Juliana Andrade Nicodemo PDF
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COMPORTAMENTAL
São Paulo
2017
JULIANA ANDRADE NICODEMO
São Paulo
2017
Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada a fonte.
28f. + CD-ROM
BANCA EXAMINADORA
Parecer: ____________________________________________________________
Prof. _____________________________________________________
Parecer: ____________________________________________________________
Prof. _____________________________________________________
Gostaria de agradecer aos meus pais e ao meu irmão por contribuírem que
eu tivesse uma mente sempre curiosa e reflexiva para a vida, bem como o gosto
pela leitura, e ao meu esposo pela compreensão, incentivo e paciência por todo o
tempo que dedico aos estudos.
Não poderia deixar de mencionar minha amiga Ana Claudia Menoncin, por
sempre acreditar no meu potencial e me incentivar a investir na minha carreira
profissional.
RESUMO
Depression is one of the leading causes of disability in the world, reaching about 300
million people. Cognitive-behavioral therapy has been shown to be effective for
treatment. Over the years and relentless research, its concepts have been improving
more and more, which has contributed to the development of new techniques.
Among the new concepts and interventions, meditative practices inspired in the
Orient, such as mindfulness, began to be incorporated into third-generation cognitive-
behavioral practices. This study aimed to investigate the use of mindfulness practice
in cognitive-behavioral interventions in patients with depression. The results showed
that practice mindfulness has been gaining more and more space in both individual
and group interventions. Patients suffering from depression often have recurring
thoughts of past experiences and suffer from the anxiety of future events, which
compromises the experience of enriching experiences in the present. Such
interventions have been shown to be effective in treatment, promoting a better quality
of life, more focus on the present, reduction of ruminal thoughts and less emotional
reactivity, as they stimulate the development of the ability to pay attention in the
present moment without judgment, with greater acceptance and compassion.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
2 OBJETIVO.............................................................................................................. 10
3 METODOLOGIA..................................................................................................... 11
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 12
5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 22
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS
prazerosas do paciente, bem como seus afetos, ou seja, esse registro ajuda ao
terapeuta a avaliar como o paciente está funcionando, e dessa forma propor
estratégias graduais de vivenciar novas atividades reforçadoras. (POWELL et. al.,
2008)
Ao longo dos anos a terapia cognitivo-comportamental vem sendo estudada e
aperfeiçoada dentre esses conceitos fundamentais. Essa evolução e expansão das
possibilidades terapêuticas são chamadas de primeira, segunda e terceira onda.
(MELO et al., 2014)
Ainda para os mesmos autores (2014, p.20)
Alguns teóricos definem as diferentes abordagens das terapias cognitivo-
comportamentais (TCC’s) em três “ondas” (Hayes, 2004). Dessa forma, o
modelo comportamental, calcado nos fundamentos comportamentais de
Watson (1913), Skinner (1938), Bandura (1986), Wolpe (1973) e outros,
estariam na chamada primeira onda. A segunda onda inclui as terapias
cognitivo-comportamentais argumentativas, que focam nos elementos
cognitivos, tais como a Terapia Cognitiva (Beck, 1997), a Terapia Racional-
Emotiva (Albert Ellis, 1957a), a Terapia Cognitivo-Construtivista (Guidano &
Liotti, 1983); Mahoney (1998), Neymeier (1997), dentre outras. Entretanto, o
conhecimento não para, e muitas abordagens surgiram, principalmente
após a década de 1990, quando grandes avanços começaram a se
desenhar no cenário das psicoterapias baseadas em evidências (para uma
revisão completa, ver Melo, Sardinha, & Levitan, 2014).
Conforme MELO et. al. (2014, p. 21), “Muitas dessas teorias utilizam práticas
meditacionais como ferramentas complementares na sua prática clínica, e o
Mindfulness é uma das mais estudadas e aplicadas”.
No conceito mindfulness o terapeuta auxilia o paciente a observar os
pensamentos e sentimentos que surgem no momento presente sem tentar se livrar
deles, ainda que sejam dolorosos. A proposta é que o paciente seja capaz de
vivenciá-los sem julgar ou querer que sejam diferentes, ou seja, o paciente é
incentivado a aceitar a experiência interna, o que não significa uma atitude passiva
ou derrotista, mas de compreender a verdade e aceitar os fatos. (ROEMER,
ORSILLLO, 2010 pag. 18)
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Vale ressaltar que o conceito de valor aqui mencionado não tem relação com
julgamento moral, mas sim com uma importância pessoal. (ROEMER, ORSILO,
2010). Por último, temos a ação comprometida, que visa ajudar o paciente a
continuamente redirecionar seu comportamento por alinhá-los aos seus valores e
metas. (MONTEIRO et. al., 2015)
Diante desses conceitos, podemos observar que mindfulness engloba mais do
que a prática meditativa realizada na posição sentada, e sim uma série de práticas
formais e informais que auxiliarão o paciente a modificar sua relação com a
experiência interna bem como a evitação das experiências, deste modo busca
promover recursos para que o paciente possa melhorar sua capacidade de viver
uma vida com mais significado, com mais valor e qualidade. (ROEMER, ORSILO,
2010)
Segundo ROEMER, ORSILO (2010), o cultivo da autocompaixão é um fator
importante no processo terapêutico, deste modo o paciente é orientado a cultivar
uma postura bondosa e de cuidado em relação as suas experiências, em vez de
olhar para os pensamentos, sentimentos e sensações como sinal de fraqueza ou
limitação.
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sobre nós mesmos, e muitas vezes focar demais nessa avaliação pode gerar
atitudes defensivas e rígidas. Na terapia, o paciente é orientado a olhar para esses
pensamentos e sentimentos de si em perspectiva, por observá-los, entender seu
significado, mas não necessariamente acreditar neles, pois aprende que ele não é o
que pensa ou sente sobre si. A pessoa se torna expectadora dos seus conteúdos,
deste modo a terapia não visa uma reestruturação desses pensamentos e conflitos.,
mas propicia que a pessoa seja mais eficaz em agir de acordo com suas escolhas e
valores, e não ficar sob controle das angústias produzidas por tais percepções.
Nas técnicas informais, o paciente deve adotar uma postura de atenção aos
acontecimentos na sua vida, observando suas experiências internas e externas.
Eventos do dia-a-dia podem ser uma fonte de treinamento, como escovar os dentes,
atender ao telefone ou fazer limpeza, adotando uma postura de atenção plena em
tais atividades, concentrando-se em observar o cheiro, textura ou movimentos
envolvidos na vivência. A prática contribui para que o paciente realize uma atividade
de cada vez, com qualidade e concentração, desta forma, pode-se dizer que
mindfulness é uma maneira de estar plenamente presente na vida.
(VANDENBERGHE, VALADAO, 2013)
Existem vários exercícios dentre as práticas formais e eles são selecionados
pelo terapeuta de acordo com as necessidades do paciente. Para a introdução da
prática, o terapeuta apresenta o tema ao cliente e realiza uma psicoeducação da
proposta e objetivos. Enfatiza a importância de ter em mente que o objetivo da
prática não é promover o relaxamento, nem a evitação de sentimentos
desconfortáveis, mas que tais sensações podem acontecer ou não. Deve ser
orientado também que a prática envolve persistência apesar da dificuldade em
conseguir manter a postura atenta e não julgadora, e ainda que acredite que seja
muito difícil conseguir atingir tal objetivo, isso é comum à maioria das pessoas, pois
não estamos acostumados a esse padrão de agir e se comportar diante dos
eventos. (ROEMER, ORSILO, 2010)
Umas das práticas formais mais comuns é a atenção à respiração, pois
promove a atenção ao próprio corpo de maneira simples. Tal prática pode evoluir
para o que é chamado de “body scan”, na qual o terapeuta sugere que o paciente
observe partes do seu corpo gradativamente, como os percebe, quais as sensações,
sem julgar ou avaliar. Cada vez que o paciente notar que sua atenção é perdida, não
há necessidade de ficar se cobrando por isso, mas gentilmente voltar à atenção ao
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que estiver sendo proposto. Uma progressão a atividade poderá ser prestar atenção
aos sons que estiver ouvindo na sala, e depois ao que estiver ouvindo fora da sala e
assim por diante. Tais exercícios começam a mostrar ao paciente como somos
impregnados por impressões, padrões de pensamentos e julgamentos a tudo que
nos cerca. O exercício possibilita que o paciente tenha uma atenção compartilhada
com vários estímulos e ainda assim focar em cada um deles progressivamente, algo
similar ao que devemos reproduzir no nosso cotidiano. (ROEMER, ORSILO, 2010)
Outro exercício comum na introdução da prática é solicitar que o paciente
coma alguma coisa como se fosse a primeira vez, geralmente se utiliza uma uva
passa. Nesse exercício, o paciente é orientado a experimentar a uva passa como se
fosse a primeira vez. Deste modo, ele deve olhar, cheirar, sentir a textura com os
dedos, então provar, prestando atenção no sabor, textura com um “olhar de
principiante”, essa prática prepara o paciente para o olhar atento que deverá
experenciar nas práticas informais, nas atividades do dia-a-dia. Quanto mais
preparado o paciente tiver, outras possibilidades poderão ser utilizadas pelo
terapeuta, como por exemplo, trazer a atenção experiências e sentimentos
perturbadores, no qual, o terapeuta poderá propor que o paciente feche os olhos e
traga a memória uma situação angustiante e relembre a experiência, a forma como
se sentiu, os pensamentos que surgiram. Tal exercício dá a oportunidade do
paciente entrar em contato com tais conteúdos e enfraquecer a evitação. (ROEMER,
ORSILO, 2010)
Muitas vezes o paciente relata ter outra percepção de determinada
experiência que pareceu muito mais intensa no momento que ocorreu, ou talvez
perceba que é capaz de lidar com ela apesar do desconforto. A duração da prática
pode variar de paciente para paciente, alguns pacientes podem praticar diariamente
em casa por quinze minutos, e outros podem praticar por até quarenta e cinco
minutos. Na sessão com o terapeuta, o exercício é realizado no começo da terapia,
por alguns minutos, e depois o terapeuta pede para que o paciente relate como se
sentiu durante a atividade, para que se possa monitorar como o paciente está se
relacionando com a experiência, depois ele é incentivado a continuar em casa por
alguns minutos diariamente. O terapeuta poderá utilizar formulários específicos para
os exercícios, o que possibilita um acompanhamento e uma análise mais detalhada
do processo e ajudar o paciente a definir melhor as metas e progressos na terapia.
(ROEMER, ORSILO, 2010)
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5. DISCUSSÃO
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MENEZES C. B., DELLl` AGLIO D. D., (2009) Por que meditar? A experiência
subjetiva na prática da meditação. Psicologia em estudo, Maringa, v.14 n.3, p.
565-573, jul./set.
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MENEZES C. B., DELLl` AGLIO D. D., & BIZARRO L. (2011) Meditação, Bem Estar
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POWELL V. B., ABREU N., OLIVEIRA I. R., SUDAK. D., (2008) Terapia cognitivo-
comportamental da depressão. Rev Bras Psiquiatr;30(Supl II):S73-80
RAMOS T. P T., SIMÕES R.A.G., NIQUICE F.L A., BIZARRO L., RUSSELL. T. A.
(2016) Mindfulness em ambientes escolares: adaptações e protocolos
emergentes. Temas psicol. vol.24 no.4 Ribeirão Preto
SUNDQUIST J., LILIJA A., PALME´R K., MEMON A. A., WANG X., JOAHANSSON
L.M., SUNDQUIST K. (2015) “Mindfulness group therapy in primary care
patients with depression, anxiety and stress and adjustment disorders:
randomised controlled trial”. The British Journal of Psychiatry 206, 128–135. doi:
10.1192/bjp.bp.114.150243
ANEXO
confecção da monografia.
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