Modelo Do Site Legislação Destacada
Modelo Do Site Legislação Destacada
Modelo Do Site Legislação Destacada
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se deci- Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora
dirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam conside- ou judicial, poderá impor compensação por benefícios indevidos ou pre-
radas as consequências práticas da decisão. juízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequa- envolvidos.
ção da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, § 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente
processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis al- as partes sobre seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor.
ternativas. § 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado com-
promisso processual entre os envolvidos.
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judi-
cial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões
administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.
jurídicas e administrativas.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por
quando for o caso, indicar as condições para que a regularização autoridade administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá
ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interes- ser precedida de consulta pública para manifestação de interessados,
ses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou per- preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na deci-
das que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou exces- são - Entrará em vigor após decorridos 180 dias da publicação da Lei
sivos. n° 13.655/18.
§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e
Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão con- demais condições da consulta pública, observadas as normas legais e re-
siderados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigên- gulamentares específicas, se houver.
cias das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos ad-
ministrados. Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segu-
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, con- rança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regula-
trato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as cir- mentos, súmulas administrativas e respostas a consultas.
cunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão
ação do agente. caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se desti-
§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gra- nam, até ulterior revisão.
vidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a admi-
nistração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os an- CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
tecedentes do agente.
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosime- PARTE GERAL
tria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato. LIVRO I
DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS
Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabele- TÍTULO ÚNICO
cer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo inde- DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCES-
terminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, de- SUAIS
verá prever regime de transição quando indispensável para que o CAPÍTULO I
novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL
proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.
Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado confor-
me os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constitui-
Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,
ção da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições
quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma adminis-
deste Código.
trativa cuja produção já se houver completado levará em conta as ori-
entações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança FPPC369. (arts. 1º a 12) O rol de normas fundamentais previsto no Ca-
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins soci-
de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores ais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dig-
públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do proces- nidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoa-
so judicial. bilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
FPPC371. (arts. 3, §3º, e 165). Os métodos de solução consensual de FPPC380. (arts. 8º, 926, 927) A expressão “ordenamento jurídico”, em-
conflitos devem ser estimulados também nas instâncias recursais pregada pelo Código de Processo Civil, contempla os precedentes vin-
FPPC485. (art. 3º, §§ 2º e 3º; art. 139, V; art. 509; art. 513) É cabível conci- culantes
liação ou mediação no processo de execução, no cumprimento de sen- FPPC620. (arts.8º, 11, 554, §3º) O ajuizamento e o julgamento de ações
tença e na liquidação de sentença, em que será admissível a apre- coletivas serão objeto da mais ampla e específica divulgação e publici-
sentação de plano de cumprimento da prestação. dade.
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução in- Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela
tegral do mérito, incluída a atividade satisfativa. seja previamente ouvida.
FPPC372. (art. 4º) O art. 4º tem aplicação em todas as fases e em todos FPPC381. (arts. 9º, 350, 351 e 307, parágrafo único) É cabível réplica no
os tipos de procedimento, inclusive em incidentes processuais e na ins- procedimento de tutela cautelar requerida em caráter antecedente
tância recursal, impondo ao órgão jurisdicional viabilizar o sanea- Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
mento de vícios para examinar o mérito, sempre que seja possível a I - à tutela provisória de urgência;
sua correção. II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II (as
FPPC373. (arts. 4º e 6º) As partes devem cooperar entre si; devem alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
atuar com ética e lealdade, agindo de modo a evitar a ocorrência de houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula
vícios que extingam o processo sem resolução do mérito e cumprindo vinculante) e III (pedido reipersecutório fundado em prova documental
com deveres mútuos de esclarecimento e transparência. adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem
FPPC574. (arts.4º; 8º) A identificação de vício processual após a en- de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa);
trada em vigor do CPC de 2015 gera para o juiz o dever de oportu- III - à decisão prevista no art. 701 (sendo evidente o direito do autor, o
nizar a regularização do vício, ainda que ele seja anterior. juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa
ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao
réu prazo de 15 dias para o cumprimento e o pagamento de honorários
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve com- advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa).
portar-se de acordo com a boa-fé.
FPPC374. (art. 5º) O art. 5º prevê a boa-fé objetiva Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com
FPPC375. (art. 5º) O órgão jurisdicional também deve comportar-se base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes
de acordo com a boa-fé objetiva. oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a
FPPC376. (art. 5º) A vedação do comportamento contraditório aplica-se qual deva decidir de ofício.
ao órgão jurisdicional. FPPC2. (arts. 10 e 927, § 1º) Para a formação do precedente, somente
FPPC377. (art. 5º) A boa-fé objetiva impede que o julgador profira, sem podem ser usados argumentos submetidos ao contraditório.
motivar a alteração, decisões diferentes sobre uma mesma questão
de direito aplicável às situações de fato análogas, ainda que em pro-
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão pú-
cessos distintos.
blicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
FPPC378. (arts. 5º, 6º, 322, §2º, e 489, §3º) A boa fé processual orienta a
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a
interpretação da postulação e da sentença, permite a reprimenda do
presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos
abuso de direito processual e das condutas dolosas de todos os sujeitos
§ 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanente- Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, sal-
mente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial vo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
de computadores. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído po-
derá intervir como assistente litisconsorcial.
§ 2o Estão excluídos da regra do caput:
I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo FPPC110. (art. 18, parágrafo único) Havendo substituição processual, e
ou de improcedência liminar do pedido; sendo possível identificar o substituto, o juiz deve determinar a intima-
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica ção deste último para, querendo, integrar o processo.
firmada em julgamento de casos repetitivos; FPPC487. (art. 18, parágrafo único; art. 119, parágrafo único; art. 3º da
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de IRDR; Lei 12.016/2009). No mandado de segurança, havendo substituição
IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; processual, o substituído poderá ser assistente litisconsorcial do im-
V - o julgamento de embargos de declaração; petrante que o substituiu.
VI - o julgamento de agravo interno;
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo CNJ; Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham com- I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação ju-
petência penal; rídica;
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por de- II - da autenticidade ou da falsidade de documento.
cisão fundamentada. FPPC111. (arts. 19, 329, II, 503, §1º) Persiste o interesse no ajuizamento
§ 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica de ação declaratória quanto à questão prejudicial incidental
das conclusões entre as preferências legais.
§ 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requeri- Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha
mento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a ocorrido a violação do direito.
decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a con-
versão do julgamento em diligência. Teoria imanentista / civilista /
§ 5o Decidido o requerimento previsto no § 4 o, o processo retornará à clássica (Savigny): não há ação
mesma posição em que anteriormente se encontrava na lista. sem direito; não há direito sem
§ 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o ação; a ação segue a natureza do
caso, no § 3o, o processo que: direito
I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver neces- Teoria Publicista: O direito de
sidade de realização de diligência ou de complementação da instrução; ação possui natureza pública, sen-
II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II (publicado o acórdão do um direito de agir, exercível
paradigma o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexami- contra o Estado e contra o deve-
nará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o re- dor.
curso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orienta-
ção do tribunal superior). Ação como direito autônomo e
TEORIAS DA AÇÃO concreto (Chiovenda): A ação é
CAPÍTULO II um direito independente do Direito
DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS material, mas, o direito de ação só
Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, existiria quando a sentença fosse
ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções favorável ao autor.
ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte. Ação como direito autônomo e
abstrato: O direito a ação é pree-
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediata- xistente ao processo, não depen-
mente aos processos em curso, respeitados os atos processuais pratica- dendo da decisão favorável ou ne-
dos e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revoga- gativa sobre a pretensão do autor.
da.
Teoria eclética do direito de ação
Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, traba- (Liebman): O direito de ação é au-
lhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplica- tônomo, mas para o exercício do
das supletiva e subsidiariamente. direito de ação é necessário que
estejam presentes as condições da
LIVRO II ação. Adotada pelo CPC15.
DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
TÍTULO I TÍTULO II
DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACI-
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo ONAL
CAPÍTULO II
Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a me-
Seção I
dida solicitada.
Disposições Gerais
Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solici-
Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de
tada quando for autoridade central.
que o Brasil faz parte e observará:
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado reque-
Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a
rente;
medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes
de atividade jurisdicional.
ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos pro -
cessos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados;
Seção III
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na
Da Carta Rogatória
legislação brasileira ou na do Estado requerente;
Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos
de Justiça É DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA e deve assegurar às partes
TEORIA DA VONTADE TEORIA DA REPRE- TEORIA DO CONSEN- Há separação das funções de acusar,
SENTAÇÃO TIMENTO/ defender e julgar.
ASSENTIMENTO SISTEMA ACUSATÓRIO Princípio da busca da verdade.
A gestão da prova recai sobre as par-
Dolo é a vontade Fala-se em dolo sem- Fala-se em dolo sem-
ADOTADO NO BRASIL tes. O juiz, durante a instrução proces-
consciente de querer pre que o agente tiver pre que o agente tiver
sual, tem certa iniciativa probatória
praticar a infração pe- a previsão do resulta- a previsão do resulta-
(subsidiariamente)
nal. do como possível e, do como possível e,
NOTITIA CRIMINIS PROVOCADA Quando, por exemplo, o ofendi- JUSTIÇA FEDERAL 15+15 30
do noticia à polícia o cometi-
LEI DE DROGAS 30+30 90+90
mento do crime
ECONOMIA POPU- 10 10
NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO Com a prisão em flagrante
LAR
COERCITIVA
PRISÃO TEMPORÁ- 30+30 NÃO SE APLICA
NOTITIA CRIMINIS INQUALIFICADA Denúncia anônima
RIA EM CRIMES HE-
DIONDOS
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá: JUSTIÇA MILITAR 20 40+20
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o es-
tado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos crimi- Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que inte-
nais; ressarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após libe-
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do in-
I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à quérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciati-
instrução e julgamento dos processos; va do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao re-
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério querente, se o pedir, mediante traslado.
Público;
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades ju- Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à
diciárias; elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
IV - representar acerca da prisão preventiva. Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solici-
tados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º referentes a instauração de inquérito contra os requerentes.
do art. 158 e no art. 159 do Código Penal, e no art. 239 do ECA, o mem-
bro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de
de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da so-
privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. ciedade ou a conveniência da investigação o exigir.
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 horas, Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de 3 dias,
conterá: será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da
I - o nome da autoridade requisitante; autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em
II - o número do inquérito policial; e qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Or-
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela inves- dem dos Advogados do Brasil
tigação.
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacio- uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas po-
nados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o dele- derá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em cir-
gado de polícia poderão requisitar, MEDIANTE AUTORIZAÇÃO JUDICI- cunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e
AL, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou tele- bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente,
mática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.
como sinais, informações e outros – que permitam a localização da víti-
ma ou dos suspeitos do delito em curso. Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competen-
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da esta- te, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística,
ção de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distri-
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: buídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer na-
tureza, que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em TÍTULO III
lei; DA AÇÃO PENAL
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denún-
período não superior a 30 dias, renovável por uma única vez, por igual cia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requi-
período; sição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessá- quem tiver qualidade para representá-lo.
ria a apresentação de ordem judicial. § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascen-
instaurado no prazo máximo de 72 horas, contado do registro da res- dente, descendente ou irmão. CADI
pectiva ocorrência policial. § 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 horas, a auto- patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a AÇÃO PENAL
ridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de SERÁ PÚBLICA.
telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente
os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que Art. 25. A representação será irretratável, DEPOIS DE OFERECIDA
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, a denúncia.
com imediata comunicação ao juiz.
CPP LEI MARIA DA PENHA
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado pode-
rão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da au- A representação será irretratável, Só será admitida a renúncia à re-
toridade. DEPOIS DE OFERECIDA a denún- presentação perante o juiz ANTES
cia. DO RECEBIMENTO da denúncia
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela
autoridade policial. Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto
de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autori-
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do dade judiciária ou policial.
inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescin-
díveis ao oferecimento da denúncia. Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do
Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tem-
de inquérito. po, o lugar e os elementos de convicção.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela auto- Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente en- Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu
fermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Pú-
os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exerci- blico receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver
do por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à
Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal. autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão
do Ministério Público receber novamente os autos.
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, DENÚNCIA
terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na or-
dem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer RÉU PRESO RÉU SOLTO
delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a 5 dias 15 dias
abandone.
§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o
prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver
Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente consti-
recebido as peças de informações ou a representação
tuídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por
§ 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, conta-
quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio
do da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se
destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o
que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo.
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu represen-
tante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o
Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclareci-
exercer dentro do prazo de 6 meses, contado do dia em que vier a sa-
mentos e documentos complementares ou novos elementos de convic-
ber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se
ção, deverá requisitá-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funci-
esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
onários que devam ou possam fornecê-los.
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou
representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao
único, e 31.
processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoal-
Art. 49. A RENÚNCIA ao exercício do direito de queixa, em relação
mente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração,
a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autori-
dade policial.
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo
§ 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura
ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especi-
devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou pro-
ais.
curador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, pre-
Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que
sente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
houver completado 18 anos não privará este do direito de queixa, nem a
§ 2o A representação conterá todas as informações que possam ser-
renúncia do último excluirá o direito do primeiro.
vir à apuração do fato e da autoria.
§ 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade
Art. 51. O PERDÃO concedido a um dos querelados aproveitará a
policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à