações e adoção de medidas para
localização e pagamento ao titular/dependente, conforme viabilidade a ser estudada, bem como o estabelecimento de
indicadores/metas.
Com relação ao BB, a atualização da base do PASEP depende de informações de outras bases de programas
governamentais, por meio da DATAPREV, para identificar aposentados e falecidos. O Banco aguarda esse batimento de
informações pela DATAPREV, depois de ter firmado acordo com o INSS.
Dessa forma, é necessário aguardar o desenrolar do exercício 2016/2017. O Indicador de Pagamento de Principal (IPP)
não pode ser alterado no momento, pois depende de serem identificados a quantidade e o valor do saldo dos participantes
que se enquadram nos requisitos necessários para o saque de cotas, no caso aposentados, falecidos e aqueles com 70 anos
ou mais, requisitos esses que devem ser analisados em conjunto, pois são correlacionados, não independentes.

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

7 O U TR A S IN F O R MA ÇÕ E S - F P S , Ca rt e i r a F MM e T ro c a
I n t e rp ro g ra m a s

7.1 Fundo de Participação Social - FPS


O Fundo de Participação Social - FPS foi instituído pelo Decreto nº 79.459, de 30 de
março de 1977, como subconta do Fundo PIS-PASEP, tendo por objetivo promover a participação
dos trabalhadores no capital de empresas nacionais registradas na Comissão de Valores Mobiliários,
através de investimentos sob a forma de ações ou de debêntures conversíveis em ações, com vistas a
contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento do mercado de capitais.
O FPS está constituído com recursos das seguintes fontes:
- recursos do Fundo PIS-PASEP, repassados ao BNDES;
- resultado de suas próprias operações.
A administração do Fundo de Participação Social - FPS é exercida pelo Conselho
Diretor do Fundo PIS-PASEP, nos termos do artigo 7º, do Decreto nº 4.751, de 17 de junho de
2003, sendo a operação atribuição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -
BNDES.

7.1.1 Aplicações
No período de junho/2015 a junho/2016 não houve aplicações do FPS. A
movimentação mensal dos recursos do FPS, compreendendo ingressos, aplicações e
disponibilidades pode ser acompanhada pela tabela a seguir.

TABELA 29 – INGRESSOS, APLICAÇÕES E DISPONIBILIDADES MENSAIS DO FPS

Em R$ mil
Mês Ingressos (1) Aplicações Saldo das
Disponibilidades
Junho/2015 - - 9.984
Julho 109 0 10.093
Agosto 104 0 10.197
Setembro 105 0 10.302
Outubro 748 0 11.050
Novembro 108 0 11.158
Dezembro 413 0 11.571
Janeiro/2016 113 0 11.685
Fevereiro 109 0 11.793
Março 127 0 11.920
Abril 2.461 0 14.381
Maio 148 0 14.529
Junho 157 0 14.686
TOTAL 4.702 0 14.686
(1) Referem-se às operações que resultaram em entrada de numerário, tais como venda
de ações e recebimento de dividendos; não considera, portanto, a variação da carteira.
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

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Relatório de Gestão do Fundo PIS-PASEP
Exercício Financeiro 2015-2016

7.1.2 Rentabilidade e Transferências


No exercício 2015-2016, a rentabilidade nominal do FPS foi de -11,04%, ao passo
que o desempenho apresentado pelo mercado acionário, mensurado segundo o Ibovespa, foi de
3,27%, conforme detalhado na próxima tabela.

TABELA 30 – RENTABILIDADE NOMINAL DO FPS

Exercício 2015/16 FPS (%) Ibovespa (%)


Junho a dezembro -28,88 -18,33
Dezembro a junho 25,08 18,86
Acumulada -11,04 3,27
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

Após a proposta do BNDES de alienação/desmobilização da carteira, autorizada pelo


Conselho Diretor do Fundo na 141ª Reunião, na 142ª Reunião foi autorizada a transferência do
produto das alienações, bem como o saldo das disponibilidades, para aplicação em financiamentos
do PIS-PASEP.
No entanto, durante o exercício 2015-2016 não houve venda de ações do FPS, e
portanto nenhum valor foi transferido ao Fundo PIS-PASEP. As transferências do Fundo de
Participação Social ao PIS-PASEP nos últimos anos são apresentadas a seguir:

TABELA 31 - EVOLUÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS DO FPS AO PIS-PASEP

Em R$ mil
Exercício Valor transferido Total Acumulado das Transferências
2015/16 -- 3.623.397
2014/15 20.700 3.623.397
2013/14 771.900 3.602.697
2012/13 776.868 2.830.797
2011/12 -- 2.053.929
2010/11 -- 2.053.929
2009/10 24.100 2.053.929
2008/09 197.500 2.029.829
2007/08 1.832.329 1.832.329
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

7.1.3 Patrimônio
Em 30 de junho de 2016, o Patrimônio Líquido do FPS, expresso no total de 37.998
cotas, no valor de R$ 2.489,30 cada uma, atingiu o montante de R$ 94.588 mil.
Para a formação do Patrimônio Líquido do FPS contribuíram, além das
transferências do PIS-PASEP, dividendos de ações da União, recursos do Decreto Lei nº 157/67,
bem como cotas de fundos de investimentos.

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No exercício 2015-2016, o Patrimônio Líquido do FPS diminuiu em 11,04% em


decorrência da desvalorização da carteira, acompanhando o fraco desempenho da Bolsa de Valores,
conforme tabela a seguir:

TABELA 32 – EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DO FPS

Final do exercício Valor (Em R$ mil)


15/16 94.588
14/15 106.331
13/14 136.287
12/13 776.563
11/12 1.620.009
10/11 1.552.112
09/10 1.586.603
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

7.2 Carteira de Financiamentos Transferida do FMM


As aplicações do BNDES incluem os contratos de financiamento transferidos do
FMM para o Fundo PIS-PASEP. Os riscos de empréstimos e financiamentos da carteira do Fundo
PIS-PASEP são dos agentes financeiros, BNDES, CAIXA e BB, exceto dessa carteira recebida do
FMM, cujos riscos são do próprio Fundo.
A seguir são apresentados os retornos mensais dos referidos contratos, bem como a
situação atual de cada um.

TABELA 33 – RETORNO DOS CONTRATOS TRANSFERIDOS DO FMM

Em R$

PERÍODO PRINCIPAL ENCARGOS LIQ. ANTECIP. TOTAL

jul/15 1.665.565,85 60.054,99 - 1.725.620,84


ago/15 1.823.425,80 64.798,13 - 1.888.223,93
set/15 2.041.719,93 69.039,23 - 2.110.759,16
out/15 2.041.405,99 67.437,38 36.340.637,54 38.449.480,91
nov/15 - - - -
dez/15 - - - -
jan/16 - - - -
fev/16 - - - -
mar/16 - - - -
abr/16 - - - -
mai/16 - - - -
jun/16 - - - -
TOTAL GERAL 7.572.117,57 261.329,73 36.340.637,54 44.174.084,84
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

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TABELA 34 – SITUAÇÃO DOS CONTRATOS TRANSFERIDOS DO FMM


MUTUÁRIO nº SITUAÇÃO (junho/2016) SALDO (R$)
1 Em dia 3.150.042,14
2 Em atraso superior 180 d. 13.340.526,02
3 Em atraso superior 180 d. 15.850.832,76
4 Em atraso superior 180 d. 248.496,80
5 Em atraso superior 180 d. 65.552,80
TOTAL 32.655.450,52
Obs.: Os contratos com atraso superior a 180 dias estão sendo acompanhados
pelo departamento jurídico e o de recuperação de créditos. Os contratos 3 e 4
estão na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Fonte: BNDES – Informações para o Relatório ao Tribunal de Contas da União

7.3 Troca Interprogramas

Troca interprogramas é a transferência das inscrições e respectivos saldos de contas


entre os programas PIS e PASEP, decorrente da alteração da natureza jurídica do vínculo
empregatício do participante informado na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Os
agentes operadores realizam a rotina de verificação de alteração no vínculo empregatício dos
trabalhadores cadastrados, sempre que houver necessidade. A seguir são apresentados os resultados
de transferência verificados nos últimos exercícios. Nos últimos dois exercícios anteriores não foi
realizada a troca interprogramas tendo em vista a implantação do Cadastro NIS na CAIXA (2013) e
a necessidade de adequação no Banco do Brasil para a realização da rotina.

TABELA 35 - QUANTIDADE E SALDO TOTAL DAS CONTAS TRANSFERIDAS

Do PIS para o PASEP Do PASEP para o PIS


Exercício
Valor (R$) Valor (R$)
2015/2016 59.716.351,82 107.155.621,42
2014/2015 -- --
2013/2014 -- --
2012/2013 124.750.646,12 98.204.464,37
2011/2012 -- --
2010/2011 95.150.410.14 68.713.460,82
Fonte: CAIXA/SUFAB/GEBES

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8 CO N CL U S Õ E S – A V A LIA ÇÃ O D O A DM IN IS TR A DO R

Para acompanhar e deliberar sobre os assuntos referentes ao exercício financeiro


2015-2016, o Conselho Diretor se reuniu em cinco oportunidades. O acompanhamento periódico da
evolução do Fundo no exercício tem por objetivo garantir o resultado das aplicações dos recursos
com a preocupação constante em proporcionar a distribuição do melhor rendimento aos
participantes.

ii. Na aplicação dos recursos do PIS-PASEP tem-se procurado obter rendimentos


compatíveis com os expressivos encargos do Fundo. Tal preocupação se estende aos valores
eventualmente disponíveis (recursos originários de retenções para pagamento de saques e recursos a
aplicar), enquanto não utilizados em sua destinação específica.

iii. No exercício foram registrados pagamentos aos cotistas da ordem de R$ 1,95 bilhão.
Dos participantes beneficiados, em torno de 13,3 milhões fizeram saque de rendimentos, incluindo
os contidos no abono salarial, no montante aproximado de R$ 615 milhões, e cerca de 1.033 mil
encerraram sua participação no Fundo e retiraram o saldo da conta individual, num total
aproximado de R$ 1.339 milhões. Aos participantes remanescentes o Fundo PIS-PASEP distribuiu
ao final do exercício 2015-2016 cerca de R$ 2,99 bilhões em créditos, o que representou uma
valorização dos saldos em 8,62% no período entre 1º/07/2015 e 30/06/2016. O percentual é superior
aos rendimentos auferidos pela caderneta de poupança.

iv. Quanto às contas do Fundo, cada agente se responsabiliza pelos resultados


alcançados com os recursos a ele confiados e, a partir de janeiro de 1983, pelo risco das operações
contratadas. Além disso, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil S.A. respondem também
pela operacionalização das contas dos participantes do PIS e do PASEP, respectivamente.

v. Os agentes operadores cumpriram a contento as atribuições que lhes cabem, visto


que conseguiram resultados suficientes para garantir remuneração adequada às contas e para
assegurar aumento nominal do patrimônio do Fundo, mesmo levando em conta os saques efetuados
no exercício.

vi. Em geral, os resultados alcançados permitem concluir que o Fundo PIS - PASEP
vem sendo bem sucedido na consecução de seus objetivos. Como retorno social, além de oferecer
aos seus cotistas remuneração real acima de aplicações da poupança, o Fundo tem contribuído para
geração e manutenção de postos de trabalho por meio dos recursos ofertados como crédito nas
linhas de financiamento, preponderantemente destinados aos setores produtivos. Vale lembrar que
as operações financiadas com recursos do Fundo PIS-PASEP têm prazo definido, mesmo porque a
utilização desses recursos deve ser reduzida ao longo do tempo, posto que, por se tratar de um
fundo fechado, sem novos participantes, o Fundo PIS-PASEP caminha gradualmente para a
extinção, à medida em que seus atuais cotistas resgatam seus saldos e encerram sua participação.

vii. Nesse sentido, cabe destacar os esforços envidados pelo Conselho, pela
ASCOM/STN e pelos agentes CAIXA e BB na divulgação do Fundo, para estimular os saques de
principal (cotas) daqueles que já têm direito e talvez não saibam.

viii. Isso posto e tendo em vista que o Fundo não mais conta com os recursos
provenientes da arrecadação de contribuições, os resultados consolidados do exercício financeiro

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Exercício Financeiro 2015-2016

em análise são considerados positivos, pois superam os parâmetros mínimos estabelecidos na


legislação específica sem onerar a União, com base unicamente em suas próprias operações.

ix. Ao presente Relatório de Gestão será dada publicidade, conforme o disposto no art.
30, da Instrução Normativa SFC/MF nº 02, de 20 de dezembro de 2000, com disponibilização do
arquivo eletrônico na área reservada ao Fundo PIS-PASEP sob a página da Secretaria do Tesouro
Nacional na internet, no endereço: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/fundo-pis-pasep .

x. Finalmente, os relatórios de prestação de contas apresentados pelos agentes CAIXA,


BB e BNDES, bem como as demonstrações contábeis individuais de cada um, encontram-se à
disposição dos participantes junto à Secretaria-Executiva do Conselho Diretor do Fundo PIS-
PASEP, no seguinte endereço: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional - Esplanada
dos Ministérios, Bloco P, Ed. Anexo, Ala B, sala 126 - 70048-900 – Brasília – DF.

ADRIANO PEREIRA DE PAULA


Coordenador do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP

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9 A N E XO S

9.1 Avaliação do Funcionamento dos Controles Internos – CAIXA

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9.2 Avaliação do Funcionamento dos Controles Internos – BB

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9.3 Avaliação do Funcionamento dos Controles Internos – BNDES

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9.4 Relatório dos Auditores Independentes

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9.5 Demonstrações Contábeis do Exercício

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