Memoriais Finais - Art. 157, 2, II C.C Artigo 70

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JULIANNA A. SANTOS ANDRADE – OAB/DF 36.255 OAB/GO 35.

378A

EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA


DE NOVO GAMA/GO

Autos do processo nº 201402400661

WENDER JUNIO BORGES PEREIRA, já qualificado nos autos


em epígrafe, vêm respeitosamente, por sua advogada que esta subscreve,
apresentar

ALEGAÇÕES FINAIS

pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

1. PRELIMINARMENTE

DA NULIDADE DO RECONHECIMENTO DO ACUSADO – CERCEAMENTO


DE DEFESA

Quando trata da prova, o Código de Processo Penal disciplina


em seu rol o tema do reconhecimento de pessoas e de coisas. O
reconhecimento pessoal a que se refere o CPP é pessoal não apenas no
sentido de não ser de objetos (art. 227), mas no sentido de que ele rechaça o

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reconhecimento fotográfico. A literalidade do art. 226, sobretudo no que atina à


expressão “ao lado de outras pessoas”, insculpida no inciso II, não deixa
margem para outra interpretação.

In casu, o reconhecimento se deu através de uma foto


tirada indevidamente do celular do policial e encaminhada a uma das
vítimas, restando completamente nulo o ato de reconhecimento pessoal.

É cediço que, para reconhecimento pessoal primeiramente


deve ser feita uma descrição antecipada, ou seja, o reconhecedor deve
descrever a pessoa que irá ser reconhecida, constando por escrito as
indicações e traços fornecidos, como altura, cor dos cabelos, olhos, rosto fino,
etc, o que não ocorreu no caso em comento.

Desta forma, qualquer reconhecimento (pessoal ou por foto) só


terá validade se, antecipadamente, o ofendido tiver condições de descrever a
pessoa que deva ser reconhecida, como se depreende do inciso I, do art. 226,
do CPP. O ato que não preencher esse requisito não merece
confiabilidade. (BRASIL. Ap. Crim. 370.563-8 - Santos - TACrimSP - 8ª
Câmara - Rel. Juiz Silva Pinto - 8.11.84 - JTACrSP n.87, p. 430-431).

Neste mesmo sentido, in verbis>

“O reconhecimento’ fotográfico, levado a efeito na polícia,


não é previsto em lei, sendo, pois de nenhum ou escasso
valor” (TACRIM – SP – AP- 5.ª C. – Rel. Denser de Sá –
j. 06.11.1979 – JUTACRIM-SP 61/265)

Assim, o reconhecimento fotográfico não pode ser


admitido na prática processual, salvo quando interessar à ampla defesa,
e ainda que se o admita, o art. 226 do CPP deve ser observado, sob pena
de nulidade.

Ante o exposto, requer-se, preliminarmente, seja reconhecida a


nulidade do reconhecimento pessoal do autor.

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2. DA SÍNTESE DO PROCESSO

O acusado vem sendo processado pela prática do delito entrevisto


no artigo 157, §2º, inciso II, c.c. artigo 70, Código Penal, por supostamente no dia
03 de julho de 2014, por volta das 23 horas, em via pública, no conjunto 12HC,
nesta cidade, por haver subtraído 01 (um) aparelho celular, marca Samsung
Galaxy, GT L5500B, da vítima Regis da silva Veras e 01 (um) aparelho celular,
marca LG, T3T5, pertencente ao ofendido Jean Paulo Nascimento Teixeira.

Termos de depoimento das vítimas acostados as fls. 10/11.

A denúncia fora recebida à fl. 70, no dia 15 julho de 2014, tendo o


acusado sido citado à fl. 120.

Resposta à acusação acostada às fls. 160/162.

Em sede de memoriais, o Ministério Público (fls. 258/270) pugna


pela condenação do acusado, com incurso nas penas do art. 157, § 2º, inciso II, c/c
art. 70 ambos do Código Penal.

É o sucinto relato.

3. DO DIREITO

3.1. DA ABSOLVIÇÃO DO ACUSADO

O Ministério Público manifestou-se pela procedência dos


pedidos contidos na exordial acusatória, com a condenação do Acusado como
incurso nas penas do art. 157, §2º, inciso II, c/c art. 70, ambos do Código
Penal, entretanto, tais alegações não merecem prosperar, se não vejamos:

No dia 03 de julho de 2014, por volta das 20h, o Acusado tinha


acabado de chegar do trabalho e encontrou seu amigo Douglas em um bar
juntamente com mais duas pessoas.

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O Réu foi convidado para irem a Luziânia na casa de outro


amigo. Ao voltarem pelo Vale do Sucupira que da acesso ao Pedregal, Douglas
pediu que o carro fosse parado para urinarem.

Ao voltarem para dentro do veículo Douglas e Walisson


pediram que o Acusado “seguisse”.

Ocorre que, o acusado avistou duas pessoas correndo, vendo


a situação perguntou ao Douglas o que tinha acontecido, sendo informado que
este havia roubado o dois celulares das vítimas que estavam correndo.

Após saber do ocorrido, o Acusado discutiu com Douglas,


reprovando a atitude do seu amigo, pedindo que ele fosse a pé para casa,
porém Walisson não deixou.

É importante salientar que em nenhum momento o Acusado


sabia da vontade delitiva dos demais Réus, como ficou comprovado pelos
depoimentos, vejamos:

Interrogatório do acusado Douglas Junio da Silva Rosa


03:15 – O senhor praticou esse roubo?R= Um Rum
(balançando a cabeça positivamente)

03:39 – O senhor confirma que praticou esse roubo? R= Um


Rum (balançando a cabeça positivamente)

03:41 – o senhor praticou esse roubo sozinho?R= não.

03:43 – tinha mais alguém junto? R= foi eu e o Walisson que


descemos do carro.

04:47 – quem teve a idéia de praticar o roubo? R= Não teve


idéia não, nós só pedimos pro Wender parar o carro que eu
e o Walisson nós iríamos urinar. Estamos indo, Walisson já
estava urinando e estavam vindo dois jovens ai ele foi e pegou
um celular e eu peguei o outro, saímos correndo e entramos no
carro.

06:57 – Wender parou o carro? R= nos pedimos pra ele


parar.

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08:22 – o senhor e o Walisson entraram no carro, o que


aconteceu daí? R= ai os meninos já foram perguntando porque
entramos rindo.

08:27 – porque entraram rindo? R= porque entramos rindo, ai o


Wendel já perguntou o que tinha acontecido, então nos
respondemos que tínhamos tomado dois celulares e eles já
queriam deixar nos lá no Pedregal, só que o Walisson é
irmão do Flávio, ele não quis aceitar, quando estamos indo
embora encontramos os policiais.

11:15 – E o Flávio e Wender, o que eles fizeram? R= eles


queriam deixar para irmos de pé.

11:19 – eles não sabiam?R= sabiam não, ficou sabendo na


hora que falamos.

Interrogatório do acusado Walisson Teixeira Ribeiro

01:48 – é verdadeira a acusação? R=correto

01:53 – o senhor praticou esse roubo? R= pratiquei sim.

01:54 – quem mais praticou esse roubo? R= foi eu e o outro


rapaz que estava comigo

01:57 – qual é o nome do outro rapaz? R= Douglas Junio.

02:05 – E os outros dois aqui, Flávio e o Wender? R= não, (...)


na hora que passamos pelo Pedregal deu vontade de urinar, eu
pedi pro Wender parar o carro, e descemos pra urinar, quando
percebi estavam vindo dois rapazes eu peguei o celular de um
e o Douglas pegou o celular do outro, pegamos os celulares e
saímos correndo.

Desta forma, sabe-se que é necessário a existência do vínculo


psicológico ou normativo entre os diversos "atores criminosos", de maneira a
fornecer uma idéia de todo, isto é, de unidade na empreitada delitiva. Exige-se,
por conseguinte, que o sujeito manifeste, com a sua conduta, consciência e
vontade de atuar em obra delitiva comum.

É importante salientar, que o réu nega que tenha participado da


empreitada criminosa, ressaltando-se que em seu poder nada foi apreendido.

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Desta forma, não havendo animus necandi, medida que se faz


necessária, é a absolvição o Réu, pois não teve nenhuma intenção, tão pouco
sabia da empreitada criminosa.

3.2. DA INEXISTÊNCIA DE PROVAS PARA A CONDENAÇÃO

Conforme informações dos autos percebe-se a ausência de


qualquer prova que comprove que o denunciado sabia da conduta criminosa,
e/ou tinha qualquer participação no crime.

Nota-se que as provas carreadas aos autos são extremamente


frágeis, notadamente os depoimentos dos policiais e testemunhas, sempre
afirmando que o acusado era o motorista, que não tinha saído do veículo para
participar do roubo, tão pouco tinha a intenção de roubar os celulares, desta
forma não dando nenhuma sustentação para que o magistrado mais rigoroso
que seja, possa proferir a sentença condenatória.

Assim, o ministro CELSO DE MELO, quando em um dos seus


votos em acórdãos da sua lavra definiu que o ônus da prova recai
EXCLUSIVAMENTE ao MP:

“É sempre importante reiterar – na linha do magistério


jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal consagrou na
matéria – que nenhuma acusação penal se presume provada.
Não compete, ao réu, demonstrar a sua inocência. Cabe ao
contrário, ao Ministério Público, comprovar, de forma
inequívoca, para além de qualquer dúvida razoável, a
culpabilidade do acusado. Já não mais prevalecem em nosso
sistema de direito positivo, a regra, que, em dado momento
histórico do processo político brasileiro (Estado novo), criou, para
o réu, com a falta de pudor que caracteriza os regimes autoritários,
a obrigação de o acusado provar a sua própria inocência (Decreto-
lei nº. 88, de 20/12/37, art. 20, nº. 5). Precedentes.” (HC
83.947/AM, Rel. Min. Celso de Mello). Grifei.

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No mesmo passo:

No processo criminal, máxime para condenar,tudo deve ser claro


como a luz, certo como a evidência, positivo como qualquer
expressão algébrica. Condenação exige certeza absoluta,
fundada em dados objetivos indiscutíveis, de caráter geral,
que evidenciem o delito e a autoria, não bastando à alta
probabilidade desta ou daquela. E não pode, portanto, ser a
certeza subjetiva, formada na consciência do julgador, sob pena
de se transformar o princípio do livre convencimento em arbítrio.”
(TJSP – RT, 619/267). Grifo nosso.

A doutrina de maneira uníssona ampara o acusado, no sentido


de que as provas nos autos são insuficientes para condenar ao acusado,
vejamos:

“Se a prova dos autos não gera a certeza de que a substância


entorpecente apreendida pela polícia realmente pertencia ao
acusado da prática do crime de posse, impõe-se a absolvição
do mesmo com adoção do princípio do in dúbio pro reo”
(TJMG, Proc. 1002401099985-2, 3º Câm. Rel. Des. Paulo Cezar
Dias, DJMG de 5-11-2004, Revista Magister de Direito Penal e
Processo Penal, n. 2, p. 115).Grifei.

Deste modo Vossa Excelência, não é possível, fundar sentença


condenatória em prova que não conduz a certeza. Como ensina o grande
mestre EBERHARDT SCHIMDT (“DeutschesStrafprozessrecht”, 1967, p.48).
“constitui princípio fundamental do processo o de que o acusado somente
deve ser condenado quando o Juízo, na forma legal, tenha estabelecido
os fatos que fundamentam a sua autoria e culpabilidade, com completa
certeza... Se subsiste ainda que apenas a menor dúvida, deve o acusado
ser absolvido... A condenação exige certeza e não basta, sequer, a alta
probabilidade... (“JurisprudênciaCriminal”,III, Borsoi, 1973, p. 405/406). Grifei.

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Assim, diante da insuficiência das provas, não há como imputar


ao denunciado a autoria pela prática do crime de roubo devendo V. Exª
absolve-lo.

3.3. DO IN DUBIO PRO REU

Caso não seja este o entendimento do MM. Juízo, torna-se


incontestável então a necessidade de aplicação do princípio do in dúbio pro
réu, uma vez que certa é a dúvida acerca da culpa a ele atribuída com relação
à acusação do roubo e demais acusações.

Destarte, diante da insuficiência probatória, posto que a


acusação não conseguiu demonstrar que os fatos efetivamente ocorreram para
que pudessem imputar a prática delituosa ao acusado, não conseguindo,
consequentemente, demonstrar que fora a conduta do denunciado que causou
a lesão ao bem juridicamente protegido, a pretensão punitiva merece ser
julgada improcedente.

Sendo assim, o acusado deve ser ABSOLVIDO, com


fundamento no art. 386, inciso V e VII do Código de Processo Penal, por não
haver qualquer prova que comprove a prática do crime imputado.

3.4. DA QUALIFICADORA DO ART. 157, §2º, INCISO II

Caso V. Exª não absolva o condenado, medida que se faz


necessária é a retirada da qualificadora do §2º, inciso II, vejamos:

No que se refere á qualificadora pela participação de duas ou


mais pessoas, não restou caracterizada, pois é imprescindível que de alguma
maneira concorra o réu como co-autor, além de estar “in loco”, cooperando na
fase executiva, o que não aconteceu.

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Nesse mesmo sentido é o entendimento do ilustre doutrinador


Nélson Hungria, afirmando que:

“necessária a presença in loco dos concorrentes, ou seja,


a cooperação deles na fase executiva do crime” Nélson
Hungria, Comentários, cit., v. VII, p. 46; Celso Delmanto e
outros, Código Penal comentado, cit., p. 318. (grifamos)

Desse entendimento compartilha Celso Delmanto, havendo,


inclusive, posicionamento do STJ nesse sentido:

“A qualificadora do concurso de pessoas tem lugar em face da


maior ameaça ao bem jurídico tutelado. No caso de furto onde
apenas um dos agentes subtrai a coisa, cabendo ao outro
ocultá-la, não se configura a qualificadora do concurso de
pessoas. 3. Seria necessário que ocorresse a cooperação
de ambos na subtração da coisa para que fosse aplicada a
qualificadora. 4. Recurso conhecido e improvido” (STJ, 6ª
Turma, REsp 90.451/MG, Rel. Min. Anselmo Santiago, DJU,
30-6-1997, p. 31090). (grifamos)

Desta forma, as várias pessoas devem estar reunidas e


presentes junto à vítima, embora nem todas cooperem materialmente na
violência.

Ficou comprovado que em nenhum momento, durante a


instrução criminal, ficou objetivamente demonstrada as qualificadoras referidas
com relação ao réu, e matéria de tamanha relevância não pode ser decidida
tendo como base as provas frágeis que se encontram nos autos

Ante o exposto, caso V. Exa não absolva o acusado, requer


que o delito seja desclassificado de roubo qualificado para roubo simples, haja
vista as qualificadoras não incidirem no caso concreto.

3.5. DAS CIRCUNSTÂNCIAS FAVORÁVEIS AO RÉU E DAS CAUSAS


DE DIMINUIÇÃO DE PENA

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Ora, Meritíssimo, o acusado é primário, possui bons


antecedentes, não existem provas nos autos que os vincule ao crime de roubo
ou qualquer outra atividade criminosas.

O Acusado possui trabalho definido, emprego fixo e um bom


salário.

Diante disto, é questão de justiça a aplicação da referida causa


de diminuição ao caso em tela, caso V. Exª não absolva o acusado.

3.6. DA POSSIBILIDADE DE APELAR EM LIBERDADE

Na busca do caráter ressocializador da pena, a justiça deve


trabalhar para aplicar aquilo que se coaduna com a realidade social.

Hoje, infelizmente, nosso Sistema Prisional é cercado de


incertezas sobre a verdadeira função de ressocialização dos indivíduos que lá
são mantidos, onde em muitos casos trata-se de verdadeira “escola do crime”.

Com base no princípio da presunção de inocência, previsto na


nossa Constituição Federal em seu art. 5º, inciso LVII, requer o denunciado que
responda ao processo em liberdade, até o trânsito em julgado, pois as
circunstâncias do fato e condições pessoais da acusada (art. 282, inciso II,
CPP) lhe são favoráveis pelo fato de não haver reincidência e sua conduta
social não ser em nenhum momento questionada.

4. DOS PEDIDOS

“Ex positis”, requer-se que Vossa Excelência se digne a:

a) Reconheça da nulidade de identificação pessoal do


acusado, pois o houve cerceamento de defesa em virtude do modo em que
houve o reconhecimento do acusado;

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b) A julgar TOTALMENTE IMPROCEDENTE a presente ação,


para o fim de absolver WENDER JUNIO BORGES PEREIRA, nos termos do
artigo 386, V e VII , do Código de Processo Penal, como medida única e mais
salutar de JUSTIÇA!

c) Não sendo este o entendimento de Vossa Excelência,


requer a absolvição do acusado, considerando os argumentos carreados e
absoluta falta de provas para a caracterização do crime capitulado pelo artigo
157. que lhe é imputado erroneamente na denúncia;

d) Ainda não sendo este o entendimento de Vossa


Excelência, requer a aplicação da causa de diminuição de pena em seu
patamar máximo de redução, conforme argumentação já exposta; em sendo
reduzida a reprimenda, requer a aplicação do regime aberto para o
cumprimento da pena, bem como a substituição da pena privativa de liberdade
por restritiva de direitos.

e) Que seja realizada a desclassificação do crime de Roubo


qualificado por concurso de duas ou mais pessoas, para o crime previsto no
art. 157 “caput”;

f) Aplicar a pena base no patamar mínimo;

Termos em que, pede deferimento

Novo Gama/GO, 25 de agosto de 2014


___________________________
Julianna A. Santos Andrade
Advogada
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